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2.3.

Recursos Hídricos

2.3.1. A ESPECIFICIDADE DO CLIMA PORTUGUÊS


o A água - recurso vital

A água é um recurso vital para a existência de vida na Terra. Por outro lado, a água representa um recurso que é
utilizado, de forma direta ou indireta, sendo o seu papel é importante e insubstituivel para praticamente todas as
atividades humanas:

 agricultura; indústria (como matéria prima ou fonte de energia); turismo; uso doméstico;
transportes.

Com o aumento demográfico, a industrialização e a melhoria do nível de vida da população, o consume de água
registou valores significativos ao longo dos últimos séculos.

A quantidade de água é distribuida por três grandes reseratório: os oceanos, continents e a atmosfera. Ao
contrário de muitos recursos, a áfua não desaparece, ela transfere-se para os seus três estados fisicos (liquido,
gasoso e sólido). As alterações físicas da água acontecem por simples alterações da temperatura, desencadeada
pela energia solar - o ciclo hidrológico (ou ciclo da água).

• Evapotranspiração - evaporação das águas, superficiais ou subterrâneas, juntamente com a água


libertada pela respiração e transpiração dos seres vivos.

• Condensação - vapor de água na atmosfera devido

• Precipitação - passagem do vapor de água para o estado líquido devido à diminuição de temperatura

• Escorrência - água precipitada que escorre superficialmente, voltando aos oceanos

• Infiltração - água proveniente da escorrência que se infiltra nos solos, acabando também por voltar aos
oceanos
• Evaporação - quando a água retorna à atmosfera no estado gasoso Este ciclo permite transferir água e
purificá-la.

A água é um recurso renovável em circulação constante e estabelece a ligação entre a terra, os oceanos e a
atmosfera. O ciclo hidrológico tem a uma escala local uma entrada - a precipitação - e duas saídas - a
evapotranspiração e o escoamento superficial e retenção no solo.

o A ciruculação da atmosfera

Pressão atmosférica - força exercida pela atmosfera em cada unidade da superfície terrestre. Varia com a
altitude, temperatura e humidade absoluta.

 Varia na altitude, pois diminui à medida que a altitude aumenta, pois o ar torna-se menos
denso
 Varia na temperatura pois à medida que o ar aquece (com o aumento da mesma), dilata-
se, tornando-se mais leve, menos denso e logo a pressão diminui.
 Varia consoante a humidade já que o vapor de água é menos denso que o ar, assim quanto
maior o valor da humidade do ar, menor a pressão atmosférica

A pressão atmosférica representa-se através de isóbaras - linhas que unem pontos com o valor da pressão. Nos
campos de pressão, constituídos pelas isóbaras, é determinado um centro barométrico, que pode ser de alta
pressão (anticiclones – fig. A) ou de baixa pressão (ciclones ou depressões barométricas – fing. B).

Anticiclones - ar divergente e descendente Ciclones - ar convergente e ascendente

Centros barométricos origem:

- Dinâmica - têm origem na própria dinâmica da atmosfera e existem todo o ano.

 Anticiclones - Devido ao movimento descendente do ar a partir das


camadas mais altas.
 Ciclones - Devido à convergência de ventos numa determinada área junto ao
solo.

- Térmica- dependem da variação da temperatura do ar ao longo do ano e não são permanentes.

 Anticiclones - Resultam do intenso arrefecimento do ar junto ao solo. É


frequente formarem-se nos continentes durante o inverno.

 Ciclones - Resultam do intenso aquecimento do ar. É frequente formarem-se


nos continentes durante o verão.

Altas Pressões - Bom tempo, céu limpo, vento fraco, ar divergente e descendente. Ao descer o ar aquece,
afastando se do ponto de saturação, e da possibilidade de ocorrer condensação, não havendo nuvens e não
havendo portanto, precipitação.

Baixas Pressões - Mau tempo, céu nublado, precipitação, vento, ar convergente e ascendente. Ao subir o ar
expande-se, arrefecendo e aproximando-se do ponto de saturação. Se for atingido, observa-se a condensação do
vapor de água, formando-se nuvens e possível ocorrência de precipitação.

Os centros de altas pressões alternam com os centros de baixas pressões, constituindo a base da circulação
geral da Terra.

Portugal é afetado por ventos de oeste, que influenciam o clima, dado a sua trajetória marítima. Apesar de terem
origem nas altas pressões subtropicais, quando se deslocam sobre o mar, ganham humidade, o que leva a uma
elevada precipitação e amenidade das temperaturas em Portugal.

Durante o Inverno, Portugal é afetado pelos centro de baixas pressões subpolares e por massas de ar frio polar.
Durante o Verão, Portugal é afetado pelos anticiclones subtropicais, como o Anticiclone dos Açores, e por
massas de ar quente tropical.
Massa de ar: extensa porção da atmosfera que, no plano horizontal, apresenta características físicas
(temperatura, humidade e densidade) muito homogéneas.

