Você está na página 1de 16

Geografia A 10º Ano – Radiação Solar

Atmosfera
Conceito
A atmosfera é a camada gasosa que envolve a Terra e que acompanha os seus movimentos de rotação e
translação. Devido à força gravitacional esta camada encontra-se “agarrada” à terra.
O limite da atmosfera situa-se a cerca de 1000 km acima do nível do mar, mas 99% da massa que constitui a
atmosfera localiza-se abaixo dos 30 km de altitude devido ao efeito da gravidade.

Importância
A atmosfera desempenha um papel fundamental na manutenção da vida na Terra, devido à composição do
ar na troposfera, à regulação da temperatura na superfície terrestre, à existência de água no estado líquido
e à proteção dos seres vivos dos raios solares nocivos.

Composição da atmosfera
O ar atmosférico é constituído por uma mistura de gases, partículas sólidas em suspensão e água.
 Gases - Azoto (78%,) Oxigénio (21%), Árgon (0,93%), Dióxido de carbono (0,03%)
Gases raros (néon, hélio, crípton, hidrogénio, xénon, ozono, metano) (0,04%)
 Partículas sólidas em suspensão: sal marinho, poeiras, cinzas vulcânicas, fumos…
 Água no estado sólido, líquido e gasoso.

Densidade atmosférica
Devido à força de gravidade, cerca de 99% da massa atmosférica concentra-se nos primeiros 30 km de
altitude. À medida que aumenta a altitude, a densidade atmosférica (concentração de partículas atmosféricas)
é cada vez menor e o ar torna-se mais rarefeito.

Funções da atmosfera
 Filtra a radiação solar – impede que toda a energia solar recebida pelo planeta atinja a superfície terrestre,
refletindo para o espaço exterior ou absorvendo as radiações solares que seriam excessivas e tornariam
impossível a vida na Terra devido às elevadas temperaturas.
 Protege a Terra da radiação ultravioleta – o ozono estratosférico absorve uma parte significativa das
radiações ultravioletas, que em grandes quantidades teriam um efeito nocivo sobre os seres vivos.
 Protege a Terra dos meteoritos – impede que a maior parte dos meteoritos que atinge o topo da atmosfera
chegue à superfície terrestre. Devido à força de atrito provocado pelo ar, os meteoritos incendeiam-se e
fragmentam-se quando entram na atmosfera.
 Mantém o equilíbrio térmico – permite que a temperatura se mantenha mais ou menos constante,
impedindo que as temperaturas atinjam valores muito altos durante o dia e muito baixos durante a noite
(efeito de estufa).

Estrutura
A atmosfera divide-se em camadas (cada uma com
características distintas) que apresentam variações de
temperatura, pressão e densidade do ar, segundo a altitude –
Troposfera, Estratosfera, Mesosfera, Termosfera.
 Situa-se entre a superfície e os 12 km de altitude (é a camada menos espessa). A sua espessura é menor
nos polos (6 a 8Km) e maior junto ao equador (16 a 18 km).
 Contém 80% da massa atmosférica (é a camada mais densa), devido ao efeito da gravidade.
 Contém praticamente todo o vapor de água existente na atmosfera (99%), embora a sua concentração
Troposfera

varie bastante de local para local.


 Diminuição constante da temperatura devido à diminuição da radiação terrestre com a altitude (0,6ºC
por cada 100 metros - gradiente térmico), até atingir aos -60ºC no limite superior.
 Ocorrem aqui os fenómenos meteorológicos (movimento do ar, formação de nuvens, queda de
precipitação, vento...) que afetam a superfície terrestre.
 É a camada com maior agitação do ar e, por isso, os aviões comerciais circulam no limite superior.
 A tropopausa é o limite superior.
 Estende-se entre os 12 e os 50 km de altitude.
 Existência de uma camada de ozono entre os 25 e 40 km de altitude que absorve a radiação ultravioleta,
Estratosfera

permitindo a vida na Terra.


 A temperatura mantém-se constante no -60º C até cerca de 25 km de altitude e depois aumenta até ao -
3º C devido à absorção da radiação ultravioleta pelas moléculas de ozono.
 Grande estabilidade atmosférica.
 Na parte inferior, junto à tropopausa, circulam os aviões supersónicos.
 O limite superior é a estratopausa.

Radiação solar
Radiação solar – é a energia emitida pelo sol, sob a forma de ondas eletromagnéticas, com diferentes
comprimentos de onda que no seu conjunto formam o espectro solar. As ondas propagam-se no espaço
interplanetário a 300 000 km/s (velocidade da luz), por meio de movimentos ondulatórios e vibratórios.

Espectro solar – conjunto de todas as


radiações emitidas pelo sol, em vários
comprimentos de onda.

A radiação solar é constituída por:


 Radiação de curto comprimento de onda – raios gama, raios X, radiação ultravioleta;
 Luz visível (vermelho, laranja, amarelo, verde, azul, anil e violeta), também conhecida por janela
ótica;
 Radiação de longo comprimento de onda (infravermelhos, micro-ondas e ondas rádio)

Constante solar – é a quantidade de radiação solar recebida no limite superior da atmosfera, em cada
segundo, por metro quadrado de uma superfície perpendicular aos raios solares. Tem o valor de 1400
watts/m2/s.

