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Variabilidade em Portugal
A radiação solar global apresenta diferenças espaciais e sazonais, todo o ano, embora as diferenças sazonais
sejam mais visíveis no Sul em tempo de inverno. Conclui-se que a radiação solar global diminui de sul para
norte, por efeito de latitude, e que no verão é muito superior à de inverno, devido ao movimento de translação
da Terra. No verão não há tanta diferença, no entanto a que há é devido a proximidade do mar, que provoca a
nebulosidade.
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… associada à insolação.
A distribuição espacial da radiação solar global está diretamente relacionada
com a insolação (nº de horas de céu descoberto com o sol acima do
horizonte), que corresponde ao tempo onde exposição da superfície terrestre
à radiação solar direta.
A variação anual e espacial da insolação depende dos fatores globais
(latitude e translação da Terra), mas também de fatores locais, como, a
distância ao mar, nebulosidade (porção do céu encoberto por nuvens num
dado momento) e o relevo.
Concluímos então que a distribuição espacial da insolação está diretamente relacionada com a radiação solar
com o aumento de norte para sul e o aumenta de oeste para este, logo quanto maior for a insolação, maior a
radiação solar.
Regime Térmico
Em Portugal o regime térmico é característico do clima Mediterrâneo, mas coim algumas
diferenças regionais:
• Latitude, no sul continental e na R.A. da Madeira, a temperatura é mais alta e diminui para
norte.
• Altitude, os valores mais baixos registam-se nas áreas mais elevadas do território.
• Topografia/Disposição do Relevo,
Vale superior do Douro, média anual mais alta do que a das áreas envolventes, pela
concentração de calor no vale encaixado que facilita a entrada dos ventos de leste frios
no inverno, e quentes no verão, que elevam a amplitude térmica anual.
Vale do Mondego: oblíquo à linha de costa permite que o ar marítimo chegue ao
interior.
Serras do Algarve: protegem o litoral dos ventos atlânticos e dos ventos peninsulares.
Ilha da Madeira: a orientação este-oeste do relevo diferencia a vertente norte, mais fria,
da vertente sul, mais quente.
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• Oceano, no litoral continental, nos Açores e na Madeira, com maior influência marítima, a amplitude
térmica anual é mais baixa.
Na regiões de Portugal acontece sempre a mesma coisa, no inverno os valores diminuem e no verão os valores
aumentam. Só estes (os valores) é que são diferentes.
Valorização Turística
O clima, com temperaturas moderadas e grande número de dias luminosos (sem nebulosidade)
é um fator fundamental para a posição que Portugal ocupa entre os maiores destinos turísticos
mundiais.
O turismo balnear beneficia diretamente da amenidade e da luminosidade do clima, assim
como da vasta linha de costa, destacando-se o Algarve, que há várias décadas é considerado
como o melhor destino balnear europeu. O recente desenvolvimento do setor turístico tem-se
pautado pelo aumento e diversificação da oferta turística, que, tirando partido do nosso clima,
pode atrair visitantes durante a maior parte do ano, mesmo no inverno, em atividades como o
golfe, o rafting, o turismo de natureza , o turismo cultural e o turismo urbano, assim como em
provas internacionais de surf, vela, hipismo, entre muitas outras. Os efeitos multiplicadores do
turismo registam-se nos destinos tradicionais, nas grandes cidades, como Lisboa e Porto e um
pouco por todo o interior e ilhas, para os quais a pandemia de 2020 veio chamar a atenção.
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O setor imobiliário é um dos que mais beneficia como o turismo, devido à:
• Intensificação da reabilitação de imóveis e requalificação de espaços no centro antigo
das cidades;
• Aquisição de segunda habitação por estrangeiros, principalmente ingleses;
• Fixação de residência em Portugal , de muitos idosos reformados, sobretudo europeus,
que arrendam ou compram casa, principalmente no Algarve, devido a um clima mais
benéfico aos problemas de saúde das pessoas dessa faixa etária.