Adquirem propriedades das regiões sobre as quais estacionaram durante muito tempo e transportam-nas para as
regiões para onde se deslocam. Podem sofrer alterações durante o trajeto:

• Trajetória marítima - mais húmida

• Trajetória continental - mais seca

As massas de ar que afetam Portugal no verão são as massas de ar tropical, e no inverno são as massas de
ar polar.

•Massas de ar tropical: têm origem nos anticiclones subtropicais. Podem formar-se nos oceanos ou
nos continentes. Se se formarem sobre os oceanos, dão origem a massas de ar tropical marítimo
(TM), e sobre os continentes dão origem a massas de ar tropical continental (TC).

•Massas de ar polar - têm origem nas latitudes elevadas e deslocam-se para sul no inverno e para
norte no verão. Podem ser massas de ar polar continental (PC) ou massas de ar polar marítimo
(PM)

Quando duas massas de ar de temperatura e humidades diferentes entram em contacto não se misturam,
encontrando-se separadas por uma superfície, a superfície frontal. Nestas superfícies o ar frio tende a colocar-se
por baixo do ar quente. A interseção da superfície frontal com a superfície da terra designa-se de sistema
frontal.

Quando uma massa de ar frio avança, desalojando o ar quente da superfície e obrigando-o a ascender, dá origem
a uma superfície frontal fria, e a uma frente fria. Quando é o ar quente que avança, ascendendo sobre o ar frio,
dá origem a uma superfície frontal quente, e a uma frente quente. O conjunto de uma frente fria e uma frente
quente, associadas a uma depressão barométrica, designa-se por perturbação frontal.
Deslocando-se de oeste para este, as frentes quente e fria têm velocidades diferentes. A frente fria desloca- se
mais rapidamente que a frente quente. O ar quente vai assim diminuindo até subir, entrando assim em oclusão.

o Tipos de precipitação

Para que ocorra precipitação, é necessário verificar-se condensação do vapor de água, o que acontece se o ponto
de saturação for atingido. Podem ser três os processos de origem de ascensão do ar que caracterizam a
precipitação:

 Precipitações orográficas ou de relevo - subida forçada do ar. São frequentes em relevo


acidentado

 Precipitações convectivas ou de convecção - sobreaquecimento da superfície terrestre

 Precipitações ciclónicas ou frontais - encontro de duas massas de ar com diferentes


temperaturas e humidade

2.3.2. DIVERSIDADE CLIMÁTICA EM PORTUGAL

Devido à sua localização geográfica, Portugal apresenta uma grande diversidade de estados de tempo:

 Primaveira e o outono, são estações marcadas por forte irregularidade.

 Inverno - céu muito nublado, precipitação e vento forte ou temperaturas muito baixas, ausência de
nebulosidade e precipitação, sendo frequente a formação de geadas

 Verão - céu limpo, ausência de precipitação, vento fraco e temperaturas altas ou nebulosidade e
precipitação

O clima de Portugal é temperado, localizando-se na faixa do clima mediterrâneo. A posição do território


nacional (latitude), à disposição do relevo e a influência do oceano são os fatores que mais interferem nas
características dos estados de tempo.

Assim, no verão e no inverno, a influência de massas de ar e de faixas de pressão vão dar origem a estados de
tempo diversos, marcados por um regime pluviométrico irregular. O clima apresenta caraterísticas dos climas
marítimos do Norte Litoral e caraterísticas dos climas continentais no Interior, nos Açores é temperado e
chuvoso e na Madeira caracteriza-se por temperado, apresentando caraterísticas subtropicais na vertente sul.
2.3.3. AS DISPONIBILIDADES HIDRICAS

Disponibilidade Hídrica - conjunto de recursos hídricos existentes num dado lugar.

Apesar de ser um país pequeno e de ter um clima predominantemente mediterrâneo, que faz com que haja
grande irregularidade na precipitação, Portugal possui uma rede hidrográfica bem desenvolvida e com uma
grande disponibilidade hídrica. Em relação à distribuição da precipitação existe maior desenvolvimento na
região norte e noroeste de Portugal.

As disponibilidades hídricas variam essencialmente devido às quantidades de precipitação, pelo que, em termos
gerais, podemos dizer que existe uma diminuição no sentido norte-sul, com a passagem de rios com regimes de
tipo oceânico (minho ou Douro) para rios de regime irregular ou torrencial (Guadiana), que no período seco
chegam quase a desaparecer, tal é a diminuição do caudal. Variam também consoante a temperatura,
características físicas dos solos, relevo, vegetação e ação humana.

Rede Hidrográfica- conjunto formado por um rio principal e por todos os cursos de água que para ele afluem.

Bacia Hidrográfica- área constituída por terras cujas águas escorrem para um rio e seus afluentes.

As diferenças entre as bacias hidrográficas resultam, fundamentalmente, da interação dos fatores físicos, com
destaque para o clima e para a geomorfologia. Estes fatores, condicionam as disponibilidades hídricas das
diferentes bacias.

