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4º Teste – Geografia A – 10ºH

2. Radiação Solar – 2.1. Variabilidade da radiação solar


A Radiação Solar - do topo da atmosfera à superfície terrestre.
Ao chegar ao topo da atmosfera terrestre, parte da radiação solar (a energia que é emitida pelo Sol, em ondas
eletromagnéticas de onda curta) é refletida e da que é penetrada na atmosfera só metade chega à superfície
terrestre. A atmosfera protege a Terra impedindo que toda a radiação solar chegue à superfície, sobretudo a
radiação nociva, através da:
• Reflexão, a partir dos gases e das partículas que são
dispersadas na radiação solar.
• Difusão, por gases e partículas que dispersam a radiação
solar que, em parte, acaba por atingir a superfície de forma
indireta - radiação difusa ou indireta.
• Absorção, por poeiras, nuvens, vapor de água e outros
gases que absorvem a radiação nociva.
A radiação solar que atinge a superfície terrestre – radiação direta-
é absorvida pela Terra, que a transforma em energia calorífica
(radiação infravermelha – radiação cuja energia é insuficiente para ionizar átomos ou moléculas) e a emite,
em média, na mesma proporção – radiação terrestre (energia reemitida pela terra, em grande comprimento de
onda). A radiação direta com a radiação indireta (difusa) constituem a radiação solar global.
Ao chegar ao topo da atmosfera terrestre, parte da radiação solar é absorvida pela Terra, na qual depende de
outros fatores, como a refletividade de cada tipo de superfície, e a
isto designamos de albedo.
A radiação não refletida é absorvida pela superfície terrestre, que
a transforma em energia calorifica, ou seja, que emite calor. Esta
é emitida pela terra, designando-se por radiação terrestre. É ela
que torna possível o aquecimento da camada inferior da
atmosfera, pela ação dos gases com efeito de estufa (processo
físico que ocorre quando uma parte da radiação infravermelha é
emitida pela superfície terrestre e absorvida por determinados
gases presentes na atmosfera, os chamados gases do efeito estufa
ou gases estufa).
Apesar de indispensável à vida, o efeito de estufa pode tornar-se o seu maior problema se as suas emissões de
GEE não pararem de aumentar. Se nada for feito, haverá cada vez mais radiações terrestres a ser retida na
baixa atmosfera, elevando a sua temperatura média. É o aquecimento global, que já está a interferir
perigosamente no sistema climático do planeta.

Variação Latitudinal (diferenças)


 Rotação, movimento onde a terra gira em torno de si mesma (no
seu eixo imaginário), este movimento tem duração de 24 horas e
origina a noite e o dia.
Devido a forma arredondada da Terra, a radiação solar atinge a
superfície terrestre a zona equatorial mais diretamente, tornando-se
cada vez mais oblíqua a medida que a latitude aumenta. Assim
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concluímos que a radiação solar global é maior na zona equatorial,
diminuindo em direção as zonas polares, logo, existem zonas de latitude
com excesso energético e outras com défice de energia.
Conclui-se que se regista:
• Excesso energético até aos 40º de latitude, norte e sul;
• Há mais diferença no Norte e que se nota as diferenças a partir
do dia.
• Défice energético a partir dos 40º de latitude, norte e sul;
• Portugal situa-se na transição da zona de excesso energético
para a zona de défice energético.

Variação Anual ou Sazonal (temperatura)


 Translação, movimento onde a terra gira à volta do sol, tendo a duração de 365 dias e 6 horas, estas 6 horas
são compensadas nos anos bissextos (29 de fevereiro): Este movimento é responsável pelos dias de
solstício e equinócio, ou seja, as estações do ano.
A radiação solar global também varia durante o ano, devido à inclinação do eixo da Terra em relação ao plano
da sua órbita, no movimento de translação. É isto que origina: A variação da quantidade de energia recebida e
a duração dos dias e das noites ao longo do ano.
• Equinócio, dias com a mesma duração de tempo de dia e noite. Ocorre a 21 de março (primavera) e 21
de setembro (outono).
• Solstício, dias com as maiores diferenças de tempo (noite e dia). Ocorre a 21 de dezembro (inverno) e
a 21 de julho (verão).
 21 de dezembro, o Hemisfério Norte tem a maior noite
do ano, e o hemisfério sul o maior dia do ano. O polo
Norte neste dia não tem dia, e o polo Sul não tem noite.
 21 de julho, o Hemisfério Norte tem o maior dia do ano
e o hemisfério sul a maior noite do ano. O polo Norte
neste dia não tem noite e o polo Sul não tem dia.