Cerca de metade desta energia (constante solar) perde-se até


chegar à superfície da terra devido aos processos atmosféricos
da absorção, reflexão e difusão.
 Na difusão, intervêm os gases atmosféricos e as partículas
sólidas em suspensão na atmosfera, dispersando a radiação
solar.

 Na absorção intervêm o ozono estratosférico (que na


estratosfera absorve grande parte da radiação ultravioleta) e,
na troposfera, o vapor de água, o CO2, as poeiras e as nuvens
que retêm sobretudo radiação de grande comprimento de
onda (infravermelha).

 Devido à reflexão, parte da energia solar é reenviada para o


espaço, a partir do topo das nuvens e da superfície terrestre, sobretudo nas regiões cobertas por gelo, que
apresentam um maior albedo. Cerca de 1/3 da radiação recebida é refletida para o espaço pelos diferentes
componentes da superfície terrestre e da atmosfera.

Albedo – medida de refletividade de uma superfície, que dá a razão entre a quantidade de radiação que é
refletida por uma superfície e a quantidade de energia solar que nela incide.
Percentagem da radiação refletida por um corpo em relação à radiação incidente (recebida).

Albedo = Radiação refletida × 100


Radiação recebida

O albedo varia com a cor, natureza da superfície


terrestre e ângulo de incidência dos raios solares.
 As superfícies claras (gelo, areia) apresentam
maiores albedos do que as superfícies mais
escuras. As construções humanas apresentam
geralmente albedos baixos (ex. asfalto, cimento),
aumentando a absorção de radiação solar.

A distribuição do albedo ao nível da superfície mostra


grandes contrastes: as regiões polares a as regiões desérticas apresentam maiores albedos por apresentarem
superfícies mais claras. As regiões das latitudes médias e as regiões intertropicais, devido à presença de
vegetação, apresentam valores de albedos mais baixos.

Albedo global
Radiação difusa – parte da radiação solar que atinge indiretamente a superfície terrestre.
Radiação solar direta – radiação solar que incide diretamente sobre a superfície terrestre.
Radiação Solar Global – radiação total que atinge a superfície da terra constituída pela radiação solar direta e
pela radiação difusa. Corresponde a cerca de 51 % da constante solar.
Radiação terrestre – radiação emitida pela Terra para a atmosfera. A energia solar absorvida pela superfície
terrestre vai converter-se em energia calorífica (radiação infravermelha), de grande comprimento de onda, que
é depois emitida para a atmosfera.

Efeito de estufa – Função da atmosfera que evita a perda de calor para as camadas superiores da atmosfera e
o intenso arrefecimento noturno.
O vapor de água e o dióxido de carbono desempenham um importante papel no aquecimento das camadas mais
baixas da atmosfera ao absorver a radiação terrestre e ao devolver, para a superfície terrestre, uma parte dessa
energia, permitindo que a Terra mantenha uma temperatura média de 15ºC, sensivelmente constante
(equilíbrio térmico).
O facto de a atmosfera ser praticamente
transparente à radiação solar e não o ser à
radiação terrestre, permite a retenção do
calor e explica o facto de as temperaturas
não baixarem tanto quanto seria de
esperar durante a noite.

Balanço de radiação – é um mecanismo de compensação que regula a quantidade de radiação que chega à Terra
e a quantidade de calor que a Terra emite para o espaço. Neste balanço intervém a radiação solar incidente, a
energia solar refletida e a energia emitida pela Terra.

Variação da radiação solar


Equilíbrio térmico – ao nível global, existe um equilíbrio energético/térmico do sistema Terra–Atmosfera. A Terra
emite a mesma quantidade de energia que recebe, isto é, a energia
perdida pela Terra é igual à energia recebida.

Apesar do equilíbrio térmico da Terra, este não se verifica em todas as


regiões do globo.
 Na zona intertropical (N e S) - a quantidade de energia
recebida à superfície é superior à emitida, existindo assim
um excedente térmico;
 Entre os 37º e os 38º (N e S) - verifica-se um equilíbrio entre
a radiação adquirida e a perdida;
 Nas regiões situadas a partir dos 38º (N e S) - as perdas
excedem cada vez mais a quantidade de energia recebida,
verificando-se um défice energético.

Apesar destas diferenças, o equilíbrio energético global existente deve-


se à dinâmica da atmosfera que faz a transferência de energia entre as
regiões excedentárias e deficitárias.
A radiação solar incidente varia com as condições atmosféricas:
 Com céu limpo, a radiação solar incidente absorvida pela Terra é maior pelo facto de a radiação absorvida
pela atmosfera e a radiação refletida para o espaço serem menores.
 Com céu nublado é menor a quantidade de energia que chega à superfície, pois a quantidade de radiação
refletida e absorvida pela atmosfera são maiores.

Fatores da variação da radiação solar


A inclinação dos raios solares em relação a uma superfície e o tempo de exposição à radiação solar são os
principais fatores da variação da radiação solar que chega às diversas regiões da Terra. Quanto maior for a
inclinação dos raios solares, mais extensa é a área pela qual se distribui a radiação solar, recebendo cada unidade
de superfície uma quantidade menor de energia e vice-versa.

