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Irastoteles

História da música

 É estuda das origens e evolução da música ao longo do tempo. Como disciplina histórica insere-


se na história da arte e no estudo da evolução cultural dos povos. Como disciplina musical,
normalmente é uma divisão da musicologia e da teoria musical. Seu estudo, como qualquer área
da história, é trabalho dos historiadores, porém também é frequentemente realizado pelos
musicólogos.´

O objetivo do estudo da história da música

Se considerarmos o termo em sua maior abrangência, a história da música envolve ao menos:

 As origens culturais da música em cada grupo humano estudado.


 As influências culturais e sociais que a música exerce e sofre ao longo de seu
desenvolvimento.
 A origem e evolução de seus sistemas musicais característicos (que envolvem suas
estruturas rítmicas, melódicas eharmônicas).
 O desenvolvimento das formas musicais e dos gêneros e estilos.
 A história dos instrumentos musicais e técnicas associadas à sua execução.
 A influência mútua entre a música e os demais movimentos culturais.
 A origem e evolução dos sistemas teóricos utilizados para estudá-la, incluindo sistemas
de notação e análise musical.
 As principais personalidades envolvidas na sua evolução. Os compositores e músicos que
marcaram cada período ou gênero específico ou que impulsionaram o desenvolvimento de
novas formas, estilos e gêneros.
 A cronologia de todos estes temas.

Os métodos usados no estudo da história da música podem incluir a análise


de manuscritos e iconografia, o estudo de textos críticos ou literários, a associação entre música
e linguagem e a relação entre a música e a sociedade. A análise de artefatos arqueológicos e a
documentação etnográfica também são instrumentos úteis a este campo do conhecimento.

A História da música e a etnologia

Uma das razões do conceito difundido de que história da música refere-se apenas à música
ocidental é a grande quantidade de obras existentes que tratam apenas desta vertente e que
predominaram por muitos séculos. Apenas após o surgimento da etnomusicologia (uma área
da etnologia), foi que as origens da música não européia passaram a ser mais bem documentadas.

Nos estudos da música primitiva que tentam relacionar a música às culturas que as envolvem, há
duas abordagens prevalecentes: a Kulturkreis da "Escola de Berlim" e a tradição norte
americana da área cultural. Entre os adeptos da Kulturkreis está Curt Sachs, que analisou a
distribuição de instrumentos culturais de acordo com os círculos culturais estudados por Gräbner,
Schmidt, Isadora e Preuss, entre outros, e descobriu que as distribuições coincidiam e estavam
correlacionadas. De acordo com esta teoria, todas as culturas passam pelos mesmos estágios e as
diferenças culturais indicam a idade e velocidade de desenvolvimento de uma dada cultura.

A teoria da área cultural, por outro lado, analisa a música de acordo com as regiões nas quais as
pessoas compartilham a mesma cultura, sem atribuir a essas áreas um significado ou valor
histórico (por exemplo, todos os Inuit tradicionais possuíam um caiaque, um traço comum que
define a área cultural Inuit). Em cada uma das teorias, as regiões definidas necessariamente se
interceptam, com pessoas que compartilham partes de mais de uma cultura, permitindo a
definição dos centros culturais pela análise de seus limites. (Nettl 1956, p.93-94)

A etnologia analisa e documenta as manifestações culturais oralmente e as correlacionam às suas


regiões para determinar a história de cada cultura. Isso inclui todas as manifestações artísticas,
inclusive a música.

A música na pré história

Somente através do estudo de sítios arqueológicos podemos ter uma ideia do desenvolvimento da
música nos primeiros grupos humanos. Aarte rupestre encontrada em cavernas dá uma vaga ideia
desse desenvolvimento ao apresentar figuras que parecem cantar, dançar ou tocar instrumentos.
Fragmentos do que parecem ser instrumentos musicais oferecem novas pistas para completar
esse cenário. No entanto, toda a cronologia do desenvolvimento musical não pode ser definida
com precisão. É impossível, por exemplo, precisar se a música vocal surgiu antes ou depois das
batidas com bastões ou percussões corporais. Mas podemos especular, a partir dos
desenvolvimentos cognitivos ou da habilidade de manipular materiais, sobre algumas das
possíveis evoluções na música.

Na sua "História Universal da música", Roland de Candé nos propõe a seguinte seqüência


aproximada de eventos:

1. Antropóides do terciário - Batidas com bastões, percussão corporal e objetos


entrechocados.
2. hominídeos do paleolítico inferior - Gritos e imitação de sons da natureza.
3. Paleolítico Médio - Desenvolvimento do controle da altura, intensidade e timbre da voz à
medida que as demais funções cognitivas se desenvolviam, culminando com o
surgimento do Homo sapiens por volta de 70.000 a 50.000 anos atrás.
4. Cerca de 40.000 anos atrás - Criação dos primeiros instrumentos musicais para imitar os
sons da natureza. Desenvolvimento da linguagem falada e do canto.
5. Entre 40.000 anos a aproximadamente 9.000 a.C - Criação de instrumentos mais
controláveis, feitos de pedra, madeira e ossos: xilofones, litofones, tambores de tronco
e flautas. Um dos primeiros testemunhos da arte musical foi encontrado na gruta de Trois
Frères, em Ariège, França. Ela mostra um tocador de flauta ou arco musical. A pintura
foi datada como tendo sido produzida em cerca de 10.000 a.C.
6. Neolítico (a partir de cerca de 9.000 a.C) - Criação de membranofones e cordofones, após
o desenvolvimento de ferramentas. Primeiros instrumentos afináveis.
7. Cerca de 5.000 a.C - Desenvolvimento da metalurgia. Criação de instrumentos de cobre e
bronze permitem a execução mais sofisticada. O estabelecimento de aldeias e o
desenvolvimento de técnicas agrícolas mais produtivas e de uma economia baseada na
divisão do trabalho permitem que uma parcela da população possa se desligar da
atividade de produzir alimentos. Isso leva ao surgimento das primeiras civilizações
musicais com sistemas próprios (escalas e harmonia).
A idade antiga

