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A. CLASSIFICAÇÃO DA OBRA
B. AÇÃO
Inês, moça do povo, sonha casar para se libertar da vida que leva – costurar,
estar sempre em casa, não passear, não se divertir. A mãe repreende-a por ela ser
preguiçosa e aconselha-a a não ter pressa de casar. Lianor Vaz, uma amiga, apresenta-
lhe Pêro Marques, homem simplório e bem-intencionado que amealhou alguns tostões.
O encontro entre ambos corre mal, pois Pêro não tem maneiras e Inês ridiculariza-o. O
seu sonho é encontrar um marido “discreto e avisado”, que tenha modos e seja bem-
falante. Surgem então uns judeus que lhe recomendam um escudeiro. Galanteador,
bom tangedor de viola e cantor, logo Inês se apaixona por ele, embora a mãe
desaprove a relação por ver que ele não é quem aparenta ser. Após o casamento a
realidade revela-se bem dura: o marido não a deixa rir, bailar, quanto mais sair de casa
e não tem que comer. Resolve então ir combater em África, deixando Inês à guarda do
moço. Três meses depois, Inês recebe uma carta a informar que o marido fora morto
por um pastor quando fugia da batalha. Inês vê-se assim livre para poder gozar a vida
que ambicionava e aceita a proposta de casamento de Pêro Marques, que entretanto
ficara mais rico. Aproveitando-se da ingenuidade deste, Inês faz dele o que quer,
chegando inclusive a trai-lo com um ermitão.
Assim ficou demonstrado o tema que os “ inimigos” de Gil Vicente lhe impuseram para
demonstrar a sua genialidade, e que constitui a moral desta farsa:
“Mais quero ASNO (Pêro Marques) que ME (Inês) leve, que CAVALO (Escudeiro)
que ME (Inês) derrube.”
C. ESTRUTURA
D. PERSONAGENS
a) Quanto ao relevo:
b) Quanto às ideias:
- Inês solteira recusa casar com o pretendente apresentado por Lianor Vaz Pêro,
Marques, o qual quer casa com ela, casamento esse que seria do agrado da mãe;
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- Inês casa com o Escudeiro, marido que os Judeus lhe arranjam, contra a vontade da
mãe, mas que com o tempo se revela um tirano e Inês sente-se oprimida;
- Inês viúva aceita casar com Pêro Marques, marido proposto por Lianor, como
forma de se vingar da vida que levou com o Escudeiro.
E. TEMPO E ESPAÇO
Gil Vicente dá-nos um retrato do quotidiano do seu tempo, uma autêntica comédia de
costumes. Para atingir o seu objetivo crítico, serve-se de :
1. Personagens tipo:
2. Cómico
3. Ironia
Exs:
- o diálogo inicial quando a mãe se refere à preguiça da filha;
- a reação de Inês à carta de Pêro Marques;
- o diálogo entre Inês e Pêro , quando esta o ridiculariza;
- algumas falas dos judeus a depreciar Inês e o escudeiro;
- as respostas e os apartes do moço, quando o escudeiro se prepara
para ir ao encontro de Inês;
- O diálogo de Inês com Lianor Vaz logo após a sua viuvez.
G. LINGUAGEM
sob a forma de :
diálogos
monólogos de Inês, a exprimir estados de espírito
no início da peça
quando o marido parte para a guerra
apartes do Moço a revelar o verdadeiro carácter do Escudeiro
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H. ASPETOS MEDIEVAIS
I. ASPETOS CLÁSSICOS
1. Crítica à sociedade