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Maçonaria Egípcia

Grau de Postulante
Biografia do Sumo Sacerdote Mundial Bráulio Feltrin

Bráulio Feltrin nasceu em Brotas, Estado de São Paulo


em 27 de novembro de 1965, às 2 horas.

Tanto a infância quanto a adolescência foram simples e


compatíveis com uma pequena cidade do interior do
Brasil.

Formado em Biologia, Filosofia e Teologia, atua como


professor desde 1987.

Em 1 de janeiro de 1986 após afiliar-se à Antiga e


Mística Ordem Rosae Crucis AMORC teve seu alicerce
místico construído lentamente, pedra por pedra.

Em 1 de agosto de 1987 afiliou-se à Tradicional


Ordem Martinista TOM e atualmente concluiu os
estudos de ambas Organizações Iniciáticas.

Foi iniciado ao Rito Escocês Antigo e Aceito no Grande


Oriente Paulista – GOP e ao atingir o Grau de Mestre
Maçom renunciou à Maçonaria Regular para realizar
estudos da Maçonaria Egípcia sendo que obteve o Grau
96 de Grande Hierofante Nacional em 26 de novembro
de 2016, o Grau 99 em 20 de março de 2020 e o Grau
100 de Sumo Sacerdote Mundial em 27 de março de
2020.
No dia 7 julho de 2018 fundou em São Paulo, Capital, o
Soberano Santuário Mundial da Maçonaria Egípcia que
atualmente está situado em Brotas – SP.

*** ***

Importante

* O Soberano Santuário Mundial da Maçonaria Egípcia


não possui vínculo com a Grande Loja Unida da
Inglaterra e assim não pleiteia ser regular em relação a
esta Potência Maçônica fundada em 1717.

* Existem dezenas de Soberanos Santuários da


Maçonaria Egípcias espalhadas por todo o Mundo e
assim, cada qual possui seu líder máximo, seus
objetivos e seus projetos. No caso do Soberano
Santuário Mundial da Maçonaria Egípcia é utilizado o
termo Sumo Sacerdote que na prática garante a
construção de um reino de paz, prosperidade e
felicidade para centenas de Membros que estão
satisfeitos com os estudos realizados no lar,
Triângulos e Lojas Maçônicas.

* Os Membros do Soberano Santuário Mundial da


Maçonaria Egípcia podem frequentar Lojas e
Triângulos de outras Potências Maçônicas Egípcias
com as quais mantêm Tratado de Amizade.
Sol alado egípcio
Seja bem-vindo à Maçonaria Egípcia!

Após esta leitura solicito que responda ou não a meu


chamado de aperfeiçoamento espiritual e material,
talvez oportunidade única em sua vida atual.
Destaque-se da multidão em termos de sabedoria e
autodomínio, realizando os estudos que proponho de
forma sincera neste momento.

O Antigo e Primitivo Rito Oriental de Memphis Misraim


possui 95 Graus que são galgados com muito estudo e
dedicação.

Cabe ressaltar que este rito é o único que faz parte da


Grande Fraternidade Branca e o único que participou
da FUDOSI que foi uma federação que reuniu Ordens e
Sociedades Esotéricas autênticas de todo mundo.

Pode contar doravante com a minha presença e meu


apoio incondicionais.

Divinator – Grau 100 – Sumo Sacerdote Mundial


Cagliostro
Harvey Spencer Lewis – Imperator e Fundador da
Ordem Rosacruz AMORC recebeu os Graus 6,87,88, 89
e 90 do Antigo e Primitivo Rito Oriental de Memphis
Misraim no dia 8 de agosto de 1934.
A Rosa + Cruz
Papus foi Líder Mundial do Antigo e Primitivo Rito
Oriental de Mêmphis Misraim e Fundador da Ordem
Martinista.
Símbolo do Martinismo
O esquadro e o compasso
A Maçonaria

As origens nos Antigos Mistérios

Filosofia Maçônica

Muitos entendem a Maçonaria apenas como um Ordem


fraternal mundial que forma uma rede de negócios, de
disseminação de ideias políticas e de caridade. No
entanto, os Maçons acreditam que a Maçonaria é
melhor definida como uma filosofia.

Numa frase, a filosofia maçônica pode ser definida


como “a busca pela valorização do homem”. Seus ritos
e cerimônias procuram despertar por meio de
Iniciações os potenciais de cada um, para que a pessoa
possa realizar-se e ser feliz. Seu objetivo é fazer da
Terra um paraíso dos homens, sem distinção de
classes nem privilégios, permitindo à humanidade viver
honrada e feliz, sob uma só lei, idêntica para todos.

Para os Maçons, a filosofia não é um processo


meramente intelectual, analítico, horizontal, mas uma
atitude racional e, ao mesmo tempo, espiritual. Por
meio dela, os Membros da Ordem buscam uma vivência
do centro do cosmo. O cosmo, na visão maçônica, é o
centro do universo, e este, por sua vez, é o centro do
homem.

A Maçonaria prepara o homem para que ele possa


encontrar por si mesmo o caminho que o conduz ao
seu âmago divino; busca capacitá-lo à vida, unindo-o
ao Grande Arquiteto do Universo. Essa experiência
maçônica – o encontro com a centelha divina que
haveria em todos nós – é uma vivência individual que o
Maçom tem com o Grande Arquiteto do Universo. Para
conseguir isso, tem de criar um ambiente propício,
uma atmosfera especial.

O Maçom, o “homem símbolo”, deve crer na realidade


de um mundo invisível, mesmo sem ainda apreender o
que isso signifique. Deve crer que dentro dele está
todo o universo. E é daí, de dentro, que o Grande
Arquiteto do Universo virá.

O objetivo da Maçonaria é, portanto, conhecer o


homem, o eterno desconhecido, para que ele possa ser
feliz. Nada mais maçônico, portanto, que os dizeres
gravados há mais de 2.500 anos no pórtico de entrada
do Oráculo de Apolo em Delfos na Grécia: “Conhece-
te a ti mesmo”. O pleno conhecimento é a realização
do homem. Conhecer a si mesmo significa reconhecer
a centelha divina que há no homem, o eterno em nós.
Quando o homem se conhece, ele busca a
harmonização com o Grande Arquiteto do Universo.
Nesse sentido, a Maçonaria inclui-se nas principais
tradições de sabedoria, pois traz nessa busca pela
descoberta da centelha divina em nós e de sua
consequente harmonização com o Universo aquilo que
é o cerne comum a todas as religiões e tradições
chamada de “Filosofia Perene”. Trata-se do cerne das
grandes tradições de sabedoria e religiões. Os
rudimentos da Filosofia Perene estão no saber
tradicional de povos primitivos em todas as regiões do
mundo, e, em suas forma mais elevadas e
desenvolvidas, em cada uma das religiões mais
elevadas. “Filosofia Perene” é uma percepção comum
a toda a humanidade que surge em épocas e lugares
diferentes, mas sempre com a mesma essência. É uma
versão desse máximo denominador comum de todas as
teologias precedentes e subsequentes. Foi posta por
escrito pela primeira vez há mais de vinte e cinco
séculos, e, desde essa época, o tema inexaurível tem
sido tratado inúmeras vezes, do ponto de vista de cada
tradição religiosa e em todos os principais idiomas da
Ásia e da Europa. Dessa forma, a Maçonaria encerra
em si os preceitos da Filosofia Perene.

Há, porém, Maçons que vão além e dizem que é da


Maçonaria que saiu o núcleo filosófico de todas as
religiões. A Maçonaria é realmente o coração de todas
as religiões e não deve, definitivamente, limitar-se a
nenhuma…
Os Mistérios da Antiguidade: Primórdios da Maçonaria

A essência da filosofia da Maçonaria, as ideias e ideais


que a permeiam, é muito mais antiga do que se possa
imaginar. Alguns autores afirmam que essa essência
vem acompanhando a humanidade desde os seus
primórdios. Afirmam também que ela apareceu em
lugares e épocas diferentes, já teve muitos nomes e
instilou-se no cerne de todas as grandes tradições de
sabedoria.

No entanto, por ter uma origem tão antiga, acaba


sendo difícil descobrir qual dessas tradições preservou
e passou adiante a essência filosófica, simbólica e
ritualística daquilo que hoje se entende como
Maçonaria. A presença marcante da filosofia maçônica
está em todos os livros sagrados. Quando surge a
expressão mistérios podemos ter a certeza de que
estamos num caminho que nos conduz a algo próximo
da Maçonaria. Assim, os princípios maçônicos estariam
imbuídos nas cerimônias secretas de celebração dos
Mistérios de Osíris e Ísis no antigo Egito, de Eleusis e
Dionísio na Grécia. Os símbolos que expressam a
filosofia hindu também estão repletos de caráter
maçônico. Graças a esses símbolos a filosofia
maçônica pode ser conservada até hoje.
Esses Mistérios consistiam de um grupo de crenças e
práticas que existiram em muitos países sob diferentes
formas. Conforme mencionado, no Egito eram os
Mistérios de Ísis e Osíris; na Grécia, os Mistérios de
Orfeu, de Dionísio e os de Eleusis; em Roma, os
Mistérios de Baco e Ceres. Muitas das grandes mentes
daquela época como o filósofo Pitágoras foram
iniciadas em alguma ou algumas dessas escolas de
sabedoria.

Mas nada resta de puro desse conhecimento. As


Iniciações feitas por meio da tradição oral perderam-
se ou foram corrompidas ao longo dos séculos.
Fermentadas pelo segredo que envolvia as Iniciações,
histórias estranhas e boatos bizarros foram
relacionados a elas. O testemunho de autores clássicos
mostra, porém, uma face diferente dos Mistérios. O
poeta trágico Sófocles escreveu que “três vezes
felizes são os mortais que descem aos reinos de Hades
depois de haverem contemplado os Mistérios”. Platão
também testemunhou sobre a santidade das Iniciações.
Em Fédon, onde o filósofo reflete sobre vida após a
morte, Platão afirmou: “Admito que possuíam
iluminação os homens que estabeleceram os Mistérios
e que, em realidade, tiveram intenção velada ao
dizerem, há longo tempo, que quem quer que vá para o
outro mundo sem estar iniciado e santificado jazerá no
lodo, mas quem chegar ali iniciado e purificado, morará
com os deuses”.
É tido como certo que os ritos e símbolos maçônicos
modernos têm origem nos Mistérios Egípcios. A
Religião Egípcia é identificada com o culto da morte. A
ciência secreta e os mistérios de Ísis e Osíris
simbolizam as forças espirituais que prendiam-se ao
fenômeno da morte. Osíris foi um dos deuses mais
importantes dentro do panteão da civilização egípcia.
Seu mito respondia a questões e anseios pertinentes a
todos os egípcios, sendo, por isso mesmo, adorado em
todo o país. Tinha características e funções como deus
relacionado aos ciclos da natureza, como a Lua, o Nilo
e o grão, como mantenedor da ordem e da sucessão
real e fundamentalmente como aquele que transcendeu
a morte e foi reinar no “Ultratumba” - o reino dos
mortos, tornando-se rei e juiz desse mundo. O mito de
Osíris estava relacionado com todos os aspectos da
vida egípcia, da paz à guerra, da seca à enchente, da
peste à abundância, da posição divina do faraó à dureza
da servidão e, fundamentalmente, da vida à morte,
conseguindo, assim, abarcar em sua personalidade
divina todos os atributos necessários para solucionar e
satisfazer as necessidades de todos os estratos
sociais.

Os Mistérios Gregos

A religião dos mistérios representa uma das dimensões


mais importantes da religiosidade grega. Tratava-se
de ritos de Iniciação secretos. Estreitamente ligados às
ideias de vida após a morte, de modo geral, pretendiam
assegurar uma existência feliz após a passagem
terrena.

Havia três principais mistérios na Grécia: os eleusinos,


os dionisíacos e os órficos. Os mistérios eleusinos
eram praticados em honra a Demeter, inicialmente na
cidade de Eleusis. Seus ritos fazem referência aos
esforços que Demeter empreendeu à procura de sua
filha, Perséfone, que havia sido raptada por Hades. O
mistério celebrava a morte como garantia da vida,
assim como a semente que “morre”, isto é, é enterrada
e desce aos infernos para gerar uma nova planta.

Os mistérios dionísicos celebravam os poderes de


êxtase de Dionísio. De acordo com o mito órfico, o
homem era um composto das cinzas de Dionísio e dos
Titãs. A alma, o “fator Dionísio”, era divina, mas o
corpo, o “fator Titã”, a prendia. Os mistérios
celebravam a imortalidade da alma, ritualizando a
morte e a ressurreição de Dionísio. Esses ritos
incluíam a ingestão de carne crua e o “casamento
sagrado”.

O Hiero Gamos ou “casamento sagrado”, em grego,


era realizado para garantir a fertilidade da terra. Uma
vez por ano, era executado esse ritual, no qual os
deuses e deusas da fertilidade, na verdade, sacerdotes
e sacerdotisas vestidos como divindades, mantinham
relações sexuais. O festival começava com uma
procissão em celebração do casamento sagrado,
seguida por uma troca de presentes. Então, havia um
rito de purificação e a festa de casamento,
propriamente dita. Depois, a câmara nupcial era
preparada, onde, à noite, o sacrocasal encontrava-se
para executar a união do deus e da deusa pelo ato
sexual. Às vezes, o deus ou deusa “casava-se” com
um(a) mortal; outras, era o rei que desposava uma
mulher que simbolizava a terra e que dependia da sua
força masculina para frutificar.

Os ritos de casamento sagrado eram uma parte central


no antigo paganismo. Além de um rito para garantir a
fertilidade da terra, o casamento sagrado também
podia ser usado como um instrumento de Iniciação.

Um desses festivais em que a Iniciação aos mistérios


acontecia por meio do Hiero Gamos era o Anthesteria,
um festival em honra a Dionísio, a versão grega do
deus romano Baco, deus da vinha, do vinho e do
êxtase místico.
A Maçonaria e a Tradição Herméticas

Egito Antigo

A Maçonaria é atualmente a maior e mais poderosa


Ordem Iniciática do Mundo.

Apesar de infinitas polêmicas a respeito de sua


origem, a Maçonaria surgiu com Salomão que em 999
a.C. viajou para as Escolas de Mistérios do Egito, em
busca do saber esotérico.

Salomão retornou à Palestina, tornou-se rei e fundou


uma Organização aos moldes egípcios, porém restrita a
homens.

O Egito como afirma a tradição, recebeu da Atlântida e


Lemúria o conhecimento esotérico, sendo que o
mesmo continua sendo preservado e utilizado pelas
Ordens Esotéricas autênticas.

No Egito, uma das primeiras Escolas de Mistérios foi a


Escola Osiriana. Seus ensinamentos estavam baseados
na vida, morte e ressurreição do deus Osíris. Eram
apresentados em forma de peças teatrais ou, mais
exatamente, de dramas ritualísticos. Somente as
pessoas que davam prova de desejo sincero de
conhecimento eram consideradas dignas de admissão
aos mitos osirianos.

A Tradição Primordial

A relação entre Adão, o Egito, a Pérsia, os sábios da


Grécia e os árabes não é estabelecida sem razão.
Todos se referem a um conceito que era muito
difundido antes da Idade Média, o de “Tradição
Primordial”. Esta noção surgiu na Renascença. Nessa
época foi redescoberto o Corpus Hermeticum, uma
coletânea de textos misteriosos atribuídos a um
sacerdote egípcio, Hermes Trismegisto. Desde então,
essa noção de uma revelação primordial de que o Egito
teria sido o berço teve considerável repercussão.

Não tenho a intenção de descrever exaustivamente o


esoterismo egípcio, mas sim de mostrar como essa
herança foi transmitida. A rota que liga o Egito ao
Ocidente é longa e oferece um panorama variado.
Pareceu-me que, para fazermos essa viagem, era
necessário seguirmos um guia, e Hermes me pareceu o
personagem mais indicado neste particular. Com
efeito, a história e os mitos relativos a ele são
particularmente ricos em ensinamentos quanto ao
propósito que temos aqui.
Desde a Antiguidade, admira-se o Egito por sua
civilização. Suas Escolas de Mistérios, ao mesmo
tempo universidades e mosteiros, eram as guardiãs de
seus conhecimentos. Essas escolas tiveram uma
propagação especial sob a égide de Akhenaton, quando
ele introduziu nelas a noção de monoteísmo. Com seus
cultos misteriosos, a religião egípcia é intrigante.
Embora Hermes tenha parte de sua origem no Egito,
no deus Thoth, ele é primeiro um deus grego. É filho
de Zeus, é o pastor que guia os mortos para o mundo
de Hades. Tem por atributo um caduceu e sandálias
aladas.

No panteão egípcio, Thoth goza de uma aura especial.


É representado por um homem com cabeça de Íbis, ou
como um bugio. Munido de uma paleta, um cálamo e
um papiro, está sempre pronto para transcrever as
palavras de Rá. É o escriba por excelência; está
presente como o inventor dos hieróglifos. Thoth é o
protetor dos escribas, o senhor da medicina, da
astronomia e das artes. Conhece os segredos da
magia; é o iniciador. “Fui iniciado ao livro de Deus, vi
as glorificações de Thoth e penetrei seus segredos”,
diria Amenhotep IV por volta de 1360 a.C.

Numa época remota como o Antigo Império, Thoth já


era apresentado como o mensageiro dos deuses,
qualidade que conservaria ao passar para o mundo
grego com o nome de Hermes. Em sua qualidade de
juiz, estava situado entre Seth e Hórus. Era o protetor
do olho de Hórus.

No Médio Império (1987 a.C. – 1640 a.C.), ele


personificava a sabedoria. Era particularmente
venerado em Hermópolis e os sacerdotes desta cidade
lhe atribuíram o Livro dos Dois Caminhos, um texto
que evocava a viagem ao além. As inscrições que
podem ser encontradas nos sarcófagos desse período
evocam também um “Livro Divino de Thot”. A partir
dessa época, Thoth aparece como o redator dos
escritos sagrados, o Mestre onisciente, aquele que
conhece os ritos secretos da magia. Relata-se então
que os textos sagrados foram encontrados ao pé de
sua estátua. Este tema simbólico seria encontrado mais
tarde no relato que evocaria a descoberta da tumba de
Hermes Trismegisto por Apolônio de Tiana. No Livro
dos Mortos, Thoth faz o papel de juiz, pesando o
coração dos defuntos.

No Novo Império Akhenaton aboliu o antigo panteão,


para instituir o culto a Aton. Em seu reinado, Thoth
conservou no entanto certas prerrogativas. Após o
desaparecimento do fundador do monoteísmo egípcio,
ele recuperou suas qualidades de sábio onisciente e
senhor dos segredos. Durante esse período, os
escritos de caráter oculto se desenvolveram
consideravelmente. Amose, o faraó que introduziu esse
período, foi o organizador da fraternidade de iniciados
que mais tarde daria nascimento à Rosacruz. Aliás, ele
tinha Hermes como um sábio contemporâneo de
Akhenaton. O saber oculto dos egípcios é tido como
secreto, era transmitido pelas “Escolas de Mistérios”,
embora a opinião de especialistas seja unânime quanto
à importância do Ocultismo e da Magia na época dos
faraós. É inegável que o mais tardar a partir do Novo
Império predominou um clima espiritual propício à
emergência da sabedoria hermetista.

Na Baixa Época Thoth era considerado como o senhor


da Magia. Uma estela o qualifica como “duas vezes
grande” e ele é às vezes apresentado como “três
vezes grande”, e mesmo “cinco vezes grande”. Na
época ptolomaica, os gregos e os romanos ficaram
fascinados com Hermópolis e seu culto a Thoth. Foi
então que se desenvolveu uma síntese original entre a
civilização egípcia e a cultura helenística.

Diversos testemunhos dão conta das relações


estabelecidas entre os sábios da Grécia e os do Egito.
No quinto século antes de Cristo, Heródoto visitou o
Egito e esteve com os sacerdotes. Em seus relatos
evocava os Mistérios de Osíris celebrados em Sais.
Para ele, os Mistérios da Grécia deviam muito aos do
Egito. Comparando os panteões grego e egípcio
constatou que certas divindades do seu país tinham se
originado entre os faraós. Com efeito, há toda uma
tradição que pretende que os grandes sábios da Grécia
Antiga tenham ido em busca de conhecimento junto
aos senhores do Nilo. Diz-se que muitos deles foram
iniciados em seus mistérios e assim asseguraram a
transmissão dos conhecimentos egípcios para o mundo
helênico. Dentre eles, Heródoto evocava apenas Sólon
e Platão, que também esteve no Egito, falaria das
conversas de Sólon com os sacerdotes egípcios. Além
disso, evocaria Thoth em Fedro. Na mesma época,
Isócrates fez do Egito a fonte da Filosofia e indicou
que Pitágoras lá foi se instruir. Apolo de Rodes
declarou que Hermes, por via de seu filho Aithalides,
era antecessor direto de Pitágoras.

Foi Diodoro da Sicília quem deu mais informações a


respeito da influência do Egito nos sábios da Grécia.
Indicou em primeiro lugar que Orfeu viajou ao Egito e
foi iniciado aos Mistérios de Osíris. De volta ao seu
país, instituiu novos ritos, os Mistérios Órficos. Disse
também que os atenienses seguiam em Elêusis ritos
semelhantes aos dos egípcios. Mais tarde, Plutarco
declarou que os Mistérios Órficos e Báquicos eram na
realidade de origem egípcia e pitagórica. Diodoro
evocava também as viagens de Sólon e Tales de Mileto
que estiveram com os sacerdotes e mediram as
pirâmides. Platão teria permanecido três anos no Egito

Mais ou menos no século XI IbnWahshiya apresentou


vários alfabetos ocultos atribuídos a Hermes. Fez
também referência às quatro classes dos sacerdotes
egípcios que descendiam de Hermes. Chamou de do
Oriente aqueles que pertenciam à terceira classe, ou
seja, os filhos da irmã de Hermes Trismegistro.
Sohravardi, um dos maiores místicos do Islã iraniano
designou de “Teósofos Orientais” os Mestres que
haviam alcançado a iluminação. Para ele, Filosofia e
experiência mística eram indissociáveis e, em sua obra
“Livro de Sabedoria Oriental”, evocou a corrente dos
Iniciados do passado, os Teósofos Orientais.

A herança legada por Hermes Trismegisto é múltipla.


Seus tesouros (Alquimia, Magia e Astrologia)
constituem elementos essenciais do Esoterismo
tradicional e atravessaram as civilizações. Aliás, estas
sempre consideraram o Egito a Mãe das tradições. Na
Idade Média, essa herança antiga penetraria no
Ocidente. Na Renascença iria assumir uma nova
fisionomia, para constituir o que se designa geralmente
pela expressão “Esoterismo Ocidental”. Evoluiria então
de maneira especial para alcançar um umbral crítico às
vésperas da publicação dos Manifestos Rosacruzes.

A Loja Maçônica foi criada para funcionar como uma


espécie de Escola de Mistérios, um local onde os
Irmãos se reúnem e podem ajudar uns aos outros no
desenvolvimento espiritual e, também, passam adiante
a antiga sabedoria. Seus Membros chamam a
Maçonaria de Arte Real.

A Maçonaria surgiu como uma forma de deísmo que,


no caso, significa a crença em um Deus Criador,
chamado de Grande Arquiteto do Universo. A
Maçonaria não se atém aos detalhes de como os
diferentes grupos vêem o Criador do Judaísmo, no
Cristianismo, no Islamismo, no Hinduísmo ou em
qualquer outra religião. Jeová, Deus, Alá e Brahma são
igualmente aceitos como formas de perceber o Grande
Arquiteto do Universo.

A Maçonaria surgiu em uma época de grandes conflitos


religiosos, quando a crença mais comum era a de que
qualquer um que não estivesse de acordo com sua
crença devia ser morto da forma mais dolorosa e
brutal possível. Vendo a enorme perda de vidas e o
desperdício de recursos que esses conflitos
acarretavam, os Maçons juraram banir do seu seio as
discussões sobre diferenças religiosas e concentrar-
se em usar os recursos de todas as tradições de
sabedoria para o seu próprio desenvolvimento pessoal.

Origens da Maçonaria

Além da versão tradicional citada, existem outras que


procuram explicar o início da Maçonaria.

Uma destas versões diz que a Maçonaria é a


continuação secreta dos Cavaleiros Templários do
século XIV e a segunda sustenta que a Maçonaria é a
continuação das corporações medievais dos
construtores. Uma teoria surgida mais recentemente
garante que a Maçonaria resultou de uma combinação
de várias correntes de pensamento metafísico ou
oculto que se uniram na Europa do século XVII. A
resposta correta com relação às origens da Maçonaria,
muito provavelmente compreende todas essas versões.
É bem provável que todas essas correntes (Cavaleiros
Templários, as guildas maçônicas e o pensamento
metafísico) tenham exercido sua influência sobre o
desenvolvimento da Maçonaria.

Os Cavaleiros Templários

A Ordem dos Pobres Cavaleiros de Cristo e do Templo


de Salomão foi fundada em Jerusalém por Hugues de
Payen, entre os anos de 1115 e 1118. Os Cavaleiros
Templários ocuparam uma parte do palácio real que
fora construído no local onde originalmente estivera o
Templo de Salomão. Também tinham acesso aos
subterrâneos do antigo templo, com o propósito de
usá-los como estábulos para seus cavalos, embora
muitos acreditem que tenham feito escavações ali. Se
realmente o fizeram, podem ter desenterrado tesouros
e textos. O Manuscrito de Cobre, constituído de um
texto gravado em folhas finas de cobre e de parte dos
manuscritos encontrados na região do Mar Morto, diz
que os judeus enterraram várias arcas com tesouros.
Essa informação dá crédito à lenda segundo a qual os
Templários encontraram tesouros e ou documentos
enterrados nos subterrâneos do templo.
Os Templários exploraram muitas vias de
conhecimento no Oriente Médio, estabelecendo
relações diplomáticas com os sarracenos e traduzindo
diversos manuscritos arábicos. Tiveram muitas
preceptorias ou mosteiros por toda a Europa e Oriente
Médio e os entalhes de suas construções mostram que
os Templários tinham conhecimentos de Astrologia,
Alquimia, Geometria Sagrada, Numerologia e
Astronomia. Essas eram áreas de conhecimento
consideradas suspeitas pelos cristãos daquela época e,
portanto, as lendárias regras de sigilo dos Templários
podem ter sido criadas para proteger a Ordem de
acusações de heresia.

Nos últimos tempos vêm sendo encontrados


documentos do cristianismo primitivo, como os
Evangelhos Gnósticos, além de documentos
alternativos do Judaísmo, como os Manuscritos do Mar
Morto. É muito provável que a Ordem dos Templários
também tenha encontrado documentos que não estejam
de acordo com a Bíblia e com os ensinamentos oficiais
da Igreja. Existiram muitos outros evangelhos e
escritos do cristianismo primitivo que, na realidade,
não chegaram a fazer parte do Novo Testamento.
Muitos dos textos descobertos nos últimos tempos,
confundiram e, às vezes, até chocaram os estudiosos
modernos. Podemos apenas imaginar que efeito esses
textos seriam capazes de exercer sobre as pessoas
numa época mais prosaica como a dos Templários. Na
época em que a Igreja proclamava o seu direito de ser
soberana do mundo, com base numa interpretação
literal da Bíblia, teria sido muito arriscado reivindicar
textos alternativos.

Os Cavaleiros Templários, como todos os cristãos da


Terra Santa na época, também se entregaram com
entusiasmo à busca de relíquias sagradas, ou de
artefatos, como os pratos usados na Última Ceia,
pedaços da cruz ou fragmentos de roupa, até relíquias
humanas de diversos santos. Algumas pessoas
chegaram a acreditar que o Manto de Turim esteve por
algum tempo sob a proteção dos Cavaleiros
Templários.

Como a Ordem dos Cavaleiros Templários atraía a


imaginação romântica da época, homens de muitas
famílias nobres ingressavam nela, doando suas
propriedades. Além disso, recebeu propriedades
doadas por outros e, assim, os Templários acabaram
sendo uma das Ordens mais ricas da Europa, chegando
a financiar reinos inteiros. Essas transações
financeiras acabaram trazendo problemas para a
Ordem.

O reino cristão de Jerusalém foi perdido em 1137, em


parte devido às decisões equivocadas do Grão-Mestre
Templário da época, e os cristãos acabaram sendo aos
poucos empurrados para fora do Oriente Médio. Na
época, haviam surgido outras ordens religiosas
militares, como a dos Cavaleiros Teutônicos e a dos
Hospitaleiros, que se estabeleceram em algum lugar da
Europa. Quando os Templários perderam seus
domínios no Oriente Médio, ficaram sem uma base
real. Tinham muitas terras e preceptorias por toda a
Europa, mas não tinham o controle sobre nenhum
território.

