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O papel

social na
obra “Farsa
de Inês
Pereira”

01 de abril 2022

Tomás Martins Ferreira


Nº12, 10ºB

Docente: Lídia Simões

Salesianos de Évora
Colégio Salesianos de Évora 2021/2022

Índice
1. Introdução .................................................................................................................................... 2
2. As personagens da obra .............................................................................................................. 3
2.1 Inês Pereira ....................................................................................................................... 3
2.2 Mãe.................................................................................................................................... 4
2.3 Lianor Vaz ......................................................................................................................... 4
2.4 Pêro Marques.................................................................................................................... 4
2.5 Escudeiro Brás da Mata .................................................................................................... 5
2.6 Os judeus, Latão e Vidal .................................................................................................. 5
2.7 Fernando, Moço ............................................................................................................... 5
2.8 Luzia e Fernando .............................................................................................................. 5
2.9 Ermitão .............................................................................................................................6
3. Dimensão satírica da obra .........................................................................................................6
4. Esquematização ........................................................................................................................... 7
5. Conclusão...................................................................................................................................... 8
6. Bibliografia ...................................................................................................................................9

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1. Introdução

O seguinte trabalho, referente à disciplina de Português de 10º Ano, e o mesmo foi requerido
pela professora Lídia Simões no seguimento da minha impossibilidade, medicamente justificada, de
não poder atender ao momento de avaliação escrito.

No seguinte trabalho vou explorar toda a informação adjacente ao tema que a professora me
deu, “O papel social na obra “Farsa de Inês Pereira””. Assim, segundo a minha interpretação do
mote que a professora teve oportunidade de me enviar por email, vou explorar a dimensão social das
personagens da obra, uma vez que as obras vicentinas têm personagens tipo, ou seja, cada personagem
representa uma classe social, e as críticas ou elogios a essa personagem são as críticas ou elogio que o
autor, Gil Vicente, queria dirigir à classe social que essa personagem criada por ele representa. O caso
onde esta realidade está mais evidente é a obra analisada no anterior ano letivo “Auto da Barca do
Inferno”, mas com uma leitura da obra, não só na sala de aula, consegui perceber de antemão que,
nesta obra também encontrarei personagens tipo, como o escudeiro, por exemplo, que casa em
primeira instância com Inês Pereira.

Em suma, vou então, ao longo do trabalho, caracterizar as personagens, e ao fazê-lo, vou


observar o seu desempenho ao longo da obra, as suas críticas e elogios, que, quando transpuser essas
personagens a uma classe social, serão críticas e elogios, já não dirigidos à personagem, mas à sua classe
social. Ainda terei a oportunidade de observar a dimensão satírica da obra, pois é maioritariamente
dentro dessa sátira social onde encontramos as críticas.

As fontes do meu trabalho encontrar-se-ão na bibliografia do mesmo.

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2. As personagens da obra
2.1 Inês Pereira
Inês Pereira é a protagonista da farsa, já que toda a ação se desenvolve em torno do seu desejo
de casar (para ascender socialmente e ter mais liberdade da sua mãe). Inês Pereira é também, e é
importante acrescentar, uma das personagens mais complexas do teatro vicentino, uma vez que se
transforma ao longo da ação, passando por três estados de espírito: o estado de quando estava solteira;
o de quando se casou pela primeira vez até ficar viúva; e o de quando se casou pela segunda vez.

Logo de início, ou seja, quando a mãe ainda detinha a sua custódia, Inês surge-nos como uma
personagem descontente com a vida que leva. Sente-se cativa da sua vida doméstica e gostaria de ter
uma vida mais folgada como a de outras jovens. Nessa forma, representa um grupo social com formas
típicas de estar, de pensar e de se comporta. Por ser “muito fantesiosa” (ao contruir uma imagem
idealizada do marido), irredutível e decidida nas suas opiniões (quando despreza os conselhos da mãe
e Lianor Vaz quanto ao marido que deve escolher), ociosa, alegre e galhofeira (o que sugere que fazia
parte da pequena burguesia, uma vez que o povo não tinha forma de obter essas folgas e de pretender
a liberdade que Inês almejava), Inês Pereira representa as mulheres pertencentes da pequena
burguesia, uma classe social que queria liberdade e não queria de estar presa ao trabalho como o
povo.