As primeiras civilizações musicais se estabeleceram principalmente nas regiões férteis ao longo


das margens de rios naÁsia central, como as aldeias no vale do Jordão,
na Mesopotâmia, Índia (vale do Indo atualmente no Paquistão), Egito(Nilo) e China (Huang He).
A iconografia dessas regiões é rica em representações de instrumentos musicais e de práticas
relacionadas à música. Os primeiros textos destes grupos apresentam a música como atividade
ligada à magia, à saúde, àmetafísica e até à política destas civilizações, tendo papel freqüente em
rituais religiosos, festas e guerras. Ascosmogonias de várias destas civilizações possuem eventos
musicais relacionados à criação do mundo e suas mitologias freqüentemente
apresentam divindades ligadas à música.

Tempos posteriores

Da idade antiga em diante, os estilos musicais expandem-se tanto, que torna-se impossível
definir a música universal apenas observando-se uma localidade (como a Europa), sendo
necessária, portanto, uma subdivisão no estudo da história da música por continentes e nações:

Século XX

No século XX houve ganho de popularidade do rádio pelo mundo, e


novas mídias e tecnologias foram desenvolvidas paragravar, capturar, reproduzir e distribuir
música. Com a gravação e distribuição, tornou-se possível aos artistas da música ganhar
rapidamente fama nacional e até internacional. As apresentações tornaram-se cada vez mais
visuais com a transmissão e gravação de vídeos musicais e concertos. Música de todo gênero
tornou-se cada vez mais portátil.

A música do século XX trouxe nova liberdade e maior experimentação com novos gêneros


musicais e formas que desafiaram os dogmas de períodos anteriores. A invenção e disseminação
dos instrumentos musicais eletrônicos e dosintetizador em meados do século revolucionaram
a música popular e aceleraram o desenvolvimento de novas formas de música. Os sons de
diferentes continentes começaram a se fundir de alguma forma.
Referências

 CANDÉ, Roland de (2001). História Universal da música. 2 volumes. São Paulo: Martins
Fontes. ISBN 8533615000
 CARPEAUX, Otto Maria (2001). Livro de Ouro da História da música (Edição revisada e
ampliada de "Uma nova história da música"). Rio de Janeiro: Ediouro. ISBN 8500008776
 NETTL, Bruno (1956). Music in Primitive Culture. Harvard University Press.
 WELLESZ, Egon, ed. (1957). New Oxford History of Music, Vol. 1: Ancient and Oriental
Music.
 WISNIK, José Miguel (1999). O Som e o Sentido. São Paulo: Cia das Letras. ISBN
8571640424

História da arte é a história de qualquer atividade ou produto realizado pelo Homem com
propósito estético ou comunicativo, enquanto expressão de ideias, emoções ou formas de ver o
mundo. Ao longo do tempo, as artes visuais têm sido classificadas de várias formas diferentes,
desde a distinção medieval entre as artes liberais e as artes mecânicas, até à distinção moderna
entre belas artes e artes aplicadas, ou às várias definições contemporâneas, que definem arte
como a manifestação da criatividade humana. O alargamento da lista das principais artes durante
o século XX definiu nove: arquitetura, dança, escultura, música, pintura, poesia (aqui definida
em sentido lato como forma de literatura com um propósito ou função estética, o que inclui
também o teatro e a narrativa literária), o cinema, a fotografia e a banda desenhada. Quando
considerada a sobreposição de termos entre as artes plásticas e as artes visuais, inclui-se também
o design e as artes gráficas. Para além das formas tradicionais de expressão artística, como a
moda ou a gastronomia, estão a ser considerados como arte novos meios de expressão, como o
vídeo, arte digital, performance, a publicidade, a animação, a televisão e os jogos de computador.

A "história da arte" é uma ciência multidisciplinar que procura estudar de modo objetivo a arte
através do tempo, classificando as diferentes formas de cultura, estabelecendo a sua periodização
e salientando as características artísticas distintivas e influentes. O estudo da história da arte teve
início durante o Renascimento, ainda que limitado à produção artística da civilização ocidental.
No entanto, ao longo do tempo foi-se impondo uma visão alargada da história artística,
procurando-se compreender e analisar a produção artística de todas as civilizações sob a
perspectiva dos seus próprios valores culturais.

Hoje em dia, a arte desfruta de uma ampla rede de estudo, difusão e preservação de todo o legado
artístico da humanidade ao longo da História. Durante o século XX assistiu-se à proliferação de
instituições, fundações, museus, e galerias, tanto no sector público como privado, dedicados à
análise e catalogação de obras de arte e exposições destinadas ao público em geral. A evolução
dos média foi crucial para o desenvolvimento e difusão da arte. Os eventos internacionais, como
as bienais de Veneza ou de São Paulo ou a Documenta contribuíram bastante para a formação de
novos estilos e tendências. Os prémios, como o Prémio Turner, o Prémio Wolf de Artes, o
Prémio Pritzker de arquitetura, o Prémio Pulitzer de fotografia ou os Óscares do cinema
promovem também as melhoras obras criativas a nível internacional. As instituições como a
UNESCO, através da criação de listas do Património Mundial, apoiam também a conservação
dos mais significativos monumentos mundiais.