Os Templários tornaram-se diplomatas medievais,


preceptores internacionais, banqueiros e conselheiros.
No início do século XIV, muitos países, inclusive a
França, deviam a eles grandes somas de dinheiro.
Filipe IV encontrou uma solução criativa para pagar
suas dívidas. Conseguiu, provavelmente pelo
assassinato de um dos primeiros Papas, colocar seu
títere Clemente V no controle da Igreja e, com isso,
todos os Templários foram detidos em 1307 sob
acusação de heresia.

As prisões foram seguidas de uma inquisição sobre a


ortodoxia da Ordem, que acabou sendo desmantelada
em 1312. Houve importantes testemunhos de alguns
Templários, mas a credibilidade deles foi abalada pelo
fato de terem sido obtidos sob tortura ou ameaça de
tortura. Os Templários foram acusados de cuspirem na
cruz e idolatrarem uma cabeça de bode chamada
Baphomet, entre outras heresias.

Os Templários detidos na França foram processados e


muitos foram presos ou queimados vivos. Em 1314, o
último Grão-Mestre dos Templários e o preceptor da
Normandia foram queimados vivos em fogo brando.
Conta a lenda que o Mestre, Jacques de Molay,
desafiou Clemente V e Filipe IV a encontrá-lo dentro
de um ano diante do trono de Deus para prestarem
contas de seus atos. Clemente V morreu dentro de um
mês e Filipe IV, um ano depois. É possível que os
Templários ou alguns de seus partidários tenham tido
alguma participação nessas mortes; de qualquer
maneira, o fato de terem ocorrido só fez aumentar a
fama deles e a crença nos seus poderes mágicos.

Nem todos os Templários foram presos. Parece que a


Ordem foi advertida antecipadamente e, assim, um
grupo deles conseguiu escapar da Preceptoria de Paris
com a biblioteca principal e o tesouro da Ordem. Esse
grupo parece ter ido para o litoral norte da França, de
onde fugiu na esquadra dos Templários, que jamais foi
encontrada. Os Templários de outros países não foram
tratados de maneira tão cruel quanto os da França e
muitos sobreviveram. Portugal absolveu os Templários
e deu refúgio aos que, fugindo de outras partes do
mundo, iam para lá. Na Grã-Bretanha, o rei demorou
tanto tempo para prender os Templários que todos os
que quiseram, fugiram e só os velhos e enfermos
foram processados. A maioria deles foi condenada a
viver confinada dentro de mosteiros.

A Escócia foi o único país que não prendeu


absolutamente nenhum Templário. Robert Bruce, o rei
da Escócia, tinha sido excomungado por ter
assassinado um adversário dentro de uma igreja e não
tinha nem disposição nem tempo para se dar ao
trabalho de combater os inimigos da Igreja.

Bruce tomou o poder vencendo uma grande batalha


contra os ingleses em Bannockburn em 1314, sete
anos depois da fuga de muitos Templários da França e
de outros países. Há quem acredite que o exército de
Bruce tenha sido fortalecido pelas habilidades
militares e armamentos bélicos dos Templários, e é
totalmente possível que a esquadra templária tenha
navegado para a Irlanda e, de lá, para a Escócia.

Não há dúvida de que muitos Templários sobreviveram


à dissolução da Ordem e se instalaram em diversas
partes da Europa. Será que fundaram uma Organização
secreta com o intuito de passarem adiante seus
ensinamentos?

Os Templários e a Maçonaria

Uma escavação do castelo de Athlit da Ordem dos


Templários na Terra Santa comprovou que os
Templários tinham seus próprios pedreiros e que, em
pelo menos um caso, gravaram um esquadro maçônico
e uma pedra de prumo na sepultura de um pedreiro
templário. Outra sepultura tinha uma âncora, indicando
ser a do comandante de um navio. A maioria das
sepulturas de Templários tinha uma espada, sem
nenhum nome, uma vez que o cavaleiro abdicava de
sua identidade quando ingressava na Ordem. Na
Escócia, foram encontradas sepulturas com uma
espada, porém sem nome, e lápides com uma espada e
símbolos maçônicos. Algumas pessoas acreditam que
essas lápides sejam indícios de que os Templários não
apenas estiveram na Escócia, mas que além disso
tiveram uma forte ligação com os Maçons daquele país.

A família escocesa de Sinclair tinha relações estreitas


com os reis da Escócia, inclusive com Robert Bruce.
Se os Templários participaram efetivamente do
exército de Bruce, provavelmente Willian Sinclair,
assim como o próprio rei. Em 1441, o rei da Escócia
James II nomeou um descendente da família Sinclair,
Sir Willian, como Patrono e Protetor de Maçons
Escoceses. Essa era uma posição que a família passou
a ver como hereditária e continuou envolvida com
construtores e Maçons por muitas gerações.

Em 1446, Sir Willian iniciou a construção da Capela


Rosslyn. Sua intenção era que fosse uma igreja
colegiada, mas depois de quarenta anos de construção
da capela, seu filho não prosseguiu com o projeto e só
a capela acabou sendo construída. A Capela Rosslyn,
apesar de ser cristã, está repleta de simbolismo pagão,
demonstrando que Sir Willian tinha interesse em
assuntos incomuns para a época e também para um
cristão. Diz a lenda que Sir Willian importou pedreiros
Maçons do continente e que a cidade de Roslin foi
construída para acomodá-los. Lendas sobre a
construção de Rosslyn acabaram tornando parte da
Maçonaria. Se os pedreiros Maçons vieram de fato do
continente, devem ter trazido consigo as lendas e o
conhecimento de construção que tinham herdado das
tradições romanas e que podem ter sido fundidos com
a própria tradição maçônica dos Templários.

Quando, no século XVII, a Maçonaria deixou de ser


uma Organização corporativa para se tornar uma
Organização de caráter especulativo, a família Sinclair
começou a envolver-se com a Maçonaria Escocesa.
Houve uma continuidade da família Sinclair desde os
tempos da chegada dos Templários, passando pela
época das corporações de classe maçônicas e indo até
o tempo da Maçonaria Especulativa. Isso contribuiu
para que se acreditasse que os Templários tenham
sido os precursores da Maçonaria e, também, para a
crença de que a biblioteca e o tesouro dos Templários
estiveram ou continuam enterrados na Capela Rosslyn.

Existem ainda algumas semelhanças entre o que se


conhece dos Templários e as práticas dos Maçons.
Uma delas é que o único adorno permitido nas
vestimentas dos Templários era a pele de carneiro e
tinham de usar o tempo todo um cinto de pele branca
de carneiro como símbolo de castidade. Os Maçons
usam um avental de carneiro como símbolo de vida
imaculada. Os capelães templários usavam luvas
brancas o tempo todo fora da missa para terem as
mãos limpas quando fossem tocar a Hóstia
Consagrada. Os Maçons usam luvas brancas como
parte de seus paramentos rituais, prática que teve
início num período da história em que usar luvas não
era tão comum quanto se tornou mais tarde. Os
procedimentos dos Templários eram totalmente
secretos e consta que punições severas eram infligidas
sobre aqueles que violassem. Os rituais maçônicos são
também secretos e os Maçons fazem votos de
guardarem sigilo que incluem descrições de punições
terríveis para quem os quebrar.

Uma objeção à teoria de que os Templários constituem


a origem da Maçonaria é que os relatos sobre os
Templários abstêm-se de mencionar que nem todos os
Membros da Ordem eram iguais. De fato, a Ordem
continha três divisões. Os cavaleiros provinham da
nobreza e, como a maior parte dos Membros da
nobreza europeia, da época, costumavam ser
analfabetos. Os cavaleiros usavam mantos brancos
com uma cruz vermelha, cabelo curto e barba longa.
Formavam a força de combate da Ordem.

O segundo grupo dos Templários era formado pelos


sargentos. Esses homens eram recrutados entre os
membros livres da classe média de mercadores ou
artesãos relativamente prósperos. Os sargentos
usavam mantos pretos ou marrons escuros com uma
cruz vermelha. Serviam como soldados, sentinelas,
cavalariços, camareiros e outras funções afins.
O último grupo era formado por clérigos, sacerdotes e
capelães: esses eram muitas vezes os únicos membros
alfabetizados da Ordem. Usavam mantos verdes com
uma cruz vermelha. Eram os escribas, os responsáveis
pelos arquivos, registros e bibliotecas. Teriam sido os
guardadores do conhecimento dos Templários.

Devido a essas divisões da Ordem dos Templários, a


presença dos Cavaleiros Templários numa determinada
região após a dissolução da Ordem não garantia a
presença de nenhum conhecimento mais elaborado por
parte dos Templários. Para passar adiante os
conhecimentos dos Templários, os cavaleiros tinham
que apresentar os documentos da Ordem ou estar
acompanhados pelos clérigos. Uma ou ambas dessas
condições podem ter ocorrido na Escócia, desde que a
biblioteca dos Templários desapareceu da Preceptoria
de Paris e foi levada para algum outro lugar. A
presença de alguns Templários na Escócia é
praticamente certa. A presença de algum
conhecimento particular dos Templários é muito mais
difícil de ser comprovada.

A Maçonaria Operativa

Os pedreiros envolvidos na atividade de construção


são chamados de Maçons Operativos, enquanto os
Maçons são conhecidos como Maçons Especulativos. A
Maçonaria Operativa não era um simples negócio, mas
foi transformada em arte refinada nas culturas grega e
romana. Vitrúvio acreditava que, além de possuírem
conhecimentos técnicos, os arquitetos deviam estudar
Filosofia, Música, Astrologia e outras disciplinas
relacionadas. As idéias de Vitrúvio e seus sucessores
foram introduzidas na Europa com a expansão do
Império Romano.

Quando os romanos deixaram a Grã-Bretanha no


século IV d.C., a invasão anglo-saxônica destruiu a
maior parte das construções de pedra da era romana e,
durante os três séculos seguintes, as construções
foram feitas de madeira e sapé. Os grandes projetos de
construção em pedra só voltaram a ser erigidos por
volta do ano 1.000 d.C., mas é improvável que os
conhecimentos romanos nessa área tenham
sobrevivido na Grã-Bretanha daquela época. Embora,
muito provavelmente, tenham sobrevivido no
continente europeu e, também, que tenha ocorrido um
intercâmbio de ideias entre os Maçons do continente e
os da Bretanha Normanda. Podemos supor que pelo
menos parte da tradição romana de arquitetura fez seu
percurso de volta à Grã-Bretanha com o retorno dos
construtores Maçons.

No século XIII, eram ainda poucas as construções de


pedra que estavam sendo erigidas na Inglaterra.
Apenas as catedrais, as igrejas e os castelos erigidos
pelo rei ou por aqueles nobres que tinham a permissão
do rei para “construir castelos”, eram feitos de pedra.
Os pedreiros eram, portanto, empregados apenas pela
Igreja ou pela nobreza e havia uma ligação de longa
data entre esses grupos que voltaria à superfície
durante a formação da Maçonaria. Os pedreiros eram
às vezes recrutados pelo rei e pelos nobres para
construírem castelos e fortificações de guerra e,
assim, muito poucos deles podiam se concentrar
unicamente no trabalho artístico da Igreja. Parte do
que conhecemos sobre o estilo de vida dos pedreiros
provém das esculturas que eles fizeram de si mesmos
e deixaram nas construções.

De acordo com seus níveis de conhecimento, os


trabalhadores da construção abarcavam desde os
pedreiros brutos que dispunham pedras comuns até os
artesãos altamente qualificados que trabalhavam com
pedra mais mole, como o calcário, também conhecida
como pedra de cantaria. Esses trabalhadores altamente
qualificados passaram a ser chamados de pedreiros de
cantaria e, finalmente, de Maçons. Como demonstram
as construções de pedra do passado, os pedreiros
europeus não eram meros assentadores de tijolos.
Alguns deles estavam também envolvidos com
arquitetura e tinham os conhecimentos geométricos
necessários para desenhar e construir estruturas
sofisticadas, inclusive de catedrais suntuosas. Um dos
segredos mais preciosos do pedreiro era o da chave
da abóboda, a pedra do centro que sustentava as
maciças e complexas colunas.

No século XIV e, talvez já no século XIII, foram


formadas diversas corporações de classe na Inglaterra,
bem como em muitos outros países da Europa. Essas
corporações profissionais eram dirigidas por
Organizações que tinham uma licença concedida pelo
rei. As guildas regulavam todos os aspectos da vida. A
associação dos pedreiros exigia de seus Membros que
acreditassem na doutrina da Igreja Católica e que
rejeitassem toda e qualquer heresia, que cumprissem
com todas as suas obrigações para com o rei e outros
superiores, e que vivessem de acordo com os
preceitos morais vigentes. Adultério, fornicação,
permanecer fora de casa depois das oito horas da
noite e frequentar tavernas e bordéis eram todas
atividades proibidas. E só era permitido jogar cartas
durante os doze dias em volta do Natal.

Depois de a praga ou Peste Negra ter dizimado a


Europa, nos séculos XIV e XV, houve escassez de
mão-de-obra. Os trabalhadores da Inglaterra
procuraram naturalmente tirar proveito dessa escassez
de mão-de-obra, exigindo salários mais altos. Em
resposta foram criadas leis limitando os salários para
diversos tipos de trabalho. Muitos pedreiros se
recusaram a respeitar esses regulamentos e juntaram-
se a entidades de classe clandestinas, que não
aceitavam trabalhar por salários abaixo dos
estabelecidos por elas. O sigilo era essencial para
esses grupos, uma vez que tanto os pedreiros quanto
empregadores estariam sujeitos a pesadas multas se
fossem flagrados. Essa pode ter sido uma das causas
das leis de sigilo que posteriormente viriam se tornar
uma das partes mais importantes da Maçonaria.

No século seguinte, os Maçons Operativos já tinham


compilado uma vastíssima coletânea de lendas
relacionadas com o ofício, incluindo lendas sobre a
construção do Templo de Salomão, de Deus como o
arquiteto do universo e várias ideias herméticas e
neoplatônicas que não eram comuns na Europa antes
do Renascimento. A partir das informações disponíveis,
é impossível saber de que maneira essas ideias
penetraram nas guildas de pedreiros. Uma teoria
bastante popular é que essas ideias são de origem
templária. Como outras guildas de artesãos, os
pedreiros também participavam de representações de
peças de mistério para a comunidade em dias de festa,
provavelmente incluindo peças que tinham relação com
a construção original do Templo de Jerusalém, prática
essa que pode ter passado para os rituais da
Maçonaria.

Na Escócia, os Maçons Operativos continuavam ativos


nas guildas na época em que começaram a convidar os
Maçons Especulativos das classes superiores para se
unirem a eles. Na Inglaterra, as guildas operativas
eram menos ativas e não se sabe com certeza se
houve uma transição direta da Maçonaria Operativa
para a Especulativa. Está claro, no entanto, que os
Maçons Especulativos que começaram a se encontrar
em grupos fechados chamados Lojas Maçônicas no
século XVII adotaram o nome e os regulamentos ou a
constituição dos Maçons Operativos anteriores.

A Maçonaria, em sua totalidade, incorporou claramente


muitas das lendas dos Maçons Operativos e usaram a
Maçonaria Operativa como base do simbolismo e da
alegoria que utiliza para ensinar os princípios da
doutrina maçônica.

A Maçonaria Especulativa

Com a redução de construções de igrejas e catedrais a


Maçonaria Operativa foi convertida em Maçonaria
Especulativa, recebendo interessados de todas as
profissões.

A transição de Maçonaria Operativa em Especulativa


ocorreu graças a participação dos Rosacruzes, fato
incontestável.
O Pensamento Metafísico

A maior parte do conhecimento metafísico ou esotérico


chegou à Europa Ocidental vinda do Oriente. A grande
ironia com respeito à sua difusão na Europa é que essa
doutrina, que constituía a base para a tolerância
religiosa, foi propagada pela própria intolerância e
perseguição religiosas.

Uma das primeiras incursões dessa doutrina na Europa


começou nos séculos VII e VIII, quando os invasores
islâmicos ocuparam a Península Ibérica e parte da
França. Do ano de 732 até 1492, a Espanha foi o
repositório do conhecimento esotérico do Islamismo,
do Judaísmo, da Filosofia Clássica Grega e de toda a
história da tradição da sabedoria oriental.

Com as viagens que eram feitas entre a Espanha e


outras partes da Europa, esses conhecimentos se
propagaram. O cavaleiro bávaro Wolfram Von
Eschenbach escreveu sua versão da lenda do Santo
Graal, Parzival, que mais tarde seria usada como base
para a ópera de Wagner, Parsifal, a partir de uma lenda
que diz ter encontrado na Espanha. Nicolas Flamel, o
mais célebre alquimista do Ocidente, teria
supostamente aprendido seus segredos de um livro
que adquirira na Espanha. Em 1492, quando os
monarcas católicos tomaram o poder, baniram os
judeus e deram início à Inquisição Espanhola, muitos
refugiados fugiram para outros países da Europa
Ocidental, levando consigo seus conhecimentos.

Em 1493, Constantinopla e os últimos remanescentes


que haviam sobrado do antigo Império Bizantino caíram
nas mãos dos invasores turcos e os refugiados fugiram
para a Europa Ocidental levando consigo suas
bibliotecas e textos sobre hermetismo, neoplatonismo,
gnosticismo, cabala, astrologia, alquimia e geometria
sagrada.

Na Europa Ocidental, a Renascença estava começando.


Na Itália, surgiram academias de estudos bizantinos. A
geometria sagrada já não servia mais apenas no
contexto da arquitetura, mas artistas como Leonardo
Da Vinci e Botticelli a aplicavam à pintura e à
escultura, enquanto outros a aplicavam à poesia, à
musica e ao teatro. Os ensinamentos das filosofias
platônicas e neoplatônicas difundiram-se por toda a
Europa, inclusive o Timeu, diálogo de Platão que fala
do Criador que é o arquiteto do universo.

Na Inglaterra, o pensamento esotérico também


ganhava popularidade entre celebridades como Sidney,
Spenser, Marlowe e Francis Bacon. Começaram a se
formar “sociedades secretas”. Mais ou menos na
mesma época, foi criada na Alemanha a Sociedade
Rosacruz por um grupo de deístas que pregava a
tolerância religiosa. Em 1617, irrompeu a Guerra de
Trinta Anos entre católicos e protestantes e muitos
Membros da Ordem Rosacruz fugiram para outras
partes da Europa.

No século XVII, quando com a propagação do


protestantismo muitas pessoas começaram a ler a
Bíblia, surgiu um grande interesse pelos aspectos
esotéricos dos relatos bíblicos, como a lenda em torno
da construção do Templo de Salomão. Achava que
Salomão era o maior Filósofo de todos os tempos e
disse que as leis newtonianas da gravidade tinham
sido, em parte, baseadas nas medidas do Templo de
Salomão. Newton também achava que as medidas
desse templo profetizavam a segunda vinda de Cristo
para 1948.

Uma análise da Maçonaria e seu simbolismo nos revela


que tomou muita coisa emprestada de várias tradições.
Os Maçons e os aristocratas da Escócia podem muito
bem ter preservado a tradição dos Templários e é
obvio que a Maçonaria foi estabelecida de acordo com
a estrutura da Maçonaria Operativa. No entanto, é
também verdade que os intelectuais que se
envolveram com a Maçonaria Especulativa nos séculos
XVII e XVIII vinham de séculos de exposição a formas
de pensamento oriental que, provavelmente, tinham
muito a ver com o que os Templários recolheram no
Oriente. Seria impossível destacar uma única fonte
como sendo a que deu origem à Maçonaria.
A História da Maçonaria na Europa

Os Antigos Encargos ou regras organizacionais da


Maçonaria Operativa apontam para os séculos XIII ou
XIV, mas os primeiros registros de uma Organização
Especulativa só surgiram no século XVI. O primeiro
registro escrito de Iniciação na Maçonaria foi a
Iniciação de Elias Ashmole em 1646. Como sua
Iniciação foi feita numa Loja que já existia, outras
pessoas devem ter sido iniciadas antes dele.

Ashmole era Alquimista, Astrólogo e Membro da


Ordem Rosacruz, bem como da Ordem Maçônica. Ficou
conhecido pelo Asmolean Museum de Oxford, que
recebeu seu nome devido à coleção de obras que
deixou para a universidade. Ashmole foi um dos
primeiros membros da Royal Society. Seu colega de
Royal Society, Sir Robert Moray, era também Maçom,
e Christopher Wren foi iniciado, mas parece que não
chegou a participar. Isaac Newton tinha esses mesmos
interesses, mas não chegou a ser Maçom.

A primeira Grande Loja da Maçonaria foi fundada em


Londres em 24 de junho de 1717. Antes disso, a
Maçonaria na Inglaterra estivera ligada à realeza e à
aristocracia. Em 1787, Sua Alteza Real George, o
Príncipe de Gales, foi iniciado; tornou-se Grão-Mestre
em 1791. Renunciou a essa posição de Grão-Mestre
quando foi coroado rei, mas outros membros da
aristocracia seguiram seus passos. O Duque de Sussex
tornou-se Grão-Mestre em 1814. Os reis Edward VII e
George VI foram ambos Maçons e George VI tornou-
se Grão-Mestre em 1937. Nas décadas de 1960 e
1970, vários duques foram iniciados e o duque de Kent
tornou-se Grão-Mestre em 1967.

A orientação da Maçonaria Inglesa era para proibir as


discussões políticas e religiosas na Loja. Esse era
considerado um lugar de fraternidade e de tolerância a
diferentes pontos de vista. No entanto, a Grande Loja
Inglesa manifestou claramente seu apoio à guerra da
Inglaterra contra a França e, também, em outras
questões gerais de lealdade à Inglaterra.

Apesar de já encontrar-se espalhada por todo o


continente europeu, bem como pelo resto do mundo, o
século XVIII constituiu um período difícil para a
Maçonaria em grande parte da Europa. Em 1738, o
Papa Clemente XII emitiu uma bula papal contra a
Maçonaria. Por que, questionava, havia a necessidade
de manter segredo, se o que os Maçons estavam
fazendo não era errado? Condenou e excomungou
todos os Maçons e declarou-os “inimigos da Igreja
Romana”. Todos os Papas até Leão XIII, no final do
século XIX, continuaram a publicar denúncias contra a
Maçonaria e, em 1917, a Lei Canônica decretou a
excomunhão de todos os Membros da Maçonaria.
Houve um pequeno movimento em direção à tolerância
após o Concílio Vaticano II, porém o Papa João Paulo II
retrocedeu. Ser Membro da Maçonaria não é mais
considerado base para a excomunhão, mas para os
católicos isso continua sendo pecado e pode resultar
em punições religiosas.

Essa atitude da Igreja teve um efeito negativo sobre a


Maçonaria em países católicos como a Espanha,
Portugal e países da América Latina. O ditador
espanhol Franco baniu a Maçonaria em 1936 e, em
1940, tornou-se crime na Espanha até mesmo ter uma
parente Maçom. Supunha-se que qualquer pessoa que
mantivesse relação com um Maçom tivesse “permitido”
a sua participação e muitos parentes eram condenados
a longos períodos de prisão.

No século XVIII, uma sociedade secreta da Bavária,


conhecida como Illuminati, também foi denunciada.
Escritos confiscados revelaram um plano para
fomentar a revolução e tomar a Europa, se não o
mundo todo. Os Maçons ficaram desconcertados diante
dos Illuminati e isso resultou numa certa rivalidade
histérica entre os Membros de ambas as Organizações.
Até hoje, acusações de que os Maçons querem dominar
o mundo são difundidas pela Internet.

As referências aos Illuminati frequentemente envolvem


observações pouco lisonjeiras. Isso se deve a um
incompleto entendimento da história da palavra e à
deturpação de seu significado original por
determinados grupos de indivíduos. Muitos Maçons se
desapontam quando se lhes diz que os Illuminati não
são a organização mística ou espiritualmente idealista
que eles acreditam. E, de fato, existe uma conexão
negativa associada a essa palavra. Illuminati é de
origem latina e significa “os iluminados”. A palavra
também é derivada de “iluminação”, ou seja, luz, que
deve ser interpretada tanto no sentido intelectual
quanto no do fenômeno físico.

A palavra e o seu equivalente em outras línguas


remontam à Antiguidade e foram usados por Ordens
Esotéricas, Místicas e secretas, particularmente pelos
Rosacruzes, significando um estado mental máximo de
iluminação. Em poucas palavras, aqueles que, em seus
estudos místicos e filosóficos, adquiriram um domínio
dos ensinamentos e doutrinas que lhes haviam sido
disponibilizados, conferindo-lhes a dignidade e a honra
de serem Illuminatis - “os iluminados”.

Tal indivíduo devia dar provas de mais do que um


domínio intelectual dos ensinamentos da Ordem
Mística ou Metafísica da qual fazia parte.

Seu caráter moral também tinha de ser da mais alta


qualidade. Essas qualificações são a distinção original
associada à palavra Illuminati e ao Grau de Ordens
Iniciáticas autênticas como a Maçonaria Egípcia.

No século XVI, os verdadeiros Illuminati foram


suprimidos na Espanha pela “Santa” Inquisição da
Igreja Católica Romana. Os Illuminati eram “livres
pensadores”. Buscavam individualismo ao expressar
seus pensamentos, o que os punha em conflito com as
doutrinas restritivas da Igreja. A ação perpetrada pela
“Santa Inquisição” e a publicidade feita sobre o caso
fizeram com que as pessoas, ademais desinformadas,
pensassem que os Illuminati fossem algum movimento
nefasto.

Em 1776, uma sociedade maçônica secreta de


contornos políticos foi formada por Adam Weishaupt,
um professor de lei canônica, ou seja, de processos
legais internos à Igreja. Embora Weishaupt tivesse
sido educado pelos jesuítas, seu ato de formar uma
sociedade maçônica secreta fez dele um apóstata
perante a Igreja. Como resultado disso, Weishaupt e
seu corpo maçônico foram acusados de antijesuítas e
foram suprimidos em 1785.

Weishaupt pessoalmente também foi classificado de


“livre pensador” na época. O termo era quase
considerado herético pela Igreja porque essas pessoas
não aceitavam as doutrinas dogmáticas da religião
predominante. Weshaupt e sua Ordem Maçônica, que
ele próprio havia criado, também foram acusados de
interferência política. Ele advogava liberdade de
pensamento nas escolas e o direito das pessoas de ler
qualquer livro que desejassem, inclusive aqueles
contrários à autoridade teológica. Essa campanha de
liberação de sua parte e sua oposição à influência
política da Igreja fizeram com que Weishaupt fosse
acusado de muitos atos dos quais ele não eral culpado,
como por exemplo maquinar uma revolução.A
literatura da época tornou pública a alegada vilania de
Weishaupt e os Illuninati foram erradamente
associados a ele.

Na verdade, os verdadeiros Illuninati já existiam


muitos séculos antes do tempo de Weishaupt. Eles não
tinham conexão com a sociedade dele e não
participavam de nenhuma cruzada contra a religião ou
contra os assuntos seculares da época. No entanto,
obras de referência continuaram por um longo período
a associar a palavra “Illuminati” com Weishaupt e suas
atividades. O nome ficou então estigmatizado por
indivíduos que fizeram mau uso dele para seu proveito
pessoal.

No século XVIII, as palavras “Iluminação” e “Illuminati”


mais uma vez ganharam a atenção pública, mas de
outra forma. Era o período do começo do Iluminismo e
as palavras eram usadas em conexão com o interesse
despertado pela razão científica e filosófica, ou seja, o
apelo à razão em oposição à aceitação cega da fé.
Naturalmente, os Illuminati daquele período não
estavam associados com o uso contínuo e mais antigo
do termo pelas referidas Ordens Secretas. A palavra
estava então mais identificada com homens e mulheres
que, na época dedicavam-se ao uso do pensamento
individual em oposição à confiança na autoridade
externa.Esse período foi marcado pelo crescimento
dos sistemas metafísicos originados na obra dos
filósofos Descartes e Leibnitiz.

Um medo bem fundado surgiu entre os monarcas


europeus quando o povo francês se revoltou em 1789
e acabou executando o rei e a rainha, além de muitos
aristocratas franceses. A Maçonaria foi
responsabilizada pela revolução, embora os próprios
rebeldes tivessem acusado a Maçonaria por ser
hierárquica e seus Membros não serem todos iguais.
Não há dúvida de que alguns Maçons apoiaram a causa
revolucionária, mas como nos outros grandes conflitos
de todos os tempos, houve Maçons de ambos os lados.

Napoleão restabeleceu a Maçonaria depois de ter


assumido o controle da França. Quando foi para a
batalha que iria derrotá-lo em Waterloo, a maioria dos
comandantes de ambos os lados eram Maçons.

Na onda anti-semítica do século XIX, os Maçons foram


acusados de serem cúmplices dos judeus. A Maçonaria
sempre tinha sido aberta ao judaísmo, como também ao
cristianismo, e fazia uso de muitos símbolos e lendas
da história judaica. A Maçonaria foi proibida na
Alemanha nazista. Durante o governo de segregação
racial de Botha, na África do Sul, a Maçonaria foi
acusada de ter como objetivo estabelecer um governo
e uma religião mundiais. Na década de 1990, alguns
croatas responsabilizaram os Maçons pela demora de
vários governos em tomarem iniciativas em prol da
paz.
Apesar de ter tido uma história de obstáculos no
Continente, a Maçonaria continua crescendo. A
Maçonaria da Inglaterra nunca teve de enfrentar um
período tão difícil e continua ligada à realeza, à
aristocracia e à ordem instituída.

