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PORTEFÓL

IO DE
PORTUGUÊS
11ºVE

Disciplina de Português

Professora Isabel Oliveira

Ana Ribeiro nº2


Módulo 2

Biografia de Gil Vicente


Gil Vicente foi um dramaturgo e poeta português, nasceu em Guimarães,
Portugal no ano de 1465. Gil Vicente o maior representante da literatura
renascentista de Portugal antes de Camões, criador de vários autos é
considerado o fundador do teatro em Portugal. Por falta de documentos, muitos
fatos de sua vida são cercados de dúvidas.
Sabe-se que sua atividade de dramaturgo foi desenvolvida em torno da corte
portuguesa. A obra mais conhecida de Gil Vicente é “A Farsa de Inês Pereira”.
Ele estudou na Universidade de Salamanca, na Espanha, trabalhou na corte
portuguesa organizando eventos palacianos.
Em 1511 foi nomeado vassalo do rei de Portugal, foi casado com Melícia
Rodrigues e com ela teve uma filha chamada Paula Vicente. Porém a sua
primeira esposa foi Guiomar Tavares, Gil Vicente morreu em 1536.

referência biográfica:
https://www.ebiografia.com/gil_vicente/

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Personagens da Farsa de Inês Pereira
A mãe: A mãe é prudente, conselheira, confiante, atenta à realidade e
interesseira. O autor critica-as pelo facto de serem materialistas, querendo
apenas o casamento das suas filhas pele estabilidade económica. Manifesta a
sua discordância em relação ao casamento com o Escudeiro.

Inês Pereira: Inês é uma rapariga solteira, preguiçosa, leviana e sonhadora,


representa jovens da baixa burguesia ambiciosas e materialistas que usam o
casamento pra subir socialmente. Para ela o casamento representa a liberdade,
Inês julga os pretendentes pela aparência, mas a vida irá mostrar-lhe que a
aparência pode ser enganadora, ela vai tornar-se uma mulher desiludida e
calculista.

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Pero Marques: Pero Marques é uma personagem rústica, ridicularizada e
rejeitada por Inês. Representa os maridos ingénuos que se deixam enganar pelas
suas mulheres e aceitam essa traição. É uma personagem cómica, oriundo de um
espaço rural, cai no ridículo pela forma como fala e como se comporta,
representa, na peça, o papel de “asno”. É, no entanto, um homem rico,
trabalhador, sério, decente e honesto, que se preocupa com a reputação de Inês.

Brás da Mata: O Escudeiro é elegante, galanteador e bem-falante, mas


interesseiro, dissimulado, falso, mentiroso, desleal, preguiçoso, astuto,
arrogante, pelintra e cobarde. É um homem fraco que apenas se mostra cruel
com Inês, a elegância e a “cultura” do escudeiro contrastam com a simplicidade
e ignorância de Pero Marques. Representa, na peça, o papel de “cavalo”.

Lionor Vaz: Lionor Vaz é alcoviteira. Representa os casamentos da sociedade


quinhentista que promovia os casamentos de conveniência por dinheiro. Ajuda
Pero Marques a conquistar Inês Pereira e traz a sua carta de apresentação.
Revela grande experiência de vida e capacidade de persuasão.

Judeus Casamenteiros: Latão e Vidal. A preocupação deles é a de fecharem


negócio, para poderem receber o seu pagamento, aparentemente bajuladores,
criticam com subtileza Inês e o Escudeiro.

referência biográfica:

Estrutura interna https://portuguessec.blogspot.com/2018/01/as-


personagens-da-farsa-de-ines-pereira_13.html

A Farsa de Inês Pereira estrutura-se a partir de


episódios que podem ser organizados da seguinte forma:

● Vida de Inês, ainda solteira, com a mãe;

● Conselhos de Lianor Vaz sobre o casamento;

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● Apresentação e entrada de Pero Marques;

● Recusa da proposta de casamento por Inês;

● Anúncio e entrada de um novo pretendente;

● Casamento de Inês com o Escudeiro;

● Desencanto com o casamento;

● Viuvez de Inês Pereira;

● Nova vida de casada com Pero Marques;

● Concretização do desejo de Inês;

Exposição: Desejo de Inês se libertar, pelo casamento.


