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Recursos Hídricos
A água é um recurso vital para a existência de vida na Terra. Por outro lado, a água representa um recurso que é
utilizado, de forma direta ou indireta, sendo o seu papel é importante e insubstituivel para praticamente todas as
atividades humanas:
agricultura; indústria (como matéria prima ou fonte de energia); turismo; uso doméstico;
transportes.
Com o aumento demográfico, a industrialização e a melhoria do nível de vida da população, o consume de água
registou valores significativos ao longo dos últimos séculos.
A quantidade de água é distribuida por três grandes reseratório: os oceanos, continents e a atmosfera. Ao
contrário de muitos recursos, a áfua não desaparece, ela transfere-se para os seus três estados fisicos (liquido,
gasoso e sólido). As alterações físicas da água acontecem por simples alterações da temperatura, desencadeada
pela energia solar - o ciclo hidrológico (ou ciclo da água).
• Precipitação - passagem do vapor de água para o estado líquido devido à diminuição de temperatura
• Infiltração - água proveniente da escorrência que se infiltra nos solos, acabando também por voltar aos
oceanos
• Evaporação - quando a água retorna à atmosfera no estado gasoso Este ciclo permite transferir água e
purificá-la.
A água é um recurso renovável em circulação constante e estabelece a ligação entre a terra, os oceanos e a
atmosfera. O ciclo hidrológico tem a uma escala local uma entrada - a precipitação - e duas saídas - a
evapotranspiração e o escoamento superficial e retenção no solo.
o A ciruculação da atmosfera
Pressão atmosférica - força exercida pela atmosfera em cada unidade da superfície terrestre. Varia com a
altitude, temperatura e humidade absoluta.
Varia na altitude, pois diminui à medida que a altitude aumenta, pois o ar torna-se menos
denso
Varia na temperatura pois à medida que o ar aquece (com o aumento da mesma), dilata-
se, tornando-se mais leve, menos denso e logo a pressão diminui.
Varia consoante a humidade já que o vapor de água é menos denso que o ar, assim quanto
maior o valor da humidade do ar, menor a pressão atmosférica
A pressão atmosférica representa-se através de isóbaras - linhas que unem pontos com o valor da pressão. Nos
campos de pressão, constituídos pelas isóbaras, é determinado um centro barométrico, que pode ser de alta
pressão (anticiclones – fig. A) ou de baixa pressão (ciclones ou depressões barométricas – fing. B).
Altas Pressões - Bom tempo, céu limpo, vento fraco, ar divergente e descendente. Ao descer o ar aquece,
afastando se do ponto de saturação, e da possibilidade de ocorrer condensação, não havendo nuvens e não
havendo portanto, precipitação.
Baixas Pressões - Mau tempo, céu nublado, precipitação, vento, ar convergente e ascendente. Ao subir o ar
expande-se, arrefecendo e aproximando-se do ponto de saturação. Se for atingido, observa-se a condensação do
vapor de água, formando-se nuvens e possível ocorrência de precipitação.
Os centros de altas pressões alternam com os centros de baixas pressões, constituindo a base da circulação
geral da Terra.
Portugal é afetado por ventos de oeste, que influenciam o clima, dado a sua trajetória marítima. Apesar de terem
origem nas altas pressões subtropicais, quando se deslocam sobre o mar, ganham humidade, o que leva a uma
elevada precipitação e amenidade das temperaturas em Portugal.
Durante o Inverno, Portugal é afetado pelos centro de baixas pressões subpolares e por massas de ar frio polar.
Durante o Verão, Portugal é afetado pelos anticiclones subtropicais, como o Anticiclone dos Açores, e por
massas de ar quente tropical.
Massa de ar: extensa porção da atmosfera que, no plano horizontal, apresenta características físicas
(temperatura, humidade e densidade) muito homogéneas.
Adquirem propriedades das regiões sobre as quais estacionaram durante muito tempo e transportam-nas para as
regiões para onde se deslocam. Podem sofrer alterações durante o trajeto:
As massas de ar que afetam Portugal no verão são as massas de ar tropical, e no inverno são as massas de
ar polar.
•Massas de ar tropical: têm origem nos anticiclones subtropicais. Podem formar-se nos oceanos ou
nos continentes. Se se formarem sobre os oceanos, dão origem a massas de ar tropical marítimo
(TM), e sobre os continentes dão origem a massas de ar tropical continental (TC).