Variabilidade em Portugal
A radiação solar global apresenta diferenças espaciais e sazonais, todo o ano, embora as diferenças sazonais
sejam mais visíveis no Sul em tempo de inverno. Conclui-se que a radiação solar global diminui de sul para
norte, por efeito de latitude, e que no verão é muito superior à de inverno, devido ao movimento de translação
da Terra. No verão não há tanta diferença, no entanto a que há é devido a proximidade do mar, que provoca a
nebulosidade.

(C) (A) – Efeito de latitude do relevo e da


(A) influência do mar.
(B) – Área abrigada pelas serras do
(B) litoral.
(C) – Maior influencia do mar.

A média anual da radiação solar global


apresenta uma redução significativa de
sul para norte, que é mais acentuada no
litoral continental.

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… associada à insolação.
A distribuição espacial da radiação solar global está diretamente relacionada
com a insolação (nº de horas de céu descoberto com o sol acima do
horizonte), que corresponde ao tempo onde exposição da superfície terrestre
à radiação solar direta.
A variação anual e espacial da insolação depende dos fatores globais
(latitude e translação da Terra), mas também de fatores locais, como, a
distância ao mar, nebulosidade (porção do céu encoberto por nuvens num
dado momento) e o relevo.
Concluímos então que a distribuição espacial da insolação está diretamente relacionada com a radiação solar
com o aumento de norte para sul e o aumenta de oeste para este, logo quanto maior for a insolação, maior a
radiação solar.

Fatores da radiação global e insolação.


A distribuição espacial da radiação solar e da insolação podem explicar-se com:
• O relevo,
 A altitude: onde a nebulosidade aumenta e a insolação diminui. Ex. Pico dos Açores.
 Disposição das vertentes: onde as vertentes expostas a ventos marítimos aumentam a sua
nebulosidade, reduzem a insolação e a radiação solar.
 Disposição das vertentes: onde as vertentes soalheiras, têm um aumento de insolação e maior
radiação solar.
 Disposição das vertentes: onde as vertentes umbrias, têm menos insolação e radiação solar.
• A distância ao mar,
 Áreas do litoral e os Açores, e na vertente norte da Madeira, como a mais proximidade ao mar,
implica uma maior nebulosidade, menor insolação e radiação solar.
 Áreas do interior, e na vertente sul da madeira, como a proximidade ao mar é reduzida há uma
menor nebulosidade, maior insolação e radiação solar.

2. Radiação Solar – 2.1.2. Temperaturas e diferenças regionais


O regime térmico (variação normal dos valores médios de temperatura), depende dos indicadores do
comportamento médio da temperatura. Os mais utilizados são:
• Temperatura Média Diária (TMD)/ Mensal (TMM) / Anual (TMA)
 TMD, somar as temperaturas todas do dia e dividir pelo valor.
 TMM, somar todas as TMD dos dias do mês e dividir pelos nºs de dia.
 TMA, somar todas as TMM e dividir por 12.
• Amplitude Térmica (AT), diferença entre o valor máximo e o valor mínimo de temperatura.
Caso estes indicadores sejam representados em mapas, são designados de Isotérmicas – linhas que unem
pontos de igual temperatura.

