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Boletim m
DO
Guias \J XI 1 JU íT í £l B j\K£ íh
OPxNAL OfFICIAL
DA
Maconaria Hrazileira.
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do Rio de Janeiro.
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1873 (R.-. V.\)
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Maçonaria Brazileira.
PUBLICAÇÃO MENSAL.
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— 513 —
A Maçonaria e o Catholicisrao.
Trechos do discurso proferido pelo Ir.-. Poupelle, Obr.\ da Loj.-.
Le Réveil de 1'Orient.
dM».., ¦¦¦Sft»
51.7 —
poderosa revolução
tem deslocado as bases da ordem social, e só no
meio dessa
mimensa multidão de innovações
permanece estacionaria e fora
da nova fôrma política, O Papa não é o seu chefe,
mas sim o
senhor, visto assim estar organisada
pela separação profunda
que o celibato estabelece entre o clero e o povo. Seus adeptos
resentem-se de suas tendências e necessitão
de uma educação
especial; ella os toma desde a infância s.
preoecupando-os mais da
morte do que da vida, e depois isola-os em vez de
"" mente, socialisal-os;
ella absorve o indivíduo no ser ideal — a Igreja.
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1íitim
521 -
Instrucçào Maçonica.
Estudos Maçomeos.
A voz que se levanta no meio da brilhante officina Dezoito de
Julho ê a fraca expressão da grande vontade que nutrimos todos
em vêr esta instituição no auge de sua utilidade e de sua
dignidade.
Convém trabalhar e muito; convém incitar todos os esforços
nossos em prol deste nosso caro pensamento de todos os dias
-o melhorar a sorte do homem em sociedade, dando-lhe
amor
ao trabalho, confiança em suas forças e esperança no futuro.
Convém instruirmo-nos em tudo que honra a intelligencia' hu-
mana; porque a cultura é a luz, e a virtude o seu resplendor.
Saber, sem qualidades de caracter e de coração, é o mais im-
profícuo, e, ás vezes, o mais perigoso de todos os cabedaes.
0 sábio, o illustre, o grande, o rico, o nobre sem virtudes
pessoaes e sem morigeração, está abaixo do humilde e virtuoso
ignorante; e é mais do que este digno de reparo e de censura,
porque a cultura deve ir ao par da educação; a finura do trato
e das maneiras deve ser o predicado das saliências sociaes,
tanto quanto o é a honestidade e os bons costumes.
Cada homem entre nós é uni obreiro: traga elle a tarefa
coraraum tudo que pôde em dedicação e boa vontade. para
Entre
estas columnas reclama-se menos a eloqüência, do
que o verda-
deiro amor ao trabalho. Nenhum de nós tem aspirações
immo-
destas: todos nós somos iguaes no trabalho e nos
sentimentos.
Trazemos para aqui o nosso molde executar. Assente-
para
mos os fundamentos, ergamos as muralhas, entalhemos
as pedras
retangulares, e cimentemos tudo dure e aproveite.
Inscrevamos os nomes dos nossos para que
melhores maçons, no frontis-
Ptfio, e saudemos sua memória, consagrando - o edifício á cari-
dade e ao trabalho.
Sentido, maçons! ao signal do nosso Mestre,
nós nos agrupa-
remos em torno cia
nossa obra: tenhamos os aventaes tão can-
«'dos como nossas intenções;
e a cada pancada de martello res-
P°nda um echo de alegria do trabalhador infatigavel.
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E para que tudo fique justo e perfeito, como
cumpre a cota.
nossas, depois de bem empregar o tempo, entremos
casas com firme resolução maçonica de firmar -nossapara no
conduc
pelas máximas da honesta moral que nos fôrão legadas
E o que ó a nossa obra ? Retirai de vossa alma
todo. os
melhores elementos de vossa fé religiosa e todos
os sãos nrin
cipios de justiça e de equidade; formai um conjuncto
de qliáh
dades louváveis e prestimosas, e tereis o edifício
que tentamos
construir fora do mundo profano.
