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Boletim m
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OPxNAL OfFICIAL
DA

Maconaria Hrazileira.
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ítedacfcor era Chefe, o Gr/. Secret.*. Ger.'. da Ord.'.

N.° 7. —2.ü ANNO.


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do Rio de Janeiro.
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TYPOGRAPHIA DO GR.-. OR.-. DO BRAZIL.


Val.Ic <ío Lavradio 53 U.


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jío^NAL pFFICIAL
DA

Maçonaria Brazileira.
PUBLICAÇÃO MENSAL.

Redactor em Chefe, o Gr.\ Secret.'. Ger.*. da Ord.'.

m N.° 7. — 2.° ANNO.

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Or.-. do Eio de Janeiro.


TYPOGRAPHIA DO GR.-. OR.'. DO BRAZIL.
Valle do Lavradio 53 K.
1873 (Es. V.-.;
— 502 —

Igualmente foi remettida á 111.'. Com/, de Corr/. estrangeira


a prancha e documentos que nos enviara o 111.*. Ir/. Secret:.
do Supr/. Cons/. Argentino em referencia á dissenção havida no
seio do mesmo Supr/. Conselho, afim de que a Com.-., estudando
a questão, emitta o seu parecer.
A pedido do 111.'. Ir.'. Sabroza circulou um tronco especial em
favor do Ir/. N.\, Obr/. da Loj/. Oap7. Pedro II, cujo produeto
foi immediatamente entregue ao dito Ir.', necessitado.
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SP* C

ÍMv3
8 OLETIAA /
JÍ3
DO

Grande Oriente do Brazil


AO VALLE 1)0 LAVRADIO.

0 Jornal Ofheiâl da Maç.-. Brazileira, publicado por ordem


do Grande Oriente, conterá artigos originaes dogmáticos, trechos
escolhidos de revistas maçonicas estrangeiras, a matéria legisla-
tiva decretada, os extractos das sessões do Gr/. Orienta e dos
Corpos Superiores, um noticiário do que de mais importante occoiTer
nas diversas Potências maçonicas, a correspondência cio Circulo;
bem como um resumo em francez das noticias de cada numlro,
para intelligencia dos Maçons estrangeiros.
As paginas do J3^aLe±urL são franqueadas a todos os Ilr/.
que desejarem inserir artigos úteis e interessantes á Ordem,
devendo ser sujeitos ao juizo da Com.-, de Kedacçao.
Um exemplar do J$.aLe±Lm. será enviado gratuitamente ás
GGiv. DDigv. da Ord.'., a cada Loj/. do Circulo, ás Potências
Maçonicas aluadas e aos Kedactores dos jornaes.
. A assignatura é obrigatória por um anno, de Dezembro de
1872 a Dezembro de 1873, paga em uma só prestação adiantada.
Corte e Nictherohy.
Anno (12 números) 6|000
Províncias (Registrado).
Anuo (12 números). 78000
Numero avulso 1.S000
Para os paizes estrangeiros a assignatura varia conforme a
importância dos portes do correio.
Toda a correspondência de redacção e remessa do importe das
assignaturas serão dirigidas ao Redactor em Chefe, Gr.-. Secret.-.
Ger/. da Ordem, á

IL 3lua âo Zavraãio JV. 53 ,/r.


Mm
— 510 —

commercial, onde a correspondência e as contas correntes,


por si
só, constituem uma potência invencível.
E como em commercio tudo se pôde pedir; e como um cor-
respondente é um nome conhecido, mas nem sempre uma
pessoa
conhecida, lá vão cartas, telegrammas, avisos, etc, pedindo tudo
quanto se quer pedir.
Funda-se, por exemplo, um Oriente irregular, dissidente, ano-
maio; mas nesse Oriente têm assento homens que dispõem de
cabedaes e de relações commerciaes.
Em troca ou em manejo de espirito partidário tudo serve.
A corrupção é cega; marcha por diante sem medir circum-
stancias.
Aqui ha um amigo que nos serve. Acolá está um affeiçoado
que por nós se empenha.
Pois bem, é fácil escrever: — escreve-se.
É fácil injuriar: — injuria-se.
É fácil mentir: — mente-se.
E o povo, que nada sabe, que nada comprehende, ao lêr o re-
sultado dos pedidos reiterados, pasma perante a maravilha ope-
rada e pomposamente annunciada nos jornaes do dia.
Fomos reconhecidos! exclamão os dissidentes.
Forão reconhecidos! dizem os ineptos e os curiosos. *
Como forão reconhecidos? perguntão os incautos, todos aquelles
que não prestão attenção ao passado, e menos ainda ao objecto
pomposamente annunciado.
Na Beocia da-actualidade, desprevenida ou indolente, tudo
quanto está escripto no Jornal deve ser uma verdade, e está, ipso
facto, justificado.
Permitta-se agora a palavra a quem escreve estas linhas.
Fora dito por nós, por vezes, o quanto é esta nossa raça la-
tina incandescente e irreflectida, quando uma vez se lança na
impetuosidade de seus caprichos. Então apparece o orgulho, o
amor próprio, a vaidade a arrostarem contra todos os
preceitos
da prudência e da regularidade.
A Maconaria do Brazil teve, no Rio de Janeiro, em 1863, uma
época de revolta e de absurdo. Deu-se uma dissidência então,
prenhe de ódios e controvérsias, onde apparecêrão narrativas e
pamphletos, que erão tudo que se quizer, menos espirito Franc-
máçonico.
- 511 —

Dessa época data um Oriente que tomou assento na casa da


rua dos Benedictinos, e aliás por tal nome conhecido tirbe et orbe.
Os annos que decorrerão de 1863 a 1872 forão para esse Or,.
estranho e inqualificável um periodo da mais incrível irregula-
ridade maçonica e da mais perfeita nullidade como instituição.
0 anno, porém, de 1872 trouxe a esse Oriente, perdido na
obscuridade vulgar e profana, um excitante na idéa de uma fusão
com o nosso Grande Oriente do Brazil, o único sustentaculo da
Franc-Maçonaria neste Império.
Essa fusão passou de mão em mão como um salvaterio á pre-
caria existência benedictina.
Aos que a consummárão cabe não pequeno desgosto de o ha-
ver feito; pois que, uma vez fundidos os dous corpos —o bom e
o máo, —em breve surgirão diffieuldades e imposições, que assás
indicavão o que se pretendia fazer da Maçonaria.
Nós explicámos ao inundo a nossa condueta. Sustentámos a
dignidade e *a verdade maçonicas. Estamos satisfeitos.
Elles, os contrários, deixarão a camaradagem explicar a seu
bel-prazer a sua arte de explorar eleições, que devem ser sérias.
Sustentarão o erro em Maçonaria. Tiverão admiradores. Tanto
melhor para elles.
A conseqüência foi a seguinte:
A séria, a verdadeira Maçonaria do inundo culto, continuou a
reconhecer-nos, como sempre o fez.
A fácil Maçonaria, aquella que se abriga em Charlestown, no
Grande Oriente de França, no Royal-York da Prússia e no Oriente
Unido Lusitano, essa Maçonaria que se contenta com simples as-
serçoes, e que admira, talvez, a linguagem virulenta, a phrase
demagógica e a situação dos que nao têm razão, achou miseri-
cordia para com os dissidentes. La se avenhão. Com elles es-
tavão desde muito, com elles fiquem; nós os aconselhamos.
Chamão a isto, os contrários, novos reconhecimentos, quando com
elles já têm pacto antigo e se entendem ás mil maravilhas.
Nós só reconhecemos nesses decantados reconhecimentos a homo-
geneidade de vistas e sentimentos Franc-maçonicos.
A lei maçonica anda por esse mundo fora tão desacreditada!
Ainda ha pouco tempo, n'uma loja dissidente de S. Paulo, um
orador Franc-maçon, saudando a visita de um chefe supremo da
Maçonaria dissidente, dirigio aos obreiros reunidos na loja Ame-
— 512 —
rica, quc assim é cila denominada, entre outras
rulencia de linguagem nos abstemos de classificar,cousas, cuia vi
seguida transcrevemos, transumpto, sem duvida, o quo 1
no gênero Vic^
Hugo, mas de nenhuma fôrma uma allocução
loja maçonica, onde, por lei severa, Mo ê no seio de um
nem religião, nem pMMãb discuti
politica: <-"scutir-se
Trechos do discurso pronunciado na loja America, da
cidade
seu membro 0. B., na presença de uma alta dignidade de s Paulo ,„ ?
dissidente, em 10 de Agosto de 1872: do rir«T
Ul° ma9°nico
*
« Irmãos, desfraldemos as nossas bandeiras
« benhor, a oíRam-i America brotou espontânea,
« mu a das crenças democráticas deste viva/ da áto»u fe<
« müva popular, o verbo das paiz; na ceu ío novo T'
grandes do p^senteT ío ttZ
« Alguns patriotas, bem poucos erão %rL
« fraternidade, vendo-a burlada no meio então incondirl™ ,da
m&S&^2° flo.

: fcs mz &çs ssjxsjsft «Si


^ SUaS CrenÇaS' de Slia «? -puâicano"
: DliSm SSf dTrlpí

«Meus irmãos em que pese á sanha escahdecida


dos' parasitas drt
«infirtrab-te^SaTpçrs Pp°odeprstfem f:tuo m
« tenta o corno annHi^rin^ V £ j faí^
sustem, como a corda sus-

« das mios £ succesfoíe df G?iF' áS excoramunhòes que cahirão


« João Hu,..lSS\ ' d°S dGS+cendentes de
delV?" & ^
«¦* assim, a resistência iS^do! &
plejukos^ bacificV
a capitulação prudente dos interessou PA ' S^ a1ciluzer assim
« a erupção do Vesuvio SmW^ hn ? revoluÇão' P°ÍW
« nt° IPfhf
ha ahl í110111 a previna;
porque as revoluoopq n/n oe% °S, ll0menS' r°W a «t '^
« nitaq do sefol1UdÇesecoíhecfdo r"1

* suSülue Sir 'ri™/8 "^ a de um'ruido


« quer uelr' WÈÉ «^s P*«
amda mais?... De pé, quem
« social? de pé GS- • P^ludiar lmmm do terremoto
%hZJC K^"?- ? aPr^sai-vos,
« cai na tormenta éaa - ínfeliz' d° embar-
« Sois pelo passado aISKíI?!^^^ P°rt° é a kí*e!-
« dando a vossa honra1 lí ' eia! abnB'ai-vos no túmulo resguar-
« pela republica? Te p| ^MMS^^ ?°ÍS pek liberdade' sois
« ella ou morrer por ella.' Jurai' Jurem<>s - viver com
« Salve! revolução do futuro'
« Vexillario dos republicanos
que jurarão - salve ! »

feg^H-étf^M^^»^^
r*- lllllll» IhUUeKM
"'" ""f"" ti"MÍWíKw£ír!r"*'

— 513 —

A Maçonaria e o Catholicisrao.
Trechos do discurso proferido pelo Ir.-. Poupelle, Obr.\ da Loj.-.
Le Réveil de 1'Orient.

O catholicismo tenta fazer do mundo inteiro um vasto conven-


to, cujo superior seja o Papa; a Maçonaria trabalha por fazer do
mundo uma arena de lutas livres e pacificas: eis o que vou de-
monstrar. Nossa missão será longa e laboriosa, visto como o
que existe não acaba sem resistência e muitas vezes sem dolo-
rosos esforços. O feudalismo, donde dimana o poder dos Papas,
nos demonstra quanto é vivaz e tenaz o domínio organisado ha
longo tempo, porém demonstra-nos também que tudo o que é
injusto deve um dia ceder ao que é justo. Coragem, pois, e
perseverança! Mais do que nunca é mister obrar.
• '

Entre a Maçonaria e a Igreja cathoiica existem pontos de se-


melhança. A catholicidade, tal como se acha presentemente cons-
tituida, forma uma vasta associação, cujos membros obedecem a
um poder centralisador, do qual elles recebem o impulso.
Os Jesuítas têm suas palavras de ordem; a Igreja seus con-
ventos, como nós temos nossas LLoj.-., e na origem legendária
que lhes é commum em suas formações e transformações respec-
tivas encontrão-se pháses de grande analogia. Esboçaremos
essas phases, e por ellas julgaremos seus actos e o espirito
que
as domina.
O christianismo em seu começo nao tinha igreja organisada,
nem dogma formulado; elle resumia-se na doutrina da moral
universal e eterna que igualmente
pôde praticar-se fora delle,
não direi religião, mas culto se contém nestas palavras de
que
Jesus: " Amai-vos e ajudai-vos uns aos outros.,,
S. Paulo foi o verdadeiro fundador, isto é, o
que deu um
corpo á doutrina de Christo, fòrmándo-a em um todo organisado;
elle fez com que a sabedoria do Mestre
permanecesse nas for-
mulas de uma theologia,
que para o futuro servio de texto a
bem subtis e ociosas discussões; foi elle o
que interpretou nas
uçoes de Jesus, todas de caridade e amor, a idéa do
original e da peccado
graça. Desde então acreditou-se que a fé e não
1 obras salvariao a individualidade humana, e a Igreja mais tar-
tf,
;
- 514 —
£
de adoptou a seguinte divisa: «Fora de mim não ha salvação
e lançou suas bases. "
Segue-se S. João, que abre á theologia novas
perspectivas
consagradas depois pelo Concilio de Nicéa, isto é, a doutrina
do'
Verbo fazendo-se carne, a natureza divina em três
pessoas e
a transsubstanciação. Eis o dogma constituído. Multiplica-se
o numero dos fieis, a Igreja organisa-se e desenvolve-se
sob o
impulso dos Bispos que, iguaes entre si, mantêm
por meio de
relações freqüentes e de uma correspondência activissima a
uni-
dade da doutrina e a união.
Não quero com isto dizer que entre esses Bispos não houves-
se alguns que adquirissem sobre seus collegas a influencia
que
seu saber, intelligencia ou piedade lhe dessem direito;
quero
sim, notar que Roma não foi sempre sua residência, servindo
de'
exemplo Santo Ambrozio, que de Milão dirigio a christandade
durante todo o tempo de seu episcopado. Os imperadores reser-
vavão para si superintendência geral; e a execução dos decre-
tos dos concilios lhes era confiada. A ambição,
porém, de Boni-
facio III, Bispo de Roma, descobrio a necessidade de um
gover-
no central.
Em 604, tornando seu complice o Imperador
grego Phocas,
delle alcançou o titulo de—Bispo universal. Graças a esse
golpe
de Estado, creou-se o papado. O Pontificado então apoderou-se de
rendas consideráveis e paulatinamente habituou as
populações que
a cercavão á obediência. Nisto foi favorecido
pela fraqueza dos
últimos Imperadores do Occidente e pela residência longínqua
dos do Oriente. Em 726 este poder soberano
já claramente
apparece, e em 755 Pepino o Breve, depois de uma campanha
feliz, entregou ao Papa Estevão II as cidades do Exarchado e
a Pentapole.
Seu filho Carlos Magno, em 773, augmentou e renovou nas
mãos de Adriano I a doação de seu
pai. Eis pois a soberania
3»- '
dos papas um facto consummado. No século XV a Igreja reina
como soberana; a disciplina organisa-se; a sociedade catholica,
semelhante a um grande exercito, obedece ás ordens do homem
do Vaticano; é um governo mudo e absoluto. Amálgama-se o
espirito do christianismo,
presta-se cega submissão a dogmas
estabelecidos pela Igreja com o concurso
creador do Espirito-
Santo e conserva-se na nova religião a
obscuridade e a supers-
515 —

tição do paganismo, que ligava tão estreitamente os povos aos


seus sacerdotes.

Tudo era mystcrio Os que deverão pregar o Envange-


lho, de iniciadores tornúrão-se déspotas. Erão do povo e insti-
tuirão para si uma casta privilegiada. Oreárão a disciplina para
elevarem-se, e sustentarem-se, e quando dispuzerão da força levarão
até oparoxismo o abuso do poder; especularão com a protecção
dos príncipes, de tudo finalmente usarão e abusarão. Imaginarão,
o jesuitismo, pairando sobre toda esta omnipotencia a inexora-
vel inquisição que esmagou quasi toda a Europa debaixo de seu
invisível domínio.
• • •
• •

W impossível olvidarmos o longo e sangrento maítyrològio da


sciencia e do livre pensamento, no qual os nomes de Galilôo e
de João Huss figurão inscriptos em letras de fogo. A inquisi-
ção debalde queimou o corpo deste e encarcerou aquelle; suas
obras existem. Elles senieavão, e nós colhemos o fructo de seus
trabalhos e soffrimentos. O ódio e a vingança da Igreja coope-
rárão para elles conquistarem a immortalidade.
Desviemos os olhos deste espectaculo, e volvamol-os para uma
outra scena. Termina a idade média e com ella as trevas
vSo-se dissipando, e raios luminosos abrilhantão a obra das socie-
dades modernas. Uma tal ou qual liberdade é dada á concien-
cia religiosa, e a interpretação das Escripturas por meio da razão
e da conciencia cios crentes é finalmente permittida.
Surge então a Igreja reformada.
Ella. não é somente um protesto contra certas minudencias do
culto, mas sim a explosão da liberdade do pensamento cios espi-
ntos, que achavão-se suífocados nos estreitos limites em que os
encerrava a organisação da Igreja catholica; limites estes que as
revelações das seiencias, histórica natural, e a
philosophia mo-
aerna começarão a ultrapassar e de certo ultrapassarão até um
ponto que não nos é dado assignalar, porque as religiões, assim
como a sciencia, elevem ser infinitamente progressivas, ellas de-
vem elevar-se com a sciencia e esclarecer-se com suas luzes.
Igreja reformada, em seu começo, existio de conformidade
p
com os princípios rudes e exclusivos de S. Paulo;
porém o espi-
rito de reforma, cedendo ao
progresso do tempo, combateu o
2
— 516 ~
'
f

próprio dogma e eliminou tudo o que nào era conformo


scienca e a consciência. PresentemU ™, "
vemos a S
muda repellir o que está em contradigo
h.stom e a razão, e formar o christianismo íS*co», " '
li era •-
conta tantos adeptos e tantos Igrejas diversa-,
mundo. Ao passo que esto immenso trabalho no „t ei ò
de elSjo n •
gnde, nos vemos desenvolver-se intacto o OspilPSl^
Evangelho. Finalmente marcha-se
pela sencla ,£ conte ísrm "
presao do dogma para a conservação da moral: o nasadO
quila-se completamente. passaoo am-
Saudemos, Ilr.-., a religião da razão e
do coracío m,0 ,1
ponta no horizonte, é o feliz regresso para *£$&£*£.
tiva do verdadeiro christianismo, é uma
certa no fnturo, e a Igreja de Roma, na evolnç^ lento 2

CSÊ nalbtrS. * "» " "^ '" * 5 queda que para S

Apezar das forças immensas de


que Roma dispõe anezar ri,
"t' "" ° Pr°greSS°' mal'cl,a **•¦*
observa
oosena-se de*
desde os tempos os mais remotos, que
orate, P,at3eSi Archiraede - WJta riem. L -
guiadas pb
e toda essa pleiado de gigantes
que, excede do a nnílifl p