Distribuição espacial da temperatura média anual


Em Portugal, na zona temperatura do Norte, aa temperatura média anual é moderada em todo o território, com
diferenças regionais associadas à variação da radiação solar. Em Portugal Continental, o vale superior do
Douro, tem uma TMA mais alta do que as áreas envolventes. Os valores mais baixos da TMA registam-se a
norte do Tejo, sobretudo nas áreas de montanha, onde a altitude acentua a diferença norte-sul. E os valores
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mais altos estão presentes no sul do país, sobretudo no litoral algarvio, de menor latitude. Assim concluímos
que a cima da linha do Tejo (linha divisória) existe uma maior variedade, e a baixo da linha do Tejo é mais
uniforme, mas com menor variedade. Já em relação a ilha a TMA diminui do litoral para o interior, devido ao
relevo que é mais alto. (Na Madeira, devido à latitude e à orientação das vertentes, a TMA diminui de SO para
NE e Nos Açores, devido ao relevo, a TMA diminui do litoral para o interior).
As principais diferenças na distribuição espacial da temperatura
média anual decorrem da influência da:
• Latitude, os valores mais altos são no sul do Continente,
sobretudo no litoral algarvio, e na Madeira, de forma mais
acentuada no Porto Santo.
• Altitude, faz diminuir a temperatura, pelo que, nas áreas de
montanha, os valores são mais baixos tanto em Portugal
continental como insular.
• Distancia ao mar, o mar modera, a temperatura nas áreas
do litoral e nas regiões insulares, pois não aquece nem
arrefece, tanto como os continentes.

E amplitude térmica anual.


A temperatura média mensal no inverno diminui de sudoeste para
nordeste, sendo superior no litoral (isotérmicas oblíquas) e, no verão,
aumenta de oeste para este (isotérmicas quase paralelas ao litoral).
Assim a amplitude térmica anual é maior no interior. O ar marítimo
entra no vale do mondego (latitude, a proximidade ao mar) e baixa a
temperatura. Os ventos quentes da península entram no vale superior
do Douro, elevando a temperatura. A maior influencia continental
reforçada pelos ventos de leste (frios no inverno e quentes no verão),
eleva a ATA no interior, designadamente no vale superior do Douro.
Logo concluímos que nas ilhas a TMM têm menor diferença sazonal
do que no Continente.

Regime Térmico
Em Portugal o regime térmico é característico do clima Mediterrâneo, mas coim algumas
diferenças regionais:
• Latitude, no sul continental e na R.A. da Madeira, a temperatura é mais alta e diminui para
norte.
• Altitude, os valores mais baixos registam-se nas áreas mais elevadas do território.
• Topografia/Disposição do Relevo,
 Vale superior do Douro, média anual mais alta do que a das áreas envolventes, pela
concentração de calor no vale encaixado que facilita a entrada dos ventos de leste frios
no inverno, e quentes no verão, que elevam a amplitude térmica anual.
 Vale do Mondego: oblíquo à linha de costa permite que o ar marítimo chegue ao
interior.
 Serras do Algarve: protegem o litoral dos ventos atlânticos e dos ventos peninsulares.
 Ilha da Madeira: a orientação este-oeste do relevo diferencia a vertente norte, mais fria,
da vertente sul, mais quente.

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• Oceano, no litoral continental, nos Açores e na Madeira, com maior influência marítima, a amplitude
térmica anual é mais baixa.
Na regiões de Portugal acontece sempre a mesma coisa, no inverno os valores diminuem e no verão os valores
aumentam. Só estes (os valores) é que são diferentes.

2. Radiação Solar – 2.2. Valorização Económica


Valorização Energética
Em Portugal, com maior radiação solar global do que a da maioria dos países europeus, a potencialidade
fotovoltaica é elevada. A energia solar permite o aproveitamento energético através de:
• Sistemas térmicos para aquecimento de edifícios, águas,
etc., e, também, para sistemas de conversão térmica que
produzem energia,
• Sistemas fotovoltaicos, que a transformam numa corrente
de eletrões através de células fotovoltaicas.
O potencial de aproveitamento da energia solar é elevado ou
muito elevado em boa parte do país, sobretudo no algarve e
interior alentejano. Podemos concluir que o potencial de
aproveitamento de energia solar é maior no sul de Portugal continental e no flanco sul das ilhas, onde há maior
radiação solar global. A produção fotovoltaica apresenta o segundo maior aumento das renováveis, depois da
eólica, e prevê-se o aumento desse crescimento.
O aproveitamento da radiação solar como fonte de energia tem vantagens:
Económicas- diminui a dependência externa e a despensa com a importação de energia; aumenta a possibilidade de
exportação de eletricidade e permite aos particulares (famílias e empresas) pouparem na fatura energética e obter
ganhos com a venda de excedentes à rede nacional,
Sociais- contribui para o emprego na construção e manutenção, gera riqueza e tem efeitos multiplicadores do
desenvolvimento, nas regiões onde ocorre a sua produção.
Ambientais- contribui para a redução das emissões de GEE, e como pode ser produzida nas áreas de consumo, evita
muitos quilómetros de redes de transporte de energia.