Os instrumentos de que nos servimos
para fim tão útil são
nossas acções, nosso caracter e nossas boas diligencias.
Convém estudar, para conhecêl-a bem, a época em
vive-
mos e qual deve ser nosso esforço diário. Ha uma que
indiftcrença
geral espalhada em todas as sociedades; ha uma ambição des-
ordenada e louca de ouro e de gozos,
que prostitue e avilta as
mais nobres aspirações do homem.
Nunca, Sa]).-. Mest/., houve época nos annaes da humanidade
que reclamasse tão vigorosa propaganda do bem, e do honesto e
justo, como a actual-como este século salpicado de ouro e
nojento de mesquinhas paixões.
O contacto dos flibusteiros e dos mercadores de carne humana
conspurcou o espirito justo das emprezas, e abrio vasta brecha
na avidez da humanidade. Ao brilho dos metaes ca-
lou-se a consciência e desenfreárão-se preciosos
paixões ignóbeis. O
obreiro honrado e de modestas aspirações enxergou nos areaes
de África e nas minas da Califórnia o seu Deus, o seu ideal.
E nas bateas em que se lavavão as arêas douradas; e nos
rões em que se agrilhoavâo massas de escravos, lavou-se po-
a ver-
gonha, e a consciência ficou nas algemas do captiveiro que lhe
forjarão as desmarcadas ambições de riqueza e luxo.
Singular effeito das rápidas e deshonestas riquezas!
O tumulto dos — heimathslosm - isto é, dos desgraçados
fiibus-
teiros em busca de cabedaes ensurdecem o
coração e a alma.
O México, o Brasil, a Califórnia e a Austrália
entornarão no
mundo hordas descomedidas,
que nem conhecião pátria, nem
Deus, nem família, nem virtudes. Para elles
-; havia no universo
o ouro e em lugar de alma, um pedaço vasio na sublime
creaçao que doara ao homem o Supr/. Arch/.
do Universo.
525 -
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— 529 —
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531
Secção Official
Resolveu-se:
Elevar aos gráos 4 a 18 vários OObr/. das
AAugz. LLoj •
Concórdia do Uruguay e Amor á Humanidade.
Sanccionar os actos de filiações livres, conferidos ¦
LLojz Estrella do Rio e Amor ao Trabalho, pelas AAug
esta ao 111.-. Ir
33/. Conselheiro Manoel Francisco Corrêa, e
aquella ao seu
Obrz o 111/. Ir.-. 33/. Carlos Adolpho Borges
Corrêa de Sá.
bubmetter, por appellação, ao Sapientis/. Gr/.
da Aug/. Loj/. Esperança, afim de Or/. o pedido
que seja concedido a um
Ubrz seu a faculdade de gozar da conferida pelo Decreto
de 21 de Dezembro de 1872, E/. graça V/., que lhe fora negada
conforme o parecer da 111/. Com/. Centr/.
da Gr/. Loj/., visto
estar terminado não só o do dito Decreto, mas também
sua prorogação. prazo
Submetter ainda ao Sapientis/. Gr/.
Or.-. o parecer da sua
' em referencia ™ consultas legislativas feitas
™i ô a t .•'*
IndUStria e Caridade, afim de que a opinião
ímíf-1 i V
m''1 C°m*• Centr-' ' e Pela ^rz. Loj.. ap-
Zvlt
provada, fl
tenha ?aforça de lei. .
da T11«' Com-'- Centr" em referencia á
enn^T*Um
consulta feita pelo1pMJcer
Subi/. Cap/. Dous de Dezembro.
*X mS/có,^---a consu,t e * pei°iil- *•
- 533 -
COMMISSÒES.
Noachita.
Albino José de Souza Lima.
Antônio José Corroa Machado.
José da Cunha Ribeiro Vianna.
José Fernandes de Moura.
José Maria Pereira de Araújo.
Maximino Cardozo de Almeida Mesquitela.
Zepherino Manoel Gonçalves.
Altos Grecos.
Antônio Leite de Sá Coelho.
Domingos de Souza Pâbeiro.
