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À G.˙.D.˙.G.˙.A.˙.D.˙.U.˙..

A.˙.R.˙.L.˙.S.˙. CARIDADE II Nº 135


Federada ao Grande Oriente do Brasil
Jurisdicionada ao Grande Oriente de Teresina-PI

M.˙.M.˙. Ronaldo Jonas Rodrigues de Sousa.˙.


CIM: 261330

“O PAINEL DO 1º GRAU E SEU SIMBOLISMO”


Teresina-PI, 27 de Abril de 2012.

Circulação em Loja

A prática de se andar em círculos em torno de um objeto, área e altar é antiga.


Várias religiões já praticavam este tipo de movimento que, ao longo dos tempos, se tornaria um
conjunto de práticas consagrado pelo uso de observar um “Rito”. Temos como exemplo os
egípcios, que valorizaram o lado esquerdo como o lado espiritual; os gregos antigos tinham o
lado esquerdo como o “desfavorável” e o direito como o “favorável”, visto que, em regra, o
braço direito favorece mais ao destro do que o braço esquerdo. Daí surgiu à referência popular de
que “fulano é meu braço direito”. Por esse entendimento, a circulação em torno dos altares
gregos era sempre realizada de forma que o lado direito ficasse voltado para o altar. Já os
romanos, adotando o mesmo procedimento, vieram a chamar essa circulação de “dextrovorsum”
e relacioná-la ao aparente movimento que o Sol faz, diariamente, em torno da Terra. Esse
aparente movimento do Sol se deve ao fato de a Terra girar no sentido anti-horário em torno de
seu eixo (rotação), o que gera a percepção, para seus habitantes, de que é o Sol que está se
movendo no sentido horário, que conhecemos como dextrocêntrica, que o REAA adota.

Vários outros povos, em diferentes épocas, tendo sempre o aparente movimento


do Sol como referência, também adotavam a circulação em sentido horário, tendo altares,
fogueiras, coisas julgadas sagradas ou sacrifícios, como eixo. Uma prática, de certa forma
universal, ao fazer uma volta ou circular no Templo, é passar em frente às colunas do Zodíaco
como faz o Sol aparentemente, sempre no sentido dextrocêntrico.

O direcionamento de um Templo Maçônico está representado pelos quatro pontos


cardeais: Norte, Sul, Leste e Oeste, logo, têm a seguinte circulação: “Ocidente para o Oriente,
segue pelo caminho do Norte; quem esta no Oriente, segue pelo caminho do Sul, indo para
o Ocidente”.

No Oriente (leste) é o nascimento do sol, iniciando as atividades do dia e onde


está o Trono do Venerável Mestre, símbolo da Divindade e da Luz.

No Sul, há uma coluna destinada para os Companheiros, que fica do lado


esquerdo do Sol.
No Ocidente (Oeste), onde o sol se põe, é a região da velhice e da morte segundo
egípcios antigos, que chamavam os mortos de “os Ocidentais”, também encontra-se a porta de
entrada e saída do Templo.

No Norte é o lado à direita do sol, região da Lua, a mais escura do céu, também é
a coluna dos Aprendizes.

Na circulação para o Saco de Propostas e Informações e o Tronco de Beneficência


segue-se uma hierarquia que começa no Venerável Mestre e termina no Aprendiz.

Tanto a circulação do Sac.˙. de PProp.˙. e IInf.˙., do Tr.˙. de Ben.˙., é feita com


toda formalidade que exige a ritualística, obedecendo a seguinte ordem: Ven.˙., 1º e 2º VVig.˙.
(forma o primeiro triângulo); Orad.˙., Secr .˙. e Cobr.˙.Int.˙. (forma o segundo triângulo),
Autoridades Maçônicas, MMest.˙. IInst.˙., MMest.˙. do Or.˙., MMest:. das CCol.˙., do Sul e do
Norte; CComp.˙. , AApr .˙. e, antes de encerrar a coleta, o Irm.˙. Mestre de
Cerimônias/Hospitaleiro se coloca entre CCol.˙., deposita sua proposta, óbolo ou voto, auxiliado
pelo Cobr.˙. Int.˙. .

Teresina,PI 19 de agosto de 2011

Apr.˙.M.˙. Ronaldo Jonas Rodrigues de Sousa .˙.


CIM: 261330

Bibliografia:

GOB-PI . Manual do 1º Grau Aprendiz Maçom do REAA. 2009.


QUEIROZ, Álvaro. Os Símbolos Maçônicos (REAA). Masdras, 2010
CARVALHO, Assis. O Aprendiz Maçom 1º Grau. Ed. Maçonica “A Trolha” Ltda., 1995.
PIKE, Albert G. Moral e Dogma (Graus Simbólicos). Yod, 2010.
CAMINO, Rizzardo da. Simbolismo do Primeiro Grau. Masdras, 2009.

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