As novas idéas, que desabrochárão


começava» a propagar-se. No ,neio na idade média anenas
'a
' as evo, das discorii
u ç5es- 1 ,
Mirrc„Por:duzem eleVand°-Se**»**» M*
licima das » mes-
linhasde
quintos de 8è2
seita e fTf'
de partido, rapidamente attrahio
a seu írremio
SES^SSíft,,m° aSSÍ'" g™da™™*de ^ 3 Ipt
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mais graves do que as
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que se davão.
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S°peada
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civilisado moitas centena «i^i h°je D° mim(l0
de mÜ membros í todas as classes e
de
crenças uvremente
cienças, Km,w associados,

com o fim de mutuamente sóccôr-

dM».., ¦¦¦Sft»
51.7 —

rerem-se, de fazer prevalecer seus princípios de liberdade e ira-


ternidade e de elevar a humanidade, tornardo-a melhor, isto é,
inslruida, poderosa e activa. A origem da Maçonaria perdeu-se
na noite dos tempos. Varias opiniões emittidas em épocas di-
versas por homens conseienciosos e intelligentes, não nos têm
fornecido dados precisos sobre o começo desta instituição. Uns
fazem remontar sua origem ás mysteriosas iniciações do Egypto
e da Grécia, outros attribuem sua fundação a Hiram, rei de Tyro
e architecto do templo de Salomão; outros, finalmente, dizem que
ella dimana da antiga ordem dos Templarios ou da seita dos
RR.*. W- ou dos Francos-Juizes da idade média. A opinião
mais verosimil é que ella descende, depois de varias transformei-
ções das antigas corporações de pedreiros, canteiros e outros
construetores, corporações estas que, julgando sua arte como
muito superior ás demais, considerarão que os homens que a
ella pertencião devião dar o exemplo de todas as virtudes.
Quando o progresso dos conhecimentos humanos fez com que
se conhecessem os processos, longo tempo secretos, da arte de
edificar, as sociedades maçonicas se transformarão guardando por
base o principio da fraternidade e perpetuando por nomes e sig-
naes symbolicos a lembrança do que ellas tinhão sido.
O nome de Franc-maçon foi pela primeira vez oficialmente
empregado, em 1350, em um acto do parlamento inglez. Em
1422 os maçons já representavão um importante papel político
em Inglaterra; os membros da câmara alta erão maçons. Des-
ligando-se progressivamente do ofíicio manual, estabelecerão os
preliminares da Ord/. actual e o começo de uma nova era.
Henrique VII declarou-se, em 1502, seu protector, e installou
uma Loj/. no seu próprio palácio. A confraternidade, pois, entre
os obreiros reaes tornou-se confraternidade entre os obreiros
symbolicos.
No principio do século XVIII a Maçonaria começou a propa-
gar-se na Europa e depois nas demais partes do mundo. Intro-
duzida em França, em 1730, por lord Derwyent-Waters, foi per-
seguida. Luiz XV lançou contra ella um edito, em 1.737, o qual
foi logo seguido de uma bulla cie excomnmnhão do Papa Cie-
mente XII. Na Itália, Hespanha, Allemanha e em Portugal
nossos llr/. forão presos e entregues á justiça. Submettidos á
tortura, muitos recusarão divulgar os segredos da Ord.*.; o Ir.*.
— 518
Coustos, entre outros, foi durante três niezes
torturado Querião ob.-iga.-o a dedarar úíàiitiáÚ \
£JT£*»
Ilr:. da Loja mas também o dos
pobres á quem ella soccmí
Durante este período via-se em diferentes lugares
nos da ordem dos Jesuitas solicitar iniciarem-se os 1S*
e depois, sendo desligados do na Maçona t
juramento de sigillo pelo Si
apresentar no tribunal da inquisição accusações
nhadas de listas das LLoj,. e doa nomes de falsas aco,2
seus membm
Commentar taes factos seria inútil, visto como
elles erão'con
a divisa da Ordem - O fm „ mb. (A.
^quente^com M/ica
Apezar dos obstáculos externos e das divisões
occasionarao muitos movimentos retrógrados, internas que
a Maçonaria conV
nuou sua obra, e no fim do XVIII século
entabolárão-se nego--
ciaçoes para a fusão das differentes Ordens
que delia se tinhão
separado ou que fora delia se tinhão instituído.

Eis, meus Ilr:., as duas instituições acabamos de compa-


rar. Uma, retrogradando, lamentando o que
passado, oppondo-se ao
presente e tremendo diante do futuro, forma uma vasta organi-
saçao, na qual todos os membros estão de
homem; a outra, liberal, independente e joelhos perante um
ideal nas altas concepções do progressiva, tendo seu
gênio humano, forma uma institui-
çao, na qual a verdadeira harmonia resulta do movimento intimo
e espontâneo dos espíritos
que uma mesma vontade e convicção
tem reunidos. v
Vimos a Igreja romana envolver-se desde
seu principio em um
labynntho, d'onde fatalmente ella não
sahir; porque o
castigo vem sempre após do crime, e poderá se hoje ella quizesse re-
pudiar esse organismo temporal, que assegurava e assegura
lhe necessário como condição essencial ser-
de vitalidade, descobriria
então o que e a sua pretendida infallibilidade,
e, transformando-
S6lí SUÍCÍdÍ°- N° entant0 elIa foi ™
líí <IP" " ° P^gresso;
~°m esPiritua]i^o ao materialismo grosseiro
WMÊ dla tGVe SUa raza0 de ser> ella *>i o berço
em WT% ?mana' SG Seguirã0
nlfl ^ aPrendêrão a balbuciar as
e fraternidade- Não existem,
WeÊê 7°\ em deSenerado porém, as mes-
e ^tá actualmente abaixo, bem
Zxo T
abaixo da \obra regeneradora
que o espirito moderno exige. O
519 —

tempo em que o catholicismo se impunha por meio da forca


bruta findou. Hoje é mister combater e demonstrar, não sobre
o vago terreno das recordações, mas sim sobre o da verdade
fora do qual direito algum é legitimo. Nós vemos durante o
curso de vários séculos as prerogativas dos bispos de Roma tro
carem-se progressivamente em direitos de monarcha absoluto e
a Igreja primitiva assumir a autocracia inspirando-se mais nas
tradições da política do que nos princípios da religião de Christo
guerras, fogueiras, torturas, nada têm poupado.
Quem diria que depois de Jesus Christo ter expulso os mer-
cenários do templo elles voltarião em seu nome ainda mais avi-
dos e numerosos!
É com bastante pezar nosso que nos recordamos da
e dos Borgias, papisa
Joanna e, ainda mais, da excommunhão lan-
cada contra, o Rei da Itália, formulada por estas palavras que
na boca do vigário de Jesus Christo deverião transpirar mais
amor e justiça: " Maldito seja elle e seus descendentes até a se-
tima geração. „ Recordamo-nos ainda do Syllabus,
« publicado em
1864, onde se lè o seguinte: Negar Deus e o Papa (Art. l.«),
crer na salvação dos protestantes ou somente esperal-a são crimes.
- - •
„'
A Igreja.-romana parece ignorar que uma
'!

poderosa revolução
tem deslocado as bases da ordem social, e só no
meio dessa
mimensa multidão de innovações
permanece estacionaria e fora
da nova fôrma política, O Papa não é o seu chefe,
mas sim o
senhor, visto assim estar organisada
pela separação profunda
que o celibato estabelece entre o clero e o povo. Seus adeptos
resentem-se de suas tendências e necessitão
de uma educação
especial; ella os toma desde a infância s.

preoecupando-os mais da
morte do que da vida, e depois isola-os em vez de
"" mente, socialisal-os;
ella absorve o indivíduo no ser ideal — a Igreja.
¦-.

A Maçonaria, ao contrario, constantemente é remoçada


Mopção de^ novos membros educados fora pela
de escolas especiaes
e com opiniões alcançadas
no grande centro conimum. A diver-
sjdade de suas opiniões
crêa a harmonia e modifica a instituição
om o progresso. A Maçonaria não
contentando-se somente com
Paavras, mas sim de actos e obras, inspira a seus membros
energia moral, conduz a
os desvairados á vida commum e ás affei-
— 520 —

ções terrestres, e liga em uma fraternal amizade as diversas


classes da sociedade. Finalmente, apezar das numerosas
lações e movimentos em diversos sentidos, conforme oscil
as circum
stancias, lugares, temperamentos, prejuízos das nações
e aconte"
cimentos que se tem dado; apezar de longos abatimentos
com
pensados por transportes de grandeza e devoção, por meio dos
quaes ella tão poderosamente tem contribuído para a obra da
civilisação, propagando seus bellos princípios da verdade e
liber-
dade em épocas bem criticas, a Maçonaria actualmente vê
abrir-
se diante delia uma época de paz e progresso. Tenho
convicção que ella é chamada a continuar sua nobre profunda missão.
Certa, pois, da sublimidade e veracidade de seus
princípios, leal
e altivamente praticados, ella antevê o futuro com confiança.
Confiando em Deus o cuidado de julgal-a, calma, sem ódio
e
sem cólera, espera e prepara a luz.... que esclarecerá no Occi-
dente a agonia.... (do erro)....

Então sobre os destroços de um tempo e estado de espíritos


desapparecidos entoaremos o cântico da victoria, e estenderemos
as mãos aos indecisos ainda assombrados dessa evolução e lhes
diremos: " Praticamos a caridade; se
quereis ser nossos irmãos,
vinde!! „
PoupjXLE, da Loj.-. Le Eeveil de Wríent.
(La Chame d'Union, n. 7, Juin 1873.)

M' *'
1íitim
521 -

Instrucçào Maçonica.

Estudos Maçomeos.
A voz que se levanta no meio da brilhante officina Dezoito de
Julho ê a fraca expressão da grande vontade que nutrimos todos
em vêr esta instituição no auge de sua utilidade e de sua
dignidade.
Convém trabalhar e muito; convém incitar todos os esforços
nossos em prol deste nosso caro pensamento de todos os dias
-o melhorar a sorte do homem em sociedade, dando-lhe
amor
ao trabalho, confiança em suas forças e esperança no futuro.
Convém instruirmo-nos em tudo que honra a intelligencia' hu-
mana; porque a cultura é a luz, e a virtude o seu resplendor.
Saber, sem qualidades de caracter e de coração, é o mais im-
profícuo, e, ás vezes, o mais perigoso de todos os cabedaes.
0 sábio, o illustre, o grande, o rico, o nobre sem virtudes
pessoaes e sem morigeração, está abaixo do humilde e virtuoso
ignorante; e é mais do que este digno de reparo e de censura,
porque a cultura deve ir ao par da educação; a finura do trato
e das maneiras deve ser o predicado das saliências sociaes,
tanto quanto o é a honestidade e os bons costumes.
Cada homem entre nós é uni obreiro: traga elle a tarefa
coraraum tudo que pôde em dedicação e boa vontade. para
Entre
estas columnas reclama-se menos a eloqüência, do
que o verda-
deiro amor ao trabalho. Nenhum de nós tem aspirações
immo-
destas: todos nós somos iguaes no trabalho e nos
sentimentos.
Trazemos para aqui o nosso molde executar. Assente-
para
mos os fundamentos, ergamos as muralhas, entalhemos
as pedras
retangulares, e cimentemos tudo dure e aproveite.
Inscrevamos os nomes dos nossos para que
melhores maçons, no frontis-
Ptfio, e saudemos sua memória, consagrando - o edifício á cari-
dade e ao trabalho.
Sentido, maçons! ao signal do nosso Mestre,
nós nos agrupa-
remos em torno cia
nossa obra: tenhamos os aventaes tão can-
«'dos como nossas intenções;
e a cada pancada de martello res-
P°nda um echo de alegria do trabalhador infatigavel.
— 522 -
E para que tudo fique justo e perfeito, como
cumpre a cota.
nossas, depois de bem empregar o tempo, entremos
casas com firme resolução maçonica de firmar -nossapara no
conduc
pelas máximas da honesta moral que nos fôrão legadas
E o que ó a nossa obra ? Retirai de vossa alma
todo. os
melhores elementos de vossa fé religiosa e todos
os sãos nrin
cipios de justiça e de equidade; formai um conjuncto
de qliáh
dades louváveis e prestimosas, e tereis o edifício
que tentamos
construir fora do mundo profano.
Os instrumentos de que nos servimos
para fim tão útil são
nossas acções, nosso caracter e nossas boas diligencias.
Convém estudar, para conhecêl-a bem, a época em
vive-
mos e qual deve ser nosso esforço diário. Ha uma que
indiftcrença
geral espalhada em todas as sociedades; ha uma ambição des-
ordenada e louca de ouro e de gozos,
que prostitue e avilta as
mais nobres aspirações do homem.
Nunca, Sa]).-. Mest/., houve época nos annaes da humanidade
que reclamasse tão vigorosa propaganda do bem, e do honesto e
justo, como a actual-como este século salpicado de ouro e
nojento de mesquinhas paixões.
O contacto dos flibusteiros e dos mercadores de carne humana
conspurcou o espirito justo das emprezas, e abrio vasta brecha
na avidez da humanidade. Ao brilho dos metaes ca-
lou-se a consciência e desenfreárão-se preciosos
paixões ignóbeis. O
obreiro honrado e de modestas aspirações enxergou nos areaes
de África e nas minas da Califórnia o seu Deus, o seu ideal.
E nas bateas em que se lavavão as arêas douradas; e nos
rões em que se agrilhoavâo massas de escravos, lavou-se po-
a ver-
gonha, e a consciência ficou nas algemas do captiveiro que lhe
forjarão as desmarcadas ambições de riqueza e luxo.
Singular effeito das rápidas e deshonestas riquezas!
O tumulto dos — heimathslosm - isto é, dos desgraçados
fiibus-
teiros em busca de cabedaes ensurdecem o
coração e a alma.
O México, o Brasil, a Califórnia e a Austrália
entornarão no
mundo hordas descomedidas,
que nem conhecião pátria, nem
Deus, nem família, nem virtudes. Para elles
-; havia no universo
o ouro e em lugar de alma, um pedaço vasio na sublime
creaçao que doara ao homem o Supr/. Arch/.
do Universo.

-^.r-„, ..im-i.-n» ,. ,.;i J.^iw..


— 523 —

Aquelles santos princípios de familia e do lar; aquelles suaves


sentimentos de amor e dedicação aos seus semelhantes tiverão
um túmulo no vastíssimo arraial da devassidão enriquecida.
Pátria, tornou-se um sonho! A familia, riscou-se dos laços
da humanidade, como objecto de peso c de estorvo! A dedica-
ção, passou por uma palavra vã e estulta! A caridade bem
comprehendida, despertava ridículas e cynicas observações! Só
a desconfiança era virtude; a calumnia uma elegância de carac-
ter; a injuria uma moda aceita; a blasphemia uma virtude en-
cantadora; a luxuria um gozo inefável; a futilidade e a pre-
sumpção ousada e parva um dos mais brilhantes ornamentos de
todos esses novos Alcibiades touristas e emprezarios.
Eis a humanidade como a fez a paixão do ouro; e a estúpida
mania dos milhões.
A' hypocrisia dos frades succedeu a hypocrisia dos candidatos
a essa mania, tão revoltante como aquella, e mais que ella cy-
nica e maligna. Aquella hypocrisia inventou as torturas e car-
ceres da inquisição; mas esta engendrou o supplicio da honra
posta em descrédito e em desuso. Aquella matava com crueza,
mas as victimas descursavão morrendo; esta cleshonra com gar-
galhadas infernaes, e não consente que morrão senão, moral e
lentamente, as victimas de suas machinaçoes e de seus horroro-
sos planos de acquisição.
Eis, com verdade, a que estado chegarão as sociedades nossas
contemporâneas. Eis a época de degradação em que nos achamos.
E o que faz a Maçonaria perante tantos desvios e de tanta
perversidade?
^Congrega seus filhos nas officinas,—ahi os inicia nos seus su-
blimes mysterios, — mysterios que constituem um evangelho, tan-
tas vezes apregoado, tão poucas vezes comprehendido, e menos
ainda executado.
Nessas officinas, vasto amphitheatro de homens de merecimento
e de caracter, cuja luz é a cio sol da verdade, conserva-se o
sacrario das virtudes civis e das virtudes particulares de um
modo concentrado e egoistico. Cada um desses obreiros, com a
palavra e com a acção, seria um apóstolo digno de bênçãos, se
se inspirasse seriamente nos rigorosos deveres de seu voto.
E esse mundo, que caminha desvergonhadamente e rápido na
senda do progresso da industria e das sciencias não encontra
3
524 -
mais como n'outras eras, na Maçonaria um vigoroso
conselheiro que lhe aponte erros e que o faça contender o
confortar-se de melhores theorias de liberdade e refoc" cr 1
luz
De um lado o egoísmo e do outro uma indifferenca
inerte que abate os melhores espíritos e reduz culposa e
aspirações a morta nullidade da indolência. O as mais nobre
enthusiasmo da palavra: indifferenca esmaga a ecoismo ml
D'ah. vem esse silencioso aspecto do homem idéa ao mi
social w%
™d° de «"P^etter-se, envolver-se- na luta
E* do be',„
; e "li01; eiT° ahlda tla I,arte de uma n^ão!!
n?°
Ilr.. e mT
MMaç/., e de honra nossa e da nossa competência;
vei sagrado nosso comprehender e aceitar a é de-
nossa
instituições, como partes activas das sociedades de fé c nossas
U nosso Estado é o mundo; somos obreiros todo o inundo
do
tecto Supremo, e por elle nos ligamos e constituímosmesmo Arai-
bem, que vive de sentinella alerta a todos os a legião do
erros e vícios com
que se pretende eivar as sociedades de nossos semelhantes.
Como todos os homens, nós nos curvamos
respeitamos a César, que é o representante perante Deus e
da lei. Com todos
n°S maS bem nos mMo em
nossas doutrinas. Não destruímos impérios;1)0UC0S
iLÍTí reC6m°S' não consumos con-
üa os audaciosos da política; não advogamos
nenhuma seita re-
phllos°Phos e som°* bons! Eis a nossa marca;
no Z-n7S°T
distmctivo de nossa ordem.
daS nnmdanas conhecemos e acatamos
5stincÇ5es
a fiS.8?"1 C°raÇa°,e de CaraCter>
mhS%5 M democi,acia ^ nosso
aZS° d° m™^-™ ™ita liberdade
no cSo "0
Saía 1Íberdade doada ao homem
meLmboertdv, 7\ d°1ünivera» ¦» pelo Su-
-Ttidi °bSCUreClda
n umidade do livre arbítrio;
por. muitos « negada pelos mal inten-
cionadosl

* ""! POder »"*» de


2a d»ff g fomiarem penderem-se
conforme rl T-" "° mmi" «*«-*> *
mteDÇ3f d° Gra* Arehite<*>.
3Ê?*,2
nada o mundo, e com sabedoria íue tirou do
o dirige e adianta; essa liber-
¦
í
-•a^TL«„.ijj^ias;^.™»""tii!»JiiíiNí**9

525 -

dade que deu aos Templarios a força soberana, respeitável e ve-


neranda, que chamou sobre elles o zelo dos grandes e dos thro
nos-e que glorificou tantos martyres da Maçonaria
e a estupidez fazião que ã
inquisição lançar na fogueira ou decapitar
nela.
hacha do algoz *
E essa liberdade de que nenhuma republica jamais
outra congregação gozou que
nenhuma conheceu, que ninguém no mundo
profano chegou a sentir, teve-a sempre e tem-na ainda a Maço-
naria na sua fraternidade e na igualdade que proclama sempre
entre todos os membros da família humana.
É esta a santa cruzada que defendemos; e é
por isso que em
nossos templos não têm ingresso aquelles que não despem lá
fora os ares de arrogância e os modos de vaidade
que a pre-
sumpçao e o erro lhes presta.
Pois bem; nós que deixámos lá por fora esses modos e esses
ares, e que para aqui vimos de coração puro e sem
prevenções
tenhamos a consciência de nossa posição e a dignidade do
representamos. papel
que A Maçonaria requer muito de nós, e esse
muito é apenas mui pouco em relação á missão do homem sobre
a terra.
A Maçonaria, que nos religou e que nos aceitou, inician-
do-nos em seus mysterios, não admitte entre nós nem a
in-
diferença, nem o egoísmo, nem a inércia, Para alguma cousa
aqui nos congregamos; não será, de certo,
para discutir lugares,
nem preferencias, nem graduações; mas
pura e simplesmente
para melhor abrigarmo-nos entre bons e leaes amigos, na obra
de nossa regeneração e na regeneração das sociedades em
vivemos. Nós vimos para aqui que
para discutir, esclarecer, animar,
íllustrar, informar, dar impulso a tudo
que é da competência hu-
mana. Nós nos juntamos aqui
para tudo, menos para o mal e
para a inutilidade da discussão.
Não foi sempre a Maçonaria, desde o seu berço, o
grêmio do
saber e da virtude? Não era em seus templos ou em suas
ca-
vernas que se reunião os mais illustres homens
perseguidos, e
que alli concertavão nos planos de mutuamente se auxiliarem?
Erão
jireopagos de virtude e de saber esses templos, e delles
partirão em segredo milhões de bens, sem que os bemfeitores
publicassem seus nomes. Erão assembléas que representavão a
vontade do Supremo Architecto do Universo, e cujos mysterios
— 526 —
insondaveis faziào tremer os reis e obrigavào os tyrannos
usurpadores a arripiar de sua carreira de iniqüidade*. '
Eis porque, compenetrados da sublimidade desta' instituição
devemos hoje perguntar:-que faz a Maçonaria no Império'dô

Discute ella o interesse dos opprimidos?


