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Teoria Musical

CEDRAL - MA
2021
A HISTÓRIA DA MÚSICA

1. MÚSICA NA PRE-HISTÓRIA
Os primeiros indícios de música na história não têm uma definição exata, mais existe
evidencias que a mais de 50 mil anos atrás, os seres humanos já haviam desenvolvidos
as primeiras ações sonoras baseando-se nas observações dos fenômenos naturais. Os
ruídos das ondas quebrando na praia, os trovões, a comunicação entre os animais, o
barulho do vento balançando as árvores, as batidas do coração; tudo isso influenciou as
pessoas a também explorarem os sons que seus próprios corpos produziam. Como, por
exemplo, os sons das palmas, dos pés batendo no chão, da própria voz, entre outros.
Nessa época, tais experimentações não eram consideradas arte propriamente e estavam
relacionadas à comunicação, aos ritos sagrados e à dança. Através do estudo de sítios
arqueológicos podemos ter uma ideia do desenvolvimento da música nos primeiros
grupos humanos. A arte rupestre encontrada em cavernas dá uma vaga ideia desse
desenvolvimento ao apresentar figuras que parecem cantar, dançar ou tocar
instrumentos. Fragmentos do que parecem ser instrumentos musicais oferecem novas
pistas para completar esse cenário. No entanto, toda a cronologia do desenvolvimento
musical não pode ser definida com precisão.
2. MÚSICA NA ANTIGUIDADE

A musica na antiguidade e impregnada na maioria das vezes como ato ritualístico onde
a voz humana é utilizada como instrumento predominante, como na Grécia onde dela se
dava a comunicação e nessa época o sentido da música era esse, comunicar-se com os
deuses e com o povo, onde a música e vista como o caminho mais próximo para a
comunicação com as divindades, o caminho a perfeição, o tremo “música”, inclusive,
teria origem nas Musas, divindades que inspiravam as ciências e as artes. Já na Antiga
Roma a música foi influenciada pela música grega, pelos etruscos e pela música
ocidental. Os romanos utilizavam a música na guerra para sinalizar ações dos soldados e
tropas e também para cantar hinos as vitórias conquistadas, também possuía um papel
fundamental na religião e em rituais sagrados, assim como no Antigo Egito, onde os
egípcios acreditavam na "origem divina" da música, que estava relacionada a culto aos
deuses. Geralmente os instrumentos eram tocados por mulheres (chamadas
sacerdotisas). Os chineses, além de usarem a música em eventos religiosos e civis
tiveram uma percepção mais apurada da música e de como esse refletia sobre o povo
chegando a usar a música como "identidade" ou forma de "personalizar" momentos
históricos e seus imperadores.
3. SECULO XX

No século XX houve ganho de popularidade do rádio pelo mundo, e


novas mídias e tecnologias foram desenvolvidas para gravar, capturar, reproduzir e
distribuir música. Com a gravação e distribuição, tornou-se possível aos artistas da
música ganhar rapidamente fama nacional e até internacional. As apresentações
tornaram-se cada vez mais visuais com a transmissão e gravação de vídeos
musicais e concertos. Música de todo gênero tornou-se cada vez mais portátil.
A música do século XX trouxe nova liberdade e maior experimentação com
novos gêneros musicais e formas que desafiaram os dogmas de períodos anteriores. A
invenção e disseminação dos instrumentos musicais eletrônicos e do sintetizador em
meados do século revolucionaram a música popular e aceleraram o desenvolvimento
de novas formas de música. Os sons de diferentes continentes começaram a se exibir,
enriquecendo ainda mais a cultura da música. De acordo com a Guiness World
Records, o maior artista desse período, foi o cantor e dançarino estadunidense Michael
Jackson que é atualmente o artista mais premiado da história.

