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2º Teste de

Português

19 de Novembro 2021

Salesianos de Évora
Tomás Martins Ferreira
Colégio Salesianos de Évora 2021/2022

Matriz
0.1 Matriz do teste de avaliação
→ Grupo I: Análise de uma cantiga de amor;
→ Grupo II: Texto de interpretação rápida (escolha múltipla);
→ Grupo III: Produção escrita pequena (70 a 120 palavras) sobre as características das
cantigas de amigo e de amor (semelhanças e diferenças);
→ Grupo IV: Gramática
→ Grupo V: Produção escrita (23/11/2021).
Conteúdos:
→ Orações coordenadas;
→ Orações subordinadas;
→ Cantigas de amigo: características;
→ Cantigas de amor: características.

Características das cantigas


Características das cantigas de amigo

1.1 Relação com a Natureza

A natureza é o espaço privilegiado nas cantigas de amigo. É junto a elementos naturais, tais
como o mar, a fonte, o rio, as árvores, as aves, ou os cervos (que significam o amigo) que a donzela
se manifesta.
Quando o amor da donzela é correspondido, ou seja, há felicidade amorosa, a paisagem
encontra-se verde, num cenário que convida o amor. Quando o amor não é correspondido, as
aves não têm água, ou seja, o cenário não é convidativo ao amor. Quando o vento e o mar
costumam estar agitados a donzela está inquieta e receosa.

1.2 Confidência amorosa

Nas cantigas de amigo, a donzela tem 3 tipos de confidentes:


→ A natureza, a quem a donzela por vezes se confessa. Para isto acontecer, na cantiga é
atribuída à natureza características humanas, ou seja, a natureza é personificada.
→ As amigas. Neste caso, a donzela assume a função de sujeito poético e partilha com as
suas amigas o segredo duma paixão ou pede-lhes informações sobre o paradeiro do seu amigo.
→ Mãe. A mãe assume em muitas cantigas a função de confidente e pode ser
impulsionadora dum amor ou o entrave do mesmo. Funciona muitas vezes como o conselheiro
experiente.

1.3 Variedade do sentimento amoroso


O sentimento da donzela, nas várias cantigas de amigo varia, pois, a situação em questão
também é diferente. Assim, podemos dizer que estes são os vários estados de espírito da donzela:
→ Alegria ou felicidade amorosa, por amar ou por ser amada;
→ Ansiedade, pela proximidade do encontro com o amigo, pela ausência do amigo ou pelo
atraso do mesmo visto que o a data do encontro se está a aproximar;
→ Sofrimento ciúme e desespero, se o amigo já não a ama ou se o amor foi atraiçoado;
→ Saudade, se o amigo partiu para a guerra, e assim pergunta a todos por ele.

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1.4 Espaços, protagonistas e circunstâncias
O espaço privilegiado das cantigas de amigo são os espaços naturais (fonte, rio ou praia),
mas, também, há cantigas onde o espaço onde as mesmas decorrem é popular (uma romaria, por
exemplo).

Características das cantigas de amor


2.1 Elogio cortês
O elogio cortês é uma característica das cantigas de amor. Está sempre presente nesta
“variação” da poesia trovadoresca, mas sob várias formas:
→ Idealização da mulher. Durante as cantigas de amor, a figura masculina (sujeito poético)
é quem elogia a mulher. É idealizada pela sua beleza e elevação moral, mas nunca é descrita. O
sujeito poético refere-se ao seu amor, frequentemente, como “mia senhor”.
→ Vassalagem amorosa. O sujeito poético costuma estabelecer, com o seu amor, uma
relação de vassalagem, na qual ele ocupa a posição de vassalo. Contudo, o “amador” sabe que a
sua relação nunca vai ser consumada.
→ Representação do amor. O amor é transmito e representado a partir de uma forma cortês.

2.2 Coita de amor


O amor do sujeito poético não é correspondido, ou, quando muito, recebe a indiferença
da amada. Por este motivo, as cantigas de amor costumam ter um ar melancólico.
A coita ou sofrimento torna-se, em algumas cantigas, numa situação insustentável que
levará, ora à loucura, ora à morte. Podemos dizer ainda que o exagero da coita é proporcional à
idealização da dama.
A coita de amor traz sofrimento ao sujeito poético, mas ao mesmo tempo prazer por
amar. Traz o desejo de morrer pois o seu amor não é correspondido, mas também o de viver
para poder estar com a sua “senhor”.

Comparação das cantigas de amigo e de amor


3.1 Sujeito poético
Nas cantigas de amigo, o sujeito poético é feminino. Tem normalmente o tema de um
encontro com o seu amigo (ou seja, amado).
Nas cantigas de amor, o sujeito poético é masculino. Fala normalmente das características
extraordinárias da mulher (hiperbolizadas) e do tamanho do seu amor e da sua tristeza se não
puder estar com a sua amada.

