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7/15/2019 Manual de Instrução do 3º Grau Mestre - REAA

GRANDE SECRETARIA GERAL DE


ORIENTAÇÃO RITUALÍSTICA
GRANDE SECRETARIA GERAL DE ORIENTAÇÃO
RITUALÍSTICA ADJUNTA PARA O
R∴E∴ A ∴ A ∴ 

MANUAL DE INSTRUÇÃO
DO GRAU 3
MESTRE
RITO ESCOCÊS ANTIGO E ACEITO
R∴E∴ A ∴ A ∴ 
 Álvaro Gomes dos Santos
Ex- Gr ∴ Secr ∴ Ger ∴ de Orientação Ritualística
G∴ O∴ B ∴ 

Fuad Haddad
Ex- Gr ∴ Secr ∴ Ger ∴ Adj ∴ de Orient ∴ Ritualística para o R∴E∴ A ∴ A ∴ 
G∴ O∴ B ∴ 

Nilson Alves Garcia 


 Adj ∴ da Gr ∴Secr ∴Est ∴de Orientação Ritualística para o R∴E∴ A ∴ A ∴ 
G∴ O∴ E∴ G∴ 

Grande Oriente do Estado de Goiás


Grão Mestre: Eminente Ir ∴ OCLÉCIO PEREIRA DE FREITAS

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TERCEIRO GRAU
 Algumas considerações sobre o Grau de Mestre
CRIAÇÃO DO 3º GRAU MAÇÔNICO

A exigência da lenda do 3º Grau simbólico é um dos “landemarks” da Maçonaria Uni-


versal e regular, embora a sua instituição se haja efetuado no século XVIII, com modifica-
ções até o século passado, época em que, por falta de conhecimentos e divulgação da cultu-
ra, muitos maçons ainda acreditavam realmente que a Maçonaria nascera com a constru-
ção do Templo de Salomão e que o artífice fenício Hirão Abi (Hirão, meu Pai) tinha sido as-
sassinado por Companheiros Infiéis, fato que jamais aconteceu. Os historiadores autênticos
da Maçonaria e os estudiosos das universidades cuidaram de impor a verdade rebuscada
desde meados do século passado. Neste século de energia nuclear, televisão e viagens es-
paciais, a Maçonaria, investigadora da verdade, mas tradicional, conserva a lenda do assas-
sinato do Mestre como uma espécie de parábola cheia de ensinamentos e como uma tragé-
dia
tiçasugestiva, de modo
e Fraternidade, a lembrar
sempre ao iniciado,
revelados, desdepara sempre,
a antiga a ressurreição
Sabedoria, dos ideais
porém sempre de J us-
despreza-
dos ou relegados ao esquecimento, pelos seres humanos atacados de inveja, ambição e
orgulho. Estas três paixões, representadas pelos traidores J ubelus, J ubela, J ubelum (corrup-
tela de “zibulom” levada ao masculino, feminino e neutro latinos e não com outras expres-
sões semelhantes), constituem, na lenda, um anátema contra os eternos ignorantes, inimi-
gos da Ciência e da Verdade, exploradores da credulidade pública e defensores das supers-
tições e do obscurantismo.

Sem dúvida, a lenda maçônica não passa de uma admirável síntese a realçar um de-
nominador comum – o ideal de conquista da Fraternidade Universal. E não lhe faltam raízes
históricas, embora não
gens. O assassinado passe(odeelevado),
é Hiram uma reprodução de tragédias,
filho de uma comde
viúva da tribo mudança
Neftáli. de persona-

A comparação histórica revela que a lenda maçônica do terceiro grau se impôs para
demonstrar aos iniciados, acima de tudo, a semelhança de lendas através dos tempos e o
perene valor das idéias mestras. Nada mais propício para conciliar homens e mulheres de
todas crenças, concitando-os à tolerância e libertando-os do dogmatismo e do fanatismo.

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DECORAÇÃO DO TEMPLO
As paredes são completamente negras, semeadas, de espaço a espaço, de lágrimas
prateadas (ou brancas), dispostas em grupo de três, cinco e sete, e tíbias cruzadas, encima-
das por um crânio humano (caveira, cabeça óssea).

A Câmara, não recebendo luz do exterior, é iluminada por nove velas de cera amarela
(ou luzes) sendo três no altar da Sabedoria e três em cada mesa dos Vigilantes, formando
cada grupo delas, um triângulo eqüilátero.

Uma lâmpada fosca, de luz tênue, penderá do centro do teto, sobre o esquife ou um
estrado acolchoado baixo ou estreito que é colocado no centro do templo, sendo coberto
por uma pano preto, sobre o qual se encontra um ramo de acácia.

Sobre o Altar dos J uramentos, como nos demais graus estarão as três luzes emble-
máticas da Maçonaria (Livro da Lei, Esquadro e Compasso), sendo que o Esquadro terá
seus ramos cobertos pelas hastes do Compasso.

 Todas as cortinas e panos que cobrem os altares serão negros, com orlas e lágrimas
prateadas.

Os três malhetes terão um laço de crepe no cabo e as batidas serão dadas sobre fel-
tro, pois nesse grau, a bateria é surda (abafada), ou em surdina

TÍTULOS
Em Loja de Mestres Maçons, o Ven∴ Mestre tem o título de Respeitabilíssimo Mestre;
os Vigilantes, o de Venerabilíssimos IIr∴ e os demais Mestres, o de Veneráveis Mestres ou
VVen∴ IIr∴.
ENTRADA DE VISITANTES
Como está no Ritual.

COBRIDOR DO GRAU
SINAIS:
De Ord ∴ - Ter a m∴ dir∴ ab∴ com os dded∴ uunid∴ e o pol∴ separado apoiado no
∴ ∴ ∴
lado esq do vent , ficando a pal voltada para baixo.
De Admir ∴ - Levantar as duas mm∴ para o céu com os dded∴ estendidos e separa-
dos, as palmas voltadas para a fr∴exclamando em tom de surpresa – “Ah Senhor meu
Deus”. Deixar cair as mm∴ sobre as ccox∴, batendo por três vezes ( o sin∴ é rep∴ mais
dd∴ vvez∴).

De Socor ∴ - Levar as mm∴ acima da cab∴, com os dded∴ entrelados e as palmas


voltadas para fora, dizendo: a M∴ F ∴ D∴ V∴ 
VARIANTE: Faz-se também colocando a mão dir∴ fechada sobre a testa, abrindo
depois os dded∴ ind∴, med∴ e anul∴ pronunciando as palavras SEM, CAM E J AFET.

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De Saud ∴ - Estando à Ord∴, levar a m∴ dir∴ ao lado dir∴ e deixá-la cair ao longo
do corp∴ formando assim uma esq∴, voltando a seguir ao Sinal de Ord∴.

Pal ∴ Sagr ∴ - M.....

Pal ∴ de Pas ∴ - Tub......

Marcha – Inicia-se com o Sin∴ de Apr∴ e dá-se os ppas∴ de Apr∴; passa-se dire-
tamente para o Sin∴ de Comp∴ e executa-se os passos de Comp∴; passa-se diretamente
para o Sin∴ de Mestr∴ e como se tivesse diante de si o esquife ou túmulo simbólico, com o
Sin∴ de Mestr∴, avança-se com o p∴ dir∴ por cima do esquife à dir∴ e junta-se os pp∴ 
naturalmente e avança-se com o p∴ esq∴ para a esq∴ por cima do esquife, e junta-se os
pp∴ naturalmente; avança-se com o p∴ dir∴ até a frente oriental por cima do esquife, jun-
tando-se os pés em esquadria e a seguir saúdam-se as LLuz∴.

