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O feudalismo;
As cruzadas;
Monopólio clerical;
Teocentrismo;
Geocentrismo;
A vida palaciana;
Relação de vassalagem.
CARACTERÍSTICAS GERAIS
Galego-português
Amor cortês;
Mesura;
Amor platônico;
Vassalagem amorosa;
GÊNEROS
Lírico
Cantiga de amigo
Cantiga de amor
Satírico
Cantigas de
escárnio
Cantigas de
maldizer
CANTIGA DE AMOR
mulher amada;
Mulher idealizada;
Contemplação platônica;
Vassalagem amorosa;
Amor cortês;
Estribilho ou refrão
CANTIGA DE AMIGO
Eu - lírico feminino
Mulher do povo;
Sensualismo;
paralelismo
CANTIGA DE ESCÁRNIO
Referências indiretas;
Ironia;
Ambiguidade;
pessoa satirizada;
CANTIGA DE MALDIZER
Sátira direta
Maledicência;
Erotismo;
Citação nominal
A cantiga de amor
Cantiga de amigo
ai Deus, e u é?
Ai flores, ai flores do verde ramo,
ai Deus, e u é?
ai Deus, e u é?
ai Deus, e u é?"
Cantiga de escárnio
NOVELAS DE CAVALARIA
PROF. IGOR
CARACTERÍSTCAS
Primeiros romances;
Ciclos:
Clássico;
arturiano/bretão;
corolíngio/francês
Fin...Trovadorismo
Daniela Diana Daniela Diana Professora licenciada em Letras
O trovadorismo é um movimento literário que esteve marcado pela produção de cantigas líricas (focadas
em sentimentos e emoções) e satíricas (com críticas diretas ou indiretas).
Considerado o primeiro movimento literário europeu, ele reuniu registros escritos da primeira época da
literatura medieval entre os séculos XI e XIV.
Esse movimento, que ocorreu somente na Europa, teve como principal característica a aproximação da
música e da poesia.
Nessa época, as poesias eram feitas para serem cantadas ao som de instrumentos musicais. Geralmente,
eram acompanhadas por flauta, viola, alaúde, e daí o nome “cantigas”.
O autor das cantigas era chamado de “trovador”, enquanto o “jogral” as declamava e o “menestrel”,
além de recitar também tocava os instrumentos. Por isso, o menestrel era considerado superior ao jogral
por ter mais instrução e habilidade artística, pois sabia tocar e cantar.
Todos os manuscritos das cantigas trovadorescas encontradas estão reunidas em documentos chamados
de “cancioneiros”.
Em Portugal, esse movimento teve como marco inicial a Cantiga da Ribeirinha (ou Cantiga de Guarvaia),
escrita pelo trovador Paio Soares da Taveirós, em 1189 ou 1198, pois não se sabe ao certo o ano em que
ela foi produzida.
Escrita em galego-português (língua que se falava na época), a Cantiga da Ribeirinha (ou Cantiga de
Guarvaia) é o registro mais antigo que se tem da produção literária desse momento nas terras
portuguesas.
Embora o trovadorismo tenha surgido na região da Provença (sul da França), ele se espalhou por outros
países da Europa, pois os trovadores provençais eram considerados os melhores da época, e seu estilo
foi imitado em toda a parte.
O trovadorismo teve seu declínio no século XIV, quando começou outro movimento da segunda época
medieval portuguesa: o humanismo.
O trovadorismo teve origem no continente europeu durante a Idade Média, um longo período da
história que esteve marcado por uma sociedade religiosa. Nele, a Igreja Católica dominava inteiramente
a Europa.
Nesse contexto, o teocentrismo (Deus no centro do mundo) prevalecia, cujo homem ocupava um lugar
secundário e estava à mercê dos valores cristãos.
Dessa maneira, a igreja medieval era a instituição social mais importante e a maior representante da fé
cristã. Ela que ditava os valores, influenciando diretamente no comportamento e no pensamento do
homem. Assim, somente as pessoas da Igreja sabiam ler e tinham acesso à educação.
Nesse período, o feudalismo era o sistema econômico, político e social que vigorava. Baseado em
feudos, grandes extensões de terras comandadas pelos nobres, a sociedade era rural e autossuficiente.
Nele, o camponês vivia miseravelmente e a propriedade de terra dava liberdade e poder.
Principais características do Trovadorismo
Produção de cantigas líricas (que evidencia os sentimentos, emoções e percepções do autor) e satíricas
(que tem como objetivo criticar ou ridicularizar algo ou alguém);
O trovadorismo português teve seu apogeu nos séculos XII e XIII, entrando em declínio no século XIV.
