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Solstício e Equinócio – O significado

Os Solstícios e os Equinócios são momentos bastante


importantes para os Maçons e para a Maçonaria, que os
costumam celebrar.
A Maçonaria, como guardiã de antigas tradições, tem como
uma de suas práticas mais antigas e tradicionais a
celebração dos Solstícios e Equinócios. Acredita-se que,
assim como os Romanos observavam o Solstício de Inverno,
em homenagem ao deus Saturno, posteriormente chamado
de “Sol Invencível”, esse costume também era observado
pelas Guildas Romanas, os antigos Colégios e Corporações
de Artífices, que nada mais eram do que a Maçonaria
Operativa. Esse costume permaneceu intacto até ao surgir
da Maçonaria Especulativa, que o manteve.
Há fortes indícios de que a Maçonaria Especulativa, formada
por europeus de predominância cristã e preocupados com a
imagem da Maçonaria perante a “Santa Inquisição”,
aproveitou a feliz coincidência das datas comemorativas de
São João Batista (24/06) e São João Evangelista (27/12)
serem muito próximas dos Solstícios, para relacionarem a
observância dos Solstícios com os Santos de nome João, e
assim protegerem a instituição e sua observação dos
Solstícios da ignorância, tirania e fanatismo. Desta forma, na
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Inglaterra, o antigo símbolo maçônico de um círculo ladeado
por duas linhas paralelas, um dos símbolos mais antigos da
humanidade (mais antigo que o cristianismo) ainda em uso,
teve a simbologia das linhas paralelas dos Trópicos de
Câncer e Capricórnio, que possuem ligação direta com a
observância dos Solstícios, transformados em São João
Batista e São João Evangelista.
Qual a diferença entre solstício e equinócio?
O Solstício ocorre quando o sol está mais perto de um dos
hemisférios, fazendo com que uma parte do mundo tenha
um dia maior, enquanto o outro lado tem um dia menor. Já
no equinócio, o sol está mais próximo da linha do equador,
e por isso o dia e a noite nos dois hemisférios têm a mesma
duração.
O solstício acontece duas vezes por ano, assim como o
equinócio, e eles marcam a entrada das novas estações. O
solstício acontece durante o Verão e o Inverno, já o
equinócio acontece no início da Primavera e do Outono.
A Terra recebe uma quantidade maior de luz sobre um dos
hemisférios. Os raios solares atingem a zona intertropical
com mais intensidade, fazendo com que a luz e o calor
cheguem nos dois hemisférios da mesma forma.
Data 21 de Junho (solstício de Inverno no hemisfério sul e de
Verão no hemisfério norte);21 de dezembro (solstício de
Verão no hemisfério sul e Inverno no hemisfério norte). 20
de março (equinócio da Primavera no hemisfério norte e
Outono no hemisfério sul); 23 de setembro (equinócio de
Outono no hemisfério norte e Primavera no Sul).
Duração do dia
Solstício de Verão: dia mais longo.
Solstício de Inverno: noite mais longa.

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Dia e noite tem a mesma duração durante um equinócio.
Significado Do latim “sol” e “sistere“, que significam “sol”
e “ficar parado”. Do latim “aequus” e “nox“, que
significam “igual” e “noite”.
Tanto o equinócio quanto o solstício acontecem duas vezes
por ano, e marcam a entrada das estações. Os dias de sol
são mais longos durante o solstício de Verão, enquanto as
noites são mais longas durante o solstício de Inverno. Já
equinócio acontece durante o início do Outono e da
Primavera, quando o sol está mais próximo do equador.
Um equinócio acontece em um momento específico no
tempo, já o solstício acontece durante dias.
Esses fenômenos ocorrem, pois, a Terra tem um caminho
elíptico, e seu eixo inclinado faz com que a luz do sol atinja
a superfície da Terra em ângulos diferentes durante sua
rotação.

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PARA NÃO MAIS ESQUECEREM:
O que é o Solstício?
“Solstício” vem das palavras latinas “sol” e “sistere“, que
significam “sol” e “ficar parado”. Durante o solstício, o sol
está mais próximo de algum dos hemisférios, fazendo com
que o dia nele dure mais, enquanto a noite é mais longa no
outro hemisfério.
No hemisfério sul, o solstício de Inverno costuma ocorrer em
21 de junho. É quando o hemisfério sul está afastado do sol
e o hemisfério norte está inclinado em direção a ele. Já em
21 de dezembro, ocorre o solstício de Verão no hemisfério
sul, e o solstício de Inverno no hemisfério norte.