1. Variação diurna
Causas: movimento de rotação da Terra (movimento diurno aparente do sol)

Variação da obliquidade dos raios solares ao longo do dia natural

A variação diurna da radiação solar está relacionada com o movimento de rotação da Terra que origina o
movimento diurno aparente do sol e a diferente inclinação dos raios solares ao longo do dia natural.
 Desde o nascer do sol até ao meio-dia, a obliquidade (inclinação) dos raios solares vai diminuindo, assim
como a espessura da atmosfera por eles atravessada, o que significa um aumento da quantidade de energia
recebida por unidade de superfície.
 Ao meio-dia o sol atinge a sua altura máxima, isto é, os raios solares apresentam a sua maior verticalidade
(menor espessura da atmosfera atravessada) e, por isso, a superfície da Terra recebe o máximo de energia
solar.
 Durante a tarde a obliquidade e a espessura da atmosfera atravessada pelos raios solares vão sendo cada
vez maiores, sendo menor a quantidade de energia que chega à superfície.
 Durante a noite não há radiação solar, apenas radiação terrestre.

2. Variação anual
Causas: movimento de rotação da Terra (movimento anual aparente do sol)
A variação anual da radiação solar depende do movimento de translação da Terra que origina uma diferente
inclinação dos raios solares ao longo do ano (movimento anual aparente do sol) e uma desigualdade na duração
dos dias e das noites. Estes dois fatores são responsáveis pela diferente quantidade de energia recebida pela
atmosfera ao longo do ano.
No solstício de Junho, quando o sol
incide verticalmente no trópico de
Câncer, este atinge a sua maior altura
acima do horizonte no hemisfério Norte.
 Devido à pequena inclinação dos
raios solares e à menor espessura da
atmosfera atravessada, é maior a
quantidade de energia solar que
chega à superfície.
 Simultaneamente, pelo facto do sol
efetuar o seu trajeto mais longo
acima da linha do horizonte, o dia
natural (período de tempo que
decorre entre nascer e o pôr do sol)
tem uma maior duração que a noite,
o que significa um maior período de
aquecimento.
Por isso, no hemisfério Norte, a
temperatura é mais elevada nesta época
do ano. É o início do Verão.

No solstício de Dezembro, quando o sol incide verticalmente no trópico de Capricórnio, este atinge a sua altura
mais baixa acima da linha do horizonte no hemisfério Norte.
 Devido à grande inclinação dos raios solares é mínima a quantidade de energia recebida por unidade de
superfície.
 A noite é mais longa que o dia natural, pois o sol efetua o seu trajeto mais curto acima do horizonte, o que
implica um menor período de aquecimento.
As temperaturas são, por isso, mais baixas no Hemisfério Norte. É o início do Inverno.

Nos equinócios de Setembro e de Março, que marcam respetivamente o início do Outono e da Primavera no
Hemisfério Norte, o sol incide verticalmente no Equador e apresenta uma inclinação intermédia relativamente
à verificada nos solstícios. Os dias são iguais às noites (período de aquecimento igual ao de arrefecimento). As
temperaturas são assim intermédias relativamente às verificadas no Verão e no Inverno.

As estações do ano na zona temperada do Hemisfério Norte


 No Inverno, que decorre entre o solstício de Dezembro e o equinócio de Março, o sol vai deslocando-
se para Norte, até atingir o equador. A duração do dia natural começa a aumentar e a inclinação dos
raios solares a diminuir, o que significa uma maior quantidade de energia absorvida e um consequente
aumento da temperatura.
 Na Primavera, que decorre entre o equinócio de Março e o solstício de Junho, à medida que o sol se
desloca do equador para o trópico de Câncer, a sua verticalidade aumenta e a duração do dia natural
é maior que a noite. A quantidade de energia recebida aumenta, tal como a temperatura.
 No Verão, que decorre entre o solstício de Junho e o equinócio de Setembro, com a deslocação do
sol para sul em direção ao equador, a inclinação dos raios solares aumenta e a duração do dia natural
diminui. A menor quantidade de energia recebida leva a uma diminuição progressiva da temperatura.
 No Outono, que decorre entre o equinócio de Setembro e o Solstício de Dezembro, no deslocamento
do sol para sul, a inclinação dos raios solares aumenta e a duração do dia natural é inferior à noite. A
quantidade de energia recebida vai diminuindo assim como a temperatura.
No hemisfério Sul a situação é inversa. Quando é Verão num hemisfério é Inverno no outro.
3. Variação com a latitude
Devido à forma esférica da Terra, os raios solares atingem a superfície terrestre com diferente inclinação. À
medida que aumenta a latitude, do equador para os pólos, a inclinação dos raios solares aumenta.
 No Equador (A) os raios solares apresentam uma grande verticalidade, o que implica uma menor espessura
da massa da atmosfera atravessada e uma menor superfície aquecida, logo a quantidade de radiação que
chega à superfície é mais elevada.
 Nos Pólos (B) a inclinação dos raios solares é máxima,
a superfície aquecida é maior, tal como a espessura
da atmosfera atravessada, pelo que a radiação que
chega à superfície e a temperatura são menores.

A quantidade de radiação solar que chega à superfície


diminui progressivamente do Equador para os Pólos
devido ao aumento da inclinação dos raios solares e da
espessura da massa atmosférica por eles atravessada.