História da Maçonaria nos Estados Unidos

A Maçonaria chegou nos Estados Unidos com os


colonos britânicos e muitas das primeiras Lojas
Maçônicas foram Lojas militares que faziam parte do
exército britânico. Os paramentos e equipamentos de
cada Loja eram portáteis e podiam ser transportados
pela empresa que montava a Loja. Essas Lojas
estavam sob a jurisdição da Grande Loja Inglesa, com
alguns Graus Superiores sob a autoridade da Grande
Loja Irlandesa.

Também foram estabelecidas Lojas em cidades


coloniais como Boston e Filadélfia. Benjamin Franklin,
por exemplo, ingressou na Loja da Filadélfia em 1731.
No início, essas Lojas mantinham suas reuniões em
prédios públicos, como o andar de cima de alguma
taverna local. Uma vez que os procedimentos eram
secretos, muitas pessoas de fora tentavam espionar e
ouvir o que acontecia nessas reuniões e, às vezes, era
difícil manter os curiosos afastados. As Lojas tiveram
seus prédios erigidos posteriormente, mas esses eram
muitos mais simples do que as sofisticadas Lojas
europeias da época. Como a Maçonaria era uma
Organização baseada em princípios éticos e seus
Membros tinham seu caráter investigado, muitos
comerciantes chegaram a usar os símbolos maçônicos
em suas campanhas publicitárias para assegurar sua
credibilidade junto ao público.

A Maçonaria não teve nenhuma influência sobre o


desencadeamento da Guerra pela Independência, uma
vez que havia Maçons em ambas as frentes de batalha.
George Washington, o comandante das forças
revolucionárias, era Maçom, assim como a maioria dos
comandantes britânicos e muitos dos oficiais de ambos
os exércitos. Na verdade, pelo menos um historiador
reconhece que os britânicos não lutaram tão
efetivamente quanto eram capazes por sentirem-se
solidários com os colonizadores. Isso teria incluído
também sua participação nas Lojas Maçônicas sob a
jurisdição da Grande Loja Inglesa. Por outro lado,
ninguém reconhece que as Forças Revolucionárias
detiveram-se por esse motivo.

Os Maçons reivindicaram a responsabilidade pela


Festa do Chá de Boston, quando um carregamento de
chá foi retirado de um navio e jogado no porto de
Boston em protesto contra um tributo britânico sobre o
chá. Os Maçons, entretanto, não foram os únicos a
reivindicarem a autoria dele e muitos historiadores
acreditam que com mais direito. Os habitantes das
colônias opunham-se à taxação sem representação e a
posição deles era coerente com as ideias da Inglaterra
de uma monarquia constitucional. Mas a Inglaterra
insistia em impor tributos e outras restrições sem
representação, o que acabou fazendo irromper a
guerra.

Mas os Maçons exerceram uma série de papéis


importantes no drama da revolução. Paul Revere, o
confeccionador de artefatos de prata que fez a fatídica
viagem a cavalo para advertir os habitantes do campo
sobre o ataque das tropas britânicas, era Maçom. John
Paul Jones, o comandante revolucionário da belonave
dos Estados Unidos, era também Maçom. Ficou famoso
pela batalha naval em 1779 na costa da Nova
Inglaterra, onde ele e sua tripulação continuaram
lutando mesmo depois de seu navio ter começado
afundar. Quando o comandante britânico gritou para
perguntar a Jones se estava pronto para se entregar,
respondeu: “Ainda nem comecei a lutar!” O navio
britânico acabou se rendendo e Jones venceu a
batalha.

Por outro lado, Benedict Arnold, o mais célebre traidor


da Guerra pela Independência, foi também Maçom.
Arnold concordou em entregar seu posto de comando,
em West Point, para as forças britânicas em troca de
dez mil libras e um posto no exército britânico. Um
mensageiro foi capturado com os documentos
comprometedores antes de esse acordo ser firmado e
Arnold conseguiu fugir. Foi recompensado pelos
britânicos, mas jamais obteve sua confiança. A Loja
Maçônica de Connecticut à qual pertencia o expulsou.

Apesar de Thomas Paine, o livre-pensador cujo


panfleto intitulado Senso Comum ter ajudado a instigar
a assinatura da Declaração da Independência, não ser
Maçom, tinha grande interesse pela Maçonaria e
escreveu um livro sobre o tema. Paine argumentava
que a representação parlamentar em questões como a
de tributação não bastaria para resolver as disputas e
diferenças entre a Coroa e as colônias, uma vez que os
Estados Unidos e a Inglaterra tinham se distanciado
demais. Os Estados Unidos precisavam declarar sua
independência; isso era uma simples questão de bom
senso. Mais tarde se tornaria também um defensor da
Revolução Francesa.

Hancok que assinou a Declaração da Independência em


letras garrafais, era Maçom. Hancock tinha sido
informado que os britânicos estavam oferecendo uma
recompensa aos revolucionários, de maneira que sua
assinatura com letras grandes e floreadas era para
que, segundo disse, pudesse ser lida sem a
necessidade de óculos e que, em consequência disso, a
comissão britânica encarregada pudesse dobrar a
recompensa.

A afirmação comum de que a Maçonaria influenciou a


formação da nova Nação é verdadeira. Embora
provavelmente tenha exercido muito pouca influência
sobre a própria guerra, a Maçonaria exerceu uma
grande influência sobre as pessoas que escreveram a
Constituição e formaram o novo governo. Quando a
Guerra da Independência acabou, organizações como
“Os Filhos da Liberdade” já tinham perdido a força e a
Maçonaria havia se tornado a principal organização de
fraternidade.

A nova Constituição foi escrita por Thomas Jefferson,


mas seu conteúdo foi decidido pela Convenção
Constitucional de 1787. Os Delegados eram Jefferson,
Washington, Franklin, John Adams e Edmund Randolf.
Jefferson não era Maçom, mas a maioria, Washington,
Franklin e Randolf o eram. Adams não era Maçom, mas
tendia para o lado deles, contra Jefferson. Não há
nenhuma dúvida de que a Constituição dos Estados
Unidos, “em Washington” o documento que exerce
tanto poder sobre a vida dos americanos foi altamente
influenciada pelos princípios da Maçonaria que aqueles
homens levavam tão a sério.

A crônica da cerimônia de lançamento da pedra


fundamental para a construção do edifício Capitol, que
seria a sede do Congresso dos Estados Unidos, em
Washington, D.C., ilustra o papel que a Maçonaria
exerceu naquela época. A cerimônia foi conduzida pela
Grande Loja de Maryland e George Washington foi
convidado a servir de Mestre de Cerimônias.

Os Membros da Loja, inclusive Washington,


compareceram totalmente paramentados com o rigor
maçônico e Washington recebeu uma baixela de prata
com os nomes inscritos de todas as Lojas Maçônicas
ali representadas. Colocou essa baixela juntamente
com outra com símbolos maçônicos e recipientes de
cereais, vinho e óleos sob um dos alicerces do edifício.
Seguiu-se uma cerimônia maçônica, coroada por
cantos maçônicos.

O pequeno martelo, a colher de pedreiro e o nível


usados na cerimônia continuam na Loja número 5 de
Potomac, no Distrito de Colúmbia.

Uma pergunta feita com frequência é se o Selo dos


Estados Unidos, que aparece no verso da nota de um
dólar, é ou não um símbolo maçônico. Algumas poucas
horas depois de a Declaração da Independência ter
sido assinada em 4 de julho de 1772, uma comissão foi
designada para criar o selo nacional. A comissão foi
formada por Benjamin Franklin, um Maçom, e John
Adams e Thomas Jeferson, que não eram Maçons.
Entretanto, a relação deles com a Maçonaria é
irrelevante, uma vez que não conseguiram criar um
desenho aceitável. Depois de mais algumas comissões
designadas e muitas alterações, um desenho foi
finalmente aprovado por Charles Thonson, Secretário
do Congresso Continental, que não era Maçom.

A metade do lado esquerdo do Selo da nota de um


dólar mostra uma pirâmide em cujo triângulo do topo
vê-se um radiante Olho da Providência. O ano em que
a Declaração da Independência foi assinada aparece
em números romanos na base da pirâmide. Acima do
desenho, está escrito “Annuit Coeptis”, traduzido como
“Olho da Providência” abençoou nosso
empreendimento”. Numa faixa abaixo, aparecem as
palavras “Novus Ordo Seclorum”, que significam “Uma
Nova Ordem dos Tempos”. Isso provavelmente
refere-se a um verso de Virgílio que foi traduzido
como: “Uma poderosa ordem dos tempos está
recomeçando”.

Os Maçons negam veementemente que esse lado do


Grande Selo seja um motivo maçônico. A preocupação
deles tem a ver com o fato de esse motivo ter sido
usado para “provar” que os Maçons controlam o
governo dos Estados Unidos e pela frase ter sido
traduzida como “Uma Nova Ordem do Mundo” com
implicações sinistras. A verdade é que não há nada que
prove que as pessoas realmente envolvidas com a
criação e escolha do selo fossem Maçons ou ligadas,
de alguma maneira, à Maçonaria.

Apesar de muitas lendas maçônicas referirem-se à


sabedoria egípcia, a pirâmide nunca foi um símbolo
maçônico. A Maçonaria utiliza um triângulo, contendo
alguma referência à Divindade como símbolo de Deus,
mas eles tomaram esse símbolo emprestado de outras
tradições. O mesmo vale para o Olho Divino, que os
Maçons chamam de Olho da Providência. Esse era um
símbolo hermético muito comum e amplamente
utilizado no século XVIII. Um dos usos mais reputados
do símbolo do único olho era o Olho do deus Hórus
egípcio.

Não há nenhuma evidência de que o Selo contenha


qualquer símbolo maçônico, mas claramente contém
símbolos que os Maçons compartilhavam com outros
naquela época. É justo afirmar que os criadores do
selo nacional partilhavam de algumas ideias da
Maçonaria, o que resultou em alguns símbolos
similares.

Muitos Maçons pareciam estar mais interessados em


declararem a independência da Grande Loja da
Inglaterra do que do rei e do parlamento. Mas
finalmente a independência estava declarada e cada
estado, como cada nação europeia, estabeleceu sua
própria Grande Loja. Desenvolveram-se ritos
diferentes daqueles praticados na Europa e, com isso,
a Maçonaria começou a assumir sua própria forma nos
Estados Unidos.

Nos primeiros tempos da República, a Maçonaria


conquistou grande reputação e se desenvolveu
rapidamente. Nos Estados Unidos, a Maçonaria se
tornou mais cristã do que havia sido na Europa e,
apesar da liberalidade dos antigos ensinamentos
maçônicos, praticava a segregação racial. Um afro-
americano, Príncipe Hall, instituiu a Maçonaria negra
nos Estados Unidos e, assim, a organização deixou de
ser totalmente segregada, embora ainda existam Lojas
que não reconhecem a Maçonaria de Príncipe Hall.
Em 1826, a reputação da Maçonaria foi seriamente
abalada por um escândalo. Willian Morgan, habitante
do interior do Estado de Nova York, ingressou na
Maçonaria e, ou por ter-se decepcionado com ela ou
por ter ingressado nela desde o início já com a
intenção de espioná-la, deixou a Loja, comunicando
que havia escrito um livro, Ilustrações da Maçonaria, o
qual seria publicado e revelaria rituais secretos da
Maçonaria.

Willian Morgan foi sequestrado por um grupo de


Maçons e jamais voltou a ser visto. Como nenhum
corpo foi encontrado, um possível assassinato não
tinha como ser provado e os Maçons foram acusados
de práticas ilícitas. Houve 20 processos e 3 sucessivos
julgamentos especiais, dos quais Membros Maçons
participaram do corpo de jurados, que acabaram em
apenas algumas condenações com períodos de cárcere
bem curtos.

O sequestro e o suposto assassinato acabaram


trazendo à tona e alimentando o sentimento
antimaçônico até então encoberto. O livro de William
Morgan tornou-se um grande sucesso de vendas e,
com isso, a literatura antimaçônica, tanto a satírica
como a mordaz, floresceu. Milhares de pessoas
abandonaram a Maçonaria por desgosto ou em
protesto e a Maçonaria definhou por muitos anos. Em
1884, a Maçonaria voltou a ser tão ou mais popular do
que antes, mas jamais recuperou a posição
proeminente que gozara anteriormente.

A Maçonaria tem mais Membros e é mais próspera


hoje nos Estados Unidos do que em qualquer outro
país. Em 1998, os Estados Unidos contavam com mais
de 17.000 Lojas. A Maçonaria de suas Lojas adota o
Rito Escocês, e muitas outras, o Rito de Yorque. Há
também uma Organização Maçônica que é única para os
Estados Unidos, fundada em Nova York em 1870. Essa
é a Antiga Ordem Arábica dos Nobres do Santuário
Místico, mais comumente conhecida como os
Relicários. Apenas os Maçons que alcançaram o 32º
Grau do Rito Escocês ou o Grau dos Cavaleiros
Templários do Rito de York têm permissão para
participar. Os Relicários têm mais de 500.000 Membros
na América do Norte, incluindo o Canadá, o México e o
Panamá.

Os Maçons são conhecidos nos Estados Unidos por


suas obras de caridade. Os Relicários sozinhos mantém
22 hospitais que se dedicam a tratar as crianças
menores de 18 anos com problemas ortopédicos ou de
queimaduras. Existem vinte hospitais nos Estados
Unidos, um no Canadá e mais um no México.
Mulheres e Maçonaria

O tema das mulheres e a Maçonaria é complexo e sem


uma explicação fácil. Tradicionalmente, as pessoas
admitidas como Membros de uma Loja devem ser bons
e verdadeiros homens, nascidos livres e de idade
madura e discretos, nenhum escravo, nenhuma mulher,
nenhum homem imoral ou escandaloso, mas de boa
reputação. Muitas das Grandes Lojas não admitem
mulheres porque acreditam que isso iria quebrar os
antigos Landmarks. No entanto, existem muitos corpos
maçônicos não predominantes que admitem mulheres e
homens ou exclusivamente mulheres. Além disso,
existem muitas Ordens femininas associadas com a
Maçonaria regular como a Ordem Internacional das
Filhas de Jó, a Ordem da Estrela do Oriente, a Ordem
Internacional do Arco-Íris para meninas, o Santuário
Branco de Jerusalém e as Filhas do Nilo.

História

As mulheres foram aceitas na Maçonaria de forma


muito diversa no tempo e segundo o país. A primeira
mulher Maçom foi Elizabeth Aldworth que se iniciou
em circunstâncias bastante incomuns na Irlanda em
1732. Posteriormente, houve mais mulheres em Lojas
Maçônicas na França como foi o caso de Maria
Deraismes em 14 de janeiro de 1882. Surgiu também a
Loja de Adoção na França, a Ordem de Mopse na
Prússia e a Estrela do Oriente nos Estados Unidos.

Hoje em dia um número crescente de países incluindo


a Europa aceitam as mulheres em Lojas Maçônicas
mistas ou femininas. No Brasil o braço do Rito de
Memphis Misraim que pratica 99o Graus é considerado
a Ala Liberal da Maçonaria e desde sua fundação inclui
mulheres em igualdade de condições com os homens.

Maçonaria Operativa

Há evidências, embora o fenômeno fosse raro, de que


algumas mulheres tomaram o controle de acesso em
várias corporações durante o período da Maçonaria
Operativa. Alguns dos estatutos de idade mostram, por
exemplo, o comércio do livro de Paris (1268), os
estatutos da Guilda dos Carpinteiros em Norwich
(1375) ou os estatutos das Lojas de York (1693).

Reconhecimento

A Grande Loja da Inglaterra e outros concordantes da


tradição regular não reconhecem formalmente qualquer
organismo maçônico que aceite mulheres. A Grande
Loja Unida da Inglaterra declarou desde 1998 que as
duas jurisdições inglesas para mulheres são regulares
na sua prática, exceto quanto à inclusão das mulheres
e indicou que embora não formalmente reconhecidos
esses organismos podem ser considerados como parte
da Maçonaria ao descrever a Maçonaria em geral. Na
América do Norte, as mulheres não podem se tornar
Maçons regulares por si, mas sim juntar-se em corpos
separados, que não são Maçons em seu conteúdo.

Excelentíssima Fraternidade da Antiga Maçonaria

A história da Excelentíssima Fraternidade da Antiga


Maçonaria em particular, não pode ser descrita sem
refeência à história do movimento das mulheres na
Maçonaria em geral. Um panfleto intitulado “Mulheres
na Maçonaria”, publicado em 1.988 por Enid Scott, ex-
assistente do Grão-Mestre da Ordem diz o seguinte:

“Foi em 1.902 que a primeira Loja de Co-Maçonaria


foi formada em Londres, o que a importação pela
França logo formaria uma “bola de neve”. Mas dentro
de alguns anos, alguns de seus Membros tornaram-se
apreensivos quanto ao curso a ser tornado pelo
Conselho de Administração em Paris. Sentiram que
suas formas antigas foram postas em causa e
colocaram em risco o seu estilo tradicional.A história
repetia-se, pois era um estado semelhante ao que
tinha surgido na Maçonaria regular em meados do
século XVIII. Vários Membros demitiram-se da Ordem
e formaram-se em uma sociedade na qual estava a
emergir a Excelentíssima Fraternidade da Antiga
Maçonaria mas ainda como uma associação de homens
e mulheres. Em 5 de junho de 1.908 uma Grande Loja
foi formada com um Irmão do reverendo como Grão
Mestre. Ele foi o primeiro do sexo masculino e apenas
Grão Mestre e continuou no cargo por quatro anos
antes de se aposentar por problemas de saúde. Em seu
sucessor, começou a linha contínua de mulheres Grãs
Mestres. Aproximadamente dez anos mais tarde,
decidiram restringir a admissão somente para as
mulheres para permitir que os integrantes do sexo
masculino permanecessem. Dentro de um curto prazo,
o título foi mudado para a Ordem das Mulheres
Maçons, mas a forma de endereço como “Irmão”
manteve-se. O uso do termo “Irmãs” teria sido
interrompido logo após a formação em 1.908 pois foi
considerado inconveniente para os Membros de uma
fraternidade universal de Maçons. É também de algum
interesse notar que a história se repetiu, quando o
Arco Real foi objeto de uma divisão em suas fileiras,
um pouco à semelhança do Antigos e Modernos, antes
da União em 1813. Um grupo de seus Membros
pretendia incluir o Arco Real no sistema, mas não
conseguiu obter a autorização de sua Grande Loja, o
que lhes causou a separação. Assim, formaram a
primeira Loja de outra Ordem, A excelentíssima
Fraternidade da Antiga Maçonaria. As duas Grandes
Lojas funcionam em paralelo, quase como cópia de
“carbono”, mas neste caso, o tempo de uma União, à
semelhança do que ocorreu em 1.813, ainda estaria
para vir.”

A Excelentíssima Fraternidade da Antiga Maçonaria foi


fundada em 1.913 e a primeira Grã Mestre foi
Elizabeth Boswell Reid, iniciando entre 1.913-1.933 e
que foi sucedida por sua filha, Seton Challen.

Justificativa para a exclusão das mulheres

A tendência predominante das Grandes Lojas


Maçônicas justificam a exclusão das mulheres da
Maçonaria por várias razões. A estrutura e as tradições
dos dias modernos na Maçonaria, baseia-se em
“pedreiros” medievais geradores da Europa. Essas
corporações operatórias maçônicas, não permitem que
as mulheres participem, por causa da cultura da época.
Muitas propostas e tradições das Grandes Lojas, iriam
alterar completamente a estrutura da Maçonaria. Além
disso, a tendência predominante das Grandes Lojas,
juntara-se aos marcos estabelecidos pela Maçonaria
no início do século XVIII, que são consideradas
imutáveis. Um desses marcos especifica que uma
mulher não foi feita para ser Maçom. Por último, os
Maçons fizeram uma jura para não estar presente numa
Iniciação de uma mulher Maçom em suas obrigações.
Muitos Maçons acreditam que, independentemente de
suas opiniões das mulheres na Maçonaria, não poderão
quebrar as suas obrigações.

A exclusão das mulheres nas Constituições de


Anderson

Além deste episódio, há poucos precedentes para a


introdução das mulheres na Maçonaria na época. O
principal motivo foi, provavelmente, o fato de que as
mulheres eram agora, legalmente consideradas
maiores de idade e, portanto, livre da autoridade de
seus pais ou maridos. É neste sentido que o artigo III
das Constituições de Anderson em 1.723 afirma o
seguinte para os Membros de uma Loja:

“...devem ser boas mulheres e leais, nascidas livres,


maduras e discretas, nem escravos, nem os homens e
nem as mulheres, nem imoral e escandalosas, mas
respeitável.”
O aviso de Ramsay

Na França o cavaleiro de Ramsay em seu famoso


discurso maçônico de princípio de 1.736, contém a
mesma proibição, mas é menos que uma questão de
princípio, que a defesa da pureza de nossos costumes,
ele acrescenta:

“Se o sexo é proibido, ele não tem nenhum dos


alarmes,

Este, não é um insulto a sua lealdade;

Mas há temores de que o amor caindo com seus


encantos,

Façam esquecer a fraternidade.

Nomes de irmãos e amigos serão armas de pequeno


porte

para assegurar o coração da rivalidade.”

Mulheres com papel de influência na Maçonaria

Não é do conhecimento geral, mas os pesquisadores


têm demonstrado que não existem registros que
confirmam que as mulheres eram de fato, influências
importantes sob os auspícios nas decisões de Lojas
Maçônicas.

O Manuscrito Regius datado de 1.390 é o mais antigo


manuscrito ainda descoberto relativos à Maçonaria.
Dois extratos são de especial interesse:

“Neste ofício honesto para ser perfeito, e assim cada


um deve ensinar os outros, e o amor juntos, como
irmão e irmã. O artigo décimo é para saber, que entre
o Ofício, os altos e baixos, não é nenhum Mestre que
irá suplantar o outro, mas estar juntos como irmã e
irmão, este ofício curioso, todos e alguns, que
pertence a um Mestre Maçom.”

No entanto temos de salientar que nem todos


concordam com essas interpretações do Manuscrito
Regius. Os exemplos a seguir foram registrados por
Enid Scott em seu panfleto “Mulheres e Maçonaria”.

É no registro, que uma mulher era responsável pela


escultura do pórtico na torre da catedral de
Estrasburgo. Foi iniciado em 1.277 pelo arquiteto
Erwin de Steinbach e sua filha Sabina que era um
“pedreiro” habilidoso, executando esta parte do
trabalho. Nos registros de Corpus Christi Guild em
York é de salientar que em 1.408 um Aprendiz tinha de
jurar obedecer o Mestre ou Dame, ou qualquer outro
Maçom. As Damas foram registradas nos Ofícios da
Maçonaria no século XVII como sendo não operatório.
Claro que naquela altura não operatório significava não
estar envolvidos no trabalho físico, mas agindo em
capacidade de aceitar encomendas de trabalhos e não
o que hoje chamam de Maçonaria Especulativa. Essas
mulheres eram chamadas de Damas para distinguí-las
dos Mestres Maçons. Margaret Wild, a viúva de um
Maçom, foi um Membro da Maçonaria como
acompanhante em 1.663. Um Memorandum do dia 16
de abril de 1.683 a partir da Loja de Edimburgo
refere-se ao acordo que uma viúva pode, com o
auxílio de um competente Maçom, receber o benefício
de todas as ordens que podem ser oferecidos por seus
clientes, de seu falecido marido Maçom, como sendo
proibida de tomar parte nos lucros de tais atribuições.
Um dia depois do dia 17 de abril, os registros da Loja
da Capela de Santa Maria, deu um exemplo sobre a
legalidade de uma mulher que ocupa a posição de
Dama ou Senhorita, no sentido maçônico. Mas foi
apenas de forma muito limitada que as viúvas de
Mestres Maçons poderiam beneficiar do privilégio. A
partir dos manuscritos que compõem os Velhos
Mandamentos da Grande Loja de York, datado de
1.693, refere-se aos Deveres do Aprendiz, e solicita
que, Um dos anciãos tendo o livro, hee ou shee (deles,
Maçons) que está ainda a iniciar-se Maçom, devem
colocar as suas mãos sobre o livro, e os encargos
serão dados. Claro que isso tem sido contestado por
alguns historiadores maçônicos que afirmam que o
shee é uma má tradução de “eles”, mas outros,
incluindo o Reverendo Woodford, aceitariam como
prova da admissão de mulheres em comunhão
maçônica, especialmente porque muitos das
corporações de outros, naquele momento, estavam
composta por mulheres, assim como os homens.

O Livro de ocorrências registra os nomes de duas


viúvas em 1.696.

Em 1.713 – 1.714 encontramos os exemplos incomuns


de Maria Bannister, filha de um barbeiro suburbano ser
nomeado Maçom para um mandato de 7 anos, a taxa de
cinco Xelins foram pagos à Companhia.

Vários casos de Aprendizes do sexo masculino que


estaria atribuído ao trabalho com Mestres do sexo
feminino durante o período de 1713 – 1715 aparecem
nos registros da Venerável Companhia de Maçons da
biblioteca Guildhall em Londres.

Há que ter em conta que, todos estes casos, ocorreram


antes da formação da primeira Grande Loja de Londres
em 1.717. Em 1.723 o Reverendo James Anderson foi
dada a tarefa de emissão de um conjunto de
constituições que foram revistas em 1.738 quando
introduziu a ideia de que mulheres eram proibidas de
se tornarem Maçons.
Mulheres Maçons em Órgãos Maçônicos Regulares

O caso de Elizabeth Aldworth

Houve alguns casos relatados de uma mulher ingressar


em uma Loja Maçônica regular. Esses casos são
exceções e são debatidos pelos historiadores
maçônicos.

Elizabeth Aldworth

Conta-se apenas como uma das poucas mulheres,


sendo admitida pela Maçonaria no século XVIII é o
caso de Elizabeth Aldworth que relatou ter visto
subrepticiamente o processo de uma reunião realizada
na Loja Doneraile House, número 44, a casa privada de
seu pai, primeiro Visconde Doneraile, residente em
Doneraile, County Cork, na Irlanda. Após a descoberta
da violação do seu sigilo, a Loja resolveu admiti-la e
abrigá-la e depois ela apareceu em público usando
com orgulho o vestuário maçônico. No início do século
XVIII era muito habitual para Lojas serem realizadas
em casas particulares. Esta Loja foi devidamente
justificada como a Loja número 150 na lista da Grande
Loja da Irlanda.
Co-Maçonaria

A admissão sistemática das mulheres na Co-Maçonaria


Internacional começou na França em 1.882 que Maria
Deraismes iniciou na Loja dos Pensadores Livres sob a
Grande Loja Simbólica da França. Em 1.893 junto com
o ativista Georges Martin, Maria Deraismes
supervisionou o início de dezesseis mulheres na
primeira Loja do mundo a ter homens e mulheres como
Membros desde o início a criação da jurisdição, Le
Droit Humain. Novamente estas são consideradas por
Maçonaria Regular como corpos irregulares.

Le Droit Humain e uma série de outras organizações


irregulares maçônicas têm presença predominante na
América do Norte que estão abertas às mulheres, quer
de forma andrógina ou totalmente feminina. Estas
ordens de trabalho e de rituais semelhantes à
Maçonaria regular e seu trabalho, tem um conteúdo
moral e filosófico semelhante à Maçonaria regular.

Na Holanda existe uma Loja totalmente separada,


embora maçonicamente aliada, clube de moças ou
senhoras, A Ordem dos Tecelões, que utiliza símbolos
de tecelagem em vez da Pedra de cantaria.

O Rito de Adoção de uma Loja feminina surgiu na


França no Grande Oriente de França, bem como outros
organismos maçônicos na tradição continental européia
reconhecem plenamente a Co-Maçonaria e a
Maçonaria de Mulheres.

As Lojas de Adoção na França

Não foi todavia possível na sociedade francesa no


século XVIII manter completamente as mulheres e em
especial os da nobreza para além da novidade de um
movimento filosófico que pretendia manter segredos e
começou a receber de um certo efeito de moda.

Baseado no fato de que nada nas Constituições de


Anderson que impedem as mulheres de serem
recebidas em banquetes e entretenimentos que
acompanharam em trabalhos, ou participar em
cerimônias religiosas de luto ou de São João, Maçons
franceses se acostumaram a chamar de Irmãs para as
mulheres nestes momentos, em seguida, vieram a
criar, mais tarde, um Maçonaria para senhoras ou a
Maçonaria de Adoção, reservada para as senhoras da
nobreza cujas duquesas Bourbon e Chartres e a
princesa de Lamballe, que disse à rainha Maria
Antonieta que toda a sua corte o era.