Indaga ella da desvalida orphandade,—dos
pequeninos despro-
tegidos de família e de educação?
Cura ella das dores physicas e moraes do homem desven-
turado ?
Enxuga ella as lagrimas da honesta viuva na
pobreza?
Cuida ella dos erros de seus filhos transviados?
Arranca ella da indifferença áquelles que a devem servir
com
enthusiasmo e assiduidade?
Dá ella conselhos aos incautos. — fé aos descrentes, — morali-
dade aos perdulários —e mais luz aos cegos de vaidade
e or-
gulho ?
Tem ella escolas para os orphãos de nossos irmãos, mor-
rêrão honradamente pobres? que
Tem ella trabalho para os proletários diligentes e dignos de
protecção?
Envia ella, como uma pequena Providencia, soccorro aos des-
validos. — consolo aos moribundos, —remédios aos doentes?
Une ella seus filhos em laços de pura fraternidade e lealdade?
Dá ella a todos os seus esse timbre de satisfação nasce
da força na união a mais estreita? que
Não caminha ella por senda mais nobre do
que as sociedades
profanas, sem ostentação, mas com enérgica solicitude e incan-
savel diligencia?
Que poderemos nos responder, nós, os representantes desta
idea grandiosa, que nos legarão séculos cheios
de grandes vir-
tudes e de grandes e magnânimas acções?
Nós vemos passar diante de nós diariamente
a multidão dos
oppnmidos, sem lagrimas nos olhos, macilentos,
miseráveis, indo-
lentes a dôr incessante e tomados
quasi estúpidos pela oppressão
que esmaga e pela miséria que amortalha o homem ainda a
viver. Elles passão por nós, e nós
passamos por elles, tendo
apenas para elles esta única exclamação: -
Coitados!
A orphandade desvalida, esses mil
pobres pequeuinos e inno-

iaw»mt,'.r£'?r'll"l'llOT.' r^ja^^-i^tacrr^^
—¦ ow

centes, sem pai e sem educação, cujas supplicas e gemidos de-


verião despertar uma a uma as fibras do sentimento da humani-
dade, não conseguem mandar sua nudez e suas supplicas para o
meio de nossas officinas, e ahi conjurar a discussão dos meios a
pôr em pratica, para dar-lhes mais que os acalentem — e princi-
pios que os desenvolvão physica e moralmente. A Maçonaria da
actualidade não manda mais aos alvergues e aguas-furtadas seus
nobres e activos apóstolos trocar roupa e pão por essas dores
dos innocentinhos, e plantar ahi, no seio da miséria, o sorriso
da satisfação humilde e modesta. A imagem da caridade,. activa
e prompta, está ahi postada n'um recanto, taciturna, silenciosa,
inactiva e sem culto.
Quantas dores physicas, e quantas dores da alma agrilhoão a
existência de desventurados, condemnados ao supplicio da mise-
ria, em uma sociedade que joga sobras e também o necessário a
meretrizes galantes e cães de raça fina! —em uma sociedade
que applaude e enche de grinaldas no palco os trágicos e os co-
micos-e na praça publica as celebridades do dia
que fazem rir
ou fazem gozar!-em uma sociedade que admitte os
parvos in-
competentes como autoridades de reputação, e aliena de si o
homem sério, cuja alma não se verga, e cujo caracter não tran-
sige e não se vende!
A Maçonaria de hoje não indaga dos soluços, das
privações e
das lagrimas da honesta viuva, cujo cabedal é só sua honesti-
dade, e essa honestidade só lhe dá e dias de agonia.
pobreza
Ella — essa grande e sábia instituição — cruza os braços
e arre-
ceia-se das fadigas, perante a honrada viuvez
que, coberta de
andrajos, anda recolhendo,
pelo amor de Deus, através das lamas
e das vozerias de uma cidade, as migalhas de uma beneficen-
cia, que dá mais por desenfado do
que por verdadeira condo-
lencia.
vós a vedes todos: ella ahi
passa, a pobre e resignada viuva;
vai coberta de roto véo negro, tão negro e dilacerado
como sua
alma no meio da indifferença! - ella ahi vai, cabisbaixa
e triste,
e estende a mão aos
que passão e abaixa os olhos de vergonha;
que se os erguesse, talvez contemplassem fascinados as
orocados dessas galas e
grandes damas, que os favores públicos enrique-
cerão na devassidão e na
crápula.
Que contraste horrível aos olhos de nossas mulheres! A honra
528
sepulta na miséria; —a desvergonha concede favores
mil e de-
perta a generosidade das massas.
Em plena civilisação, havendo no meio delia filhos dignos
desta
nobre instituição, perante o Grande Oriente, aos olhos
de todos
os homens da verdade, passão-se estas scenas diárias -
dão-se
estes factos revoltantes e iníquos!
Quantos erros de filhos transviados desta nossa cara instituição
andão nesse mundo apregoados e applaudidos! Haver visto
uni
dia a verdadeira luz da philosophia humana, esquecer essas
sá-
bias doutrinas, depois de as haver aceito e
jurado guardar é
grande, é immensa atrocidade de caracter! Não ha, pois, lição
possível para esses; não ha meio de os chamar de novo a seus
deveres e vêl-os purificados voltar para suas officinas, cheios
de
arrependimento e de experiência?
A' Maçonaria, que tudo foi possível n'outras eras, é hoje,
quasi
tudo, um impossível? Não o cremos, e ninguém o crê.
E, comtudo, ha no meio desses alguns espíritos
que se dei-
xárão contaminar da indifferença por inércia e
por falta de in-
centivo. Maçons desviados do sublime caminho de seus deveres
jurados e do legado grandioso dos antepassados, entregárão-se
no mundo a um escandaloso olvido de suas obrigações; e, ou
errarão por negligencia - ou por má fé. Em ambos os casos
convém chamal-os ao grêmio; é forçoso fazer um appello enérgico
a todos esses espíritos contagiados pelas falsas theorias de um
século egoistico e em demasia cynico.
É da competência da Maçonaria, é seu rigoroso e sagrado em-
penbo dar conselhos aos incautos que se deixão arrastar pelos
falsos e fallazes theoristas da actualidade; — é urgente avivar a
fé daquelles que, por desventura, a perderão nas transacções
— pro-
fanas; é necessário moralisar os perdulários, ensinando-lhes
tudo quanto ha de santo, de policiado e digno na economia da
r. vida social, — e é reclamado com intima instância dar luz aos
cegos. pelas vaiclades e pelo orgulho de um mundo mesquinho,
materialista, tornado em hirto esqueleto, sem formas e sem fins,
vivendo para a matéria, na mais pútrida devassidão de. corpo e
de alma. É preciso^ que a Maçonaria o faça: tudo o reclama.
Nenhum cabedal é de tão subido apreço como a educação e a
instrucção; é o pão da alma que a infância deve ter
quotidiana-
mente. Os orphãos de nossos fallecidos irmãos, e em
geral a
m*™^i*mmiisMmmwHm

— 529 —

infância desvalida não têm escolas. A escola seria para elles a


verdadeira obra de caridade, digna de nossos fins. Os cuidados
prestássemos a esses pobres pequeninos serião uma
que garantia
o seu futuro social. Nós formaríamos homens debaixo de
para
nossas vistas, terião a nossa direcção, c a moral que nos rege
seria a delles; e, só assim, arrancaríamos essas crianças aos per-
uiciosos exemplos e preceitos tão espalhados no mundo profano,
e que tantas victimas faz diariamente. O futuro e o aperfeiçoa-
mento de um povo está na criança; nella se molda o homem
completo do porvir, se seus cultores quizerein séria e humana-
mente pensar no bem e faze-lo.
Faltando a escola, é metade da vida que falta; é a nutrição
moral que deixa de existir.
É a nós, os sectários das grandes virtudes, que cumpre a ini-
ciação de tal aperfeiçoamento. Espalhados por toda a parte nas
sociedades profanas, basta-nos só unia vontade firme para levar
ao cabo uma tão louvável empréza, que constituirá um de nossos
trabalhos, e é para trabalhar útil e efficazmente que habitamos
no mundo e nos congregamos em loja.
Temos tanto que fazer, nós que somos amigos do trabalho!
Não vedes, além disso, essa multidão de homens aptos, aos
quaes falta trabalho, oecupação diária, do que tirem proveito para
si e suas famílias? Enchem-se as ruas e praças de miseráveis,
sem pão e sem tecto, porque ninguém os quer
por salário. Ha
entre elles indolentes e viciosos; mas ha também no meio delles
honestos operários que pedem trabalho, e morrem de fome
por-
que se envergonhão de mendigar o pão. É tão fácil e é tão
suave e grato o proteger, pedindo
para elles, e guiando-os tam-
bem com conselhos e preceitos,
que ousamos em nome desses
pobres e desses envergonhados tristes, supplicar de vós todos
cooperação nesta grande e sublime obra de beneficência.
Nós o faremos todos em bem de nossos deveres e de nossas
consciências: não pedimos ao mundo
profano seus applausos, nem
aos príncipes suas recompensas. O Supremo Architecto
do Uni-
verso, que tudo vê, contemplará satisfeito as obras
de seus filhos,
naturalmente
guiados por inspirações dignas e louváveis.
Mtão, quando todas estas medidas forem tomadas, será a
%onaria uma realidade, e terá cumprido seus fins humanitários.
a devemos estar cansados, ha
quasi meio século, frouxos e len-
— 530 '
tos em nossos fins, cifrando-nos apenas
a dar esmolas com muito limitado a nossos ceremn»,,m
LZ? e
beneficência, „o qnal tocamos proveito "<
vmZT^Z^T a0S
pobres, vomitará milhões accumulados e
provei™ de todos aquel.es ,„e nos pedem SÊaSSÊ? geSs sS"?
Nos carecemos de muito zelo, e de
muita
dade, porque, se não temos agora os sanguinários nnião e éSSá
eras remotas, que nos queimavão vivos, iSl i
«erença . do eg„ism„, que nos temos a cohortT d?
matando em nos o enthusiasmo proc„;a ^ £**£ ~ '
pela
Sejamos grandes e leaes amigos, „„s dos nossa subi me inst i
out™ „„Xm7?
mm* en, nossas aspirações, e mostremos'ao
fano que ainda nos não pôde comprehender, Z„T pi
que somos os ST
Sfvergar, **"*•/¦*» «"únicas, qne nenhum
podia nem destruir-lhes a união p„™ h man0"
E se esta gente de hoje ainda acender fogueiras e 1p
quizer
vantor as orcas, marchemos unidos e
firmes ent amlohymnt
ünivA,,ue "^ » ~ ™
2 fZL'ht"Z-^-'-d0 " U",Ca 6 VWdlldeÍl'a l,hilos,>Phia
NSo ti? g qUe Pai'arS em n0SSO caminh0 ardidos P»«sivel.
certos Aa luz que nos illumina e
certos. e in-
que vem do Oriente deve
sempre promptos na defesa e nobilitação
de nossas instituições.
l. a
(Continua.)

«e*jMt«BriW3,TO»is( N «.MíW^iíW^çvr^jjj^^
?
531

Secção Official

Actos do Sap.\ Gr/. M,\ Gr.*, Com.\ da Ordem.


5 de Julho. — Manda soccorrer com a quantia de 200JJ000 ao
Ir/. N...., Obr/. das AAug/. LLoj/. CCap/. Amparo da Virtude
e Imparcialidade.
Idem. —Manda soccorrer com a quantia de 1008000 ao Ir/
N...., Obr/. das AAug/. LLoj/. CCap/. Amparo da Virtude e
Imparcialidade.
Idem. —Manda soccorrer com a quantia de 30JJ000 ao Ir/.
N...., Obr/. da Aug/.' Loj/. Cap/. Pedro Segundo.
12 de Julho. — Manda soccorrer com a quantia de 300JJ000 á
viuva do Ir/. N...., ex-membro das AAug/. LLoj/. CCap/. Re-
generação e Francs-Hyramites.
18 de Julho— Nomeia Delegado do Gr/. Or.\ e Supr/. Con-
selho do Brazil, na província de Minas-Geraes, ao 111/. Ir/. 33/.
Coronel Francisco Teixeira do Amaral.

Muito Pod.\ Supr/. Conselho.


ASSEMBLÉA EXTRAORDINÁRIA EM S DE JULHO DE 1873.
Presidência do Pod.\ e III.-. Ir.-. 33.-. José Maria Pereira, decano
presente.
Achando-se presentes 13 membros effectivos e 4 honorários, foi
aberta a sessão, sendo lida e approvada a acta da antecedente.
Foi elevado ao gráo 33 o 111/. Ir/. João Augusto da Rosa,
Ven/. da Loj/. União Fraternal.
Forão nomeados membros honorários do Supr/. Conselho os
PPod/. Hr/. Dr. Joaquim Augusto de Camargo, José Alves da
Silva Porto, Aurélio Joaquim de Souza Fernandes, Seraphim
Gonçalves da Costa, Dr. Clemente Falcão de Souza Filho e
Francisco Martins de Almeida, OObr/. da Loj/. Amizade.
0 Mto. Pod.\ Supr.-. Conselho autorisou a fundação e instai-
lação de um Conselho de Kadosch na
província de S. Paulo,
servindo de base á sua creação os CCap/. das LLoj/.
existentes
na mesma
província.
4
532

Grande loja Central.


SESSÃO N. 222 DE 14 DE JULHO DE
1873.
Presid.: do Resp.: o III,. Ir.-. 33,. Antônio
Alvares Pereira Coruja
Achando-se presentes 157 membros, foi aberta
a
e approvada a acta da anterior. sessão '
lidaa
Approvárão-se as eleições geraes
para o presente anno mac •
5873 das AAugz. LLojz. Firmeza e Humanidade,
* irmeza, e Amor da Pátria; e dos SSubl.-. CCap/. Fidelidade c
Firmeza, Artista, Firmeza e Humanidade, União Fidelidade e
Escosseza,7he-
nix Dous de Dezembro, Concórdia Segunda e Silencio
Sanccionárão-se as elevações aos
gráos 18, conferidas a diver-
sos OObr/. seus pelos SSubl/. CCap/. Luz Transatlântica,

?&£%££** e Bondade' p rogres80- üna° e— Aca-

Resolveu-se:
Elevar aos gráos 4 a 18 vários OObr/. das
AAugz. LLoj •
Concórdia do Uruguay e Amor á Humanidade.
Sanccionar os actos de filiações livres, conferidos ¦
LLojz Estrella do Rio e Amor ao Trabalho, pelas AAug
esta ao 111.-. Ir
33/. Conselheiro Manoel Francisco Corrêa, e
aquella ao seu
Obrz o 111/. Ir.-. 33/. Carlos Adolpho Borges
Corrêa de Sá.
bubmetter, por appellação, ao Sapientis/. Gr/.
da Aug/. Loj/. Esperança, afim de Or/. o pedido
que seja concedido a um
Ubrz seu a faculdade de gozar da conferida pelo Decreto
de 21 de Dezembro de 1872, E/. graça V/., que lhe fora negada
conforme o parecer da 111/. Com/. Centr/.
da Gr/. Loj/., visto
estar terminado não só o do dito Decreto, mas também
sua prorogação. prazo
Submetter ainda ao Sapientis/. Gr/.
Or.-. o parecer da sua
' em referencia ™ consultas legislativas feitas
™i ô a t .•'*
IndUStria e Caridade, afim de que a opinião
ímíf-1 i V
m''1 C°m*• Centr-' ' e Pela ^rz. Loj.. ap-
Zvlt
provada, fl
tenha ?aforça de lei. .
da T11«' Com-'- Centr" em referencia á
enn^T*Um
consulta feita pelo1pMJcer
Subi/. Cap/. Dous de Dezembro.
*X mS/có,^---a consu,t e * pei°iil- *•
- 533 -

Enviar a uma Com.*. Sec*. o pedido de installação da Loj.*.


Prov/. V.\ L.\ F.\
Adiar, em razão da hora assás adiantada, o parecer da 111 •
1.* Secção em referencia á communicação da Aug.-. Loj.*. Artista
cassando os poderes de seu Dep.*.
Ficar inteirada:
1." Da communicação dirigida pelo Gr.-. Cap.*. Noach.*. de
ter-se installado em 7 de Junho findo.
3/ Da communicação dirigida pelo 111.-. Ir.-. 33.*. Conselheiro
Joaquim Ignacio Ramalho de ter dado força e vigor aos traba-
lhos da Aug.*. Loj.*. Piratininga, communicação esta que foi re-
cebida com muito especial agrado.
3.« Das communicações dirigidas pela Aug.-. Loj.-. Grêmio
Philantropico de ter filiado em seu aug.*. <a> 0 111.-. Ir.-, do
gr.'. 30.*. José de Oliveira Barboza e concedido placet ao seu
Obr.'. Francisco Gonçalves Pereira Duarte.
4.° Das communicações dirigidas pelas AAug.-. LLoj.\ SSymb.*.
Concórdia do Uruguay e Amor á Humanidade agradecendo vários
augmentos de salários concedidos a seus OObr.-.
: 5.° Das communicações dirigidas pelas AAug.*. LLoj.*. Amor
á Humanidade, Artista, Commercio, Dous de Dezembro e Espe-
rança, e SSubl.*. CCap.'. Fraternidade, Amor ao Trabalho e Pe-
dro Segundo de terem empossado suas respectivas adminis-
trações.
6.° Da communicação dirigida pelo 111/. Ir.*. Souza Braga de
ter fallecido o nosso 111.*. Ir.'. Joaquim Ferreira Lopes,
gr.*. 30.'.,
communicação esta recebida com summo
pezar.
Forão juramentados e tomarão assento na Gr.*. Loj.*. Centiv.
os RR.*. Ilr.*. Francisco de Paiva Loureiro, Vem*, da Aug,*. Loj.*.
Amor ao Trabalho; Antônio Martins Alves de Castro e Manoel
Francisco Pinto Guimarães, este como Arth.'. e aquelle
como
Dep.*. do Subi.-. Cap.*. Esperança; José Antônio
da Costa e
Francisco Barrozo da Silva Guimarães, este
como Représ.*. e
aquelle como Dep.-. do Subi.-. Cap.'. Firmeza e Humanidade;
José Francisco de Magalhães, Henrique José dos Santos, Manoel
Martins Ferreira e Leonardo Antônio Ferreira como DDep.*.
das
AAug.'. LLoj.-., o
primeiro da Confratemidade Maçonica, o se-
gundo da Dous de Dezembro, o terceiro do Asylo da Paz e o
quarto do Silencio.
534 -
Forão ainda juramentados e tomarão assento na Gr/. Loj/,
Centr/. como seus membros natos vários 1111/. Ilr/. encartados
no gráo de Gr/. El/. Kad/. Subi/.

Gr.*. Cap/. Ger/. dos Kitos Azues.