As características hidrográficas das Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira são marcadas pela existência
de inúmeras linhas de água (ribeiras) que se apresentam normalmente bem encaixadas. O seu caudal é,
geralmente, muito irregular. A hidrografia das ilhas açorianas é, também, caracterizada pela existência de
inúmeras lagoas instaladas no fundo de caldeiras vulcânicas.

A maioria das lagoas existentes no Continente é artificial e resultam da construção de barragens. As barragens e
albufeiras desempenham um importante papel na manutenção das disponibilidades hídricas (armazenamento de
água, fornecimento de água para consumo, na produção de energia hidrelétrica e no lazer que proporciona à
população).

As zonas húmidas dispersas pelo território (próximas da foz dos principais rios) são sistemas naturais
complexos, que armazenam água em excesso nos períodos húmidos e a fornecem nos períodos secos. Estes
sistemas proporcionam uma gama de valores e de serviços à população local e à humanidade.

 A irregularidade dos rios portugueses reflete a existência de contrastes climáticos.


 A interferência de fatores físicos e de fatores humanos condiciona a regularidade dos rios e dos seus
caudais.

 conhecimento dos principais elementos e fatores climáticos permite caracterizar o clima de qualquer
território, neste caso, o nacional.

A desigual distribuição dos recursos hídricos é uma realidade que marca o território nacional. A distribuição dos,
aquíferos não é homogénea:

• As regiões que apresentam uma maior produtividade aquífera são as de maior permeabilidade
das formações geológicas – Bacias sedimentares onde predominam areias, arenitos e cascalhes,
e as orlas sedimentares com áreas de calcário (formações cársicas), arenitos e grés.

• As águas termais são abundantes, especialmente, no Continente (região a Norte do Tejo, Alto
Alentejo) e na Região Autónoma dos Açores (Ilha de S. Miguel).

• A necessidade crescente de água, para satisfação das diferentes atividades humanas tem
contribuído para uma crescente sobre-exploração dos recursos hídricos subterrâneos.

• A poluição dos aquíferos é outro problema preocupante.

Águas superficiais:

• Cursos de água

• Redes hidrográficas

• Bacias hidrográficas

• Lagoas e albufeiras

• As zonas húmidas

• Regime dos rios e os caudais dos rios


Águas subterrâneas:

• Águas cársicas

• Águas termais

Problemas na distribuição e utilização da água

Portugal tem aumentado o consumo de água devido:

 Ao crescimento da população

 Ao crescimento das atividades económicas

 À melhoria no sistema de abastecimento

Principais fontes de poluição das águas:

 Atividades domésticas - forte componente orgânica, com quantidade e variedade elevadas de


bactérias e vírus; grande parte ainda retoma aos meios hídricos sem tratamento; as fossas sem
ligação à rede de esgotos são uma fonte de contaminação de águas subterrâneas

 Esgotos urbanos

 Agricultura e pecuária- consequências semelhantes às das atividades domésticas; utilização de


produtos químicos contamina águas subterrâneas e superficiais

 Indústria - os efluentes podem conter elevadas cargas tóxicas e metais pesados (mercúrio); águas
residuais lançadas nos cursos de água a temperaturas mais elevadas

Águas Subterrâneas

 Principalmente poluídas pela agricultura através da utilização de processos de irrigação


inadequados e excessiva utilização de químicos (fertilizantes e pesticidas)

 Sobre-exploração dos aquíferos leva ao esgotamento das toalhas freáticas ou à sua salinização:
por intrusão marinha ou por dissolução de cloreto de sódio e sulfato de sódio (Algarve)

Rios e Lagos

 Poluídos por todas as fontes e com graves consequências nos ecossistemas


 Eutrofização – processo que resulta do excesso de nutrientes, resultantes da poluição, e que por
sua vez levam a um elevado desenvolvimento de algas, que farão diminuir o oxigénio da água, o
que conduzirá à morte de algumas espécies marinhas

 Todos os principais rios portugueses se encontram poluídos

Albufeiras

 Grande parte das albufeiras está contaminada por várias fontes de poluição

A deficiente proteção e gestão das águas continentais constituem um grave problema de degradação ambiental,
colocando em risco a qualidade e a quantidade dos recursos hídricos.

Os problemas que se podem colocar comprometendo a qualidade e a quantidade de água resultam de um


crescimento económico não planificado e não controlado permitindo que as fontes poluidoras, a eutrofização, a
salinização e a desflorestação proliferem e afetem as reservas hídricas.