Bat ∴ - o o o - o o o – o o o

Idade – Sete AAn∴ e mais.


 Aclam ∴ - Não há no Gr∴ de M∴.

 Apl ∴ ou Bat ∴ - Batem-se as nove vezes, por três vezes três, igualmente espaçadas,
a palm∴ da m∴dir. na palm∴ da m∴ esq∴ (que fica parada em forma de esquadro.
Toq ∴ - Faz-se pelos cinc∴ ppont∴ da perf ∴ da Maçonaria∴ - 1º segurar com a m∴ 
dir∴ do Ir∴ em forma de garra; 2º unir o p∴ dir∴ pelo lado interior do p∴ dir∴ ; 3º unir os
 jjoel∴ ddir∴; 4º por a m∴ esq∴ sobre o ombr∴ dir∴ do Ir∴; 5º unir o peit.∴ contra pet∴.
Nesta posição pronunciam-se, alternadamente as ttr∴ ssilab∴ que formam a Pal∴ Sagr∴.
∴ ∴ ∴ ∴

dir∴ e Faz-se
à esq∴também formando
ao mesmo tempo oque
primeiro (a garr )as
se pronunciam e voltando-se os∴ppuls
ssilab∴da Pal Sagr∴.ttr vvez , à

Obs:- Significado dos “ Cinco Pontos da Perfeição” ignorado por 90% dos
Mestres.

1º - Mão direita com mão di reita, em forma de garra.


Significado: Saúdo-vos como Irmão. Indica a união indissolúvel que liga os Irmãos,
mesmo em meio das maiores vicissitudes.

2º - Pé direito contr a pé direito.

MaçonsSignificado:
Eu apoiarei todas as vossas empresas louváveis. Indica também que os
não hesitam em correr em socorro de seus Irmãos.

3º - Joelho direito contra joelho di reito .


Significado: Na postura de minhas preces diárias, lembrar-me-ei das vossas necessi-
dades.

4º - Peito direito co ntra peito direito.


Significado: Os vossos segredos lícitos, quando à mim confiados, eu os guardarei
como se meus fossem. Essa união é sinal, ainda, de que os Irmãos abrigam verdades e que
seus corações batem em uníssono, animados dos mesmos sentimentos.

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5º - Mão esquerda sobr e o ombro d ireito .

Significado: Defenderei vosso caráter, tanto na vossa presença, como na vossa au-
sência. Simboliza, também, que os Irmãos se ampararão, mutuamente, numa possível que-
da.

Nota: A exaltação a Mestre Maçom demonstra o triunfo da vida sobre a morte, a imor-
talidade do bom, do justo e do virtuoso. O Mestre vive todos os momentos e permanece-
rá, por isso, na memória das gerações, pelo seu trabalho nos cinco pontos da perfeição. 

Se todos cumprissem esses cinco pontos, dificilmente haveria mágoas, cisões e tan-
tas outras coisas que acontecem na Ordem.  

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SESSÃO ORDINÁRIA
PREPARAÇÃO
Ao Arq∴ incumbe verificar antes da abertura dos trabalhos, se o recinto do Templo
está devidamente composto, para o Ritual ser realizado.

O M∴ Harm∴ seleciona as músicas adequadas a serem executadas.

 Todos aguardam na Sala do P ∴P ∴ até a chamada do M∴CCer∴para se dirigirem ao


Átrio se possível já paramentados, para adentrar o Templo.

No Átrio deve ser observado silêncio absoluto.

ENTRADA RITUALISTICA
Observa-se o mesmo procedimento dos graus anteriores.

 ABERTURA RITUALISTICA
O mesmo procedimento dos graus anteriores, com exceção de uma falha existente do
ritual edição 2002 quando o Respeitab∴ diz: VVenerab∴ IIr∴ 1º e 2º VVig∴, percorrei as
vossas CCol∴ e certificai-vos se todos os IIr∴ são MM∴ MM∴.
(Esse exame não é feito aos IIr ∴ que estejam exercendo cargos)

Respeitab∴ - ( o )
1º Vig∴ - ( o )
2º Vig∴ - (∴o-)( o ) Em pé VVen∴ IIr∴.
Respeitab

Obs: Esta ordem dada pelo Respeitab∴ está errada, deveria ser Em pé e à Ordem
VVen∴ IIr∴, uma vez que este é o único momento que todos deverão estar à ordem, para
que se verifique a qualidade do irmão, se é ou não mestre. Todos se levantam à ordem vol-
tados para o Oriente, inclusive os do Oriente e também o Respeitab∴ dará as costas ao O-
cidente.

O ritual editado em 2001 está correto. Ficarão à ordem somente neste momento até
que seja aberta a Loja, ou seja, após a abertura do Livro da Lei. No mais segue-se o ritual.

OS DEMAIS PROCEDIMENTOS: Leitura e aprovação da Ata; Expediente; Saco de


PProp∴ e IInf ∴; Ordem do Dia; Entrada de Visitantes; Tempo de Estudos; Tronco de Bene-
ficência; Palavra a Bem da Ordem em geral e do quadro em particular e Encerramento, o
ritual deve ser seguido como está, a exemplo dos graus anteriores.

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SESSÃO MAGNA DE EXALTAÇÃO


Nesta Sessão a abertura dos trabalhos é a mesma da Sessão Ordinária. Nas explica-
ções iniciais consta (Todas as insígnias passam a ser usadas pelo lado preto). Na realidade
não é necessário virar para o lado preto (ritual de 2001), entretanto o ritual deve ser execu-
tado exatamente como está elaborado.

Explicação quanto às viagens: na primeira (página 120) o 1º Vig∴ passa para a sua
direita (Norte) com a metade dos Mestres de sua Col∴, seguidos do 2º Vig∴e seus mestres,
todos no sentido horário e praticam três viagens em torno do esquife. Terminada a viagem o
1º Vig∴ diz que as pesquisas foram inúteis.

A outra viagem (página 121 ) segue somente o 1º Vig∴ com os Mestres de sua Col∴;
o
Vig2º Vig∴ não acompanha, apenas se afastam para a passagem do 1º Vig∴. Tanto o 1º
∴, quanto o 2º não conseguem erguer o cadáver de Hiram, somente o Respeitab∴ o faz

pelos cinco pontos da perfeição.

Após o juramento e o encerramento da exaltação, seguem-se o Tronco de Beneficên-


cia; Palavra relativa ao Ato e Encerramento Ritualistico.

Observe-se que apenas demos algumas explicações quanto as viagens. Mesmo por-
que o bastante é seguir o ritual

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INSTRUÇÕES
Para que as cerimônias de exaltação ao Grau de M∴ M∴ não fiquem sobrecarrega-
das com extensas instruções, necessárias, aliás, ao preparo do novo Mestre, o Ven∴ Mestre
providenciará para que as instruções abaixo sejam ministradas no mais breve tempo, após a
exaltação, sem, porém, afastar-se da ordem dos trabalhos.

PRIMEIRA INSTRUÇÃO
PAINEL DA LOJA DE MESTRE
VEN∴ VVen∴ IIr∴, nosso Ven∴ Ir∴ Orador vai dar-nos a primeira instrução do Grau de
Mestre, que consiste na explicação do Painel da Loja de Mestre. Atentai bem nessa
explicação, porque dela podereis inferir verdades que vos servirão de guia no ca-
minho difícil que ides percorrer como M∴M∴.