4. Variação com a altitude


À medida que aumenta a altitude diminui a quantidade de componentes atmosféricos (vapor de água, dióxido
de carbono e poeiras) com capacidade de absorver calor proveniente da radiação solar direta e da radiação
terrestre. Por isso, a absorção do calor é cada vez menor, o que tem como consequência a diminuição da
temperatura na Troposfera (0,6ºC por cada 100 metros de altitude - gradiente térmico).

5. Variação com a exposição geográfica das vertentes


 No hemisfério Norte, as encostas/vertentes
viradas a Sul, com latitude superior a 23º27’ N,
(vertentes soalheiras), directamente expostas
aos raios solares, recebem maior quantidade de
radição solar pelo facto de terem mais tempo
de exposição à radiação e os raios solares
apresentarem uma menor inclinação. Por isso,
a quantidade de energia recebida por unidade
de superfície é maior e as temperaturas mais
elevadas.
 As vertentes viradas as Norte (vertentes
umbrias ou sombrias) recebem menor quantidade de radiação por terem menos horas de sol e uma
maior inclinação dos raios solares. Por isso, as temperaturas são mais baixas.

6. Variação com as características da atmosfera


a) Com a nebulosidade
A nebulosidade impede que parte da radiação solar chegue à superfície,
perdendo-se na atmosfera por reflexão e absorção. Quando o céu está limpo, a
radiação solar recebida pela superfície é maior.
Nebulosidade – fração da atmosfera coberta pelas nuvens, num determinado
momento.

b) Com a humidade atmosférica


Nas áreas litorais e nas ilhas, onde é maior a influência oceânica, a radiação solar recebida à superfície é
menor devido à maior humidade atmosférica (maior quantidade de vapor de água) responsável por
maiores níveis de absorção de radiação pela atmosfera.
Distribuição geográfica da radiação solar na superfície da Terra
A distribuição da radiação solar recebida na
superfície terrestre está relacionada com a
latitude. É mais elevada na zona intertropical
(entre os 30ºN e os 30ºS) diminuindo os
valores em direção aos pólos, onde se
registam os valores mais baixos.
No entanto, os valores mais elevados não se
registam no equador onde os raios incidem
com maior verticalidade, mas sobre os
trópicos na região dos grandes desertos
quentes. A maior nebulosidade das regiões
equatoriais faz diminuir os valores da
radiação solar global, comparativamente às
regiões tropicais onde se localizam os grandes desertos.

Variação da radiação solar em Portugal


Variação anual
Dada a localização geográfica de Portugal, na zona temperada do hemisfério Norte, os efeitos do movimento
de translação da terra e do movimento anual aparente do sol traduzem-se numa acentuada variação sazonal
da radiação solar.
 Os valores mais elevados de radiação global média registam-se
no Verão, sobretudo no mês de Julho, devido à menor
inclinação dos raios solares, à maior duração do dia natural e
menor nebulosidade.
 Os valores mais baixos registam-se nos meses de Dezembro e
Janeiro quando os raios solares apresentam uma menor
verticalidade, é menor a duração do dia natural e se verifica
uma maior nebulosidade.
Radiação global média mensal em Portugal Continental.

Variação espacial
De um modo geral, os valores médios da radiação solar global aumentam de noroeste para sudeste (de Norte
para Sul e do litoral para o interior). Os menores valores registam-se no litoral a norte do Tejo, atingindo os
valores mínimos no Noroeste, enquanto o Algarve e o Alentejo interior apresentam os valores mais elevados.
Os principais fatores que explicam esta variação são a latitude e a
proximidade/afastamento do oceano.
 Latitude -As regiões do sul recebem sempre maior quantidade de
radiação devido à menor inclinação dos raios solares.
 Proximidade/afastamento do oceano - A influência do oceano
sobre a humidade e nebulosidade faz com que as regiões do
litoral, sobretudo a Norte do Tejo, recebam a radiação solar com
menor intensidade, pois a nuvens refletem e absorvem parte da
radiação solar incidente. No Noroeste, as montanhas do Minho
são responsáveis por uma elevada nebulosidade, o que explica os
valores mínimos da radiação solar. A radiação solar aumenta para
o interior, uma vez que a nebulosidade diminui com o
afastamento do mar e a insolação aumenta.
A distribuição da insolação (número de horas de céu descoberto com sol acima da
linha do horizonte) apresenta um comportamento semelhante ao da radiação solar
em Portugal continental, com um aumento de noroeste para sudeste devido aos
fatores latitude e proximidade oceânica/continentalidade.
 As áreas do interior, afastadas da influência oceânica, com menores níveis de
humidade atmosférica e de nebulosidade, apresentam uma maior insolação que
as áreas do litoral.
 A influência do relevo é mais notória na insolação do que na radiação, pois o
efeito da altitude é evidente no aumento da nebulosidade e,
consequentemente, no menor número de horas de sol descoberto. As principais
serras apresentam menores valores de insolação.
 A exposição das vertentes influencia também a insolação: as vertentes viradas
a Sul (encostas soalheiras), mais expostas ao sol, apresentam uma maior
insolação; as vertentes voltadas a Norte (encostas umbrias), com mais horas de
sombra, têm uma insolação menor.