O que é o Equinócio?
O equinócio ocorre quando o sol está posicionado
exatamente acima de um ponto na linha equatorial, fazendo
com que a luz e o calor sejam distribuídos de forma
semelhante nos dois hemisférios. Deste modo, o dia e a
noite tem a mesma duração.
No dia 20 de março ocorre o equinócio que marca o início
da Primavera no hemisfério norte e do Outono no hemisfério
sul. Já o equinócio de 22 de setembro marca o início do
Outono no hemisfério norte e a Primavera no hemisfério sul.

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A “LOJA DE S.·. J.·.”
O problema das origens maçônicas foi levantado e resolvido
sinteticamente em poucas palavras na questão ritual do
Ven.·. M.·. a cada irmão visitante: De onde você vem?, e na
resposta deste: Da Loja de S.·. J.·.
Esta questão é fundamental para o Aprendiz e, como Édipo,
deve esforçar-se por respondê-la satisfatoriamente,
buscando em si mesmo a solução do problema das origens:
a origem de seu ser e do universo que o cerca.
O que significa a expressão “Lodge of S.·. J.”? Já sabemos
que a Tradição Maçônica está intimamente relacionada à
Tradição Juanítica ou misticismo do cristianismo (como
claramente mostrado pela sobreposição de nossos
instrumentos na primeira página do Ev., de S.·. J.·., que
representa a mais pura Tradição Cristã, assim como as
Tradições Gnósticas e Iniciáticas anteriores).
Também sabemos que S.·. J.·. foi tomado como padrão
pelos Construtores do Idade Média, e também conhecemos
o uso -que remonta a tempos muito remotos- de celebrar os
dois solstícios, em cujas datas caem respectivamente as
festas cristãs da S.·. J.·.
Essas mesmas festas eram celebradas em todos os lugares
também antes do cristianismo, estando perto do Romanos
em homenagem a Janus, o deus de duas faces que
simboliza muito bem a Tradição, sendo uma de suas faces
constantemente voltada para o passado e a outra para o
futuro. Este nome está relacionado etimologicamente com o
latim janua, "porta", de onde vem também o latim janeiro,
“janeiro”. {1}

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E é interessante notar a esse respeito que "porta" é também
o significado originária da letra grega delta (do semítico
daleth), representada por um triângulo, e que o antigo portão
de iniciações era triangular.
Este deus presidiu todos os começos (em latim initium, do
qual também initiare, "começar"), e em particular a entrada
do Sol nos dois hemisférios celestes, e a iniciação cuja
chave teve e mantido. Agora é evidente que o nome Janus
também tem um nome latino muito semelhante (Janus)
singular com a de Juan (Johannes) e não foi por acaso que
este foi colocado no lugar exato de primeira.
Por outro lado, o hebraico Jeho-hannam ou Juan significa
"Graça ou favor de Deus", ou seja, homem iluminado ou
iniciado. Assim é que este último pode ser justamente
chamado de irmão ou discípulo de S.·. J.·. A importância
iniciática desta escolha torna-se assim mais evidente por
esta dupla ou dupla face etimologia: o primeiro pagão ou
retorno ao passado (tradição iniciática da qual constitui a
porta ou canal) e o outro cristão ou de volta ao futuro (os
escolhidos ou favorecidos por Deus que continuar e
continuará a tradição em todos os séculos)
A expressão Loja de S.·. J.·. torna-se assim um nome
simbólico de qualquer união ou agrupamento de homens
iniciados, iluminados e espiritualmente favorecidos,
aplicando em seu sentido mais amplo geral a todos os que
foram admitidos aos Mistérios, e mais particularmente aos
verdadeiros H H.·. de S.·. J. ·., os Mestres de Sabedoria que
constituem a Grande Loja Branca, a mais justa e perfeito
“Loggia de S.·. J. ·.”, no qual devemos buscar a inspiração e
o profundo e verdade da nossa ordem.

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{1} Embora, talvez, a origem mais provável da palavra Janus
deva ser procurada em um hipotético Dianus (masculino de
Diana), análogo a divinus no sentido de "celestial", ou
Divindade do Céu.