Há vestígios destas Lojas de adoção na França desde


1.740. Elas geralmente levam o nome de uma Loja
masculina a fim de apresentar que se mantém unida.
Na França por volta do ano de 1.760 os historiadores
contam Lojas em: Annonay, Arras, Besançon,
Bordeaux, Caen, Confolens, Dijon, Lorient, Narbona,
Nancy, Rochefort, Toulouse e Valognes. A estes
devem ser ligados para adicionar quatro Lojas
militares e outras quatro em Paris, incluindo um anexo
da famosa Loja Les Neuf Soeurs.

Estas senhoras Maçons continuavam a ser bastante


diferentes da Maçonaria masculina. Em particular, um
ritual específico, o Rito de Adoção que foi
desenvolvido para essas Lojas.

Havia também Lojas na Alemanha e duas em


Hamburgo: a Suprema Felicidade e a Concórdia.

Em 1.808 as Lojas de Adoção foram proibidas pela


persuasão masculina como contrário à sua constituição.
A prática do Rito de Adoção sobreviveu por mais
tempo no século XIX, mas marginalmente.

Na Maçonaria Egípcia

As mulheres também foram iniciadas em Haia nos


diferentes Graus da Maçonaria chamado como
“Egípcia” e fundada por Cagliostro. Sua mulher
Serafina foi responsável pela gestão das Lojas
femininas e ao longo de suas viagens ele fez o mesmo
nas cidades de Mitau em 1.780 e em Paris no ano de
1.785.
A última vez que foi visto foi na França e na Alemanha
recrutando para suas Lojas femininas e mistas
exclusivamente senhoras e senhoritas da alta
aristocracia.

No século XIX

Na aprovação da Maçonaria que continuaria pelo


menos na França ao longo do século XIX, estavam
gradualmente acrescentadas outras formas nas
práticas femininas ou mistas da Maçonaria:

* Ordem da Estrela do Oriente

Nos Estados Unidos um Maçom da cidade de Boston


chamado Robert Morris fundou em 1.850 uma Ordem
Paramaçônica denominada Ordem da Estrela do
Oriente que permitiu que mulheres trabalhassem nos
mesmos propósitos que os Maçons, porém em outro
ambiente, sendo elas meninas, viúvas, esposas, irmãs
ou mães de um Maçom. Ela fornece ensinamentos
baseados na Bíblia e atende principalmente as
atividades morais ou de caridades.
Não é uma Maçonaria feminina mas sim uma Ordem
Paramaçônica.

A aparição da Maçonaria Mista

No final do século XIX na França seria exibido pela


primeira vez uma verdadeira Maçonaria mista. Na
verdade, até agora, as Lojas femininas ou mistas da
Maçonaria manteve-se:

• Sujeitas às Lojas aristocráticas – Lojas de Adoção;


• Paramaçônicas – Ordem da Estrela do Oriente.

Em 1.880 houve 12 Lojas que fizeram uma ruptura


simbólica com a Grande Loja Central do Supremo
Conselho da França e formando assim uma nova
aliança sob o nome de Grande Loja da Escócia
Simbólica. Algumas dessas Lojas aprovaram o princípio
da Iniciação para as mulheres, mas poderiam ir mais
longe.

Portanto, o quadro “Os Pensadores livres” da cidade


Le Pecq proclamou a sua autonomia a 9 de janeiro de
1.882 para iniciar a 14 de janeiro de 1.882 as práticas
do Rito Escocês. Maria Deraismes, jornalista e
militante feminista, observada por seus “Irmãos” pelo
seu talento como oradora e seu compromisso militante
a reconhecer os direitos das mulheres e crianças.
Onze anos depois, Maria Deraismes, ajudada por
George Martin entre outros, iniciou ritualisticamente
em 14 de março de 1.893 a 17 mulheres fundando
então a 4 de abril a chamada “Grande Loja Simbólica
Escocesa da França”.

No século XX

Na Inglaterra

A Maçonaria Mista do Droit Humain na Inglaterra se


estende quase que de imediato por Anie Besant e tem
como nome de Co-Maçonaria. A primeira Loja mista na
Inglaterra foi fundada em 26 de setembro de 1.902.
Muito rapidamente as mulheres da Maçonaria da
Inglaterra estariam em desacordo com a Ordem de
origem francesa em 3 pontos:

• A apresentação de uma Loja Simbólica a um


Conselho Supremo;
• A exigência de uma crença em um princípio
superior ou divino;
• A Co-Maçonaria inglesa deixava de aceitar novos
Membros do sexo masculino em 1.908.
A separação ocorreu em 1.913, deixando para trás as
duas Obediências inglesas femininas quase
indistinguíveis:

• Excelentíssima Fraternidade da Antiga Maçonaria


(1.908)
• Excelentíssima Fraternidade da Antiga e Aceita da
Maçonaria (1.913)

Na França

Na França, em paralelo com o desenvolvimento da


Maçonaria mista, sob o impulso do Droit Humain no
início do século XX, a Grande Loja da França recomeça
sua adoção e, em 1.906, dá-lhes uma constituição
adequada. Este texto prevê que, qualquer Loja de
Adoção deve ostentar o título precedido da expressão
Loja de Adoção. Todos os dirigentes de uma Loja de
Adoção são necessariamente instruídas por uma
Oficina onde estão nesse aspecto, são parecidos. Em
1.907 as Lojas de Adoção foram uma nova versão no
Rito de Adoção. Parece que o trabalho dessas Lojas
sobre temas da sociedade são comparáveis aos dos
Maçons homens.

Em 1.935 havia 9 Lojas de Adoção. Na esperança


hipotética de uma reaproximação com o bloco de
Grandes Lojas como a Grande Loja Unida da
Inglaterra, sem o reconhecimento da Grande Loja da
França de tornar as Lojas independentes e de
encorajá-las a constituir-se em mulheres Maçons.
Estruturas temporárias estariam no lugar e não foi até
1.945 para ver a criação da União das mulheres
Maçons da França que veria mais tarde a tornar-se a
Grande Loja Feminina da França.

Mitos e Símbolos

Os mitos maçônicos reescreveram a história do ponto


de vista da Maçonaria. De acordo com esses mitos, a
Maçonaria existe desde o início dos tempos: a Criação.
O Deus do Antigo Testamento foi o primeiro Maçom,
ao criar o mundo em seis dias.

Adão foi um Maçom e os Maçons construíram a Torre


de Babel. Como as pessoas começaram a falar em
línguas diferentes, Deus ordenou que os Maçons se
comunicassem uns com os outros por meio de
símbolos secretos. Essa é a origem dos apertos de
mão e gestos secretos dos Maçons. Noé também foi
Maçom e preservou as formas de vida animal e
vegetal. Os conhecimentos que existiam antes do
Dilúvio, como de geometria, música, criação de animais
e metalurgia, foram colocados em duas colunas de
pedra e metal e, assim, sobreviveram ao fogo e ao
dilúvio. Essas eram as duas colunas do Templo de
Salomão. De acordo com algumas lendas, os
conhecimentos que já existiam antes do Dilúvio foram
restabelecidos por Pitágoras, que também, é claro, era
Maçom.

Abraão, que também era Maçom, inventou a Geometria,


de importância vital para a Maçonaria. No Egito,
Abraão conheceu um escravo grego chamado Euclides,
a quem ensinou geometria. Euclides anotou seus
ensinamentos e foi a partir de seus escritos que o
mundo tomou conhecimento da Geometria.

Hiram Abiff

A lenda de Hiram Abiff é a mais importante da


Maçonaria. Chegou até nós em várias versões. A lenda
está fundada na descrição da construção do Templo de
Salomão feita em 1 Reis 5-7.

Conta a lenda que quando Salomão decidiu construir o


Templo, procurou o rei Hiram de Tiro em busca de
materiais e mão-de-obra capacitada. O rei Hiram
cedeu-lhe seu melhor Mestre-de-Obras, que era
Hiram Abiff. Esses três homens, Salomão, o rei Hiram
e Hiram Abiff eram os guardiões de uma palavra
secreta do Templo.

De acordo com algumas versões, essa palavra é o


segredo do Templo e, para outras, é a palavra do
Mestre, a palavra que distinguia o Mestre-de-Obras
dos Aprendizes e Companheiros. Com milhares de
homens trabalhando no Templo, o único modo de
Hiram Abiff saber o que pagar a cada um deles era
cada grupo ter uma palavra e aperto de mão
diferentes. A palavra do Aprendiz era Boaz, a do
Companheiro era Jackim e a do Mestre era Jeová.

Três trabalhadores perversos atacaram Hiram Abiff no


Templo e tentaram obrigá-lo a revelar a senha.
Enquanto era golpeado, Hiram Abiff ia se arrastando
de porta em porta traçando um desenho no chão com
seu sangue. Morreu sem revelar o segredo e os
malfeitores, temendo pelo que haviam feito, pegaram
seu corpo e o levaram para ser enterrado na encosta
de uma montanha. Plantaram uma pequena muda de
acácia sobre a cova para ocultar a terra remexida.

Quando foi constatado o desaparecimento de Hiram


Abiff, grupos de busca foram enviados à procura de
seu corpo. Como temessem que Hiram Abiff pudesse
ter revelado a senha, Salomão e o rei Hiram decidiram
que a primeira palavra que fosse pronunciada quando o
corpo fosse encontrado seria a senha do novo Mestre.

Quando um dos buscadores agarrou-se ao pé da acácia


para firmar-se na subida da montanha, a planta foi
arrancada pela raiz e o corpo de Hiram Abiff foi
encontrado. Ao segurar a mão de Hiram, a pele se
soltou como se fosse uma luva e o Mestre que o havia
tocado exclamou: “Moabom”, que significa “a carne se
desprende dos ossos”.

Uma variante dessa parte da lenda é que Salomão


declarou que a primeira coisa que os buscadores
veriam ao encontrarem o corpo seria o segredo do
Templo. Quando encontraram o corpo e abriram o
caixão, a primeira coisa que viram foi a mão de Hiram
Abiff e, por isso, o aperto de mão e outros símbolos de
reconhecimento se tornaram o novo segredo do
Templo.

Em ainda outra versão, Hiram Abiff levava a senha do


Templo num triângulo num poço fundo, onde os
buscadores do impronunciável nome de Deus terão que
encontrá-lo. Essa busca passou a fazer parte do ritual
do Grau do Real Arco.

Os Símbolos

A Maçonaria tem um grande número de símbolos.


Tomou muitos deles emprestados de várias formas de
pensamento metafísico, criou alguns e deu novo
significado a outros. Muitos dos símbolos são descritos
aos candidatos durante a Iniciação aos 3 Graus
básicos. Embora exista muita coisa para se saber
sobre o simbolismo da Maçonaria, tanta que poderia
facilmente preencher um grande volume, são só alguns
poucos símbolos básicos que reaparecem com
frequência e que são, portanto, importantes para os
ensinamentos da Arte Régia. Na Maçonaria Americana
(EUA), foram criados quadros com todos os símbolos
para assegurar que as Lojas os usassem corretamente.
Esses quadros foram por vezes chamados de Tapetes
do Mestre.

O Templo Maçônico e seus símbolos

Na Maçonaria, templo é o local de reunião de uma


Loja. Tem a forma retangular e não deve ter janelas.
As paredes são pintadas de azul, decoradas com um
cordão que forma, de distância em distância, 81 nós
emblemáticos. O teto representa a abóbada celeste,
repleta de estrelas.

A palavra templo remete, é claro, ao Templo de


Salomão. Apesar disso, os templos maçônicos não
refletem o edifício histórico. Não se pode dizer que
existe um “estilo maçônico” pelo qual se é capaz de
identificar uma Loja maçônica apenas pela observação
do seu exterior.

O simbolismo do templo remete às palavras de Jesus,


quando, ao expulsar os cambistas e mercadores do
Templo de Jerusalém, afirmou que tinha poder para
agir daquela maneira porque iria “destruir este templo
e em três dias o reedificarei”. Ele referia-se ao templo
do seu corpo. Esse é o templo maçônico.

São Paulo traduziu essas ideias afirmando que “sois


Templo de Deus e o espírito de Deus habita em vós”.

O Altar

O altar é o lugar onde o espiritual se materializa. No


Brasil, não há uma uniformização do altar. Algumas
Lojas constroem-no em forma de triângulo; outros,
quadrado; há ainda as Lojas que o apresentam como
uma pequena coluna. Sobre o altar, são colocados o
livro sagrado, um compasso e um esquadro, chamados
de utensílios. São os apetrechos usados para construir
o “edifício” que será o futuro Maçom. Geralmente, o
livro sagrado é a Bíblia, mas isso depende de onde a
Loja estiver localizada. Além desses elementos, há
ritos que colocam outros símbolos sobre o altar, como
a Espada Flamejante.

O Esquadro

Para os antigos egípcios o esquadro era um quadrado


perfeito usado no culto de Osíris para julgar os
homens. Na Maçonaria, representa a terra e orienta a
marcha do Aprendiz do começo ao fim. Trata-se do
símbolo maçônico mais usado e conhecido. Todos os
Graus da Maçonaria têm o esquadro como símbolo
primário. Por ser uma figura geométrica, ele indica o
equilíbrio do comportamento que conduz ao
aperfeiçoamento humano no “caminho reto da justiça”.

O Compasso

Esse instrumento serve para uma das figuras


geométricas mais cheias de simbolismo: o círculo. O
compasso, porém, também é um utensílio que pode
tanto medir como transferir medidas. Sua posição
traduz a estática e a dinâmica. Com suas hastes
fechadas, ele somente marca um determinado ponto,
um símbolo para o início da viagem empreendida pelo
Aprendiz. Abertas, as hastes traçam o círculo, o
infinito, o palco onde a vida acontece e evolui.

O uso do compasso na Loja maçônica remete mais ao


Grau de Mestre do que aos demais. O homem dentro
do círculo é o ponto marcado pela ponta seca do
compasso. “No ponto”nós estamos em Deus e Deus
está em nós.
Grandes Jóias

O Livro Sagrado, o Esquadro e o Compasso são as


“grandes jóias” e as “grandes luzes” da Maçonaria.
Quando a Loja está fechada, a Bíblia fica igualmente
fechada. Quando, porém, a Loja está aberta, esse livro
é aberto e, sobre suas páginas, coloca-se o esquadro
como ângulo para o Ocidente. Sobre este, assenta-se o
Compasso com abertura de 45o , com as pontas
também voltadas ao Ocidente.

O Triângulo com Olho

No templo de algumas Lojas sobre a cadeira do


Venerável Mestre – o trono -, há um triângulo
luminoso com um olho humano. É a representação da
presença material de Deus. O olho representa “aquele
que tudo vê”. Curiosamente, os budistas também
empregam um “Olho que Tudo Vê” em seus templos
para representar Deus.

Embora esse triângulo não seja obrigatório, é um dos


símbolos maçônicos mais conhecidos. Em algumas
Lojas, em vez de olho, há uma letra G ou a palavra
“Iod” em caracteres hebraicos. Aqui, a representação é
a do Grande Geômetra, outra expressão para designar
o Grande Arquiteto do Universo. Sua importância
maior está no Grau de Companheiro.

A Régua de 24 Polegadas

A retidão, isto é, a observância das leis, sempre foi


uma das principais preocupações da Maçonaria. Toda a
natureza é regida por leis que garantem aquilo que os
gregos antigos chamavam de kosmos, ou seja, “a
ordem harmoniosa das coisas”.

Na Maçonaria, a régua simboliza um método de


realização. Quando o candidato é admitido como
recipiendário, ele dá seu primeiro passo em linha reta
levando a régua em seu ombro. As 24 polegadas da
régua maçônica representam as horas do dia.

O Pavimento Mosaico

Esse símbolo formado por ladrilhos quadrados


alternados, brancos e pretos, é um dos três
ornamentos da Loja. Os outros dois são a Estrela
Flamejante e a Borla Festonada de 81 nós. Em alguns
ritos maçônicos, as cores do Pavimento alternam-se
entre branco, preto e vermelho. O simbolismo do
Pavimento Mosaico remete à diversidade dos homens
e de todos os seres,animados ou inanimados. É,de
certa forma semelhante à Rede de Indra da mitologia
hindu e budista. A rede de Indra, o deus do Fogo,
simboliza a inter-relação inexorável de todos os seres
do universo. Os nós da rede – os pontos que unem
todos os seres – são compostos de jóias que refletem
como milhares de espelhos todos os indivíduos
relacionados.

A Borda Festonada

Esse ornamento geralmente colocado no perímetro da


Loja tem diversas interpretações simbólicas. É a
“muralha” protetora em torno da humanidade. Seus
laços, formados pela Borla nos quatro cantos da sala,
simbolizam temperança, fortaleza, prudência e justiça.
Também evocam os quatro elementos: terra, ar, fogo e
água. Relembra também a Cadeia de União, a unidade
ininterrupta entre os Maçons. A cor da Borla
Festonada varia, mas, em geral, é dourada.

A Estrela Flamejante

O terceiro ornamento não é a única estrela da Loja.


Além das constelações que formam os símbolos do
zodíaco, há três estrelas: uma de cinco pontas; outra
de seis e a terceira de sete. A Flamejante tem seis
pontas. Em geral, é feita de cristal e iluminada por
dentro por meio de uma lâmpada. No centro, pode
haver uma letra G,isto é, o Grande Geômetra, ou a
letra J, de Jeová. Essas letras às vezes são
substituídas pelo ouroboros, uma cobra mordendo a
própria cauda, símbolo da inteligência suprema e
eterna.

O simbolismo da Estrela Flamejante evoca o Sol ou o


Fogo Sagrado, reflexos da Luz de Deus. É um emblema
da unidade do espírito com a matéria manifestada no
Universo.

A estrela de cinco pontas por sua vez representa o


homem perfeito em seus cinco aspectos: físico,
emocional, mental, intuitivo e espiritual.

A estrela de sete pontas evoca o misticismo do número


sete: as sete cores do arco-íris, as sete notas
musicais, os sete estados de consciência do homem, os
sete raios cósmicos etc.

A Corda de 81 Nós

Em torno da Loja é colocado um cordão com nós


simples feitos de espaço em espaço. O cordão é feito
de muitos fios que, isolados, são frágeis, mas que,
unidos, são extremamente resistentes. É o símbolo da
“união faz a força”. O cordão também representa a
Cadeia de União. Os nós feitos em espaços regulares
têm um duplo sentido. Significam os elos da cadeia,
isto é, os próprios Maçons que unem-se sem
fundirem-se nem perderem a individualidade. Seu
outro sentido tem a ver com as dificuldades da vida,
lembrando ao Maçom que ele deve esperar pelo pior e
que, para conquistar alguma coisa, deve desatar o nó.
O número de nós do cordão – 81 – remete ao
simbolismo do número 9. Os 81 nós são o resultado da
multiplicação do 9, o símbolo da imortalidade, da
regeneração e da vida eterna, por ele mesmo.

As Colunas

Os atuais templos maçônicos têm 12 colunas que


correspondem aos signos do zodíaco. São a base
mental da Loja. Três das principais colunas são
representadas pelo Venerável Mestre da Loja e pelo
Primeiro e Segundo Vigilantes. Há outra coluna
totalmente invisível que se eleva do altar, ou Ara, até o
Grande Arquiteto do Universo. Cada Dignidade e
Oficiais da Loja, bem como cada Mestre, Companheiro
e Aprendiz representam uma coluna.

As colunas colocadas no pórtico da Loja são as


Colunas de Salomão. São as famosas Jaquim e Boaz,
construídas pelo arquiteto do Templo de Salomão
Hirão Abif e descritas na Bíblia, no Livro I Reis 7:15 a
22.

A Abóbada Azulada

O teto de uma Loja maçônica representa o céu com


estrelas, nuvens, o Sol. A abóbada é sustentada pelas
colunas representadas pelos Maçons. Portanto,
simbolicamente, o iniciado sustenta o Universo mental.

A Luz

Um dos símbolos mais profundos e essenciais da


Maçonaria é a luz. Em muitos momentos a luz assume
uma função iniciática. Sobre a mesa do Venerável há
três luzes representando ciência, virtude e verdade.
As do Primeiro Vigilante, constância, estudo e
progresso; as do Segundo Vigilante, liberdade,
igualdade e fraternidade.

Os juramentos são feitos diante de uma luz que


simboliza a presença visível do Grande Arquiteto do
Universo. Assim, o candidato está prestando juramento
não perante os homens, mas perante Deus. Esse
simbolismo lembra também que cada Maçom é uma luz
isolada e que a soma das muitas luzes formam o Sol
que ilumina e aquece toda a humanidade.

Astrologia e Maçonaria

Como a Maçonaria tem o conteúdo comum das grandes


tradições de sabedoria, aquilo que o filósofo alemão
Leibniz chamou de Filosofia Perene, os mitos e
símbolos das religiões e Ordens Iniciáticas, os quais
são basicamente os mesmos, também foram adotadas
pela fraternidade maçônica. Grande parte dessa
linguagem surgiu há muito tempo, a partir do estudo do
movimento dos astros no céu.

No começo do período Neolítico, cerca de 10 mil anos


atrás, quando o homem descobriu a agricultura, nossos
antepassados perceberam que a vida das plantas
curiosamente obedecia a um ciclo que estava
literalmente “escrito” no céu. Era o rumo das estrelas
no firmamento que orientava o momento certo de
preparar a terra, de semear e de colher. Os antigos
perceberam, também, que o comportamento dos astros
prognosticava os acontecimentos do ciclo anual;
“dizia”, por exemplo, se a colheita seria abundante, se
haveria chuva, ou, até mesmo, se haveria cataclismos
e pestes.
Logo, toda uma mitologia foi desenvolvida para
relacionar os fenômenos celestes à vida dos homens.
Novos deuses surgiram, substituindo as antigas
divindades da era dos caçadores, o período Neolítico,
quando a humanidade ainda não conhecia a agricultura.
Observatórios circulares, como Stonehenge, na
Inglaterra, foram construídos ao mesmo tempo em que
a necessidade religiosa de nossos antepassados abria
as portas da astronomia e da matemática.

Nossos ancestrais assistiam e participavam de um


drama encenado nos céus: o Sol, o astro-rei, percorria
seu caminho ao longo do ano, trazendo vida ou
negando à humanidade. Como os cereais que eram
ceifados depois de as espigas amadurecerem, o Sol
“morria” no solstício de inverno, ao afastar-se para
longe no firmamento; e, como as sementes enterradas
na escuridão da terra, o Sol, a fonte de vida, também
ressurgia depois da sua morte invernal, trazendo com
seu “renascimento” a promessa de uma nova
primavera. É uma verdade universal e humana a
história que está contida no ciclo das plantas, nas vidas
dos homens, na dança das estrelas: nascer, viver,
frutificar, morrer e renascer.

Esse mito foi encenado inúmeras vezes por nossos


ancestrais, num ritual sacrifical. Um rei-sacerdote
representando o Sol, acompanhado de 12 sacerdotes
menores, representações dos meses solares, era
responsável pela fertilidade da terra. No solstício de
inverno, porém, quando o Sol quase sumia do
firmamento prenunciando o fim do mundo, o rei-
sacerdote, que não incorporava nenhuma conotação
política, mas, sim, religiosa, era sacrificado. No Egito
pré-dinástico, por exemplo, ele era crucificado e o
novo rei-sacerdote que era um dos 12 sacerdotes que
o acompanhavam, tomava seu lugar, zelando pela
fertilidade da terra durante os 12 meses seguintes, ao
fim dos quais também seria sacrificado.

É claro que o culto solar evoluiu com o tempo,


assumindo diferentes formas. A essência, porém, é a
mesma, seja entre os maias ou entre os egípcios; entre
os sumérios ou entre os celtas.

A semelhança que o cristianismo traz com os ritos


solares não é, portanto, mera coincidência. Também a
filosofia maçônica, por ser, o coração de todas as
religiões, nasceu do mesmo ramo. A religião cristã e a
Maçonaria têm a mesma origem comum: ambas
derivam do culto ao Sol, o que mais uma vez remete às
observações astrológicas.

No entanto, os fundamentos da astrologia estão


diluídos nas tradições de sabedoria que ela influenciou.
Fazem parte de um mesmo corpo amalgamado em
diferentes tecidos que formam um todo doutrinário. É
muito difícil identificar a presença da astrologia no
cristianismo, ou caracterizar os traços do culto aos
astros no islamismo, embora estejam presentes. Na
Maçonaria, ao contrário de muitas tradições de
sabedoria, a presença da astrologia é patente. Um
exemplo claro é as 12 colunas do templo, que
correspondem aos 12 signos do zodíaco. As colunas
são a base mental da Loja. Além das colunas visíveis,
cada Dignidade e Oficial da Loja, bem como cada
Mestre, Companheiro e Aprendiz, representam uma
coluna. Assim, a coluna representada pelo Venerável é
o Sol, isto é, ciência e virtude; a do Primeiro Vigilante
é Netuno, ou seja, purificação e estabilidade; a do
Segundo Vigilante, Urano, ou eternidade e
imortalidade; a do Primeiro Experto, Saturno, isto é,
consciência e experiência; a do Orador, Mercúrio,
força e firmeza; a do Secretário, Vênus, o planeta-
símbolo da beleza; a do Tesoureiro, Marte, que
representa honra e valor; finalmente, a do Mestre de
Cerimônias, a Lua, pureza e temperança.

As três colunas mitológicas que representam a


Sabedoria, a Força e a Beleza podem ser relacionadas
com planetas que regem signos astrológicos: a
Sabedoria é Minerva, a Força é Marte, Ares ou também
Hércules. A Beleza por sua vez é Vênus ou Afrodite.
Em Astrologia a sabedoria é regida por Júpiter, Marte
e Vênus, que já fazem parte dos estudos astrológicos.
O simbolismo astrológico é acessado logo que o
neófito começa a participar da fraternidade. Uma das
primeiras lições que aquele que receberá a Luz recebe
é justamente da simbologia e da importância da
depuração pessoal ou limpeza pelos quatro elementos:
terra, água, ar e fogo. Estes são os elementos básicos
que formam toda a Criação no estudo da Astrologia.

Existe uma relação entre a astrologia e os Landmarks


maçônicos: Explica-se o uso de par de landmarks por
signo porque o primeiro landmark é o lado ativo do
signo e o segundo landmark é o aspecto passivo do
signo. Sobre o fato de o número de landmarks ser
ímpar, o primeiro e o último são na verdade o mesmo,
assim como o alfa e o ômega e desta forma, na
verdade são 24.

Outro traço marcante da astrologia na Maçonaria é


para o ideal da Revolução Francesa. As três palavras –
Liberdade, Igualdade e Fraternidade – não têm origem
maçônica. No entanto, independentemente da origem
histórica dessa divisa, admite-se que ela praticamente
tornou-se um lema da Maçonaria contemporânea.

Libra é o ícone da Igualdade. Este signo é o símbolo da


Igualdade. Este signo é o símbolo universal do
equilíbrio, da legalidade e da justiça, concretizados
pelo senso da diplomacia e da cortesia, que o
caracterizam, assim como a aversão à agressividade e
à violência de Áries, que está diante dele. Gêmeos
seria a Fraternidade. O signo de Gêmeos é dual,
porque simboliza o momento em que a força criativa de
Áries e Touro divide-se em duas correntes: uma tem
sentido ascensional, espiritual, e a outra é
descendente, no sentido da multiplicidade das formas e
do mundo fenomênico. Considere-se, também, que,
face a Gêmeos, está Sagitário, governado por Júpiter,
Zeus, Deus, do qual todos os homens emanam, o que
os faz irmãos uns dos outros, com cada um
procurando-o, à sua maneira.

Finalmente Aquário evoca a Liberdade. Só o iniciado, o


sábio, poderá reconhecer os limites além dos quais não
poderá ir, pois esta é a maneira dele chegar ao
conhecimento dos mistérios divinos. Essa ligação com
o divino, da qual Moisés é um símbolo, o respeito às
leis divinas, fundamental para uma existência pacífica
e harmoniosa, serão, também, assinalados pelo signo
frontal a Aquário: Leão, cujo símbolo é o Sol; o Sol,
símbolo do UM, símbolo de Deus.

Esses três signos, curiosamente, Libra, Gêmeos e


Aquário, são os signos do ar do zodíaco. São, portanto,
símbolos do espírito.

A Loja Maçônica

A própria Loja é um símbolo da estrutura metafísica do


indivíduo e do trabalho místico da Maçonaria. A Loja
física é por si mesma uma reunião de Irmãos e uma
construção quadrangular. O indivíduo é um conjunto de
faculdades e o esquadro é o símbolo dos organismos
físicos. O mundo físico é feito de quatro elementos e o
quadrado lembra que todos organismo é constituído de
todos os elementos em equilíbrio. Para quase todo
pensamento filosófico do Ocidente antes do século XIX,
tanto o universo quanto a pessoa humana eram
considerados como tendo sido criados de acordo com
o mesmo plano quadrangular.