Valorização Turística
O clima, com temperaturas moderadas e grande número de dias luminosos (sem nebulosidade)
é um fator fundamental para a posição que Portugal ocupa entre os maiores destinos turísticos
mundiais.
O turismo balnear beneficia diretamente da amenidade e da luminosidade do clima, assim
como da vasta linha de costa, destacando-se o Algarve, que há várias décadas é considerado
como o melhor destino balnear europeu. O recente desenvolvimento do setor turístico tem-se
pautado pelo aumento e diversificação da oferta turística, que, tirando partido do nosso clima,
pode atrair visitantes durante a maior parte do ano, mesmo no inverno, em atividades como o
golfe, o rafting, o turismo de natureza , o turismo cultural e o turismo urbano, assim como em
provas internacionais de surf, vela, hipismo, entre muitas outras. Os efeitos multiplicadores do
turismo registam-se nos destinos tradicionais, nas grandes cidades, como Lisboa e Porto e um
pouco por todo o interior e ilhas, para os quais a pandemia de 2020 veio chamar a atenção.
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O setor imobiliário é um dos que mais beneficia como o turismo, devido à:
• Intensificação da reabilitação de imóveis e requalificação de espaços no centro antigo
das cidades;
• Aquisição de segunda habitação por estrangeiros, principalmente ingleses;
• Fixação de residência em Portugal , de muitos idosos reformados, sobretudo europeus,
que arrendam ou compram casa, principalmente no Algarve, devido a um clima mais
benéfico aos problemas de saúde das pessoas dessa faixa etária.

3. Recursos Hídricos – 3.1. Especifidades do clima Português

Centros de pressão atmosférica.


O ciclo da água tem origem na pressão atmosférica. Existem dois tipos de centros de pressão atmosférica:

• As altas pressões (A) em que o ar é: Descendente (de


cima para baixo) e divergente (de dentro para fora).
• As baixas pressões ou centros depressionários (B) em
que o ar é: Convergente (fora para dentro) e ascendente (de
baixo para cima).

Influência da circulação atmosférica


Em Portugal, situado nas latitudes médias, o clima (comportamento médio dos
elementos climáticos (temperatura e precipitação), é muito influenciado pelas
dinâmicas entre as zonas subpolar e subtropical. Da influência geral da atmosfera,
resulta o clima Mediterrâneo, que, em Portugal, é também influenciado por fatores
distintos, nas diferentes regiões do país.
As principais diferenças sazonais são motivadas pela deslocação em latitude das
massas de ar e dos centros de pressão atmosférica associada à variação da
temperatura, com o movimento de translação da Terra. Logo concluímos que os
estados de tempo advêm da deslocação latitudinal das massas de ar (grande volume de ar atmosférico com
valores idênticos de densidade e temperatura).

A frente polar do hemisfério norte


A área de contacto de duas massas de ar convergentes e de características diferentes constitui uma superfície
frontal, e a sua interseção com a superfície terrestre chama-se frente, nome que também se aplica a todo o
conjunto.

Perturbações frontais
Uma perturbação frontal (conjunto formado por uma frente quente, uma frente fria e uma depressão
barométrica) resulta da interpenetração do ar frio com o ar quente que junta uma frente fria e uma frente
quente, originando uma baixa pressão, por efeito da dupla ascensão dinâmica (subida do ar quente por efeito
do movimento convergente de duas massas de ar diferentes, que forma uma baixa pressão ou depressão
barométrica de origem dinâmica) do ar quente:

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• Na frente fria , o ar frio, mais pesado, interpõe-se como uma cunha, por baixo do ar quente, obrigando-
o a subir de forma rápida e , por vezes violenta,
• Na frente quente, o ar quente, mais leve, vai-se sobrepondo gradualmente ao ar frio, subindo mais
lentamente.