Como sabeis, nosso querido Mestre H∴ A∴, foi exumado pelos IIr∴ encarregados
de descobrir seu corpo. Depois de cumpridas as sentenças que, para si próprios,
pediram J ∴ J ∴ J ∴, Salomão ordenou que fosse reenterrado o corpo do saudoso
Mestre. Efetuou-se a inumação tão próximo do Sanctus Sanctorum quanto o permi-
tiam as leis israelitas. Não foi sepultado no Sanctus Sanctorum, porque ali só tinha
entrada o Sumo Sacerdote apenas uma vez por ano, quando, após as abluções, ia,
no Dia da Expiação, festa religiosa dos hebreus, expiar os pecados do povo, visto
como, pelas leis israelitas, a carne era considerada imunda.
Nesse dia, o Sumo Sacerdote queimava incenso em honra e à Glória do
G∴A∴D∴U∴ e rogava-lhe que, em Sua Infinita Sabedoria e Bondade, derramasse
a paz e a tranqüilidade sobre a nação israelita, durante o ano que começava.

Ir∴ Orador tende a bondade de explicar o Painel da Loja de MM∴ MM∴.

ORAD∴ Os instrumentos com os quais foi assassinado no Mestre H∴A∴, foram: a Régua,
o Esquadro e o Malho, cuja significação simbólica já conhecestes, ao receberdes
as instruções do Grau de Companheiro.

Os ornamentos da Loja de Mestre são: o Pórtico, a Lâmpada Mística e o Quadrân-


gulo Mosaico.

O PÓRTICO é a entrada do SANCTUS SANCTORUM e por ele podia passar o


Sumo Sacerdote.

O Quadrângulo Mosaico, relembrando a área quadrada do Santo dos Santos, tem,


na Maçonaria, uma significação destinada somente aos Mestres. Recorda os nos-
sos deveres morais levados à transcendência e o compromisso de fortalecer defini-
tivamente o nosso caráter, para sermos dignos de conhecer os segredos da Câma-
ra do Meio e adquirirmos o direito de entrar no Santuário Simbólico, à Luz da Ver-
dadeira Sabedoria. Essa luz é representada pela LÂMPADA MÍSTICA, a qual tam-

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bém representa a irradiação da LUZ DIVINA a penetrar os nossos mais íntimos


pensamentos.

A Caveira e as Tíbias cruzadas são emblemas da mortalidade e aludem à morte do


Mestre, ocorrida três mil anos depois da criação do mundo; são, também, uma lição
sobre a fragilidade das cousas terrenas e sobre a vida efêmera, do mundo físico.

Os utensílios do M∴ M∴ são o CORDEL, o LÁPIS e o COMPASSO.


O CORDEL, serve para marcar todos os ângulos do edifício, fazendo-os iguais e
retos, para que os alicerces possam suportar a estrutura. Serve também para a
medição de contornos.

Com o LÁPIS, o arquiteto hábil desenha a elevação e traça os diversos planos para
a construção e orientação dos Obreiros.

O COMPASSO serve para determinar, com certeza e precisão, os limites e as pro-


porções das diversas partes da construção. Como, porém, não somos Maçons ope-
rativos, mas especulativos, aplicamos, por analogia todos estes instrumentos à
nossa Moral. Assim, o Cordel nos indica a linha de conduta, sem falhas, baseada
nas verdades contidas no L∴ da L∴. O Lápis nos adverte que nossos atos, pala-
vras e pensamentos são observados pelo Todo Poderoso, a quem devemos contas
de nosso proceder, nesta vida. Finalmente, o Compasso nos recorda Sua J ustiça
imparcial e infalível, mostrando-nos que é necessário distinguirmos o bem do mal,
a justiça da iniquidade, a fim de ficarmos em condições de, com um compasso
simbólico, apreciar e medir, com justo valor, todos os atos que tivermos de praticar.

VEN∴ Eis aí VVEn∴ IIr∴, quanto nos ensina o Painel da Loja de Mestre, cujo estudo de-
veis fazer com cuidado, pois resume o caminho do Mestre para a perfeição.

Assim, concito-vos a seguirdes esses conselhos, a fim de que não fiqueis Mestre
apenas nas insígnias e no Diploma, mas, também, nos sentimentos e nas ações.

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SEGUNDA INSTRUÇÃO

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(Catecismo do Mestre)
VEN∴ VVen∴ IIr∴, vamos, hoje, dar a segunda instrução do Grau de Mestre para nos
recordarmos do dia memorável de nossa exaltação a este sublime grau e, princi-
palmente para rememorarmos os ensinamentos contidos em suas diversas fases, a
fim de que transformemos os símbolos em realidade.

VEN∴  Venerab∴ Ir∴ 1º Vig∴, sois M∴ M∴?


1º VIG∴ Respeitab∴ Mestre, a A∴ M∴ E ∴ C∴.

VEN∴ Por que respondeis desse modo, meu Ir∴?

1º VIG∴ Porque a A∴ é o símbolo de uma vida indestrutível, cujos mistérios nos foram des-
vendados.

VEN∴ Venerab∴ Ir∴ 2º Vig∴, onde fostes recebido Mestre?

2º VIG∴ Na C∴ do M∴, Respeitab∴ Mestre.

VEN∴ Que lugar é esse, meu Ir∴?

2º VIG∴ É o centro para onde convergem e onde se encontram aqueles que, depois de es-
tudarem e meditarem profundamente, compreendem os Mistérios da Natureza.

VEN∴ Que vistes, meu Venerab∴ Ir∴, quando ali entrastes?

2º VIG∴ Vi luto e consternação em todos os semblantes.


VEN∴  Qual a causa dessa dor?

2º VIG∴ O assassínio de nosso Mestre H∴ A∴.

VEN∴  Venerab∴ Ir∴ 1º Vig∴, por quem foi assassinado nosso querido Mestre?

1º VIG∴ Por três Companheiros traidores e perjuros, que quiseram obter uma recompensa,
sem havê-la merecido.

VEN∴ Este assassínio foi efetivamente praticado?

1º VIG∴ Não, Respeitab∴ Mestre. O assassínio de H∴ A∴ é uma ficção simbólica, mas


profundamente verdadeira pelos ensinamentos que encerra e pelas deduções que
dela se inferem.

VEN∴ Dizei-me, Ir∴ o que representa a morte de nosso Mestre.

1º VIG∴ O assassinato de H∴ A∴ simboliza a pura tradição maçônica, isto é, a Virtude e a


Sabedoria, postas, constantemente, em perigo pela ignorância, pelo fanatismo e

pela ambição de Maçons que não souberam compreender a finalidade da Maçona-


ria nem se devotar sua Sublime Obra.
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VEN∴ Venerab∴ Ir∴ 2º Vig∴, que vistes no local onde fostes admitido?

2º VIG∴ O túmulo de H∴ A∴, iluminado por tênue claridade.

VEN∴ Quais são as dimensões do túmulo de nosso Mestre?

2º VIG∴ Três pés de largura, cinco de profundidade e sete de comprimento.


VEN∴ A que aludem esses algarismos?

2º VIG∴ Aos números sagrados propostos à meditação dos Aprendizes, Companheiros e


Mestres.

VEN∴ Que relação têm esses números com o túmulo de H∴A∴?

2º VIG∴ O túmulo de H∴A∴ encerra o segredo da Grande Iniciação, que só é desvendado

pelos pensadores
a quintessência capazes
e de aplicarde conciliar
a lei os antagonismos
do setenário ao domíniopelo ternário; de conceber
da realização.

VEN∴ Venerab∴Ir∴ 1º Vig∴, qual foi o indicio que fez reconhecer o túmulo de H ∴A∴?