Na Loja física, diferentemente da simbólica, a sala em


que são feitas as reuniões e as cerimônias é chamada
de Quadrado Oblongo. O Mestre coloca-se na
extremidade leste para presidir o ato. As Lojas foram
projetadas simbolicamente, mas também com um olho
no aspecto secreto da Maçonaria. Em algumas
construções do século XIX, a câmara do meio é
circundada por um corredor que serve de proteção. As
Lojas da Inglaterra ao Japão refletem tanto os
princípios da Maçonaria como o contexto cultural local.

A Divindade

A Divindade Criadora é um conceito central na filosofia


maçônica. Algumas representações da Divindade
aparecem na maioria das obras de arte e quadros
maçônicos. Existem muitos símbolos que podem ter
relação ou mesmo significar a Divindade, incluindo as
estrelas de cinco e oito pontas, o triângulo, o olho, a
letra G e o nome hebraico de Deus. Esses símbolos
são com frequência associados com uma auréola ou
aura de luz resplandecente.
A Divindade pode ser representada por uma
combinação desses símbolos. Por exemplo, pode haver
uma estrela com um círculo em cujo centro há um
triângulo; um olho circundado por uma auréola, um
triângulo contendo a letra G ou as letras hebraicas que
forma a palavra Deus. Na Maçonaria, a figura de uma
estrela de 5 pontas circundada por uma auréola de luz
costuma ser chamada de Glória.

As Colunas do Templo

Consta do Livro 1 Reis 7, do Antigo Testamento, que


Hiram de Tiro, um hábil artesão especializado em
bronze, foi trabalhar na construção do Templo de
Salomão e que fundiu dois pilares de bronze para o
vestíbulo do Templo. Há diferenças nas dimensões dos
pilares de acordo com o primeiro Livro dos Reis 7 e o
segundo de Crônicas 3. O pilar voltado para o norte foi
chamado Boaz e o pilar voltado para o sul recebeu
como nome Jackim.

De acordo com a mitologia maçônica, Boaz era o pai do


rei David e Jaquim, o sumo sacerdote que auxiliou na
sagração do Templo de Salomão. Às vezes, as direções
dos pilares são invertidas e Jaquim passa a
representar a terra de Israel ao norte, enquanto Boaz
representa a terra da Judéia ao sul. Segundo outra
lenda, esses pilares contém todas as formas do
conhecimento antigo anterior ao Dilúvio. Também
indicam a passagem de entrada para o caminho
espiritual.

A Maçonaria dá uma outra dimensão a esse simbolismo


ao acrescentar características arquitetônicas às
colunas. Para os arquitetos gregos, havia três ordens
de arquitetura: a dórica, a coríntia e a jônica. Os
pilares Boaz e Jaquim são representados como colunas
dórica e coríntia, significando princípios ativos e
passivos, e a terceira coluna jônica é frequentemente
também representada. As três colunas simbolizam
respectivamente Sabedoria, Força e Beleza.

A Caveira sobre Ossos Cruzados

Nos séculos XVII e XVIII, a Caveira sobre Ossos


Cruzados constituía um símbolo popular que ainda não
estava associado a nenhum grupo em particular. Esse
símbolo assustador foi adotado pelos piratas em sua
bandeira Jolly Roger. Se a bandeira era negra,
simbolizava perigo, mas se era vermelha, indicava que
os piratas não teriam nenhuma intenção belicosa.

Os Maçons daquela época também adotaram o símbolo,


mas por um motivo bem diferente. A caveira sobre
ossos cruzados simbolizava a morte do eu individual ou
ego, a morte que se faz necessária para a ressurreição
em outro plano de existência ou de consciência. Esse
símbolo é também associado à morte física e aparece
nos paramentos usados nas cerimônias fúnebres. Esse
símbolo nos lembra de nossa frágil condição de
mortais, da inevitabilidade da morte e da prestação de
contas por nossos atos.

Os Maçons têm muitas versões sobre a origem desse


símbolo. Uma delas conta que quando o corpo de
Hiram Abiff foi encontrado, a caveira jazia sobre
Robert Bruce, o rei da Escócia. Existe ainda uma lenda
dos Cavaleiros Templários relacionada a esse símbolo.
De acordo com ela, um Cavaleiro Templário amava
uma mulher que morreu. Ficou tão obcecado por sua
paixão que quebrou seus votos, foi até seu túmulo e
violou o corpo. Ao concluir seu ato, uma voz falou do
túmulo, dizendo a ele para voltar em nove meses.
Quando então retornou e escavou a sepultura,
encontrou uma caveira sobre os fêmures da mulher. A
voz disse para levar consigo a caveira, o que fez. A
caveira era mágica e deu a ele conselhos mágicos.
Essa lenda pode ter alguma relação com as acusações
de que os Templários tinham uma cabeça mágica
conhecida como Baphomet que idolatravam.
Artefatos

Quadros de Assoalho – Tapetes, Pranchas de Gravar ou


Traçar

Um quadro ou pintura contendo símbolos importantes é


utilizado para iniciar os candidatos aos diversos Graus
da Maçonaria. Nos primeiros tempos da Maçonaria, o
funcionário da Loja responsável por vigiar a porta tinha
a função de desenhar o devido quadro no chão da Loja.
Finalmente, a Loja tinha os quadros pintados
profissionalmente em telas que podiam ser enroladas e
guardadas quando não estavam sendo utilizadas nos
rituais. Isso resultou em estragos nas pinturas depois
de alguns anos, de maneira que os quadros acabaram
sendo montados sobre pranchas que eram, às vezes,
dobradas para que pudessem ser guardadas e os
quadros ficassem fora do alcance dos curiosos. Os
quadros montados são chamados de pranchas de
gravar ou traçar. Os quadros são diferentes para a
cerimônia de Iniciação a cada diferente Grau.

As Lojas têm três itens que são chamados de Jóias


Imóveis da Loja. São: Pedra Bruta, a Pedra Cúbica e a
Prancha de Traçar. Existem diferenças entre os
Quadros de Traçar que foram desenvolvidos dentro da
tradição da Maçonaria Europeia e os desenvolvidos na
tradição dos Estados Unidos. Os Quadros de Traçar
americanos tendem a ser mais simples.

Paramentos

A peça mais importante dos paramentos maçônicos é o


avental, que é de pele branca de carneiro, bordado ou
pintado com símbolos maçônicos. Muitos dizem que o
avental era usado pelos Maçons Operativos, mas não
há nenhuma evidência de que usassem pele de
carneiro para portar suas ferramentas e materiais. O
uso da pele de carneiro parece provir do costume dos
Cavaleiros Templários de usarem o cinto feito com
essa pele.

Os aventais modernos são comumente manufaturados


e indicam o Grau do Maçom. Os aventais mais antigos
costumavam ser bordados pelas mulheres das famílias
maçônicas com uma variedade de símbolos maçônicos
ou pintados à mão. Muitos deles eram extremamente
sofisticados e confeccionados com grande esmero. Às
vezes, os aventais são adornados de preto para serem
usados nas cerimônias fúnebres.

Outro acessório comum entre os paramentos é a faixa.


É tradicionalmente usada pelos Oficiais da Grande Loja
na Maçonaria Americana e por determinados Graus do
Rito Inglês de York. Todos os Companheiros do Grau
Santo Real Arco usam uma faixa escarlate com as
palavras “Santidade de Deus”.

Luvas brancas eram tradicionalmente usadas por todos


os Maçons e continuam sendo usadas pela maioria
deles em certas ocasiões. São usadas pelos Oficiais da
Loja em cerimônias e reuniões e simbolizam mãos
limpas ou um Maçom de vida casta e sem máculas.

Na Maçonaria Americana só o Mestre da Loja usa


chapéu. Tira o chapéu quando a Divindade ou o Grande
Arquiteto do Universo é mencionado e também quando
o Grande Mestre do Estado visita a Loja. Quando o
Oficial Superior vai embora, o Mestre volta a usar o
símbolo da autoridade.
Costumes e Uniformes

Como as antigas guildas dos Maçons Operativos dos


Maçons Operativos, os Maçons às vezes representam
dramas instrutivos comparáveis aos das
representações medievais do mistério. São
representações metafóricas com o propósito de ensinar
os princípios maçônicos aos candidatos a diferentes
Graus. Essas dramatizações são mais comuns nas
cerimônias de Iniciação ao Grau do Santo Real Arco.

Nessas ocasiões, um Oficial da Loja desempenha, por


exemplo, o papel de Sumo Sacerdote que representa
Josué, o Sumo Sacerdote dos hebreus. Outro exerce o
papel de rei, representando Zorobabel, governante de
Judá; e um terceiro desempenha o papel do escriba,
representando o profeta Haggai. No rito americano, o
Sumo Sacerdote usa uma mitra na cabeça, uma capa
sem mangas e segura um cetro e o escriba, por sua
vez, usa um turbante. Outros personagens menos
importantes do drama usam diferentes acessórios na
cabeça. Nos séculos passados, os costumes usados
nesses rituais eram muito mais sofisticados.

Os uniformes são, por sua vez, usados pelos Maçons


que pertencem aos Graus relacionados com as Ordens
Militares, como a dos Cavaleiros Templários ou dos
Cavaleiros da Cruz Vermelha. O uniforme dos
Templários era originalmente preto e só mais tarde
passou a ser preto e branco.

Jóias e Medalhas

As medalhas comemorativas são normalmente


chamadas de jóias e são criadas para uma série de
propósitos comemorativos. O termo “jóias” não é
inapropriado em muitos casos, uma vez que algumas
das medalhas são exemplos notáveis da arte da
joalheria.

As jóias são às vezes usadas como distintivos de


cargos. Os Ex-Mestres de uma Loja recebem jóias,
como também os receptores de Graus Especiais. As
jóias eram tradicionalmente usadas penduradas a uma
fita de seda. Às vezes, a fita formava um V no peito do
usuário, como se pode ver nos retratos pintados de
Benjamin Franklin e George Washington, e outras, era
pendurada no pescoço. O costume de usar medalhas e
ornamentos pendurados a fitas é uma herança da
tradição europeia. As jóias eram também usadas em
correntes ornamentais.
Espadas

A espada é um acessório importante usado nas


cerimônias maçônicas. Era, obviamente, muito
importante no mundo da cavalaria, que deu origem à
Maçonaria. Os Cavaleiros Fidalgos e, com certeza, os
Cavaleiros Templários, possuíam e eram treinados no
manejo de espadas. As espadas também eram usadas
na Iniciação de um cavaleiro. Desde a época da
cavalaria que a espada adquiriu um significado cristão
místico. O cabo forma uma espécie de cruz, simbolismo
que aparece nas lendas do Santo Graal, e a lâmina
reluzente simbolizava pureza de pensamento e ação.

Na Maçonaria moderna, a espada é usada para


proteger a porta ou portal dos intrusos e preservar o
caráter secreto dos procedimentos. A espada é
também usada nas atividades ritualísticas. Por
exemplo, num ritual o candidato toca o próprio peito
com a ponta da espada para ter consciência do perigo
que representa a função que está prestes a assumir. A
ponta de dois gumes da espada representa a
capacidade da Justiça de cortar de ambos os lados.

Nas ordens militares, as espadas fazem parte dos


uniformes.
O mobiliário

Tradicionalmente, o “mobiliário” da Loja era a Palavra


Escrita que normalmente é a Bíblia Sagrada, mas
também pode ser qualquer outro tipo de escritura,
como a Torá, o Alcorão e o Bagavad Gita, entre outros,
além do Esquadro e do Compasso. Mais recentemente,
o “mobiliário clássico” básico da Loja tem sido
identificado como o Pavimento Mosaico, a Estrela
Flamígera e a Borla Dentada. O pavimento é o piso da
Loja, a estrela, o seu centro e a borla dentada, uma
espécie de orla franjada ou cordão entrelaçado, que
também se encontra nas bordas de certas pranchas de
traçar. As três peças do “mobiliário” original são hoje
por vezes consideradas “mobiliário” secundário. O
Pavimento, a Estrela e a Borla Dentada são, por vezes,
também considerados como Ornamentos.

Com o passar dos anos, as Lojas começaram a


acumular móveis no sentido comum da palavra: móveis
para se sentar, mesas para escrever, mesas para
refeições rápidas, baús para guardar roupas,
paramentos e outros acessórios ritualísticos, além de
dois pilares de metal ocos. Esses são às vezes
decorados com símbolos maçônicos belamente
desenhados.
Outros objetos também foram especialmente criados,
como utensílios de entretenimento e as argolas de
porta usadas por aqueles que querem entrar na Loja.

O Grau de Aprendiz

Este Grau, que se refere ao Aprendiz de pedreiro que


ingressa quando jovem na corporação no seu nível
mais básico, simboliza a pessoa que inicia a transição
da vida do plano físico para o espiritual. As pessoas
que ingressam nesse caminho são iniciantes com muito
a aprender. O símbolo do candidato é, por isso, a
Pedra Bruta. A pedra é um material de construção e a
pedra bruta, recém-extraída da pedreira, ainda não
está pronta para tomar seu lugar num edifício.
Precisa-se dar forma a ela e lapidá-la; suas arestas
ásperas precisam ser aparadas. De acordo com a
Filosofia Maçônica, o edifício simbólico construído por
uma humanidade lapidada é o Templo de Deus. O
Aprendiz está iniciando o processo que o levará a ser
parte do Templo de Deus.

Esse Grau da Maçonaria é o Grau preparatório para a


verdadeira entrada no mundo espiritual. Espera-se que
o Aprendiz aprenda a exercer a autodisciplina e a
purificar-se simbolicamente para aprofundar sua
busca. Nas antigas Escolas de Mistérios, o Aprendiz se
preparava por sete anos e passava pelo processo de
Iniciação durante esse mesmo período de tempo.
Quando o corpo físico e as emoções se aquietavam, o
iniciado podia voltar-se para um nível mais alto de
consciência. Na Maçonaria moderna, o candidato é
apenas simbolicamente testado por Membros
designados da Loja.

O simbolismo das lições do Grau de Aprendiz está


refletido nos quadros ou pranchas de gravar ou traçar
que são usadas como meios de aprendizagem dos
candidatos. Por exemplo, as Pedras Bruta e a Pedra
Polida aparecem muitas vezes nos quadros que
correspondem a esse Grau.

Uma característica importante do quadro do Primeiro


Grau é o Pavimento Mosaico. O Aprendiz fica restrito
ao primeiro piso do Templo e terá que aprender a
caminhar sobre o pavimento. Os quadros que se
alternam entre brancos e pretos simbolizam o mundo
conforme é percebido da perspectiva humana. A
Divindade percebe o Universo como parte de um todo
coerente, que é simbolizado pela Estrela Flamígera ou
Glória ou o Olho que tudo vê que está na parte central
e superior do quadro.

A humanidade foi estilhaçada em fragmentos e perdeu


a consciência de sua verdadeira origem e natureza. A
humanidade percebe o Universo como dividido; as
partes do Universo são, no melhor dos casos,
complementares e, com frequência, se encontram em
oposição. O princípio da dualidade é que sempre que
algo é percebido como existindo separado da Fonte
Divina, seu complemento também passa a existir para
prover-lhe equilíbrio. Quando acreditamos que esses
complementos se encontram em oposição um ao outro,
levamos uma vida de esforço e luta. O Aprendiz tem
que aprender a “caminhar” sobre os opostos e o
equilíbrio. Apesar de o pavimento parecer estar em
dualidade, na verdade se encaixa perfeitamente no
todo. O Aprendiz aprende a distinguir a aparência da
realidade no chão sobre o qual andamos.

Duas ou três colunas ou pilares estão também incluídas


nas pranchas de gravar e traçar para esse Grau. As
duas primeiras colunas são Boaz e Jackim, os
princípios ativo e passivo. Esses são às vezes
equilibrados por uma terceira coluna no centro. Esses
pilares ilustram certos princípios de Geometria e
simbolizam o recôndito mais profundo da Alma.

Em ainda outro nível, uma forma mais sutil de


dualidade é simbolizada pelo sol e pela lua, ou pela lua
e pelas estrelas, que aparecem a cada lado do símbolo
da Divindade. Uma escadaria normalmente leva do
andar térreo ao Templo para os reinos celestiais. Essa
escadaria tem três principais degraus, que são a Fé, a
Esperança e a Caridade, e essas figuras costumam ser
representadas sentadas numa escada. A escada é
aquela que Jacó vê em sua visão de acordo com o
relato do Antigo Testamento.
Na base da escada estão as Três Grandes Luzes: o
Livro da Lei com o Esquadro e os Compassos sobre
ele. A Palavra Escrita é a manifestação física da
Palavra Eterna não escrita. O Esquadro, nesse
contexto, simboliza a alma humana. A alma é criada
perfeita ou quadrada. O símbolo da alma é o Triângulo
Aquático, que é um triângulo com o vértice voltado
para baixo. O Esquadro é colocado sobre a Palavra
Escrita para formar os dois lados desse triângulo. Os
Compassos representam o Espírito que anima a alma,
ou o espírito em oposição à psique. Esse aspecto é
representado pelo Triângulo de Fogo, que é um
triângulo com o vértice apontado para cima. Os
Compassos são colocados sobre a Palavra Escrita para
formar os dois lados desse triângulo.

O ponto no interior de um círculo simboliza a unidade e


o princípio da criação, enquanto as linhas paralelas de
cada lado simbolizam outra forma de dualidade. Na
Real Arte Inglesa, representam o Profeta Moisés e o
Legislador Salomão. No sistema americano,
representam os dois santos padroeiros da Maçonaria:
João Batista e João Evangelista.

As ferramentas do Primeiro Grau são o Malhete, o


manômetro ou régua de 24 polegadas e, às vezes
também, o Cinzel. Esses instrumentos podem estar ou
não representados com as outras ferramentas
maçônicas no quadro. O Malhete é uma força ativa, e o
Cinzel direciona essa força para o lugar apropriado. A
Régua possibilita a alguém julgar: o Aprendiz está
aprendendo a usar o julgamento para direcionar a ação
para o propósito de transformar a Pedra Bruta em
Polida. A Régua de 24 Polegadas é também um
instrumento de medição do tempo e o número 24
representa um dia.

Pedra Bruta

O Grau de Companheiro

A essência da doutrina maçônica é a idéia de que todos


os seres humanos estão em busca de algo que
perderam de sua própria natureza. Com os devidos
ensinamentos, a devida prática e dedicação, podem
recuperar o que perderam. O Grau de Companheiro é o
primeiro passo na jornada dessa busca. Como no Grau
de Aprendiz o iniciante foi introduzido à vida espiritual
e realizou o trabalho requerido de aquietar o corpo e a
mente, o Companheiro está agora preparado para
voltar-se para dentro de si mesmo em busca de
conhecer a sua própria natureza. Esse estágio exige
que suba pela escada espiralada até o segundo andar
do Templo.

O candidato ao Grau de Companheiro é comparado a


uma Espiga de Milho madura, a qual aparece, às vezes,
representada no quadro, embora o que é chamado de
milho seja, na verdade, uma representação do trigo. O
candidato está maduro e pronto para passar para outro
nível. Para fazer isso, o Companheiro usa a escada
encaracolada que, como a escada do quadro do
Aprendiz, segue no sentido horário (leste-oeste). Essa
escada do Templo de Salomão é mencionada no
primeiro Livro dos Reis 6:8, que diz: “A subida para o
segundo andar ficava no lado sul da construção: a
pessoa subia por uma escada espiralada até o segundo
andar e, dali, passava para o terceiro.”

Essa subida para o segundo andar é flanqueada por


dois pilares ou colunas, que são, às vezes,
identificadas respectivamente como a coluna de nuvem
e a coluna de fogo. Segundo o Livro do Êxodo 13:21,
quando os israelitas fugiram do Egito e atravessaram o
deserto, “O Senhor ia adiante deles numa coluna de
nuvem durante o dia, para mostrar-lhes o caminho, e
numa coluna de fogo durante a noite, para os alumiar,
de modo que pudessem viajar tanto durante o dia
quanto durante a noite.” As duas colunas na subida
para o segundo nível são também chamadas
respectivamente de Sabedoria e Força. O candidato
funciona como a terceira coluna, ou a coluna da Beleza
ou do Equilíbrio.

O número de degraus da escada espiralada para o


segundo nível varia nas diferentes tradições
maçônicas. Na tradição da Maçonaria Americana,
costuma ter quinze degraus. Os degraus são divididos
em grupos aos quais são atribuídos significados
simbólicos. Existem três degraus no primeiro grupo e
o número três é comum na Arte Real. Por exemplo,
existiram três Grãos-Mestres originais, que foram:
Salomão, rei Hiram e Hiram Abiff; são três as colunas
ou pilares; três Grandes Luzes, três Jóias Imóveis, e
assim por diante. O segundo grupo tem cinco degraus.
Cinco simboliza o pentagrama, que era o símbolo da
fraternidade de Pitágoras. O pentagrama é também o
símbolo do microcosmo humano. O último grupo tem
sete degraus, os quais simbolizam as sete Artes
Liberais e Ciências num nível de entendimento e sete
níveis de consciência em outro.

Existem pessoas, particularmente na Maçonaria


moderna, que atribuem a esse segundo Grau um
significado não espiritual, e o interpretam no âmbito da
educação. Essas pessoas citam as sete Artes Liberais
e Ciências como evidências de que esse é o significado
do Grau. De acordo com o pensamento antigo, no
entanto, as sete Artes Liberais e Ciências eram parte
essencial do trabalho espiritual, e educação e
espiritualidade não eram categorias separadas, como
vieram a se tornar em grande parte do mundo
moderno. A idéia de sete níveis da consciência é
comum ao pensamento místico, que permeia tanto o
misticismo de Teresa D´Ávila quanto ao sistema
indiano dos sete chakras.

No processo espiritual, a ascensão para o segundo


nível é o momento de voltar-se para o próprio interior.
O candidato entra na Câmara do Meio Templo, símbolo
do Santíssimo Santuário no interior de cada pessoa. A
prancha de traçar ou o quadro no assoalho para esse
Grau expõe um símbolo da Divindade no interior da
segunda câmara indicando a divindade no interior de
cada pessoa. Na câmara, o Companheiro recebe os
salários dos construtores do Templo: milho, vinho e
óleo. O milho simboliza a ressurreição. O vinho
representa renovação, saúde e saúde espiritual.
Também pode indicar o conhecimento místico. O óleo
representa alegria, satisfação e felicidade. Também
simboliza a consagração.

As ferramentas do segundo Grau são o Esquadro, o


Nível e o Prumo. O Esquadro simboliza a moralidade, a
autenticidade e a honestidade. O Esquadro endireita as
coisas e indica ao Companheiro a direção certa a ser
tomada. O Nível representa igualdade. Mede a partir
da linha horizontal e corresponde à qualidade do
julgamento. O Prumo simboliza a retidão. Mede a partir
da linha horizontal e corresponde à qualidade da
compaixão.

A prancha de traçar ou o quadro no chão para o Grau


de Companheiro ou o quadro no chão para o Grau de
Companheiro tem também um símbolo na sua parte
superior representando a Divindade, que é um
triângulo com um G no meio, circundado por uma
auréola. O G corresponde tanto à geometria quanto à
letra inicial da palavra que designa o nome da
Divindade. Esse símbolo não representa literalmente a
Divindade, mas serve para lembrar que nossos atos
são gravados e incorporados ao tecido de nossa
existência.

Os oficiais da Loja aparecem também representados


em muitos quadros para esse Grau. Existem Oficiais
que correspondem a cada nível simbólico da
consciência. Os Oficiais mais antigos da Loja são
considerados as Luzes que trazem sabedoria para ela.

Esse Grau também representado pela Pedra Polida,


pedra que foi talhada e lapidada até ficar em condições
de tomar seu lugar na construção de um edifício.
Quando o Companheiro entra na Câmara do Meio do
Templo, está preparado para tornar-se algo maior do
que ele mesmo.
O Grau de Mestre

O Grau de Mestre é o verdadeiro Grau do Maçom.


Embora outros Graus Superiores fossem
acrescentados depois, esse Grau era aquele em que o
Maçom era transformado em Membro pleno da Loja,
elegível para desempenhar todas as suas funções.
Nenhum Maçom está qualificado a alcançar Graus mais
elevados antes de obter esse.

As pranchas de traçar ou quadros de chão para esse


Grau levam adiante o simbolismo dos Graus anteriores:
o pavimento mosaico, as duas colunas no pórtico do
Templo e a escada espiralada. Isso quer dizer que o
candidato está agora preparado para caminhar no
mundo com equilíbrio e ascender à câmara de sua
natureza interior. Com frequência, há uma água-
furtada, simbolizando a luz do conhecimento interior ao
qual o candidato tem agora acesso.

As pranchas de traçar para o terceiro Grau mostram os


contornos de um esquife que contém a maior parte dos
outros símbolos que aparecem na prancha. O esquife
simboliza uma força de morte, não a morte física, mas
a morte do ego, o eu separado da harmonia com o
plano do Grande Arquiteto. A morte como Iniciação era
um conceito filosófico comum. Plutarco disse: “Para
ser um Iniciado, é preciso morrer.” No diálogo Fédon
de Platão, Sócrates diz: “Todo o estudo do filósofo, ou
buscador de sabedoria, não é nada mais do que morrer
e ser morto”.

No Grau de Aprendiz, o candidato foi iniciado no plano


físico. Aprendeu a lidar com a aparente dualidade da
realidade física e a aquietar seu corpo e sua mente.
Agora, o candidato “morre para” essa ideia, transpõe o
mundo da dualidade e passa para outro nível de
existência.

Essa ideia é passada para o candidato por meio da


representação da morte de Hiram Abiff. Diz-se que a
morte de Hiram Abiff ocorreu quando a construção do
Templo estava quase no fim. A morte do eu separado
do candidato ocorre quando o trabalho consigo mesmo
ou com a construção de seu Templo interior está quase
concluído. O candidato deve ser um Templo de Deus e
isso pode ser entendido em diversos níveis.

As ferramentas do Mestre Maçom consistem no Lápis,


no Esquadro e nos Compassos. O Lápis é uma
ferramenta de ação que simboliza o uso do pensamento
criativo. O Esquadro é um instrumento que constrange
o lápis e pode simbolizar o entendimento, mas pode
também significar tradição ou conhecimento que atua
como empecilho para a ação. Os Compassos são
instrumentos de medida usados para desenhos de
todos os tipos e para traçados de muitas formas
geométricas. Esses instrumentos são as ferramentas
de desenho do Mestre Arquiteto. O papel do arquiteto
é o mais elevado do construtor e tanto Deus como
Jesus são representados usando Compassos e
desempenhando a função de arquiteto.

Depois de dominar todos os três níveis da Arte Régia


ou Real, o Mestre Maçom pode se estabelecer com
firmeza na realidade física do mundo, olhar para dentro
de si mesmo e abrir-se para a Vontade Divina do
Grande Arquiteto.

Pedra Polida
Os Graus Superiores

Os Graus acima do nível de Mestre Maçom foram


desenvolvidos durante o século XVIII e posteriores. O
desenvolvimento desses Graus não se deu de maneira
harmoniosa em todas as partes do mundo.
Diferentemente da própria Maçonaria, que devia ser
aberta a qualquer pessoa que acreditasse numa
divindade, alguns dos Graus Superiores são apenas
cristãos. O Grau de Cavaleiro Templário, por exemplo,
é um Grau para cristãos.

O mais bem renomado Grau Superior é o Grau do Real


Arco, que foi instaurado por volta de 1750. De acordo
com alguns, foi criado pelo Cavaleiro Ramsey, um dos
primeiros Maçons a insistir que a Maçonaria tivera sua
origem nos Cavaleiros Templários, mas o Real Arco
pode também ter-se originado na Irlanda. Esse Grau
leva o Grau de Mestre um passo adiante. Enquanto o
candidato ao Grau de Mestre morre para o passado, o
candidato ao Grau do Real Arco é ressuscitado para a
exultação da consciência. Na Maçonaria Inglesa,
muitos consideram o Grau do Real Arco como uma
conclusão do Grau de Mestre.

Na cerimônia de Iniciação desse Grau, é revelado ao


candidato o nome do Grande Arquiteto do Universo
como sendo Jabulon. De acordo com uma
interpretação, Ja provém de Jeová, Bul, de Baal, e On,
de Osíris. Numa versão da cerimônia, o candidato é
informado que esse é o nome inefável de Deus que se
revelou a Moisés na sarsa ardente e que jaz enterrado
sob as ruínas do Templo. Os Iniciados nesse Grau
começam a reconstruir o Templo e descobrem a arca
da nova aliança numa caverna subterrânea onde
Salomão, o rei Hiram e Hiram Abiff se esconderam
quando o Templo foi construído. Os candidatos a
abrem e encontram um Livro da Lei e a chave para
desvendar os símbolos da arca. Existem três palavras
misteriosas, que forma o nome da divindade que só
pode ser pronunciado em grupos de três homens,
formando triângulos com seus braços e pés. Essa
posição de três vezes três é considerada a da arca
viva. Cada participante da arca diz uma sílaba do nome
em três línguas: Já-bul-on; Je-o-vá; De-u-s.