Arquipélagos
 Na Madeira a quantidade de radiação solar recebida é maior que nos Açores devido à menor latitude. A
vertente Sul da ilha da Madeira apresenta maiores níveis de insolação, do que a vertente Norte, como
resultado da maior exposição solar.
 Nos Açores, devido à maior latitude e nebulosidade, os níveis de radiação solar e insolação são menores.

A variação da temperatura em Portugal


A variação anual da temperatura
Em Portugal, as temperaturas apresentam os valores mínimos nos meses de Janeiro e Dezembro e valores
máximos em Julho e Agosto. Isto deve-se à desigualdade na duração dos dias e das noites e à diferente
obliquidade dos raios solares ao longo do ano como resultado do movimento anual aparente do sol (movimento
de translação).
 Durante o Inverno, a menor duração do dia natural (menor o período de aquecimento da atmosfera) e a
maior obliquidade dos raios solares significam uma menor quantidade de energia recebida por unidade de
superfície e, por isso, as temperaturas são mais baixas.
 No Verão, o maior o número de horas de sol (maior período de aquecimento) e a menor inclinação dos
raios solares traduz-se numa maior quantidade de energia que chega à superfície e em temperaturas mais
elevadas.

A variação espacial da temperatura


Portugal apresenta diferenças na temperatura entre as várias regiões.
1. As regiões do Norte apresentam temperaturas mais baixas do que as regiões do
sul. Este comportamento explica-se pelos fatores:
 Latitude - a temperatura diminui de sul para Norte devido ao aumento da
inclinação dos raios solares e da espessura da atmosfera por eles atravessada, o
que se traduz numa redução da quantidade de energia que chega à superfície
terrestre e numa diminuição da temperatura.
 Condições meteorológicas – no Norte, sobretudo no litoral, a maior nebulosidade
e precipitação traduzem-se numa menor quantidade de radiação solar que atinge
a superfície, o que contribui também para uma menor temperatura média anual.

2. As áreas mais elevadas apresentam temperaturas médias mensais mais baixas


que as circundantes de menor altitude. Este comportamento deve-se ao fator
altitude.
Explicação: As áreas mais elevadas apresentam temperaturas médias mais baixas
(a temperatura diminui cerca de 0,6ºC por cada 100 metros -gradiente térmico)
devido à diminuição da concentração de gases com capacidade de absorver a
radiação.
3. As regiões do litoral apresentam menores amplitudes térmicas anuais, com
Invernos pouco frios e Verões não muito quentes. As regiões do interior
apresentam maiores variações de temperatura ao longo do ano, com
Invernos frios e Verões quentes.
O aumento das amplitudes térmicas anuais do litoral para o interior deve-se
ao fator Proximidade do Atlântico/continentalidade.
Explicação: A maior humidade atmosférica sobre os oceanos é responsável
por um menor aquecimento no Verão e menor arrefecimento no Inverno e,
por isso, o oceano apresenta um efeito moderador sobre a temperatura
atmosférica das áreas litorais.
Pelo contrário, quanto mais seco o ar estiver, mais rapidamente arrefece no
Inverno e aquece no Verão, situação que acontece quando se avança para o
interior dos continentes (fator continentalidade).
Deste modo, a distância em relação ao oceano é o fator que mais influencia
a amplitude térmica anual, como se constata pela disposição das
isotérmicas segundo faixas paralelas em relação à linha de costa.

4. A disposição do relevo também influencia a distribuição da temperatura.


 Disposição das vertentes: À escala local e regional podem encontrar-se diferenças entre as vertentes
soalheiras (viradas a sul), que recebem maior quantidade de radiação e apresentam temperaturas mais
elevadas e as vertentes umbrias (viradas a Norte) com temperaturas mais baixas.
 Os vales encaixados são geralmente mais quentes que as áreas abertas/planas. Tem-se como exemplo,
o Vale do Douro e seus afluentes a montante da Régua, responsável por grandes contrastes térmicos na
região de Trás-os-Montes. Estes vales são conhecidos por “Terra Quente” e o planalto transmontano
por “Terra Fria”.
 A região transmontana encontra-se resguardada da influência oceânica por relevos de orientação
paralela à linha de costa (as montanhas da barreira de condensação, no Noroeste) que dificultam a
progressão dos ventos provenientes do Oceano para o interior.
 No vale do Mondego (cordilheira Central), os relevos dispõem-se de forma oblíqua em relação à linha
de costa, o que favorece a entrada de ventos húmidos do Atlântico mais para interior.
 A Serra Algarvia protege o litoral do Algarve da ação das massas de ar oceânico e das massas de ar que
provêm do interior do Alentejo.

A variação da temperatura nos arquipélagos da Madeira e dos Açores

Nos dois arquipélagos:


 A variação anual da temperatura é
pouco significativa (pequena
amplitude térmica anual) devido à
insularidade (presença do oceano a
moderar as temperaturas).
 A variação espacial – está
relacionada com altitude e a
orientação do relevo/exposição das
vertentes, como é o caso da Ilha da
Madeira.
O relevo na ilha da Madeira, com
uma orientação Este-Oeste, permite
a existência de uma vertente
exposta a Sul, mais soalheira e
abrigada dos ventos dominantes
vindo de Norte, e de uma vertente
umbria virada a norte, mais sombria
e húmida, diretamente exposta aos
ventos húmidos (ventos alísios).
Valorização da radiação solar

Características da radiação solar em Portugal


Portugal apresenta boas condições naturais para o aproveitamento
da energia solar - a radiação solar global anual e a insolação são
bastante superiores à média europeia.
Apesar das potencialidades, o nosso país não tem feito um uso
adequado deste recurso. Muitos países da Europa, com níveis de
radiação inferiores aos de Portugal, apresentam um maior nível de
aproveitamento da energia solar.