A obra desenvolve-se até chegar ao ponto onde Inês casa com o Escudeiro Brás da Mata, que
se revelou, mais tarde, uma escolha errada. Numa primeira fase, enganada pelo Escudeiro e pela sua
aparência, Inês escolhe ir pelo pretendente mais galante (rejeitando assim, Pero Marques). Assim,
nesta fase da obra, Inês torna-se realista e consciente ao ser maltratada e aprisionada pelo seu marido,
o Escudeiro, aprendendo pela experiência própria uma lição de vida, de não confiar nas aparências.
Após o casamento, arrepende-se do mesmo ao ver, cada vez mais, o seu marido como um opressor
que não lhe dava o que ela tanto queria desde o primeiro ato, a liberdade. À medida que a ação da
sua primeira vida de casada se desenrola, Inês torna-se ansiosa de vingança caso se veja solteira
novamente, que é o que se segue, quando recebe uma carta a dizer que se tivera tornado viúva, uma
vez que o seu marido havida falecido na guerra contra um agricultor muçulmano.

Depois de ter sido “derrubada” pelo “cavalo” (Brás da Mata), Inês escolhe casar com o
personagem que representa o “asno”, Pêro Marques, como refere num monólogo que passo a citar
“Quero tomar por esposo/ quem se tenha por ditoso/ de cada vez que me veja./ Por usar de siso mero,
asno que me leve quero/ e não cavalo folão./ Antes lebre que leão/ antes lavrador que Nero.”. Inês neste
segundo casamento com Pêro Marques torna-se uma personagem falsa e dissimulada, uma vez que
mente ao marido. É astuta e calculista e manipuladora pois até leva o seu marido ao encontro do seu
amante, o Ermitão, e adúltera por se encontrar com o Ermitão.

Sobre traços gerais, depreende-se que: Inês é preguiçosa, como se vê quando a mãe lhe diz
“Como queres tu casar/ com fama de preguiçosa”; é instruída, pois sabe ler como é evidenciado quando

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lê cartas (o que nos diz que pertence à pequena burguesia); é sonhadora, quando em primeira
instância quer um marido que saiba tocar, que seja discreto e com o qual possa ascender socialmente;
é hipócrita quando chora pelo marido morto, mas se sente livre por dentro; é vingativa quando se
quer sempre livrar e vingar de quem a aprisionou (a mãe e o escudeiro) ao pretender um marido que
a deixe fazer o que quer; é adúltera quando teve um caso extraconjungal. E Gil Vicente ao dar elogios,
como a instrução que a pequena burguesia tinha, assim como críticas, como quando caracteriza a
personagem como adúltera, vingativa e hipócrita, características que atribui assim às mulheres da
baixa burguesia, que eram, fundamentalmente, todas aquelas que não trabalhavam nos campos.

2.2 Mãe

A mãe, que se auto caracteriza como “mulher de baixa sorte”, é bastante perspicaz, como
pudemos perceber ao ler o diálogo entre a mesma e a Lianor Vaz quando esta conta a situação que
teve com um padre. Uma mulher cristã (pois vem da missa na primeira cena) que é também
ponderada e atenta à realidade da filha, aconselhando-a para um marido muito diferente daquele que
Inês pretendia (uma vez que queria que a filha casasse com um homem rico, honrado e conhecido).
Mantém uma relação de autoridade para com a filha, mas demonstra afetividade quando aceita a
decisão de casar com Brás da Mata sem contestar. Um aspeto importante de realçar é que contraste
em todos os temas retratados e, termos de pensamento, em relação à filha.
Esta personagem representa então o matriarcado. Na obra, podemos considerar que a
personagem é elogiada no sentido de se preocupar com a filha ao ponto de lhe oferecer a sua casa
como presente de casamento, mas como críticas pode ser o facto de prender a filha a uma vida de
lavouro e o facto de ser pretensiosa e interesseira, ao querer uma subida social e uma vida
requintada/confortável ao custo de um marido que o possa trazer.

2.3 Lianor Vaz

Esta personagem representa, antes de mais, as alcoviteiras, uma personagem tipo que aparece
em várias obras de Gil Vicente, como é exemplo também o Auto da Barca do Inferno. Esta mulher
tinha a função de “arranjar” casamentos, apresentando pretendentes. É uma amiga da mãe, casada,
honesta e aparentemente, desinteressada pelo dinheiro. Também podemos dizer que é conselheira,
uma vez que tens grandes diálogos com a mãe de Inês e Inês, e também é persistente, conseguido
convencer que Inês case com Pêro Marques pela segunda vez.
Lianor Vaz representa então as alcoviteiras, cujas objeções são a intromissão na vida das
pessoas e, noutros casos e noutras obras, o desvio de mulheres e raparigas das suas vidas.