4. MÚSICA NOS ANOS 2000


Ao contrário dos anos 90 em que a sociedade se manteve fiel aos mesmos gêneros
musicais, os ritmos e a nova forma de se ouvir música influenciaram bastante as pessoas
durante os anos 2000 e ainda continuam a evoluir. Os cds acabaram perdendo força
com o lançamento dos MP3 players, se tornando cada vez mais frequente adquirir
música a partir de downloads e redes sociais.[1] Apesar disso, a década marcou também
a volta de mídias antigas, como no ano de 2008, onde as vendas de discos de
vinil aumentaram, cerca de 1,9 milhões de unidades foram vendidas, sendo um número
superior à qualquer ano no mercado fonográfico desde 1991. [2] A utilização da internet
aumentou muito a medida em que os anos se passavam ao longo da década. Contudo,
esse aumento acabou potencializando a popularização dos downloads ilegais de músicas
protegidas por direitos autorais, causando uma certa tensão entre a indústria musical e o
público e gerando dúvidas sobre a popularidade das músicas nas paradas de sucesso.

5. MÚSICA NO CONTEXTO BIBLICO.


A Bíblia não nos fornece um tratado ou um capítulo sobre música. De forma a
conseguirmos ter um vislumbre do ponto de vista bíblico da música, precisamos
recolher as informações ao longo do percurso, conforme nos deparamos com os vários
eventos e acontecimentos na vida de Israel. A música na Bíblia sempre acompanha um
evento. Ela não é vista como uma ocupação a ser perseguida por si mesma – a arte pela
arte em si – simplesmente para o deleite pessoal, mas ela é sempre funcional. Como a
música sempre é a expressão de uma cultura, descobrimos que o desenvolvimento da
música na Bíblia refletirá os vários estágios de desenvolvimento do povo de Israel.
A música desempenhava uma parte importante na vida dos israelitas e os acompanhava
em muitas ocasiões. Já no princípio, em Gênesis 4:21, descobrimos que o pai dos
instrumentos musicais era Jubal, filho de Lameque, sete gerações depois de Adão. Ele
inventou a lira (kinnor), e a flauta (ugav). Já o nome Jubal (yuval = chifre de carneiro)
traz em si uma referência ao mais destacado dos instrumentos em Israel, a saber,
o shofar (chifre de carneiro). Jubal tinha um irmão, Tubal-Cain, o qual é conhecido por
nós como aquele que fabricava ferramentas de bronze e de ferro. Tem sido assumido, de
forma geral, que ele provavelmente deve ter tentado construir os primeiros instrumentos
de metal, tais como a trombeta. Conforme continuamos na leitura do livro de Gênesis, o
capítulo 31:27 relata a história da fuga de Jacó de Labão, e nos apresenta um
instrumento adicional, o tamborim (tof). Ao mesmo tempo, o primeiro conjunto para
execução de música na sociedade nos é apresentado: era costume enviar pessoas no
caminho, celebrando com a execução de música e com júbilos.

6. A ORIGEM DA PARTITURA.

Uma partitura é uma representação escrita de música padronizada mundialmente. Tal


como qualquer outro sistema de escrita, dispõe de símbolos próprios (notas musicais)
que se associam a sons.