José da Silva Miranda.
Manoel de Simas da Silveira.
Miguel da Rocha Guimarães.
— 538 —
Symbolos.
Francisco Antônio Monteiro.
Francisco Peixoto Moreira Guimarães.
Gaspar Andrade da Silva Bastos.
José da Costa Lima.
Manoel José Ferreira Macedo?
Central.
Antônio José da Rocha Machado.
Francisco José de Carvalho Júnior.
José da Silveira Júnior.
Finanças.
Cândido José de Mendonça.
Justino Jacintho da Silva Baião.
Manoel Antônio de Mesquita.
Beneficência.
Manoel Soares de Souza.
Miguel José Vieira de Faria,
Thomaz José Fernandes de Macedo.
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M
— 539
Secção de Correspondência.
Respeitab/. Ir/. Dr. Luiz Corrêa de Azevedo.
Buenos-Ayres, 30 de Maio de 1873.
* Já tive occasiao de agradecer-vos o reconhecimento do nosso
Gr/. Or/.? devido também ao incansável zelo de que sois dotado.
Agora pedir-vos-hia o obséquio de enviar-me o meu diploma
de membro honorário do Gr/. ()r.\ c Supr.'. Cons/. do Brazil
com que fui distinguido, assim como o do Ir/. José Garcia y
Picos.
Honro-me confessando-me
Vosso amigo grato e irmão,
Dr. João Adriâo Chaves,
Gr.-. Com.', do Supr.'. Cons.'. do Paraguay.
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Guias \J XI 1 JU íT í £l B j\K£ íh
OPxNAL OfFICIAL
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Maconaria Hrazileira.
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do Rio de Janeiro.
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gSa.-Kfi«áViw,»^^ .,. -
04/
Secção Noticiosa.
Revista Estrangeira,
França.—Falleceu em Perpignan, no mez de Maio,
na idade
de 54 annos, o Ir.-. Badaud-Laribière, ultimo Gr/. M.\
do Gr-
Or/. de França.
O conselho da Ordem, em sessão de 31 de Maio ultimo
meou uma commissão afim de examinar os no-
pedidos de reconhe
cimento official, que forão dirigidos ao Gr.-. Or/. de França
differentes potências maçonicas, entre as por
quaes notão-se o de
muitas GGr.-. LLoj.-. de MMaç/. de côr, sobretudo
a de Ohio
(Estados-ünidos.)
O Sup/. Cons/. de França, em assembléa de 10 de
Maio do
corrente anno, elegeu para o cargo de seu Gr/. Secret/.,
Chanc-
e G/. Sei/, o Ir/. Guiffrey, 33/.
O finado Ir.-. De La Jonquière legou ao Sup/.
Cons.-. de
França um numero considerável de livros e documentos
maço-
nicos. O citado grande corpo tenciona realizar
o projecto da
fundação de uma bibliotheca, que será franca a todos
os maçons.
Mme. Cauchois, viuva do Ir/. Caucbois, offereceu
ao Gr- Or-
de França a maior parte dos livros e manuscriptos
maçonicos
que seu marido possuía.
A Loja L'Avenir, ao Oriente de Pariz, deu
para a ordem do
dia dos seus trabalhos a seguinte these: - LÊtude
de Ia société
Jrançaise sons Louis XIV.
A Loja La Clemente Amitié Cosmopolite,
do dito Oriente,
elegeu para o cargo de seu Ven.-. o Ir.-.
Gosset em substituição
ao ir/. Lebourgeois, que resignou o citado
cargo.
Uma L°ja' ao 0riente de Chaumont, com o titulo
t W-i, f
s°b a jurisdicção do Gr/. Or/. de
Frana Haute"Marne'
Ir/. H. de Loucelles, Io Exp/. da Loja
^0 L'Aménité, ao Oriente
do Havre, escreveu a historia dos
trabalhos desta Officina desde
sua fundação (1774) até o
presente anno. Este precioso docu-
mento, analysando com a maior exactidão
os trabalhos de uma
- 551 -
* *
- 556 -
Sap/. Gr.-. M.\ M. de J. Garcia, 33.-.
