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ARLS PENTAGRAMA DE RIACHÃO N° 4153


FEDERADA AO GRANDE ORIENTE DO BRASIL
JURISDICIONADA AO GRANDE ORIENTE DO BRASIL NO MARANHÃO
FUNDADA EM 20/04/1985 – REGULARIZADA EM 16/08/2011
RITO REAA SESSÃO – SEXTA-FEIRA

A LETRA “G” ENTRE OS BRAÇOS DO ESQUADRO E DO COMPASSO:


ESPECULAÇÕES GNOSEOLÓGICAS NO ÂMBITO MACÔNICO

Eduardo Matzembacher Frizzo


AprCIM 330499

Toda culturai se constrói a partir da mistura com outras culturas: toda história se
desenvolve a partir da intersecção com outras histórias. Exemplo disso pode ser
encontrado nas celebrações natalinas da tradição judaico-cristã. Conforme Auguste
Hollard, ninguém sabe ao certo o dia em que Jesus nasceu, pois a data do seu
nascimento não é mencionada na Bíblia e não existe comprovação histórica de ele ter
nascido em 25 de dezembro. O Natal, portanto, é uma criação cultural que surgiu entre
os séculos III e IV d.C. – e alguns historiadores afirmam que foi o Papa Júlio I que
oficializou a data em 350 d.C.

Contudo, uma das principais hipóteses sobre a origem do Natal está no festival pagãoii
do Sol Invicto ou Sol Invencível, reconhecido pelo Imperador Romano Aureliano em
274 d.C. e realizado em devoção a Mitra, uma divindade presente na mitologia indo-
ariana da Índia, da Pérsia e da Anatóliaiii. Mas antes disso, igualmente na Roma Antiga,
nessa mesma época de dezembro aconteciam as tradicionais festividades da
Saturnália, em celebração ao deus romano Saturno e em decorrência do solstício de
inverno. Acontece que com o crescimento do cristianismo a partir do século IV d.C.,
provavelmente o significado ainda presente da celebração natalina provém de uma
tentativa de ressignificação da data por parte dos cristãos, com o intuito de enfraquecer
as celebrações pagãsiv.

Diante desse cenário, assim como a passagem do paganismo ao cristianismo


possibilitou a ressignificação e a adição de diferentes elementos tradicionais e
históricos, com a passagem da Maçonaria Operativa para a Maçonaria Especulativav a

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cultura maçônica gradativamente incorporou e ressignificou suas tradições. Essa


transformação da Maçonaria, na exposição de João Anatalino, possui como marco a
Iniciação de “John Boswell, Lorde de Aushinleck que, em 8 de junho de 1600, foi
recebido como Maçom Aceito na Saint Mary’s Chapell Lodge (Loja da Capela de Santa
Maria), em Edimburgo, na Escócia”vi. Logo, se a Maçonaria Operativa havida até
meados de 1600 era eminentemente católica, a Maçonaria Especulativa, com a
paulatina aceitação de membros que não eram necessariamente dedicados ao labor
das construções, como John Boswell, passou a congregar diferentes simbologias e
filosofias em seu âmago. Como aduz Hercule Spoladore, foram “militares,
comerciantes, pensadores, escritores sábios, filósofos, nobres, além de esotéricos,
ocultistas, alquímicos [e] cabalistas antiquários”vii que, quando aceitos na Ordem,
contribuíram significativamente para a emersão do que é a Maçonaria hoje.

Nesse sentido, a Maçonaria Especulativa possibilitou o surgimento de uma cultura


maçônica sincrética por excelência, entendendo-se o sincretismo, nas palavras de
Célio de Pádua Garcia e a partir de um prisma filosófico, como “um sistema que
combina os princípios de diversos sistemas” e que, em função dessa “combinação, ou
fusão num só elemento, [ainda é capaz de] manter perceptíveis alguns sinais de sua
origem”, trazendo consigo, consequentemente, “certo ecletismo”viii. Por esse motivo,
não é possível compreender a cultura maçônica somente a partir de uma ótica católica,
razão pela qual uma interpretação coesa dessa cultura deve ser necessariamente não-
proselitista – isto é: se o proselitismo, do ponto de vista religioso, trata-se de uma
espécie de “busca ativa” por novos fiéis a partir do ato do convencimento ou da
pregação, a Maçonaria deve ser não-proselitista em sua prática e em seus estudos,
uma vez que uma das poucas exigências para ingressar nas suas fileiras é a crença na
existência de um Princípio Criador denominado Grande Arquiteto do Universo (GADU),
como prediz o art. 2º, inciso I da Constituição do Grande Oriente do Brasil (CGOB)ix, ao
tratar dos postulados universas da Instituição Maçônica.