•Massas de ar polar - têm origem nas latitudes elevadas e deslocam-se para sul no inverno e para
norte no verão. Podem ser massas de ar polar continental (PC) ou massas de ar polar marítimo
(PM)
Quando duas massas de ar de temperatura e humidades diferentes entram em contacto não se misturam,
encontrando-se separadas por uma superfície, a superfície frontal. Nestas superfícies o ar frio tende a colocar-se
por baixo do ar quente. A interseção da superfície frontal com a superfície da terra designa-se de sistema
frontal.
Quando uma massa de ar frio avança, desalojando o ar quente da superfície e obrigando-o a ascender, dá origem
a uma superfície frontal fria, e a uma frente fria. Quando é o ar quente que avança, ascendendo sobre o ar frio,
dá origem a uma superfície frontal quente, e a uma frente quente. O conjunto de uma frente fria e uma frente
quente, associadas a uma depressão barométrica, designa-se por perturbação frontal.
Deslocando-se de oeste para este, as frentes quente e fria têm velocidades diferentes. A frente fria desloca- se
mais rapidamente que a frente quente. O ar quente vai assim diminuindo até subir, entrando assim em oclusão.
o Tipos de precipitação
Para que ocorra precipitação, é necessário verificar-se condensação do vapor de água, o que acontece se o ponto
de saturação for atingido. Podem ser três os processos de origem de ascensão do ar que caracterizam a
precipitação:
Devido à sua localização geográfica, Portugal apresenta uma grande diversidade de estados de tempo:
Inverno - céu muito nublado, precipitação e vento forte ou temperaturas muito baixas, ausência de
nebulosidade e precipitação, sendo frequente a formação de geadas
Verão - céu limpo, ausência de precipitação, vento fraco e temperaturas altas ou nebulosidade e
precipitação
Assim, no verão e no inverno, a influência de massas de ar e de faixas de pressão vão dar origem a estados de
tempo diversos, marcados por um regime pluviométrico irregular. O clima apresenta caraterísticas dos climas
marítimos do Norte Litoral e caraterísticas dos climas continentais no Interior, nos Açores é temperado e
chuvoso e na Madeira caracteriza-se por temperado, apresentando caraterísticas subtropicais na vertente sul.
2.3.3. AS DISPONIBILIDADES HIDRICAS
Apesar de ser um país pequeno e de ter um clima predominantemente mediterrâneo, que faz com que haja
grande irregularidade na precipitação, Portugal possui uma rede hidrográfica bem desenvolvida e com uma
grande disponibilidade hídrica. Em relação à distribuição da precipitação existe maior desenvolvimento na
região norte e noroeste de Portugal.
As disponibilidades hídricas variam essencialmente devido às quantidades de precipitação, pelo que, em termos
gerais, podemos dizer que existe uma diminuição no sentido norte-sul, com a passagem de rios com regimes de
tipo oceânico (minho ou Douro) para rios de regime irregular ou torrencial (Guadiana), que no período seco
chegam quase a desaparecer, tal é a diminuição do caudal. Variam também consoante a temperatura,
características físicas dos solos, relevo, vegetação e ação humana.
Rede Hidrográfica- conjunto formado por um rio principal e por todos os cursos de água que para ele afluem.
Bacia Hidrográfica- área constituída por terras cujas águas escorrem para um rio e seus afluentes.
As diferenças entre as bacias hidrográficas resultam, fundamentalmente, da interação dos fatores físicos, com
destaque para o clima e para a geomorfologia. Estes fatores, condicionam as disponibilidades hídricas das
diferentes bacias.
As características hidrográficas das Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira são marcadas pela existência
de inúmeras linhas de água (ribeiras) que se apresentam normalmente bem encaixadas. O seu caudal é,
geralmente, muito irregular. A hidrografia das ilhas açorianas é, também, caracterizada pela existência de
inúmeras lagoas instaladas no fundo de caldeiras vulcânicas.
A maioria das lagoas existentes no Continente é artificial e resultam da construção de barragens. As barragens e
albufeiras desempenham um importante papel na manutenção das disponibilidades hídricas (armazenamento de
água, fornecimento de água para consumo, na produção de energia hidrelétrica e no lazer que proporciona à
população).
As zonas húmidas dispersas pelo território (próximas da foz dos principais rios) são sistemas naturais
complexos, que armazenam água em excesso nos períodos húmidos e a fornecem nos períodos secos. Estes
sistemas proporcionam uma gama de valores e de serviços à população local e à humanidade.
conhecimento dos principais elementos e fatores climáticos permite caracterizar o clima de qualquer
território, neste caso, o nacional.