SESSÃO N. 210 DE 25 DE JUNHO DE 1873, E.\ V.-.
Presidência do Ill.\ Ir.'. Antônio Alvares Pereira Coruja, Iiepresr.
Partr. do Gr.\ M.\ e Ven.\ de Honra do Gr.\ Cap.\ Ger.\ dos
Ritos Azues.
Estando presentes 24 membros, foi aberta a sessão.
Não foi presente o traço da acta da ultima sessão, por impe-
dimento do Gr/. Sec. Adj/.
Approvárão-se as eleições geraes para o presente anno maç/.
5873 dos SSubl/. CCap/. Caridade e Amor da Ordem.
Sanccionou-se a elevação ao gráo 7.°, conferida pelo Subi/.
Cap/. Caridade ao R.\ Ir/, do gráo 6.° Leopoldino Luiz de Ma-
galhaes, seu Obr/.
Enviou-se ao Gr/. Cap/. Noach/., como de direito lhe com-
petia, o processo eleitoral do Subi/. Cap/. Asylo da Prudência,
e a col/. grav.'. da Gr/. Loj/. Cent/., communicando a elevação
ao gráo 13, conferida pelo Mto. Pod/. Sup/. Cons/. a vários
OObr/. da Aug/. Loj/. Redempção.
Resoluções. — Estranhar ao 111/. Ir/. A. B. o seu procedimento
para com o 111.-. Ir/. A. A. P. C, e a este illustre Ir/, teste-
munhar-lhe seu profundo pezar por tal occurrencia.
Ficar inteirada: 1.°, de não comparecer o 111/. Ir/. Gr/.
Orad/., visto achar-se incommodado;
2.°, das communicações dirigidas pelas AAug/. LLoj/. Caridade
e União, e Imparcialidade e Subi.-. Cap.-. da
primeira citada
de terem empossado suas administrações.
Forão juramentados e tomarão assento no Gr/. Cap.-. os RR/.
Ilr/. Manoel Pereira e Dr. José Marques de Gouvêa, este como
Ven/. e aquelle como Dep/. da Aug/. Loj/. Imparcialidade, e
Joaquim Apollinario de Azevedo como Sapient/. do Subi/. Cap/.
Caridade e União.
— 535 —

SESSÃO N. 2U DE 21 DE JULHO DE 1873, K.\ V.\


.ciência do Resp.-.
dPre£pres.- e Ilh". Ir.-. AnUmio Alvares Pereira Coruja,
Part. -do Gr.-. M.: o Yen.-, de Honra do Gr.: Cap.:
Ger.\ dos Ritos Azues.
a sessão, lidas e
Estando presentes 39 membros, foi aberta
approvadas as actas das antecedentes.
Resolveu-se:
Approvar as eleições geraes para o presente anno maçon.*.
5873 do Subi.*. Cap.*. Imparcialidade.
Approvar os pareceres das II11.\ CCom.\ de Altos Gráos
e Symb.-. em referencia ás eleições geraes para o presente
anuo maçon.*. 5873 da Aug.*. Loj.*. Amizade Fraternal e Subi.*.
Cap.\ Commercio e Artes, não communicando-se ás ditas OOff.\
as opiniões das citadas 1111.*. CCónv. sem que sejão preenchidas
certas lacunas.
Enviar á 111.'. Com.*. Centr.*. a pr.\ da Aug.-. Loj.-. Franc-
Hiramites em referencia a um Obiv. seu.
Nomear o 111.*. Ir.-. A. T. de M. Carvalho, afim de preen-
cher o numero legal dos membros da 111.*. Com.-, de Symb.-. que
tem de emittir parecer sobre um protesto e contra-protesto en-
viados pela Aug.'. Loj/. Caridade e União.
Devolver ao 111.'. Ir.-. A. B. a sua pr.\ dirigida ao Gr.-. Cap.-.
em referencia á que lhe fora dirigida estranhando seu proce-
dimento.
Ficar inteirada: 1.», da cominunicação dirigida pelo Gr.-.
Secret.-. do Gr.-. Cap.-. Noach.\ de ter-se installado esta Gr.-.
Off.-. no dia 7 de Junho de 1873, E.-. V.-.;
2.° De terem a Aug.-. Loj.*. Francs-Hiramites e Subi.-. Cap.-.
Caridade empossado suas administrações.
Adiou-se por falta de numero legal o requerimento de dous
membros da 111.-. Com.-, de Altos Gráos.
Forão juramentados e tomarão assento no Gr.-. Cap.-. Ger.\
dos Ritos Azues os RR.-. Ilr.-.: Antônio Joaquim de Queiroz
Magalhães, Ven.\ da Aug.-. Loj.-. Esperança de Nictheroy; José
Pedro das Neves, Ven.\ da Aug.*. Loj.-. Caridade e União; Gui-
lherme Cândido Pinheiro e Manoel Antônio da Silva Braga, este
como Dep.-. e aquelle como Sapíent.-. do Subi.-. Cap.-. Caridade;
e João Antônio Rodrigues, na qualidade de Dep.-. do Subi.-.
Cap.-. Caridade e União.
536

Gr.-. Cap.*. Noachita.


SESSÃO N. 2 DE 7 DE JULHO DE 1873.
Presidência do Resp:. e IU.'. Ir:. Antônio Alvares Pereira Coruja
Repres.'. Part.\ do Gr.'. M.\ e Ven.'. de Honra do Gr:. Cap,\
Noachita.
Estando presentes 43 membros, foi aberta a sessão, lida e
approvada a acta da anterior com as rectificaçoes do Gr/. Secret/.
Deliberou-se:
Approvar a eleição geral para o presente anno maçon/. 5S73
do Subi/. Cap/. Asylo da Prudência.
Ficar inteirada da pr.\ que lhe fora dirigida pelo Gr/. Cap.-.
Ger/. dos Ritos Azues capeando vários documentos.
Finda a sessão econômica e aberta a eleitoral, o Gr/. Cap/,
Noach/. observando o disposto na Const/., elegeu a administra-
ção que tem de funccionar até 1875.
Resolução.—Foi designado o dia 7 de Agosto para a posse
de sua administração, convidando-se as Altas OOff/., LLoj.-. e
maçons do circulo a assistirem a esta solemnidade.

Administração do Gr/. Cap/. Noachita.


(5870 a 5875.)
Presidentes.
l.« Dignit/., Conselheiro Visconde do Rio-Branco.
Ven/. Tit/., Conselheiro Barão de Angra.
Ven/. de honra, Antônio Alvares Pereira Coruja.
í.° Gr:. Vig:.
Pedro Antônio Gomes.
2.° Gr:. Vig:.
Hermenegildo Nunes Cardozo.
Gr:. Orad:.
Theodoro Fiel de Souza Lobo.
Gr:. Orad:. Adj:.
Francisco Antônio Neves da Fonseca.
Gr:. Secret:.
Carlos Adolpho Borges Corrêa de Sá.

atoaMmMiSMfc^y.1^^::^/^ .„_,:,..¦. ,>,.-• ,'....,_..„ ¦,fli.Í.M-.M.'-"íi ^t-^V^-W' - .¦*.-¦--- — «¦-.:.*¦..-


— 537 -

Gr:. Secret:. Adj:.


Firmino da Silva Campos.
Gr:. Thes:.
José Araújo Motta.
Gr:. Thes:. Adj:.
Frederico Carlos Theodoro Lonrs.
Gr:. Ilospit:.
Miguel Ferreira Guimarães.
1: Gr:. Exp:.
José Martins dos Santos.
2." Gr.: Exp.\
Narciso Fernandes da Silva Neves.
l.n Gr:. M:. de Gerem:.
José Dias Lopes.
2." Gr:. M:. de Cerem:.
Joaquim da Silva Adans.
Gr:. Arch:.
Pedro Alexandrino Nunes de Sá.
Gr:. Chanc:. G:. S:.
José Antônio da Silva Pinto.
Gr:. Cobrid:.
João Vieira da Costa.

COMMISSÒES.
Noachita.
Albino José de Souza Lima.
Antônio José Corroa Machado.
José da Cunha Ribeiro Vianna.
José Fernandes de Moura.
José Maria Pereira de Araújo.
Maximino Cardozo de Almeida Mesquitela.
Zepherino Manoel Gonçalves.
Altos Grecos.
Antônio Leite de Sá Coelho.
Domingos de Souza Pâbeiro.
José da Silva Miranda.
Manoel de Simas da Silveira.
Miguel da Rocha Guimarães.
— 538 —

Symbolos.
Francisco Antônio Monteiro.
Francisco Peixoto Moreira Guimarães.
Gaspar Andrade da Silva Bastos.
José da Costa Lima.
Manoel José Ferreira Macedo?
Central.
Antônio José da Rocha Machado.
Francisco José de Carvalho Júnior.
José da Silveira Júnior.
Finanças.
Cândido José de Mendonça.
Justino Jacintho da Silva Baião.
Manoel Antônio de Mesquita.
Beneficência.
Manoel Soares de Souza.
Miguel José Vieira de Faria,
Thomaz José Fernandes de Macedo.

-^&A£g£=?

M
— 539

Secção de Correspondência.
Respeitab/. Ir/. Dr. Luiz Corrêa de Azevedo.
Buenos-Ayres, 30 de Maio de 1873.
* Já tive occasiao de agradecer-vos o reconhecimento do nosso
Gr/. Or/.? devido também ao incansável zelo de que sois dotado.
Agora pedir-vos-hia o obséquio de enviar-me o meu diploma
de membro honorário do Gr/. ()r.\ c Supr.'. Cons/. do Brazil
com que fui distinguido, assim como o do Ir/. José Garcia y
Picos.
Honro-me confessando-me
Vosso amigo grato e irmão,
Dr. João Adriâo Chaves,
Gr.-. Com.', do Supr.'. Cons.'. do Paraguay.

Ad Universi Ferraram Orbis Summi Architecti Gloriam


Ordo ab Chão.
(timbre.)
Deus meiimque jus.
Do Gr/. Oiv. de Turim, ao Vai.', do Pó, debaixo da Abob.\ Cel.'.
correspond.'. ao zenith 45°, 4', 5" Lat.*. N/.
0 Sup.-. Cons.-. dos SSob.-. GGiv. Ilnsp.-. GGer.\, GGr.\ EE1.\ CCav.-.,
GGr.'. CCom/. do Santo Imp/. do 33°/. e ult.-. gr.*, do Rit/. Esc/.
Ant/. e Acc.\ da Maçon/. da Itália, cuja sede é em Turim.
Ao Poderosis.-. Sup.'. Cons/. dos SSob/. GGr/. Ilnsp/. GGer/., GGr/.
EE1.-. CCav.-., GGr.-. CCom.-. do Santo Imp.\ do 33<v. e ult.-. gr.-,
do Rit.-. Esc.-. Ant.-. e Âçc.\ do Brazil, Gr.-. Or.\, ao Vai.-, do
Lavradio, no Rio de Janeiro.
5/. b/. b/.
Nosso Sup/. Cons/., reconhecido pelos SSup/. CCons/. das
jurisdicções do norte e sul da America e por outros GGr.1. Cor-
pos como única e suprema autoridade maçonica no reino da
Itália, conforme os EEstat/. GGer/. do Rit/. Esc. Ant.-. e
Acc.\, e em harmonia com a Const/. de Frederico II, de 1786,
tem resolvido communicar seu reconhecimento a todo o Orbe
Maçonico.
- 540 —

E como a Maçonaria brasileira constitue uma das


respeitáveis
fracçSes da nossa grande familia,
professando o mesmo Rito
julgamos de nosso dever offerecer-lhe nossa amizade e solidarie'
dade, agradecendo desde já sua aceitação.
Pedimos vos digneis aceitar como nosso Gr.-. Repres.-.
o 111 •
Ir/. 33/. Raspantini Luigi, membro do nosso Sup.*. Cons •
re*•
sidente nesse Vai/. "'
Se, porém, não vos dignardes concordar com esta
nossa de-
signação, indigitai um membro do vosso Sup.-. Cons.-.
Repres.*. junto a vós, certo de que o aceitaremos para nosso
com fraternal
gratidão. .
Era tempo competente vos designaremos um membro
do nosso
Sup/. Cons/. para vosso Gr.-. Repres/.
junto a nós.
O nosso Sup.*. Cons/. dirige os votos sinceros de sua
affeicão
aos membros do Sup.-. Cons.-. do Brazil, ao Vai.-,
do Lavradio
desejando a todos Saúde, Prosperidade e Força. '
Turim, 8 de Maio de 1873, E.\ V.*.
Assignados: Alessandro de Milbitz, 33:.
(Sello do Gr.*. Com.*.) Sob.*. Gr.*. Com.*, ad vitam.
Maurizio Zaccarias, 33:.
(Sello do Sup.*. Cons.*.) Gr.*. Sec*. Ger.v do Santo Imp.*.

#
541
*
¦ *

BuUetiii pour PÊtranger. .

Nous publions aujourd'hui ti Ia Section Dogmatique un article


article qui peut-être
sur les Reconnaissances Franc-Maçonniques,
se rapporte aux nouvelles re-
n'est pas là à sa place, mais qui
eonnaissances, publiées par nos adversaires les Benedictinos três-
réoulièrement, ou du moins très-promptement dans le Journal du
Commerce.
Les observations faites par ce moyen ne s'adressent par con-
séquent pas à ceux qui nous connaissent, mais bien à toutes les
Puissances de notre Ordre qui n'ont pas encore eu le temps de
lire nos expositions et nos rapports, et de les comparer avec les
nouvelles intéressées émanant du parti benedictino, soi-disant
Grand Orient Uni.
D'abord ils ne se sont uniquement unis qu'à eux-mêmes.
Le Lavradio a eu 1'extrême bon sens de s'en abstenir.
Depuis 1863, ils, ne constituent que Ia même dissidence, le
même genre franc-maçonnique.
Depuis 1863, ils ne sont que les dictateurs d'une institution
qui prétend effacer Ia pureté de notre Subi.-. Ord.-.
Qui donc, soit dans cet Empire, soit même hors de cet Em-
pire, ignore que les ouvriers qui se réunissent à Ia Vallée Bé-
dàietine ne possèdent ni les príncipes ni Ia régularité de Ia
Franc-Maçonnerie ?
Le langage qu'on y tient dans chaque cérémonie est toujours
entiché cVune politique clémocratique outrée.
? Les discours qui se font entendre à Ia Vallée Bénédictine
constituent toujours un cri de revolte.
Le dissidents veulent accaparer pour eux-seuls le véritable
esprit de liberte.
Quant à tous ceux qui ne sont pas de leur ligue, ce ne sont,
à leur avis, que des laquaisl
Nous insistons sur ces erreurs, nous revenons encore à ces
révélations pour que le monde sache à quoi s'en tenir et ce
qu'il doit penser du Grand Orient Uni des Benedictinos.
La vraie Fr.-.-Maç/., qui a place au milieu de 1'humanité
honnête et cohérente, devraif demandei- des comptes sévères à
— 543 -

ces Orienta irréguliers et irréfléchis qui iguorent ce


qui se passe
dans PAmérique du Sud. Et justement ici, au Brésil
on com
prend fort bien le but et les doctrines de Ia Fr.vMaç/. ancienne
et acceptée telle que nous 1'ont léguée nos
pères.
II serait même probable que si tous les Orients des
pays ca-
tholiques étaient un peu plus franc-maç.-., le Vatican ne
se mê-
lerait plus autant de notre Institution.
En résumé, qu'est-ce qu'on peut trouver dans nos lois
qui soit
contraire à 1'Église?
Ce n'est certes ni un crime, ni une impiété,
que d'exercer Ia
charité et Ia fraternité, d'admirer et de suivre Ia liberte, de
dé-
sirer 1'égalité du genre humain, cPaimer et de secourir son
sem-
blable.
; C'est 1'Italie et Ia France qui ont malheureusement donné
1'exemple de meetings secrets et révolutionnaires s'érigeant
en
Temples irréguliers formes de maçons exaltes, hors de leur Loi.
Cet exemple fut immédiatement suivi au Brésil, en 1863,
par Ia
création des Benedictinos.
L'union n'existe pas, et assurément elle n'existera
jamais, caí
Ia régularité ne peut pas s'allier à 1'irrégularité, ni marcher
de
pair avec elle..
En 1872, encore sous 1'impression d'un mouvement de noble
enthousiasme, nous avons voulu tendre Ia main à nos adversaires,
en leur donnant une franche accolade toute fraternelle.
Mais de suite Ia lumière se fit et nous dévoila les Cáiris de
notre Institution, et nous nous sommes encore
pris à temps pour
nous écarter de ceux qui ne
partagent pas nos idées à 1'égard
de Ia Fr.-.-Maç/.
Tels qu'ils étaient, en nombre et en
quantité, tels ils sont en-
core aujourd'hui. Quant à nous, nous vivons toujours
tranquille-
ment, proteges par nos Lois et
guidés por notre Souv/. Gr.-.-
Maif. le Vicomte de Rio-Branco,
qui sans nul doute est un
Maç.-. honorable et éminent
qui nous conduit dans le cliemin du
vrai et du juste, n'ayant devant les
yeux que Ia conscience de
notre Loi Souveraine.
- On fait depuis
quelque temps, dans Ia Log.\ Düv-huit
Juillet, a notre Orient, tous les mardis soir,
des prélections sur
les tneses suivantes: La femme devant le christianisme;
La femme
telle que Ia Fr.-.-Maç.: Vadmet et Ia eomprend.

tS^S-fír-tWh „-•*•,¦_ v;-* » ••**" -,-¦', <¦*_.._„,. . __„ ^ _ ^ 1 „__ ft.


- 11-^,-:^.' ¦,--^i^i:H^ »•>•
543

toujours été nombreux, mais encore


Non-seulenient 1'auditoire a
Fassistance d'tín grand nombre de
il est rendu plus brillant par
des familles de nos FFr.\ qui viennént; en nous honorant
dames
aux doctrines exposées souvent
de leur présence, prendre part
avec originalité et éloquence.
Les FFr.\ Dr. Soeiro de Guarany, le Conseiller Alencar Ara-
ripe le Dr. Brancante, le Conseiller Manoel Francisco Corrêa,
ex ministre des atfaires étrangères et d'autros, tous de cette Loge,
honorent Ia tribune franc-maçonnique d'une maniòre digne et
lumineuse.
Les résultats de ces coníorences, ou règnent Ia plus parfaite
prudence et le plus grand bon sens, ne se feront pas attendre
longtemps. L/esprit féminin s'éveille ii cette lumière répandue
par Ia vérité et par toutes les idées de justice.
Cest par ce moyen que nous pourrons arriver à être connus
par les esprits faibles et les gens enclins au fanatisme.

Actes de Tévêque de Pernambuco.—Demande cTinformations par le


sénateur Vieira da Silva,
Mr. le Vicomte de Rio-Branco (Présidcnt du Conseil): — Je ne me
propose pas de discuter longuemont Ia niatière qui fait Pobjet de Ia de-
mande d^nformations ou plutòt du discours du sénateur qui Ta pré-
sentée; et encore moins ai-je pris Ia parole pour répondre a celui qu'a
prononeé 1'honorable sénateur du Maranhão, Mr. Mendes dWlmeida, et
qui court imprime en brochure, sons un titre spécial, non de discours
au sénat en réponse à celui de Ia couronne, mais d'espèce de pam-
phlet contre Ia prétendue politique religieuse du cabinet.
* Ce
que je veux dire au sénat en cette occasion, au nom du gouver-
uement, c'est que Ia questioji va avoir sa solution qnant au recours à
Ia couronne exerce par une des coníVéries de Ia villo du Recife contre
Tinterdit dont Ta frappée Révòque de ce diocese. L'affaire a été en-
voyée, à Pétude, à Ia section du conseil ;'d=Etat chargée des affaires de
Tinténeur; probablement le conseil cVKtat íui-même en entier será
entendu; et alors le gouvernement prendra Ia détcrmination qui será
de sa compétence et
que le cas exige.
Je crois, comme Ta dit Thonorablo sénateur du Pará dans son aparte,
que le droit de recours existe, et que notre droit ecclésiastique n'est
Pas heureusement tel que Ta presente Thonorable sénateur du Mara-
ahão, quand il a nié
jusqi^à Ia légalitó du placei, prétendant qu>n
Pareilles conjonctures il n'y a de recours qu'à Rome.
WM
Boletim m
DO

Guias \J XI 1 JU íT í £l B j\K£ íh
OPxNAL OfFICIAL
DA

Maconaria Hrazileira.
PU B LI CAÇÃO M ENSA L,

ítedacfcor era Chefe, o Gr/. Secret.*. Ger.'. da Ord.'.

N.° 7. —2.ü ANNO.


¦: '
J <3." :

1 < ¦-

jUl-H-0.

íi /-"~<? li J/mm. w Vt^> fi\

\\ VKS«S' v ».' \ V, v l;' i V"r...- -S^Vf I

do Rio de Janeiro.
Or.-. !

TYPOGRAPHIA DO GR.-. OR.-. DO BRAZIL.