Evolução de uma perturbação frontal


A maior rapidez da frente fria faz evoluir a perturbação frontal até a oclusão. Por isso concluímos que, na
frente fria o ar frio introduz se por baixo do ar quente, que sobe mais rapidamente, assim, a frente fria alcançara
a frente quente e o ar frio posterior começa a juntar-se ao interior, obrigando todo o ar quente a subir. Começa
a oclusão – junção da frente fria com a quente, que forma uma frente oclusa.

Cartas meteorológicas
As cartas meteorológicas permitem conhecer a previsão do estado do tempo (condições da atmosfera
(humidade e temperatura do ar, vento, entre outras), num dado lugar , por um curto intervalo de tempo), pois
representam, com símbolos próprios, os centros barométricos e as frentes, assim como a pressão atmosférica,
em isóbaras (linhas que unem pontos de igual pressão atmosférica).

Tipos de precipitação
A precipitação é sempre resultado do arrefecimento do ar, que ocorre quando há um movimento ascendente.
A ascensão do ar pode ter causas diversas, que permitem considerar os principais tipos de precipitação.
• As precipitações orográficas, têm origem na ascensão do ar ao encontrar uma forma de relevo. O ar
sobe e arrefece, condensa e origina nuvens e chuva ou neve, dependendo da altitude. Em Portugal estas
precipitações são mais frequentes no Noroeste.
• As precipitações convectivas ocorrem por convecção- aquecimento do ar em contacto com a superfície
terrestre muito quente. Este aquecimento torna o ar mais leve e desencadeia um movimento
ascendente. Forma-se, então, uma depressão barométrica de origem térmica (devido à temperatura) ,
com nuvens de grande desenvolvimento vertical e precipitação intensa e de curta duração, muitas vezes
com trovoada e granizo.
• As precipitações frontais, devem-se à passagem de frentes frias ou quentes e das perturbações frontais
sendo típicas das regiões do norte litoral. Na superfície frontal quente o ar quente sobe lentamente,
formando nuvens de desenvolvimento horizontal e chuva fraca e persistente.

Estados do tempo associados a uma perturbação frontal


Numa perturbação frontal, sempre com sentido de deslocamento de oeste para este, no hemisfério norte,
sucedem-se os estados do tempo provocados pela passagem da frente quente, do setor de ar quente e, por fim,
da frente fria.
Conclui-se que, com a passagem da perturbação frontal na aldeia, sucedem-se:
• Passagem da frente quente - aumenta ligeiramente a temperatura e ocorre precipitação fraca e
persistente.
• Passagem do ar quente - sobe um pouco a temperatura e não há precipitação, mas o céu apresentar- se-
a nublado
• Passagem da frente fria- a temperatura desce e ocorre chuva forte de tipo aguaceiro.
Numa perturbação frontal associam-se duas frentes, originando uma depressão barométrica (centro de baixas
pressões) em que a subida do ar é rápida e violenta e, por isso, pode originar grandes tempestades.

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Irregularidade da precipitação, no tempo - longo do ano- irregularidade anual ou sazonal
Em Portugal, como sabes por experiência própria, a frequência e o volume de precipitação não são regulares,
verificando-se uma disparidade entre o inverno e o verão, em todo o território, mais acentuada o interior e sul
do continente. Conclui-se que, nos meses de inverno, os valores da precipitação média são muito superiores
aos do verão, verificando-se um desfasamento entre a precipitação e as necessidades de consumo de água.
• No inverno há mais precipitação- cerca de metade do total anual, mas as necessidades de consumo são
inferiores, nomeadamente na agricultura. » Maior influência das baixas pressões subpolares, que estão
deslocadas mais para sul e provocam chuvas frontais.
• No verão quase não há precipitação, mas a necessidade não há precipitação, mas a necessidade de
consumo de água é maior. » Maior influência das altas pressões subtropicais, que estão deslocadas para
norte e trazem tempo seco.
e de ano para ano: interanula
Como as deslocações atmosféricas latitudinais não são sempre iguais, registam-se também diferenças
interanuais no volume e ritmo da precipitação:
• Anos de muita precipitação- as baixas pressões subpolares deslocam-se mais para sul e por mais tempo,
• Anos de pouca precipitação- os anticiclones subtropicais, sobretudo o dos Açores, deslocam-se mais
para norte e por mais tempo, provocando, por vezes, períodos de seca.
... na distribuição espacial
A irregularidade caracteriza também a distribuição espacial da precipitação, denotando o efeito dos vários
fatores que a influenciam. (Isoietas: linhas que unem pontos de igual precipitação média.)
Concluímos que:
• No inverno: a maior precipitação coincide com os meses mais frios.
• No verão: seco, coincidindo com os meses mais quentes
• Mais precipitação: no litoral norte, sobretudo no Noroeste; nos Açores, na vertente norte da Madeira e
nas áreas de maior altitude.
• Menos precipitação: no sul e interior continental; na vertente sul da madeira e em porto santo.
ANALISAR A PÁGINA 191.