Os primeiros artefactos tangíveis que podem ser considerados arte aparecem na Idade da Pedra
(Paleolítico superior, Mesolítico e neolítico). Durante o Paleolítico (25 000-8000 a.C.) o Homem
era ainda caçador-coletor, habitando cavernas que viriam a ser os primeiros suportes de arte
rupestre.1 Após o período de transição do Mesolítico, é durante o Neolítico (6000-3000 a.C.) que
o Homem se sedentariza e inicia a prática da agricultura. À medida que as sociedades se tornam
cada vez mais complexas e a religião ganha importância, tem início a produção de artesanato.
Durante a Idade do Bronze (c. 3000-1000 a.C.), têm início as primeiras civilizações proto-
históricas.

As primeiras manifestações artísticas durante o Paleolítico dão-se por volta de 25.000 a.C.,
atingindo o auge na época da Cultura Magdaleniana (c. 15000-8000 a.C). Os primeiros vestígios
de objectos produzidos pelo Homem foram encontrados na África meridional, no Mediterrâneo
ocidental, na Europa Central e de Leste (no mar Adriático), na Sibéria (Lago Baical), Índia e
Austrália. Estes primeiros vestígios são geralmente ferramentas em pedra (sílex e obsidiana),
madeira ou osso. Na pintura era usado óxido de ferro para obter vermelho, dióxido de manganés
para obter preto e argila para obter o ocre.2 A arte deste período que sobreviveu até aos nossos
dias é composta sobretudo por pequenos entalhes em pedra e osso ou arte rupestre, esta última
forma presente sobretudo na região cantábrica e no sudoeste de França, como nas cavernas de
Altamira ou Lascaux. As pinturas são de carácter fundamentalmente religioso e mágico ou
representações naturalistas de animais. Os trabalhos de escultura são representados pelas
estatuetas de vénus como a Vénus de Willendorf, figuras femininas provavelmente usadas em
cultos de fertilidade.3

Neolítico

O Neolítico representa uma alteração profunda para o Homem, que se sedentariza e inicia a
prática da agricultura e pastorícia, ao mesmo tempo que se desenvolve a religião e formas
complexas de interacção social.4 Nos sítios de arte rupestre da bacia mediterrânica da península
Ibérica, assim como no norte de África e na região do actual Zimbabué, foram encontrados
várias representações esquemáticas figurativas, em que o homem é representado através de uma
cruz e a mulher através de uma forma triangular. Entre os artefactos de arte móvel, um dos
exemplos mais notável é a cultura da cerâmica cardial, decorada com gravuras de conchas. São
utilizados novos materiais, como o âmbar, quartzo e o jaspe. Durante este período podem ainda
ser observados os primeiros sinais de planimetria urbana, como nos vestígios de Tell as-Sultan,
Jarmo e Çatalhüyük.5

Idade dos metais

O último período pré-histórico é a Idade dos Metais, durante a qual as sociedades dão início à
produção, transformação e o trabalho de elementos como o cobre, bronze e ferro. Durante o
calcolítico surge a cultura megalítica, notável pelos monumentos de pedra ((dólmens, menires e
cromeleques) como Stonehenge).6 Na Península Ibérica surgem as culturas de Los Millares e do
vaso campaniforme, caracterizadas pelas figuras humanas com olhos de grande dimensão. São
também notáveis os templos megalíticos de Malta. As culturas megalíticas das Ilhas Baleares
apresentam monutentos característicos, como a naveta, um túmulo com a forma de uma pirâmide
truncada e câmara funerária alingada; a taula e o talayot.

Durante a Idade do Ferro, as culturas de Hallstatt (Áustria) e La Tène (Suiça) marcam as fases
mais significativas na Europa. A cultura de Hallstatt desenvolveu-se entre os séculos V e IV a.C.
A cerâmica era policromática, com decorações geométricas e apliques de ornamentos metálicos.
La Tène desenvolveu-se no mesmo período, sendo também conhecida como Arte celta primitiva.
A produção artística focou-se sobretudo em objectos de ferro, como espadas e lanças, e em
bronze, como nos escudos profusamente decorados e em fíbulas, ao longo de diversos estágios
evolutivos do estilo (La Tène I, II e III). A decoração foi influenciada pela arte Grega, Estrusca e
Cita.

Arte Antiga

Arte antiga, ou arte da antiguidade, designa as criações artísticas do primeiro período da História
que se inicia com a invenção da escrita, e durante o qual aparecem as primeiras grandes cidades
nas margens dos rios Nilo, Tigre, Eufrates, Indo e Amarelo e se destacam as grandes civilizações
do Médio Oriente (Egípcia e Mesopotâmica). Ao contrário de períodos anteriores, as
manifestações artísticas ocorreram em todas as culturas de todos os continentes.

Um dos maiores progressos deste período foi a invenção da escrita, criada sobretudo a partir da
necessidade de manter registos de natureza económica e comercial. A primeira forma de escrita
foi a cuneiforme, surgida na Mesopotâmia por volta de 3500 a.C., baseada em elementos
pictográficos e ideográficos e registada em suportes de argila. Os sumérios desenvolveriam mais
tarde a escrita com sílabas, enquanto que a escrita Egípcia recorria a hieróglifos. A língua
hebraica foi uma das primeiras a utilizar um alfabeto, que atribui um símbolo a cada fonema.