A desigual distribuição dos recursos hídricos é uma realidade que marca o território nacional. A distribuição dos,
aquíferos não é homogénea:
• As regiões que apresentam uma maior produtividade aquífera são as de maior permeabilidade
das formações geológicas – Bacias sedimentares onde predominam areias, arenitos e cascalhes,
e as orlas sedimentares com áreas de calcário (formações cársicas), arenitos e grés.
• As águas termais são abundantes, especialmente, no Continente (região a Norte do Tejo, Alto
Alentejo) e na Região Autónoma dos Açores (Ilha de S. Miguel).
• A necessidade crescente de água, para satisfação das diferentes atividades humanas tem
contribuído para uma crescente sobre-exploração dos recursos hídricos subterrâneos.
Águas superficiais:
• Cursos de água
• Redes hidrográficas
• Bacias hidrográficas
• Lagoas e albufeiras
• As zonas húmidas
• Águas cársicas
• Águas termais
Ao crescimento da população
Esgotos urbanos
Indústria - os efluentes podem conter elevadas cargas tóxicas e metais pesados (mercúrio); águas
residuais lançadas nos cursos de água a temperaturas mais elevadas
Águas Subterrâneas
Sobre-exploração dos aquíferos leva ao esgotamento das toalhas freáticas ou à sua salinização:
por intrusão marinha ou por dissolução de cloreto de sódio e sulfato de sódio (Algarve)
Rios e Lagos
Albufeiras
Grande parte das albufeiras está contaminada por várias fontes de poluição
A deficiente proteção e gestão das águas continentais constituem um grave problema de degradação ambiental,
colocando em risco a qualidade e a quantidade dos recursos hídricos.
Águas residuais- tratamento adequado (ETAR) Vantagens: águas utilizáveis para rega e lavagens
Desenvolvimento dos sistemas públicos de redes de águas residuais- aumento das ETAR’s
A cooperação internacional
Garantir o respeito mútuo entre os países que partilham os mesmos recursos (Portugal partilha
várias bacias hidrográficas com Espanha, nomeadamente as bacias dos rios Minho, Lima, Douro,
Tejo e Guadiana que ocupam 64% do território continental)
A cooperação entre as autoridades portuguesas e espanholas reveste-se de importância na gestão das águas
partilhadas uma vez que os interesses ambientais e socioeconómicos são comuns.
A deficiente proteção e gestão das águas continentais constituem um grave problema da degradação continental,
colocando em risco a qualidade e a quantidade de recursos hídricos. Os problemas que se podem colocar
comprometendo a qualidade e a quantidade de água resultam de um crescimento económico não planificado e
não controlado permitindo que as fontes poluidoras, a eutrofização, a salinização e a desflorestação proliferem e
afetem as reservas hídricas. Estes problemas requerem uma política de gestão de água eficaz.
Planeamento de Recursos
O planeamento dos recursos hídricos é cada vez mais importante, pois a pressão sobre a água tem aumentado,
devido ao seu maior consumo. Isto explica-se tanto pela melhoria de condições de vida como também pelo
desenvolvimento dos sistemas de captação e distribuição da água.
Para Portugal continental (atendendo à sua posição geográfica), o mar sempre teve uma grande importância,
quer no passado (época dos descobrimentos), quer no presente (ao constituir a área mais atrativa para as
atividades económicas).
o Há áreas litorais que no passado estiveram submersas e que devido à regressão marinha,
hoje, estão emersas – costa de emersão.
o Há áreas litorais que no passado estiveram emersas, mas hoje, devido a transgressões
marinhas, estão submersas – costa de submersão
• à influência das águas oceânicas (desempenha a função de agente erosivo e modelador da linha de
costa):
o mar exerce uma ação modeladora da linha de costa, através dos processos: desgaste,
transporte e acumulação de sedimentos.
o A costa portuguesa
A linha de costa de Portugal continental apresenta um traçado quase retilíneo, pouco recortado, ou seja, com
poucas reentrâncias e saliências.
• Costa de arriba – é uma costa talhada em afloramentos rochosos de elevado grau de dureza. Pode ser
alta, rochosa e escarpada ou igualmente rochosa mas ais baixa. Pode ser acompanhada por pequenas
extensões de areia, muitas vezes só visíveis na maré baixa.
• Costa de praia – costa baixa e arenosa, frequentemente associada a sistemas dunares.