1.° Gr.'. Vig.-. (reeleito)
Martin Rodriguez, 32.-.
2.° Gr.-. Vig.-. Noel Henriquez, 33.-.
Gr.'. Orad.-. Juan Agustin Cohen, 30.-.
Gr.-. Secret,-. Andrés M. Aybar, 18.-.
Gr/. G.-. Sei.-. Federico Ramirez, 33/.
- Gr.-. Hospit.-. Manuel M. Suazo, 21.-.
1." Gr.-. Exp.-. | Carlos Nouel, O A. .
2.8 Gr.-. Exp.-. M. M. Cabral, 18.-.
1." Gr.-. M.-.deCeiv. Juan Gisbert, 18.-.
2.° Gr.-. M.-. de Cer.\ Juan F. Suazo, 21.-.
Gr.-. Cobrid.-. José de Jesus Castro, 33.-.
No citado dia 13 os CCap.-. Redempção e Golgotha,
de b. Domingos, empossarão seus respectivos DDignit • ao Vai-
e OOff •
O Cap.\ Getsemani, ao Vai.-, de Santiago, empossou
mente seus DDignit.-. no dia 6, e o Cap.-. Thabor igual-
elegeu sua
administração no dia 4.
* *
cora
tvna -Iristallou-sc, ao Oriente de Jerusalém, uma Loja
Loge du Roi Salomon, n. 293, sob os
n lio distinctivo Mère mstal-
Loj,. do Canadá. Conta vinte membros
Itóos a Gr,.
UM. Sen Ven,. é o Ir,. Eobert Moms.
MasonicMinar, de S. Fran-
mat' de Sandwich.-V jornal
o seguinte sobre a Maçonaria desse paiz:
cisco informa mares do tó»g^
Los Ilr,.
in-. das floridas ilhas dos
Commendadoria
« Hosiwb
Ti de OOa\. .
Um em 1842 automação do
fc Tlrme ra Lo fo nstallada por
e «alha no Mf. Esc,.; M^M
W ue
te. • ur. . ISa . .vffundada automação da Gr. . Loj. ^
.cia
em 1853 por
d da em duas
Hawaienne n 2, foi LojaSi
. de xoiiv. ,
Califórnia e funcciona no Rit. ._cpnte Temos tido
. *> Capitulo o o da S»W*^£^nKi muitos memD1° R . *•• •
o prazer de travar relações com O ul uno Rei e^era membr0
maçons
reputamol-os como bons e sinceros Rit . Az. -^Le
e da Lo£.-do
do Capitulo, da Commendadoria em 1850 por £
constituída
rOcéanie, ao Oriente de Honolulu,
do Gr.-. 0r.\ de França. »
- 558 -
Noticiário Interno.
OBSTINADO DE ÜM PRELADO. - A diocese
buco contempla neste momento uma das scenas de Peraam
como as houve e ha entre o poder temporal e melancia
b.spo acaba de «anunciar, fundando-se era razões espirita»01
recusa a obedecer ao decreto do uas qne ?
governo imperial '
A instituição maçonica é o casus belli nesta intrincada
h de alta conveniência romana supprimir-se questão '
a Maçonaria
be isso e de justiça ou é razoável, digão-nos
distinguir as verdades dos erros. os que sabem
Quanto a nós permanecemos na Maçonaria na mais
profunda convicção de que somos maçons e catholicosperfeita e
e aH
PSEUD0™0 • GANGANELLI., -
Já o iS™ tD° ""^ "¥"mS
^ no Z t aUt°r ****> e3c"?to OT"
>° ° n5° da ÍnStÍtuÍSa0
E convém l!? ^ ""V C0°sidere raaÇ«'-
«era "?*que
ZKS
Stess^ °jmMi *c— - c°»"' ^vindas de cri-
— 559
561
¦ ¦
.
* *
- 571
* *
EXPEDIENTE.
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iyp. do Grande Oriente, ao Valle do Lavradio 53
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