O ano de 1189 (ou 1198) é considerado o marco inicial da literatura portuguesa e do movimento do
trovadorismo.
Essa é a data provável da primeira composição literária conhecida “Cantiga da Ribeirinha” ou “Cantiga de
Guarvaia”. Ela foi escrita pelo trovador Paio Soares da Taveirós e dedicada a dona Maria Pais Ribeiro.
Na Península Ibérica, o centro irradiador do Trovadorismo aconteceu na região que compreende o norte
de Portugal e a Galícia.
Desde o século XI, a Catedral de Santiago de Compostela, centro de peregrinação religiosa, atraía
multidões. Ali, as cantigas trovadorescas eram cantadas em galego-português, língua falada na região.
Embora os textos em prosa tenham sido explorados no trovadorismo (novelas de cavalaria, nobiliários,
hagiografias e cronicões), foi na poesia que esse movimento se destacou.
Assim, temos as poesias líricas trovadorescas, que incluem as cantigas de amor e de amigo, e as poesias
satíricas, que reúnem as cantigas de escárnio e maldizer.
O rei D. Dinis (1261-1325) foi um grande incentivador que prestigiou a produção poética em sua corte.
Foi ele próprio um dos mais talentosos trovadores medievais com uma produção de 140 cantigas líricas e
satíricas.
Além dele, outros trovadores que obtiverem grande destaque em Portugal foram:
Martim Codax
Aires Teles
As cantigas do Trovadorismo
Cantigas de amor
Originárias da região de Provença, na França, apresenta uma expressão poética sutil e bem elaborada.
Os sentimentos são expressos com mais profundidade, sendo que o tema mais frequente é o sofrimento
amoroso.
Tradução
Cantigas de amigo
Originárias da Península Ibérica, as cantigas de amigo constituem a manifestação mais antiga e original
do lirismo português.
Nelas, o trovador procura traduzir os sentimentos femininos, falando como se fosse uma mulher. Nessa
época, a palavra “amigo” significava “namorado” ou “amante”.
E vou namorada...
E vou namorada...
E vou namorada...
E vou namorada...
E vou namorada...
E vou namorada...
Esses tipos de cantigas são satíricas e irreverentes, as quais reuniam versos que criticavam a sociedade,
os costumes e ridicularizavam os defeitos humanos.
Cantiga de escárnio “A Dom Foam quer'eu gram mal” de João Garcia de Guilhade
Quero-me já maenfestar,
quero-[o] já maenfestar.
De parecer e de falar
Os cancioneiros do Trovadorismo
Os Cancioneiros são coletâneas de manuscritos das cantigas trovadorescas que foram produzidas em
galego-português na primeira época medieval (a partir do século XI).
Eles reúnem cantigas de amor, de amigo, de escárnio e de maldizer, e que foram escritas por diversos
autores.
Estes são os únicos documentos que restaram para o conhecimento das obras do Trovadorismo e, hoje
em dia, podemos encontrá-los em bibliotecas da cidade de Lisboa e do Vaticano.
Cancioneiro da Ajuda: constituído de 310 cantigas, esse cancioneiro se encontra na Biblioteca do Palácio
da Ajuda, em Lisboa, originado provavelmente no século XIII.
Cancioneiro da Biblioteca Nacional de Lisboa: conhecido também pelo nome em italiano, “Cancioneiro
Colocci-Brancuti”, esse cancioneiro, composto de 1647 cantigas, foi compilado provavelmente no século
XV.
Teste seus conhecimentos sobre esse tema em: Exercícios sobre trovadorismo
Daniela Diana
Daniela Diana
Licenciada em Letras pela Universidade Estadual Paulista (Unesp) em 2008 e Bacharelada em Produção
Cultural pela Universidade Federal Fluminense (UFF) em 2014. Amante das letras, artes e culturas, desde
2012 trabalha com produção e gestão de conteúdos on-line.
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Características do Trovadorismo
O trovadorismo foi o primeiro movimento literário europeu (séculos XI a XIV) que se caracterizou pela
união da música e da poesia com a produção de cantigas líricas (com foco em sentimentos e emoções) e
satíricas (com críticas diretas ou indiretas).
No trovadorismo, grande parte dos textos eram produzidos para serem cantados e acompanhados de
instrumentos musicais (viola, flauta e alaúde). Isso porque, na Idade Média, a maior parte pessoas não
sabiam ler e escrever.
Sendo assim, as poesias cantadas (cantigas) eram memorizadas e recitadas para os nobres que viviam na
corte e também para pessoas comuns, por exemplo, nos mercados medievais.