Natureza da rocha:
• Extração de areias
• Construção de barragens
A costa portuguesa é predominantemente de arriba, quer sejam vivas, quer sejam mortas ou fósseis. A costa de
arriba é a que sofre uma maior influência da erosão marinha, o que acaba por provocar o seu recuo e a sua
transformação numa arriba morta ou fóssil. Esta pode ainda resultar do levantamento dos continentes ou da
regressão marinha.
1. Desgaste da base:
2. Desmoronamento do topo:
O mar desgasta a base da arriba, deixando a parte superior desta sem apoio,
o que faz com que esta acabe por desmoronar e, progressivamente, recuar.
Na base da nova arriba acumulam-se os blocos rochosos resultantes do seu
desmoronamento. Forma-se então uma plataforma de abrasão, que é
formada pelos sedimentos resultantes do desgaste da arriba e pelos blocos
desse mesmo desgaste.
3. Recuo da arriba:
O tipo de costa característico do litoral português está relacionado com as rochas constituintes:
• as áreas onde as rochas apresentam um grau de dureza elevada, a
costa é de arriba;
o no norte de Espinho;
o no estuário do Tejo;
Tômbolo de Peniche:
Outrora existia uma ilha próxima da costa em Peniche, e, ao longo dos anos, as
correntes marítimas acumularam sedimentos entre a ilha e o continente,
fazendo com que estes se unissem, formando o tômbolo de Peniche.
Lido de Faro:
O lido de Faro formou-se com a acumulação de sedimentos
levados pelas correntes marítimas. Esta acumulação de
sedimentos levou à formação de pequenas ilhas, a este
conjunto de pequenas ilhas chamamos lido.
Pequena baía com uma estreita abertura para o mar limitada por vertentes
abruptas. Esta resultou de um vasto golfo cujas dimensões foram sendo
reduzidas devido à acumulação de sedimentos marinhos.
Ria de Aveiro:
o A Plataforma Continental
• temperatura; • plâncton;
• oxigénio;
Os oceanos apresentam uma morfologia variada, que é constituída pela plataforma continental, pelo talude
continental, pela planície abissal, por canhões submarinos, pelas fossas submarinas e pela crista médio-
oceânica.
• Plataforma Continental vai até cerca de 200 metros de profundidade. Constitui a área morfológica
do oceano que mais influência recebe das áreas emersas (detritos minerais e orgânicos são
continuamente ‘vertidos’ nela, originando uma significativa cobertura sedimentar);
• Talude Continental área de forte declive e que efetua a transição entre plataforma continental e as
áreas mais profundas e extensas;
• Planície abissal unidade morfológica relativamente plana, localizada a 3000 e mais metros de
profundidade.
• Canhão submarino vale em garganta, ou seja, muito encaixado e com margens abruptas.
• Fossa submarina depressão submarina, estreita e profunda, que se estende partir da planície abissal
até aos 10000 metros de profundidade.
• Crista médio-oceânica cadeia montanhosa de natureza vulcânica que se estende a meio do oceano
Atlântico, ladeando o Rift.
A plataforma continental é frequentemente interrompida por vales em canhão (muito declivosos e profundos).
Em Portugal destaca-se:
• o Canhão de Nazaré, não só pela sua profundidade, mas também de a sua cabeceira estar muito próxima
da linha de costa, o que se reflete no transporte de areias pelas correntes marítimas ao longo da costa
ocidental;
Nível do mar
As correntes marítimas são importantes fontes de espécies marítimas, uma vez que permitem uma constante
oxigenação das águas e arrastam consigo elevadas quantidades de plâncton.
A grande agitação e oxigenação das águas, a abundância de plâncton e a diferença de temperatura e de
salinidade fazem da área de confluência das correntes uma importante zona em termos de espécies piscícolas.
A costa portuguesa é influenciada por uma ramificação da corrente do Golfo (deriva Norte-Sul) – corrente
portuguesa. A corrente de Portugal é uma corrente quente, não sendo muito favorável ao desenvolvimento do
plâncton e das espécies piscícolas.
Portugal, apesar da sua estreita plataforma continental, possui uma das maiores ZEE do mundo e a 3º da
Europa.
2.4.2. A ATIVIDADE PISCATÓRIA
Importância da pesca – atividade antiquíssima; atividade económica fundamental para a alimentação humana e
emprego (indústria transformadora de pescado, abastecimento do mercado, turismo e na indústria de construção
naval).