Val.Ic <ío Lavradio 53 U.


mSL^ ____
1873 (R.-. V.\)

^*»«»»«*»^———*i — ¦———— ——¦— ———ai ¦—


— 545 —
*

brésilienno autant que je supposais Pavoir en-


f nc-maçonnerie
il y a bien
M le prósident, je suis entre dans Ia franc-maeonnerie
et je n^ai/jamais vu qtPèlle s'pçcupât ni de Ia religion, ni
des années, mon
á Ia oolitique de PEtát; olle a toujours été à mes yeux, (Taprès
Árience une société destinéé à secourir ses membros et à contribuer
nerfectionnement moral et intellectuel de Phomme. Si elle a peu
decoles, ses
f it au Brésil sous ce dernier rapport, si elle a forme peu
de bienfaisance sont incontestables (Très-bien!) ; beaucoup de
actes
aux-
familles reçoivent assistanco de ces sociétés qu'on stigmatise,
auelles on prétend refuser jusqirau droit de cite au Brésil.
maçonni-
Encore jeune, je fus invité à entrer dans une des loges
aues à laquelle je nTaffiliai; je cessai ensuite de Ia fréquenter pendant
charge
de lonmes années jusqu'au moment ou, en 1869, je fus appelé à Ia
cercles maçonniques.
que j'exerce aujourcrhui de clief cVun de nos
J'avais eu pour prédécesseurs des hommes notoircment bons catholiques,
tels que Mrs. José Clemente Pereira, le Marquis dWbrantes, Marcellino
de Brito, le Vicomte d^rüguay...
Mr. Octaviano: — Cayrú.
Mr. le Vicomte de Rio-Branco: — ... le Baron de Cayrú, le Vicomte
dVÜbuquerque, José Bonifácio, Io. patriarehe de notre indépendance,
enfin, D. Pedro I, le fondateur de cot Empire. En acceptant cette position
chef adjoint, un de
je savais qi^on avait éíu en même tomps, comme
nos hommes les plus respectables, qui n/existo plus aiijourd'hui, Mr. Fur-
tado, considere aussi comme un parfaít catholique. J^tais' donc bien
loin de prévoir que ce qui avait óté permis à Mr. José Clemente Pe-
reira, directeur de Phôpital do Ia Miséricorde pendant des années, à
Mr. le Marquis dWbrantcs, son suecesseur dans Padministratiòn de Ia
même institution pieuse, ¦ füt pour mói un crime, uno héresie, une of-
fense à Ia reliçion de PEtat.
J'ai accepté Ia charge à laquelle nPavaient élu les franc-maçons du
cercle du Lavradio, et je ne m'en repens pas; que les honorables séna-
teurs, selon leur théologie et leur droit canonique, íaacent autant d'ex-
Communications qiPils voudront; ma conscience est tranquille; mes
rapports avec Dieu sont ceux d'un parfait chretien.
Je ne crois pas qu'ii convienno, Mr. le président, de défendre Ia re-
ligion de PÉtat, comme le font les ultramontains; je désirerais que
les esprits óclairés, qui, comme Phonorable sénateur du Maranhão, ont
tantde science ecelésiastique, servissent dUine auíre façon les intérêts de
Ia religion au Brésil, en travaillant à ce que notre clergé reçoive une
éducation meilleure, à ce qu'il se régénère (Très-bien!), à ce que les prólat s
édifient leurs ouailles en évangélisant, en répandant Ia lumière et 1 a
foi religieuse avec des paroles apostoliques, avec Pexemple de leur clé-
vouement à Dieu et à Ia société dont ils sont les pasteurs: c'est ainsi
qu'on doit parler aux consciences, et non pas commencer par rejeter de
Téglise catholique les membres d^ne société qui existe au Brésil de-
— 546 —

puis tant d'années, et toujours comme société pacifique et. Mentais


(Marques d'approbation.) Dienta»ante.
La discussion sur cos matières avec 1'honorablo sénateur
du Maranhão
est diffloile, atondu que non-seulcment il
y est très-compótent pa, son
erudition, je le dis sans ironie, mais encore
qu'il a le défaut de emir,
que les autres ne savent absolument rien de 1'histoiro
ni dü droit 2
clesiastique... -
Mr. Mendes d,A-»»«ida:-Pardonnez-nioi; ce défaut
chez moi n'a átá
trouve jinqirici que par vous.
Mr. le Vícomte de Rio-Branco:-.... de manière
Ia franc-maçonnerie, que que méme quant à
j'ai sous les yeux, que je pratique, V Ex
nadmet pas que j'en sache quelque chose. ,'
Qu'il me soit pourtant permis de rappeler Ia maçonnerie fut
que
autrefois protegée par les papes: à 1'époque ou les maçons
nom de franc-maçons ils eurent des concessions, des portaient le
priviléges comme
corporations industrielles ou artistiques, et c'est à eux
monuments qu'on doit les
grands du christianisme en Europe.
Mr. Octaviano; — Les cathódrales du Midi de TEurope.
Mr. le Yicomte de Rio-Branco: — Iioniface IV, Nicolas III,
Benoit XII
ont protege les franc-maçons et leur ont accordo d'importants
vileges. lpri-
Mr. Mendes d•Almeida:--V'. Exc. fait là uno découverte
plus Rrande
que celle de Colomb.
Mr. le Yicomte de Rio-Branco :-C'est
que V. Ex. connait Ia franc-
maçonnerie d'après les livres de ses détracteurs interesses
à briser ce
qu'üs jugent être un vaste et puissant élément du progrès social.
Après que Ia franc-maçonnerie, au commencement du XVIIIe siècle,
se fut changée en société
philosophique et eut pris dans quelques pays
une part active à Ia politique de 1'époque, dès-lors commença
Ia persé-
cution contre elle. Cette persécution, Mr. le
prósident, ne se limita pas
a 1'excommunication, beaucoup de frauc-maçons montèrent
sur 1'échafaud,
furent victimes. Mais
qu'ont gagné à cela Ia réligion et Ia politi-
que? La vérité triompha; Ia franc-maçonnerie a continue à exister;
elle s'est propagée encore davantage, et aujourd'hui
elle est partout
respectee;à peine était-elle encore
prohibée dans deux ou trois États
jusqu'à l'epoque actuelle, en Autriche, en Russie, et en Espagne
crois; encore le Sénat sait je
qu'elle est restauróe dans ce dernier pays;
elle fleurit dans toute 1'Allemagne.
Les franc-maçons n'ont pas été seulement
au nom du ca-
tnolicisme, le Sultan de Constantinople les persócutés
a persécutós aussi; ce qui
prouve que Ia persécution n'eut pas toujours motif Ia réligion;
elle provenait de 1'influence exercée pour
par eux sur divers événements
pohtiques dans quelques pays. On sait, par exemple,
Ia franc-maçonnerie a contribuo à Ia restauration qu'en Angleterre
de Ia mònarchie dé-
truite par Cromwell; Charles II ést monte sur le
trõriedesón père par

gSa.-Kfi«áViw,»^^ .,. -
04/

. fluence des frane-maçons d^ngletcrre, et principalomcnt do ceux


V
d'Écosse a ete a peu prós mutilo à Ia po-
Mais au Brósil Ia franc-maçonneno
ir ue- elle a vócu ontiòrement à Técart, pacifique et neutro, de sorte
se roncontrent dans nos
des hommes do tons les paríis politiques
Snions avec Ia plus grande fraternité-
dont on a tant parle, sont des allegones
Les symboles raaçonniques,
des traditions qui no signifient rion contre Ia roligion; ils peuvent
et
rire les honorables sénateurs qui disont amen à Texcomniunication
en
franc-maçons brésiliens; mais qu'ils n'allêguent pas cela corame
des
hórétiques ou hérésiarques. Le temple de Sa-
preuve que nous sommes Tlionorable sénatcur comme
lomon dont Tallégorie a ete considéróe par
Ia manifostation premiòre du
une de ses pierres do scandalo, n'est quo
du passo faisant allusion
dogme d'un seul Dieu vóritable, un souvonir
oeuvres d'art des anciens franc-maçons; le symbole du templo mo-
aux
reunir toute 1'huma-
ral et universel ou Ia civilisation chrétienno doit
sainte; et aussi je ne
nité. Tous ces symboles sont tires do rhistoiro
do faire usage de
comprends pas comment ceux qui no dcdaignont pas
un blas-
Ia mythologie, créée par le paganismo, aillent jusqiwi voir
dans 1'expression de — Suprême Architccto de TUnivers —,
phème si par
comme si Dieu n'ótait pas le créateur du monde, et comme
sa
cette formule on ne pouvait adorer sa sagesse, sa puissance et
bonté. (Tres-bien!)
Enfin, messieurs, tout ce que je sais de Ia franc-maçonneno c'est
ses'maximes sont 1'amour do Dieu, du prochain et de Ia vertu. Je
que
donc que non-seulement il y a injustice, mais encore erreur
pense
comme et religion, à organiscr cette croisade de persé-
grave, politique
cution contre des sociétós aussi nombreuses, aussi enracinées dans le
beaucoup de familles
pays, jusqu'à présent si pacifiques, et auxquelles
doivent leurs moyens d'existence, contre des sociétés ou Ia religion
catholique a des adeptes sincòres et dévoués, exemplos vivants des ver-
tus domestiques et sociales.
Les actes du Prélat de Pernambuco ont soulevé une question de droit
ou de compétence que le gouvernomont a mise a 1'étude; il Ia jugera
en teirips convenable, 1'affaire une íbis bien considéróe dans toute sa
gravite et dans toute sa portée. du
Quant à Ia question de fait, je conseille à l'honorable sénateur
Maranhão, quand il voudra savoir ce qu'est Ia franc-maçonnene au
Brésil...,
Mr. Zacarias: — De se faire franc-maçon.
Mr. Octaviano: — Ce serait le meilleur moyen.
Mr. le Yicomte de Rio-Branco:—.... de conversei' avec quelque íranc-
maçon brósilien: de ne pas se laisser aller à ce que les inquisiteurs
ont dit de ces sociétés, ou à ce qu'écrit au Brésil tel ou tel franc-ma-
çon, usant de sa pleine liberte do penser.
Que de choses n'écrit-on pas sur Ia religion catholique que les ca- r
il
548- -
tholiques aussi rejètent et condamnent? Que d'hérésies
rio di, «» •
1 égard de notre droit constitutionnel sans
que pour cela leurs iW '
soient repousses de notre communion politique? Je ne risqucraispasbeT
coup detre en dehors du vrai, si, invoquant 1'autorité
de líònS"
sénateur du Pará et d'autres d'égale importance,
je faisais observei 1
1 honorable sénateur du Maranhão que dans ses théories
mettra de qualifier d'ultramontaines, il y a de véritable's qu'il m*l
hérósies dT
htiques en tant que contraires aux príncipes exprès de
notre droit Jnl"
stitutionnel, notamment ce qui est relatif au
placet.
Mr. Mendes d'Almeida: - Je prie V. Ex. de relire cette nartia a»
mon discours. ae
Mr. leVicomte de Rio-Branco: - Que l'honorable sénateur
ne pense
pas mal de Ia franc-maçonnerie, parce qu'elle professe Ia tolérance re
igieuse, parceque dans son sein ont place toutes les croyances,
toutes
les nationahtes. Si cela est un crime, Ia société civile
commet ce cri
me a tout instant; car je pense, Mr. le
prósident, que le Brésil pour
etre une nation catholique, n'en maintient
pas moins de bonnès re
lations avec les nations protestantes, et même avec Ia
Turquie
Du moment ou Ia franc-maçonnerie ne se mele ni de
religion, que sa mission est purement morale et bienfaisante, politique ni de
cette fra-
ternite est naturelle et entièrement d'accord avec Ia religion
chrétienne
et avec les intórêts génóraux de rhumanité.
Mr. Mendes d'Almeida: - Le juge compétent ne dit
pas cela.
Mr. le Vicomte Souza Franco: - Nous le sommes tous
juges.
Mr le Vicòmte de Rio-Branco:- Je crois, Mr. le
franc-maçonnerie président, que cette
question-la au Brésil-est toute du domaine de Ia
raison et de 1 opinion publique,
que ce n'est pas un article de foi. (Três-
Inen!) Dieu nous preserve de 1'admission du
refusant le droit d apprecier príncipe contraire, nous
par nous-mêmes le caractère et les tendan-
ces d une societe civile brésilienne sons le
ntuel Ia declaree anti-religieuse. Qu'on admette pretexte que le pouvoir spi-
aujourd'hui un pa-
reil príncipe quant a Ia franc-maçonnerie, et demain
ce même pouvoir
dirá que cette autre institution civile encourt
l'anathème, en proscrira
' C6UX"CÍ n'aUr°nt Pl"S SG taire' à se rési^ner et à
rouflMr qU'à
Mr. Mendes d'Almeida: - Comme vous êtes
loin du christianisme!
Vico™ted*Ri<>-B™™o:-.... et
É¥'ê
vers Ia societe cmle des qui serait responsable en-
profonds óbranlements qu'y produirait une
doctrine si extreme que 1'honorable sénateur
du Maranhão pourrait, à
bon droit, qualifier de
politique religieuse ?
P.ré!ident' le caractère des sociétés maçonniques au Bré-
•nNrtnnMr í m d°gme' ni matière de foi religieuse; c'est une
ÊSPÍI í"?
PT6 S°US lG d°maine exclusif de la rai^n
SSS mÀ U6 honorable publique.
sénateur ne pretende donc
1IS ? me l Ut pas m'imposer
*• d'Un jUge suPórieur
tZÍZ
Tr^nc-maçonnene. ^'otí «* avoir condamné la
— 549 —

i ie cTaiüeurs qu'il y ait pareille condamnation contre les société»


, •i:ennes* Ia franc-maçonneric a été condamnée en Europe ancien-
encoro par Io Pontife actuel, mais pour d'autres
n fint et aujourd'hui
t'fs et sans les effets civils qu'on veut donnor parmi nous à cette
lancó sur rinstitution maçonnique
nsure ecclésiastique. I/anathcmo
Europe a eu pour causo Ia confusiori de Ia politiquc avec Ia reli-
'on* cet anathême a été renouvelé dorniòrement, mais nou avec Tinto-
Trance qu'on prêche à présent au Brésil, par suite des óvénements
(1'Italie óvénements qui menacent d'exercer une dangereuse influence
Ia chrétienté, Vu qu'il n'y a pas
sur les'sentimeuts religieux de toute
assez de prudence de Ia part de ceux qui se disent les meilleurs inter-
du catholicisme. (Très-bien, três-
prètes et les plus zélés défenseurs
bien!)
(Tradnction de F. J. R.)
550

Secção Noticiosa.

Revista Estrangeira,
França.—Falleceu em Perpignan, no mez de Maio,
na idade
de 54 annos, o Ir.-. Badaud-Laribière, ultimo Gr/. M.\
do Gr-
Or/. de França.
O conselho da Ordem, em sessão de 31 de Maio ultimo
meou uma commissão afim de examinar os no-
pedidos de reconhe
cimento official, que forão dirigidos ao Gr.-. Or/. de França
differentes potências maçonicas, entre as por
quaes notão-se o de
muitas GGr.-. LLoj.-. de MMaç/. de côr, sobretudo
a de Ohio
(Estados-ünidos.)
O Sup/. Cons/. de França, em assembléa de 10 de
Maio do
corrente anno, elegeu para o cargo de seu Gr/. Secret/.,
Chanc-
e G/. Sei/, o Ir/. Guiffrey, 33/.
O finado Ir.-. De La Jonquière legou ao Sup/.
Cons.-. de
França um numero considerável de livros e documentos
maço-
nicos. O citado grande corpo tenciona realizar
o projecto da
fundação de uma bibliotheca, que será franca a todos
os maçons.
Mme. Cauchois, viuva do Ir/. Caucbois, offereceu
ao Gr- Or-
de França a maior parte dos livros e manuscriptos
maçonicos
que seu marido possuía.
A Loja L'Avenir, ao Oriente de Pariz, deu
para a ordem do
dia dos seus trabalhos a seguinte these: - LÊtude
de Ia société
Jrançaise sons Louis XIV.
A Loja La Clemente Amitié Cosmopolite,
do dito Oriente,
elegeu para o cargo de seu Ven.-. o Ir.-.
Gosset em substituição
ao ir/. Lebourgeois, que resignou o citado
cargo.
Uma L°ja' ao 0riente de Chaumont, com o titulo
t W-i, f
s°b a jurisdicção do Gr/. Or/. de
Frana Haute"Marne'
Ir/. H. de Loucelles, Io Exp/. da Loja
^0 L'Aménité, ao Oriente
do Havre, escreveu a historia dos
trabalhos desta Officina desde
sua fundação (1774) até o
presente anno. Este precioso docu-
mento, analysando com a maior exactidão
os trabalhos de uma
- 551 -

. conta 99 annos de existência, recebeu a unanime ap-


qu6i
de 80 maçons que assistirão á sua leitura.
P rovação ao Oriente de Bona (Algeria), tem em seu
A Loja Hippone,
um grande numero de Árabes que distinguem-se por sua
io
Sssiduidade
aos trabalhos e pela pratica de todas as virtudes
Respeitão escrupulosamente os juramentos prestados
maçonicas.
em tudo mostrão-se compenetrados de seus deveres e particu-
dispostos a ajudar e soccorrer os maçons necessitados.
lamente
*

Bespanha.—O Gr.'. Or.'. de Hespanha acaba de reconhecer


o Gr.'. Or.'. e Sup.*. Cons.'. de Colon.
As LLoj.'. de Barcelona projectão o estabelecimento de um
centro commum cosmopolita, onde possão ser recebidos e agasa-
lhados todos os Ilr.'. estrangeiros que visitarem aquella cidade.
*

Itália. —<ò Gr.'. Or.*. da Itália dirigio a todas as LLoj.*. de


sua jurisdicção uma circular convidando-as a cooperarem para a
fundação de uma sociedade com o fim de soccorrer os náufragos.
Esta circular era assignada pelo 111.'. Ir.'. G. Mazzoni, Gr.'. M.'.
A Loj.'. Ugolino, ao Or.'. de Iglesias (Sardenha), ha pouco
installada e já tão conhecida pela gravidade de seus trabalhos,
cada vez mais florescente se torna com a vinda dos Ilr.'. disper-
sos e com a acquisição dos profanos os mais influentes da pro-
vincia. Ella sempre tem dignamente correspondido ao appello
do Gr.-. M.'. Tem dirigido ao parlamento petições com centenas
de assignaturas requerendo a extincção das corporações religio-
sas e a abolição da pena de morte; finalmente, tem dado inequi-
vocas provas de sua dedicação á Ord.'. e demonstrado que sabe
perfeitamente comprehender as doutrinas e fins sublimes da Ma-
çonaria. . . , • ;
O seguinte trecho do discurso proferido pelo Ir.-. Moderai,
Orad.'. desta interessante Off.'., exuberantemente prova o quanto
a nossa nobre instituição é apreciada:
. « Sciencia, liberdade, trabalho, fraternidade e solidariedade, eis a
divisa de nosso estandarte.
— 552 —
.€ Sabeis* Car.\ Ir.-., que magniflca doutrina,
que gloriosa m.*a.-
encerrão estas palavras ? Eu vôl-o direi. om
« Houve um tempo em que a raça humana, obcecada
da ignorância, e submettida ao vergonhoso pelas tróvi,
jugo de déspotas perverZ
e sanguinários, não differia, senão na fôrma, dos animaes
irracional
Foi nesse passado longínquo e triste
que estas palavras revelarão a 2
diminuto grupo de escolhidos seu incrível
poder. 0 mysterio que in
felizmente encobre aos nossos olhos nossa antiga historia,
impossibi"
hta-nos de discernir claramente e precisar a época,
o como e o por
quem foi fundada a Maçonaria. O que é, porém, certo ó
ceu no Oriente, onde nessa época vivião os que ella nas
povos menos bárbaros do
mundo, e que d'ahi ella espalhou-se sobre toda a superfície
do globo
espargindo ao redor delia a luz e a justiça. '
« Quasi que todos os grandes homens da antigüidade forão
maçons-
o próprio Christo, esse grande reformador, esse apóstolo illustre
dos
direitos vedados da humanidade, foi também um dos seus adeptos.
« Qualquer que seja a parte para onde volvais a vista,
ahi vereis
esplendidas victorias ganhas.pela nossa admirável divisa.
« A sciencia, esta dissipou as trevas da ignorância, civilisou
os
povos, humanisou o despotismo dos Reis, adoçou o caracter dos homens,
deu vida ás artes, á industria e ao commercio,
penetrou na choupanà
do pobre e soecorreu sua miséria, ensinou aos homens seus
direitos e
deveres, e lhes forneceu os meios de reconquistar sua
perdida liberdade.
« A liberdade quebrou as pesadas cadeias manietavão o povo,
que
tornou-o capaz de pensar e obrar, substituio a independência
do espi-
rito a superstição, ao crê ou morre; finalmente, ella tornou-o
de seres
puramente passivos, entes activos, susceptíveis de cooperar para o des-
envolvimento moral da humanidade.
« O trabalho deu ao homem uma habitação estável,
a suas selvagens correrias através de regiões desconhecidas, pôz um termo
transfor-
mou em casas as cavernas em
que elle vivia com as feras, deu-lhe um
pao menos duro, ligou-o pela aífeição á família e ao solo natal, e ensi-
nuou-lhe no coração o sacrosanto amor
pátrio que é o inspirador das
grandes e sublimes acções.
.«A fraternidade ligou
pelos laços do amor as diversas famílias
espalhadas sobre um território dado, e,
para facilitar a obra da defesa
e conservação commum, ella agrupou-as em
villas e cidades: depois,
estendendo ainda os benefícios de sua influencia,
creou as nações, e
em um tempo que não está talvez longe de
nós, ella inevitavelmente
reunira todas as nações da terra sob a única
e santa lei da amizade e
do amor,
« Em todos os tempos e lugares a humanidade
tem estado separada
em duas grandes famílias, a dos fortes e a
dos fracos; esta mais mui-
tiplicada, porem mais fraca e dividida em
differentes classes, e aquella
menos numerosa, porém mais
poderosa. »

;¦.....•¦ ^,. , ^t^ ¦vj-..!--m>»_m..,>.„—.;:....,.L..;... ._ .