3.2 Interlocutores
Nas cantigas de amigo, os interlocutores são vários. Tanto podem ser os confidentes (a mãe,
a amiga ou a natureza), como o próprio amigo (que é normalmente objeto de conversa).
Nas cantigas de amor, o interlocutor é a dama (ou senhor).

3.3 Representação de afetos e emoções


Nas cantigas de amigo, os sentimentos da donzela estão, maioritariamente, presentes na
natureza e há variedade no sentimento amoroso (felicidade, alegria, ansiedade, tristeza, saudade). A
donzela passa esses sentimentos para os seus confidentes ou são transmitidos pela natureza
(natureza verdejante = felicidade amorosa / mar agitado e vento = ansiedade / nenhuma água =
tristeza).

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Nas cantigas de amor o homem elogia a mulher e expressa os sentimentos que tem por
ela. É característica destes tipos de cantiga os sentimentos negativos como a tristeza e loucura
que levarão à morte do sujeito poético. Isto porque os amores das cantigas de amor são dados
como impossível, por vezes.

3.4 Ambiente (espaço, protagonistas e circunstâncias)


Nas cantigas de amigo temos um ambiente privilegiadamente natural (fonte, Natureza),
mas também pode seu um ambiente familiar (em casa onde se confessa à mãe) ou religioso
(romaria, baile).
Nas cantigas de amor o ambiente é cortesão (num palácio). É lá onde o sujeito poético
“oferece” o seu coração à dama ou senhor. Dá a entender uma relação de vassalagem onde ele é
o vassalo e a dama o suserano.

3.5 Origem
As cantigas de amigo têm uma origem peninsular ou autóctone. São características das
regiões no noroeste da península ibérica.
Já as cantigas de amor origem na parte sul da frança, onde se falava a langue d’oc.
Gramática
Orações
4.1 Orações coordenadas
Oração coordenada copulativa
Adiciona informação. E O João foi à praia e à piscina.
Oração coordenada adversativa
Informações contrárias. Mas O João foi à praia, mas não foi à piscina.
Oração coordenada disjuntiva
Apresenta duas hipóteses. Ou O João foi à praia ou à piscina.
Oração coordenada conclusiva
Conclui o enunciado. Logo O João foi à praia, logo, estava sol.
Oração coordenada explicativa
Explica o enunciado Pois O João foi à praia pois estava sol.
4.2 Orações subordinadas adverbial
Oração subordinada adverbial causal
Justifica a subordinante. Porque O João foi à praia porque estava sol.
Oração subordinada adverbial temporal
Dimensão temporal. Quando O João foi à praia quando esteve sol.
Oração subordinada adverbial final
Explica a finalidade de algo. Para O João foi à praia para estar com um amigo.
Oração subordinada adverbial comparativa
Compara as duas Como O João foi à praia como na semana passada.
Oração subordinada adverbial condicional
Aplica condição. Se O João vai à praia se estiver sol.
Oração subordinada adverbial concessiva
(“Contrário”) Embora Embora estivesse sol, o João não foi à praia.
Oração subordinada adverbial consecutiva
Consequência da subordinante. Que O João foi à praia porque estava sol.
4.3 Orações subordinadas adjetivas
Oração subordinada adjetiva relativa restritiva
Não tem vírgulas ¬Vírgulas As praias, que se devem conservar, estão poluídas.

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Oração subordinada adjetiva relativa explicativa


Tem vírgulas. Vírgulas A praia que limpei recebeu a bandeira azul.
4.4 Orações subordinadas substantivas
Oração subordinada substantiva completiva
Oração que tem de tem verbo e nome/adjetivo. É comumente Ele disse que tinhas ido à
introduzida por se, para e que. praia.
Oração subordinada substantiva relativa
Oração introduzida por quem, quanto onde ou como. Quem vai à praia,
descansa.
4.5 Tabela resumo

Oração Conjunção Significado


Orações coordenadas
Oração coordenada copulativa E Ligação.
Oração coordenada adversativa Mas Contraste.
Oração coordenada disjuntiva Ou Alternativa.
Oração coordenada conclusiva Logo Conclusão (∴).
Oração coordenada explicativa Pois Explicação.
Orações subordinadas
Orações subordinadas adverbiais
Oração subordinada adverbial temporal Porque Razão/justificação.
Oração subordinada adverbial causal Quando Tempo.
Oração subordinada adverbial final Para Finalidade (da ação).
Oração subordinada adverbial condicional Se Condição.
Oração subordinada adverbial concessiva Embora Concessão (contrário).
Oração subordinada adverbial comparativa Do que Comparação.
Oração subordinada adverbial consecutiva Que Consequência.
Orações subordinadas substantivas
Oração subordinada substantiva completiva Se, para e que Completa o sentido da frase.
Oração subordinada substantiva relativa Quem, quanto, Não tem antecedente.
onde e como
Orações subordinadas adjetivas
Oração subordinada adjetiva relativa restritiva ¬Vírgulas Restringe a ação a algo ou
alguém.
Oração subordinada adjetiva relativa explicativa Vírgulas Informação adicional restringida
por vírgulas

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