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S. João Evangelista
João o Evangelista (Joannis Evangelistae), João o Divino
(John the Divine), Apóstolo da Caridade (Apostle of Charity)
ou ainda Apóstolo Amado (Belover Apostle), foi um dos doze
apóstolos de Jesus Cristo, autor do Evangelho segundo
João, as três epístolas de João e o livro do Apocalipse,
presentes na Bíblia cristã. Foi o mais novo dos 12 discípulos,
com cerca de vinte e quatro anos quando chamado por
Jesus, era pescador de profissão e trabalhava junto com o
seu irmão Tiago. João Evangelista foi canonizado no período
“pré-congregação”. Sua comemoração é em 27 de
Dezembro, data do seu nascimento, de acordo com o
Martirológico Romano, como se vê:
“27 Decembris […]Apud Ephesum natalis sancti Joannis,
Apostoli et Evangelistae, qui, post Evangelii scriptionem,
post exsilii relegationem et Apocalypsim divinam, usque ad
Trajani Principis tempora perseverans, totius Asiae fundavit
rexitque Ecclesias, ac tandem, confectus senio, sexagesimo
octavo post passionem Domini anno mortuus est, et juxta
eamdem urbem sepultus.”.
Traduzindo, tem-se
“27 de dezembro […] Em Éfeso, aniversário de São João, o
Apóstolo e Evangelista, que escreveu o Evangelho, foi
exilado e escreveu o livro do Apocalipse Divino, fundou e
construiu igrejas em toda a Ásia no tempo do imperador
Trajano e por fim, desgastado pela idade avançada, morreu
no sexagésimo oitavo ano após o ano da Paixão do Senhor,
e foi enterrado na mesma cidade.”.
O dia 27 de dezembro é também data muito próxima ao
solstício de Verão (no hemisfério sul e solstício de Inverno
no hemisfério Norte).

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João era filho de Zebedeu e Salomé, e irmão de Tiago o
Grande. Nos evangelhos os dois irmãos são frequentemente
chamados de filhos de Zebedeu e também de Boanerges,
ou seja, Filhos do Trovão, apelido dado a eles por Jesus em
virtude do temperamento impetuoso deles.
Originalmente, João era pescador e pescava com o seu pai
e irmão no lago de Genesaré. Existem narrativas tradicionais
que relatam ter sido o Evangelista inicialmente discípulo de
João Batista, e que depois foi chamado por Cristo a partir do
círculo de seguidores do Precursor para se tornar o seu
discípulo, juntamente com Pedro e André.
Para se ter uma ideia da importância atribuída ao apóstolo
João, apenas ele e Pedro foram enviados à cidade para
preparar a última ceia. Na própria santa ceia João tinha lugar
ao lado de Cristo no peito de quem se inclinou. Foi João
também que seguiu junto a Pedro com Cristo para o palácio
após a sua detenção. João permaneceu sozinho próximo do
seu amado Mestre, ao pé da Cruz no Calvário com a Mãe
de Jesus, Maria, pela qual recebeu de Jesus a incumbência
de tomar conta como se fosse a sua própria mãe.
Mais tarde João esteve, junto de Pedro, ligado às atividades
iniciais do movimento cristão e tornou-se um dos principais
sustentáculos da Igreja de Jerusalém.
Na sua jornada com pregador, foi diversas vezes preso,
torturado, até ser exilado na ilha de Patmos por
aproximadamente 4 anos (estudiosos dizem ser quando
escreveu o livro de Apocalipse, do qual apenas pequena
parte foi preservada).
Morreu de causas naturais em Éfeso, no ano de 101 d.C.,
aos 92 anos de idade (alguns estudos dizem que ele teria
mais de 100 anos).

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João Evangelista é padroeiro de centenas de cidades. A sua
imagem é associada a um Livro, um Caldeirão, um Cálice,
uma Serpente, um Cálice com uma Serpente, ou ainda uma
Águia.
S. João Baptista
S. João Baptista é o Patrono da Maçonaria. Não se deve
confundir com Padroeiro. A Maçonaria é uma entidade
filosófica e filantrópica, que visa também o aperfeiçoamento
espiritual do homem. Caso fosse padroeiro, seríamos
voltados para uma religião e a Maçonaria não está voltada
para nenhuma RELIGIÃO.
Existem achados arqueológicos que comprovam que João
Baptista e também Jesus e a sua família, viveram próximo a
Qumran. Nestes achados existem muitos pontos comuns
com a mensagem cristã. Deve-se levar em conta, que João
Baptista tenha convivido com esta comunidade e que parte
da sua formação religiosa tenha sido ali recebida, bem como
Jesus Cristo que viveu bem próximo desta comunidade.
Após a morte de Herodes I, o Grande, (4 a.C.) fundador da
dinastia dos Herodes, subiu ao trono Herodes Antipas, que
segundo, a Bíblia foi o responsável pela lendária morte de
João Baptista.
Amigo dos romanos, casou-se com a filha do Rei Nabateu
Aretas IV, mas repudiou-a e casou-se com a mulher do seu
meio irmão Herodes Filipo; isto veio mais tarde a causar-lhe
uma represália do Rei Nabateu Aretas IV, que lutou contra
ele e o derrotou.
João Baptista era considerado um homem santo e
extremamente respeitado, fazia pregações na praça pública
fazendo críticas a Herodes e afirmando que o seu
casamento era ilícito, posto que tomara como esposa a