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Dessa maneira, toda e qualquer leitura da simbologia da Arte Real precisa levar em
conta o sincretismo da cultura maçônica, o qual carrega milênios de conhecimento
acumulado com a finalidade de se lapidar a pedra bruta da essência humana.
Obviamente, é preciso reconhecer que essa visão é uma das várias possíveis visões
existentes no cerne da Maçonaria, eis que a Maçonaria é uma instituição que defende
a liberdade de expressão e o pluralismo, combatendo o sectarismo político e religioso,
como disposto no art. 1º, incisos IV e XIII da CGOBx. Mas para que a cultura maçônica
seja interpretada conforme seus princípios e suas interconexões simbólicas, parece
razoável que se peregrine em prol de uma ótica que reconheça seu sincretismo como
parte fundamental do que ela é e representa, deixando para trás interpretações
dogmáticas e ortodoxas que possam vir a comprometer a jornada maçônica.

Feitos esses esclarecimentos introdutórios, é notório que um dos símbolos


universalmente identificados da Maçonaria é a letra “G” costumeiramente ladeada por
um compasso e um esquadro, a qual é visível, exemplificativamente, ornamentando
prédios que sediam Templos Maçônicos em todo planeta – isso sem contar as
incontáveis referências na literatura e no cinema. Entretanto, sob uma perspectiva
histórica, como bem pontuado por Paul Foster Case, é

[...] difícil determinar quando a letra G foi introduzida na Maçonaria especulativa


como um símbolo. A Enciclopédia da Maçonaria, de Mackey, diz que esta letra
não é derivada dos maçons operativos da Idade Média e que não fazia parte
das decorações arquitetônicas das antigas catedrais. Se entrou no simbolismo
sob a influência dos rosacruzes e cabalistas que se juntaram à Ordem durante
a última metade do século 17, ou se foi introduzida em algum momento
posterior a 1717, quando a primeira Grande Loja foi estabelecida na Apple-
Tree Tavern, em Londres, parece impossível determinarxi.

Embora essa indeterminação temporal sobre a introdução do “G” na cultura maçônica


pareça certa, Boanerges B. Castro refere que há um relato histórico inserido na obra
“Os Templários”, de Adelino de Figueiredo Lima, de que um símbolo denominado Delta
Sagrado foi visto pela primeira vez “no primeiro quartel do século XII, por Hugo de
Payens e mais oito cavaleiros franceses, nas ruínas do Templo de Salomão, numa

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câmara subterrânea”. A importância do Delta Sagrado está para a consideração de


que, segundo a tradição histórica, o mesmo correspondia a um “Triângulo”, “uma figura
geométrica constituída pela junção de três linhas e a letra ‘YOD’, no centro”,
significando “a sua origem divina”xii.

Acontece que a inscrição “YOD”, décima letra do alfabeto hebraico, representada por
um sinal gráfico que se assemelha a uma vírgula, é de difícil tradução e interpretação.
Com o correr dos séculos, transformou-se então em um símbolo mais simples: a letra
“G”. Dado que essa transformação provavelmente ocorreu na Inglaterra, intuiu-se que a
letra “G” corresponderia a uma representação de Deus (God, em inglês), e, portanto,
de GADU – o Princípio Criador maçônico. Contudo, aventa-se mais racional supor que
a letra “G” não significa GADU, mas geometria. É o que explica Kennyo Ismail:

A letra “G” definitivamente não é “God” ou qualquer outro nome relacionado ao


Grande Arquiteto do Universo. Apenas nas línguas anglo-saxãs, a palavra
referente a Deus começa com “G”, enquanto que o uso do “G” também sempre
constou nos países de línguas latinas. Se “G” fosse God (inglês e holandês) ou
Gott (alemão), então nos países como França, Espanha, Itália e Portugal
utilizariam um “D”: Dieu (francês), Dios (espanhol), Dio (italiano) e Deus
(português). E isso não aconteceu e não acontece, nem nesses países e nem
nos que adotam as línguas latinas. Já a palavra “Geometria” mantém sua letra
inicial tanto nas línguas anglo-saxãs como nas latinas: Geometry (inglês),
Geometrie (holandês e alemão), Géométrie (francês), Geometría (espanhol),
xiii
Geometria (italiano e português) .