1º VIG∴ Um ramo de A∴, plantado na terra revolvida de fresco.

VEN∴ Qual a significação simbólica desse ramo verdejante?

1º VIG∴ Representa a sobrevivência de energias, que a morte não pode destruir.

VEN∴ Quando conduzido para junto do túmulo do Mestre, que fizestes do ramo de A ∴?
1º VIG∴ Apoderei-me dele, por ordem dos que me conduziam.

VEN∴ Que significa isso, meu Ir∴?

1º VIG∴ Segurando a A∴ demonstrei que me ligava a tudo que sobrevive da tradição ma-
çônica. Prometi, deste modo, estudar, com fervor, tudo que subsiste do passado,
de seus ritos, usos e costumes, sem deixar-me influenciar pelas opiniões que os
classificam de arcaicos ou nocivos.

VEN∴ Venerab∴ Ir∴ 2º Vig∴, a que prova fostes submetido, diante do túmulo de H∴A∴?

2º VIG∴ Tive que me reabilitar da suspeita de ter participado da trama urdida pelos assassi-
nos do Mestre.

VEN∴ De que modo provastes vossa inocência?

2º VIG∴ Aproximando-nos do cadáver a passos largos, sem receio, com a consciência tran-
qüila.

VEN∴ A que se relaciona a marcha que executastes?


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2º VIG∴ A revolução anual do Sol, através dos signos do zodíaco. É uma reminiscência
simbólica das antigas iniciações.
VEN∴  Por que não parastes em vossa marcha, meu Ir∴?

2º VIG∴ Porque ela é, também, a imagem da vida terrena que se precipita, de uma vez, do
nascimento à morte.

VEN∴ Venerab∴ Ir∴ 1º Vig∴, como fostes recebido Mestre?

1º VIG∴ Passando do E∴ ao C∴.

VEN∴ Por que o C∴ é utensílio particular dos Mestres?

1º VIG∴ Porque só eles sabem manejá-lo com precisão.

VEN∴ Em que se baseiam os Mestres para usarem o C ∴ com precisão?

1º VIG∴ Medindo todas as coisa, levando, porém, em conta sua relatividade. A razão do
Mestre, fixa como a cabeça do C ∴, julga os acontecimentos de acordo com as
causas ocasionais. O julgamento do Iniciado inspira-se, não nas rígidas gradua-
ções da Régua, mas num discernimento que se baseia na adaptação rigorosa da
lógica à realidade.

VEN∴ Venerab∴ Ir∴ 2º Vig∴, qual é a insígnia dos Mestres?

2º VIG∴ O E∴ unido ao C∴.

VEN∴ Que significa a união desses dois instrumentos?


2º VIG∴ O E∴ regula o trabalho do Maçom, que deve agir com a máxima retidão, inspirado
na mais escrupulosa equidade. O C∴ dirige esta atividade, esclarecendo-a, a fim
de que produza a mais judiciosa e fecunda aplicação.

VEN∴ Se um Mestre se perdesse, onde o encontraríeis, meu Ir∴?

2º VIG∴ Entre o E ∴ e o C∴, Respeitab∴ Mestre.

∴ ∴
VEN Por que, meu Ir ?
2º VIG∴ Porque o Mestre procurado distinguir-se-ia pela moralidade de seus atos e pela
 justeza de ser raciocínio. É sob este ponto de vista, que ele se conserva entre o
E ∴ e o C∴.

VEN∴ Que procuram os Mestres, Venerab∴ Ir∴ 1º Vig∴?

1º VIG∴ A PALAVRA PERDIDA.

VEN∴ Que palavra é essa?

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1º VIG∴ É a chave do segredo maçônico, ou melhor, é a compreensão daquilo que perma-


nece ininteligível aos profanos e aos iniciados imperfeitos.

VEN∴ Como se perdeu a palavra?

1º VIG∴ Pelos três grandes golpes, que sofreu a tradição viva da Maçonaria, dos Compa-
nheiros indignos e perversos.

VEN∴ Podeis dizer-me, meu Ir∴, como tornaram a encontrá-la?

1º VIG∴ Tendo sido assassinado H∴ A∴, seus discípulos mais fervorosos resolveram des-
cobrir sua sepultura, que lhe foi revelada por um ramo de A∴. Decidiram, então,
desenterrá-lo e observar a primeira palavra que se lhes escapasse dos lábios, à
vista do cadáver, e o gesto que instintivamente fizessem, uns aos outros, como
mistérios convencionais do grau.

VEN∴ Qual é, Venerab∴ Ir∴ 2º Vig∴, a nova P ∴ S∴, que substituiu a antiga?

2º VIG∴ M∴ 

VEN∴ Que significa esta P ∴?

2º VIG∴ A C∴ S∴ D∴ DD∴ OO∴.

VEN∴ Nunca se suspeitou da primitiva p∴ s∴ , que os conjurados tentaram arrancar a


H∴ A∴?

2º VIG∴ Sim, Respeitab∴ Mestre, acredita-se que ela corresponda ao Tetragrama Sagrado,
cuja pronúncia só era conhecida do Sumo Sacerdote de J erusalém. O Tetragrama
é IOD-HE-VAU-HE, em letras hebraicas, no alto da entrada do Sanctus Sactorum.

VEN∴ Como se comunica a P ∴ S∴, Venerab∴ Ir∴ 1º Vig∴?

1º VIG∴ Pelos cc∴ pp∴ pp∴ do mestrado.

VEN∴ Quais são eles?

1º VIG∴ P ∴ contra P ∴, J ∴ contra J ∴, P∴ contra P ∴, MM∴ DD∴ unidas em G∴, M∴ E∴ 


∴ ∴ ∴
sobre o O D do Ir .
VEN∴  A que fazem alusão estes PP ∴ PP ∴?

1º VIG∴ A ressurreição de H∴ A∴. A aproximação dos PP ∴ indica que os MM∴ não hesi-
tam em correr em socorro de seus IIr∴; os J J ∴ que se tocam são promessas de in-
tercessão em caso de necessidade; Unem-se em sinal de que abrigam as mesmas
verdades e que seus corações batem em uníssono, animados dos mesmos senti-
mentos; as MM∴ DD∴ em G∴, indicam a união indissolúvel que os liga, mesmo
em meio das maiores vicissitudes; finalmente, MM∴ EE ∴ sobre os OO∴ DD∴ 
simbolizam que se ampararão mutuamente numa possível queda.

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VEN∴ Qual é o sinal adotado pelos Mestres para se reconhecerem Venerab∴ Ir∴ 2º
Vig∴?

2º VIG∴ É o gesto de horror, que não puderam reprimir, quando descobriram o cadáver de
H∴ A∴.

VEN∴ Têm os Mestres outro sinal, meu Ir∴?

2º VIG∴ Sim, Respeitab∴ Mestre, é o S ∴ de S∴, reservado para os casos de extremo pe-
rigo. Executa-se com os DD∴ EE ∴ CC∴ e as MM∴ sobre a C∴ com as PP ∴ para
C∴, exclamando-se! “A∴ M∴ F∴ D∴ V∴”.

VEN∴ Este S∴ de S∴ não tem uma variante?

2º VIG∴ Sim Respeitab∴ Mestre, e é preferível por ser mais discreta. Faz-se com a M ∴ D∴ 
F ∴ sobre a T∴, abrindo-se em seguida os DD∴ I∴ M∴ e A∴ e pronunciando su-
cessivamente S∴ C∴ J ∴.

VEN∴  Qual é a V∴ de que MM∴ se dizem F∴?

