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Escolas Literárias

Humanismo

⁃ Período de transições
⁃ Século XV
⁃ Quatrocentrismo
⁃ O homem passa a ser a medida de todas as coisas

Contexto histórico
⁃ Renascimento cultural
⁃ Revolução de Avis (trouxe desenvolvimento à Portugal, com a aliança entre
rei e burguesia)
⁃ Expansão Marítima
⁃ Queda do feudalismo e declínio das ideologias da igreja
⁃ Surgimento da impressa

Linha do tempo:

⁃ Trovadorismo (T): idade média - teocentrismo


⁃ Humanismo (H): século XV - teocentrismo - antropocentrismo
⁃ Classicismo (C): renascimento - antropocentrismo

Produções Literárias
⁃ Crônicas
⁃ Poesia
⁃ Teatro

A prosa do humanismo
⁃ Crônicas: relato de fatos passados e com linguagem simples
(conhecimento popular)
⁃ Caráter não regiocêntrico
⁃ Escreveu 2,5 crônicas

Historiografia
⁃ Fernão Lopes
História com narração realista e dinâmica, mas com tratamento estilístico,
linguagem figurada e descritiva
I. Crônica de El-Rei D. Pedro
⁃ Relatos do reinado de D. Pedro, que teme uma grande perda amorosa: Inês
de Castro
⁃ Segundo a concepção da época, tamanho foi seu amor, doentio e obsessivo,
que Inês foi coroada após a morte
II. Crônica de El-Rei D. Fernando
⁃ Relato das aventuras libidinosas da rainha, D. Leonor Teles
⁃ Período de enfraquecimento do reinado
III. Crônicas de El-Rei D. João
⁃ Início da prosperidade do reino
⁃ Relatos dos avanços proporcionadas pela figura de D. João
⁃ Crônicas terminadas por Gomes Eanes de Zurara

A Poesia Palaciana
⁃ Influenciada pelas cantigas de amor (trovadorismo)
⁃ A poesia se desliga da música
⁃ Desaparece o eu-lírico feminino
⁃ Idioma: predominante a língua portuguesa
⁃ Uso de metáforas
⁃ Mais sofisticada (daí o nome: de palácios)
✽ Tema central: O eu-lírico masculino declara seu amor à mulher amada
✽ Poesia - compilada no Cancioneiro Geral de Garcia de Resende

O Teatro de Gil Vicente


⁃ Postura teocêntrica e de caráter moralizante
⁃ Teatro de moralidade
⁃ Peças em versos redondilhos
⁃ Personagens- tipo (alegóricos/ estereótipos/ coletivizados)
⁃ Peças sacras e satíricas
⁃ Não respeitou a lei das três unidades de Aristóteles: tempo; lugar; ação.
⁃ Todo auto tem:
• Moralidade religiosa
• Céu x Inferno
• Deus x Diabo
• Sarnação x Condenação
• Preocupação espiritual
⁃ Toda farsa tem:
• Moralidade terrana
• Terra (vida): como local de pagamento de tributos

Auto da Barca do Inferno


⁃ No leito de um rio, há duas barcas
• Anjo (céu)
• Diabo (inferno)
⁃ Quadros independentes |
⁃ Cenas descontínuas ➤ Análago a Vidas Secas
⁃ Caráter Fragmentado |
✽ Caráter moralista

Personagens
⁃ Fidalgo: simboliza a nobreza (inferno)
⁃ Onzeneiro: simboliza a agiotagem/ exploração (inferno)
✽ Leva uma sacola de dinheiro, mas vazia - para dizer que da vida nós não
levamos nada
⁃ Frade e uma moça (prostituta): simbolizam a degradação do clero - cristão
(inferno)
⁃ Joane, o Parvo: simboliza os humildes (céu)
⁃ Sapateiro: simboliza o comércio e o falso moralismo cristão (inferno)
⁃ Brísilda Vaz, Alcoviteira: simboliza a luxúria e a prostituição (inferno)
⁃ Judeu e seu bode: simbolizam o anti-cristianismo (inferno)
⁃ Corregedor e Procurador: simbolizam a justiça (inferno)
⁃ Enforcado: simboliza os suicidas
⁃ Quatro Cavaleiros: simbolizam a fé (céu)
✽ Morreram nas cruzadas, vai direto para a barca do céu

O Velho da Horta
⁃ Farsa (“aqui se faz, aqui se paga”)
• História de um velho que se apaixona por uma moça. Então, ele gasta
dinheiro com uma alcoviteira, que o trapaceia, fazendo o velho sofrer por
suas más intenções, uma vez que a mulher era casada com outro homem.

A Farsa de Inês Pereira


⁃ Mote (assunto): “Mais vale um asno que me carregue do que um cavalo que
me derrube!”
• Inês Pereira era uma jovem confinada aos serviços domésticos que decide
se casar, mas quer se casar com um homem belo
• Então, a alcoviteira, Lianor Vaz, arranja Pero Marques para Inês Pereira,
mas ele não correspondia as expectativas estéticas de Inês. No entanto,
por ele ser rico, ela se mostra interessada, porém após certo tempo, ela
desiste.
• Em seguida, Inês se casa com o Brás da Mata, que primeiramente se
mostra encantador, mas passa a ser violento com ela. 2 anos depois, Brás
da Mata morre e então Inês volta a se interessar por Pero Marques
• Ela comete um adultério, mas ele continua com ela, sustentando-a pelo
resto da vida
⁃ Critica o casamento por interesse e a falsa moralidade cristã
⁃ Inês é símbolo dos deslizes morais da época e a predisposição ao adultério.
Sociedade de interesses.

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