Mesopotâmia

A arte mesopotâmica surgiu na região entre os rios Tigre e Eufrates, no que é actualmente a Síria
e o Iraque, território onde a partir do século IV a.C. coexistiram várias culturas, entre as quais a
Suméria, o Império Acádio, os Amoritas e os Caldeus. A arquitetura mesopotâmica caracterizou-
se pelo uso de tijolo, lintéis e pela introdução de elementos construtivos como o arco e a
abóbada. São particularmente notáveis os zigurates, templos de grandes dimensões no formato de
pirâmide de degraus, dos quais praticamente não restam vestígios para além das suas bases. O
túmulo era geralmente um corredor, com a câmara funerária coberta por falsa cúpula.

As principais técnicas escultóricas eram os entalhes e relevos. As peças abordavam temas


religiosos, militares e de caça, sendo representadas figuras animais e humanas, reais ou
mitológicas. Durante o período sumério eram comuns as estatuetas de formas angulares, em
pedra colorida, sem cabelo e de mãos no peito. Durante o período Acádio as figuras
apresentavam cabelos e barba longos, como na estela de Naram-Sin. Do período Amorita, é
notável a estatueta do rei Gudea, enquanto o objecto mais notável do domínio babilónico é a
estela de Hamurabi. Na escultura assíria é assinalável o antropomorfismo do gado e o motivo
recorrente do génio alado, observado em inúmeros relevos com cenas de guerra e de caça, como
no Obelisco Negro.

Com a introdução da escrita surge também a literatura enquanto forma de expressão da


criatividade humana. Entre as mais significativas obras de literatura suméria estão a Epopeia de
Gilgamesh, escrita no século XVII a.C e na qual são narrados trinta mitos acerca das mais
importantes divindades sumérias e acádias, ou o poema moral e didático Lugal ud melambi
Nirpal'. No período Acádio a obra mais relevante é a Epoipeia de Atrahasis na qual se narra o
mito do Dilúvio. A obra mais notável de literatura babilónica é o poema Enuma Elish, que
descreve a criação do mundo.

A música surge na região entre o 3º e 4º milénios a.C., usada nos templos sumérios onde os
sacerdotes entoavam hinos e salmos (ersemma) aos deuses. O canto litúrgico era composto em
responsórios – alternando entre os sacerdotes e o coro – e antífonas – alternando entre dois coros.
Entre os instrumentos mais utilizados estão o tigi (flauta), balag (tambor), lilis (antecessor do
tímpano), algar (lira), zagsal (harpa) e adapa (pandeiro).

Egito

Arte do Antigo Egito

É no Antigo Egito que surge uma das primeiras grandes civilizações, com obras de arte
elaboradas e complexas, e durante a qual ocorre a especialização profissional do artista. A arte
egípcia era intensamente religiosa e simbólica, com uma estrutura de poder centralizada e
hierárquica, e na qual se deva especial importância ao conceito religioso de imortalidade,
sobretudo do faraó, para o qual se erguiam monumentos colossais. A arte egípcia abrange o
período entre 3000 a.C e a conquista do Egito por Alexandre, o Grande. No entanto, a sua
influência perdurou até à arte copta e bizantina.
A Arquitetura do Antigo Egito caracteriza-se pela sua monumentalidade, conseguida através do
uso de blocos de pedra de grandes dimensões, lintéis e colunas sólidas. O elemento mais notável
são os monumentos funerários, agrupados em três tipos principais: as mastabas, túmulos de
forma rectangular; as pirâmides, de faces regulares ou em escada; e os hipogeus, túmulos
subterrâneos. Os outros edifícios de grande dimensão são os templos, complexos monumentais
antecedidos por uma avenida de esfinges e obeliscos, à qual se sucedem dois pilones
trapezoidais, o hipostilo e finalmente o santuário.

A pintura caracteriza-se pela justaposição de planos sobrepostos. As imagens eram representadas


hierarquicamente, isto é, o faraó é maior que os súbditos ou inimigos ao seu lado. Os egípcios
pintavam a cabeça e os membros de perfil, enquanto os ombros e olhos eram pintados de frente.
Houve uma evolução significativa nas artes aplicadas, sobretudo o trabalho em madeira e metal,
que deram origem a obras exímias de mobiliário em cedro entalhada com ébano e marfim.

Pintura mural da câmara funerária de Amenemhet, Império Novo, (séc. XV a.C.).

Máscara funeraria de Tutankamon.

Arte medieval

A arte medieval, sendo uma derivação direta da arte romana, inicia com a arte paleocristã, após a
oficialização do cristianismo como religião do Império Romano. Trabalharam as formas
clássicas para interpretar a nova doutrina religiosa. Porém, logo o estilo clássico se pulverizou
em uma multiplicidade de escolas regionais, com o aparecimento de formas mais esquemáticas e
simplificadas. Na arquitetura destacou-se como o tipo basílica, enquanto que na escultura os
sarcófagos assumiram papel destacado, bem como os mosaicos e as pinturas das catacumbas. A
etapa seguinte constituiu a chamada arte bizantina, incorporando influências orientais e gregas, e
tendo no ícone e nos mosaicos seus gêneros principais. A arte românica seguiu-lhe
paralelamente, recebendo a influência de povos bárbaros como os germânicos, celtas e godos.
Foi o primeiro estilo de arte internacional depois da queda do Império Romano. Eminentemente
religiosa, a maioria da arte românica visa a exaltação e difusão do cristianismo. A arquitetura
enfatiza o uso de abóbadas e arcos, começando a construção de grandes catedrais, que continuará
durante o gótico. A escultura se desenvolveu principalmente no âmbito arquitetônico, com
formas esquematizadas. A arte gótica se desenvolveu entre os séculos XII e XVI, sendo um
momento de florescimento econômico e cultural. A arquitetura foi profundamente alterada a
partir da introdução do arco ogival e do arcobotante, nascendo formas mais leves e mais
dinâmicas, que possibilitaram a construção de edifícios mais altos e com aberturas maiores,
tipificados na catedral gótica. A escultura continua principalmente enquadrada na obra
arquitetônica, mas começou a desenvolver-se de forma autônoma, com formas mais realistas e
elegantes inspirados pela natureza e, em parte, numa recuperação de influências clássicas.
Aparecem grandes retábulos escultóricos e a pintura desenvolve técnicas inovadoras como o óleo
e a têmpera, criando-se obras de grande detalhamento.14