2.4 Pêro Marques

Camponês rico, honrado e conhecido, mas rústico e sem maneiras, como se pode observar
quando o mesmo não se sabia sentar numa cadeira nem falar adequadamente. Homem de bem, sério,
mas que era obediente ingénuo e crédulo o que o levou a levar a sua esposa ao encontro do seu

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amante. Era um ideal de marido para a mãe e Lianor Vaz, mas, pelas suas maneiras, não agradou, em
primeira instância, a Inês, que não casou com ele da primeira vez, mas sim da segunda. Depois de
casar com Inês revela-se para ela como um marido perfeito que cumpre todos os seus caprichos.
Representa a personagem típica de um camponês rústico, de certa forma, endinheirado que
pode ser bom em todos os aspetos (económicos, social…), mas que é ingénuo e inocente ao ponto de
não perceber que Inês o trai. Pêro Marques personifica então o papel de marido obediente e crédulo
mas que é enganado pela mulher, e esses são os seus elogios e críticas.

2.5 Escudeiro Brás da Mata

O segundo pretendente de Inês que, em primeira instância, parecia corresponder ao perfil


que esta tinha em mente para um marido. Era culto (sabia cantar e tocar viola) e era bem-falante. Era
falso e hipócrita pois era galante antes de casar, mas depois de casar revela-se autoritário. Contrasta
com Pêro Marques, e depois do conhecimento da forma da sua forma, subentende-se que era cobarde,
ao tentar fugir ao invés de batalhar pelo seu país.
Representa a classe social dos nobres pelintras. A sua hipocrisia é uma crítica clara feita, esta
revelada pelo contraste entre quem era antes e depois de casar. Outras críticas são o facto do mesmo
ser cobarde ao ponto de fugir, mas apresentava-se como nobreza, mas de uma nobreza na época cada
vez mais decadente e pobre.

2.5 Os judeus, Latão e Vidal

Representavam os judeus, que, ao longo de todas as obras foram representados como


interesseiros e sem qualquer tipo de escrúpulos elevando sempre as qualidades do Escudeiro a
expoente muito mais elevados do que a realidade que se percebeu depois durante a sua vida de casado
com Inês. Apesar de serem duas personagens individuais, intervêm na obra como uma só e são os
mediadores do Escudeiro assim como Lianor Vaz era a intermediária de Inês.

2.6 Fernando, o Moço

Fernando representa os criados, elementos do povo que estavam presas ao seu senhor, que,
neste caso, era o escudeiro. Era maltratado e apesar de criticar o seu senhor era-lhe fiel e estava
responsável por vigiar Inês quando o escudeiro partiu para Marrocos. Sentia empatia por Inês, mas
cumpria todas e quaisquer ordens do seu senhor.

2.8 Luzia e Fernando

Figurantes que recriam a festa de casamento de Inês e Brás da Mata. São os únicos que falam,
expressando a sua alegria e desejando o melhor para os recém-casados, apesar da sua intervenção
reduzida. Integram o grupo de moças e mancebos que festejam o casamento entre Inês e o escudeiro
Brás da Mata

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2.9 Ermitão

Representa o clero, sendo membro deste grupo social. Castelhano e antigo apaixonado por
Inês, sucumbe-se à vida de eclesiástico após o seu amor frustrado e aparentemente não correspondido
por Inês. Era galante e orador, as características que Inês apreciava num homem. Transgressor das
normas mais fundamentais do clero (lei do celibato e dos votos matrimoniais) era então o amante de
Inês.

A crítica que Gil Vicente faz ao Ermitão e que assim se dirige assim a todo o clero é a hipocrisia
de viverem uma vida sem prazeres considerados mudanos e de depois terem casos com mulheres
casadas, que mentem aos maridos.

3. Dimensão satírica da obra


A dimensão e o objetivo da sátira no teatro vicentino é criticar as personagens às quais o
próprio dá vida, pois, ao criticar essas personagens, está a criticar o grupo social nas quais estas se
inserem.

Durante esta obra, os alvos da crítica de Gil Vicente foram então:

• As jovens casadoiras, pela ânsia de uma falsa promoção social (jovens que queriam
ascender socialmente através do casamento) e de um estilo de vida de uma classe
social superior ao que pertencem;
• As alcoviteiras que são materialistas e fazem do casamento um negócio. No caso de
Lianor não é verdade, mas no caso dos judeus é evidente que o que os move não é o
amor, mas sim o dinheiro;
• As figuras religiosas, como o ermitão, que são figuras devassas e que não cumprem as
suas obrigações. Tanto o clérigo que terá tentado seduzir Lianor, como o Ermitão que
teve um caso com Inês desrespeitaram a lei do celibato e no segundo caso de fazer
com mulheres casadas;
• Os rústicos que são revelados como ingénuos e que não estão atentos ao desrespeito
que Inês teve, por exemplo, a Pêro Marques, quando este a carregou para ela o ir trair;
• O outro alvo da crítica vicentina é Brás da Mata que com algum estatuto social revela-
se dissimulado e hipócrita, pois faz-se passar por galã, mas é um pelintra e cobarde
que trata com desdém os de classe social inferior como Fernando.