2.3.4. A GESTÃO DOS RECURSOS HIDRICOS

Racionalização dos consumos

 Industrial - Utilização de tecnologias mais modernas e menos exigentes em água; Reciclagem de


águas.

o Vantagens: Poupar os recursos; diminuir a poluição

 Agrícola- Vulgarização de modernas técnicas de transporte de água de irrigação (condutas


fechadas, revestimento de cimento nos canais de superfície, rega por aspersão, etc); Regras sobre
a utilização das albufeiras; Culturas adequadas ao clima e recursos hídricos da região; Uso
moderado de químicos.

o Vantagens: Poupar os recursos (redução da perda por evaporação e infiltração); evitar os


excessos de utilização; controlo/diminuição da poluição

 Águas residuais- tratamento adequado (ETAR) Vantagens: águas utilizáveis para rega e lavagens

 Legislação- legislação adequada

o Vantagens: evitar desperdícios

 Comunidades- Consciencialização da população para a racionalização do consumo

o Vantagens: desperdícios; evitar o esgotamento de recursos

Aumento das disponibilidades hídricas

 Águas superficiais- Armazenamento em barragens

o Vantagens: todos os tipos de consumo, mesmo durante a estação seca; abastecimento a


áreas diferentes; produção de eletricidade; regularização dos caudais

 Águas subterrâneas- Pesquisa; Aprofundamento de furos; Recarga artificial de aquíferos

o Vantagens: aumento das disponibilidades hídricas

Formas de proteção e controlo da qualidade da água

 Política de ambiente- regulamentação e fiscalização do lançamento de efluentes poluidores nos


cursos de água e solos

 Aplicação do principio do “poluidor-pagador”

 Incentivos às empresas para a reconversão da sua tecnologia

 Desenvolvimento dos sistemas públicos de redes de águas residuais- aumento das ETAR’s

A cooperação internacional

São objetivos da coordenação a nível internacional:

 Promover a gestão integrada dos recursos hídricos internacionais

 Dinamizar a cooperação técnica ao nível da caracterização, da conservação e da proteção dos


recursos hídricos

 Garantir o respeito mútuo entre os países que partilham os mesmos recursos (Portugal partilha
várias bacias hidrográficas com Espanha, nomeadamente as bacias dos rios Minho, Lima, Douro,
Tejo e Guadiana que ocupam 64% do território continental)

 Prevenir e resolver conflitos internacionais relativamente à utilização das águas

A cooperação entre as autoridades portuguesas e espanholas reveste-se de importância na gestão das águas
partilhadas uma vez que os interesses ambientais e socioeconómicos são comuns.

Gestão dos Recursos Hídricos

A deficiente proteção e gestão das águas continentais constituem um grave problema da degradação continental,
colocando em risco a qualidade e a quantidade de recursos hídricos. Os problemas que se podem colocar
comprometendo a qualidade e a quantidade de água resultam de um crescimento económico não planificado e
não controlado permitindo que as fontes poluidoras, a eutrofização, a salinização e a desflorestação proliferem e
afetem as reservas hídricas. Estes problemas requerem uma política de gestão de água eficaz.

Planeamento de Recursos

O planeamento dos recursos hídricos é cada vez mais importante, pois a pressão sobre a água tem aumentado,
devido ao seu maior consumo. Isto explica-se tanto pela melhoria de condições de vida como também pelo
desenvolvimento dos sistemas de captação e distribuição da água.

2.4. Recursos Marítimos

2.4.1. AS POTÊNCIALIDADES DO LITORAL

Para Portugal continental (atendendo à sua posição geográfica), o mar sempre teve uma grande importância,
quer no passado (época dos descobrimentos), quer no presente (ao constituir a área mais atrativa para as
atividades económicas).

Deste modo, as populações foram


atraídas para o litoral (litoralização).

O litoral é uma área muito dinâmica e em constante alteração, devido:


• aos movimentos tectónicos e às variações climáticas (refletem-se nas oscilações do nível do mar):

o Há áreas litorais que no passado estiveram submersas e que devido à regressão marinha,
hoje, estão emersas – costa de emersão.

o Há áreas litorais que no passado estiveram emersas, mas hoje, devido a transgressões
marinhas, estão submersas – costa de submersão

• à influência das águas oceânicas (desempenha a função de agente erosivo e modelador da linha de
costa):

o mar exerce uma ação modeladora da linha de costa, através dos processos: desgaste,
transporte e acumulação de sedimentos.

o mar é um agente erosivo, onde os materiais retirados ao litoral ou transportados pelas


correntes marítimas e rios são projetados pelas ondas contra as vertentes litorais, que sofrem
uma intensa erosão mecânica – abrasão marinha (esta varia com as características das
formações rochosas, com as correntes marítimas, com a velocidade e direção do vento).

o A costa portuguesa

A linha de costa de Portugal continental apresenta um traçado quase retilíneo, pouco recortado, ou seja, com
poucas reentrâncias e saliências.

O litoral português é dominado fundamentalmente por dois tipos de costa:

• Costa de arriba – é uma costa talhada em afloramentos rochosos de elevado grau de dureza. Pode ser
alta, rochosa e escarpada ou igualmente rochosa mas ais baixa. Pode ser acompanhada por pequenas
extensões de areia, muitas vezes só visíveis na maré baixa.
• Costa de praia – costa baixa e arenosa, frequentemente associada a sistemas dunares.