— 553 -

entre estas differentes cias-


Guando a sciencia, abrindo caminho
roiectou sobre ellas sua luz, ellas então conhecerão sua
f ra material collectiva e achavão na associação, na solidarie-
por um e um por todos) a maneira de resistir ao
dade (todos
oder e de reivindicar seus direitos. Assistimos neste momento
solução definitiva deste grande problema, isto é, da reivindi-
á
e mais numerosa das classes—o
cação dos direitos da ultima
proletariado.
Estas victorias não forão alcançadas sem combate. A Maço-
foi sempre a guarda
naria, em cuja bandeira ledes esta divisa,
vigilante dos princípios que ella encerra. Como tal ella deveria
um immenso tributo de sangue áquelles que, feridos em
pagar
seus privilégios por estas reivindicações, experimentarão prescre-
vêl-as por meio da violência e suffocal-as no sangue dos mar-
tyres.
Nós, MMaç.'. do século XIX, colhemos, verdade é, os fructos
do sangue derramado por nossos Ilr.'. nos séculos passados, não
nos é mais mister para combater nem de espada, nem de punhal,
nossas existências não estão mais ameaçadas, porque a Maçona-
ria é universalmente considerada como o Templo da philantropia,
o sanctuario dos bons costumes e a escola da sabedoria.
Comtudo, se os Ilr.*. que nos precederão cumprirão uma ta-
refa immensa, resta-nos a nós cumprir uma immensamente maior;
e bem que seja com outras armas, é também nosso dever com-
bater.
Existe uma seita ardente cujo nome e actos não serão de
certo objecto de veneração para o futuro, e que por uma inex-
tinguivel sede de poderio tem transformado a seu bello prazer
as sublimes doutrinas do grande pensador de Nazareth e dellas
assim transformadas, se tem servido para subjugar moral e ma-
terialmente os povos e têl-os encerrados n'um circulo de ferro
no seio das trevas da ignorância e da superstição.
É contra esta seita e contra o obscurantismo, que lhe é neces-
sario para assegurar a estabilidade de seu poder, que devem di-
rigir-se presentemente todos os esforços da Maconaria.
Verdade é que seu reino material cessou, graças á Maconaria.
Sim, .esta victoria é nossa, porque fomos nós os MMaç.'. que
concebemos tal desígnio; fomos nós que tentámos pôl-o em pra-
tíca em \m, 1831, 1848 e 1867, e que, emfim, sellámos com
— 554 -

o nosso sangue, derramado nos infames cadafalsos, o triumpho da


liberdade e da justiça.
Se, porém, seu reino material findou, dir-se-ha outrotanto de sua
força moral? Não, porque o proletariado, impotente em instruir-se
não pôde ainda arrancar a venda que occulta a seus olhos a
nova luz de que o universo está cheio. Não, porque a mulher
pela fraqueza de sua natureza e negligencia de sua educação, não'
pôde ainda romper os laços da superstição, nos quaes está encer-
rada sua consciência, conservando-se assim nas trevas.
A nós compete, MMaç/., a nobre missão de instruir a mulher
e de desvendar o proletariado; a nós cumpre fazer desapparecer
da terra as trevas do obscurantismo que a deshonrâo e de com-
bater esta seita que quer fazer parar o sol do progresso e da
civilisação.
Porém os tempos de Josué passarão e nós de certo vencemos.
•-

Em todas as cidades da Itália tem-se feito honras fúnebres


em memória do 111/. Ir/. José Mazzini, por occasião do primeiro
anniversario de seu fallecimento. O corpo do fallecido, petrificado
por meio de um novo processo, esteve exposto n'uma câmara ar-
dente, no cemitério de Staglieno, em Gênova. O nome de quem
soube eternamente conservar para a Itália os restos de Mazzini
é Paulo Gorini.
*

Estados-Unidos.—Uma Loj/.,ao Or.-. de Connecticut,diri-


gio ao seu Gr/. M.\, o Ir/. Lockwood, um pedido de autorisação,
afim de iniciar um candidato que tinha uma das mãos artificial.
O Gr/. M.\ respondeu o seguinte: "A lei diz que o candi-
dato deve estar no gozo de todas as suas faculdades, ter todos
os órgãos e membros necessários, afim de poder receber e com-
municar os conhecimentos maçonicos, e cumprir devidamente todas
as formulas e ceremonias usadas para este recebimento e com-
municação. A mais succinta reflexão demonstra que o candidato
de que se trata não satisfaz ás condições exigidas, em conseqüência
do que elle não pôde iniciar-se. A sabedoria de nossos ante-
passados ligou-nos uma rica herança maçonica.
"Cumpre-nos transmittil-a tal
qual a recebemos enão alteral-a.
"Não devemos fazer
leis para a Maçonaria, mas sim observar

W«*TO TI .V>. J»."»yt .•MK»líB*^^,__«-WaaB-1


- 555 -

Se eu pudesse fazer com que o vosso candidato


*S istentes. e assim tornal-o apto a iniciar-se,
nerasse a mão perdida,
accederiamos ao vosso pedido; infelizmente,
C°rémsummo prazer
o tempo dos milagres passou, pelo que é tão impossível
P° impetrado como restituir-lhe a mão perdida.,,
o
ceder privilegio
.

Grande leilão maçonico em Netf-York.


c Asylo Maçon/., cffec-
Este grande leilão, em favor do Templo,
na noite do dia 15 de Março ultimo, no salão denomi-
tuou-se
Hall, em presença de um innumerò concurso de espec-
nado Apoio
O salão estava magnificamente adornado com todos os
tadores.
maçon/. Cada uma das mesas, em que estavão col-
distinctivos
a cargo de
locados os diferentes objectos offertadps, achava-se
senhora. O que mais prendeu a áttenção foi o Templo de
uma
Loj/. Ocean
Flora, offertado pelo Ir/. A.Y. Zachos, membro da
do Or:.,
n. 150. Os CCap/. Alpha e Flora, da Ord/. Est,-.
uma grande variedade de objectos, que estavão sob
apresentarão
a direcção das irmãs F. E. Johnson, E. A. Macoy e outras, objec-
estes offerecidos seus amigos em favor da conclusão do
tos por
Templo, sendo o restante applicado á creação de um Asylo para
os velhos, indigentes, viuvas c irmãs da Ord/.
O numero dos visitantes no espaço de um mez, que durou o
leilão, foi em todas noites maior, produzindo uma àvultada quan-
tia, que foi recolhida á thesouraria e com a qual dar-se-ha con-
sideravel impulso á obra,
O leilão terminou no dia 15 de Abril.
Mayo, Tomo IV, n. 7.)
(El Espejo Masónico,

* *

Chile.— A Gr/. Loj.-. do Chile abrio uma escola gratuita de


meninos.
*

Republica dominicana .—O Sob/. Gr/. Cap/. Ger/. desta^


Republica empossou, no dia 13 de Abril ultimo, seus GGr/
DDignit/. e OOíf/. para o presente anno:
•\

- 556 -
Sap/. Gr.-. M.\ M. de J. Garcia, 33.-.
1.° Gr.'. Vig.-. (reeleito)
Martin Rodriguez, 32.-.
2.° Gr.-. Vig.-. Noel Henriquez, 33.-.
Gr.'. Orad.-. Juan Agustin Cohen, 30.-.
Gr.-. Secret,-. Andrés M. Aybar, 18.-.
Gr/. G.-. Sei.-. Federico Ramirez, 33/.
- Gr.-. Hospit.-. Manuel M. Suazo, 21.-.
1." Gr.-. Exp.-. | Carlos Nouel, O A. .
2.8 Gr.-. Exp.-. M. M. Cabral, 18.-.
1." Gr.-. M.-.deCeiv. Juan Gisbert, 18.-.
2.° Gr.-. M.-. de Cer.\ Juan F. Suazo, 21.-.
Gr.-. Cobrid.-. José de Jesus Castro, 33.-.
No citado dia 13 os CCap.-. Redempção e Golgotha,
de b. Domingos, empossarão seus respectivos DDignit • ao Vai-
e OOff •
O Cap.\ Getsemani, ao Vai.-, de Santiago, empossou
mente seus DDignit.-. no dia 6, e o Cap.-. Thabor igual-
elegeu sua
administração no dia 4.

* *

Lanaâa.-k Gr.-. Loj.-. do Canadá autorisou a installação


de uma Loja na cidade de Jerusalém, sob o titulo distinctivo
The Royal Salomon Mother Lodge n. 293. É Ven.-. da dita
Loja o Ir.-. Robert Morris, 1» Vig.-. o Ir.-. John Sheville, e
2o Vig.-. o Ir.-. Kolla Floyd.

In#ius.-k Loja Deccan, ao Oriente de


Hyderabad, installou-
se no #ia 12 de Março ultimo. Assistirão
a esta ceremonia va-
nas deputações de Lojas existentes em Orientes
as quaes com suas presenças muito contribuirão bem distantes,
imponente acto. para realçar tão
v
" Prendenda dG Seu Ven-' ° Ilv- E-
J!?
correu na melhor ordem possível, tanto J- Martinant, tudo
a procissão que percorreu
a cidade, levando na frente o estandarte
maçonico, como o ban-
quete com que finalizou a solemnidade.
557

Loja Bangalore inaugurou, no dia 13 de


Hanoalore.-k maçomco. .
findo, o seu novo Templo
juího do anno
* *
£¦¦¦¦¦.¦¦¦¦

cora
tvna -Iristallou-sc, ao Oriente de Jerusalém, uma Loja
Loge du Roi Salomon, n. 293, sob os
n lio distinctivo Mère mstal-
Loj,. do Canadá. Conta vinte membros
Itóos a Gr,.
UM. Sen Ven,. é o Ir,. Eobert Moms.

MasonicMinar, de S. Fran-
mat' de Sandwich.-V jornal
o seguinte sobre a Maçonaria desse paiz:
cisco informa mares do tó»g^
Los Ilr,.
in-. das floridas ilhas dos
Commendadoria
« Hosiwb
Ti de OOa\. .
Um em 1842 automação do
fc Tlrme ra Lo fo nstallada por
e «alha no Mf. Esc,.; M^M
W ue
te. • ur. . ISa . .vffundada automação da Gr. . Loj. ^
.cia
em 1853 por
d da em duas
Hawaienne n 2, foi LojaSi
. de xoiiv. ,
Califórnia e funcciona no Rit. ._cpnte Temos tido
. *> Capitulo o o da S»W*^£^nKi muitos memD1° R . *•• •
o prazer de travar relações com O ul uno Rei e^era membr0
maçons
reputamol-os como bons e sinceros Rit . Az. -^Le
e da Lo£.-do
do Capitulo, da Commendadoria em 1850 por £
constituída
rOcéanie, ao Oriente de Honolulu,
do Gr.-. 0r.\ de França. »
- 558 -

Noticiário Interno.
OBSTINADO DE ÜM PRELADO. - A diocese
buco contempla neste momento uma das scenas de Peraam
como as houve e ha entre o poder temporal e melancia
b.spo acaba de «anunciar, fundando-se era razões espirita»01
recusa a obedecer ao decreto do uas qne ?
governo imperial '
A instituição maçonica é o casus belli nesta intrincada
h de alta conveniência romana supprimir-se questão '
a Maçonaria
be isso e de justiça ou é razoável, digão-nos
distinguir as verdades dos erros. os que sabem
Quanto a nós permanecemos na Maçonaria na mais
profunda convicção de que somos maçons e catholicosperfeita e
e aH

GntrK Cafonarios ou ^oltosos houver


Jn^ abUSaCl° por abi ai-
Jíl d0 n0me ,í,aÇ°niC0 P«» encartar algumas
ZTJT
laça-o quem se julgar com direito
para tal
o %llt£taedemUÍt0S °"tr0S ir5°'a0S "™™S ™°
Precisávamos hoje nada menos do
que de um frei Bartholomeu
yreS; qUe V°ogaSSe a CaUSa (Ie uma fc^ma « n,e-

rendtssima reforma no Syllabus.
"° SeCUl° """^ "* trabalho em asse»to »
ped°ra tíÍT "*** " ^
uraIaaSàL tera"ZT°*°* ^
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culta e livre. Galileus

PSEUD0™0 • GANGANELLI., -
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E convém l!? ^ ""V C0°sidere raaÇ«'-
«era "?*que
ZKS
Stess^ °jmMi *c— - c°»"' ^vindas de cri-
— 559

. . de doutrina comesinha e aceita; mas também


pont0s
revelão velleidades políticas de uma vaidade mal
1 ms artigos
C0?Íla algumas incoherencias e muitas incitações á
disparidade, a fonte de
2 descarnada e descortez nos levão a crer que
»5» estó no seio da verdadeira instituição ma-
Z pe—s
ÇOpor' Maçonicas:
nossa vez diremos ás Potências
Caveant cônsules! .
se deve andar com receios, nesta época de vinganças
Pnroue no campo
a linguagem dos descontentes que
PoLrimidas, contra a de tudo.
rSlo, se postão como esgrimadores proposrto
a fé á.ruelles que hontem em luta «tato-
Cn recúsanios
honesto ao mérito e querem hoje louvar o
tíba recusavão preito
<wl aue se ergue. .
maçonica é mais alguma cousa do que po-
A nossa instituição deve reinar a pu-
é um centro onde
litica vulgar e mesquinha,
das intenções e a philosophia pura das ideas.
reza nos e para
Nós somos tolerantes e reclamamos tolerância para
invectivar aquelles que nao
os outro* e pois, não podemos argu-
de uma maneira desabrida ou violenta;
Lf como nfe,
lutamos com energia e cortezia, lutamos como maçons,
mentamos,
isto é, como homens de bem. da cuna
Na luta que se ha estabelecido entre a propaganda
uma voz autorisada e magna que inspira
romana e o Estado, ha
E a lei saneciona e como a na-
confiança-é a da lei. quando
vai diante e exercita e consumma
tureza em suas evoluções, por
o acto legal. . l^y da An
mestre, riscou
Aquelle que um dia, no Brazil, com mão de do ca-
escravidão, que emancipou o berço
vida social a nossa
de homem livre social, com murto
ptivo e o elevou á cathegòria as com
mais razão, com muito mais coherencia, rasgara paginas
-compêndio do fanatismo - pretende desnaciona-
que o Syllabus
lisar, desconceituar este grande e livre Império. , deste
o piloto que guia a nao
Nas borrascas da vida política
certeira,
Estado, evitará os parceis, correrá ao largo e, com vista
encaminhará a quilha para porto seguro e de salvamento. so
Calmos e confiantes nós o contemplamos nessa tarefa que
mil e fadigas incríveis. Ao pé
lhe proporciona desgostos aos
í.1
- 560
dos poucos zoilos que murmurão, ergue-se a
honesta é d*
consciência que o admira, venera e nelle tem gente

Na opinião, mas muito isolada de Ganganek,
não é Mt.
quem compete a salvação desta crise. a
Ganganelli abusa da penna e do
pensamento e dispara frechas
contra o homem eminente que guia esta
questão episcopo ma-
Ganganelli, para tal empenho, só conhece um
chefe sunrernn
um director—é a si. a«piemo,
Caveant cônsules!
Aqui ha amor próprio em jogo, ha vaidade a disputar
sumpçâo a murmurar. ha lm
'
Para esta questão não basta jogar-se com a
todos os dias, nem com a dissidência individual; jurisprudência de
é preciso ser se
nmuamente sensato e razoável, reflectir muito
para errar o menn*
possível.
A questão não é de democracia, é
questão de philosophia da
verdade. A cor política neste ponto é negra; e o horizonte
luz deve estar illuminado das cores claras da harmonia da
do Íris
Taes escriptos obrigão os que os lêem a tristes reflexões.
Com efleito, carece-se de uma robustez selvagem
para afrontar
a coherencia em doutrinas franco-maçonicas, expondo
os factos
sempre com um resaibo vanglorioso de mal contido
despeito e
sobretudo, com uma descortezia altamente condemnavel
Nestas poucas linhas diz-se lealmente tudo
desperta a
leitura desses artigos, que não as lançamos ao quanto
papel com nenhum
íim de opposição individual.
das idéas ha direito e lugar
jNp pleito para todas as aprecia-
çoes, quando a convicção as legitima.
* %

A ATTITUDE DAS LOJAS DE NOSSA JUKISDICÇAO. -


Nao deve passar desapercebida a conducta
de coherente tole-
rancia. que as diversas e numerosas Lojas
das províncias do
mm aquellas que trabalhão única e exclusivamente em bem da
Maçonana e que são as da obediência deste
Circulo.
f que o -nosso fim é a regeneração desta illustre instituição,
cujo brilho e embaciado pela desordem reina em um Circulo
que
que tem pretenções a ser maçonico.
\

561

de nossas crenças somos atacados, fique ao


no reducto e crueldade; mas
ns mundo sabendo que o é com injustiça
sagrada defeza, que é-nos uni grande direito é
Sm a nossa
cumpre a homens que adorão a verdade e escrúpulo-
fofo como
«mente obedecem á lei. nos elementos da re-
A arvore de nossa liberdade não medra
t mas nos bons principios de cultura. As nossas doutrinas
' somos livres, santa e absolutamente li-
! a a ferocidade, c
commungamos nos festins da ebriedade da
Z porque não
onde se banquetêão aquellés que não admittem gravidade
licença,
nas instituições respeitáveis. contrários. O nosso
Nós levamos rumo diverso do dos nossos
o deve ser acatado e venerado, porque, em-
jornalismo acata que
os membros se
fim vivemos n'uma sociedade culta, onde todos
cortezia e discrição. Tão nownothkgs não somos
devem entre si e indme-
nós que nos deixemos arrastar por essa sumciencia que
rente a tudo e a todos. século
Herdámos de nossos pais principios sãos que o novo
e, nos tornamos dignos da causa que nos
mais illustra, pois,
confraternisa. nossa
Respeitamos a Igreja e o Estado que nos regem, mas em
séria obediência nem podemos ser fanáticos, nem tão pouco
da lisonja; a coherencia de nossas doutrinas nos
servos que
educa na santa liberdade do pensamento, mas também na pureza
da verdade.
Fortes nestes principios, damos no campo da contenda espaço
e combate a todas as iniciativas demagógicas.
De viseira erguida, mostrando a face ao inimigo, nos acharão
sempre os que queirão experimentar a força de nossas con-
vicçoes.
É para nós. povo verdadeiramente maçonieo, inditterente se
velleidades vaidosas, não podendo atacar-nos no reducto luminoso
da publicidade permittida, quizerem na sombra procurar ferir-nos
ou injuriar-nos. .
Este brigandage de recurso de contenda teme-a quem puder
conseguir exercital-a, que nós, legião legal, conseguiremos sempre
alçar; aos braços da cruz da verdade, que domina o mundo, o
estandarte da realidade, ainda mesmo roto ou feito em tiras.
Este pelicano que assenta-se no Valle do Lavradio abriga sob
562
suas azas e dá de seu peito alimento e conforto a todos
aciuelK
que lhe respeitão a antigüidade e a legalidade de sua existenci,
E, pois, nós dizemos a todas as nossas Lojas:
Avante! somos os obreiros do futuro, somos a esperança
fe da humanidade que marchão em romaria cm busca e i
de' h? 1
de paz. Avante! meus Ilr/.!

