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INTRODUÇÃO (maria)

Olá. Hoje eu e a Maria iremos falar sobre a “Farsa de Inês Pereira”, A "Farsa de Inês
Pereira," do dramaturgo português Gil Vicente, desempenha um papel muito importante???
no que integra o programa de estudos do 11º ano. Iremos explorar elementos aspetos como
a contextualização histórico-literária, a caracterização das personagens, as relações
interpessoais, a representação do quotidiano e a dimensão satírica, enriquecendo assim a
nossa compreensão, não apenas da peça em si, mas também do contexto cultural e social
do Renascimento em Portugal.

CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICO-LITERÁRIA (guida)

A "Farsa de Inês Pereira" é uma obra, escrita no século XVI, datada de que ano?
durante o período do Renascimento, Este tipo de peça é conhecida classificada
como "farsa", um gênero teatral caracterizado por situações cômicas e caricaturas
sociais. Atenção ao português do Brasil!!!

Podem fazer uma breve apresentação de Gil Vicente.

Contextualizando, a peça foi escrita numa época em que Portugal passava por
transformações sociais e culturais Quais? Devem explicar sucintamente essas
transformações ou explicar por que razão se assiste a transformações. O
Renascimento trouxe uma valorização das artes e do conhecimento, refletindo-se na
produção literária da época Esta frase não tem sentido no contexto em que a
colocam.

A "Farsa de Inês Pereira" (deverão fazer referência ao facto de espelhar uma crítica
social e moral) satiriza a sociedade da época, especialmente as mulheres (o que é
criticado nas mulheres, quem representa essa crítica na obra?), e critica valores
como a preguiça (quem representa essa crítica na obra?) e a falta de ambição
intelectual (quem representa essa crítica na obra?). Gil Vicente utiliza personagens
estereotipadas (como se designam essas personagens que representam um grupo
social, profissional…?) para transmitir mensagens morais e sociais, criando uma
obra que reflete as preocupações e características do contexto histórico (qual é o
contexto histórico? Época de prosperidade e expansão versus Época de crise de
valores) em que foi produzida.

CARACTERIZAÇÃO DAS PERSONAGENS (guida)

Na "Farsa de Inês Pereira," Gil Vicente cria personagens que representam modelos
sociais e satirizam comportamentos da época. Destacam-se assim:

Inês: representa a moça casada Não representa a moça casada. Revejam p.f., fútil,
muito preguiçosa e interesseira, que se casa duas vezes, apenas para se livrar do
tédio da vida de solteira. Não conseguindo casar-se na primeira tentativa, garante-
se na segunda, com o marido ingénuo. Apesar do seu comportamento impróprio,
consegue até mesmo a simpatia do público pela inteligência com que planeja os
seus passos. Atenção ao português do Brasil!!!

A apresentação de Inês está muito incompleta e contém imprecisões. Devem


caracterizar Inês em 3 momentos: solteira, casada em primeiras núpcias e casada
em segundas núpcias. Para além disso, devem fazer referências à obra de modo a
ilustrar as afirmações que fazem.

• Lianor Vaz: é a alcoviteira, mulher na época que arrumava???? casamentos,


revelando que a base da família está corrompida. Conhecida da mãe de Inês, quer
que Inês se case com Pero Marques; aparentemente honesta e desinteressada…;
sensata e boa conselheira…; amiga, mostra-se preocupada com o futuro de Inês...
Muito incompleto. Para além disso, devem fazer referências à obra.

• Mãe: apesar de dar conselhos à filha, acha importante que ela não fique solteira e
torna-se cúmplice das atitudes dela???. Autoritária… defende o casamento de Inês
com Pero Marques… conselheira e preocupada… não aprova a relação da filha
com… resignada, acaba por aceitar a opção de Inês… Muito incompleto e contém
imprecisões. Para além disso, devem fazer referências à obra.

• Pêro Marques: é o marido tonto mas um lavrador abastado. homem rústico,


desconhecedor das regras de convivência social, ignorante e ingénuo; cai no
ridículo pela maneira como se veste e pela maneira de falar e de agir; sofre com a
rejeição e promete não se casar até que Inês o aceite; após a morte do Escudeiro,
casa-se com Inês Pereira… Apesar de ser ridicularizado por Inês, ele casa-se com
ela e deixa que ela o maltrate??Como? e que o traia. Muito incompleto. Para além
disso, devem fazer referências à obra.

• Escudeiro (Como se chama?): Preocupado em encontrar uma esposa, finge, e


engana, criando uma imagem de "bom moço" que depois se revela um tirano, e
deixa Inês presa na sua casa mas ele é morto por um mouro. Muito incompleto.
Para além disso, devem fazer referências à obra.