Conflito: - Proposta e recusa de casamento com Pero Marques.
- Novo pretendente e casamento falhado com o Escudeiro.
-Casamento com Pero Marques.

Desenlace: Concretização do desejo de Inês.

A Dimensão satírica
Na Farsa de Inês Pereira, critica-se:

● a ânsia de uma falsa promoção social (jovens que queriam ascender


socialmente através do casamento) e de um estilo de vida de uma classe
social superior ao que se pertence;
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● os conflitos sociais em potência (originados pelo casamento entre pessoas
de classes sociais diferentes);
● a crise de valores: o adultério; a alcovitice e o casamento por
conveniência; o contraste entre o ser e o parecer (fanfarronice vs.
pelintrice e tirania do Escudeiro); a devassidão do clero;
● a rusticidade pacóvia (representada por Pêro Marques);

A crítica é feita através do riso e do cómico.

referência biográfica:

Módulo 3 https://www.studocu.com/pt/document/ensino-
secundario-portugal/portugues/farsa-de-ines-
pereira/9595380

Biografia de Camões
Luís de Camões (1524-1580) foi um poeta português. Autor do poema
Os Lusíadas, uma das obras mais importantes da literatura portuguesa,
que celebra os feitos marítimos e guerreiros de Portugal. É o maior
representante do Classicismo Português. Luís Vaz de Camões nasceu
em Lisboa, Portugal, por volta de 1524.
Em 1569, Camões resolve voltar para Portugal e embarca na nau Santa
Fé, levando consigo um escravo, que lhe acompanhou até seus últimos
dias. Chega a Cascais em 7 de abril de 1570. Depois de 16 anos,
estava de volta à sua pátria. Em 1572, publicou seu poema Os
Lusíadas. Que celebra os feitos marítimos e guerreiros de Portugal.
Camões faz do navegador uma espécie de símbolo da coletividade
lusitana e exalta a glória das conquistas, os novos reinos formados e o
ideal de expansão da fé católica pelo mundo. O poema é composto de
dez cantos, cada canto é formado por estrofes de oito versos. Com o
sucesso, Camões recebe do rei D. Sebastião uma pensão anual, que
mesmo assim não o livrou da extrema pobreza em que vivia.
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Uma estrofe do canto III de Lúsiadas

Tu, só tu, puro amor, com força crua,


Que os corações humanos tanto obriga,
Deste causa a molesta morte sua,
Como se fora pérfida inimiga.
Se dizem, fero Amor, que a sede tua
Nem com lágrimas tristes se mitiga,
É porque queres, áspero e tirano,
referência biográfica:
Tuas aras banhar em sangue humano. https://mundoeducacao.uol.com.br/literatura/luis-
vaz-de-camoes.htm

referência biográfica:
https://www.ebiografia.com/luis_camoes/

Humanismo, Classicismo e Renascimento


Humanismo
Dá-se o nome de Humanismo ao conjunto de conceções próprias dos
humanistas, ou seja, daqueles intelectuais e artistas que – exaltavam o Homem
como ser pensante, dotado de livre-arbítrio;
➔ fomentavam a investigação livre nos vários domínios da ciência;
➔ criticavam as tradições e as instituições, como a Igreja, combatendo a
Escolástica, que consideravam atrofiadora do desenvolvimento do
espírito;
➔ preconizavam uma educação integral, do corpo, da mente, do espírito
➔ – Mens sana in corpore sano.
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• Os humanistas e os homens do Renascimento desenvolveram a medicina e a
anatomia e aprenderam a conhecer melhor o Universo.
• Os artistas criaram um corpo teórico relativo às conceções artísticas,
designado de Classicismo.