¦ ¦
.

RECONHECIMENTO DE NOSSO CIRCULO


por potências
maçomcas do Império allemão. — Cartas officiaes, recebidas
Hamburgo neste momento, nos obrigão a dar a nossos de
leitores
a seguinte noticia:
* Na sessão de 24 de Junho
o Sap/. Gr/. Mest.-. Glitza
propôz á Gr/. Loj/. de Hamburgo o seguinte: " Que' a Gr.-.
" Loj/. de Hamburgo
conservasse inalteráveis as amigáveis rela-
"
ções com o Grande Oriente e Supr/. Cons/. do Lavradio,
" não devendo entrar em relações
com o Gr.\ Or.: Unido. ., Aceita
esta resolução, deu-se delia communicação a todas as
GGr.-.
LLoj/. do Império allemão. „
Em tempo opportuno iremos dando conhecimento do
quanto
se nos faz justiça naquella parte civilisada e altamente maçonica
do mundo.
E nisto, como em todos os nossos actos de consciência nenhum
repto lançamos. Coherentes e
justos, procurando elevar-nos cada
vez mais no verdadeiro elemento maçonico, ninguém nos
levar a mal termos a satisfação de annunciar ao nosso poderá
Circulo
estes resultados favoráveis á boa fé com
que maçonicamente
procedemos. E estamos no nosso direito por que o annunciamos
em um jornal maçonico.

UMA OFFERTA DIGNA.-Vai ser oferecido


ao nosso 111/. e
liesp/. Ir.-. Dr. Brancante o seu retrato a
óleo, feito por artista
de nao vulgar merecimento.
Nós o vimos, e achamos ser
grande a semelhança.
Naquella tela traçara o artista o vulto de
um Mac/, cheio de
caracter, de amor dedicado á Ord/. e de
grandes serviços em
bem de nossa causa.
- 563 —

„ é a viva expressão do reconhecimento de mui-


auelia tela
e obreiros que sabem aquilatar virtudes e méritos
t s amigos
m da é um nobre senti-
Vai nTofferta a expressão gratidão, que
aliás, não profana na adulação ou na lisonja vil
mento, o qual,
seus Íntimos impulsos. _
ter de seus companheiros
muito merece deve
Aauelle que eloqüente e
não é salário, mas uma prenda
uma marca, que
qUNosCapplaudimos
a idéa da offerta daquelle retrato áquelle
tanta dignidade e zelo tem sabido subdividir as horas
aue com Maç/.; que
para proveito da Instituição
do trabalho profano,
sempre a servir e prdmpto a sacrificar commodos
está prompto do nosso Circulo.
na propagação das doutrinas
e tranquillidade
*

POSSE DA LOJA AMOR DA PATRIA.-A esta


SESSÃO DE
muitos membros do nosso Circulo, e nella admi-
festa concorrerão
Rit/. Esc/.
rárão a regularidade de seus trabalhos no
aquelle titulo indica nobre e generoso sentimento e o que
Que
todos os seus membros sentem e exercitào.
e mais
Amor da pátria! Onde ha abi mais elevado affecto
este generoso
santa dedicação que traduzão tudo quanto resume
sentimento! .
victimas não forão laureadas com um nome immortal
Quantas seus!
no altar da pátria pela pátria e pelos
que se sacrificarão
A pátria è o nome mais caro que lábios maternos pronunciao
dos direitos e deveres sociaes. A patna e
ao investirem o filho
esta
o nome que se solta entre lagrimas a borbulhar, quando se
e
Com a pátria nos lábios subira ao patibulo o Tiradentes,
Gonzaga, o poeta daquelles cantões de Minas, leva para os areaes
de Moçambique as saudades da pátria e da sua Manha.
Este titulo distinctivo é pois de generosas esperanças. Aquel-
les que a elle se filiarão comprehendêrão tudo que ha de sagrado
nesse sentimento augusto; saberáõ, pois, propagar todo o mere-
cimento desse affecto, ensinando aos indiferentes e aos desoccu-
missão mais nobre do que ganhar dl-
pados que ha no mundo
nheiro, vestir-se e alimentar-se:—ha o amor á pátria!
- 564 -

r Desde que na educação dada ao homem e na sua instrucção


a mãi e o mestre, nas primeiras idades, souberem que é de ri-
goroso dever animar o homem no amor á pátria, logo cedo è
facilmente se poderão inocular esses princípios que achão já pre-
disposição nos instinctos.
Amar a pátria é exercer uma segunda religião: convém que a
tolerância a mais esclarecida a fortifique; que o patriotismo fana-
tico é como o fanatismo religioso, um mal. No justo meio está
a harmonia, está a luz, está a verdade^modus in rebus.
Nós auspiciamos a esta Aug.-. Offic/. um futuro prospero, es-
perando que no seu seio a instrucção maçonica seja uma rea-
lidade.
A beneficência maçonica não consiste só em dar9 mas também
e muito em saber dar, quando e como.
Dar o obolo não é em Maconaria dar uma esmola.
A esmola humilha.
O obolo dado franco-maçonicainehte consola e honra.
A esmola profana, como ella é dada, com ostentação e injurio-
samente, envergonha e abate.
O obolo que a Officina maçonica concede fortifica e conforta,
por que a faz sempre no Santo Nome de Deus.
'
* *

BOLETIM INTOLERANTE.—A's nossas mãos acaba de chegar


um folheto com o pomposo titulo de Boletim da Aug:. e Resp:.
Loj:. Tolerância, e que diz-se campeão da justiça e da verdade.
Para mostrarmos o quilate de justiça e verdade de tal órgão
maçonico, apenas nos occuparemos de cousas que nos dizem res-
peito.
Enviados os papeis necessários á regularisação dessa Loja ao
Gr/. Or/., então unido, forão immediatamente presentes á Com/.
do Bit/. Esc/., que era composta de membros de ambos os Cir-
culos, e na sessão do Gr.-. Or.-. de 1 de Agosto de 1872 foi
apresentado, lido, discutido e approvado o seguinte parecer:
A' GL.-. DO GR.-. ARCH.-. DO UNIV.-.
A' Com/, do Rit.\ Esc/, do Gr/. Or/. Un/. do Brazil foi presente a
petição em que a Off/. Tolerância impetra a regularisação de seus tra-
balhos,
565

a Aug/. Off.\ Luz o Ordem representa contra a inau-


C mo porém,
d'aquella Loja, é a Com.-, de parecer:
guração
n a petição referida seja coníidencialmente enviada á OlT.\ mais
. fo Vai/, de Porto-Alegre, para esta informar, com a possivel
a respeito.
ulgencia, o que occorrcr
i io-• oc.*., em 31 de Julho de 1872.— João Wlllion o Silva, 33. \—
V J de Lima Barros, 33.'.—Manoel Joaquim de Oliveira, 33.\—J. A.
— José Maria Pereira, 33.\ — Antônio Ernesto
da Silva Freitas, 33.\
Rangel da Costa, 33. \
Ora em virtude deste parecer insuspeito, solicitou a Gr/.
Secret/. Ger/., por prancha firmada pelo Gr/. Secret/. de então,
Dr. A. F. do Amaral, ao Resp/. Irz. Miguel Henisen, Venz. da
Aug/. Loj/. Progresso da Humanidade, as precisas informações.
Estas nao vierão, nem recusa do encargo confiado ao Ir/. Heni-
sen, e portanto o Gr/. Or/. aguardava tranquillo as informações
para proceder com justiça. Haverá nisso motivo de cen-
pedidas
sura? A respeito de metaes a questão é mais interessante.
A quantia de 233$ foi entregue ao Gr.'. Thes/. int/. do então
Giv. Or/. Un/., e sendo passado os competentes recibos, este
só era depositário dessa quantia pertencente ao Gr/. Or/. e que
só podia ser entregue á Loj/. Tolerância, no caso de ser rejei-
tada a sua filiação e regularisação, art, 110 dos regulamentos
geraes da Ordem.
Ora, não havendo indeferimento á petição, é claro que o Gr/.
Thes/. Ger/. não podia sem ordem legal entregar esse deposito.
Rompendo-se a união e não existindo mais Gr/. Or/. Unido,
senão na imaginação dos membros do Circulo Benedictino, é lo-
gico que o Gr/. Or/. do Brazil mantivesse essa quantia em seu
poder até decisão final do assumpto. Além disso devia o Gr/.
Or.-. do Brazil entregar o dinheiro ao primeiro individuo que se
lhe apresentasse dizendo-se procurador da Loja? Embora esse
indivíduo se chamasse Pedro, Paulo ou Martinho, tinha direito a
representar a Loja sem apresentar um documento que lhe facul-
tasse poderes para, perante o Gr/. Or/., allegar em nome da
Loja a sua escolha para este ou aquelle Oriente? Responda a
sã razão.
Entretanto o que fez o Gr/. Or/. do Brazil logo que teve co-
nhecimento de que semelhante Loja não podia, nem devia fazer
parte do seu grêmio? Entregou sem mais duvida alguma a esse
individuo, que se allegava o nome de procurador, a quantia de
— 566 -

233$, que fora depositada no seu cofre. Com esse


procurador
deve entender-se a Loja Tolerância, visto como com elle deve
achar-se a dita quantia, se não chegou ao seu destino.
O boletinista intolerante engana-se quando diz que houve de-
mora na decisão por conselhos ou suggestões de velhos empre-
gados, etc.: a demora foi motivada por escrúpulos naturaes e por
cumprimento do art. 108 dos mesmos regulamentos geraes. Nem
o velho empregado entrou em semelhante questão; ella só foi
affecta ao joven secretario, que se dizia director da situação.
Estamos convictos de que as verdades «apregoadas pelo Boletim
da Tolerância são do jaez da que acabamos de refutar, e
por
isso, e faltando-nos tempo e espaço, o deixaremos em socego até
que os seus botes pouco maçonicos nos despertem do nosso ca-
minhar de paz e de progresso, apezar das machinações
jesuiticas
e intolerantes.
Ainda uma palavra. O Gr/. Or.*. do Brazil nunca teve tenção
de mandar expedir o Breve para a Loja Tolerância, e só o faria
se a dita Loja fosse composta de maçons zelosos e dignos, o
que
temos o direito de duvidar pelas asserções injuriosas e
pouco
maçonicas que nos dirigem.

* *

LOJA CAPITULAR ACÁCIA RIO-GRANDENSE. - Esta Off.*.,


trabalhando ao Vai/, do Rio-Grande do Sul, foi fundada em 1867,
sendo seus fundadores 26 distinetos e respeitáveis maçons, e
desde essa época, devido não só á escolha que ella tem sabido
fazer de profanos e mesmo de filiandos, como também á harmo-
nia que sempre tem reinado entre seus obreiros, a boa ordem
em seus trabalhos e a alguns serviços por ella
prestados, já a
llr/. seus, já a profanos, tem ido em continuo
progresso e conta
hoje em seu Circ/. activo 138 OObiv.
Pela quinta vez festejou ella no corrente anno o orago da
nossa Subi.*. Ord.*. na noite de 23 do corrente mez.
Buscarei, se tanto me for possível, descrever o mesmo festejo.
A's 7 horas da noite achav£i-se á
porta do vestibulo do nosso
Templo a commissão nomeada para receber os numerosos e dis-
tinetos IIiv. convidados, como também suas Exmas. famílias,
que
logo erão conduzidas ao salão
que lhes estava destinado, o qual
se achava elegante e brilhantemente adornado.
— 56Y —

B°ras achavão-se reunidos no vestibulo do nosso


m 1 %
mais de 280 OObr/., entre convidados e membros
Templo paia
do nosso Circ.
horas, aberta a porta do nosso Templo, forão intro-
A's 6 Vi
, idos os nossos Ilr/. convidados e conduzidos aos lugares que
segundo seus gráos, e logo forão abertos os tra-
lhes competião,
balhos no gráo de AAppr/. -
* Vétt/; Joaquim Nicoláo de Almeida, grão 30, em elo-
O Resp
agradeceu aos RResp/. Ilr/. visitantes por terem
nuentes phrases
mais abrilhantar a nossa festa, sendo,
vindo com suas presenças
applaudidos pela tríplice bateria, applausos estes que
além disso,
forão pelos mesmos Ilr/. retribuídos.
Templo achava-se resplandecente de luzes e decorado
O nosso
verdes festões de odoriferas flores contornavão as
com esmero,
dezaseis grinaldas de camelias adornavão as paredes
columnas,
bonitos vasos com escolhidas flores ornavão o altar
do Templo 'mesas
do V e 2° Vig/., do Orad/. e Secret/.
do Ven/.,
da Loja erguia-se um altar onde se vião todos os
No centro maço-
nossa lithurgia, para o baptismo
emblemas exigidos pela
nico que ia ter lugar.
dos trabalhos, o Resp/. Ven/. pedio aos
Após a abertura
• • convidarem as respeitáveis famílias dos nossos
Ilr Wig para a ce-
em nosso Templo, e logo teve começo
Ilr*/'. para entrarem
do baptismo maçonico de quatro lutenos, filhos de Ilr/.
remonia
do nosso Circ.\
e magestoso
Não é possível descrever-se o effeito imponente
apresentava o nosso Templo, ao vêr-se 200 Ilr/. guarne-
que altos occu-
cendo a archibancada, 60 Ilr/. que por seus grãos
os Ilr/. que se achavao nos
pavão o Oriente, não contando-se
cargos que exercem em Loj..,
lugares que lhes competião pelos
centro
e, para o completo, perto de 300 senhoras occupavão o
simplesmente um claro onde se achava
da Loj/., havendo nelle
collocado o altar para a ceremonia acima dita.
o aroma de mil variadas e odoriferas
0 conjuncto das luzes,
flores, o perfume que as nossas 1111/. convidadas de seus lenços
espargião, as vozes suaves e melodiosas de três RResp.. lli..
hymno maçonico, acompanhado de
do nosso Circ/. cantando o
krmonicordium, tudo isto reunido parecia-nos ter transportado
568
a região celeste, onde só se ouvem os cânticos
elevão ao Sêr de todos os seres, o Supr/. Arch/. que os• aninc
do Un
Effectuados os baptisados, circulou o tronco de
beneficência
cujo producto foi applicado a pessoas necessitadas,
sendo m
seguida concedida a palavra a bem da Ordem em
Então o Resp.-. Ir.-. Amuleto Ramos de Mello,geral
Orador da
nossa Off.-., tomando a palavra e dispondo de talento
não vul
gar, da palavra insinuante e persuasiva e dessa inteligência
e profunda, dotes estes que só a natureza concede
yasta
les de seus escolhidos, recitou o seguinte discurso: áquel-
í Nobres e virtuosas senhoras e meus RResp.-. Ilr - - Com
memora a Loj.-. Cap/. Acácia Rio-Grandense
com pomposo festejo o dia do seu orago, e no pela quinta vez
seu Templo tra-
jando galas, no Templo da Instituição que abraça com a sua
historia a humanidade inteira; hoje, aformoseada
com as vossas
presenças, nelle tomando lugar a santa virtude e os dotes bellos
o respeito e as puras crenças, parece ouvir-se o cântico
humilde
mas cheio de fé da triste humanidade
" Forte na sua humildade, glorificando a Deus.
porque o sustenta a Fé; descrente
das humanas glorias, porque a Esperança o alimenta
com a lem-
branca da paz de além-tumulo; amando o seu
a sublime e santa Caridade lhe faz ouvir a cada próximo, porque
momento a sua
doce e soluçante voz,-o Filho da Viuva, o Obr/.
que vos di-
nge a palavra, e que immerecidamente occupa o alto
cargo de
Orad/. desta Aug.-. e Resp.-. Loj.-., atreve-se ainda
a erguer a
sua débil voz neste recintho, não
para entreter-vos durante ai-
guns momentos, como já uma vez o fez, mostrando-vos
lavra a grandeza e excellencia de nossa Ordem; não pela pa-
para tratar
da moralidade, como fez o intelligente e Resp.-.
Ir.-, que no
anno passado prendeu a vossa attenção; mas sim
para fallar-vos
de suas bases, dessas bases moraes em ella se tem susten-
tado desde os primitivos tempos e ás que
quaes o christianismo deu
o nome de—virtudes theologaes.
" Demasiado
pesada é a tarefa, eu o conheço, muito árdua a
missão que a mim mesmo impuz, nobres
senhoras e meus
KKesp.-. Ilr.-., pretendendo fallar-vos dessa
trindade sublime,
desses três divinos sentimentos com
que o Supr/. Arch.-. do
Un.-. brindou a humanidade,
para que ella melhor conhecesse a
sua existência, e pela sua gloria soubesse melhor
lutar contra
569 -

da vida; mas se não tenho, por desgraça minha, a


males
felicidade de possuir a fé de um S. Paulo, nem a elo-
1Lnensa tenho entretanto profunda
cia de um Bossuet para fazêl-o,
e firme convicção de que não é só o condor, o habitante
crença de não é só a
é visto pelo Omnipotente; que
das alturas, que
do que se faz ouvir junto do seu resplendente throno:
voz gênio
o chiar do misero e fraco passarinho que rasteja
que também
terra, porque não tem voz para erguer, melodioso canto,
pela
forças alteroso voar; que também a prece do misero
nem para
sua única conselheira
mortal que toma a própria consciência por
da vida - é por Elle aceita com a mesma infinita
no caminho
bondade que o distingue.
« Oh!. muitos e muitos homeus, letrados e illetrados, na ac-
descrôm da Omnipotencia divina e dos progressos da
tualidade
um anno
humanidade; mas assim como um povo no espaço de
forma uma nação, e uma nação no espaço de um século não
não
tem historia, a humanidade, no espaço de seis idades decorridas,
ter conseguido o grão de perfeição moral que almeja.
não pode
Todos descrêm, todos querem de um momento a outro a perfei-
e absoluta do homem; só o maçon espera; só o
ção perfeição
maçon confia: hoje, como outr'ora, quando elle via cahir por
terra os muros da soberba Babylonia e desapparecer o Império
dos Assyrios, elle abriga no coração os diversos sentimentos da
Fé, da Esperança e da Caridade, pedindo só a Deus a perfeição
relativa da humanidade, porque conhece que a absoluta só a
Deus pertence; hoje, como outr'ora, elle continua a confiar e
esperar, e firme sobre as mesmas bases, alimentando as mesmas
crenças e convicções, elle ergue cheio de fé seus hymnos de
amor ao Sêr de todos os seres; não deixando, como fazião os
bardos do Thabor, os cantores do Hermon e do Sinai (atrevem-
do-me a parodiar MontfAlverne na sua elegante phrase), os seus
alaúdes pendurados dos salgueiros; não escondendo as faces
humedecidas de pranto, e não abandonando as cordas frouxas e
desafinadas dos seus instrumentos músicos aos ventos das tem-
pestades.
" Mas deixemos as crenças dos homens e suas convicções
pelos três sublimes sentimentos de que vos quero fallar.
" Fé, Esperança e Caridade, mimoso ramalhete de celestiaes
e odoriferas flores, como sois bello!
- 570 -
" Como fruindo a humanidade teus odores
encontra em si
mesma força tanta para firme resistir aos males todos!
" Desde a infância tu acompanhas sempre
o homem; tu miti-
gas, oh Fé, suas dores e seus pezares; tu alimentas, oh Esperança
seus desejos e seus anhelos; e mostrando-lhe tu, oh santa Cari-
dade, o nada humano, no seu coração fazendo vibrar sensíveis
cordas, tu o obrigas a 'amar seu semelhante, por elle velas e
enxugas seu pranto!
" Como sois fortes e e divinaes sentimentos!
" Como á humauidade poderosos, puros
provais que de Deus vindes ao coração
fallando á consciência!
" Na adversidade, nas vascas da morte, o homem
a ti se
abraça, oh Fé! para a alma fortalecer e tranquilla poder a vida
deixar pela eternidade: e se tu, Esperança, lhe mostras por en-
tre fagueiros sonhos, por entre os escolhos da mundana vida a
luz brilhante da perennal ventura; se a miúdo roçando tuas ni-
veas azas pelo seu alquebrado espirito, o vais levando, a lutar
com os males, fruindo gozos, para o mundo ignoto de além-
túmulo: tu, bella e santa Caridade, dilecta filha de Deus, bri-
lhante raio de sol, dourando nuvens; tu lagrimas lhe fazer ver-
V ter, gemer seu peito, e á miséria mandando-lhe estender occulta
a dextra, com ella repartir do trabalho o fructo.
" Mas
que bem tem feito á humanidade esses três sublimes
e divinaes sentimentos a ella doados pelo Supiv. Arclv. do
Un.'., esses três sentimentos, que do homem moral sempre após-
sendo-se, tem sempre delle feito um instrumento ?
" Quaes as obras da Fé, da Esperança
e da Caridade ?
" Eu vos digo, nobres e virtuosas senhoras e meus RResp.1.
Ilr/.
? Eu vos digo quaes as suas obras, não baseando-me na his-
toria do christianismo, mas sim na historia da nossa sublime
Instituição que na antigüidade teve o nome de—Mysterios—, e,
depois que o Divino Martyr remio a humanidade com o seu pre-
cioso sangue do cimo do Golgotha, o de — Maçonaria.
" Na Allemanha, na sabia
Allemanha, como a chamão abali-
sados escriptores e profundos observadores, nós temos o insti-
tuto das escolas, fundado em Berlim em 1819 pela Gr.-. Loj.'.
Nacional do mesmo paiz, enriquecendo-se annualmente com os
donativos que não cessão de fazer-lhe os maçons. de todas as
DEafll