No contexto da música assistida por computador, a partitura, ao contrário


das tablaturas, desempenha um papel crucial. Por meio de tecnologias como MIDI é
possível traduzir uma partitura integralmente para um formato legível pelo computador
ou instrumentos electrónicos (como sintetizadores) para posterior reprodução. O
registro dos sons por símbolos surgiu primitivamente em meados do século X
exclusivamente grafando alturas, e apenas, por lembrete em texto litúrgico. A escrita da
partitura nasceu em ambiente eclesiástico, da Igreja Católica, na reforma de Guido
d’Arezzo (992 – 1050). Grande parte do que desenvolvimento da notação musical
deriva do trabalho do monge, entre suas contribuições estão o desenvolvimento da
notação absoluta das alturas (onde cada nota ocupa uma posição na pauta de acordo com
a nota desejada). Além disso foi o idealizador do solfejo, sistema de ensino musical que
permite ao estudante cantar os nomes das notas. Com essa finalidade criou os nomes
pelos quais as notas são conhecidas atualmente (Dó, Ré, Mi, Fá, Sol, Lá e Si) em
substituição ao sistema de letras de A a G que eram usadas anteriormente. Os nomes
foram retirados das sílabas iniciais de um Hino a São João Batista, chamado Ut queant
Laxis. Como Guido d'Arezzo utilizou a italiano em seu tratado, seus termos se
popularizaram e é essa a principal razão para que a notação moderna utilize termos em
italiano. 
O uso de linhas para dividir as seções da partitura surgiu no século XV, mas no
princípio cada seção não tinha uma duração definida e as linhas só serviam como
auxílio visual para facilitar a leitura. Somente no século XVII as seções (compassos)
passaram a ter duração regular relacionada à divisão rítmica da música. 
Nesta época o sistema tonal já estava desenvolvido e o sistema de notação com pautas
de cinco linhas tornou-se o padrão para toda a música ocidental, mantendo-se assim até
os dias de hoje.
MÚSICA:
Do grego μουσική τέχνη - musiké téchne, a arte das musas é a arte de combinar os sons
simultânea e sucessivamente, com ordem, equilíbrio e proporção, dentro do tempo. É a
arte de manifestar os diversos afetos de nossa alma mediante o som
É considerada por diversos autores como uma prática cultural e humana. Não se
conhece nenhuma civilização ou agrupamento que não possua manifestações musicais
próprias. Embora nem sempre seja feita com esse objetivo, a música pode ser
considerada como uma forma de arte, considerada por muitos como sua principal
função.
A criação, a performance, o significado e até mesmo a definição de música variam de
acordo com a cultura e o contexto social. A música vai desde composições fortemente
organizadas (e a sua recriação na performance), música improvisada até formas
aleatórias. Pode ser dividida em gêneros e subgêneros, contudo as linhas divisórias e as
relações entre géneros musicais são muitas vezes sutis, algumas vezes abertas à
interpretação individual e ocasionalmente controversas. Dentro das "artes", a música
pode ser classificada como uma arte de representação, uma arte sublime, uma arte de
espetáculo.
As principais partes que constituem a MÚSICA são:
1) MELODIA
Do grego μελῳδία (melōidía, "canção, canto, coral”) é a combinação dos SONS
SUCESSIVOS (dados uns após outros). É a concepção horizontal da Música, ou seja, é
uma sucessão coerente de sons e silêncios, que se desenvolvem em uma sequência
linear com identidade própria. É a voz principal que dá sentido a
uma composição encontra apoio musical na harmonia e no ritmo. Na notação
musical ocidental a melodia é representada no pentagrama de forma horizontal para a
sucessão de notas musicais (dó,ré,mi,fá,sol,lá,sí) e de forma vertical para sons
simultâneos.
2) HARMONIA-É a combinação dos SONS SIMULTÂNEOS (dados de uma só
vez). É a concepção vertical da Música.
Harmonia deriva do latim harmonĭa, embora tenha origens mais remotas relacionadas
com um vocábulo grego que significa “combinação” ou “ajustamento”.
4) RÍTMO-Do grego rhythmós - movimento regular é a combinação dos valores tempo.
Também pode ser descrito como um movimento coordenado, uma repetição de
intervalos musicais regulares ou irregulares, fortes ou fracos, longos ou breves,
presentes na composição musical. Apesar de ser aparentemente simples, o conceito de
ritmo guarda vários outros pontos, definições e componentes, e acaba por se revelar
deveras complexo. Uma boa forma de exemplificar o ritmo musical é falar de outro tipo
de ritmo, o ritmo cardíaco, que consiste no movimento do coração, impulsionado pelo
fluxo constante de sangue ao longo do organismo.
INTRODUÇÃO A TEORIA MÚSICAL

1. TEORIA MUSICAL.
É o estudo teórico do conjunto de normas que estabelece diretrizes para a grafia dos
sons. Ler vai ajudar, mesmo que seja de maneira a decodificar, sem fluência
absoluta. Sobretudo trata-se de um conjunto de valores da linguagem musical que
propicia a comunicação verbal através dos elementos da música, elementos
simbólicos que se estabelecem graficamente na estruturação de uma partitura.
Conhecer os paradigmas da teoria musical é estabelecer-se alfabetizado em uma
linguagem comum e presente em quase a totalidade do globo terrestre, bem como,
uma linguagem praticamente universal.