Se levarmos em conta que durante milênios o conhecimento da geometria era um


saber acessível a poucos, tratando-se também de um compêndio imprescindível para a
Maçonaria Operativa, a letra “G” significar geometria é algo representativo do labor
maçônico, quanto mais envolta pelo compasso e pelo esquadro. Além disso,
considerando que o Templo Maçônico pode ser entendido como um espaço que
representa o Cosmos ou o Universo, bem como não se olvidando que o Trabalho dos
Irmãos representa uma tentativa de se impor Ordem ao Caosxiv, a letra “G”, enquanto
designativa de geometria, imprime à Maçonaria uma significado não-proselitista e, mais
do que isso, secular – no sentido de não necessariamente se referir a um Princípio

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Criador, mas a uma manifestação desse Princípio Criador por meio de uma das suas
criações que pode ser manipulada pelo ser humano: a geometria.

Mas ainda que a geometria seja uma ciência operável pelo ser humano, compondo o
cotidiano da Maçonaria Operativa, suas implicações profundas sempre foram objeto de
estudo na filosofia e no misticismoxv. Pitágoras, por exemplo, filósofo que, segundo
Bernadette Siqueira Abrão, “teria nascido na Jônia, na segunda metade do século VI
a.C.”, apregoava que tudo o que existe pode ser reduzido a figuras geométricas
simples por meio de números, os quais expõem a natureza dual do Universo: “limite e
ilimitado; ímpar e par; uno e múltiplo; direita e esquerda; masculino e feminino;
imobilidade e movimento; reto e curvo; luz e obscuridade; bem e mal; quadrado e
retângulo”. A harmonia entre esses opostos, na lógica pitagórica, “ocorre quando há
uma medida justa (métron), exata, de cada um”, pois a “inexistência dessa harmonia é
a responsável pela desordem no mundo, tanto em relação ao aspecto biológico
(masculino e feminino) quanto ao âmbito moral e político (bem e mal)”xvi.

Apenas pelas brevíssimas explicações acima, já seria possível estabelecer vínculos da


Escola Itálica ou Pitagórica com a Maçonaria. Porém, tais vínculos ultrapassam a mera
coincidência quando se aponta para a tetraktys, representação pitagórica de um
triângulo perfeito. Na concepção pitagórica, os números detinham uma relação direta
com a matéria, de forma que o 1 seria um ponto, o 2 uma reta, o 3 uma superfície e o 4
um sólidoxvii. Desse modo, imaginando-se que o 1 estaria no topo de um triângulo,
sequenciado pelo 2, pelo 3 e pelo 4, a soma de 1 + 2 + 3 + 4 corresponde a 10,
possuindo tal número um significado místico e simbolizando, de acordo com Nídia
Nobre, “o regresso à Unidade, a Deus e ao Universo”xviii.

Como expõe Roberto Aguilar M. S. Silva, a tetraktys “é um verdadeiro símbolo


enquanto representa [...] um triângulo equilátero e dez pontos dispostos em quatro
linhas”, levando em conta igualmente que a perfeição do 10 decorre “da observação

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[de] que o” ser humano “possui 10 dedos e que o nosso sistema de numeração tem
base decimal”. Ademais, uma importante interface entre o 10 e o 4 é que “a quarta letra
do alfabeto grego”, o delta, “é justamente a inicial da palavra grega decas (décade [ou
10, em tradução livre]), trazendo “a forma de um triângulo equilátero”xix. Vê-se, nesse
diapasão, que o símbolo pitagórico da tetraktys, existente na cultura helênica milênios
antes de Cristo, corresponde ao Delta Sagrado hebraico do qual se transfigurou o
intraduzível “YOD” para a universalmente conhecida letra “G”.

Nesse jaez, ainda que a letra “G” se conecte com a geometria, não é equivocado supor
sua representatividade como gnose, substantivo feminino grego que significa
“conhecimento” ou “consciência”. Como a transformação da Maçonaria Operativa em
Maçonaria Especulativa implicou na passagem da Maçonaria enquanto arte da pedra
real, esta desbastada pela geometria, para a Maçonaria enquanto arte da pedra
espiritual, esta desbastada pela gnose (ou seja: pelo conhecimento), não parece errado
supor essa possibilidade, já que os Instrumentos de Trabalho da Maçonaria, como o
malho, a régua de 24 polegadas ou o cinzel, não visam a construção de catedrais
externas, mas a construção de catedrais internas mediante o contínuo aperfeiçoamento
maçônico.