Os portugueses são os maiores consumidores de pescado da União Europeia, tendo adquirido uma importância
social, local e regional. Este setor tem sido uma importante fonte de subsistência para muitas populações
ribeirinhas, que dependem da pesca e das atividades com ela relacionadas.
No entanto, os condicionalismos físicos desfavoráveis da costa portuguesa, o fabrico de redes e apetrechos para a
pesca têm condicionado a evolução do setor das pescas. Deste modo, a atividade piscatória tem estado associada
à dependência em relação a pesqueiros externos e ao elevado esforço exercido nas águas nacionais.
Os pescadores portugueses têm necessidade crescente de recorrer às águas internacionais e às ZEE estrangeiras
porque as águas portuguesas não são muito favoráveis para esta atividade.
Contudo, as normas desta atividade são cada vez mais restritivas, dificultando a pesca em águas de outros países
pois estes países desenvolvem medidas que visam um maior controlo e redução da pesca através de:
licenças;
quotas.
A pesca para lá das 200 milhas continua a verificar-se, estando dependente das normas comunitárias
estabelecidas pela Política Comum das Pescas, sendo a União Europeia que detém a competência exclusiva na
área de conservação e exploração dos recursos biológicos da ZEE.
Tipos de pesca:
Técnicas utilizadas:
Pesca Artesanal:
Junto à costa;
Tripulação reduzida;
Capturas reduzidas.
Pesca Industrial:
A Frota Pesqueira
Embora Portugal tenha grande tradição na pesca, está a atravessar um período de crise devido:
à frota estar envelhecida e vocacionada apenas para a pesca costeira (mesmo apresentando
alguma modernização sofre os efeitos da grande concorrência internacional)
Contudo, a pesca de frota local têm uma grande importância socioeconómica par o setor das pesca porque:
44 Portos de registo;
Região Centro, quanto à arqueação bruta e à potência, ocupa também o primeiro lugar (é nesta região
que está registada a maior parte da frota ao largo);
O Alentejo e a Região Autónoma da Madeira são as regiões com menos representatividade na frota
nacional.
As capturas e descargas
Tem-se assistido a uma diminuição das capturas. Este facto resulta de um conjunto de fatores, de que se
destacam:
a criação de ZEE;
a situação vivida em alguns países e o desenvolvimento de novas políticas;
a implementação de novas medidas de controlo e gestão de recursos mais
restritivas em determinadas áreas de pesca;
a menor utilização das possibilidades de pesca de que Portugal dispõem em águas
espanholas.
As principais espécies descarregadas foram a sardinha, a cavala, o carapau, o polvo, o verdinho, o peixe-espada
preto e o atum!! Ao considerar as descargas por portos, o destaque em Portugal continental vai para Matosinhos,
seguido de Peniche, Olhão, Portimão e Sesimbra.
As infraestruturas portuárias
Matosinhos
Lisboa
Peniche
As lotas e a rede de conservação e refrigeração do pescado também revelam profundas carências e contribuem
para as dificuldades com que este sector se debate.
Causas:
Problemas:
Soluções
• Reforçar a vigilância;
• Medidas de protecção das espécies;
• Pesca sustentável;
• Maior controlo e fiscalização da ZEE;
• Cumprimento das normas internacionais e comunitárias (Política Comum das Pescas);
• Incentivar toda a população a utilizar produtos e tecnologias mais amigas do ambiente.
• Associado ao desenvolvimento das frotas pesqueiras e das técnicas de pesca, cada vez mais
sofisticadas e agressivas, levam a um excesso.
• Resulta na diminuição drástica de alguns stocks e até põe em causa a vida de algumas espécies.
• Esta situação exige medidas de protecção e recuperação das espécies mais ameaçadas, que orientem
um modelo de sustentabilidade.
O controlo de ZEE:
• Contribui para a degradação de stocks piscícolas e para a destruição de áreas costeiras, enquanto
áreas de lazer.
• Podem-se descargas de efluentes domésticos e industriais; as águas dos rios já poluídas que aí
desaguam; produtos agrícolas; lavagens ilegais de petroleiros no mar; derrame de hidrocarbonetos
resultante de acidentes com petroleiros;
• Marés Negras - constituem uma das formas mais graves de poluição das águas dos mares e resultam
do tráfego de petroleiros que nem sempre respeitam as normas de segurança.
Pressão urbanística sobre o litoral
• A costa é um recurso precioso e gerador de riqueza. No entanto, é vulnerável que importa proteger e
valorizar;
• Uma parte significativa está ocupada por construções, vias de comunicação, unidades industriais,
portuárias e hoteleiras