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O movimento de rotação é responsável pela sucessão dos dias e das noites. Ao longo do dia,
a inclinação dos raios solares altera-se: por exemplo, ao nascer e ao pôr do sol, a inclinação
é máxima e os raios incidem de forma muito obliqua; ao meio-dia, pelo contrário, os raios
solares incidem mais na vertical. Assim, quanto maior a obliquidade, maior a superfície
recetora e menor a intensidade da radiação solar.
A diferença na duração dos dias e das noites também varia em função da latitude.
A intensidade da radiação solar varia, sendo tanto menor quanto maior for a latitude e, por
isso, maior a obliquidade dos raios solares. Ou seja, diminui em direção aos polos. A região
equatorial é a região onde a radiação solar incide mais na vertical, fazendo com que seja
uma zona quente. Portugal está situado nas latitudes médias, onde se localizam todos os
climas temperados, facto associado à obliquidade intermédia da radiação solar.
As estações do ano são consequência de o movimento de rotação da Terra sobre o seu eixo
não ser perpendicular ao seu plano de órbita em volta do Sol. Assim, o hemisfério norte
recebe mais radiação solar durante metade do ano. Durante a outra metade do ano, é o
hemisfério sul que fica mais exposto à radiação solar. Estes dias são conhecidos como
solstícios.
O solstício de verão, que marca o início desta estação, acontece a 20 ou 21 de junho, que é o
maior dia do ano. Ao invés, o dia com a menor duração ocorre no solstício de inverno, a 21
ou 22 de dezembro, marcando o início desta estação no hemisfério norte. Pelas razões já
referidas, no hemisfério sul dá-se a situação inversa.
Durante os equinócios, a radiação solar incide na vertical sobre o equador, fazendo com que
ambos os hemisférios recebam a mesma quantidade de radiação solar e os dias tenham a
mesma duração das noites, em todo o globo. O equinócio de primavera ocorre a 20 ou 21 de
março, enquanto o equinócio de outono acontece a 22 ou 23 de setembro.
A exposição geográfica - uma vertente com inclinação igual a dos raios solares, mas de
orientação oposta, faz com que estes possam incidir mais na vertical, nas latitudes médias,
aumentando desta forma a sua intensidade.
Variação da insolação
A insolação, que corresponde ao número de horas de sol, varia ao longo do ano e de acordo
com a latitude. Junto ao equador registam-se, ao longo do ano, dois máximos de insolação
que traduzem a dupla passagem do Sol, no seu movimento anual aparente. Nas latitudes de
Portugal, a insolação máxima regista-se nos meses de junho, julho e agosto.
Os valores mais elevados de radiação solar registam-se nas regiões tropicais e vão
diminuindo em direção aos polos. Apesar de o equador ser a zona onde os raios solares
incidem com menor obliquidade, o valor máximo regista-se sobre os trópicos de Câncer e de
Capricórnio, onde se localizam os grandes desertos quentes.
Nos Açores e na Madeira, há um contraste nítido entre o litoral mais quente e ameno e o
interior de elevadas altitudes, bastante mais frio. A origem vulcânica destas ilhas origina este
relevo típico em vários cones vulcânicos, cujos pontos mais elevados se encontram no
interior.