- 571

em Praga, vemos um hospício para pobres e


tt «. da Rússia: e
• em Berlim, Stetim, Presburgo
Ls bibliothecas publicas
em Meiningen, um seminário normal para a educa-
SmbuWo;
~!Trhnaria; escolas publicas e gratuitas em Dresde; em Er-
elementar do Resp.'. Ir.-. Liedersckron; em
fli a instituição das viuvas, uma caixa de
5« um estabelecimento em favor
escolas do domingo e bibliothecas das LLoj.-
oceon-os, en-
«Se passarmos á livre, industrial e poderosa Inglaterra,
de beneficência, a escola real dos franco-
aramos o comitê esses que
Instituição maçonica; estabelecimentos
Icns e a a Caridade nos
imperão a Fé, a Esperança e
Trovão até onde fundados os
da Viuva, c os novos asylos para
Stos dos Filhos indigentes de ma-
desgraça e as viuvas
maçons cahidos em para
esses três su-
ainda o quanto lhes são conhecidos
II attestão
blimes sentimentos. a
« E não é só nestes dous paizes que se vêem os fruetos dos
sim, mas sempre humanitários trabalhos
seus mysteriosos,
< Na Escossia ainda temos a enfermaria real de Ldimburgo,
na França, a casa central de soccorr^
construída em 1738; de Maç> de
do mesmo paiz em 21
fundada pelo Gr.-. Or.-. de New-
o banco maçonico do estado
1840; nos Estados-Unidos, destinada a
de soecorros mútuos,
York, espécie de sociedade sus-
têm necessidade de dinheiro para
soecorrer os maçons que
e se de novo voltamos a Europa, en-
tentar o seu commercio;
de
contramos: em Hamburgo, um estabelecimento ^cencia na i-
dos cegos, fundado em 1808;
Em Amsterdam, o instituto
filhos orphãos dos maçons, em cujo estabe-
landa, a escola dos e
alimentados, vestidos e instruídos
lecimento são elles criados,
a casa de soecorros para os orphaos
em Stockolmo, finalmente,
fundado em 1753 com o proclueto
rico e grandioso estabelecimento
LLoj.'. suecas, dotado em 17b /
das collectas especiaes feitas pelas
somma de 135,000 francos, e em 1778
pelo Ir.-. Rohan com a da buecia.
com a de 26,000 annualmente pela própria Rainha
¦ São estes,'nobres e virtuosas senhoras e meus RLesp.'. lir. •>
os fruetos da Fé, da Esperança e da Caridade WW^g
nossa
esses estabelecimentos pios o resultado dos trabalhos da
ser visitados pelo ua-
Instituição, estabelecimentos que podem
fallar.
jante observador nos paizes de que acabo de
« Foi a Fé maçonica os erigio sem o auxilio dos govei-
que
— 572 —
nos, sem o óbolo dos indigentes, para provar aos
olhos do.
mortaes a crença que guia os Filhos da Viuva; foi a
Esperai
que elles alimentão de vêr o moral do homem aperfeiçoado tS
onde seja possível, por graça do Omnipotente; foi, finalmente
amor do próximo por elles posto em pratica, em reserva o
tamente, como ensinou o Christo. occíil
'.
"E
quando esses estabelecimentos não bastem para provar eviden
temente como coinprehendem elles esses três sublimes sentimentos
o quanto tem com elles feito a nossa Instituição de bem.
de útil
a humanidade e ao seu progresso moral, não existem ainda
sobre
o terreno europeu esses magníficos templos christãos, construídos
na idade média pelo braço do maçon,
para attestarem que a
nossa Ordem tem por bases santas e immutaveis
princípios -
que o maçon, considerando-se cosmopolita, — foi e é sempre o
mais humilde servo do Supiv. Arch/. do Un.-. ?
" Não se achão
espalhados por entre os povos cultos e incul-
tos da terra, mesmo na nossa sociedade, milhares de
viuvas,
orphãos e desvalidos, que vêem enxutas as suas lagrimas, forta-
lecidas as suas crenças e mitigada a sua fome e a sua miséria
pela Fe, Esperança e Caridade maçonicas ?
" Creio dizer a
verdade, nobres e virtuosas senhoras e meus
RResp.-. Ilr/.
" E entretanto a humanidade,
sempre aprendendo e sempre
errando, sempre descrente e duvidando, mesnn* curvando-se ante
a evidencia, deixa-se levar para as trevas,
quando muitos ho-
mens que delia fazem parte lhe mostrão a luz e um caminho
sem obstáculos para a sua felicidade no futuro!
" É
que, nobres e virtuosas senhoras e meus RResp/. Ilr/.,
a ignorância e a superstição ainda imperão no
prodigiosamente
espirito humano; é que o egoísmo, a ambição do mando, de
riquezas e glorias mundanas dominão muitos homens,
transfor-
mando em corações de mármore, corações só devião palpitar
que
de amor pelo próximo, e fazem de esclarecidas intelligencias,
de
íntelhgencias que devião pregar só a verdade-os
seus princi-
paes sustentaculos.
* E
por isso que a nossa sublime instituição foi tão perse-
guida; muitos filhos da viuva, RResp.-. Ilr/. nossos, encarcera-
dos, martynsados e queimados em
\ praça publica para que a
verdade morresse com elles; e a humanidade
embrutecida, por
- 573 -
k

a esclarecessem, servisse de instrumento


a hnmens que
e da amhição de mando e de riquezas.
^mãos
M* do egoisino
à*«Í da humanidade te»»
T ImSSS* se os
£b« Pela prepotência, pela rtlvaaei,
Ca :TJXS se sobre
vingal-os esclarecendo o homem;
1 Tlr têm sabido restos elles tem
sem tristes e mortaes
Tcampas^e cobrem acerba saudade, do mars m-
os emblemas da mais
1 dTpolr
*"." não existências neste mundo, se a Fé,
oCímporta as suas nos bafeja, se a Caridade,
p nos sustenta, se a Esperança, que
fazendo-nos ouvir a sua doce voz, nos
S SíS%am, santos, que elles ,a e-
tTm&* mmm por pltacipios dos mundos o mereculo
das mãos do Supremo Arbitro
tb» suas virtudes i
nrPtnio de sua constância e de
P inimigos de séculos recomeçao a
Ê em vão que os nossos
otipita rontra a nossa instituição. .
rgno-
TIS a malvado,, e o egois.no, sustentados pela
de novo ani^iosh
rancia e a superstição, procurão nos m ^_ustiçae
» Os golpes sobre golpes atirados contei pela
como vós acto de ver, a nao
as humanas ambições principia»,
o desejado efeito, e porque ? . _,,
produzirem razão nos defendem.
a
I Porque justiça, a lei e a
« E porque nos defendem ellas?
os cultos po osja b
• Po q» o século XIX, entre povos
em parte aos ™
W. esclarecidos, devido grande
^ f5.
numero^dessesJ
deve ser contado no
sublime instituição, não o |J*g
cios perdidos »as brumas do passado,
do homem - extmetas fogueiras
lembrança sua á intelligencia
contendo ossos humanos calcinados.
¦ Porque o homem,esclarecendo-so e dlustrando-se **^
vencer com tantafac hdaoe
vação de cada dia, já não so deixa r ««^^
o o sophisma, já conhece melh
pela hvpocrisia ngtn o, P™« nj
o do
, ajudado pela razão, separa justo ma Jroo
conseguir
mais calma, sisudez o reflexão a causa do para
'
efeito que deseja o seu socego a sua ^cidade.
" Porque o Sup.-. Arch.'. do Univ.., fiüalme^' 7
como "8eM| su,
aquelles que comprehendem a Fé, a Esperança, a Un
blimes sentiment s devem ser comprehendidos; porque
— 574 —

dade é praticada como o ordenou o Homem-Deus


pelos Filhos
da Viuva, que sempre injustamente perseguidos e sempre
milde, sempre trabalhando pelo bem da humanidade e hu
sempre"
lutando contra o vicio; firmes sobre as mesmas bases e
susten-
tando os mesmos princípios, não admitam, nem admittiráõ
mais a infalibilidade do Supremo Creador de todas as cousas já-
na
pessoa de um simples mortal.
" Nobres e virtuosas
senhoras, ou antes mimosas violetas
vos escondeis por entre viçosas folhas; modestos e delicados que
bo-
toes de rosa, que timidamente consentis
que Amor se vos appro-
xime; bellissimas rosas, que fazeis a felicidade d'aquelles
que se
embriagão com os vossos perfumes; roxos lyrios,
pendidos sobre
a haste, como vencidos pelo tempo, perdoai-me se
por tão longo
espaço me atrevi a occupar a vossa attenção.
' Era
preciso sustentar santos princípios, era necessário fallar
da Fé, Esperança e Caridade maçonica, sobretudo na actualidade,
quando a nossa instituição é injustamente atacada de novo|
quando innocentes crianças, baptizadas segundo a nossa lithurgia'
vêm pedir-nos um pouco dessa Fé que
possuímos, dessa Espe-
rança que alimentamos e lições de bem entendida Caridade.
" Eu vos agradeço,
nobres e virtuosas senhoras, em nome desta
Aug.-. e Resp.'., Loj.-. as vossas presenças neste festejo,
pois
que com ellas ainda mais o aformoseais.
" A' vós, IIll.-. e RResp.-.
Ilr.-., que hoje descansais á sombra
da arvore da tranquillidade, fatigados
pelas insanas lutas que ti-
vestes de sustentar, eu vos dirijo a saudação e o agradecimento
do filho humilde e respeitoso, e tendo o atrevimento de fazer-me
o interprete dos vossos sentimentos e dos desta Loja, saudando
a vos, IIll.-. e RResp.-. Ilr.-.,
que actualmente fazeis parte de
outros Círculos activos; á vos,
que também viestes honrar com
as vossas presenças este festejo, eu vos dirijo
as seguintes e
nnaes palavras, dictadas coração:
" As pelo
puras crenças triumphão sempre, máo grado a guerra
que a malvadez lhes move.
" A humanidade
obterá a perfeição moral, apezar dos obsta-
culos que lhe antepõe o vicio.
" Firmes nos
nossos princípios, e tendo a nossa instituição as
mesmas bases, sempre lutaremos vantajosamente
contra os nossos
— 575 —

a tolerância fôr a nossa fiel e inseparável


inimigos, emquanto
CtPrtm com a Esperança que alimentamos
?'Fé que possuímos,
obteremos o final triumpho, res-
Caridade que praticamos, com os
aos golpes que nos são atirados,
Udendo tão somente
Racine:
seguintes versos de
des flots,
« Celui qui met un froin à Ia furem-
Sait aussi des méchants arrêter les complots. »
«
aos mares diz:-Conservai-vos mansos;
« Aquelle que
»
«Os bons dos máos sabe livrar potente.
mais dous RResp.\ Ilr/. convidados apresentarão peças
Ainda deixo de as
não tornar-me tão extenso,
de architectura que, por
transcrever. . orao^^
de malhete,
Encerrados os trabalhos por um só golpe desti-
Exmas. senboras ao salão que lhes estava
conduzidas as remando a
teve lugar um esplendido baile, no qual
nado onde 6 horas
e a harmonia, só finalizou as
completa satisfação perfeita
da manhã de 24.

Administrações de LLoj/. e CCap/. para o presente


anno maçon/. 5873.

LOJ/. FIRMEZA E HUMANIDADE, ao Or/. de Pernambuco.


—Ven/., Manoel dos Santos Villaça, 33/.
1." Vig/., Luiz Fonseca de Macedo, C.\ R.\ !$,:..
2.» Vig/., Antônio Bau, C/. R.\ */.
Orad/., Francisco Martins Rapozo, 33/.
Secret:., José Francisco de Figueiredo, 17/.
Tlies//, Antônio José Pereira da Cunha, C.\ R. tf/.

* *

LOJ.*. FIDELIDADE E FIRMEZA, ao Or/. de Porto-Alegre,


-Ven.-., Dr. Antônio Pereira Prestes, 30.-.
l.° Vig.-., Domingos José Ferreira Bastos, C.\ K/. tf..
2.° Vig/., João de Castro do Canto e Mello, 30/.
Orad.-., João Affonso de Freitas Amornn, 33/.
Secret.-., João Corrêa Leans, 30/.
Thes:., Antônio Maria de Freitas Santos, 3/.
576

LOJ.'. AMOR DA PATMA, ao Or.'. do Gr.'. Pod.'. Centr.-.-


Ven/., Luiz Innocencio dos Reis, 33/.
1.° Vig/., José Antônio Soares Leitão, 32/.
2.° Vig/., Jacintho da Costa e Silva, C.\ R/. >¦$</.
Orad/., Torquato dos Santos Figueiredo, 30/.
Secret/., Raphael Augusto Dias de Carvalho, 17/.
Thes.-., Antônio Pereira da Costa Magalhães, C.\ R.*. >$<.•.
*
* *

CAP.'. FIRMEZA E HUMANIDADE, ao Vai.', de Pernambuco.


-Arth/., Francisco Martins Rapozo, 33/.
l.o Vig/., Antônio Joaquim Moreira Sampaio, C.\ R/. >•}</.
2.° Vig/., Luiz Fonseca de Azevedo, C.\ R.\ ^/.
Orad/., José Barboza de Miranda Santiago, 30/.
Secret/., Manoel dos Santos Villaça, 33/.
Thes/., José Joaquim da Cunha, 30/.
*
* *

CAP.'. FIDELIDADE E FIRMEZA, ao Vai.', de Porto-Alegre.


-Arth/., João Affonso de Freitas Amorim, 33/.
1.» Vig.'., João de Castro Canto e Mello, 30.'.
2.° Vig/., João Corrêa Leans, 30/.
Orad/., Dr. Antônio Pereira Prestes, 30/.
Secret/., Domingos José Ferreira Bastos, C.\ R.\ •j-»/.
Thes/., Leandro Antônio de Andrade, 30/.
*
* *

CAP.'. ARTISTA, ao Vai.-, de Pelotas.—Arth.'., Coronel João


Baptista de Souza Braga, C.'. R.'. *$.%
l.o Vig/., Firmino José Machado, C/. R/. *f</.
2.o Vig/., Domingos Maria Forcada, C.\ R/. %.:
Orad/., João José cia Costa Lima, C.\ R.\ ^/.
Secret/., João Pinto de Miranda, C/. R/. fjv.
Thes.'., Roberto Borges da Silva, C*. R,\ «jrV.
*

CAP.'. UNIÃO ESCOSSEZA, ao Vai.-, do Gr.-. Pod.'. Centr.'.


-Arth/., Pedro Gonçalves Teimo Leite, 30/.
l.° Vig/., Luiz de Meira e Silva, 33/.
2.° Vig.., Manoel Antônio de Mendonça Christo, G/. R.'. #.'•
Orad/., José Gomes da Silva Vasconcellos, 30/.
Secret/., Miguel Nunes cie Moraes Osório, 31/.
Thes/., Vital de Oliveira Fontes, 32/.
* *
- 477

DEZEMBRO, ao Vai/, do Gr/.


• PHFNIX DOUS DE Carvalho, C.-. B. - * -
Victorino Joséide
Çtf^l^Artlí:-
f'# ££ Sei José de Oliveira, 30/.
Martins Tavares, 30 .
h% VifV, Luiz
i8 "CÀTonnpl T)io»o dos Santos, 30/.
<gfr Fer^a de Magalhães, 3.,.
* AnSnio
Alves Pereira da Rocha, 32..
ffg Antônio
ao VaU do Gr.-. Pod.-.
Oip. CONCÓRDIA SEGUNDA
de Souza Alves C.. R. • *..
« -Arth/., Paulo Procopio Ribeiro, 80..
lí'Vig/.,• Clementino Teixeira Lopes, C.. R, f • •
y v | José Emilio
a'J. Tose Thomaz Ribeiro Povoas, 31.. 32..
Bittencourt,
g& i»>é Espindola,to Garcia, 32..
Thes.'., João Baptista

Vai.-, do Gr/. Pod.-. Centr/.-Arth.-.,


CAP- SILENCIO, ao 30/. .
Estevão de Araújo Marques, de biquei a, àó..
1.. Vig/., Antônio Martins «í- •
de Lima, 0.. K..
2. Vig' José Jacintho
Orad/., Francisco Marinho Bastos^30/.
Jorrara, C R.. *. •
Secret.'., Leonardo Antônio
Francisco de Carvalho Viena, áü..
Thes:., José

Acvm ao Vai/, do Gr/. Pod.-


CAP:. ASYLO iu
mr> DA PRUDÊNCIA,
LLxrv \ \\n vovó* da Fonseca, 13:.
- Francisco Antônio Ne^ es da
Centr:. Sapient:., lá..
1." Vig:., José Maria Maciel Pinto, Armond, Io..
r Vig:., Manoel Antônio Barroso
\ô..
Orad:., João de Araújo Souza Braga, 13.. • .
Secret:., Cândido José de Mendonça,
Thes:., Francisco Pereira Carneiro, lá..

CAP:. IMPARCIALIDADE ao Vai.> cáX^?$\?4'.:.


Guimanies, u. nr
Sapient:., Francisco Guedes de Araújo
Pinto Guimarães, U. K.. T-
l.o Vig/., Manoel Francisco n.; •
2.o Vig:., José Leite de Magalhães, C.\ T-
Orad:., Sabino Luiz de Souza, C:. «••*•¦
Secret:., Joaquim Moreira Mendes, C/. K..C..T- K..v T- -

Thes/., Antônio José Baptista de Lemos,
578

EXPEDIENTE.
-*-

A Grande Secretaria Gerai da Ordem, ao Valle do Lavradio


n. 53 K, acha-se aberta diariamente, das 9 ás 2 horas.

O Sob.'. Gr/. M/. Gr/. Com/, da Ordem despacha todos os


dias, devendo as petições ou requerimentos serem entregues na
Gr/. Secret/. Ger/.

O Giv. Secret.-. Geiv. da Ordem attencle a todos os Maçons


que o procurarem na Gr.". Secret/. Ger.\, á 1 hora da tarde de
todos os dias úteis.

Todas as noticias ou informações que tenhão de ser publica-


das no Boletim Ofíicial devem ser dirigidas ao Redactor em
chefe, rua do Lavradio n. 53 K.

Nous prlons tous les rédacteurs auxqucls nous cnvoyons uotre


Bulletin de vouloir blen nous reincttre en échange régulièrement leurs
Journaux. «
Adresse du Secretarial: - Rua do Lavradio n. 53 K.
Rio de Janeiro. — Brésil.

i -
iyp. do Grande Oriente, ao Valle do Lavradio 53
%

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