Exemplo da caracterização da personagem Escudeiro: é pobre, mas finge ser rico e


desinteressado; é galanteador, elegante, bem-falante, sabe ler e escrever, sabe
cantar e tocar viola – é «discreto»; é o homem ideal que Inês procura…; é
desonesto, ambicioso e calculista, pensa viver às custas de Inês; casa-se com Inês
e revela-se autoritário e agressivo; parte para a guerra em Marrocos para ser
armado cavaleiro, deixando Inês e o Moço sem dinheiro; é cobarde, pois é morto em
Arzila por um mouro pastor, ao fugir do campo de batalha. Devem fazer referências
à obra que demonstrem cada característica da personagem.
• Latão e Vidal: judeus casamenteiros. procuram o marido ideal para Inês Pereira…
sem escrúpulos e oportunistas… desonestos, falsos, materialistas e astutos... Muito
incompleto. Para além disso, devem fazer referências à obra.

• Ermitão: pede esmola pelas ruas, tem discurso mais amoroso do que religioso, a
paixão frustrada por Inês fê-lo tornar-se ermita, envolve-se amorosamente com
Inês… era o amante de Inês que depois se torna num padre. ERRADO! Muito
incompleto e com imprecisões. Para além disso, devem fazer referências à obra.

• Moço: era um amigo do primeiro marido de Inês, que o ajuda a mentir para se
casar com ela. contribui para a sátira presente na obra ao denunciar o verdadeiro
caráter do seu amo: a pelintrice, as manias de grandeza…; queixa-se da pobreza e
da fome a que o Escudeiro o sujeita; vigia Inês, quando o seu amo parte para
África…; fica triste ao receber a notícia da morte.. ; é despedido por Inês...

• Ermitão: era o amante de Inês que depois se torna num padre.

• Latão e Vidal: judeus casamenteiros.

• Madalena e Maria Onde encontram referência a estas duas personagens na


farsa?!?!?!: Amigas de Inês. Elas são retratadas de forma estereotipada,
representando a superficialidade e futilidade, características da sociedade da época.
MOÇAS E MANCEBOS (Luzia e Fernando): amigos (povo): convidados para a festa
do primeiro casamento de Inês, animam a festa: cantam e bailam.

ATENÇÃO: Precisam de rever e reformular a caracterização das personagens,


porque está muito incompleta e contém imprecisões. Não se esqueçam de mostrar
que as personagens são personagens-tipo. Para além de apresentarem as
personagens, devem ilustrar as suas características com referências a situações /
passagens da obra.

As personagens são utilizadas como instrumentos para transmitir críticas sociais,


explorando características exageradas para criar uma sátira que visa entreter e, ao
mesmo tempo, refletir sobre a moral e os valores da sociedade renascentista em
Portugal. (maria)

RELAÇÕES ENTRE AS PERSONAGENS (guida)

As relações entre as personagens desempenham um papel crucial na construção da


trama e na crítica social.

● Inês Pereira e a mãe: A relação entre mãe e filha destaca a tentativa da mãe
em garantir um casamento vantajoso para Inês. Essa situação revela a
pressão social e as expectativas em relação ao papel da mulher na
sociedade. Explicar relação de autoritarismo, hierarquia. Conflito
intergeracional.

● Inês Pereira e o Escudeiro: O Escudeiro é a personagem que tenta


conquistar Inês, adicionando uma camada!?!?! de humor e crítica às atitudes
masculinas da época. Explicar relação de autoritarismo, violência,
prepotência. Desigualdade de sentimentos amorosos.

● Inês Pereira e Pêro Marques: Pêro Marques é o pretendente de Inês, e a


relação deles destaca a superficialidade nas relações amorosas e a falta de
profundidade nas escolhas matrimoniais. Explicar relação de
amor vs. desprezo/desinteresse e a desigualdade de sentimentos amorosos.

● Inês Pereira e as suas amigas Madalena e Maria Onde encontram


referência a estas duas personagens na farsa?!?!?! : As amigas de Inês
representam a futilidade e a falta de ambição intelectual, contribuindo para a
crítica social sobre a educação e os valores femininos.?!?!?!

● Inês Pereira e Lionor Vaz: Lianor Vaz, uma personagem secundária, é


apresentada como uma mulher sábia, contrastando com a falta de interesse
de Inês pela aprendizagem.

● Inês Pereira e o Escudeiro: O Escudeiro é o personagem que tenta


conquistar Inês, adicionando uma camada de humor e crítica às atitudes
masculinas da época.

● Ermitão: O Ermitão interage com Inês Pereira, servindo como um elemento


simbólico que critica a falta de espiritualidade e valores mais elevados na
sociedade.

● Latão e Vidal: A relação entre Inês e estas personagens serve como


elemento de piada!?!?! na peça. Latão e Vidal são, muitas vezes,
instrumentos para expor a preguiça e a falta de ambição de Inês de uma
maneira humorística.
REPRESENTAÇÃO DO QUOTIDIANO (maria)

A obra é conhecida pela sua apresenta uma representação satírica do quotidiano,


especialmente no que diz respeito à sociedade portuguesa do século XVI. Iremos
apresentar alguns excertos que ilustram essa representação:
● Preguiça e Falta de Ambição: "Ai, que preguiça que eu tenho! Não há-de
ser pior morrer de velha."
Neste excerto, Inês expressa a sua preguiça e falta de ambição, destacando
a crítica de Gil Vicente à falta de interesse na busca de conhecimento.
● Superficialidade nas Relações Amorosas: "Casei com uma mulher que foi
moça seis meses, e, no sétimo, mandou-me comprar capa."
A futilidade nas relações matrimoniais é ironicamente abordada, criticando a
superficialidade das preocupações com a aparência.
● A Sátira à Educação Feminina: "Foi-se lamber de livro a Santa Clara."
Aqui, a referência a Santa Clara destaca a sátira à busca superficial de
conhecimento por parte das mulheres da época.
● Interferência Maternal na Escolha do Cônjuge/Esposo: "Tenho razão; filha
minha, filha que há de ser boa moça."
● A mãe de Inês Pereira reflete a mentalidade da época, intervindo na vida da
filha em busca de um casamento vantajoso.