Classicismo e Renascimento
• O Classicismo é o conjunto de princípios ou de regras desenvolvido
pelos artistas renascentistas que procuram imitar os modelos da
Antiguidade Clássica (greco-latinos) e os italianos quatrocentistas
herdeiros das conceções estéticas de Petrarca.
• Esses princípios são os seguintes:
➔ mimese: a necessidade de imitação de modelos, neste caso
greco-latinos e italianos;
➔ intemporalidade do belo;
➔ obediência às regras próprias de cada género literário ou de cada
modalidade;
➔ gosto pela perfeição;
➔ gosto pela clareza e simplicidade;
➔ ideia de equilíbrio;
➔ finalidade moral da literatura, devendo a poesia simultaneamente
provocar prazer espiritual no leitor e ser-lhe útil.
• O Renascimento, porque decorrente do Humanismo, foi uma época
“antropocêntrica”, afastando-se das conceções teocêntricas medievais,
tornando-se o ser humano a “medida de todas as coisas”.
• O movimento artístico que chamamos
“Renascimento” nasceu na Itália, em Florença, referência biográfica: Manual de Português 10º ano
nas primeiras décadas do século XV. Nos finais
de 1400, tinha-se espalhado por toda a Itália.
Na primeira metade do século seguinte, quando Roma se sobrepunha a

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Florença como principal centro artístico, tinha alcançado os resultados
mais clássicos.
Características gerais:

● Racionalidade;
● Dignidade do Ser Humano;
● Rigor Científico;
● Ideal Humanista;
● Reutilização das artes greco-romanas.

Lírica Camoniana
Vertente Clássica
Medida Nova
• Sá de Miranda introduz em Portugal a medida nova, ou seja, o
decassílabo, formas fixas, como o soneto, e uma série de subgéneros
líricos, como a elegia ou a écloga.
• A introdução destas novidades “representava o abraçar dos ideais do
humanismo, a redescoberta dos Antigos, a cultura do Renascimento,
em suma”.
• Soneto: forma fixa constituída por catorze versos decassilábicos,
distribuídos em duas quadras e dois tercetos. As duas primeiras
apresentam rimas emparelhadas e interpoladas, segundo o esquema
abba/abba; os segundos apresentam maiores possibilidades
combinatórias, destacando-se os esquemas do tipo cde/cde e cdc/dcd.
• No soneto privilegia-se a expressão lírica da experiência vivencial de
um emissor.
• Na produção sonetista camoniana toma-se como tema principal o
Amor, representado nas suas mais diversas formas e manifestações.
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Medida nova: O amor petrarquista, o amor carnal, o destino, a
saudade, os erros e o amor, o desconcerto do
mundo, a mudança…
referência biográfica: Manual de Português 10º ano

Vertente Tradicional
Medida Velha
• Poesia lírica tradicional ou poesia em redondilha, existente nos
cancioneiros peninsulares ao longo do século XV e grande parte do
século XVI.
• Medida que se mantém, continuando a ser usada pelos poetas do
século XVI, em alternância com o verso decassilábico.
As composições poéticas denominadas redondilhas apresentam versos
de cinco sílabas métricas (redondilha menor ou pentassílabo) ou sete
sílabas métricas (redondilha maior ou heptassílabo) e podem ter as
seguintes denominações:
➔ vilancete: com mote de dois ou três versos (geralmente
heptassílabos) e uma glosa de uma ou duas estrofes
(normalmente sétimas);
➔ cantiga: com mote de quatro versos e uma glosa de uma ou mais
estrofes (de 8, 9 ou 10 versos);
➔ esparsa: composta por uma única estrofe (de 8 a 10 versos);
➔ trovas ou endechas: sem mote, com uma ou mais estrofes
(quadras ou oitavas).
Medida Velha: o mar, a fonte, coisas de folgar, queixumes do coração,
olhos verdes, futilidades,...
referência biográfica: Manual de Português 10º
ano

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