2º VIG∴ É Isis, personificação da Natureza, a Mãe Universal, V∴ de Osíris, o deus invisível


, que ilumina as inteligências. Relembra também Hiram-Abif, filho de uma viúva.

VEN∴ Qual é a P ∴ de P ∴ de Mestres, Venerab∴ Ir∴ 1º Vig∴?

1º VIG∴ T∴. A Bíblia assim denomina aos trabalhadores em metal que colaboraram com os
Maçons de Salomão, e com os de Hirão, rei de Tiro, na construção do Templo de
 J erusalém. O nome provém de um Irmão de Noé.

VEN∴ Como batiam os Mestres, meu Ir∴?

1º VIG∴ Por três pancadas, igualmente espaçadas, para recordar a morte de H ∴ A∴;
quando, porém esta bateria foi atribuída aos AApr∴, os MM∴ MM∴ , para se dis-
tinguirem, repetiam-na por t∴v∴.

VEN∴ Que idade tendes, Venerab∴ Ir∴ 2º Vig∴?

2º VIG∴ (S∴ AA∴ e mais).

VEN∴ Por que este número?

2º VIG∴ O Apr∴ inicia suas meditações pela unidade e pelo Binário para demorar no Terná-
rio, antes de conhecer o Quaternário, cujo estudo é reservado ao Comp∴. Este
parte do número quatro para deter-se no cinco, antes de abordar o seis e preparar-
se para o estudo do sete. Pertence ao Mestre o estudo detalhado do setenário, a-
plicando o método pitagórico aos números mais elevados. Daí ser sua idade iniciá-
tica a de s∴ aa∴ e mais.

VEN∴ Como viajam os Mestres, meu Ir∴?

2º VIG∴ Do Or∴ para o Oc∴ e do S∴ para o N∴, Respeitab∴ Mestre.

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VEN∴ Por que?

2º VIG∴ Para espalharem a Luz e reunirem o que está disperso. Em outras palavras, para
ensinarem o que sabem e aprenderem o que ignoram, concorrendo por toda parte,
para que reinem a harmonia e a fraternidade entre os homens.

VEN∴ Como trabalham os Mestres, Venerab∴ Ir∴ 1º Vig∴?

1º VIG∴ Traçando planos que os AApr∴ e CComp∴ executam. Este traçado simbólico re-
presenta o preparo do FUTURO baseando-se nas lições e nas experiências do
PASSADO.

VEN∴ Qual o uso que os Mestres fazem da Trolha?

1º VIG∴ Serve-lhes para encobrir as imperfeições do trabalho dos AApr∴ e dos CComp∴ .
Realmente, isto significa os sentimentos de indulgência que animam todo o Homem
esclarecido para com as fraquezas humanas como lema: A SABEDORIA NÃO ES-
 TÁ EM CASTIGAR OS ERROS, MAS EM PROCURAR-LHES AS CAUSAS E A-
FASTÁ-LAS.

VEN∴ Onde recebem os Mestres o salário?

1º VIG∴ Na C∴ do M∴, isto é, no centro onde a inteligência é iluminada pela Luz da Verda-
de.

VEN∴ Qual é o nome do Mestre-Maçom?

1º VIG∴ Só vós sabeis, Respeitab∴ Mestre, vós e todos aqueles que tiverem a elevada
honra de dirigir os trabalhos de uma Loja.
VEN∴ E vós, Venerab∴ Ir∴ 2º Vig∴, podeis responder à pergunta que fiz ao Venerab∴ 
Ir∴ 1º Vig∴?

2º VIG∴ Não, Respeitab∴ Mestre, e pelas mesmas razões. A compreensão mais elevada
que tem um Mestre Maçom de seu verdadeiro papel é procurar, no seu íntimo, o
Mestre que está morto, a fim de fazê-lo reviver, para que ele ressuscite em cada
um de nós.

VEN∴  Meus VVen∴ IIr∴, eis o nosso objetivo, esforçai-vos, como Mestres simbólicos, em
transformar o símbolo na realidade. Nunca desejeis ser apenas titulares de diplo-
mas nem portadores de insígnias.
Metamorfoseai-vos em VERDADEIROS mestres, isto é, naqueles que, pelo pen-
samento e pela ação, se encontram no caminho da Verdade.
Que a infinita Sabedoria e a Infinita Bondade do G∴ A∴ D∴ U∴ se derrame sobre
nós, a fim de que possamos realizar a transformação do SIMBÓLICO no REAL.

TODOS Assim seja!

VEN∴  Está dada a Segunda Instrução. Repousemos, VVen∴ IIr∴.

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TERCEIRA INSTRUÇÃO
(Para leitura a sós e meditação)

OS MISTÉRIOS DO NÚMERO “ SETE”

caçõesPara
que justificar
os antigos sua idadesobre
davam iniciática, o Mestre não
as propriedades pode ignorar
intrínsecas coisa alguma das expli-
dos números.

O Grau de Comp∴ conduziu-o ao limiar do setenário, fazendo-o subir sete degraus do


 Tempo. Compete-lhe, agora, partindo do sete, percorrer toda a série dos números superio-
res.

Comecemos por mostrar o prestígio excepcional de que goza o número sete. J á os


Caldeus, construindo sete enxilharias cúbicas na Torre de Babel, consideravam essa obra
mais sagrada que as outras, pois o setenário, desse edifício tinha por fim ligar a Terra ao
Céu, porque a divindade se manifestava, aos olhos dos Magos, por intermédio de uma ad-
ministração universal composta de sete mistérios.
Estes departamentos correspondiam aos astros que percorrem a abóbada celeste
que eram, naquele tempo, considerados mais ativos que as estrelas fixas: Sol, Lua, Marte,
Mercúrio, J úpiter, Vênus e Saturno partilhavam do governo do mundo.

Personificado pelos poetas, por necessidade de dramatização mitológica, este sete-


nário, em seguida, utilizou-se no espírito dos metafísicos. Em seu conjunto, a Tempo de Ba-
al apareceu, então, como símbolo da Causa Primária imanente, sendo cada um de seus se-
te planos consagrados a uma das Causas Secundárias, organizadoras do Universo.

É a essas causas setenária que se atribui a Obra da Criação, tal como nos aparece
nas diversas cosmogonias, das quais a Gnose Hebraica é um espécime particular. Essas
causas coordenadoras têm sua consagração nos sete dias da semana, símbolo submúltiplo
das sete épocas da Criação, cujo culto remonta, no mínimo, à civilização babilônica.

É a essa civilização que devemos, por transmissões sucessivas, as noções misterio-


sas conservadas, sob forma de ensinamentos secretos, no seio das Escolas Iniciatícas do
Ocidente.
Os filósofos herméticos distinguiam sete influências distintas, que se manifestam em
todo
nos), ser organizado,
representado quer
pelo se trate
indivíduo do MACROCOSMO
humano, (mundo terrestre ou mundos peque-
vegetal ou mineral.

Impunha-se-lhes uma distinção entre a natureza elementar ou rudimentar, sujeita à lei


do quaternário dos elementos (já estudada no grau de Apr∴), uma natureza mais elevada,
em conseqüência de um acordo vibratório com as sete notas que formam a gama da harmo-
nia universal.

Conhecer estas notas é de importância capital para aquele que aspira iniciar-se na
música das esferas que Pitágoras pretendeu ter ouvido. Elas correspondem aos dias da se-
mana que, a despeito das revoluções religiosas, continuam consagrados ao setenário divino
concebido há mais de cinco mil anos, pelos sábios da era remota da Verdadeira LUZ.