Fatores que influenciam a formação destes tipos de costa:

 Natureza da rocha:

• As rochas duras são difíceis de desgastar.

• As rochas moles são mais fáceis de desgastar.

 Movimentos da água do mar: ondas e marés.

 Fundo dos oceanos e os cursos dos rios


 Ação humana:

• Extração de areias

• Destruição de dunas e falésias

• Construção de barragens

A costa portuguesa é predominantemente de arriba, quer sejam vivas, quer sejam mortas ou fósseis. A costa de
arriba é a que sofre uma maior influência da erosão marinha, o que acaba por provocar o seu recuo e a sua
transformação numa arriba morta ou fóssil. Esta pode ainda resultar do levantamento dos continentes ou da
regressão marinha.

o A formação de uma arriba fóssil

1. Desgaste da base:

A ação erosiva do mar faz-se sentir na base da arriba. Arriba


viva

2. Desmoronamento do topo:

O mar desgasta a base da arriba, deixando a parte superior desta sem apoio,
o que faz com que esta acabe por desmoronar e, progressivamente, recuar.
Na base da nova arriba acumulam-se os blocos rochosos resultantes do seu
desmoronamento. Forma-se então uma plataforma de abrasão, que é
formada pelos sedimentos resultantes do desgaste da arriba e pelos blocos
desse mesmo desgaste.

3. Recuo da arriba:

O recuo da arriba leva ao alargamento da plataforma de abrasão, que faz


com que as ondas atinjam a base da arriba com uma menor capacidade
erosiva. Assim o mar deixa de conseguir atingi-las, formando a arriba
morta ou fóssil.

o A configuração geral da costa e a localização dos principais portos

O tipo de costa característico do litoral português está relacionado com as rochas constituintes:
• as áreas onde as rochas apresentam um grau de dureza elevada, a
costa é de arriba;

A costa de arriba alta, retilínea e rochosa predomina:

o no norte de Espinho;

o entre Nazaré e a foz do rio Tejo;

o entre o cabo Espichel e a foz do rio Sado;

o entre o cabo de Sines e a Ponta de Sagres;

o no barlavento algarvio, entre Sagres e Quarteira.

A costa de praia predomina:

o entre Espinho e Nazaré;

o no estuário do Tejo;

o entre a foz do rio Sado e o cabo de Sines;

o no sotavento algarvio, entre Quarteira e Vila Real de Santo António.

o Os principais acidentes litorais

Tômbolo de Peniche:

Outrora existia uma ilha próxima da costa em Peniche, e, ao longo dos anos, as
correntes marítimas acumularam sedimentos entre a ilha e o continente,
fazendo com que estes se unissem, formando o tômbolo de Peniche.

Lido de Faro:
O lido de Faro formou-se com a acumulação de sedimentos
levados pelas correntes marítimas. Esta acumulação de
sedimentos levou à formação de pequenas ilhas, a este
conjunto de pequenas ilhas chamamos lido.

Às ilhas mais compridas chamamos cordões litorais.

Concha de São Martinho:

Pequena baía com uma estreita abertura para o mar limitada por vertentes
abruptas. Esta resultou de um vasto golfo cujas dimensões foram sendo
reduzidas devido à acumulação de sedimentos marinhos.

Ria de Aveiro:

Formação lagunar pouco profunda, que resultou da


regressão marinha, da acumulação de sedimentos
transportados pelo rio Vouga e da deposição de areias pelas
correntes marítimas, que a ocidente formaram um cordão
arenoso (restinga) de Norte para Sul. Este cordão levou à
necessidade de abrir um canal (barra artificial) para
permitir o acesso das embarcações ao porto de Aveiro.

Estuários do Tejo e Sado


Estuário do Tejo
Os estuários são áreas da foz dos rios que desaguam diretamente no mar e onde é
importante a influência das correntes e das marés, (havendo assim uma mistura de
água doce com água salgada).
Os estuários do Tejo e do Sado são de grandes dimensões e assumem uma grande
importância no contexto nacional. A parte montante do estuário apresenta vários
canais e ilhas; a jusante o estuário alarga e é rodeado de sapais, onde se situa a
Reserva Natural. As suas dimensões favorecem a variedade e diversidade da fauna Estuário do Sado
e da flora, apresentando condições particulares para a desova e crescimento de
espécies de peixe e mariscos, habitat de aves aquáticas e outra fauna selvagem. Em
termos económicos, os estuários permitem o desenvolvimento de instalações
portuárias essenciais ao desenvolvimento do setor das pescas e dos transportes.
Os Cabos

Os cabos constituem saliências em áreas de costa alta e


rochosa.

Estes acidentes naturais desempenham um papel


preponderante na localização dos portos marítimos
(sobretudo os estuários e os cabos) pois são os únicos
locais abrigados ao longo do litoral. Os portos
localizam-se a Sul destes, de forma a estarem protegidos
dos ventos de Oeste e Noroeste e das correntes
marítimas de sentido Norte-Sul.