Perturbações frontais
Uma perturbação frontal (conjunto formado por uma frente quente, uma frente fria e uma depressão
barométrica) resulta da interpenetração do ar frio com o ar quente que junta uma frente fria e uma frente
quente, originando uma baixa pressão, por efeito da dupla ascensão dinâmica (subida do ar quente por efeito
do movimento convergente de duas massas de ar diferentes, que forma uma baixa pressão ou depressão
barométrica de origem dinâmica) do ar quente:
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• Na frente fria , o ar frio, mais pesado, interpõe-se como uma cunha, por baixo do ar quente, obrigando-
o a subir de forma rápida e , por vezes violenta,
• Na frente quente, o ar quente, mais leve, vai-se sobrepondo gradualmente ao ar frio, subindo mais
lentamente.
Cartas meteorológicas
As cartas meteorológicas permitem conhecer a previsão do estado do tempo (condições da atmosfera
(humidade e temperatura do ar, vento, entre outras), num dado lugar , por um curto intervalo de tempo), pois
representam, com símbolos próprios, os centros barométricos e as frentes, assim como a pressão atmosférica,
em isóbaras (linhas que unem pontos de igual pressão atmosférica).
Tipos de precipitação
A precipitação é sempre resultado do arrefecimento do ar, que ocorre quando há um movimento ascendente.
A ascensão do ar pode ter causas diversas, que permitem considerar os principais tipos de precipitação.
• As precipitações orográficas, têm origem na ascensão do ar ao encontrar uma forma de relevo. O ar
sobe e arrefece, condensa e origina nuvens e chuva ou neve, dependendo da altitude. Em Portugal estas
precipitações são mais frequentes no Noroeste.
• As precipitações convectivas ocorrem por convecção- aquecimento do ar em contacto com a superfície
terrestre muito quente. Este aquecimento torna o ar mais leve e desencadeia um movimento
ascendente. Forma-se, então, uma depressão barométrica de origem térmica (devido à temperatura) ,
com nuvens de grande desenvolvimento vertical e precipitação intensa e de curta duração, muitas vezes
com trovoada e granizo.
• As precipitações frontais, devem-se à passagem de frentes frias ou quentes e das perturbações frontais
sendo típicas das regiões do norte litoral. Na superfície frontal quente o ar quente sobe lentamente,
formando nuvens de desenvolvimento horizontal e chuva fraca e persistente.
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Irregularidade da precipitação, no tempo - longo do ano- irregularidade anual ou sazonal
Em Portugal, como sabes por experiência própria, a frequência e o volume de precipitação não são regulares,
verificando-se uma disparidade entre o inverno e o verão, em todo o território, mais acentuada o interior e sul
do continente. Conclui-se que, nos meses de inverno, os valores da precipitação média são muito superiores
aos do verão, verificando-se um desfasamento entre a precipitação e as necessidades de consumo de água.
• No inverno há mais precipitação- cerca de metade do total anual, mas as necessidades de consumo são
inferiores, nomeadamente na agricultura. » Maior influência das baixas pressões subpolares, que estão
deslocadas mais para sul e provocam chuvas frontais.
• No verão quase não há precipitação, mas a necessidade não há precipitação, mas a necessidade de
consumo de água é maior. » Maior influência das altas pressões subtropicais, que estão deslocadas para
norte e trazem tempo seco.
e de ano para ano: interanula
Como as deslocações atmosféricas latitudinais não são sempre iguais, registam-se também diferenças
interanuais no volume e ritmo da precipitação:
• Anos de muita precipitação- as baixas pressões subpolares deslocam-se mais para sul e por mais tempo,
• Anos de pouca precipitação- os anticiclones subtropicais, sobretudo o dos Açores, deslocam-se mais
para norte e por mais tempo, provocando, por vezes, períodos de seca.
... na distribuição espacial
A irregularidade caracteriza também a distribuição espacial da precipitação, denotando o efeito dos vários
fatores que a influenciam. (Isoietas: linhas que unem pontos de igual precipitação média.)
Concluímos que:
• No inverno: a maior precipitação coincide com os meses mais frios.
• No verão: seco, coincidindo com os meses mais quentes
• Mais precipitação: no litoral norte, sobretudo no Noroeste; nos Açores, na vertente norte da Madeira e
nas áreas de maior altitude.
• Menos precipitação: no sul e interior continental; na vertente sul da madeira e em porto santo.
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