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Se este setenário procedesse, apenas, dos sete planetas e dos sete metais, conheci-
dos dos antigos, não teria grande importância para nós, por ter passado a sua época. É, po-
rém, oriundo de uma concepção muito mais elevada, que a emanada de simples observa-
ções astronômicas primitivas, ou, mesmo, de uma metalurgia ainda na infância.

Vemos, com efeito, que entre os homens de uma mesma raça há, de fato, sete tipos
nitidamente caraterizados, quer no físico, quer na moral.

 Tudo quanto existe é, ao mesmo tempo, único, tríplice e sétuplo.

Damos alguns exemplos para clareza do que acabamos de expor.

 A TRINDADE SETENÁRIA

Colocadas em triângulo, três rosetas de seda decoram o Avental dos Mestres. Estas
rosetas representam, simbolicamente, três anéis entrelados para formar a trindade, onde se
encontra o setenário.

Nada mais simples do que esta representação muda, evocadora de conceitos filosófi-
cos, cuja exposição forneceria matéria para uma série de numerosos volumes.

Contentar-nos-emos, porém, em dar nesta instrução, apenas, as indicações precisas


e concisas, destinadas a guiar os aspirantes ao verdadeiro Mestrado intelectual.

1º - Círculo de ouro - Sol, centro imutável de onde irradia toda a atividade. EspÍrito
que anima a matéria – o Enxofre dos alquimistas – Fogo interior, individual. – Elemento ge-
rador de cor rubra; sangue, ação, calor e luz;

2º - Círculo de prata – Lua, astro variável, espelho receptivo de influências; molde prá-
tico que determina toda a formação. – Substância passiva, esposa do espírito. – O Mercúrio
dos herméticos, veículo da atividade espiritual, que penetra em todas as coisas. – Espaço,
cor azul: ar, sentimento, sensibilidade;

3º - Círculo de Bronze ou de Chumbo – Saturno, deus precipitado do céu, que reina


sobre o que é pesado, material, - materialidade, positivismo, energia material – Cor amarela,
tendente a obscurecer-se, passando ao cinzento e ao negro; arcabouço ou carcassa óssea,
base sólida de toda a construção , rocha que fornece pedra bruta, ponto de partida da
Grande Obra;

4º - Interferência de 1 e 2. O Filho, nascido da união do Pai e da Mãe. J úpiter, oposto


a Saturno, por Ele destronado, corresponde à espiritualidade. É ele que ordena e decide,
projetando o raio, a centelha da Vontade. Cor de púrpura ou violeta (complementar da ama-
rela): idealismo, consciência, responsabilidade, auto-direção;

5º - Espaço central, no qual as três cores primitivas se sintetizam na luz branca. Estre-
la Flamejante, Mercúrio dos Sábios, quintessência, - Éter vivente, sobre o qual tudo age e
reflete. Fluído da tração, grande agente do magnetismo;

6º - Domínio da interferência de 2 e 3 – Vênus, a vitalidade, o orvalho gerador dos


seres. Cor verde: doçura, ternura, sensibilidade física;

7º - Interferência de 1 e 3 – Atividade material – Marte, necessidade de ação, motrici-


dade que depende e consome a energia vital. Fogo devorador, de cor amarelo-vermelho-es-

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carlate, instinto de conservação, egoísmo, ferocidade mas, também, potência inquebrantável


de realização.

Este setenário, assim esboçado, encontra-se até nos sete pecados capitais, cuja dire-
ção se funda em dados iniciaticos.

1) Orgulho, prejudicial quando oriundo de uma vaidade frívola, ligado ao Sol, porque, co-

2) mo ele, ofusca
Preguiça, os fracos;
proveniente da passividade lunar, entanguecida em inércia abusiva;
3) Avareza, vicio essencial dos saturninos, previdentes e prudentes em excesso.;
4) Guia, própria dos jupiterianos, indivíduos hospitaleiros e generosos, que cuidam muito
do próprio eu;
5) Inveja, tormento dos mercurianos , agitados, que jamais se satisfazem e não podem
deixar de ambicionar aquilo que não possuem;
6) Luxuria, proveniente do exagero das qualidades de Vênus;
7) Cólera, enfim, que é o defeito de Marte, de que exalta a violência e os transportes.
Note-se que 1 se opõe a 6, 2 a 7 e 3 a 4, enquanto 5 a nada se opõe, assegurando o
equilíbrio geral.

Se fosse suprimido um só desses pecados capitais, o equilíbrio do mundo material


romper-se-ia. Nada demonstra melhor a importância do setenário, tal como o concebem os
iniciados.

 A OCTOADA SOLAR

O número oito, que é o dos Kabirim semíticos, encontra-se no emblema babilônico do


Sol, cujos raios se repartem numa dupla cruz. Verticais e horizontais estão colocados seus
raios rígidos, que se referem ao quaternário dos elementos, em como os efeitos físicos da
luz e do calor. Os raios oblíquos indicam, ao contrário, pela ondulação, que estão vivos e
como, além disso, são triplos, fazendo alusão ao duodenário (4x3) das divisões da ecliptica,
como veremos mais tarde.

O Sol era considerado, pelos antigos, como um dos sete agentes coordenadores do
mundo, mas se lhe atribuía, por outro lado, uma influência permanente, essencialmente re-
guladora. É ele que assegura a ordem das estações, e sucessão regular do dia e da noite,
de modo que, por extensão, todo o funcionamento normal é considerado como obra sua. O
deus-luz tem horror à desordem, que reprime por toda parte. É por isso que ele favorece o
raciocínio lúcido, que coordena as idéias, segundo as leis de uma lógica sã. Modera as pai-
xões, a fim de que elas não possam perturbar a serenidade de que ele é o prodigalizador.
Intervém até no organismo, quando tudo não funciona normalmente. A medicina foi, por isso,
colocada sob a égide do deus regulador, cujo filho, Asclépios ou Esculápio, tem o poder de
curar, restabelecendo a harmonia do ritmo vital, tornado discordante pela enfermidade.

A virtude solar tende a dissipar todos os males; ela faz penetrar a clareza no entendi-
mento, a paz no espírito e restitui a saúde ao corpo. Sua ação é reparadora, de tal forma
que o Sol foi considerado como o grande amigo dos viventes, seu salvador ou Redentor.
Nesta qualidade, convém grupar sua irradiação em cruz ou, melhor, em dupla cruz. O Cristi-
anismo imbui-se fortemente dessas idéias antiqüíssimas.

Um sol, cujos raios formam oito feixes de luz, decorava o Orador das Lojas do século
XVIII.
e deve Esse emblema
fazer a luz, noexprimia, comNeófitos,
espírito dos muita propriedade, aqueleda
sobre os mistérios queiniciação.
vela pela aplicação da lei

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Observemos, ainda, que o nosso algarismo 8 deriva de dois quadrados, superpostos


ou se tocando por um dos ângulos.

A primeira forma é oriunda da let Het fenícia, que simplificada, tornou-se o nosso H
(também oitava letra) e o nosso 8. Ela lembra-nos um quadrado duplo e longo, isto é, um
quadrilongo, que representa a Loja ou, mais exatamente, o santuário inviolável do supremo
ideal maçônico.

Além disso, 8 é o cubo de 2, que pode representar,, graficamente, que mostra a reali-
zação da OCTOADA, unidade superior e perfeita, no domínio das três dimensões. Oito tor-
na-se, assim o número da coesão construtiva, fonte da solidez da Grande Obra Maçônica.

 A ENÉADA OU TRÍPLICE TERNÁRIO

Se, numa Loja, oito é o número do Orador e sete o do Mestre que dirige os trabalhos,
nove é o número adequado ao Secretário, encarregado do traçado que assegura a continui-
dade da Obra.