A configuração retilínea e regular do litoral português,


logo com escassos locais abrigados dos ventos
marítimos e das correntes marítimas, transforma a costa
numa área pouco privilegiada para a localização de
portos de pesca.

o A Plataforma Continental

A riqueza biológica dos oceanos depende de fatores ecológicos como:

• temperatura; • plâncton;

• salinidade; • profundidade da água;

• luz; • migrações das espécies.

• oxigénio;

Os oceanos apresentam uma morfologia variada, que é constituída pela plataforma continental, pelo talude
continental, pela planície abissal, por canhões submarinos, pelas fossas submarinas e pela crista médio-
oceânica.

• Plataforma Continental  vai até cerca de 200 metros de profundidade. Constitui a área morfológica
do oceano que mais influência recebe das áreas emersas (detritos minerais e orgânicos são
continuamente ‘vertidos’ nela, originando uma significativa cobertura sedimentar);

• Talude Continental  área de forte declive e que efetua a transição entre plataforma continental e as
áreas mais profundas e extensas;

• Planície abissal  unidade morfológica relativamente plana, localizada a 3000 e mais metros de
profundidade.
• Canhão submarino  vale em garganta, ou seja, muito encaixado e com margens abruptas.

• Fossa submarina  depressão submarina, estreita e profunda, que se estende partir da planície abissal
até aos 10000 metros de profundidade.

• Crista médio-oceânica  cadeia montanhosa de natureza vulcânica que se estende a meio do oceano
Atlântico, ladeando o Rift.

A plataforma continental é frequentemente interrompida por vales em canhão (muito declivosos e profundos).
Em Portugal destaca-se:

• o Canhão de Nazaré, não só pela sua profundidade, mas também de a sua cabeceira estar muito próxima
da linha de costa, o que se reflete no transporte de areias pelas correntes marítimas ao longo da costa
ocidental;

• o Canhão do Tejo e do Sado.

• Unidades Morfológicas dos Oceanos

Nível do mar

A plataforma continental é relativamente estreita ao longo do litoral de Portugal Continental e é quase


inexistente nas Regiões Autónomas devido à origem vulcânica. A grande riqueza piscatória das plataformas
continentais resulta:
o da pouca profundidade das águas, permitindo uma melhor penetração da luz, indispensável ao
desenvolvimento do fitoplâncton;
o da grande agitação das águas, o que as torna ricas em oxigénio;
o da afluência das águas dos continentes sobretudo dos rios, as quais transportam grandes
quantidades de matéria orgânica e inorgânica;
o da menor salinidade, devido à agitação das águas e de receberem águas continentais
o da abundância de plâncton resultante das condições favoráveis da luz e de oxigénio.

As correntes marítimas são importantes fontes de espécies marítimas, uma vez que permitem uma constante
oxigenação das águas e arrastam consigo elevadas quantidades de plâncton.
A grande agitação e oxigenação das águas, a abundância de plâncton e a diferença de temperatura e de
salinidade fazem da área de confluência das correntes uma importante zona em termos de espécies piscícolas.

A costa portuguesa é influenciada por uma ramificação da corrente do Golfo (deriva Norte-Sul) – corrente
portuguesa. A corrente de Portugal é uma corrente quente, não sendo muito favorável ao desenvolvimento do
plâncton e das espécies piscícolas.

O upwelling é o fenómeno que resulta do facto dos ventos (nortada –


vento marítimo frequente na costa ocidental portuguesa que sopra do
quadrante norte, especialmente no verão) afastam as águas costeiras para
o largo originando correntes ascendentes de compensação, substituindo
as que foram afastadas pelo vento, que trazem águas profundas mais
frias e agitadas. Este fenómeno faz também ascender à superfície
grandes quantidades de nutrientes atraindo assim os cardumes.

Portugal, apesar da sua estreita plataforma continental, possui uma das maiores ZEE do mundo e a 3º da
Europa.
2.4.2. A ATIVIDADE PISCATÓRIA

Importância da pesca – atividade antiquíssima; atividade económica fundamental para a alimentação humana e
emprego (indústria transformadora de pescado, abastecimento do mercado, turismo e na indústria de construção
naval).

Os portugueses são os maiores consumidores de pescado da União Europeia, tendo adquirido uma importância
social, local e regional. Este setor tem sido uma importante fonte de subsistência para muitas populações
ribeirinhas, que dependem da pesca e das atividades com ela relacionadas.

No entanto, os condicionalismos físicos desfavoráveis da costa portuguesa, o fabrico de redes e apetrechos para a
pesca têm condicionado a evolução do setor das pescas. Deste modo, a atividade piscatória tem estado associada
à dependência em relação a pesqueiros externos e ao elevado esforço exercido nas águas nacionais.

Os pescadores portugueses têm necessidade crescente de recorrer às águas internacionais e às ZEE estrangeiras
porque as águas portuguesas não são muito favoráveis para esta atividade.