Variação anual
O maior potencial do aproveitamento da energia solar é no final da
Primavera e no Verão com o aumento da radiação global (maior
verticalidade dos raios solares, maior duração da dia natural e menor
nebulosidade sobre o território). O período de Maio a Agosto
concentra cerca de 50% da radiação solar anual.

Variação espacial
As regiões com maior potencial de aproveitamento térmico e fotovoltaico da radiação solar são o Alentejo e
Algarve, destacando-se a orla algarvia e todo o interior alentejano, para além da região de Lisboa.
As regiões de menor potencial, com os valores mais baixos de insolação e radiação global, correspondem às áreas
do litoral Norte e Centro e às áreas elevadas devido aos maiores níveis de nebulosidade e humidade atmosférica.
O Noroeste, apesar de valores mais baixos de radiação solar, apresenta condições razoáveis para a exploração de
sistemas fotovoltaicos.

Potencialidades
A radiação solar é um recurso natural que pode ser potencializado do ponto de vista económico quer pela
promoção do turismo quer pelo aproveitamento energético.

1. Potencialidades turísticas
O turismo constitui um importante sector da economia portuguesa. Representa 8% do PIB, detém 10% do
emprego, permite a entrada de divisas estrangeiras, contribui para o equilíbrio da balança comercial e tem
efeitos multiplicadores na economia e nas regiões: criação de postos de trabalho, dinamização do comércio,
restauração, transportes, construção civil, preservação do património arquitetónico, paisagístico, gastronómico
(…).
Os destinos turísticos mais procurados em Portugal estão relacionados com a insolação – turismo balnear.
 O turismo balnear ou de praia apresenta um grande potencial, atendendo à amenidade do clima, à
insolação e à existência de extensas praias de areia branca e fina. O Algarve, com excelentes condições de
insolação, é a região mais atrativa. A sazonalidade deste tipo de turismo levanta alguns problemas,
nomeadamente no desemprego durante parte do ano.
Entre os problemas da atividade turística em Portugal destacam-se o carácter sazonal, a concentração da oferta
num reduzido número de mercados, a dependência do produto sol/praia.

Como soluções para os problemas da atividade turística podem apontar-se:


 Campanhas de promoção da imagem de Portugal como destino turístico diversificado, quer no mercado
interno quer no externo.
 Diversificar os tipos de turismo para os quais o país apresenta potencial, contrariando a sazonalidade do
turismo balnear. A amenidade das temperaturas nas estações intermédias e os elevados níveis de insolação
ao longo do ano podem atrair novos segmentos turísticos:
 Turismo Sénior (particularmente na região do Algarve), turismo aventura/natureza, turismo náutico,
turismo de saúde e bem-estar, turismo do golfe (…).
 Dinamização e apoio à realização de grandes eventos e congressos internacionais (ex. Websummit).
 Apoios a programas que visem o aumento da taxa de ocupação hoteleira ao longo do ano e que promovam
a procura em áreas turísticas menos conhecidas.
 Apoios ao investimento de novas infraestruturas hoteleiras e requalificação das existentes, para aumentar a
qualidade da oferta turística.
2. Potencialidades energéticas
Apesar das condições naturais favoráveis, o aproveitamento energético da radiação solar em Portugal tem ficado
bastante aquém das potencialidades existentes.
O aproveitamento energético da radiação solar pode ser feito de:
 forma passiva, aproveitando a incidência dos raios solares para aquecimento dos edifícios através da melhor
orientação solar dos mesmos, existência de grandes janelas e superfícies envidraçadas para um melhor
aproveitamento da luz natural, utilização de técnicas de construção baseadas em soluções de eficiência
energética (isolamento térmico dos edifícios).
 forma ativa convertendo a radiação solar em energia térmica para aquecimento e em eletricidade.

 Produção de energia solar térmica - Nos sistemas térmicos a energia solar é


captada em coletores solares, que convertem a radiação solar em calor. É
utilizado no aquecimento de edifícios e de águas para uso doméstico, em
indústrias, hotéis, hospitais, piscinas, estufas, sistemas de refrigeração, etc. Em
Portugal, o número de habitantes servidos por coletores para aquecimento de
águas domésticas é bastante inferior ao de outros países com menores níveis
de insolação.
 Produção de energia solar elétrica - Nos sistemas fotovoltaicos a energia solar
é convertida em energia elétrica através de células fotovoltaicas. É utilizado em
habitações distantes da rede pública, na sinalização das autoestradas,
sinalização marítima, etc. Em Portugal foram construídas duas centrais
fotovoltaicas no Alentejo: em Serpa e em Moura, a maior do mundo.
Central solar fotovoltaica da Amareleja (Moura)

Vantagens do aproveitamento energético (ambientais e económicas)


 É uma fonte de energia gratuita, limpa, segura e renovável.
 É um recurso abundante e está disponível por todo o país;
 Contribui para a diminuição da dependência energética de Portugal relativamente às energias fósseis
importadas, mais poluentes e provenientes de regiões politicamente instáveis;
 Diminui o défice da balança comercial;
 Contribui para a sustentabilidade ambiental do planeta, permitindo reduzir as emissões de gases com efeito de
estufa na produção de energia;
 Contribui para a criação de emprego (atividades ligadas à produção de energia solar e à construção e instalação
da necessária tecnologia).