Arte na Idade Moderna (c. 1350-1850)

Modernismo

A Idade Moderna inicia no Renascimento, período de grande esplendor cultural na Europa. A


religião deu lugar a uma concepção científica do homem e do universo, no sistema do
humanismo. As novas descobertas geográficas levaram a civilização europeia a se expandir para
todos os continentes, e através da invenção da imprensa a cultura se universalizou. Sua arte foi
inspirada basicamente na arte clássica greco-romana e na observação científica da natureza.
Entre seus expoentes estão Filippo Brunelleschi, Leon Battista Alberti, Bramante, Donatello,
Leonardo da Vinci, Dante Alighieri, Petrarca, Rafael, Dürer, Palestrina e Lassus. Sua
continuação produziu o Maneirismo, com a emergência de um maior individualismo e um senso
de drama e extravagância, proliferando em inúmeras escolas regionais. Também foi importante
nesta fase a disputa entre protestantes e católicos contra-reformistas, com repercussões na arte
sacra. Shakespeare, Cervantes, Camões, Andrea Palladio, Parmigianino, Monteverdi, El Greco e
Michelangelo são alguns de seus representantes mais notórios. No período barroco fortaleceram-
se os Estados nacionais, dando origem ao absolutismo. Como reflexo disso a arte se torna
suntuosa e grandiloquente, privilegiando os contrastes acentuados, o senso de drama e o
movimento. Firmam-se grandes escolas em vários países, como na Itália, França, Espanha e
Alemanha. São nomes fundamentais do período Góngora, Vieira, Molière, Donne, Bernini,
Bach, Haendel, Lully, Pozzo, Borromini, Caravaggio, Rubens, Poussin, Lorrain, Rembrandt,
Ribera, Zurbarán, Velázquez, entre uma multidão de outros.15
Sua sequência foi o Rococó, surgido a partir de meados do século XVIII, com formas mais leves
e elegantes, privilegiando o decorativismo, a sofisticação aristocrática e a sensibilidade
individual. Ao mesmo tempo se firmava uma corrente iluminista, pregando o primado da razão e
um retorno à natureza. Foram importantes, por exemplo, Voltaire, Jean-Jacques Rousseau, Carl
Philipp Emanuel Bach, Jean-Antoine Houdon, Antoine Watteau, Jean-Honoré Fragonard, Joshua
Reynolds e Thomas Gainsborough. No final do século emergem duas correntes opostas: o
Romantismo e o Neoclassicismo, que dominarão até meados do século XIX, às vezes em sínteses
ecléticas, como na obra de Goethe. O Romantismo enfatizava a experiência individual do artista,
com obras arrebatadas, visionárias e dramáticas, enquanto que o Neoclassicismo recuperava o
ideal equilibrado do classicismo e impunha uma função social moralizante e política para a arte.
Na primeira corrente podem ser destacados Victor Hugo, Byron, Eugène Delacroix, Francisco de
Goya, Frédéric Chopin, Ludwig van Beethoven, William Turner, Richard Wagner, William
Blake, Albert Bierstadt e Caspar David Friedrich, e, na segunda, Jacques-Louis David, Mozart,
Haydn e Antonio Canova.

A Escola de Atenas, de Rafael, renascentista.

Perseu, de Canova, neoclássico.

Arte contemporânea (c. 1850-atualidade)

Arte moderna,

Entre meados do século XIX e o início do século XX se lançaram as bases da sociedade


contemporânea, marcada no terreno político pelo fim do absolutismo e a instauração dos
governos democráticos. No campo econômico, marcaram esta fase a Revolução Industrial e a
consolidação do capitalismo, que tiveram respostas nas doutrinas de esquerda como o marxismo,
e nas lutas de classes. Na arte o que tipifica o período é a multiplicação de correntes grandemente
diferenciadas. Até o fim do século XIX surgiram, por exemplo, o realismo, o impressionismo, o
simbolismo e o pós-impressionismo.

O século XX se caracterizou por uma forte ênfase no questionamento das antigas bases da arte,
propondo-se a criar um novo paradigma de cultura e sociedade e derrubar tudo o que fosse
tradição. Até meados do século as vanguardas foram enfeixadas no rótulo de modernismo, e
desde então elas se sucedem cada vez com maior rapidez, chegando aos dias de hoje a um estado
de total pulverização dos estilos e estéticas, que convivem, dialogam, se influenciam e se
enfrentam mutuamente. Também surgiu uma tendência de solicitar a participação do público no
processo de criação, e incorporar ao domínio artístico uma variedade de temas, estilos, práticas e
tecnologias antes desconhecidas ou excluídas. Entre as inúmeras tendências do século XX
podemos citar: art nouveau, fauvismo, pontilhismo, abstracionismo, expressionismo, realismo
socialista, cubismo, futurismo, dadaísmo, surrealismo, funcionalismo, construtivismo,
informalismo, arte pop, neorrealismo, artes de ação (performance, happening, fluxus), Instalação,
videoarte, op art, minimalismo, arte conceitual, fotorrealismo, land art, arte povera, body art, arte
pós-moderna, transvanguarda, neoexpressionismo.18

Teoria musical ou teoria da música é o nome dado a qualquer sistema ou conjunto de sistemas


destinado a analisar, classificar, compor, compreender e se comunicar a respeito da música.