Contudo, as normas desta atividade são cada vez mais restritivas, dificultando a pesca em águas de outros países
pois estes países desenvolvem medidas que visam um maior controlo e redução da pesca através de:

 licenças;

 quotas.

A pesca para lá das 200 milhas continua a verificar-se, estando dependente das normas comunitárias
estabelecidas pela Política Comum das Pescas, sendo a União Europeia que detém a competência exclusiva na
área de conservação e exploração dos recursos biológicos da ZEE.

Os oceanos onde se registam mais capturas são:

 No Atlântico Norte – Atlântico Noroeste e Nordeste (NAFO e NEAFC);

 No Atlântico Centro (Marrocos, Mauritânia e Guiné-Bissau);

 No Atlântico Sul (ilhas Falkland).

Tipos de pesca:

Realizada junto à costa (até 6 milhas) e com utilização


Local: de pequenas embarcações e técnicas tradicionais;
Realizada mais afastada da costa (mais de 6 milhas), a
Costeira: permanência dos barcos é mais longa (2 a 3 semanas no
mar) e utiliza um grande número de embarcações;
Ao largo: Praticada com barcos de grande tonelagem e providos de
meios bastante sofisticados como radar, sonar (para a
deteção dos bancos de pesca) e processos de
conservação e de transformação do pescado em mar alto
(navios-fábrica), permanecem muito tempo no mar
(pode ir de semanas a meses) e pescam em águas
internacionais e ZEE’s de outros países.

Técnicas utilizadas:

Arrasto Técnica bastante eficiente mas


gravemente predatória por capturar
indivíduos jovens e pôr em causa a
preservação das espécies

Cerco Utilizado na captura de cardumes


superficiais de peixe
Deriva Praticada mais próxima da costa
por embarcações mais pequenas e,
por isso, com reduzidas capturas

Pesca Artesanal:

 Meios e técnicas tradicionais pouco evoluídas;

 Embarcações de pequena tonelagem e muitas vezes desprovidas de motor;

 Junto à costa;

 Pouca permanência no mar;

 Tripulação reduzida;

 Capturas reduzidas.

Pesca Industrial:

 Técnicas avançadas e eficazes (cerco, arrasto, aspiração);

 Captura de elevadas quantidades;

 Apoio de meios tecnologicamente avançados (sondas; meios aéreos, GPS);

 Embarcações de grande tonelagem e bem equipadas;

 Meios de conservação e congelação do pescado;

 Longa permanência no mar.

A Frota Pesqueira

A frota pesqueira subdivide-se em dois grandes grupos de embarcações:

 As que operam em águas nacionais e adjacentes, normalmente identificadas por


embarcações de frota local e costeira;
 As que atuam em pesqueiro longínquos, ou seja, em águas internacionais ou de países
terceiros, e que são identificadas por embarcações de pesca do largo.
A Frota Portuguesa

Embora Portugal tenha grande tradição na pesca, está a atravessar um período de crise devido:

 à frota estar envelhecida e vocacionada apenas para a pesca costeira (mesmo apresentando
alguma modernização sofre os efeitos da grande concorrência internacional)

Medidas para inverter esta situação:

 modernização da frota (navios tecnologicamente bem apetrechados que permitem


aumentar a produtividade)
 apetrechamento (navios com maior volume quem permitem a atividade pesqueira em
locais mais longínquos e com maiores stocks)
 formação profissional
 qualificação da mão de obra

Contudo, a pesca de frota local têm uma grande importância socioeconómica par o setor das pesca porque:

 ao nível económico, a atividade destas embarcações destina-se à captura de


pescado de elevado valor comercial;

 ao nível social, é a única fonte de subsistência de um elevado número de famílias.

Repartição espacial da frota pesqueira:

 44 Portos de registo;

 Predomina no território nacional;

 Região Centro e Algarve são as regiões com maior número de embarcações;

 Região Centro, quanto à arqueação bruta e à potência, ocupa também o primeiro lugar (é nesta região
que está registada a maior parte da frota ao largo);

 O Alentejo e a Região Autónoma da Madeira são as regiões com menos representatividade na frota
nacional.

As capturas e descargas

Tem-se assistido a uma diminuição das capturas. Este facto resulta de um conjunto de fatores, de que se
destacam:
 a criação de ZEE;
 a situação vivida em alguns países e o desenvolvimento de novas políticas;
 a implementação de novas medidas de controlo e gestão de recursos mais
restritivas em determinadas áreas de pesca;
 a menor utilização das possibilidades de pesca de que Portugal dispõem em águas
espanholas.

As principais espécies descarregadas foram a sardinha, a cavala, o carapau, o polvo, o verdinho, o peixe-espada
preto e o atum!! Ao considerar as descargas por portos, o destaque em Portugal continental vai para Matosinhos,
seguido de Peniche, Olhão, Portimão e Sesimbra.