Fatores condicionantes do aproveitamento energético (limitações)


 A variabilidade da radiação solar durante o dia (interrompida durante a noite), ao longo do ano (diminui durante
o Inverno) e em função dos estados de tempo (diminui com o céu nublado).
 Os elevados custos de investimento inicial, sobretudo no caso do aproveitamento fotovoltaico.
 Disponibilidade de vastas áreas para a instalação de centrais solares fotovoltaicas, que ocupam muito espaço.
 As áreas com maior potencial para o aproveitamento fotovoltaico, no Interior Sul, encontram-se distantes dos
maiores centros consumidores, no litoral, o que implica elevadas perdas de energia no processo de transporte.
 A dificuldade de localização de centrais fotovoltaicas junto aos grandes centros consumidores de energia (as
áreas urbanas do litoral) devido ao elevado preço dos solos, o que aumenta os custos de instalação. Além disso,
no litoral a maior nebulosidade diminui o potencial de aproveitamento da radiação solar.

Formas de potencialização
Perante as potencialidades existentes em Portugal é  Aproveitar a evolução tecnológica europeia.
necessário um maior investimento no aproveitamento  Atribuição de benefícios fiscais.
energético da radiação solar e conceder incentivos à sua  Obrigatoriedade de instalação de coletores
utilização. solares nos edifícios.

3. Potencialidades no setor imobiliário


O setor imobiliário beneficia da amenidade do clima e luminosidade do território português, sobretudo o
Algarve. Muitos estrangeiros, principalmente da Europa ocidental, compram casas de segunda habitação no
nosso país e um número significativo fixa mesmo residência, sobretudo população idosa
FICHA DE TRABALHO DE GEOGRAFIA A -10º Ano
1. Apresente o conceito de radiação solar.

2. Apresente a constituição do espectro solar.

3. Apresente o conceito de constante solar.

4. Apresente os processos que levam a perdas de energia da radiação solar na atmosfera terrestre, até
chegar à superfície terrestre.

5. Defina albedo.

6. Indique os fatores que fazem variar o albedo na superfície terreste.

7. Explique a distribuição do albedo ao nível da superfície terrestre.

8. Distinga radiação direta de radiação difusa.

9. Defina radiação solar global.

10. Apresente o conceito de efeito de estufa.

11. Explique o significado de equilíbrio térmico da Terra.

12. Justifique a afirmação: “O equilíbrio térmico da Terra não se verifica em todas as regiões.”

13. Justifique o facto de Portugal apresentar um balanço térmico “positivo”.

14. Justifique o facto de, apesar de não se verificar um equilíbrio térmico em todas as regiões, existir um
equilíbrio térmico global.

15. Explique a variação da radiação solar incidente com as condições atmosféricas.

16. Mencione os dois principais fatores que fazem variar a radiação solar que chega à superfície terrestre.

17. Indique o fator responsável pela variação diurna da radiação terrestre.

18. Explique a variação diurna da radiação solar ao longo de um dia astronómico.

19. Apresente os fatores responsáveis pela variação anual da radiação terrestre.

20. Explique a variação a radiação solar ao longo do ano, no Hemisfério Norte.

21. Justifique o facto de a radiação solar ser máxima no solstício de Junho no Hemisfério Norte.

22. Justifique o facto de a radiação solar ser mínima no solstício de Dezembro no Hemisfério Norte.

23. Justifique a diminuição da radiação solar recebida na superfície terrestre com o aumento da latitude.

24. Justifique o facto de a radiação solar, que chega à superfície, ser mínima nas regiões do Ártico e do
Antártico.

25. Justifique o facto de a radiação solar absorvida pela atmosfera diminuir com o aumento da altitude.

26. Justifique o facto de as vertentes expostas a Sul no Hemisfério Norte receberem maiores níveis de
radiação solar do que as viradas a Norte.

27. Explique o efeito da nebulosidade na variação da quantidade de energia solar recebida na superfície
terrestre.
28. Justifique as diferenças de radiação solar, recebida na superfície terreste, entre as áreas litorais e áreas
mais interiores.

29. Justifique o facto de os valores da radiação solar recebida na região equatorial, onde os raios solares
apresentam uma maior verticalidade, serem inferiores aos das regiões dos trópicos.

30. Explique a variação da radiação solar recebida em Portugal ao longo do ano.

31. Apresente a variação espacial da radiação solar recebida em Portugal.

32. Indique os fatores que fazem variar a quantidade de radiação solar recebida em Portugal.

33. Explique a variação espacial da radiação solar recebida em Portugal com a proximidade/afastamento em
relação ao oceano.