Estados do tempo mais frequentes em Portugal


A variação sazonal da temperatura e da precipitação, repetida por muitos anos, permite associar diferentes
situações meteorológicas a cada época do ano.
• Inverno: o sol atinge diretamente o trópico de capricórnio, dando se a deslocação, para sul, do ar frio
polar e das baixas pressões subpolares. Maior influência: massa de ar polar marítima; frentes e
perturbações frontais da frente polar; massa de ar polar continental; altas pressões térmicas formadas
sobre o continente o ar, em contacto com superfície muito fria, arrefece, originando altas pressões
térmicas.
• Verão: o sol atinge diretamente o trópico de câncer, dando-se a deslocação para norte da massa de ar
quente tropical e das altas pressões subtropicais, que fazem coincidir a estação quente com o período
seco estival. Maior influência: massa de ar tropical marítima; anticiclone dos Açores; massa de ar
tropical continental; baixas pressões térmicas formadas sobre o continente.
• Período seco estival: Meses secos de verão (estio) , em que o caudal dos rios baixa e algumas ribeiras
secam, no sul e nas ilhas.
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Domínios climáticos em Portugal
A sequência habitual dos estados do tempo, por trinta anos ou mais, permite afirmar que, em todo o
território, se verificam as principais características do clima temperado mediterrâneo:
• Inverno suave: TMM moderada e precipitação.
• Verão quente: TMM elevada e dois a seis meses secos
• Mês seco: em que o total de precipitação é igual ou inferior ao dobro do valor da temperatura (barra
da precipitação ao nível ou abaixo da temperatura).

→ Domínio atlântico- Açores


 Maior influência oceânica, sobretudo no grupo ocidental,
 TMM amena, um pouco superior no verão
 ATA baixa
 Maior precipitação nos grupos ocidental e central, no inverno.
 Meses secos um a dois
→ Domínio Mediterrâneo- Madeira (A menor latitude permite uma maior influência tropical, que se
conjuga com a atlântica, sobretudo na vertente norte).
 TMM amena no inverno e alta no verão, sobretudo em Porto Santo e na vertente sul da Madeira.
 ATA moderada.
 Precipitação fraca no litoral sul, aumentando com a altitude e na vertente norte.
 Meses secos dois a seis
→ Domínio atlântico-litoral norte
 TMM moderada a baixa no inverno e um pouco mais altas no verão.
 ATA baixa
 Precipitação abundante
 Meses secos pelo menos dois
→ Domínio continental-interior norte
 TMM baixa no inverno e alta no verão
 ATA acentuada
 Precipitação pouco abundante
 Meses secos três a cinco
→ Domínio Mediterrâneo-litoral alentejano
 TMM amena no inverno e alta no verão
 ATA moderada
 Precipitação e humidade um pouco superiores às do interior
 Meses secos quatro a seis
→ Domínio Mediterrâneo -interior alentejano
 TMM baixa a moderada, no inverno e elevada no verão
 ATA acentuada
 Precipitação fraca
 Meses secos quatro a seis
→ Domínio Mediterrâneo com influência tropical Algarve
 TMM amena no inverno e alta no verão
 ATA moderada
 Meses secos quatro a seis
Bárbara Mendes & Joana Fernandes (cansei-me de por imagens btw)

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