As infraestruturas portuárias

As infraestruturas portuárias portuguesas, na generalidade:

 são de pequena dimensão;


 têm pouca capacidade de cargas e descargas;
 não têm barreiras protetoras e cais de desembarque e de acostagem;
 têm difíceis acessos;
 têm falta de instalações para conservação do pescado;
 apresentam algumas lotas sem as mínimas condições higiénicas.

Das ações de modernização destacam-se:

 processo de venda direta;


 a melhoria das ações de fiscalização do cumprimento das regras de higiene e de
captura;
 aumento e o desenvolvimento dos equipamentos de apoio aos portos (câmaras
frigoríficas, etc) ;
 desenvolvimento de serviços de apoio (escritórios, etc).

Factores que influenciam a origem da localização de muitos portos de mar:


 A configuração da linha de costa, aproveitando locais abrigados entre arribas ou
em estuários, rias ou outras águas interiores
  A direcção dos ventos, procurando locais abrigados e pouco afectados pela
nortada
  Correntes marítimas

Principais portos de pesca:


  Olhão

 Matosinhos
 Lisboa
 Peniche

As lotas e a rede de conservação e refrigeração do pescado também revelam profundas carências e contribuem
para as dificuldades com que este sector se debate.

o A qualificação da mão-de-obra portuguesa

Causas:

• Más condições de trabalho


• Um sistema de remunerações pouco aliciante
• Insegurança
• Quebra da tradição familiar
• Outras alternativas de emprego (construção civil ou sector da hotelaria)

O decréscimo do número de formados em pesca deve-se a:

• irregularidade da quantidade pescada


• fraco interesse pela população activa jovem
• condições menos aliciantes de trabalho
• gradual desadequação das propostas oferecidas pelas escolas de pesca
• recessão do mercado de emprego
• instabilidade económica do sector

Medidas para inverter esta tendência:

• Fomentar formações iniciais mais atractivas na aquicultura


• Promover acções de formação
• Certificar competências
• Experiência de profissionais do sector para a formação
• Reconversão de activos do sector
• Formação à distância
• Criação de unidade móveis de ensino, de modo a facilitar o acesso dos activos à formação
• Estabelecimento de protocolos com escolas do ensino básico

2.4.3. A GESTÃO DO ESPAÇO MARÍTIMO

Problemas:

• A sobreexploração de recursos e conservação da natureza


• Poluição das águas;
• Pressão urbanística;
• Erosão e riscos de acidentes costeiros.

Soluções

• Reforçar a vigilância;
• Medidas de protecção das espécies;
• Pesca sustentável;
• Maior controlo e fiscalização da ZEE;
• Cumprimento das normas internacionais e comunitárias (Política Comum das Pescas);
• Incentivar toda a população a utilizar produtos e tecnologias mais amigas do ambiente.

Sobreexploração dos recursos piscícolas:

• Associado ao desenvolvimento das frotas pesqueiras e das técnicas de pesca, cada vez mais
sofisticadas e agressivas, levam a um excesso.
• Resulta na diminuição drástica de alguns stocks e até põe em causa a vida de algumas espécies.
• Esta situação exige medidas de protecção e recuperação das espécies mais ameaçadas, que orientem
um modelo de sustentabilidade.

O controlo de ZEE:

• A poluição provocada pelos barcos nacionais ou estrangeiros, principalmente os petroleiros, fazendo


cumprir a legislação em vigor;
• As trocas comerciais, cobrando os direitos alfandegários relativos às importações, vindas por mar,
principalmente do exterior da EU;
• As mercadorias que entram e saem do país, por via marítima, sob ponto de vista fiscal;
• O contrabando, isto é, a entrada ilegal de qualquer mercadoria do país.

Poluição das águas

• Contribui para a degradação de stocks piscícolas e para a destruição de áreas costeiras, enquanto
áreas de lazer.
• Podem-se descargas de efluentes domésticos e industriais; as águas dos rios já poluídas que aí
desaguam; produtos agrícolas; lavagens ilegais de petroleiros no mar; derrame de hidrocarbonetos
resultante de acidentes com petroleiros;
• Marés Negras - constituem uma das formas mais graves de poluição das águas dos mares e resultam
do tráfego de petroleiros que nem sempre respeitam as normas de segurança.
Pressão urbanística sobre o litoral

• A costa é um recurso precioso e gerador de riqueza.  No entanto, é vulnerável que importa proteger e
valorizar;
• Uma parte significativa está ocupada por construções, vias de comunicação, unidades industriais,
portuárias e hoteleiras

Erosão e riscos de acidentes costeiros

• Causas da degradação do litoral português:


o diminuição da quantidade de sedimentos que atingem a costa;
o A pressão humana sobre as dunas;
o Construção sobre as arribas;
o Subida do nível médio das águas do mar.

2.4.4. A RENTABILIZAÇÃO DO LITORAL E DOS RECURSOS MARÍTIMOS

• Vigilância das águas nacionais;


• Racionalização do esforço de pesca;
• Aquacultura;
• Planos de ordenamento da orla costeiro (POOC);
• Turismo;
• Energias renováveis.

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