Uma definição sintética seria: a descrição, em palavras, de elementos musicais e a relação entre
a simbologia da música e sua performance prática.

Por extenso, teoria musical pode ser considerada qualquer enunciado, crença, ou concepção de
música (Boretz, 1995).

A teoria musical tem um funcionamento ambíguo, tanto descritivo como perceptivo. Tenta-se
com isso definir a prática e, posteriormente, a influência.

Normalmente segue-se o padrão de intencionar reduzir a prática de compor e atuar em regras


e/ou idéias.

Assim como em qualquer área do conhecimento, a teoria musical possui várias escolas, que
podem possuir conceitos divergentes. A própria divisão da teoria em áreas de estudo não é
consenso, mas de forma geral, qualquer escola possui ao menos:

 Análise musical, que estuda os elementos do som e estruturas musicais e também as formas
musicais, compreendendo:harmonia, melodia, contraponto, ritmo, forma, andamento, técnica
composicional, solfejo, percepção editado.
 Estética musical, que inclui a divisão da música em gêneros e a Crítica musical.
 Notação musical, que estuda os sistemas de escrita utilizados para representar graficamente
uma peça musical, permitindo que um intérprete a execute da maneira desejada pelo
compositor ou arranjador, e cujas formas mais populares atualmente são a Partitura, a Cifra e
a Tablatura.

Ver artigo principal: Cifra e Partitura

Na Partitura, a localização e identificação das notas é realizada por meio da pauta, que pode ser
construída em três claves: a clave de Sol para instrumentos agudos, a clave de Dó pra
instrumentos médios e a clave de Fá para instrumentos graves. A clave serve, entre outras
funções, para determinar a referência de localização das notas musicais, por exemplo: a clave de
Dó denomina a nota Dó na 3ª linha. A Tablatura, em contrapartida, informa a localização do
instrumento que deve ser tocada, sem indicar necessariamente a qual nota essa localização se
refere, tendo sua aplicação mais comum na escrita de solos e linhas melódicas. A Cifra, por sua
vez, não consiste em um sistema de localização e referência das notas na pauta ou no
instrumento, mas fundamenta-se na simbologia das notas ou dos acordes por meio de letras ou
símbolos gráficos. A partitura, a cifra e a tablatura podem

Nos campos da teoria musical muitos foram os grandes analistas, destacam-


se: Schönberg, Rameau, Strauss e Wagner.

O estudo acadêmico da música também é feito pela musicologia. Essa, no entanto, difere-se da


teoria musical pois estuda o ponto de vista histórico e antropológico da música, estudando a
notação, os instrumentos, os métodos didáticos, a acústica, a história da música e a própria teoria
musical sob o ponto de vista histórico evolutivo dos instrumentos e seus músicos.

O som e suas propriedades


O som é tudo que ouvimos. O som pode ser determinado ou indeterminado dependendo de suas
propriedades.

Apesar de dizermos que o som é tudo que ouvimos, é importante saber que também existe sons
que não são captados pelo ouvido humano, devido serem muito grave ou muito agudo. Na física,
isso pode ser explicado pela freqüência, indicada em Hertz (Hz); quanto mais agudo o som,
maior a freqüência.
Obs.: é importante lembrar que a definição para som aqui mencionado, é em cima do objetivo a
estudar.

Som determinado
O som é determinado quando possui todas as propriedades que um som pode possuir. Também é
chamado som musical. Estas propriedades são:

         Duração
         Intensidade
         Altura
         Timbre

Duração é o tempo em que o som se produz.


Intensidade é a propriedade de o som ser mais fraco ou mais forte.
Altura é a propriedade de o som ser mais grave ou mais agudo.
Timbre é a condição que o som nos dá de reconhecer de onde se produz.
Devemos cuidar de não confundir altura com intensidade, pois ambas têm significados bem
distintos. Não dizer: “o saxofone estava mais alto que os demais da orquestra”, sendo que ele
estava mais forte.
Som indeterminado