O novo estado daquele que alcança esse grau é


simbolizado por um triângulo equilátero com uma ponta
no centro. O triângulo equilátero simboliza os planos
espiritual, psíquico e físico, todos em equilíbrio, com a
ponta da vida em comum no centro. Esse símbolo
aparece trabalhado em ouro na faixa dos Maçons que
alcançaram esse Grau.
Os Ensinamentos Secretos

A Maçonaria é muitas vezes criticada por seu caráter


secreto, mas a necessidade de manter esse sigilo era
no início realmente importante. Todas as tradições das
quais a Maçonaria possivelmente tenha surgido tinham
a necessidade de manter-se ocultas. Os Cavaleiros
Templários precisavam esconder seus interesses por
assuntos que a Igreja da época considerava heréticos.
Os Maçons Operativos precisavam esconder suas
corporações profissionais clandestinas e as pessoas
interessadas em termos ocultos tinham que tomar
muito cuidado com as Igrejas Católica e Protestante. A
própria Maçonaria insistia na tolerância religiosa,
posição essa que não obteria favores de nenhuma das
facções em disputa. Cristãos e Muçulmanos vinham se
matando uns aos outros e os Cristãos vinham matando
Judeus havia séculos. Por volta do século XVII, o
cristianismo tinha se dividido em dois grupos
contrários, ou seja, os católicos e os protestantes, que
vinham promovendo guerras uns contra os outros por
toda a Europa.

Os Maçons também queriam proteger o caráter secreto


de seus rituais, para que seu impacto fosse total sobre
os candidatos quando de sua Iniciação. Essa
confidencialidade acabou despertando uma grande
curiosidade e, assim, quando as reuniões eram
promovidas em locais públicos, havia o problema com
os espiões.

O sigilo sempre fez parte das tradições de Sabedoria.


As Escolas de Mistérios mantinham sigilo absoluto e
aos Iniciados só eram feitas as devidas revelações
quando alcançavam o nível apropriado. A razão disso
era porque nas Iniciações espirituais autênticas, o que
se passa é mais do que informação; o Iniciado recebe
informações no plano energético. Se o candidato não
estiver devidamente preparado, a transmissão
energética pode ser prejudicial. O sigilo, portanto,
serve para proteger as pessoas dos efeitos maléficos
de sua própria curiosidade.

Se os Maçons algum dia tiveram a custódia de algum


tesouro como a Biblioteca dos Templários, esse
segredo ficou perdido para os próprios Maçons.
Possivelmente, existem famílias que detêm esse
conhecimento, mas não parece ter sido algum dia
conhecido de todos os Membros da Arte Régia ou Real.

Será que a Maçonaria ainda guarda algum ensinamento


secreto?

A maior parte dos símbolos e rituais da Maçonaria


foram sendo revelados com o passar dos anos, mas os
verdadeiros segredos da Maçonaria são internos. À
medida que cada candidato percorre o caminho através
de seu próprio ser interior, descobre os verdadeiros
segredos da Maçonaria. Esses são segredos que não
podem ser revelados; só podem ser vivenciados.

O Rito Escocês Antigo e Aceito

Hoje, o rito maçônico mais difundido em todo o mundo,


inclusive no Brasil é o Rito Escocês Antigo e Aceito.

O Rito Escocês Antigo e Aceito foi criado a partir do


Rito de Perfeição ou Rito de Heredon, fundado em
1.150 na Escócia, que continha 25 Graus. Há registros
de Lojas conferindo o Grau de Mestre Escocês desde
1.733.

O francês Estienne Morin pertencia aos Altos Graus da


Maçonaria da cidade de Bordeaux, fundou em 1.747
uma Loja Escocesa no Haiti. Morin aumentou o número
de Graus do Rito de Perfeição (25) para os atuais 33.

Os três primeiros Graus chamados de Simbólicos,


introduzem aos Maçons os ensinamentos básicos por
meio, como diz o nome, de simbolismo. Os Graus
Filosóficos são Graus elevados, em número de trinta,
onde a filosofia e a moral são estudadas também por
meio de símbolos, em cada Grau, com lendas ou mitos
associados a cada etapa do aprendizado. Os Graus
elevados filosóficos são geridos por vários Supremos
Conselhos, que têm como objetivo manter a
uniformidade mundial dos rituais e dos métodos
utilizados.

Durante os anos 1.750 a Loja de Bordeaux reconheceu


sete Lojas escocesas. Em Paris, em 1.761, foi emitida
uma patente para Morin, nomeando-o Grande Inspetor
de todas as Partes do Novo Mundo. No ano seguinte,
Morin voltou a Saint-Domingue, onde, de posse da
patente, constituiu Lojas do novo rito por todo o
Caribe e América do Norte. Morin permaneceu em
Saint-Domingue até 1.766, quando se mudou para a
Jamaica. Em 1.770, Morin criou, em Kingston, capital
da ilha, um Grande Capítulo do novo rito, o Grande
Conselho da Jamaica. Ele morreu no ano seguinte, mas
o rito já ganhava vida própria.

O homem que ajudou Morin a difundir o Rito Escocês


no Novo Mundo foi um holandês naturalizado francês,
Henry Andrew Francken. Morin havia nomeado
Francken Vice-Grande Inspetor Geral e ambos
trabalharam numa parceria próxima até a morte de
Morin. No início dos anos 1.780, Francken produziu
três manuscritos descrevendo os rituais para os Graus
4 ao 25.

Apesar de nessa época o rito de 33 Graus já ter


diversas Lojas, o Rito Escocês só veio a existir de fato
com a criação do primeiro Grande Conselho, em 31 de
maio de 1.801, em Charleston, Carolina do Sul. O
Supremo Conselho dos Grandes Inspetores Gerais,
como foi chamado, adotou as Grandes Constituições de
1.786. No ano seguinte à sua fundação, esse conselho
emitiu patente, permitindo que o conde Grasse Tilly
estabelecesse Lojas, Capítulos, Conselhos e
Consistórios.

Em 1.803, Tilly voltou à França, onde constituiu um


Supremo Conselho Provincial e, em seguida, um
Grande Consistório. Na esteira desses acontecimentos,
em 1.804, uma assembleia geral do Consistório fundou,
em Paris, uma Grande Loja, a Grande Loja Escocesa da
França do Rito Escocês Antigo e Aceito. Seu primeiro
Grão-Mestre foi o príncipe Luiz Napoleão, o sobrinho
do imperador Napoleão, que viria a ser presidente e
depois imperador da França.

Albert Pike foi o grande responsável por ter


transformado o Rito Escocês Antigo e Aceito na
grande fraternidade internacional que é hoje. Quando
Pike recebeu o 32o Grau, em 1853, os Graus ainda
estavam em sua forma rudimentar. Incluíam apenas
uma breve história de cada um dos 33 Graus, mas não
tinham ainda um ritual correspondente. Em 1.855, o
Supremo Conselho nomeou um comitê para preparar e
compilar rituais para os Graus 4 ao 32. Embora o
comitê tivesse cinco Membros, Pike executou sozinho
todos os trabalhos. Em 1.857, ele publicou cem cópias
da sua primeira versão dos rituais.

Pike também escreveu um livro de ensinamentos


maçônicos que veio a tornar-se fundamental na
literatura não só do Rito Escocês Antigo e Aceito, mas
da Maçonaria em geral. Moral e Dogma do Rito
Escocês Antigo e Aceito da Maçonaria, ou
simplesmente Moral e Dogma, foi publicado pelo
Conselho Supremo, 33o Grau do Rito Escocês,
Jurisdição do Sul dos Estados Unidos, em 1.872.

O livro pretende ser um guia para o Rito Escocês.


Consiste em orientações e ensaios de Pike que
sistematizam os ensinamentos para os 33 Graus do
Rito Escocês. Dessa forma, seu trabalho estabeleceu
as bases filosóficas, sociológicas e religiosas do Rito
Escocês Antigo e Aceito. Conforme o próprio autor
admite, Moral e Dogma é, de fato, uma grande
compilação de textos maçônicos anteriores. No
prefácio do livro, Pike escreve que, ao preparar este
trabalho, o Grande Comendador foi tanto Autor quanto
Compilador, já que extraiu perto da metade de seu
conteúdo dos trabalhos dos melhores escritores e dos
pensadores mais filosóficos ou eloquentes.

Pike continuou seu trabalho estudando e compilando a


literatura maçônica e, em 1.884, completou a revisão
dos rituais. Hoje, o Rito Escocês Antigo e Aceito é o
rito maçônico mais difundido no mundo.

O Rito Escocês Antigo e Aceito está no Brasil há 183


anos e é um dos ritos mais praticados no País.
Personagens de projeção na história nacional foram
Soberanos Grandes Comendadores, como o marechal
Deodoro da Fonseca, o proclamador da República e
primeiro presidente do País e o senador Quintino
Bocaiúva.

Tudo, porém, começou longe daqui em 12 de março de


1.829 quando Francisco Ge Acayaba de Montezuma,
depois Visconde de Jequitinhonha, então no exílio,
recebeu do Supremo Conselho da Bélgica uma carta de
autorização para instalar um Supremo Conselho do Rito
Escocês Antigo e Aceito no Brasil. Contudo, foi só em
novembro de 1.832 que Montezuma instalou o Supremo
Conselho no Brasil.

Durante os anos seguintes, houve várias cisões e


aproximações em torno do Supremo Conselho, que se
amalgamou ao Grande Oriente do Brasil. Por conta
desse arranjo, o Grão-Mestre eleito passava a ser o
Soberano Grande Comendador do Supremo Conselho
do Rito Escocês, mesmo sem ser Membro do Rito.

Foi só em 1.925 que as duas jurisdições foram


separadas por decisão do Grão-Mestre do Grande
Oriente do Brasil e Soberano Grande Comendador do
Rito Escocês, Mário Behring. Não foi, contudo, uma
separação tranquila. O Grão-Mestre eleito para o
Grande Oriente do Brasil, Octávio Kelly, não
reconheceu a separação e assumiu igualmente o cargo
de Soberano, mesmo sem ter sido eleito.

Com a ruptura, o Supremo Conselho, ainda dirigido por


Mário Behring, promoveu em 1.927 a criação das
Grandes Lojas Brasileiras para delas poder continuar a
retirar os Mestres para as suas Lojas de Perfeição
(Graus 4 ao 14). Por sua vez, o Grande Oriente do
Brasil criou um novo Supremo Conselho, chamado de
reconstituído.

A disputa acabou sendo resolvida apenas em 1.929, em


Paris, durante a IV Conferência Mundial. Julgada a
questão, o conselho reconstituído foi recusado, ficando
um único Conselho Supremo regular, reconhecido e
única autoridade legal e legítima para o Rito Escocês
Antigo e Aceito no Brasil.

A Maçonaria hoje

A Maçonaria teve uma incrível influência política no


estabelecimento da democracia no Ocidente: da
Revolução Americana à Independência do Brasil, sem
deixar de lado a Revolução Francesa ou a Libertação
das Américas. Embora suas atividades sejam
controladas e restringidas a países como Espanha e
Portugal e inexistam em lugares como a China e a
Rússia, a Maçonaria está firmemente estabelecida e
continua a desenvolver-se em praticamente todo o
mundo.

Hoje, porém, com a liberdade e a justiça estabelecidas


em grande parte do mundo ocidental e até mesmo no
Oriente, a influência maçônica diminui enquanto força
de coesão política. O sentido da fraternidade começa a
transformar-se, assumindo, aos poucos, uma nova
forma de atuação na sociedade. Sempre preservando
os mesmos ideais de valorização do homem,
atualmente, mais do que nunca, a Ordem está se
voltando mais para ações de bem-estar social do que
se esforçando para intervenções de ordem política. A
Maçonaria estabeleceu-se, também, como uma
poderosa rede de influências políticas e de negócios.
Isso acaba gerando um impacto não sobre a Maçonaria,
mas sobre os próprios Maçons. Confirma-se portanto
um novo perfil em alguns dos Maçons contemporâneos
e assim o que mais mudou não foi a Maçonaria, mas o
Maçom. De fato, não são poucos os Maçons que
participam da Ordem com o objetivo último de usufruir
da rede de vantagens e negócios formada
espontaneamente pela fraternidade.

Atualmente os Maçons dividem-se em duas categorias:


aquele que procura se instruir e entender e o
indiferente. Este último viu, na Maçonaria um meio de
chegar ou ser assistido. Para ele, é uma sociedade
como qualquer outra, mais cômoda, nada mais. Há,
também, o Maçom que procura e que, ao contrário,
rapidamente dá-se conta de que existem ensinamentos
que necessitam de uma causa. Essa segunda categoria
pensa em tudo o que atrai seus olhos nas Lojas, nas
palavras ouvidas, no ritual executado diante dele e,
assim, descobre que deve existir uma ciência
matemática que utiliza a álgebra.

De fato, há Maçons que negam veementemente o


aspecto místico da filosofia maçônica e que buscam
afirmar o aspecto fraternal da Ordem como uma mera
rede de vantagens onde seus Membros negociam entre
si e apoiam-se mutuamente. Qualquer argumento que
relacione a filosofia maçônica com o cerne comum a
todas grandes religiões são negados por eles. Certos
homens de Estado, ou até simples ambiciosos,
quiseram usar essa Ordem com uma finalidade
completamente estranha às aplicações sociais da
Ciência Maçônica. Daí o abandono dos estudos
simbólicos e a transformação da Maçonaria em uma
sociedade de ação política, com um ensinamento
filosófico de tendências materialistas. As Lojas que
seguem esse caminho têm uma inclinação forçada a
abandonar os estudos simbólicos, que não têm mais
quaisquer utilidade para seus Membros, e a
desconhecer os Altos Graus, onde esses estudos
devem ter prosseguimento.

Infelizmente os Maçons refletem o atual desastre


social e não têm nenhuma influência na sociedade,
mesmo que seu lema maior seja torná-lo feliz. A
Maçonaria está desunida, fracionada em múltiplas
obediências e deve haver uma religação dentro da
fraternidade pois os elos da Grande Cadeia da União
estão desunidos. Só depois dessa religação poderá a
Maçonaria cogitar programas em relação ao futuro a
fim de iluminar o caminho do seu próximo, que jurou
amar.

Trata-se de uma visão pessimista? É um alerta e não


censura ou crítica destrutiva. O futuro de qualquer
coisa, em particular, o da Maçonaria, é sempre uma
incógnita. Depende, sempre, da direção que está sendo
dado no presente. É esse intuito plantado no presente
que germinará no futuro. Assim, os rumos da
Maçonaria só podem ser traçados pelo próprio Maçom,
baseados totalmente na sua intenção e orientação.

Rito de Memphis

A maioria dos Membros da Missão do Egito que


acompanharam Napoleão Bonaparte eram Maçons dos
antigos Ritos Iniciáticos: Rito Hermético; Rito dos
Filadelfos; Rito Primitivo, entre outros. Chegando ao
Cairo, os Membros da Missão descobriram uma
corrente gnóstico-hermética e, no Líbano descobriram
a Maçonaria Drusa, remontando aos Maçons
Operativos que acompanharam os Templários, seus
protetores. Depois deste contato, os Irmãos da Missão
do Egito decidiram renunciar à filiação Maçônica vinda
da Grande Loja da Inglaterra, nascendo assim o Rito
Maçônico de Memphis, em 1815, em Montauban, sob a
direção de Samuel Honis e Marconis de Négre, com
numerosas Lojas no exterior e com personalidades
ilustres em suas fileiras como Giuseppe Garibaldi, que
se tornaria o unificador dos Ritos de Memphis e
Misraim.

Assim como aconteceu com o Rito de Misraim, o Rito


de Memphis foi perseguido pela Igreja e pela Realeza
durante o século XIX, e, somente após um longo
período operando na clandestinidade, e após a fusão de
1881, é que o Rito pôde, novamente, exercer suas
atividades.

O Rito de Misraim

Este Rito surgiu pela primeira vez em Veneza em


1788. Um grupo de Socianos (seita protestante)
solicitou uma Carta Constitutiva a Cagliostro. Não
querendo praticar o ritual mágico-cabalístico de
Cagliostro, escolheram trabalhar com o Rito
Templário. Assim, Cagliostro lhes condedeu a Luz
Maçônica conferindo-lhes os três primeiros Graus
Simbólicos da Maçonaria Inglesa, e os Graus
Superiores da Maçonaria Alemã, que eram marcados
pela tradição dos Cavaleiros Templários. O nome
Misraim é a forma plural da palavra “Egípcio”. Este
Rito difundiu-se rapidamente em Milão, Gênova e
Nápoles.
De 1810 à 1813, os três irmãos Bédarride
desenvolveram o Rito na França com sucesso e sob a
proteção do Rito Escocês. O Rito de Misraim passou
por inúmeras perseguições, tanto da Igreja quanto da
Realeza, e, após ter, por diversas vezes, durante o
século XIX, que funcionar na clandestinidade, e em
1881 Garibaldi, reuniu os dois Ritos, tornando-se seu
primeiro Grão-Mestre.

Rito de Memphis Misraim

A partir de 1881, a Ordem Maçônica de Memphis-


Misraim começou a chamar a atenção dos Maçons de
outros Ritos interessados no estudo do simbolismo
esotérico da Maçonaria, da Gnose, da Cabala, do
Hermetismo e do Ocultismo, tornando-se um Rito
Maçônico voltado para a mais pura Tradição
Hermética, fornecendo aos indivíduos sinceros e
desejosos, as chaves para um harmonioso e consciente
de suas potencialidades espirituais, conduzindo-os à
realização da Grande Obra Espiritual, resultando no
despertar da consciência humana.

Ainda hoje, o Antigo e Primitivo Rito Oriental de


Memphis Misraim do Soberano Santuário Mundial da
Maçonaria Egípcia preserva seus antigos ensinamentos
que têm por base a crença na existência de Deus e na
imortalidade da alma, exigindo-se, daqueles que
desejam praticá-lo, a crença em Deus e na Irmandade
entre os homens, o exercício constante da
Benevolência e da Moral, derivadas do estudo da Arte
e da Ciência, e a prática de todas as Virtudes.

A outra qualificação que se exige do Postulante, e que


merece especial atenção, é que seja uma pessoa
honrada, que estime os valores Maçônicos e a
aprendizagem, não importando sua condição ou
distinções sociais e pessoais obtidas, e que busque,
por meio da compreensão cerimonial, a extensão do
conhecimento Maçônico, da Moral e da Justiça, a fim
de reforçar todos estes grandes princípios que
distinguem, em todas as épocas, os verdadeiros
Maçons.

Os Rituais do Antigo e Primitivo Rito Oriental de


Memphis Misraim, como não poderia deixar de ser, são
baseados nos Rituais da Maçonaria Universal, com a
observação de todos os Landmarks Maçônicos. Estes
Rituais explicam os símbolos Maçônicos, desenvolvem
sua filosofia mística, exemplificam sua moralidade,
explicam suas lendas e identificam sua fonte primitiva.
O Antigo e Primitivo Rito Oriental de Memphis Misraim
apresenta um elevado conhecimento intelectual ao
pesquisador Maçônico, seja um estudante da história
Maçônica ou um buscador da Verdade Filosófica Oculta
nos antigos símbolos contidos nos Rituais da Ordem.

A filosofia do Antigo e Primitivo Rito Oriental de


Memphis-Misraim é o laço que une a todos os Irmãos
e que unirá toda a humanidade; é o Símbolo da
Esperança, que ensina a Fé em Deus, que redime, e da
Caridade, manifestação do Amor Divino no interior do
homem.

A FUDOSI

A FUDOSI – Federação Universal das Ordens e


Sociedades Iniciáticas sob a inspiração de Gerard
Encausse (Papus), foi uma associação das
Organizações Esotéricas autênticas que de 1934 a
1951 tentou proteger a manifestação física da Grande
Fraternidade Grande, denunciando impostores que
usavam de forma ilícita símbolos e mesmo rituais que
não lhe pertenciam.

Participaram da FUDOSI:

1- Ordem Rosacruz Universitária

2- Ordem Rosacruz Universal

3- Antiga e Mística Ordem Rosae Crucis

4- Ordem Pitagórica

5- Ordem Martinista e Sinárquica

6- Tradicional Ordem Martinista


7- Ordem Kabalística da Rosacruz

8- Ordem de Estudos Martinistas

9- Ordem da Milícia Crucífera Evangélica

10- Ordem do Lírio e da Águia

11- Antigo e Primitivo Rito Oriental de Memphis


Misraim

12- Igreja Gnóstica Universal

13- Sociedade de Estudos e Investigações Templárias

14- União Sinárquica da Polônia

15- Sociedade Alquímica da França

Observe que apenas a Maçonaria Egípcia através do


Antigo e Primitivo Rito Oriental de Memphis Misraim
foi convidada dentre todos os outros Ritos Maçônicos
devido seu perfil extremamente espiritual.

Estrutura do A. P. R. O. M. M.

O Rito é composto de 100 Graus e o Soberano


Santuário Mundial da Maçonaria Egípcia é presidido
pelo Sumo Sacerdote Mundial, cujo cargo é vitalício,
autocrático e hereditário, sendo o Chefe Supremo da
Ordem e do Rito.
O Membro realiza seus estudos do Grau 1 ao 95
através de 96 livros maçônicos elaborados de forma
didática e flexível de acordo com as necessidades do
momento.

“Ninguém vence quem nunca desiste!”

*** ***

Graus da Maçonaria Egípcia

Existem 95 Graus na Maçonaria Egípcia divididos em


Séries: Simbólica, Filosófica, Mística, Mágica,
Alquímica e Cabalística.

1o Grau Aprendiz

2o Grau Companheiro

3o Grau Mestre

4o Grau Mestre Secreto

5o Grau Mestre Perfeito

6o Grau Mestre Sublime

7o Grau Preboste e Juiz


8o Grau Intendente dos Edifícios

9o Grau Mestre Eleito dos Novembro

10o Grau Mestre Eleito dos Quinze

11o Grau Sublime Cavaleiro dos Doze

12o Grau Grão-Mestre Arquiteto

13o Grau Cavaleiro do Real Arco

14o Grau Grande Eleito e Sublime Maçom

15o Grau Cavaleiro do Oriente

16o Grau Príncipe de Jerusalém

17o Grau Cavaleiro do Oriente e do Ocidente

18o Grau Cavaleiro da Rosacruz

19o Grau Grande Pontífice

20o Grau Soberano Príncipe da Maçonaria

21o Grau Cavaleiro Prussiano

22o Grau Príncipe do Líbano

23o Grau Chefe do Tabernáculo

24o Grau Príncipe do Tabernáculo

25o Grau Cavaleiro da Serpente de Bronze

26o Grau Escocês Trinitário

27o Grau Grande Comendador do Templo

28o Grau Cavaleiro do Sol


29o Grau Patriarca das Cruzadas

30o Grau Cavaleiro da Águia Branca e Negra

31o Grau Grande Juiz Comendador

32o Grau Sublime Cavaleiro do Real Segredos

33o Grau Soberano Grande Inspetor Geral

34o Grau Cavaleiro da Escandinávia

35o Grau Cavaleiro do Templo

36o Grau Sublime Negociante

37o Grau Sábio da Verdade

38o Grau Águia Vermelha

39o Grau Grande Eleito dos Eons

40o Grau Sábio Perfeito

41o Grau Cavaleiro do Arco das Sete Cores

42o Grau Príncipe da Luz

43o Grau Filósofo Hermético

44o Grau Príncipe do Zodíaco

45o Grau Sublime Sábio dos Mistérios

46o Grau Sublime Pastor das Cabanas

47o Grau Cavaleiro das Sete Estrelas

48o Grau Sublime Guardião do Monte Sagrado

49o Grau Sublime Sábio das Pirâmides


50o Grau Sublime Filósofo da Samotrácia

51o Grau Sublime Titan do Cáucaso

52o Grau Sábio do Labirinto

53o Grau Sábio da Fênix

54o Grau Sublime Escaldado

55o Grau Sublime Doutor Órfico

56o Grau Sábio da Cadmia

57o Grau Sublime Mago

58o Grau Príncipe Brahman

59o Grau Sublime Sábio

60o Grau Sublime Guardião dos Três Fogos

61o Grau Sublime Filósofo Desconhecido

62o Grau Sublime Sábio de Eleusis

63o Grau Sublime Sawi

64o Grau Sábio de Mitras

65o Grau Guardião do Santuário

66o Grau Grande Arquiteto da Cidade Mística

67o Grau Guardião do Nome Incomunicável

68o Grau Patriarca da Verdade

69o Grau Sábio do Ramo de Ouro de Eleusis

70o Grau Príncipe da Luz


71o Grau Patriarca dos Sagrados Vedas

72o Grau Sublime Mestre da Sabedoria

73o Grau Doutor do Fogo Sagrado

74o Grau Sublime Mestre de Stoka

75o Grau Cavaleiro Comandante da Cadeia da Líbia

76o Grau Patriarca de Ísis

77o Grau Sublime Cavaleiro Teósofo

78o Grau Grão Pontífice dos Tebanos

79o Grau Cavaleiro da Temível Sada

80o Grau Sublime Eleito do Santuário de Mazías

81o Grau Patriarca de Memphis

82o Grau Grão Eleito do Templo de Midgard

83o Grau Sublime Eleito do Vale do Oddy

84o Grau Patriarca dos Izeds

85o Grau Sublime Sábio

86o Grau Sublime Filósofo do Vale de Kab

87o Grau Sublime Príncipe da Maçonaria

88o Grau Grão Eleito da Sagrada Cortina

89o Grau Patriarca da Cidade Mística

90o Grau Sublime Mestre da Grande Obra

91o Grau Grande Defensor


92o Grau Grande Catequista

93o Grau Governador Geral

94o Grau Príncipe de Memphis

95o Grau Grande Conservador


tas e respostas sobre a Maçonaria

Rito Escocês Antigo e Aceito

Antigo e Primitivo Rito de Memphis Misraim

1. Como tem sido definida a Maçonaria?

É uma associação de homens sábios e virtuosos, que


se consideram irmãos entre si, para viverem em
perfeita igualdade, unidos por estima, confiança e
amizade reciprocas, a fim de praticarem as virtudes.

2. Qual o conceito tradicional de Maçonaria?

É a união consciente de homens inteligentes, virtuosos,


desinteressados, generosos e devotados, irmãos livres
e iguais, ligados por deveres de fraternidade, para se
prestarem mutua assistência e concorrerem pelo
exemplo e pela prática das virtudes, a fim de
esclarecer os homens e prepará-los para a
emancipação progressiva e pacífica da humanidade.

3. O que é a Maçonaria?

É um sistema de moral, velado por alegorias e


ilustrado por símbolos.
4. Qual a finalidade da Maçonaria?

Combater a ignorância, os erros e os preconceitos em


todas as suas modalidades.

5. Qual o programa da Maçonaria?

a) Obedecer as leis do País.

b) Praticar a justiça.

c) Amar o próximo.

d) Viver segundo os ditames da honra.

e) Trabalhar pela felicidade dos homens.

6. Qual é o objetivo da Maçonaria?

É o aperfeiçoamento social, moral e intelectual da


humanidade, procurando constantemente a verdade,
dentro de uma moral inflexível e da prática da
solidariedade.

7. Por que a Maçonaria combate a ignorância?

Porque ela é a mãe de todos os vícios.


8. Por que a Maçonaria combate o fanatismo?

Porque a exaltação religiosa ou política perverte a


razão.

9. A Maçonaria é política ou religiosa?

Nem política e nem religiosa. Ela se coloca


equidistante de todos os credos religiosos e
partidarismos políticos.

10. A Maçonaria impõe determinado credo religioso?

A Maçonaria deseja para suas fileiras elementos que


saibam dirigir seus passos numa crença qualquer,
desde que ligada a Deus. Assim, não impõe nem cogita
de um determinado credo religioso.

11. O que prega a Maçonaria?

A crença na existência do Grande Arquiteto do


Universo. Subsidiariamente a essa crença, exige-se
acreditar em uma vida futura.

12. Quais as denominações usuais utilizadas na


Maçonaria no que diz respeito ao criador?

Grande Arquiteto do Universo, Supremo Construtor e


Grande Geômetra.
13. Qual o mais precioso bem para a Maçonaria?

A liberdade, que é o patrimônio de toda a humanidade.

14. Em que se baseia a moral ensinada pela


Maçonaria?

No amor ao próximo.

15. Qual é o segredo maçônico?

É a significação profunda de seus símbolos. São os


sinais figurativos e as palavras sagradas que compõem
o linguajar maçônico, para comunicação a uma
distância maior e para reconhecimento dos Maçons,
não importando o idioma que falem.

16. Qual a origem da Maçonaria?

Sua origem se perde na noite dos tempos.