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cunhada, mulher do seu meio-irmão (Filipo) e casando com
ela, mandara matar o seu meio-irmão.
Apesar das diversas mensagens de Herodes e até mesmo
depois deste ter falado pessoalmente com João, este
continuava a fazer as suas pregações críticas.
Herodíades (esposa de Herodes), pediu a condenação à
morte de João inúmeras vezes; no entanto este tinha receio
de o prender, já que ele era tido como um homem santo e
extremamente respeitado pelo povo. Com medo de uma
revolta protelou ao máximo a sua decisão.
Pela insistência de Heroniadíades, esposa de Herodes, este
manda prender João e acorrentá-lo no cárcere quando João
lhe disse:
– Não é lícito possuir a mulher do seu irmão.
Herodíades então voltou-se contra ele e queria matá-lo, mas
não podia, pois Herodes tinha medo de João e sabendo que
era um homem santo e justo, protegia-o, e quando o ouvia
ficava muito confuso e escutava-o com prazer.
Entretanto chegou o dia propício. Herodes, por ocasião do
seu aniversário, ofereceu um banquete aos seus magnatas,
oficiais e às grandes personalidades da Galileia. A filha de
Herodíades entrou e dançou. O seu nome era Salomé e
tinha só 15 anos. Agradou a Herodes e aos convivas. Então
o rei disse-lhe:
– Pede-me o que bem quiseres e dar-te-ei.
E fez um juramento:
– Qualquer coisa que pedires, dar-te-ei, até à metade do
meu reino.
Ela saiu e perguntou a mãe:
– Que peço?

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E ela respondeu:
– A cabeça de João Batista.
Voltando logo, apressadamente, à presença do rei, fez o
pedido:
– Quero que agora mesmo, me dês num prato a cabeça de
João Baptista.
O rei ficou profundamente triste. Mas por causa do
juramento que fizera e dos convivas, não quis deixar de a
atender. Imediatamente o rei enviou um executor com
ordens de trazer a cabeça de João. E saindo, decapitou-o
na prisão, trazendo a sua cabeça num prato. Deu-a à moça
e está entregou-a à mãe.
Os discípulos de João sabendo disto, foram lá, trouxeram o
corpo e colocaram-no num túmulo.
São João Baptista é um símbolo de grande significado.
Como “precursor” da Grande Obra de Redenção Universal,
realizada por Jesus, ele simboliza o “mediador”, aquele que
tem a missão de abrir a porta da iniciação. Daí o porquê de
pensarmos que a escolha de São João Baptista para
patrocinador das Lojas Simbólicas, tem a sua
fundamentação em temas alquímicos. Este Santo, que
provavelmente foi um adepto da seita dos helénicos, é
considerado pelos esotéricos um mediador entre as duas
estruturas cósmicas, representadas pelas suas partes:
material e espiritual.
Para a Maçonaria, a tradição de invocar este Santo como
Patrono, teria a finalidade de despertar a sua mediação para
a realização da transmutação do carácter profano do
recipiendário para o estado de consciência superior que
caracteriza o iniciado na Maçonaria.
Ir.’. Eques Ab à Serenus :+:

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Bibliografia consultada:

CASTILHOS, Tiago Oliveira de. São João padroeiro da maçonaria: Mas qual João?

FONCK, Leopold. Catholic Encyclopedia – Saint John the Evangelist. 1913.

REISER, Márcio António. São João Evangelista. 2009. Disponível em:

PIKE, Albert. The Porch and the Middle Chamber – The Book of the Lodge – Secret Work. 1872.

Boucher, Joules – A simbólica Maçônica

Leadbeater, Charles – A vida oculta na maçonaria

Lavagni, Aldo – Manual do Aprendiz Maçom

Wirth, Osvald – Maçonaria e Alquimia

Ambelain, Robert – Astrologia e Maçonaria

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