Não se está afirmando (e é fundamental que isso fique sublinhado) que a letra “G”
significa gnose e não geometria. O que é afirmado, por outro lado, é que a simbologia
da geometria para a maçonaria, em não se tratando de uma geometria que se vincula
ao trabalho manual, mas ao trabalho espiritual, implica na busca pelo conhecimento
maçônico que deve permear toda a vida do Maçom. Assim, essa busca por significados
da letra “G” aqui sumariamente abordada, é literalmente uma caminhada
xx
gnoseológica , já que seu intuito é tratar da origem, da essência, do alcance e das
formas que o conhecimento pode assumir, qual menciona José Salgado Martins ao
definir o termo “gnoseologia” para a filosofiaxxi. Reconhecer que a Maçonaria carrega
heranças de diversas culturas e não apenas do contexto judaico-cristão, é verificar sua

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riqueza simbólica sincrética e admitir, mais ainda, que não existe uma “cultura pura” ou
uma “história pura”, mas que toda cultura e toda a história são feitas do rescaldo de
diferentes culturas e histórias.

O que acontece é que a Maçonaria, universalista por essência, carrega consigo


simbologias diversas que permitem ao Maçom o seu desenvolvimento caso o Irmão
efetivamente se dedique ao seu estudo. Não basta apenas conhecermos ou lermos os
nossos Ritos em Sessões, não basta somente participarmos de Banquetes Fraternos
ou nos dedicarmos a obras de caridade: é preciso permitirmos o encravar profundo da
centelha maçônica em todas as esferas da nossa vida – pois é a partir desse trabalho
infindável que poderemos ressignificar nossas existências pela Maçonaria e na
Maçonaria.

Riachão (MA), 28 de junho de 2023.

_________________________________________
EDUARDO MATZEMBACHER FRIZZO
AprCIM 330499

i
“Cultura é um conceito amplo que representa o conjunto de tradições, crenças e costumes de
determinado grupo social. Ela é repassada através da comunicação ou imitação às gerações seguintes.
Dessa forma, a cultura representa o patrimônio social de um grupo sendo a soma de padrões dos
comportamentos humanos e que envolve: conhecimentos, experiências, atitudes, valores, crenças,
religião, língua, hierarquia, relações espaciais, noção de tempo, conceitos de universo”. DIANA, Daniela.
Cultura: o que é, características, elementos e tipos. Disponível em https://www.todamateria.com.br/o-
que-e-
cultura/#:~:text=Cultura%20%C3%A9%20um%20conceito%20amplo,ou%20imita%C3%A7%C3%A3o%2
0%C3%A0s%20gera%C3%A7%C3%B5es%20seguintes. Acesso em 29.06.2023.
ii
“O paganismo é um movimento religioso contemporâneo que acredita em vários deuses, sendo a
natureza sacralizada e cultuada em ritos sazonais, com adaptações para a vida na sociedade moderna”.
BEZERRA, Karina Oliveira. Paganismo contemporâneo no Brasil: a magia da realidade. Disponível em
http://tede2.unicap.br:8080/handle/tede/1124#:~:text=O%20paganismo%20%C3%A9%20um%20movime
nto,a%20vida%20na%20sociedade%20moderna. Acesso em 29.06.2023.
iii
Para informações generalistas acerca do deus Mitra, consultar: ALVES, Leonardo Marcondes. O culto
de Mitra e sua pesquisa acadêmica. Disponível em https://ensaiosenotas.com/2018/10/29/o-culto-de-
mitra-e-sua-pesquisa-academica/. Acesso em 29.06.2023.