17. Por que a Maçonaria é uma Instituição?

Porque tem por objetivo tornar feliz a humanidade pelo


amor, pelo aperfeiçoamento de costumes, pela
tolerância, pela igualdade e pelo respeito à autoridade
legalmente constituída, às leis do país em que se acha
estabelecida, sendo Universal, espalhando-se as suas
Oficinas por todos os recantos da Terra.

18. O que se entende por Landmarks?

Os landmarks são considerados como as mais antigas


leis que regem a Maçonaria Universal, caracterizando-
se por sua antiguidade.

19. Qual a duração dos Landmarks?

São eternos e imutáveis. Enquanto a Maçonaria existir


os Landmarks serão os mesmos, como o eram há
séculos.

20. Quantos são os Landmarks?

São 25 e foram colecionados pelo Irmão Mackey.

21. Qual o primeiro Landmark da Maçonaria?

Crer no Grande Arquiteto do Universo.

22. Por que o sigilo é um dos principais lindeiros


maçônicos?

Porque os métodos de reconhecimento e identificação


e os trabalhos maçônicos devem ser sigilosos. Trata-
se de regra que resulta mais dos ensinamentos bíblicos
e do culto da modéstia e da humildade, do que do
receio de indiscrições profanas.

23. O que são regras gerais?

São certas normas tradicionais ainda conservadas no


Regulamentos Maçônicos, quer como complemento dos
Landmarks, quer como corolário da própria doutrina
maçônica.

24. Conheça cinco mandamentos da Maçonaria


Universal.

a) Adora o Grande Arquiteto do Universo que é Deus.

b) Faze o bem pelo próprio bem.

c) Ama o teu próximo como a ti mesmo.

d) Não faças o mal, embora não esperes o bem.

e) Faze do teu corpo um templo, do teu coração um


altar e do teu espírito um apóstolo do amor, da
verdade e da justiça.

25. No que constituem as boas obras?

No verdadeiro culto que se pode tributar ao Grande


Arquiteto do Universo que é Deus.
26. Como se divide a Maçonaria Simbólica?

A Maçonaria Simbólica se divide nos três primeiros


Graus universalmente reconhecidos e adotados:
Aprendiz, Companheiro e Mestre.

27. O que é uma Loja Simbólica?

É uma entidade jurídica que congrega um número


ilimitado de Maçons, com um mínimo de sete Mestres,
sujeita a leis e regulamentos da sua potência e aos
princípios da Maçonaria Universal.

28. Em quantas categorias dividem-se as Lojas


Simbólicas?

Em três categorias: Constituídas, provisórias e


ocasionais.

29. O que se sabe sobre a Maçonaria Simbólica?

Embora a Maçonaria de qualquer Grau se inspire em


alegorismo e simbologia, os Maçons separam a
Maçonaria Simbólica da Maçonaria de Perfeição e da
Maçonaria Filosófica.
30. O que constitui a Maçonaria Simbólica?

Constitui a Maçonaria básica, essencial e fundamental,


só abrangendo os três primeiros Graus.

31. O que significam as luvas brancas trazidas pelos


Maçons?

Elas são o símbolo da pureza e significam que o


Maçom deverá Ter sempre suas mãos limpas de
qualquer impureza.

32. O que deve ser uma Loja?

Ela deve ser o reino da harmonia. O modelo da futura


sociedade almejada pelos Maçons.

33. O que é o local onde os Maçons se reúnem?

É o mundo da fraternidade e da justiça social, o local


onde os Maçons trabalham pela futura comunhão
universal.

34. O que se entende por Loja Constituída?

São aquelas que possuem Cartas Constitutivas


Permanentes, estando investidas na plenitude de seus
direitos.
35. O que é uma Loja?

É o lugar onde se reúnem os Maçons periodicamente


para praticar as cerimônias ritualísticas que lhe são
permitidas, num ambiente de fraternidade.

36. O que representa o recinto de uma Loja?

O recinto de uma Loja Maçônica representa um


sodalicio de elevadas experiências morais, onde são
dosados os caracteres dos homens. É um laboratório
de cultura, de estudo, de progresso moral e de saber
avantajado.

37. Para que os Maçons se reúnem em Loja?

Para combater a tirania, a ignorância, os preconceitos


e os erros e para glorificar o direito, a justiça e a
verdade.

38. O que pretendem promover os Maçons reunidos


em Loja?

O bem-estar da Pátria e da Humanidade.


39. O que se pratica dentro de uma Loja?

Levantam-se Templos à Virtude e cavam-se


Masmorras ao Vício.

40. Onde se reúnem os Maçons?

Os trabalhos de uma Loja regularmente constituída


devem realizar-se em local adequado, especialmente
construído para essa finalidade, ou devidamente
adaptado. Este lugar onde os Maçons se reúnem para
os seus trabalhos chama-se “Templo”.

41. Qual é o templo espiritual de um Maçom?

É o Templo simbólico construído no coração de todos


os Maçons. É através do aperfeiçoamento moral e
intelectual de seus Membros que a Sublime Instituição
pretende alcançar a evolução de toda a humanidade.

42. Todo Maçom tem que pertencer a uma Loja


Simbólica?

Sim, todo Maçom, mesmo do Grau máximo de qualquer


rito, tem de pertencer a uma Loja Simbólica.
43. O que ocorrerá se ele não pertencer a uma Loja
Simbólica?

Será considerado irregular e perderá até o direito de


frequentar as reuniões de seu próprio Grau.

44. O que significa a palavra Maçom?

Trata-se de palavra vinda do francês “Maçom” que em


português recebe a grafia de “Maçom”ou “Mação” e
quer dizer “pedreiro”.

45. O que é um Maçom?

É Maçom todo aquele que for regularmente iniciado


nos Augustos Mistérios da Ordem Maçônica em Loja
Justa e Perfeita.

46. Como deve ser um Maçom?

Ser Maçom, não é apenas colocar-se dentro de um


Templo, devidamente revestido de suas insígnias e em
postura correta; ser Maçom é irradiar as qualidades
mentais e espirituais adquiridas através de uma
vivência maçônica.
47.O que se espera de um Maçom?

O Maçom, desde que integrado na essência da


Iniciação, deve ser bom pai, melhor filho, apreciável
irmão, ótimo esposo e invejável cidadão.

48. Como deve agir um Maçom?

Deve tornar-se uma criatura transfigurada


espiritualmente, pautando sua norma de agir dentro
dos princípios maçônicos, elegendo sua consciência
como guia e proclamando sua liberdade como requisito
fundamental.

49. Quais são os valores que a Maçonaria reconhece?

São os sentimentos nobres e as ações altruísticas,


únicos valores pessoais que a Maçonaria reconhece
como de alta valia para os homens.

50.Como se denominam os atuais Maçons?

Maçons antigos, livres e aceitos.

51. O que se entende por Maçom aceito?

São Maçons não profissionais ou não operativos,


admitidos ou agregados a corporações de pedreiros-
livres e respectivas fraternidades, nos tempos em que
a Maçonaria Operativa passou a congregar nobres,
intelectuais e protetores.

52. O que se entende pelo adjetivo “livre” em


Maçonaria?

Designa o homem independente, senhor de si mesmo e


que pode, por sua condição, pertencer à Ordem
Maçônica, sem sacrifício de seu bem-estar pessoal e
do sustento de sua própria família.

53. Quais os principais direitos de um Maçom?

a) A justa proteção de sua Loja, da Ordem e dos


Maçons.

b) Emitir livremente sua opinião, desde que não fira os


preceitos da Ordem.

c) Pugnar pelos seus direitos, exercendo a mais ampla


liberdade de defesa.

d) Pedir em qualquer tempo a sua demissão.

54. Quais os principais deveres de um Maçom?

a) Cumprir e fazer cumprir todas as leis e resoluções


emanadas das autoridades maçônicas competentes.

b) Instruir-se nos princípios e práticas maçônicas.


c) Ser Membro ativo de uma Loja e ser assíduo em
seus trabalhos.

d) Reunir e discutir assuntos maçônicos somente em


lugar vedado à vista e aos ouvidos dos não Maçons.

55. Quais as obrigações de um Maçom?

a) Honrar e venerar o Grande Arquiteto do Universo.

b) Tratar todos os homens como seus iguais.

c) Combater a ambição.

d) Lutar contra a ignorância.

e) Praticar a justiça.

56. Quais são os deveres de um Maçom para com o


Grande Arquiteto do Universo?

Amá-lo sobre todas as coisas, venerando-o com todo


o respeito e não tomando o seu Santo Nome em vão.

57. O que ambiciona o Maçom?

Sendo livre de bons costumes e estando nas trevas,


ambiciona ver a luz.
58. Onde o Maçom é recebido?

Em uma Loja justa, perfeita e regular.

59. Por quem o Maçom é levado a uma Loja?

Sempre por um amigo que, depois, acaba


reconhecendo como Irmão.

60. Por que se usa o tratamento de Irmão?

Porque os Maçons devem amarem-se uns aos outros e


serem leais e dedicados mutuamente. Traduz uma
maneira de proceder muito afetiva e agradável a todos
os corações dos que militam em seus augustos
Templos ou augustos mistérios.

61. Qual a obrigação que encerra o título de Irmão?

Encerra uma obrigação muito séria, que é a de


socorrer qualquer outro Irmão que se achar em
situação difícil, desde que não seja originada por sua
própria culpa ou leviandade.

62. Como o Maçom se liga à Sublime Instituição?

Por um juramento e uma consagração.


63. Qual a promessa que o Maçom faz ao ser admitido?

Proteger e socorrer a seus Irmãos, dentro do que é


justo.

64. Para que serve o segredo maçônico?

O segredo e mistério que cobrem os trabalhos


maçônicos servem para conservar fora de qualquer
ostentação os benefícios distribuídos.

65. Quais são as características de um bom Maçom?

Virtude, honra e bondade.

66. Quais são as qualidades essenciais ao Maçom?

Amor, vontade e inteligência.

67. O que é trolhamento ou telhamento?

É a verificação da identidade de um visitante em uma


Loja que não seja a sua, quando responderá a um
questionário que lhe é proposto pelo Venerável
Mestre, precedido da apresentação de documentos.
68. Qual a origem da identificação maçônica?

A identificação maçônica por meio de Sinais, Toques e


Palavras é de origem medieval, praticada que era,
principalmente, entre os “pedreiros-livres” nas
respectivas fraternidades.

69. Como o Maçom se faz reconhecer?

Pelos sinais, toques e palavras.

70. O que significa o sinal?

A honra de guardar o segredo.

71. Qual o significado da palavra sagrada?

Força, Moral e Apoio.

72. O que se entende por tolerância em Maçonaria?

Entende-se que o comportamento do Maçom deve ser


de respeito a todas as manifestações da consciência.

73. O que significa a expressão “entre colunas”?

Significa “entre Irmãos”, ou, “em segredo” e, ainda,


em “Loja coberta”.
74. Qual a verdadeira insignia do Maçom?

O Avental.

75. Pode o Maçom apresentar-se em Loja sem a sua


insígnia?

Em nenhuma sessão poderá o Maçom apresentar-se


sem estar revestido do avental.

76. Por que o Maçom deve usar o avental em Loja?

O Maçom trabalha de avental. É ele o símbolo do


trabalho e a dignidade do trabalho e mais importante
que qualquer outro distintivo.

77. Por que o Aprendiz usa o avental com a abeta


levantada?

A tradição afirma que os Aprendizes carregavam


pedras junto ao peito. Por isso o Aprendiz usa o
avental com a parte superior levantada.
78. Qual a linguagem que predomina dentro da Loja?

A linguagem dos símbolos, eis que estes falam


incessantemente à alma humana o idioma da razão, em
busca de um grande ideal – a perfeição.

79.Quais os tipos de sessões que uma Loja realiza?

Sessões Ordinárias, Extraordinárias e Magnas.

80. Quantos Obreiros são necessários para que uma


Loja possa se reunir?

Deverão estar presentes pelo menos sete Obreiros,


dos quais, no mínimo, três Mestres Maçons.

81. Por que associa-se a Loja ao Templo de Salomão?

Na concepção maçônica, ficaram sendo Templos todas


as edificações destinadas às Lojas, reproduzindo,
dessarte, o de Salomão, com as imagens e a ideia do
Universo e todas as maravilhas da criação.

82. O que lembra o designativo “de Salomão”?

Lembra o vulto de grande monarca que se transformou


num símbolo inimitável de sabedoria e de justiça. De
sua sabedoria invulgar nasceu sua magnífica obra
arquitetônica, que deu origem ao simbolismo maçônico.
83. Qual é a forma e quais as dimensões de uma Loja?

É a de um quadrilongo. Seu comprimento é do Oriente


ao Ocidente, sua largura é do norte ao sul; sua
profundidade é da terra ao céu.

84.O que simboliza tão vasta extensão?

A universalidade da Sublime Instituição.

85.O que é uma Loja Regular?

É a que obedece a uma Potência Maçônica regular.

86. Por que razão a Loja está situada do Oriente para o


Ocidente?

Porque a luz do sol e as luzes do Evangelho da


civilização vieram do Oriente espalhando-se pelo
Ocidente.

87. O que sustenta uma Loja?

Três grandes colunas, denominadas: Sabedoria, Força


e Beleza.
88. O que representam essas três colunas?

Respectivamente: Salomão, Hiram e Hiram Abif.

89. Quais ordens de arquitetura foram dadas a essas


três colunas?

A Jônica para representar a Sabedoria; a Dórica para


representar a Força e a Coríntia para representar a
Beleza.

90. O que representa o teto do Templo?

A abóbada celeste.

91. Quais são os sustentáculos da abóbada que cobre


uma Loja?

Doze lindas colunas que representam os doze signos


zodiacais.

92.O que simbolizam as ramas sobre os capitéis?

As Lojas e os Maçons espalhados pela face da Terra.


93. O que lembram as sementes?

Suas sementes unidas lembram a fraternidade e a


união entre os homens.

94. O que é a sala dos passos perdidos?

É uma sala que existe antes do Templo, devendo ser


ato confortável quanto possível, servindo para a
recepção dos visitantes e permanência dos Obreiros.

95. O que é átrio?

Nas Lojas Maçônicas dá-se este nome ao espaço ou


sala que existe entre as entradas do Templo e a Sala
dos Passos Perdidos.

96. Como é feita a circulação dentro de um Templo?

Da esquerda para a direita, no sentido do movimento


dos ponteiros do relógio.

97. Para se retirar de um Templo o que se necessita?

A permissão do Venerável Mestre, deixando o óbulo na


Bolsa de Beneficência e jurando nada revelar do que
ali foi tratado.
98.Qual a ordem dos trabalhos em Loja?

a) Abertura ritualística.

b) Leitura do Balaustre.

c) Leitura do expediente.

d) Entrada dos visitantes.

e) Bolsa de propostas e informações.

f) Ordem do dia; bolsa de beneficência.

g) Palavra a bem da ordem em geral e do quadro em


particular, sem discussão e nem diálogo.

h) Saudação dos visitantes.

i) Encerramento ritualístico.

j) Cadeia de união.

99. Por que se encontra a bandeira nacional dentro do


Templo?

Porque o amor, respeito e glorificação da Pátria


constituem o apanágio permanente da Maçonaria.
Assim, para que se preste esse culto é que o Pavilhão
Nacional encontra-se dentro do Templo.
100. Qual é o traje para as sessões magnas?

É obrigatório o uso de traje a rigor preto, gravata,


sapatos e meias pretas, camisa branca, sendo tolerado,
em casos excepcionais, o uso do balandrau pelos
visitantes.

101. O que é o balandrau?

É o traje antigo usado pelos Maçons com formato de


“opa” ou capote longo, com mangas compridas e
capuz, hoje simplificado como simples capa ou beca.

102. Quando se permite a presença de não Maçons


especialmente convidados nas Sessões das Lojas?

Nas Sessões Magnas Públicas.

103. Como se compõe a administração de uma Loja?

Compõe-se de Luzes, Dignidades e Oficiais.

104. Quais são as luzes de uma Loja?

O Venerável Mestre e os 1o e 2o Vigilantes.


105. Quais são as dignidades de uma Loja?

Orador, Secretário, Tesoureiro e Chanceler.

106. Quais são os Oficiais de uma Loja?

Mestre de Cerimônias, Hospitaleiro, 1o e 2o Diáconos,


Porta Espada, Porta Estandarte, 1o e 2o Expertos,
Guarda do Templo, Cobridor, Mestre de Banquetes,
Mestre de Harmonia, Arquiteto e Bibliotecário.

107. Qual é a função do Venerável Mestre em uma


Loja?

É o seu presidente nato, representando-a junto à sua


Potência Maçônica, ao poder civil e em suas relações
com terceiros em geral. Internamente dirige a Loja.

108. Qual deve ser a conduta do Venerável?

Deve ser um exemplo aos que dirige de recomendação


e prestígio à Maçonaria.
109. Quem substitui o Venerável Mestre em suas faltas
ou impedimentos?

Será substituído, observada a seguinte ordem: 1o


Vigilante, 2o Vigilante ou “Pasters-Mestres”.

110. Quais as funções dos Vigilantes?

São responsáveis pela disciplina e ordem em suas


colunas, competindo-lhes anunciar, cumprir e fazer
cumprir as ordens do Venerável Mestre.

111.Quais as funções principais do 1o Vigilante?

Verificar se o Templo está a coberto e se todos os


presentes são Maçons.

112. Quais as funções do Orador?

O Orador é o principal responsável pelo fiel


cumprimento das disposições legais, competindo-lhe
entre outras, opor-se, de ofício, a toda e qualquer
deliberação contrária às leis e resoluções emanadas da
autoridade competente, interpretando e dirimindo
dúvidas sobre tais disposições e apresentar as
conclusões finais de toda a matéria em debate, sem
entrar no mérito da questão.
113.Qual a função do Guarda do Templo?

Verificar se, realmente, o Templo está coberto,


zelando para que ninguém venha perturbar a sessão.

114.O que simboliza o Mestre de Cerimônias?

Simboliza o ordenamento do caos e a criação do


Universo, tendo a missão de compor a Loja,
preenchendo os cargos.

115.O que simbolizam os bastões usados pelo Mestre


de Cerimônias e pelos Diáconos?

Os três bastões simbolizam o poder da união, já que,


juntos, não poderão ser quebrados com facilidade. São
o símbolo da autoridade moral e da fortaleza material
da Loja.

116. O que é preciso para que uma Loja seja Justa e


Perfeita?

Que três a governem, cinco a componham e sete a


completem.
117. O que representam as colunas da Loja?

Jônica – sabedoria – Venerável – oriente

Dórica – beleza - 1o Vigilante – Ocidente.

Coríntia – beleza - 2o Vigilante – Sul.

118. Por que o Venerável Mestre representa o pilar da


sabedoria?

Porque dirige os Obreiros.

119. Por que o 1o Vigilante representa o pilar da


força?

Porque paga o salário aos Obreiros, que é a força e a


manutenção da existência.

120. Por que o 2o Vigilante representa o pilar da


beleza?

Porque faz repousar os Obreiros e fiscaliza-os no


trabalho.

121. Quais são as joias móveis da Loja?

O esquadro, o nível e o prumo, porque são transferidas


a cada ano aos novos dirigentes.
122. O que significa o esquadro no colar do Venerável
Mestre?

Que deve agir com retidão, obedecendo os Estatutos


da Ordem.

123. O que significa o nível trazido pelo 1o Vigilante?

Significa a igualdade social, base do direito natural.

124. O que significa o prumo trazido pelo 2o Vigilante?

Que o Maçom deve ser reto em seu julgamento.

125. Durante os trabalhos quem pode falar sentado?

O Venerável Mestre, os ex-Veneráveis e os


Vigilantes.

126. Quem mais pode falar sentado durante os


trabalhos?

O Orador ao fazer as suas conclusões e o Secretário


ao fazer a leitura do Balaustre e do Expediente.
127. O que simboliza o chapéu que o Venerável Mestre
usa em Loja?

É o símbolo da superioridade e da autoridade. A


origem deste costume está na corte onde o rei era o
único que mantinha sua cabeça coberta, enquanto os
demais mantinham-se descobertos em sinal de
respeito.

128. O que é símbolo na Maçonaria?

Entre a Maçonaria antiga e a Maçonaria moderna


existe um ponto fundamental e comum: o símbolo. O
símbolo é a própria essência, a razão de ser da
Maçonaria. O visível é o reflexo do invisível.

129. Qual a finalidade dos símbolos?

Sua finalidade é de selecionar aqueles que os


integrando sejam dignos da verdade.

130. O que se sabe a respeito dos símbolos na


Maçonaria?

A Maçonaria possui inúmeros símbolos, emblemas e


adornos, cada qual com seu significado especial,
destinados ao uso de seus Obreiros.
131. Qual a função dos símbolos maçônicos?

A função dos símbolos não é a de ocultar. Tem a


finalidade de levar aos adeptos da Maçonaria os mais
sábios ensinamentos, por meio de instrumentos, sinais,
figuras e alegorias que, em conjunto, se resumem num
elevado sistema de moral.

132. No que se inspira a Maçonaria quando adota os


símbolos?

Inspira-se em alto grau na ciência simbólica, sugerindo


que o homem aprende melhor por meio de
comparações, do que por qualquer outro método.

133. O que transmitem os símbolos na Maçonaria?

Num templo maçônico não há adornos supérfluos, mas,


sim, uma série de símbolos, cada um deles contendo
uma transcendente mensagem que deverá ser
decifrada e entendida para que se possa, realmente,
saber o que é a Maçonaria.

134. O que constituem as Lojas Simbólicas?

Constituem incontestavelmente o alicerce sobre o qual


se apoia toda a estrutura da pirâmide maçônica.
135. Quais são as três grandes luzes emblemáticas da
Maçonaria?

O Livro da Lei, o Esquadro e o Compasso.

136. O que significa o Livro da Lei?

Significa o traçado espiritual para o aperfeiçoamento


do Maçom.

137. O que representa o Livro da Lei?

O código de moral, a fé que governa e anima a todos


os Maçons.

138. O que prescreve o compasso?

Como emblema da precessão e da exatidão, prescreve


aos verdadeiros Maçons com o círculo que traça, nada
empreender que não seja justo.

139. O que representa o esquadro?

Representa o símbolo da retidão, da justiça e da


equidade.
140. Por que o Venerável Mestre usa o esquadro no
colar?

Porque ele deve ser o Maçom mais reto e mais justo


da Loja.

141. O que simbolizam as pontas do compasso ocultas


sob o esquadro?

Simbolizam que o Aprendiz, trabalhando na Pedra


Bruta, embora consciente da existência do Compasso,
não o pode usar, enquanto sua obra não estiver
perfeitamente acabada, polida e esquadrejada.

142. O que representam o compasso e o esquadro


unidos?

A medida justa que deve presidir todas as ações dos


Maçons.

143.Durante que tempo o compasso e o esquadro


permanecem unidos em Loja?

Permanecem unidos, enquanto a Loja estiver em


funcionamento.
144. O que recordam o esquadro, o compasso, o nível
e o prumo?

Recordam o papel de construtor social que compete a


todos os Maçons, traçando as normas pelas quais
devem se conduzir.

145. O que esses instrumentos representam ainda?

O esquadro representa a retidão;

O compasso representa a justa medida;

O nível representa a igualdade;

O prumo representa a justiça.

146. O que representa o delta sagrado?

Representa o Grande Arquiteto do Universo, a


Suprema Perfeição e a Divina Providência.

147. O que lembra o triângulo?

Considera-se o triângulo a figura mais perfeita para


lembrar aquele que foi, que é e que será.
148. Qual o principal símbolo do Oriente?

É o Delta, ou Triângulo Radiante, representando no


alto do Painel do Trono, de modo que os obreiros
possam contemplá-lo sempre, sem esquecer jamais o
Grande Arquiteto do Universo.

149. O que se encontra no centro do Delta?

A letra IOD, inicial do tetragrama IEVE, símbolo da


Grande Evolução do que existiu, do que existe e do
que existirá.

150. O que é o altar dos juramentos?

O altar dos juramentos é a parte mais sagrada de uma


Loja. Representa um altar de sacrifícios, eis que o
Neófito deixará, quando de seu juramento, todos os
seus vícios e as suas paixões aí, oferenda ao Grande
Arquiteto do Universo.

151. O que se encontra sobre o altar dos juramentos?

Encontra-se o Livro da Lei, um Esquadro com seus


ramos voltados para o Oriente e um Compasso aberto
com as pontas voltadas para o Ocidente.
152. O que representam os candelabros de três luzes
que estão em cima dos altares?

Os candelabros de três luzes representam os três


aspectos do Logos, a Trindade Divina, manifestada no
poder do Pai, na solicitude do Filho e na sabedoria do
Espírito Santo, que devem presidir os trabalhos da
Loja.

153. O que representa o Maço?

É o símbolo da decisão voluntária que impele o cinzel


em sua obra de aperfeiçoamento. É o instrumento
indicado para trabalhar a Pedra Bruta, representando
as resoluções retidas em nosso espírito.

154. O que representa o malhete que está sobre o altar


do Venerável Mestre?

Ele representa a vontade quando bem dirigida; a força


que age sob a direção do espírito, da sabedoria e da
ciência.

155. Nas mãos do Venerável Mestre o que representa


o Malhete?

Nas mãos do Venerável é o símbolo da autoridade e do


poder. Às suas pancadas a Loja para ou se movimenta,
segundo a sabedoria do Mestre.
156. Que interpretação se dá à movimentação das
colunas nos altares dos Vigilantes?

Sendo o primeiro Vigilante o encarregado de velar


para que os trabalhos transcorram com disciplina e
ordem, sua coluna deve ser levantada enquanto têm
lugar os trabalhos maçônicos. Quando, porém cessam
estes trabalhos, ou para recreação ou para seu término
definitivo, os Irmãos passam à responsabilidade do
segundo Vigilante que, então, levantará a sua coluna
para mostrar a sua autoridade.

157. O que significa a espada flamígera?

É o emblema da Justiça do Ser Supremo.

158. O que simbolizam as espadas?

O símbolo da lealdade e da honra. Elas são o símbolo


da proteção contra o mundo profano. São símbolos de
combatividade e de igualdade.

159. Por que a espada é uma insígnia maçônica?

A espada, além de simbolizar a harmonia e o valor, é a


inígnia do poder e do mando, lembrando aos Maçons o
dever que têm de proteger-se contra os opressores e
a tirania.

160. Quantos tipos de painéis existem?

Na Maçonaria Simbólica a cada Grau corresponde uma


painel próprio. Há dois tipos de painéis: o simbólico e o
painél alegórico.

161. O que representa o painel para a Loja?

É uma de suas jóias fixas e varia conforme os Ritos e


Graus.

162. O que é painel simbólico?

É o conjunto de símbolos, jóias e alegorias do Grau.

163. Como é também conhecido o painel alegórico do


Grau de Aprendiz?

O painel alegórico é mais sugestivo e é também


conhecido por “tábua de traçar”.
164. Onde é colocado o painel alegórico durante as
reuniões da Loja?

Geralmente é pintado ou bordado e é colocado,


normalmente, em frente ao Ara, em lugar visível,
porque contém todos os símbolos maçônicos do Grau.

165. Quais são as jóias fixas da Loja?

A prancheta da Loja, a Pedra Bruta e a Pedra Polida ou


Cúbica.

166. O que contém o painel da Loja?

Nele se condensam todos os símbolos que o Maçom


deve conhecer.

167. O que simboliza a Pedra Bruta?

A inteligência e o sentimento do homem no estado


primitivo, áspero e despolido.

168. O que representa a Pedra Bruta?

O homem sem instrução, com as suas asperezas de


caráter, devidas a ignorância em que se encontra e as
paixões que o dominam.
169. O que simboliza a Pedra Polida?

Simboliza o saber do homem no fim da vida, quando a


aplicou em atos de piedade e de virtude.

170. O que representa a Pedra Polida?

O homem instruído, que dominou as paixões e


abandonou os preconceitos.

171. O que é a Escada de Jacó?

É o caminho do céu. A Escada de Jacó sugere como


alegoria o verdadeiro caminho iniciático da
perfectibilidade.

172. O que representam os degraus dessa escada?

Representam as virtudes que um verdadeiro Maçom


deve possuir.

173. Que símbolos aparecem nessa escada?

A cruz, a âncora e o cálice.


174. O que significa a cruz?

Significa a fé, ou seja, os sentimentos de confiança e


certeza e a convicção da existência do Grande
Arquiteto do Universo.

175. O que significa a âncora?

A âncora que simboliza a esperança sugere aos


Maçons a segurança com que se pode alcançar os
verdadeiros objetivos da vida.

176. O que significa o cálice?

A caridade, representada pelo cálice, significa o


verdadeiro amor que o Maçom deve dedicar ao
próximo, cuja prática está na disposição de auxiliar o
nosso semelhante.

177. O que simboliza o Sol?

Simboliza a principal luz da Loja, lembrando a Glória do


Criador. Representa também a Caridade.

178. Por que o Sol e a Lua foram colocados no Templo


Maçônico?