A sátira e a dimensão cómica da sátira acontece por situações de cómico de caráter, que é um
cómico que assenta na personalidade da personagem, traduzindo-se muitas vezes nas situações de
desconforto que se traduzem em cómicas que essa mesma personagem proporciona. Pêro Marques é
um exemplo quando, no primeiro encontro, não sabia falar, nem tinha um discurso fluido. O cómico
de situação é um cómico que toma lugar numa determinada situação que acontece na obra. Para esta
situação posso oferecer o mesmo exemplo de Pêro Marques não se saber sentar na cadeira na qual

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era suposto fazer para tentar convencer Inês a casar com ele. Por último, a última situação de cómico
é a de linguagem, que resulta da desadequação daquilo que é dito ou do modo como é dito. Outro
exemplo que, fundamentalmente, não passa de ser o mesmo, é quando Pêro Marques não consegue
manter um diálogo lógico com Inês Pereira.

4. Esquematização
Para terminar o meu trabalho, decidi esquematizar a obra, muito resumidamente, em 3 partes,
realçando as personagens que intervêm em cada uma dela, sabendo que a descrição dessas mesmas
personagens está descrito acima. Tanto as suas qualidades como os defeitos, realçados ainda mais no
último capítulo.

A história divide-se então em três partes:

• Exposição (quando Inês ainda se encontra solteira e quando a mãe ainda detém a sua
custódia). Nessa primeira parte é-nos apresentada uma Inês ambiciosa e insatisfeita
que recusa a vida submissa e reclusa à qual está sujeita e que por isso quer casar.
Percebe-se também que tem padrões incomuns para a altura, quando se queria um
homem endinheirado e com fama, Inês queria um homem culto e bem-falante,
avisado e discreto. Nesta parte, é proposto a Inês, por parte de Lianor Vaz, Pêro
Marques que rejeita numa primeira instância mas que casa na terceira parte da obra.
• Conflito (quando Inês casa com o Escudeiro). Esta parte é quando é apresentado a
Inês, por intermediário dos judeus, o Escudeiro Brás da Mata que a encanta por saber
ler, cantar e tocar. Assim, Inês casa com o Escudeiro que revelar-se-ia um marido
tirano e prepotente, fechando Inês em casa a maltratando-a a ela e a Fernando (servo
do povo). Durante esta parte, Brás da Mata parte para a guerra e fica Fernando a vigiá-
la. Inês lamenta assim a sua sorte e esta é a última parte da obra onde Inês ainda se
encontra infeliz.
• Desfecho (quando Inês casa com Pêro Marques). Nesta parte da ação, Inês recebe
uma carta a informá-la da morte do marido e isso liberta-a e felicita-a de imediato.
Motivada por uma segunda tentativa de persuasão por parte de Lianor Vaz, Inês casa
com Pêro Marques e às costas do marido, feliz e liberta, Inês vai-se encontrar com o
Ermitão, antigo apaixonado seu.

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5. Conclusão
Concluo assim com este trabalho que a obra “Farsa de Inês Pereira” é uma obra muito
dinâmica, na medida em que todas as personagens interagem entre si ou são o contrário umas das
outras. Todas as personagens interagem com Inês e umas são o contrário de outras, como é o caso de
Brás da Mata, marido culto, mas tirânico e Pêro Marques, marido ingénuo, mas que oferecia a Inês a
liberdade que a mesma pretendia.

A obra está muito bem contruída uma vez que critica todas as classes sociais de forma
inteligente e subtil (a burguesia por intermediário de Inês, a nobreza por intermediário do Escudeiro,
o clero por intermediário do Ermitão, os judeus por intermediário dos judeus, e os rústicos por
intermediário de Pêro Marques).

Concluo assim este trabalho com conhecimento mais alargado sobre a obra vicentina e com
uma imagem em mente mais real, creio, das relações entre os grupos sociais durante a Idade Média.

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6. Bibliografia
CAMEIRA, Célia; ANDRADE, Ana; DIAS PINTO, Alexandre (2021). “Mensagens Português 10.º
Ano”. Editora: Texto Editoras.
JORGE, Noémia (2018). “Guia de Estudo Preparar os testes Português 10ºAno”. Editora: Porto
Editora.
NUNES, Susana; CASTRO, Isabel; BRAGA, Zaida; RAMOS, Auxília; PIMENTA, Hilário (2020).
“Preparação para o Exame Final Nacional Exame Português 12.º Ano”. Editora: Porto Editora.

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