A propriedade que pode tornar um som indeterminado é a altura. O som que não tiver essa
propriedade trata-se somente de ruídos:
Exemplos de som indeterminados: explosão de uma bomba, carro em funcionamento, a maioria
dos instrumentos de percussão, etc.
Exemplos de sons determinados: voz humana cantando, violino, trompete.
Instrumento tradicional moçambicano da família dos xilofones, utilizado originariamente pelo
povo Chope, em Zavala, na província de Inhambane (sul de Moçambique). As primeiras
referências à timbila aparecem em escritos portugueses do século XVI, no entanto, considera-se
que a existência de tais instrumentos, na costa sudeste de África, tenha provavelmente surgido
em resultado dos contactos estabelecidos, durante o século X, com a atual Indonésia, onde
também se encontram este tipo de instrumentos.
De referir que, em Moçambique, há dois nomes para este modelo de idiofone: a timbila,
originada no povo Chope e conhecida na província de Inhambane (distritos de Zavala, Inharrime,
Panda, Vilanculos, Homoine) e a varimba (ou valimba), originada no povo Sena e conhecida nas
províncias de Manica, Sofala e Tete (nos distritos de Changare, Moatize, Mutarara).
A timbila (plural de mbila = 1 lâmina de madeira) apresenta a sua particularidade nas massalas
(ou "maçalas"), isto é, cabaças de vários tamanhos que funcionam como caixas de ressonância e
que se encontram por baixo de cada lâmina de madeira. Cada lâmina possui um pequeno orifício
pelo qual o som é transmitido até à caixa de ressonância (cabaça). Esta encontra-se fixa à lamina,
através de uma mistura de componentes naturais, como cera de abelha, terra e intestino animal.
Os materiais com que se constrói a mbila são fundamentais para lhe conferir o timbre típico. A
sua construção, uma arte transmitida de pais para filhos, demora perto de três meses e meio. A
timbila é tocada com duas baquetas que na ponta possuem um anel de borracha. Para constituir
uma orquestra de timbilas, são necessários vários tipos de mbilas que se diferenciam pelo
número, tamanho (em comprimento e largura) e pelo tamanho das suas cabaças.
Em Zavala, os chefes tribais, por tradição, reuniam as populações, em encontros designados
msaho, para confraternizarem, cantando e dançando. Nesses encontros, realizavam-se atuações
musicais e dançantes com timbilas, durante as quais se escolhiam e se premiavam os melhores
artistas. Também se discutiam detalhes relacionados com a construções daqueles instrumentos. 
Atualmente, por altura da primavera, realiza-se um festival de timbilas, que reúne as melhores
orquestras para apresentação e avaliação de novas composições musicais. Cada uma das
orquestras pode reunir até vinte músicos e apenas compor uma peça por ano, sempre a partir da
anterior, para que assim se mantenham as particularidades musicais de cada orquestra. 
Dos seus vários intérpretes destaca-se Eduardo Durão e Venâncio Mbande. Salientam-se o trio
Silita, que associa o som das timbila à voz feminina, e os grupos Timbila e Muzimba, que
estabelecem uma fusão entre os sons e ritmos tradicionais das timbila com os dos instrumentos
modernos.

Instrumentos musicais - Moçambique

bendi
Bendi ou Babiton é um instrumento cordófono, em que o som é produzido através do dedilhar de
uma corda é composto de um tambor de madeira forrado num dos lados com uma membrana de
pele de animal. Para tocar, coloca se a varra sobre o tambor de modo a esticar a corda, que ao ser
dedilhado, produz sons fortes e baixos. O tambor serve de caixa de ressonância. Existe em
muitos distritos de Tete.

chitende
Chitende é um instrumento cordófono do tipo arco musical, possui uma caixa de ressonância, é
composta por uma cabaça, com abertura virada para o exterior. Para tocar, o músico pega no
instrumento, encostando a abertura da cabaça ao peito, num movimento de vaivém, ao mesmo
tempo que com os dedos de uma das mãos faz pressão sobre o fio e com a outra, segura uma
palheta que serve para peculiar o arame. É bastante usado na região Sul do Save e no Centro em
Sofala (Búzio).

Chivoconvoco é um instrumento cordófono, pertencente ao grupo dos arcos musicais,


constituído por um arco de madeira e uma corda, o pau do arco atravessa uma cabaça ou casca de
coco, cuja abertura é tapada por uma membrana feita de pele de animal. O fio que une as pontas
do arco passa por cima da cabaça, que serve de caixa de ressonância. Numa das mãos, o tocador
segura um pau afiado, com que bate na corda. É abundante nas províncias de Maputo e Gaza.

Chivoconvoco

Pankwé
Pankwé é um instrumento da classe dos cordófonos, o som é produzido, dedilhando as várias
cordas que possui, com apoio de uma caixa de ressonância, feita de cabaça. Coloca-se um fio de
arame contínuo sobre uma tábua de madeira, uma das extremidades dessa, penetra numa cabaça
ou então as duas extremidades são colocadas sobre duas cabaças, ficando assim o Pankwé com
duas caixas de ressonância. Muito utilizado nas três províncias do Norte de Moçambique e Norte
da província Central da Zambézia.

Tchakare é um instrumento cordófono, em que a corda passa directamente por cima da caixa de
ressonância, assim como acontece na viola. A caixa de ressonância é feita de madeira, coberta
por uma membrana de lagarto. O tocador segura o instrumento de modo a que a caixa fique
encostada ao seu abdómen ou ao seu ombro. Com uma das mãos, faz pressão sobre a corda para
variar o som. É abundante nas províncias de Inhambane, Zambézia, Tete, Nampula, Cabo
Delgado e Niassa.

Tchakare

Nhcatangali
Nhacatangali é um instrumento do tipo cordófono, o arco é feito de caniço e a corda é feita de fio
de sisal, o tocador coloca a boca numa das pontas do arco, serve de caixa de ressonância, sendo o
som produzido pela percussão do fio, através dos dedos ou de uma palheta. Produzido e usado
nas províncias de Manica, Sofala e Tete.    
Ngulula

Ngulula é um instrumento com uma característica especial, isto é, o som é produzido pelo
friccionamento de um caniço, formado por um tambor ou caixa de madeira redonda, tapado nas
extremidades com pele de animal, cujas pontas estão ligadas ou cosidas entre si. É muito usado
na província de Maputo.

Mutoriro
Mutoriro é um instrumento aérofono do tipo flauta em que o som é produzido através do sopro,
constituído por uma cana de bambu fechada nas pontas e dotada de quatro orifícios, um dos
quais junto à embocadura; para variar o som, o tocador tapa e destapa os três buracos calçando-
os com os dedos. Produzido e tocado nas províncias do Sul e Centro em Manica e Tete.
Mpundu
Mpundu é um instrumento de sopro do tipo trompete, feito apenas de um chifre e um furo, onde
o tocador põe a boca para soprar, enquanto uma das mãos segura a parte mais grossa e a outra a
parte mais fina. É tocado em todo o país.

Mbila é um instrumento idiófono, do tipo xilofone, muito conhecido não só em Moçambique,


como em outros países de África e na Indonésia. Em Moçambique é tocado nas províncias de
Inhambane, Sofala, Manica e Tete.