Porque sendo a Loja a imagem do Universo nela


devem estar representados os astros.
179. Por que a Lua se apresenta no seu quarto
crescente?

É a maneira de lembrar ao Maçom o dever de


aumentar os conhecimentos que recebe.

180. A abóbada estrelada é exclusiva dos Templos


Maçônicos?

Não. Assim eram decorados os Templos da


Antiguidade e também numerosas igrejas antigas. Se o
Templo representa o Universo, seu teto figura o
firmamento. Por isso mesmo tem a forma de abobada,
pintada de azul celeste e semeada de estrelas.

181. Por que o Maçom contempla em Loja o céu


estrelado?

Porque contemplar o céu estrelado estampado no teto


da Loja transmite grande quietude de espírito e incita à
meditação.

182. Qual o significado da palavra estrela?

Maçonicamente, o termo é aplicado para definir o que


é chamado tocha, de que se mune o Maçom de
comissão para recepcionar visitantes e autoridades.
183. O que simboliza a estrela de cinco pontas?

O homem espiritual, reflexo da verdade, sabedoria e


amor de Deus.

184. O que simboliza a estrela de sete pontas que


encima a Escada de Jacó?

Simboliza as sete principais direções em que,


lentamente, se move toda vida até entrar em harmonia
com a vontade do Grande Arquiteto do Universo.

185. O que indica a estrela de sete pontas?

As sete maneiras através das quais o homem pode


atingir a perfeição.

186. O que representa o Pavimento Mosaico?

Representa a união de todos os Maçons.

187. O que lembra o Pavimento Mosaico?

Lembra que apesar da diversidade do antagonismo das


coisas da natureza, em tudo reside a mais perfeita
harmonia.
188. O que representa a Orla Dentada?

Ela representa a atração universal simbolizada no amor


entre os Maçons do mundo todo.

189. O que representam as borlas que aparecem em


cada canto do painel?

As virtudes que devem existir em todos os Maçons:


temperança, coragem, justiça e prudência.

190. Quem pode pisar o Pavimento Mosaico?

Somente o Oficiante poderá pisar o Pavimento Mosaico


na abertura e no encerramento dos trabalhos.

191. Quais são os utensílios de trabalho do Aprendiz?

A Régua de 24 polegadas, o Maço e o Cinzel.

192. O que representam o Maço e o Cinzel?

A inteligência e a razão que tornam o Maçom capaz de


discernir o bem do mal, o justo do injusto.
193. O que simboliza a Trolha?

Os sentimentos e a indulgência que devem animar a


todos os homens esclarecidos e de boa vontade.

194. O que simboliza a Régua?

A retidão dos princípios maçônicos e a retidão da


conduta que deve ser observada por todos os Maçons.

195. Qual o simbolismo da Abóbada de Aço?

Instrui os Maçons que a integram, indicando que os


mesmos, em tal atitude, colocam sua força a serviço de
quem eles honram com a cerimônia.

196. O que é o ritual de Iniciação?

É o resultado de numerosos mitos esotéricos da


Antiguidade e mantém no mundo ocidental as formas
primordiais da espiritualidade elaborada pelos antigos.

197. A Iniciação é exclusiva da Maçonaria?

Não. Em todas as Escolas Herméticas há uma


cerimônia com a qual se recebe o candidato chamada
de Iniciação.
198. Como deve ser a Iniciação?

A Iniciação é um ato ritualístico e litúrgico que deve


cercar-se do mais absoluto respeito. Durante ela
devem ouvir-se unicamente as vozes dos que nela
intervém, guardando os demais assistentes completo
silêncio e respeitosa atitude.

199. O que se pretende através da Iniciação?

Pretende-se dar ao Iniciado uma responsabilidade


maior não somente como ser humano com vida
espiritual, mas também como homem e cidadão.
Procura-se despertar nele uma vida interior mais
intensa e uma compreensão melhor da vida.

200. A Iniciação é mística?

Sim, pois não possuindo o homem, em geral, dotes


intelectuais capazes de fazê-lo conhecer-se a si
próprio e de compreender o grande mistério do
Universo, somente através do Misticismo poderá ele
alcançar o desconhecido, desde que o anime a crença
no Grande Arquiteto do Universo.
201. Que requisitos deve preencher o candidato a
Iniciação?

Ter instrução e qualidades morais suficientes para


compreender e praticar os ensinamentos maçônicos.

Ter meios honestos e suficientes de subsistência.

Ter reputação ilibada.

Ter no mínimo 16 anos.

202. O que é necessário para se tornar Maçom?

É necessário que o candidato seja proposto por um


Membro ou pelo Sumo Sacerdote Mundial.

203. Como o candidato se torna Maçom?

A admissão será sempre através de Iniciação, filiação


ou regularização, de acordo com os rituais.

204. O que devem os candidatos à Maçonaria possuir?

Devem ser livres e de bons costumes, capazes de


direito e de assumir obrigações, isentos de defeitos
físicos que os impossibilitem de se dedicar às práticas
maçônicas.
205. O que pretende o Iniciado quando de seu ingresso
na Maçonaria?

O ingresso na Maçonaria implica o primeiro passo na


senda infinita que busca a perfeição humana, aspiração
fundamental de todo o Maçom, significando que o
objetivo principal de todo o Iniciado é converter-se em
um modelo útil e proveitoso para a sociedade, para a
família, à pátria e à humanidade.

206. Como o candidato é recebido?

Nem nu nem vestido, despojado de todos os metais e


com os olhos vendados.

207. O que significa nem nú nem vestido?

Vestido desta maneira um tanto bizarra o candidato é,


em si mesmo, uma preciosa lição de respeito e
humildade. Simbolicamente nu ele se sente
fraternalmente igual a todos, desaparecendo as
distinções sociais.

208. Como o simbolismo explica isto?

Explica como uma preparação para o desnudamento


completo da alma que só será sentido e compreendido
pelo candidato quando ele se der conta de que há um
real desnudamento do corpo.
209. O que significa a venda sobre os olhos?

Significa as trevas e os preconceitos do mundo


profano e a necessidade que têm os homens de
procurar a Luz entre os Iniciados.

210. O que mais lembra a obscuridade?

Lembra o homem primitivo na ignorância de todas as


coisas.

211. O que lembra a privação dos metais?

Ela lembra ao homem o seu estado natural antes da


civilização.

212. Qual o primeiro contato que o Postulante tem com


a Maçonaria?

O primeiro contato real se dá através da Câmara de


Reflexões.

213. Para que serve a Câmara de Reflexões?

Conduz à meditação, permitindo ao homem o acesso à


sua própria alma e à sua consciência. A meditação
profunda é o único caminho capaz de levar o homem a
um reencontro consigo mesmo.

214. O que oferece a Câmara de Reflexões?

Oferece a sensação de silêncio, penumbra e paz, além


de um conjungo de símbolos capazes de levar o
Postulante mais rápida e profundamente à meditação.

215. O candidato ao ser iniciado quantas viagens


pratica?

Depois de colocado entre colunas, fazem-no praticar 3


viagens, para que se recorde das dificuldades e
atribulações da vida.

216. O que simbolizam essas viagens?

As 3 viagens simbolizam a conquista de novos


conhecimentos. Elas oferecem à consideração dos
Maçons a personalidade do candidato que procede dos
planos das trevas e da ignorância em busca da Luz e
do verdadeiro saber.

217. Por onde viaja o Iniciante?

Viaja do Ocidente para o Oriente e do Oriente para o


Ocidente, primeiro por um caminho em meio de ruídos
e trovões. Depois por outra estrada ouvindo o tilintar
de armas. Finalmente, por uma terceira estrada de
caminho plano e suave.

218. O que significam os ruídos e trovões da Primeira


Viagem?

Significam, fisicamente, o caos e, moralmente, os


primeiros anos do homem e os primeiros tempos da
mocidade.

219. Que representa o ruído das armas?

Representa a idade da ambição, os combates que a


sociedade é obrigada a sustentar, as lutas que o
homem trava.

220. Por que se encontram facilidades na terceira


viagem?

Porque mostra o estado de paz e tranquilidade quando


se está protegido pelos Irmãos.

221. Onde terminou cada uma dessas viagens?

Cada uma terminou em uma porta.


222. Onde se acham situadas essas portas?

A primeira no Sul, a segunda no Ocidente e a terceira


no Oriente.

223. O que é dito ao Iniciado quando bate em uma


dessas portas?

Na primeira mandam-no passar, na segunda é


purificado pela água e na terceira é purificado pelo
fogo.

224. O que significam essas purificações?

Significam que o homem deve desvencilhar-se de


todos os preconceitos sociais ou de educação,
procurando a sabedoria.

225. Qual a finalidade da purificação pela água?

Tem a finalidade de limpar ou liberar o espírito


humano de suas arestas e imperfeições morais.

226. O que significa a purificação pelo fogo?

Significa a eliminação das nódoas do vício. As chamas


simbolizam também as aspirações, o fervor e o zelo.
227. O que representam as 3 portas onde bate o
Iniciando?

As 3 disposições necessárias à busca da verdade:


sinceridade, coragem e perseverança.

228. O que lembra ao Iniciando o conteúdo da taça


sagrada?

Lembra-lhe que o Maçom deve gozar os prazeres da


vida com moderação, não fazendo ostentação do bem
que goza.

229. Por que se faz a prece da Iniciação?

Porque os Maçons não se empenham em empresa


importante sem primeiro invocarem o Grande
Arquiteto do Universo.

230. O que é o juramento maçônico?

O juramento é um compromisso de honra selado pelo


coração aberto e a consciência livre, um corolário de
discrição e fidelidade.
231. Qual a condição essencial para que o juramento
seja tomado?

Constitui condição essencial do juramento ser o


mesmo pronunciado na presença do Grande Arquiteto
do Universo.

232. O que é dado depois ao Iniciado?

A Luz espiritual, ou seja, a verdade divina.

233. O que vê o Iniciado?

Raios cintilantes ferem-lhe a vista. Vê então que são


espadas empunhadas por seus Irmãos e apontadas para
ele.

234. Qual o significado disto?

As espadas refletem a Luz da Verdade e estão prontas


a acudir em auxílio do Irmão, desde que paute sua vida
com base na honra, na justiça e na prática do bem.

235. Quais são os deveres do homem para com o seu


semelhante?

Deve ajudar seus semelhantes a realizarem o seu


próprio destino, impelindo-os na busca da Luz e da
Verdade, a fim de que alcancem o fim nobre e altruísta
almejado por todos os seres.

236. O que se entende por Mestre Instalado?

Chama-se Mestre Instalado aquele que já foi


consagrado como tal para poder exercer o cargo de
Venerável.

237. Quando se comemora a passagem dos solstícios?

Nos dias 24 de junho e 27 de dezembro.

238. O que simboliza a corda de 81 nós?

Simboliza o sentimento de igualdade e união dos


Maçons espalhados pela superfície da Terra.

239. Qual o versículo bíblico que é utilizado nos


trabalhos do 1o Grau?

São os versículos 1, 2 e 3 do capítulo CXXXIII de


Salmos, que diz: “Oh! Como é bom, como é agradável
para irmãos unidos viverem juntos. É como um óleo
puríssimo derramado sobre a fonte.”
240. O que representa o salmo 133?

Este é um poema sobre simpatia comunal e gentileza


fraterna.

241. Onde se localiza o altar das abluções?

À frente do Altar do 1o Vigilante, à direita, está o altar


das abluções sobre o qual fica o Mar de Bronze, onde
o Neófito é purificado pela água.

242. O que significam as palavras goteira e chove?

Elas sugerem quando numa roda formada por Maçons


surgem Profanos. São usadas para indicar a presença
desses Profanos. Os Maçons para se prevenirem
contra a curiosidade dos não Iniciados, usam então
essas expressões.

243. O que essas palavras traduzem?

Traduzem uma cautela astuciosa que corrige o modo


de falar ou comportar-se, evitando qualquer Profano
saber.

244. O que acontece quando o Aprendiz recebe a Luz?

Passa a trabalhar para a futura sociedade na qual os


homens se dedicarão ao trabalho e à justiça.
245. Durante que período trabalha o Aprendiz Maçom?

Do meio-dia à meia-noite.

246. O que significa a expressão meio-dia?

Como sinônima da divisão do tempo, equivale a doze


horas, marca do instante teórico em que o Sol se acha
no zênite do lugar considerado como centro da
abóbada celeste.

247. O que significa a expressão meia-noite?

Significa a hora do repouso material e espiritual do


homem, bem como da própria natureza.

248. O que indica o período de tempo compreendido


entre o meio-dia e a meia-noite?

Começando os trabalhos ao meio-dia simbólico e


prolongando-se durante doze horas figuradas, indicam
que o Maçom deve empregar metade do seu tempo em
tarefas úteis, instruindo-se fundamentalmente.
249. Por que os Aprendizes trabalham do meio-dia a
meia-noite?

Porque Zoroastro, um dos primeiros fundadores dos


mistérios da antiguidade, reunia secretamente seus
discípulos ao meio-dia e terminava seus trabalhos à
meia-noite, depois de uma ceia fraternal.

250. O que pretende demonstrar a Maçonaria durante


as doze horas simbólicas de trabalho?

Quer apresentar aos Maçons as chaves de todos os


segredos de sua doutrina. Combate a ignorância, a
tirania e os preconceitos, glorificando o direito e a
justiça, levantando templos à virtude e cavando
masmorras ao vício.

251. O que é o Grau de Aprendiz?

É o marco inicial de toda carreira maçônica. Constitui o


pedestal de toda filosofia desenvolvida nos outros
Graus que o seguem.

252. Como um Aprendiz prova que é Maçom?

Pelas provas de sua Iniciação e outras circunstâncias,


prestando-se sempre a rigoroso exame, desde que
seja regularmente exigido.
253. Qual a idade do Aprendiz Maçom?

Três anos.

254. Como deve trabalhar um Aprendiz Maçom?

Com independência, fervor, devotamento e


inteligência.

255. O que deve procurar o Aprendiz Maçom?

Aproximar-se da verdade do cosmo, convencendo-se


de que a investigação da verdade não deve ter limites,
senão aqueles dirigidos pelo bom senso, pela moral e
pela razão.

256. Quanto tempo deve um Aprendiz trabalhar para


obter aumento de Grau?

Antigamente, sete anos. Atualmente, no mínimo, sete


meses.

257. O que se entende por aumento de salário?

Aumento de salário, maçonicamente, significa aumento


de Grau. Assim, completado o seu tempo de serviço,
receberá em retribuição, como aumento, o Grau de
Companheiro. Esotericamente, representa a evolução
que o Maçom obtêm pelo seu próprio esforço.

258. Quais as exigências para que um Aprendiz receba


o seu aumento de salário?

* Deverá estar colado no Grau, no mínimo, há 4 meses.

* Deverá estar em dia com suas obrigações junto à


Tesouraria do Soberano Santuário Mundial.

* Deverá demonstrar conhecimento do simbolismo do


Grau e das Leis que regem a Ordem, por questionário
e verbalmente, a critério da Diretoria Mundial.

* Deverá apresentar trabalhos sobre os temas fixados


pelo Soberano Santuário Mundial.

259. O que é Cadeia de União?

É uma tradicional prática de fraternidade que deve


realizar-se, principalmente depois de terminados os
trabalhos de uma Loja.

260. Para que é realizada a Cadeia de União?

Para comunicação da Palavra Semestral fornecida pelo


Sumo Sacerdote Mundial.
261. Que outra finalidade possui a Cadeia de União?

Dar regularidade aos Obreiros.

262. Por que a Cadeia de União é a apoteose da


Iniciação?

Porque os Irmãos se congraçam cingidos pela vontade


plena de solidarizarem-se fortalecendo-se numa total
coesão de entusiasmo pelo ideal maçônico.

263. De onde se originou a Cadeia de União?

A sua tradição foi colhida pela Maçonaria nos


Santuários do Egito, dedicados aos pequenos e
grandes mistérios.

264. O que simboliza a Cadeia de União?

Simboliza a união que deve reinar entre todos os


Maçons e o meio de conservá-la que sempre consiste
na amizade, na concórdia e na tolerância.
265. Qual a meta da Revolução Francesa adotada pela
Maçonaria?

A Revolução Francesa promulgou a fórmula Liberdade,


Igualdade e Fraternidade como uma de suas metas,
tendo a Maçonaria adotado referida fórmula.

266. O que se entende por Arte Real?

É o título que se dá à Maçonaria para comemorar o


apoio que lhe deram os monarcas antigos nas
Corporações de Obreiros, das quais, segundo muitos
historiadores, provem a Maçonaria.

267. A Maçonaria é Regional?

Não. Ela é Universal e suas Oficinas espalham-se por


todos os recantos da Terra, sem preconceitos de
fronteiras e de raças.

268. O que é a virtude?

É uma disposição da alma que induz a praticar o bem.

269. Como conceituar a virtude?

É a força moral que homologa todas as ações


condignas e puras. É a melhor credencial do homem,
impondo-o ao respeito de todos os demais.
270. O que se deve esperar na prática da caridade?

Nela os atos devem ser efetivados com o pensamento


em ofertar a outros aquilo que de boa mente se destina
para tal, sem nada pedir ou esperar em troca.

271. O que é a caridade?

É uma virtude que dignifica o espírito. Praticar-se-á


ministrando-se auxílio moral ou material a outrem.

É um dever que alcança todos os corações dos


Maçons. Não obstante é preciso saber dar, socorrer ou
auxiliar, nada devendo ser esperado em retribuição,
muitas vezes, nem mesmo o reconhecimento.

272. O que é vício?

É tudo que avilta o homem.

273. Quem fundou a Maçonaria Egípcia moderna?

O Conde Alexander Cagliostro no ano de 1785 que foi


um Rosacruz, ao mesmo tempo famoso e polêmico.
274. Podemos afirmar que os Graus da Maçonaria
Egípcia foram sobrepostos ao alicerce da Maçonaria
Inglesa?

Sim, com certeza.

275. Quantos são os Graus da Maçonaria Egípcia?

São 96, ou seja, 1 Grau de Postulante e 95 Graus de


Estudos propriamente ditos.

276. A Maçonaria Egípcia é mais profunda que a


Maçonaria Inglesa?

Sim, com certeza.

277. Quais são as Séries de Graus da Maçonaria


Egípcia?

Séries Simbólica, Filosófica, Mística, Alquímica e


Cabalística.

278. Qual é o último Grau da Maçonaria Egípcia?

É o Grau 95 chamado de Arcana Arcanorum que


significa “Segredo dos Segredos”.
279. Atualmente como é fundado um Soberano
Santuário da Maçonaria Egípcia?

Para se fundar um novo Soberano Santuário da


Maçonaria Egípcia é necessário um Membro que tenha
recebido de forma legítima o Grau 96.

280. Quem é o líder de um Soberano Santuário?

É o Sumo Sacerdote ou Grande Hierofante.

281. Quais as características da posição de um Sumo


Sacerdote Mundial?

Um Sumo Sacerdote Mundial possui cargo vitalício,


autocrático e hereditário.

282. Quem será o sucessor do Sumo Sacerdote


Mundial da Maçonaria Egípcia?

Será sua filha Isadora França Feltrin.

283. Como é composta a Diretoria do Soberano


Santuário Mundial da Maçonaria Egípcia?

É composta de 5 Membros: Presidente, Vice-


Presidente, Tesoureiro, Secretário e Relações
Internacionais.
284. O que é Séquito?

Séquito é um conjunto de pessoas que acompanham


outra para servi-la e honrá-la. No Antigo Egito era
composto por 12 Sacerdotes somados ao Faraó e na
atualidade o papel do séquito tem a mesma função de
outrora.

285. Além da Diretoria Mundial e do Séquito existe o


Supremo Conselho no Soberano Santuário Mundial da
Maçonaria Egípcia. Qual sua função exata?

O Supremo Conselho será composto de 144 Membros


do Grau 95 cuja função exata é apoiar de forma
incondicional os projetos básicos ou especiais da
Fraternidade.

286. É verdade que o Sumo Sacerdote Mundial reviveu


a religião egípcia chamada de Atonismo e fundada pelo
Faraó Akhenaton?

Sim. Em 1348 o Faraó Akhenaton fundou a religião


conhecida por Atonismo e foi revivida em 2018 pelo
Sumo Sacerdote Mundial da Maçonaria Egípcia como
um singelo tributo a este Grande Mestre da Grande
Fraternidade Branca.
287. Exite um plano de restaurar a cidade mística de
Akhetaton fundada por Akhenaton no Egito Antigo?

Sim. O local e o momento estão sendo “escolhidos”


pelo Grande Arquiteto do Universo.

288. O que a Maçonaria Egípcia tem a dizer sobre


Jesus?

Jesus foi o maior Avatar que a humanidade conheceu e


pertencia aos Essênios, um ramo da Grande
Fraternidade Branca. Realmente possuía poderes
milagrosos relacionados à sua evolução espiritual
graças às suas centenas de reencarnações no plano
terrestre, não morreu na cruz, viveu até idade
avançada e não autorizou a fundação de uma religião
como reza a lenda. Jesus foi um ser humano como
todos os outros porém para as pessoas mais frágeis e
incultas pode servir de modelo.

289. Qual a concepção de vida após a morte na


Maçonaria Egípcia?

A alma reencarna de acordo com o seu karma, não tem


portanto controle desta lei espiritual.
290. Segundo a Maçonaria Egípcia virá um novo
“Salvador” da humanidade?

Não. O verdadeiro “Salvador” do homem é ele próprio


quando está em harmonia com as leis materiais e
espirituais.

291. No Egito a Maçonaria Egípcia existe nos dias


atuais?

Não. Por incrível que pareça a Maçonaria é tida como


criminosa no Egito atual, país decadente se comparado
com outrora.

292. O que estudam os Graus de 34 a 95?

Misticismo, Magia, Alquimia e Cabala.

293. Acreditam os Maçons Egípcios em Mestres


Cósmicos?

Sim, com certeza. Os Mestres Cósmicos foram seres


humanos que passaram por centenas de reencarnações
e atingiram o “Domínio da Vida” após sofrimentos mil
no plano terreno.
294. Quanto ao Espiritismo o que se deve ter em
mente segundo a Maçonaria Egípcia?

Todo ser humano após a morte deve estar no plano


espiritual aguardando reencarnação e não deve ser
perturbado.

295. O que é projeção astral? Existe alguma relação


entre este fenômeno e a reencarnação?

Projeção astral é o fenômeno no qual de forma natural


ou não o corpo espiritual visita regiões próximas ou
longínquas. Normalmente o corpo astral é visto como
uma esfera de luz branca ou violeta e em casos
especiais até apresentando fisionomia desta ou de
outras encarnações, normalmente a última.

296. Como se pode relembrar reencarnações


passadas?

O ideal é não interferir neste processo. As lembranças


ocorrerão de forma inesperada e carregadas de uma
certeza íntima, com forte emoção.
297. Qual é afinal o objetivo da vida segundo a
Maçonaria Egípcia?

O objetivo da vida segundo a Maçonaria Egípcia é


atingir a perfeição e viver em espírito eternamente
junto ao Grande Arquiteto do Universo.

298. Devemos dar mais atenção à vida espiritual do


que à material? Por que?

Não. Se possível a vida espiritual e a vida material


devem caminhar juntas, sem extremos.

299. Por que a Maçonaria Egípcia deve ser entendida


como a Maçonaria da Nova Era?

A Maçonaria Egípcia aceita mulheres em igualdade de


condições, respeita opção sexual de cada Membro.
Riqueza, status, raça e demais aspectos externos são
ignorados no momento da aceitação da proposta de
afiliação.

300. Por que o Sumo Sacerdote Mundial e a Maçonaria


Egípcia são perseguidos de forma constante e covarde
pela Maçonaria Inglesa?

Simples! O Sumo Sacerdote Mundial é o “Líder dos


Líderes” e a Maçonaria Egípcia é a Maçonaria da Era
de Aquário.
Como alcançar a iluminação cósmica

É bom que tanto o Neófito como o Adepto sejam


relembrados do real propósito do trabalho em que
estamos empenhados e da recompensa que obterão
quando considerados dignos e preparados.

Há uma antiquíssima e válida máxima, segundo a qual,


“quando o estudante está preparado, o Mestre
aparece”. Isto tem sido muito mal compreendido e é
usado por milhares de pessoas para se recusarem a
ingressar em qualquer escola ou organização,
preferindo “aguardar até que o preceptor pessoal se
manifeste”.

A máxima afirma, claramente: “Quando o estudante


está preparado, o Mestre aparece”! Que significa estar
preparado? Certamente não se trata apenas de uma
questão de tempo! Isto deve significar, precisamente, o
que milhares de pessoas verificaram que significa:
Quando o estudante está pronto, mediante preparação
e merecimento.

Isto coloca a questão, claramente, nas mãos de cada


estudante. Este pode preparar-se lentamente, através
de leitura selecionada, de longas horas de meditação,
durante anos, ou do comparecimento ocasional a
palestras ou conferências. Se o tempo não importa, o
estudante pode então aguardar até o término desta
encarnação, ou mesmo de uma outra, pelo
aparecimento do Mestre que deva ser o seu preceptor
pessoal…

Poderia isso ensejar a pergunta: “Que Mestre, que


preceptor”? Seguramente não seria um Mestre terreno,
pois isto não requer a preparação e o desenvolvimento
necessários à Iluminação Cósmica. O estudante
sincero, que verdadeiramente se prepara e se torna
digno da instrução pessoal de um Mestre, logo se
desenvolve para além do ponto em que qualquer
Mestre terreno poderia satisfazer. Somente um Mestre
Cósmico pode suprir as necessidades daquele que está
preparado.

Como preparar-se

Como, então, há de o estudante preparar-se mais


eficientemente e com a máxima economia de tempo?

Esta, também, é uma antiquíssima questão, levantadas


nas Escolas de Mistérios do Egito, assim como nas
Escolas Arcanas da nossa Ordem, hoje em dia.

Há somente uma resposta: Dando os passos


preliminares e graduados nas escolas terrenas dos
Mestres, e alcançando os bários graus de preparo
através de preparação dirigida. Daí a fundação das
escolas arcanas em todas as regiões; daí a Grande
Obra a elas confiada pelos Mestres.

Onde estão os Grandes Mestres e como podem eles


ser contatados? Aqui encontramos mais dificuldade
para responder, não porque o nosso conhecimento seja
excessivamente exíguo, mas porque a linguagem
verbal é inadequada para expressar os fatos
subliminares. Há condições de vida cósmica que
mesmo a linguagem das jóias literárias não poderia
descrever. Podemos compreender, podemos apreender
e podemos alcançar, pelas palavras, uma vaga
concepção da beleza, da magnificência e da divindade
do esquema cósmico, porém, nunca uma apreensão
perfeita, até que tenhamos feito o contato pessoal e
conhecido como Iluminação Cósmica.

Há uma maravilhosa união de Mentes, Personalidades


Iluminadas que constituem a Sagrada Assembléia do
Cósmico.

Uma dessas magistrais personalidades, Kut-Hu-Mi, o


Ilustre, foi o Mestre de Madame Blavatsky, Fundadora
da Teosofia.

Os Grandes Mestres

O Mestre Kut-Hu-Mi é o Grande Mestre da Grande


Loja Branca da Grande Fraternidade Branca. Foi no
Egito o Faraó Tutmósis III e recebeu os títulos de
Iluminador e Kroomata. Passou por muitas
reencarnações e em muitas delas viveu mais de cento
e quarenta anos.

Iniciação cósmica

Portanto, a verdadeira preparação de que estou


falando tem o objetivo de admissão final, por Iniciação
Cósmica à Grande Fraternidade Branca, a fim de que
nela o Mestre se apresente ao estudante que esteja
preparado, tome-o sob sua orientação pessoal e o
conduza a desenvolvimento superior, até que, um dia,
segura seja a Maestria na Grande Fraternidade Branca,
e a atribuição de serviço como Imperator, Mago ou
Hierofante em alguma fase do trabalho na Terra, traga
afiliação à Grande Loja Branca.
A indecifrável mumificação egípcia.
Símbolos de poder sobre o Alto e Baixo Egito.
Templo egípcio em sua solidão no deserto do Saara.
Ísis – Deusa do amor e da magia, deusa suprema.
Faraó em seu barco no rio Nilo.
Rainha egípcia em caçada
Deus Horus
Futura Sede do Soberano Santuário Mundial

da

Maçonaria Egípcia
Mihos - Deusa egípcia da guerra
Deusa-serpente Meretseguer
Papirus
Íbis
Estatueta moderna da esfinge.
Cleópatra
Inscrição na Maçonaria Egípcia

Enviar para soberanosantuariomaconico@gmail.com os


seguintes dados:

- Nome, cidade e estado;

- Local e data de nascimento;

- Ordens Iniciáticas a que pertence.

Para receber mensalmente as Peças de Arquitetura


depositar todo dia 10 ou 25 o valor de 100,00.

Dados bancários: Bráulio Feltrin

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