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iv
HOLLARD, Auguste. As origens das comemorações do Natal. Disponível em
https://www.revistas.usp.br/revhistoria/article/view/124023. Acesso em 29.06.2023.
v
Embora a transformação da Maçonaria Operativa em Maçonaria Especulativa não se trate do foco
desse trabalho, é interessante a seguinte nota: “[...] com o fim do Renascimento, o movimento gótico
lentamente se extingue e as lojas de pedreiros operativos começam a declinar e a perder membros, mas
na razão inversa, começam a ser visitadas por burgueses e estudantes de ciências ocultas (alquimistas,
rosacruzes, etc.) que tentados pelos conhecimentos e forma de estar dos pedreiros operativos, influíram
para elas. E partir do momento em que as lojas operativas aceitaram estes novos pedreiros, que se
transformaram em lojas especulativas. Não lojas onde se tratam assuntos de construção e fraternidade
entre homens, mas para lojas onde o Homem é o centro da discussão. Originado um pensamento, o
Homem deixou de ser construtor de catedrais, templos externos para construírem/desenvolverem o seu
templo interno, o seu Eu”. NUNO, Raimundo. Maçonaria Operativa/Maçonaria Especulativa. Disponível
em https://www.freemason.pt/maconaria-operativa-maconaria-especulativa/. Acesso em 27.06.2023.
vi
ANATALINO, João. O primeiro Maçom. Disponível em
https://www.recantodasletras.com.br/resenhasdelivros/3227754. Acesso em 27.06.2023
vii
SPOLADORE, Hercule. Maçonaria: passado, presente e futuro: o Maçom dentro do contexto histórico.
Disponível em
https://www.gvaa.com.br/revista/index.php/OBuscador/article/viewFile/5066/4325#:~:text=A%20Ma%C3
%A7onaria%20Operativa%20n%C3%A3o%20era,encaixa%20muito%20nos%20acontecimentos%20hist
%C3%B3ricos. Acesso em 27.06.2023.
viii
GARCIA, Célio de Pádua. Entendendo o Sincretismo. Disponível em
https://revistasenso.com.br/cristianismo/entendendo-o-sincretismo/. Acesso em 27.06.2023.
ix
Art. 2º. São postulados universais da Instituição Maçônica:
I – a existência de um princípio criador: o Grande Arquiteto do Universo;
II – o sigilo;
III – o simbolismo da Maçonaria Universal;
IV – a divisão da Maçonaria Simbólica em três graus;
V – a Lenda do Terceiro Grau e sua incorporação aos Rituais;
VI – a exclusiva iniciação de homens;
VII – a proibição de discussão ou controvérsia sobre matéria político-partidária, religiosa e racial, dentro
dos templos ou fora deles, em seu nome;
VIII – a manutenção das Três Grandes Luzes da Maçonaria: o Livro da Lei, o Esquadro e o Compasso,
sempre à vista, em todas as sessões das Lojas;
IX – o uso do avental nas sessões.
x
Art. 1º. A Maçonaria é uma instituição essencialmente iniciática, filosófica, filantrópica, progressista e
evolucionista, cujos fins supremos são: Liberdade, Igualdade e Fraternidade.
Parágrafo único. Além de buscar atingir esses fins, a Maçonaria:
I – proclama a prevalência do espírito sobre a matéria;
II– pugna pelo aperfeiçoamento moral, intelectual e social da humanidade, por meio do cumprimento
inflexível do dever, da prática desinteressada da beneficência e da investigação constante da verdade;
III – proclama que os homens são livres e iguais em direitos e que a tolerância constitui o princípio
cardeal nas relações humanas, para que sejam respeitadas as convicções e a dignidade de cada um;
IV – defende a plena liberdade de expressão do pensamento, como direito fundamental do ser humano,
observada correlata responsabilidade;
V – reconhece o trabalho como dever social e direito inalienável;
VI – considera Irmãos todos os Maçons, quaisquer que sejam suas raças, nacionalidades, convicções ou
crenças;
VII – sustenta que os Maçons têm os seguintes deveres essenciais: amor à família, fidelidade e
devotamento à Pátria e obediência à lei;
VIII – determina que os Maçons estendam e liberalizem os laços fraternais que os unem a todos os
homens esparsos pela superfície da terra;