Simbolicamente, o traçado executa-se sobre uma prancha dividida em 9 quadros, cuja


ordem numérica determina a significação.

As três fitas de números correspondem aos graus de aprendiz, Companheiro e Mes-


tre. Referem-se, também, à idéia, à vontade e ao ato.

As colunas verticais exprimem, em compensação, a triplicidade, inerente a toda mani-


festação unitária, na qual distinguem-se, necessariamente, três termos:
1º O SUJ EITO, agente, princípio de ação, causa ativa, centro de emanação;
2º O VERBO, atividade, trabalho, emanação radiante;
3º O OBJ ETO, resultado, obra terminada, ato efetuado.

Aplicando-se estas noções gerais a cada um dos termos do tríplice ternário, chega-se
às seguintes interpretações:
1) O princípio pensante, centro de emissão do pensa mento;
2) O pensamento, ato, ação de pensar;
3) A idéia, pensamento formulado ou emitido;
4) O princípio volitivo, centro de emissão da vontade;
5) A energia volitiva, a ação de querer;
6) O voto, o desejo, a volição desejada;
7) O princípio ativo, dispondo do poder executivo, diri gente e realizador;
8) A atividade operante;
9) O ato realizado e sua repercussão permanente; a experiência do passado, somen-
te do futuro.

Não há palavras capazes de traduzir o que esse agrupamento de números sugere


aos iniciados. Isto faz parte dos segredos incomunicáveis . Para não haver confusão entre
domínios e categorias, necessária se torna uma concepção clara e bem nítida.

É o que se chama, simbolicamente, trabalhar na prancha de desenho ou tábua de


traçar.

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 A DÉCADA

Em hebraico TRADIÇÃO chama-se “QUABBALAH”, e por isso, denomina-se CABALA


à filosofia que se transmite, iniciaticamente, de geração em geração. Baseia-se ela sobre as
especulações numéricas resumidas na teoria dos SÉPHISDROTH(números) cujo fim é aliar
o Relativo ao Absoluto, o Particular ao Universal, o Finito ao Infinito, a Terra ao Céu. Esta
união obtém-se por meio da DÉCADA, da qual cada termo recebeu sua denominação carac-
terística.
1) Coroa ou Diadema – Unidade, Centro, Princípio de onde tudo dimana e encerra, tudo
em potência, em germe ou semente. O Pai, fonte, ponto de partida de toda atividade.
Agente pensante e consciente que diz: Ehlveh – eu sou.
2) Sabedoria – Pensamento criador , emanação imediata do Pai, seu primogênito, o Filho,
Palavra, Verbo, Logos ou Razão Suprema.
3) Inteligência, Compreensão – Concepção e geração da idéia. [Isis, Virgem-Mãe, que dá
a luz à imagem original de todas as coisas.
4) Graça, Misericórdia, Mercê, Grandeza, Magnificência – Bondade criadora, que incita os
seres à existência. Poder que dá e espalha a vida.
5) Rigor, Severidade, Punição, Temor, J ulgamento – Governo, administração da vida ad-
quirida. Dever, autodomínio moral que reprime, que modera. Discreção, reserva que
obriga à restrição.
6) Beleza – Ideal, segundo o qual as coisas tendem a constituírem-se. Sentimento, Dese-
 jo, Aspiração, Volição no estado estático.
7) Vitória, Triunfo, Firmeza – Discernimento que dissipa o CAOS, coordena as forças
construtoras do mundo, dirige sua aplicação e assegura seu progresso; o
G∴A∴D∴U∴.
8) Esplendor, Gloria – Coordenação, Lei, J ustiça imanente; Lógica das coisas; encadea-
mento necessário das causas e dos efeitos.
9) Base, Fundamento, Plano Imaterial - segundo o qual tudo se constrói. Potencialidade
latente. Prancheta de traçar. Fantasma preexistente do que deve ser.
10) Reino, Criação - A Pedra da perpétua transformação. Aparência, Fenomenalidade e
Matéria, fonte de todas as ilusões e de todas as imposturas.

O décimo Séphiro (número) torna a reduzir à unidade os nove precedentes; figura o


plano sobre o qual se ergue o portador da Coroa, isto é, o Homem Universal, o Grande Adão
espiritual, cujo corpo é assim distribuído entre os Sáphiros (números).

Sabedoria, cérebro; Inteligência, garganta, órgãos da palavra; Graça, braço direito;


Rigor, braço esquerdo; Beleza, peito, coração; Vitória, perna direita; Esplendor, perna es-
querda; Base, órgãos de geração.
A DÉCADA SEFIRÓTICA (numérica) é comparável à arvore da vida das antigas
cosmogonias, conforme mostra a figura à margem baseada nesta concepção.

Os três primeiros números constituem uma tríada intelectual, que se reflete numa
Segunda tríada moral ou psíquica, que, por sua vez, é apoiada por uma última tríada dinâ-
mica ou física. A coluna central 1, 6, 9 e 10 é neutra ou andrógina, conciliadora das oposi-
ções da direita e da esquerda, isto é, entre 2, 4, 7, a Col∴ J ∴, feminina-passiva.
A Maçonaria oculta pretende que o Simbolismo concorde com o que a Cabala tem de
essencial Sob
rarquia dos esse ponto
Oficiais deLoja
de uma vista, vamos mostrar
Maçônica; a coincidência
da árvore da com
dos Séphiroth árvore da vida e a hie-
a organização ea
hierarquia.

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1 – A Coroa ocupa o lugar do Ven∴ Mestre, dirigindo os trabalhos, que os ramos do


Esquadro liga a 2, isto é, à Sabedoria, à razão, - O Orador e a 3, Inteligência, compreensão,
que registra, - o Secretário.
4 – Rigor e 5 – Graça, corresponde ao Hospitaleiro.
6 – Beleza, cabe ao M∴ de CCer∴, coordenador de todas as formalidades do ritual.
7 – Vitória, Firmeza e 8 – Esplendor, Ordem, são próprias dos 1º e 2º Vigilantes, en-
quanto que 9 – Base ou Fundamento refere-se ao Experto, o guarda das Tradições.
10 - Reino,
pela segurança mundo profano é o domínio do Ir∴ Cobridor, que vela exteriormente
dosoutrabalhos.

O NÚMERO ONZE

O número onze foi, sempre, considerado particularmente misterioso, talvez porque


exprima a reunião de 5 e 6, que são os algarismos do Microcosmo e do Macrocosmo.

O verdadeiro iniciado deve concentrar sobre si as energias espalhadas e difusas do


ambiente; disporá, assim, de uma potência ilimitada, proveniente das forças invisíveis ou
astrais, no sentido iniciático da palavra. O Maçom, que se vota, de todo coração e com toda
sua inteligência, à execução do plano do Grande Arquiteto, pode executar um trabalho muito
superior aos seus recursos pessoais, porque com ele se mantém solidárias todas as energi-
as que são postas em atividade pela mesma boa vontade. A Cadeia de União é efetiva para
todo o adepto sincero que, tendo realizado o equilíbrio (8), recebe na medida da corrente
que soube estabelecer, transmitindo-a.

Para completar o estudo do número onze, deve-se, além de considerá-lo como a so-
ma de 5 e 6, decompô-lo em 4 e 7, 3 e 8, 2 e 9, 1 e 10, atribuindo a esses números o valor
que eles têm no tríplice ternário e na árvore dos números.

