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Imagem: Internet/reprodução
1826 – Morre o rei de Portugal D. João VI, inicia-se uma disputa sobre a
1826 – Morre o rei de Portugal D. João VI, inicia-se uma disputa sobre a
sucessão real. O herdeiro imediato era D. Pedro I, que havia sido deserdado por
causa da Independência do Brasil;
1828 – Inicia a Guerra Civil Portuguesa (Guerra dos Dois Irmãos, de 1828 a
1834), uma guerra travada entre D. Pedro I (D. Pedro IV em Portugal) e D.
Miguel I (irmão mais novo de D. Pedro I). De um lado estavam os “Liberais”
(liderados por D. Pedro) apoiados pelo Reino Unido, França e Bélgica; e do
outro lado estavam os “Tradicionais, Absolutistas e Antimaçônicos” (liderados
por D. Miguel) apoiados pelo Reino da Espanha;
• Cinco dias após abdicar, ou seja, a 12 de abril 1831, D. Pedro I (com 32 anos
de idade), aguardando o embarque para a Europa, a bordo do navio Warspite,
redigiu a seguinte carta de despedida ao seu filho, que viria ser o imperador D.
Pedro II (com apenas 5 anos de idade) por isto o Brasil ficou nas mãos dos
Pedro II (com apenas 5 anos de idade) por isto o Brasil ficou nas mãos dos
"Meu querido filho, e meu imperador. Muito lhe agradeço a carta que me
escreveu, eu mal a pude ler, pois que as lágrimas eram tantas que me
impediam a ver; agora que me acho, apesar de tudo, um pouco mais
descansado, faço esta para lhe agradecer a sua, e para certificar-lhe que
enquanto vida tiver as saudades jamais se extinguirão em meu dilacerado
coração.
Deixar filhos, pátria e amigos, não pode haver maior sacrifício; mas levar a
honra ilibada, não pode haver maior glória. Lembre-se sempre de seu pai, ame
a sua mãe e a minha pátria, siga os conselhos que lhe derem aqueles que
cuidarem da sua educação, e conte que o mundo o há de admirar, e que me hei
de encher de ufania por ter um filho digno da pátria. Eu me retiro para a
Europa: assim é necessário para que o Brasil sossegue, e que Deus permita, e
possa para o futuro chegar àquele grau de prosperidade de que é capaz.
Adeus, meu amado filho, receba a bênção de seu pai que se retira saudoso e
sem mais esperanças de o ver.
D. Pedro de Alcântara".
1834 – Os “Tradicionais” (D. Miguel) são derrotados pelos “Liberais” (D. Pedro),
apoiados pela França e pela Inglaterra e financiados pelo maçom espanhol,
Juan Álvarez Mendizábal;
• No dia 30 de maio foi publicado depois ter sido assinado por Dom Pedro I
(IV) o “Decreto de Abolição das Ordens Religiosas” (eram declarados extintos
todos os conventos, mosteiros, colégios, hospícios, e quaisquer outras casas das
ordens religiosas regulares, sendo os seus bens secularizados e incorporados na
Fazenda Nacional);
1844 – Nasce “Dom Vital” em Pedras de Fogo (na época território do Estado
de Pernambuco, atualmente pertence ao Estado da Paraíba);
1871 – Foi promulgada a Lei do Ventre Livre, que considerava livre todos os
filhos de mulheres escravas nascidos a partir de 28 de setembro de 1871;
1872 – Por decreto imperial (D. Pedro II), Frei Vital é ordenado Bispo de Olinda
(Pernambuco) com apenas 27 anos;
1873 – O Papa Pio IX, pelo breve pontifício “Quamquam Dolores”, escreve a
Dom Vital, louvando e animando os bispos do Brasil a combaterem as seitas
Dom Vital, louvando e animando os bispos do Brasil a combaterem as seitas
inimigas;
1874 – Dom Vital foi preso à mando do maçom Visconde do Rio Branco com o
aval de D. Pedro II, porque combateu a maçonaria abertamente. Sendo
condenado a quatro anos de prisão, com trabalhos forçados e custas, sendo
essa pena comutada pelo Imperador, dias depois, para prisão simples na
Fortaleza de São José, no Rio de Janeiro. O papa Pio IX enviou um Breve à
Diocese de Olinda, afirmando que o único crime de Dom Vital foi ter defendido
a religião. Da prisão, ele consagrou a sua diocese ao Sagrado Coração de
Jesus, no dia 12 de junho de 1874 (foi o primeiro Bispo a fazer esta Consagração
no Brasil), além de ter sido o primeiro "funcionário público" a ser punido pelo
Império (a Constituição de 1824 estabelecia o Catolicismo como religião oficial
do Império. Portanto, ao contrário de hoje, em que temos um Estado laico, até
1889 existia uma relação formal entre a Igreja e a Coroa, que atendia aos
interesses de ambos. Ao imperador, por exemplo, era facultado o direito ao
padroado (prerrogativa de preencher os cargos eclesiásticos mais importantes)
e ao beneplácito (aprovação das ordens e bulas papais para que fossem
cumpridas, ou não, em território nacional). Os próprios sacerdotes eram
tratados como funcionários públicos, recebendo salários da Coroa);
1875 – O imperador D. Pedro II depois de sofrer muita pressão por parte dos
Católicos, principalmente por parte do Papa Pio IX, anistia o Bispo Dom Vital
da sentença recebida. Anistiado, o heroico Bispo de Olinda viajou em romaria
para o Santuário de Nossa Senhora de Lourdes (França), aproveitou a ocasião
para visitar vários conventos capuchinhos da França e da Itália. Ao chegar em
Roma (Itália) foi recebido cinco vezes em audiência pelo papa Pio IX;
1876 – O Papa Pio IX, escreveu a Carta “Exortae in Ista” aos Bispos do Brasil,
condenando especificamente a maçonaria brasileira;
1877 – Após o período que ficou preso, D. Vital saiu muito doente e quando o
seu estado de saúde piorou bastante, pediu ao papa Pio IX a exoneração do
cargo episcopal, porém o Sumo Pontífice não atendeu;
1878 – Morre o Bispo Dom Vital, envenenado pela Maçonaria aos 33 anos.
Antes, solicitou a Extrema Unção, e ao receber o Viático, disse: “Perdoo de
coração aos meus inimigos e ofereço a Deus o sacrifício da minha vida”.
Monsenhor de Ségur, na oração fúnebre, por ocasião das exéquias de Dom
Vital, afirmou que o Bispo morreu envenenado;
"Majestade, me perdoe. Eu não sabia que a república era isto" (Ruy Barbosa,
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