34. Defina insolação.

35. Indique os fatores que fazem variar a insolação em Portugal.

36. Explique a variação espacial da insolação em Portugal.

37. Justifique os contrastes na radiação solar recebida e na insolação nos arquipélagos da Madeira e dos
Açores.

38. Explique a variação da temperatura em Portugal ao longo do ano.

39. Indique os principais fatores responsáveis pela variação espacial da temperatura em Portugal.

40. Apresente os contrastes na distribuição espacial da temperatura em Portugal.

41. Justifique o aumento das amplitudes térmicas anuais com o aumento da distância ao oceano.

42. Explique a influência da disposição do relevo na distribuição da temperatura em Portugal. Apresente


exemplos dessa influência.

43. Justifique os contrastes na distribuição da temperatura, entre a vertente Norte e a vertente Sul, na ilha
da Madeira.

44. Apresente a situação de Portugal em termos do potencial e do aproveitamento efetivo da energia solar,
comparativamente a outras regiões da Europa.

45. Indique as regiões que em Portugal apresentam maior e menor potencial de aproveitamento térmico e
fotovoltaico da radiação solar.

46. Indique, justificando, a época do ano com maior potencial de aproveitamento da energia solar.

47. Apresente as potencialidades da radiação solar como um recurso importante na promoção do turismo.

48. Apresente as potencialidades energéticas da radiação solar.

49. Enumere as vantagens do aproveitamento energético da radiação solar.

50. Apresente as limitações que se colocam ao aproveitamento energético da radiação solar.

51. Apresente outras formas de potencialização da radiação solar em Portugal.


FICHA DE TRABALHO DE GEOGRAFIA A - 10º Ano
1. Relacione o conceito com a afirmação correspondente: A – Radiação solar D – Radiação difusa
B – Constante solar E – Radiação terrestre
C – Radiação direta F – Espectro solar
_____ - Energia recebida na Terra, diretamente do Sol.
_____ - Radiação de grande comprimento de onda emitida pela Terra.
_____ - Emissão de energia proveniente do sol, sob a forma de ondas eletromagnéticas.
_____ - Conjunto de todas as radiações emitidas pelo sol, em vários comprimentos de onda.
_____ - Parte da radiação solar dispersa, que acaba por atingir, indiretamente, a Terra.
_____ - Quantidade de energia que recebe, por segundo, cada metro quadrado de superfície exposta
perpendicularmente aos raios do sol, na camada superior da atmosfera.

2. A figura seguinte mostra o balanço energético global na atmosfera.

2.1. Justifique a seguinte afirmação: “A Terra encontra-se em equilíbrio


térmico”.

2.2. Apresente os processos que interferem na redução da radiação


solar, desde a camada superior da atmosfera até à superfície
terrestre.

2.3. Explique o papel de alguns dos componentes da atmosfera no


aquecimento das camadas mais baixas da atmosfera.

3. As figuras seguintes mostram a distribuição da radiação solar global e da insolação em Portugal continental.

3.1. Distinga radiação solar global de


insolação.

3.2. Descreva a variação espacial da radiação


solar.

3.3. Justifique os baixos valores de radiação


solar no Norte Litoral relativamente ao Norte
Interior.

3.4. Justifique o facto da litoral a Norte do


Tejo apresentar, de um modo geral, menores
valores de radiação solar global.

3.5. Descreva a variação da insolação.

3.6. Justifique os contrastes na insolação em


Portugal continental.

3.7. Justifique o facto do fator altitude ser mais evidente na insolação do que na radiação.
4. A figura mostra a temperatura média anual em Portugal.

4.1. Descreva a distribuição da temperatura em Portugal referindo as áreas


onde ocorrem as temperaturas mais elevadas e as mais baixas.

4.2. Indique os três principais fatores que influenciam a distribuição da


temperatura em Portugal.

4.3. Justifique os contrastes entre o Norte e o Sul do País.

4.4. Explique os contrastes térmicos na região transmontana.

4.5. Explique a influência da proximidade do Oceano Atlântico nas


temperaturas das áreas do litoral.

5. Os mapas seguintes mostram a distribuição das isotérmicas nos meses de Janeiro e de Julho.

5.1. Defina isotérmica.

5.2. Calcule a amplitude térmica anual de Moncorvo e


do Porto.

5.3. Justifique os contrastes nas amplitudes térmicas


entre o Porto e Moncorvo.

5.4. Descreva a distribuição da temperatura no mês de


Janeiro.

5.5. Identifique o(s) fator (es) que explicam a


distribuição das isotérmicas no mês de Janeiro.

5.6. Justifique o facto do interior transmontano


apresentar as temperaturas mais baixas em Janeiro.

5.7. Descreva a distribuição da temperatura no mês de


Julho.

5.8. Identifique o(s) fator(es) que explicam a distribuição das isotérmicas no mês de Julho.

5.9. Justifique o facto de o interior apresentar as maiores temperaturas no mês de Julho.

6. Portugal não aproveita todo o potencial da energia


solar, apesar das grandes potencialidades existentes.

6.1. Justifique o facto de Portugal apresentar


grandes potencialidades ao nível da radiação solar.

6.2. Indique as regiões com maior potencial térmico.

6.3. Explique a importância da radiação solar na valorização turística de Portugal.

6.4. Explique como poderá ser feito o aproveitamento energético da radiação solar.

Você também pode gostar