2. PARTITURA.

Uma partitura é uma representação escrita de música padronizada mundialmente.


Tal como qualquer outro sistema de escrita, dispõe de símbolos próprios (notas
musicais) que se associam a sons.

No contexto da música assistida por computador, a partitura, ao contrário


das tablaturas, desempenha um papel crucial. Por meio de tecnologias como MIDI é
possível traduzir uma partitura integralmente para um formato legível pelo computador
ou instrumentos electrónicos (como sintetizadores) para posterior reprodução. O
registro dos sons por símbolos surgiu primitivamente em meados do século X
exclusivamente grafando alturas, e apenas, por lembrete em texto litúrgico. A escrita da
partitura nasceu em ambiente eclesiástico, da Igreja Católica, na reforma de Guido
d’Arezzo (992 – 1050). Grande parte do que desenvolvimento da notação musical
deriva do trabalho do monge, entre suas contribuições estão o desenvolvimento da
notação absoluta das alturas (onde cada nota ocupa uma posição na pauta de acordo com
a nota desejada). Além disso foi o idealizador do solfejo, sistema de ensino musical que
permite ao estudante cantar os nomes das notas. Com essa finalidade criou os nomes
pelos quais as notas são conhecidas atualmente (Dó, Ré, Mi, Fá, Sol, Lá e Si) em
substituição ao sistema de letras de A a G que eram usadas anteriormente. Os nomes
foram retirados das sílabas iniciais de um Hino a São João Batista, chamado Ut queant
Laxis. Como Guido d'Arezzo utilizou a italiano em seu tratado, seus termos se
popularizaram e é essa a principal razão para que a notação moderna utilize termos em
italiano. 
O uso de linhas para dividir as seções da partitura surgiu no século XV, mas no
princípio cada seção não tinha uma duração definida e as linhas só serviam como
auxílio visual para facilitar a leitura. Somente no século XVII as seções (compassos)
passaram a ter duração regular relacionada à divisão rítmica da música. 
Nesta época o sistema tonal já estava desenvolvido e o sistema de notação com pautas
de cinco linhas tornou-se o padrão para toda a música ocidental, mantendo-se assim até
os dias de hoje.

COMPONETES DE UMA PARTITURA


1. PAUTA OU PENTAGRAMA.
É o conjunto de 5 linhas horizontais, paralelas e equidistantes que formam, entre
si, 4 espaços onde são escritas as notas.
A música, como regra geral, é escrita num conjunto de 5 linhas paralelas que
chamamos de PAUTA ou PENTAGRAMA. Pauta é o nome do conjunto de
linhas utilizado para escrever as notas musicais de uma partitura, no sistema
de notação da música ocidental. Atualmente, a pauta contém 5 linhas e por isso
também é chamada às vezes de pentagrama. No início do uso da pauta usava-se
apenas uma linha colorida, datada do século IX. Tempos depois outras linhas
foram sendo acrescentadas, o pentagrama que usamos hoje, estabelecido no
século XI, foi definitivamente usado a partir do século XVII. São 5 linhas e 4
espaços entre elas. As linhas e espaços são contadas de baixo para cima. (Fonte:
Bucher, 2003, p. 10.)

2. CLAVE
É um símbolo que estabelece a escrita das alturas para a música ocidental, ou seja, a
clave é um símbolo inserido em um pentagrama ou pauta musical, que determina o
ponto de partida para a escrita, estabelecendo por relações a grafia das demais notas.
Clave é uma chave para abertura do pentagrama.
Existem 3 tipos de clave, a clave de sol, clave de fá e clave de dó. Dessas 3 temos: 1
clave de sol, 2 claves de fá e 4 claves de dó, totalizando 7 claves. Mas você deve estar
se perguntando para que tantas claves? Cada clave traz um conjunto de possibilidades
de notas diferentes no pentagrama, por exemplo, na clave de sol, a segunda linha está o
sol, na clave de fá quarta linha a segunda linha está o sí, na clave de dó segunda linha a
segunda linha está o dó e assim por diante. Quer dizer que tendo 7 diferentes claves,
temos a possibilidade de cada linha e espaço do pentagrama ser todas as notas musicais.
2-1. CLAVE DE SOL
A clave de sol, é a única clave que tem somente uma. Falamos que a clave de sol está na
segunda linha, pois é aonde o desenho dela começa, isso significa que a nota sol está na
segunda linha e a partir daí, conseguimos localizar todas as outras notas