Esses excertos exemplificam a abordagem satírica de Gil Vicente, revelando a sua


crítica à preguiça, superficialidade e valores sociais da sociedade portuguesa
renascentista por meio de personagens e situações do quotidiano. (maria)

A informação anterior ilustra a crítica presente na farsa e não as situações do


quotidiano. Apresento-vos exemplos que espelham o modo de vida quotidiano da
sociedade da época, num tempo em que se vivia uma transição entre a Idade Média
e o Renascimento:
- a prática religiosa (ida à missa);
- o hábito de recorrer a casamenteiros (Lianor Vaz e os Judeus);
- a falta de liberdade da rapariga solteira, confinada à casa da mãe e a viver sob o
jugo desta;
- a ocupação da mulher solteira em tarefas domésticas (bordar, coser);
- o casamento como meio de sobrevivência e de fuga à submissão da mãe;
- a tradição da cerimónia do casamento, seguida de banquete;
- a submissão ao marido da mulher casada e o seu «aprisionamento» em casa;
- a inércia da nova burguesia que nada fazia para adquirir mais cultura;
- a decadência da nobreza que procurava enriquecer através do casamento e
buscava o prestígio perdido na luta contra os mouros;
- a devassidão do clero;
- a corrupção moral de mulheres que se deixavam seduzir por elementos do clero;
- o adultério.
Deverão contextualizar estes exemplos com referências à obra.
DIMENSÃO SATÍRICA (maria)
A "Farsa de Inês Pereira" é marcada por uma dimensão satírica, evidenciando-se
em vários elementos da obra:
A sátira constrói-se recorrendo:

1. Caricatura das Personagens: Gil Vicente utiliza personagens padronizadas,


como Inês Pereira, a sua mãe, Pêro Marques e outros, para caricaturar
características específicas da sociedade da época. Essas representações
exageradas servem como veículo para as críticas sociais.

2. Diálogos Irônicos e Humorísticos: Os diálogos entre as personagens são


usados em tom de ironia e humor, destacando a visão crítica do autor sobre a
preguiça, superficialidade nas relações e a falta de ambição. Atenção ao
português do Brasil!!!
Sátira à Educação Feminina: A busca superficial de Inês Pereira pelo
conhecimento é satirizada, refletindo a crítica à educação das mulheres na
sociedade renascentista.
Crítica aos Valores Sociais e Matrimoniais: A peça satiriza a ênfase excessiva
em casamentos vantajosos e as prioridades sociais da época, questionando
valores tradicionais.

3. Personagens-tipo: Quase todas as personagens representam grupos sociais,


o que dá profundidade à crítica social. Explicar…

4. Comicidade: o cómico de situação, de carácter e de linguagem) -


«ridendo castigat mores» (a rir se corrigem os costumes). Explicar…

Assiste-se à crítica dos vícios e dos costumes de todas as classes da sociedade


portuguesa da primeira metade do século XVI :
- as jovens casadoiras.
- os alcoviteiros
- as figuras religiosas
- os rústicos
- os Escudeiros
Explicar…

CONCLUSÃO (maria)
Resumindo, ao analisar a "Farsa de Inês Pereira", exploramos a sociedade
portuguesa do século XVI, durante o Renascimento. Olhamos para as personagens,
especialmente Inês Pereira, para entender as regras da sociedade naquela época.
As relações entre as personagens mostram como as pessoas se relacionavam, e a
maneira como o dia a dia é retratado na peça que dá uma visão detalhada da vida
na Renascença. (maria)
A parte engraçada e crítica da obra, chamada de dimensão satírica, questiona as
regras vigentes, mostrando que as críticas são válidas ao longo do tempo. Assim, a
"Farsa de Inês Pereira" não só é importante na literatura portuguesa, mas também é
como um espelho que reflete as complexidades humanas ao longo dos séculos.
(guida)

Mote da farsa «mais quero asno que me leve, que cavalo que me derrube.»: XXX
representa o papel de «cavalo», elegante e valente (supostamente) e XXX
representa o papel de «asno» que leva literalmente a mulher às costas para
«visitar» o Ermitão.
Gil Vicente captou e expôs os problemas que deformavam a sociedade, desde a
nobreza ao povo, e criticou-os - função pedagógica e moralizadora das suas obras
em geral e desta em particular: corrigir a ação da sociedade.

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