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IX – recomenda a divulgação de sua doutrina pelo exemplo e pela palavra e combate, terminantemente,
o recurso à força e à violência para a consecução de quaisquer objetivos;
X – adota sinais e emblemas de elevada significação simbólica;
XI – defende que nenhum Maçom seja obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em
virtude de lei;
XII – condena a exploração do homem, os privilégios e as regalias, enaltecendo, porém, o mérito da
inteligência e da virtude, bem como o valor demonstrado na prestação de serviços à Ordem, à Pátria e à
Humanidade;
XIII – afirma que o sectarismo político, o religioso e o racial são incompatíveis com a universalidade do
espírito maçônico;
XIV – combate a ignorância, a superstição e a tirania.
xi
CASE, Paul Foster. A Letra G Maçônica. Trad. de S. K. Jerez. Disponível em https://bibliot3ca.com/a-
letra-g-maconica/. Aceso em 27.06.2023.
xii
CASTRO, Boanerges B. O Delta Sagrado. Disponível em https://www.freemason.pt/o-delta-sagrado/.
Acesso em 27.06.2023.
xiii
ISMAIL, Kennyo. A letra “G” na Maçonaria. Disponível em
https://www.noesquadro.com.br/simbologia/letra-g-na-maconaria/. Acesso em 27.06.2023.
xiv
“Caos. Do grego káos, do verbo khainen, abrir-se, entreabrir-se. 1. Termo utilizado aparentemente
pela primeira vez na Teogonia de Hesíodo (séc. VIII a.C.), designando o vazio causado pela separação
entre a Terra e o Céu a partir do momento de emergência do Cosmo. Designa também para os gregos o
estado inicial da matéria indiferenciada, antes da imposição da ordem dos elementos. 2. Na física
moderna, designa a imprevisibilidade de sistemas complexos, isto é, a existência de fenômenos em
relação aos quais não é possível fazer previsões ou cálculos precisos dadas alterações, mesmo que
pequenas, nas condições iniciais”. JAPIASSÚ, Hilton; MARCONDES, Danilo. Dicionário Básico de
Filosofia. 5. ed. Rio de Janeiro: Zahar, 2008. Disponível em
https://sites.google.com/view/sbgdicionariodefilosofia/caos. Acesso em 29.06.2023.
xv
“Não! Absolutamente, o Misticismo não é uma religião! Nunca se esqueça de que toda e qualquer
religião deriva, direta ou indiretamente, do Misticismo. Misticismo é um tipo de Conhecimento – conforme
já foi dito anteriormente – e Religião é um tipo de crença baseada na Revelação, nos Rituais e nos
Dogmas. O religioso não experimenta, não aceita a menor dúvida sobre o cerne de sua crença ou
doutrina, pois aquilo em que acredita é a Verdade Suprema e Absoluta revelada por uma “Entidade
Superior” – um deus, um espírito, um anjo, etc. – para o “Eleito”, o fundador daquela religião. Já o
Misticismo parte de princípios obtidos através da experimentação pessoal e individual – sem a mínima
conotação de Revelação – e também da comprovação e repetitividade de tudo aquilo que é ensinado
para os seus estudantes. O Misticismo admite inovações e retificações, enfim, aceita acréscimos de
novos conhecimentos ou, então, até mesmo a supressão de algumas coisas que antes eram entendidas
de uma certa maneira e que, com o decorrer dos tempos e das experimentações, constatou-se serem
exatamente daquela maneira como era ensinada anteriormente e, por esse motivo, deverão ser
abandonadas ou modificadas”. MILHOMENS, N. O Misticismo à Luz da Ciência. São Paulo: Ibrasa,
1997. In: RODRIGUES, Marcel Henrique. A Rosa-Cruz: os primórdios de uma fraternidade esotérica.
Disponível em https://www.metodista.br/revistas/revistas-
unimep/index.php/impulso/article/download/3026/1942. Acesso em 28.06.2023.
xvi
ABRÃO, Bernadette Siqueira. História da Filosofia. São Paulo: Nova Cultural, 2004. pp. 28-29.

xvii

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xviii
NOBRE, Nídia. Sobre a Tetraktys Pitagórica. Disponível em
https://www.matematicaparafilosofos.pt/sobre-a-tetraktys-pitagorica/. Acesso em 28.06.2023
xix
SILVA, Roberto Aguilar M. S. Pitágoras e a Maçonaria. Disponível em
https://www.freemason.pt/pitagoras-e-a-maconaria/#:~:text=resto%20da%20sociedade.-
,A%20Tectraktys%20Pitag%C3%B3rica%20e%20o%20Delta%20Ma%C3%A7%C3%B3nico,ou%20seja
%2C%20a%20perfei%C3%A7%C3%A3o%20inici%C3%A1tica.. Acesso em 28.06.2023.
xx
Para que não se confunda gnoseologia com gnosticismo, consultar: QUIRINO, Sérgio. Gnosticismo
Maçônico. Disponível em http://bensodicavour.org.br/artigos/163-gnosticismo-maconico/. Acesso em
29.06.2023.
xxi
MARTINS, José Salgado. Preparação à Filosofia. Porto Alegre: Globo, 1978.

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