Os autores das cantigas, que faziam trovas e rimas, eram conhecidos como “trovadores”, daí o nome do
movimento. De maneira geral, os trovadores eram homens pertencentes à nobreza ou ao Clero.
Além dele, haviam os “jograis” e os “menestréis”. Os jograis eram os responsáveis por memorizar as
cantigas e recitá-las em locais públicos. Os menestréis também memorizavam as cantigas, mas, além
disso, tocava os instrumentos musicais.
O trovadorismo se destacou com a produção de poesias líricas (cantigas de amor e amigo) e poesias
satíricas (cantigas de escárnio e maldizer).
A poesia lírica explora os sentimentos e emoções do autor e, por isso, são escritas em primeira pessoa
(eu). Nas cantigas de amor, o eu lírico (a voz da poesia) é masculino e o tema mais explorado é o
sofrimento amoroso. Já na cantiga de amigo, o eu lírico é feminino e o tema mais frequente é a saudade
e o lamento amoroso da dama que sofre com a ausência do amado.
Já a poesia satírica critica diversos aspectos da sociedade da época, além de ridicularizar as pessoas. As
cantigas de escárnio fazem críticas indiretas, enquanto as cantigas de maldizer produzem críticas diretas
através de uma linguagem mais grosseira.
Uma forte característica explorada nas cantigas de amor do trovadorismo é o amor cortês e a vassalagem
amorosa. Juntos, esses conceitos representam a submissão e fidelidade amorosa do homem diante de
sua amada. Esse sentimento é expresso pela promessa de honrar e servir a dama com humildade e
paciência.
Nesse sentido, a mulher é idealizada, inatingível e considerada o ser mais belo e puro. No amor cortês,
os homens idealizam as mulheres da corte que eram casadas e, por isso, trata-se de um amor adúltero e
incapaz de se realizar.
Embora o trovadorismo tenha se popularizado e se destacado na produção poética, ele reuniu também
diversos textos em prosa, como as novelas de cavalaria, as hagiografias, os cronicões e os nobiliários.
As novelas de cavalaria são textos narrativos que relatam grandes feitos e aventuras fantásticas de heróis
e cavaleiros medievais que enfrentavam batalhas e monstros.
As hagiografias são textos narrativos e biográficos de valor histórico-religioso que retratam a vida dos
santos e os milagres realizados. Os cronicoes são crônicas de valor histórico que, de maneira cronológica,
reúnem textos de acontecimentos reais ou fictícios relacionados com o contexto medieval.
Já os nobiliários, também conhecidos como livros de linhagem, são textos que apresentam as árvores
genealógicas das famílias dos nobres medievais.
No trovadorismo, os textos teatrais também foram explorados e está composto de mistérios, milagres,
moralidades, autos e sotties. No teatro medieval, esses textos eram dramatizados e apresentados ao
público das cortes ou mesmo nos ambientes mais populares como as feiras e os mercados medievais.
De caráter religioso estavam os mistérios e os milagres. Os mistérios eram encenações sobre a vida de
Jesus Cristo, enquanto os milagres representavam as vidas de santos e os milagres realizados por eles.
Com teor didático estavam as moralidades, que além de ensinar alertavam sobre alguns aspectos morais
da vida em sociedade.
Com conteúdo mais satírico e profano estão reunidos os autos e os sotties. Os autos eram peças curtas e
cômicas que ridicularizavam pessoas. Os sotties também possuíam um teor crítico e satirizante, mas
diferente dos autos, tinham um personagem bobo que fazia o papel cômico.
As cantigas foram a principal manifestação literária do trovadorismo. Produzidas pelos trovadores, elas
eram recitadas e acompanhadas de instrumentos musicais.
Dessa forma, eram cantados em coro, sobretudo nos ambientes aristocráticos da corte.
eu lírico é masculino
leda m'and'eu.
leda m'and'eu.
leda m'and'eu.
leda m'and'eu.
leda m'and'eu.
leda m'and'eu.
leda m'and'eu.
poesias satíricas
críticas indiretas
poesias satíricas
críticas diretas
Trovadorismo
Cantigas Trovadorescas
A Linguagem do Trovadorismo
Daniela Diana
Daniela Diana
Licenciada em Letras pela Universidade Estadual Paulista (Unesp) em 2008 e Bacharelada em Produção
Cultural pela Universidade Federal Fluminense (UFF) em 2014. Amante das letras, artes e culturas, desde
2012 trabalha com produção e gestão de conteúdos on-line.
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