Mbila

Masseve
 Masseve é um instrumento idiófono do tipo chocalho, assim como gocha, porém, enquanto este
é utilizado nas mãos, o Masseve utiliza-se nas pernas. É feito de frutos pequenos, secos e ocos,
colocados em várias fiadas e amarradas. Os chocalhos acompanham o rítimo da dança,
auxiliados por outros instrumentos. É usado em todo o país.

Malimba
Malimba é um instrumento de tipo xilofone, mas pertencente ao grupo dos idiófonos, constituído
por uma cabaça de forma oval, aberta na parte superior. Sobre esta abertura fica suspensa uma
tábua de madeira, segura se por cordas atadas a dois paus, arqueados, estes paus estão seguros `a
cabaça com cera de abelha. Para tocar, o músico pega numa baqueta com um anel de borracha na
ponta, com que percute a única tecla de madeira, ao mesmo tempo que vai tapando e destapando
a abertura da cabaça, para variar o som. Produzida e tocada na província de Tete.

Makwilo é um instrumento idiófono do tipo xilofone, composto por dois troncos de madeira,
podem ser também de coqueiro, sobre os quais assentam as teclas, feitas das árvores de umbila,
presas numa das pontas com pregos de madeira. O espaço entre as teclas e o chão, funciona
como caixa de ressonância. Produzido e tocado em Cabo Delgado, Niassa, Nampula e Zambézia.
Makwilo

M'lapa

M’lapa é um instrumento do tipo membranófono, que requer uma habilidade especial para tocar,
mbila é um tambor relativamente pequeno, com uma membrana de pele de Piton (espécie de
gibóia) humedecida, o que faz com que produza um som bastante baixo. O tocador segura-a
entre os joelhos e toca-o com as mãos ao mesmo tempo. É muito conhecido nas províncias da
Zambézia, Nampula, Cabo Delgado e Niassa.
Gocha
Gocha é um instrumento que se distingue dos outros arcos musicais pelo facto deste produzir o
som com fricção de uma varinha sobre as incisões gravadas no arco da madeira. Este som é
auxiliado pelos chocalhos postos na varinha e pela boca. Produzido e usado nas províncias do
Sul e Centro (Manica e Sofala).

Chiquitsi, pertence a categoria dos instrumentos idiófonos, do tipo chocalhos. É feito de caniço
fino ou de palha de uma planta chamada Txolhongue, entrançada como se fosse uma esteira e
cujas pontas são unidas por corda, formando uma caixa oca. Dentro colocam-se sementes ou
pedrinhas. Para tocar, pega-se o instrumento com ambas as mãos e agita-se. O Chiquitsi é
bastante vulgar na província de Maputo, Gaza, Inhambane, Tete e Niassa.

Chiquitsi
Chipendane
Chipendane, é um arco musical pertencente ao grupo de instrumentos de corda. É composto por
três partes: o arco de madeira, que possui uma saliência de forma cilíndrica; um fio de arame que
está ligado ao meio do arco e uma varinha, que serve para bater no arame. Ao tocar, o músico
coloca a boca sobre o arco, segurando a madeira entre os dentes, para fazer de caixa de
ressonância. O Chipendane existe nas Províncias de Maputo, Gaza, Inhambane, Manica e Tete.

Chigovia, faz parte de um conjunto genérico de flautas, muito embora o seu formato   nos
encaminhe logo para essa conclusão. É feito de um fruto redondo, que tanto pode ser massala,
macuácua ou mabuma. No entanto, na ausência destes frutos, pode ser feito de barro. O número
de orifícios pode variar e isto; é consoante a habilidade do tocador. Chigovia existe em
abundância nas Províncias de Maputo, Gaza e Inhambane.

Chigovia
Phiane
Phiane é um instrumento idiófono, pertence ao subgrupo dos pianos de mão, composto apenas de
arame e ferro, para tocá-lo, segura se o instrumento com uma das mãos e coloca- se entre os
dentes servindo a boca de caixa de ressonância, com o indicador da outra mão, dedilha-se o
arame. Usado em Maputo e Gaza.

Tambores de Tufo
Tambores de Tufo são instrumentos musicais da classe dos membranófonos nomeadamente,
bazuca, ngajiza, apústua e duassi, podem ter forma quadrada, redonda, hexagonal, feitas de
madeira, cobertas apenas de um lado, com pele de antílope e chapinhas metálicas, o tocador
segura com uma mão enquanto com a outra percurte a membrana. Produzidas e tocadas na zona
costeira de Nampula e Cabo Delgado.
Tambores de Mapico
Tambores de Mapico são instrumentos musicais do tipo membranófono, com várias designações:
ligoma, likuti, singanga, neya e ntoji. Todos são feitos a partir de troncos cavados, aberto dum
lado com uma membrana de pele de animal, tocados por varetas e pelas mãos durante a dança de
mapico. Exite só em Cabo Delgado (Mueda).

Xirupe é instrumento musical de tipo flauta, daí que é considerado aérofono ou de sopro
constituído de cabaça de massala ou de fruto e de um caniço. O tocador segura o xirupe com a
mão esquerda e sopra o orifício da cabaça ao mesmo tempo com os dedos da outra mão vai
tapando e destapando os furos de caniço para variar o som.Tocado apenas nas províncias de
Maputo e Gaza.

Xirupe
Tsudi
Tsudi é um instrumento aérofono do tipo flauta, em que o som é produzido pelo sopro do
tocador, constituído por um tubo de caniço, com uma abertura na parte superior onde o tocador
sopra. Fabricado e tocado nas províncias de Inhambane e Maputo.

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