4 e 7 fazem ressaltar a potência de 11, de um poder de vontade inquebrantável, fixo e


positivo (4), associado ao discernimento que, colocando cada qual em seu lugar, sabe dirigir
com tino e mandar, estabelecendo a harmonia (7).

3 e 8 significam a Inteligência (3), unida à boa administração (8).

2 e 9 representam a irradiação da Sabedoria (2), acumulada sobre a prancha de tra-


çar (9). O iniciado prevê, atua e influi sobre tudo o que deve acontecer; daí, seus poder irre-
sistível.

1 e 10 nos mostram, enfim, a síntese da década. Restabelecida a Unidade, o Todo


presta-se
de Hermesà Trimegista.
execução das maravilhas da “cousa única”, de que trata a Tábua de Esmeralda

Por outras palavras: “Penetremos até o centro e tudo nos obedecerá”.

O DUODENÁRIO

Doze corresponde à divisão mais antiga e mais natural do círculo, dada por dois diâ-
metros que se cortam em ângulos retos e por quatro arcos, do mesmo raio que o da circun-
ferência, traçados tomando-se como centro os extremos da cruz.

Exata divisão é
corre, regularmente, emaplicada ao Céu,
sua trajetória ondeaparente,
anual determinaemdoze
tornoespaços
da terra.iguais, que o Sol per-

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As Constelações, que coincidiram, outrora com estes espaços, lhes deram seus no-
mes, tirados de animais ou de seres animados.

Assim, formou-se o duodenário zodiacal cujo simbolismo é de máxima importância,


porque o ano se torna o protótipo de todos os ciclos emblematizando tanto as fases da vida
humana como as da Iniciação.

Nos mistérios
da ao solo. de Céres,
Como esta, o Iniciado
ele deveria sofrerpartilhava de fato,
a influência solar dos
paradestinos da semente
desenvolver-se confia-
e frutificar,
depois do que tornava a passar por esse encadeamento de transformações de que resulta o
ciclo da vida. Cada Signo do zodíaco, sob este ponto de vista, significação particular, que
será compreendida depois de algumas indicações gerais sobre o simbolismo dos doze sig-
nos.

Esta figura resume velhas concepções sobre o zodíaco, cujos signos têm estreita
ligação com o Sol como tendo morada no Leão e a Lua no Câncer. Os outros domínios ou
esferas de influência dividem-se do modo seguinte.
Mercúrio Gêmeos Virgem
Vênus Touro Balança
Marte Áries Escorpião
 J úpiter Peixes Sagitário
Saturno Aquário Capricórnio

Por outro lado, cada signo participa da natureza de um dos quatro elementos, donde
a seguinte classificação:
Fogo Áries Leão Sagitário
 Terra Touro Virgem Capricórnio
Ar Gêmeos Balança Aquário
Água Câncer Escorpião Peixes

Cada signo é, deste modo, caracterizado por um Planeta e por um elemento. Veja-
mos, agora o que se infere destes dados em relação à iniciação.

Os doze Pentaclos seguintes, unindo o Elemento e o Planeta ao Signo, elucidarão:

I – ARIES - FOGO - MARTE.


 Trata-se do fogo construtivo interior, estimulando o crescimento e o desenvolvimento.
Entorpecido pelo inverno, desperta na primavera, fazendo germinar a semente e provocando
a eclosão. Representa a iniciativa individual, que se desenvolve sob o impulso de uma influ-
ência exterior, como a energia encerrada no germe entra em função sob ação do Sol.
Símbolo - O ardor iniciático conduzido à procura da Iniciação.

II – TOURO – TERRA - VÊNUS.


A matéria respectiva , na qual se efetua a fecundação. Elaboração anterior.
Símbolo – O Recipiendário, judiciosamente preparado, foi admitido às provas.

III – GÊMEOS – Ar - Mercúrio.


Os filhos da terra fecundada pelo Fogo. O duplo Mercúrio dos alquimistas, simboliza-
do por duas cabeça. Vitalidade construtiva. Sublimação da matéria na flor que murcha.
Símbolo – O Neófito recebe a Luz.

IV – CANCÊR – ÁGUA – LUA .


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7/15/2019 Manual de Instrução do 3º Grau Mestre - REAA

A seiva intumesce as formas que atingem a plenitude. A vegetação é luxuriante. É a


estação das folhas, das ervas e dos legumes, mas os cereais e os frutos então, ainda ver-
des. Dias longos esplendentes de luz.
Símbolo – O iniciado, instrui – se, assimilando os ensinamentos iniciáticos.

V – LEÃO – FOGO - SOL.


 Terminada a ação construtora do ardor interior de Áries, o Fogo exterior intervém para
ressecar
germes. AeRazão
matarimplacável
toda a constituição
exerce suaaquosa, cozendo
crítica severa e amadurecendo
sobre todas as noçõesorecebidas.
invólucro dos
Símbolo – O iniciado julga, por si próprio e com severidade, as idéias que puderam seduzi-
lo.

VI – VIRGEM – TERRA - MERCÚRIO.


A substancia fecundada, esposa virginal do Fogo fecundado, dá a luz e recupera sua
virgindade. A colheita está madura; o calor é menos tórrido.
Símbolo – Tendo feito sua escolha, o Iniciado reúne os materiais da construção para
desbastá-los e talhá-los, segundo o seu destino.

VII – BALANÇA – AR - VÊNUS.


Equilíbrio das forças construtivas e destrutivas. Maturidade: o fruto no máximo de seu
sabor.
Símbolo – O Companheiro em estado de desenvolver seu máximo de atividade, util-
mente empregada.

VIII – ESCORPIÃO – ÁGUA - MARTE.


A massa aquosa fermenta. Os elementos de construção vital dissociam-se, atraídos
por novas combinações. Desorganização revolucionária. O Sol precipita sua queda para ou-
tro hemisfério.
Símbolo – Conluio dos maus companheiros. Hiram é ferido de morte.

IX – SAGITÁRIO - FOGO - JÚPITER.


O espírito animador destaca-se do cadáver e paira nas alturas. A natureza toma um
aspecto desolador.
Símbolo – Os obreiros abandonados, sem direção; lamentam-se e dispersam-se à
procura do corpo do Mestre assassinado.

X - CAPRICÓRNIO - TERRA - SATURNO.


Nada mais vive; a substância terrestre está inerte, passiva, mas é, ainda, fecundável.
Símbolo – Descobre-se o túmulo de Hiram.

XI – AQUÁRIO – AR - SATURNO .
Os elementos construtivos reconstituem-se na terra adormecida, mas em preparo de
novos esforços geradores; ela satura-se de dinamismo vitalizante.
Símbolo – O cadáver de Hiram é desenterrado e forma-se a cadeia para ressuscitá-lo.

XII – PEIXES – ÁGUA – JÚPITER .


O gelo quebra-se; a neve funde-se, impregnando o solo de fluídos próprios a serem
vitalizados. Os dias dilatam-se rapidamente; o reino da Luz impera.
Símbolo – Hiram é levantado, torna a si; a Palavra Perdida é encontrada.

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F I M 

Bibliografia:
Liturgia e Ritualística do grau de Mestre Maçom – J osé Castellani
Rituais e Livro de Theobaldo Varolli Filho.
Manual de Dinâmica Ritualística 1º Grau.
Ritual do 3º grau de 2001∴ 
Ritual
Outrasdo 3º grau de 2002 ?
fontes.

TERCEIRO GRAU

 Algumas considerações s obre o Grau de Mestre

09 de junho de 2004 – E∴ V∴ 

 Álvaro Go mes dos Santos


Ex Gr ∴ Secr ∴ Geral de
Orient ∴ Ritualistica do GOB.

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