2-2. CLAVE DE FÁ TERCEIRA LINHA


Essa é a clave de fá terceira linha, chamamos assim pois a nota fá está localizada na
terceira linha. Um jeito fácil de saber qual clave de fá é, é olhando a linha que está entre
as duas bolinhas da clave.
2-3. CLAVE DE FÁ QUARTA LINHA
Essa é a clave de fá quarta linha, chamamos assim pois a nota fá está localizada na
quarta linha. Mais uma vez para saber que essa é a clave de fá quarta linha repare que a
quarta linha está entre as duas bolinhas da clave.

2-4. CALVE DE DÓ

a clave de dó existe em quatro tipos, clave de dó primeira, segunda, terceira e quarta


linha. Veja na imagem acima. Um jeito fácil de identificar qual clave de dó é, é olhando
a linha que está entre a barriguinha do dó. Na imagem abaixo você consegue ver todas
as notas na clave de dó terceira linha, que é a mais usada das claves de dó.

2-5. PORQUE TANTAS CLAVES?

Bom, cada clave representa alguma nota, mais aguda ou mais grave. Por exemplo, a
clave de sol representa os instrumentos agudos, como violino, vozes, flauta doce, já a
clave de fá quarta linha representa instrumentos graves como baixo, violoncelo e a clave
de dó terceira linha representa os instrumentos médios, como a viola erudita. Assim os
instrumentos são representados com as notas e as alturas corretas do som que estão
produzindo. Por isso tantas claves.
3. NOTAS MUSICAL

são os elementos mínimos de um som. Quando uma corda vibra, ela movimenta
as moléculas de ar ao seu redor. Essa agitação das moléculas ocorre na mesma
frequência de vibração da corda. O ouvido humano capta essa vibração do ar e a
processa atribuindo um som ao cérebro.  Para cada frequência de vibração, o
cérebro atribui um som diferente (uma nota diferente). As notas musicais podem
ser identificadas por letras para facilitar a escrita e aumentar a velocidade de
leitura. A notação utilizada é universal, o que facilita a comunicação com
músicos de outros países. Existem 7 letras para representar as notas musicais. A
definição das letras e suas notas correspondentes é a seguinte:

C –>dó--D –>ré--E –>mi--F –>fá--G –>sol--A –>lá--B –>si

Mas oque se é mais utilizado nos dias atuais são as representações gráficas escritas na
pauta musical ou pentagrama onde podemos representar as notas de forma gráfica
adicionando pequenas elipses com ou sem hastes de forma ordenada sobre cinco pautas.
Orientando-se pela clave adotada para o trecho musical em questão, podemos criar ou
interpretar a música, convertendo cada posição em uma nota musical e
consequentemente em uma frequência. No pequeno trecho musical representado na
figura ao lado, a clave de sol indica que a leitura das notas deve ser (da esquerda para a
direita).

Essa representação gráfica é dívidas em 7 figuras diferentes onde cada figura representa
um valor de tempo dentro da divisão da música, são semibreve equivale a 4 tempo,
mínima equivale a 2 tempos, semínima equivalente a 1 tempo, colcheia equivalente a ½
tempo, semicolcheia equivalente a ¼ de tempo, fusa equivalente a 1/8 de tempo e a
semifusa equivalente a 1/16 de tempo. A seguir uma imagem com a representação
gráfica o nome e o valor de cada figura.
4. PAUSA MUSICAIS
são intervalos de tempo em que deve haver silêncio, ou seja, nenhuma nota deve ser
tocada nesse instante. A lógica dos tempos é exatamente a mesma que vimos para
as figuras musicais. Existem pausas de semibreve, mínima, semínima, etc. Veja abaixo
a representação de cada uma delas e seus equivalentes em notas:

5. TONALIDADE MUSICAIS

Tonalidade é um sistema de sons baseados nas Escalas maior, menor, menor


harmônica e menor melódica, onde os graus da escala são observados de acordo com
sua função dentro da harmonia. Cada um dos graus de uma escala desempenha funções
próprias na formação e concatenação dos acordes. A palavra função serve para
estabelecer a sensação que determinado grau (ou acorde) nos dá dentro da frase
harmônica. Ao ouvir uma escala, percebemos que as notas repousam em certos graus e
criam tensão em outros. O repouso absoluto é feito no grau I, centro de todos os
movimentos. Assim, cada grau tem função definida em relação à tônica de uma escala,
criando momentos estáveis, instáveis e menos instáveis, cuja variação motiva a
continuidade da música até o repouso final.
6. ARMADURA DE CLAVE
A armadura da clave ou armação de clave é o conjunto de acidentes colocados ao
lado da clave na pauta musical, indicando que as notas correspondentes à localização
na pauta onde a armadura foi escrita, devem ser tocadas de maneira consistente um
semitom acima ou abaixo de seu valor natural, (por exemplo, as notas brancas do piano)
conforme se usem sustenidos ou bemóis, respectivamente, na armadura. A armadura
geralmente é escrita imediatamente após a clave no início da pauta musical embora
possa aparecer em outro local da partitura, especialmente após um compasso iniciado
por uma barra dupla.
Sustenido: é um acidente que, tendo seu sinal de notação (♯) colocado à esquerda da
nota, indica que a altura desta nota deve ser elevada em um semitom.(exploraremos
melhor esta figura mais a frente)
Bemol:  é uma alteração que, tendo seu sinal de notação(b) diminui meio tom a uma
nota musical.(exploraremos melhor esta figura mais a frente)
Esses acidentes estão no mesmo lugar das notas que irão alterar, ou seja, eles alteram
todas as notas que estiverem naquela linha ou espaço. Vamos supor que você recebeu
uma partitura que possui uma armadura de clave com um Si bemol a linha que
corresponde à nota Si possui um bemol, isso quer dizer que você terá que diminuir
um semitom de todas as notas “Si” que aparecerem em seguida.

As armaduras de clave também ajudam a revelar a tonalidade da música. Por exemplo,


pense na escala de Sol Maior, ela possui apenas um acidente (Fá #), certo? Logo, uma
partitura que tenha Fá# em sua armadura indica que a música está em Sol Maior
Nas partituras que contêm mais de um instrumento, a escrita para todos os instrumentos
é feita com a mesma armadura. Exceções:

 Se o instrumento é um instrumento transpositor (em que a música tem que


ser escrita numa tonalidade diferente);
 Se o instrumento é um instrumento de percussão, sem tonalidade definida;
 Por convenção, muitos compositores omitem a armadura nas partes
da trompa. Isto talvez seja uma reminiscência do passado, dos primeiros
dias dos metais, quando se acrescentavam extensões curvas às trompas para
aumentar o comprimento do tubo, alterando a tonalidade do instrumento;
 Nas partituras do século XV, "armaduras parciais" nas quais as diferentes
vozes, têm armaduras diferentes, são bastante comuns; entretanto isto se
deriva dos hexacordes diferentes em que as partes foram implicitamente
escritas e o uso da expressão armadura pode ser engandor a música desse
período e anteriores.
Tabela de armaduras
A tabela a seguir, ilustra o número de sustenidos e bemóis de cada armadura e as
armaduras do relativo maior para as escalas menores (ver círculo de quintas).
Lembrar de todas as armaduras é relativamente fácil se forem seguidas as seguintes
quatro regras simples:

 Dó maior não possui sustenidos nem bemóis;


 Um bemol é fá maior;
 Para mais de um bemol, o tom maior é o do penúltimo bemol, sempre
bemolizado; e
 Para qualquer número de sustenidos, pegue o último sustenido e o aumente
de dois semitons para chegar ao tom maior (lembrando que um tom = dois
semitons). Assim: dó + dois semitons = ré. Mi + dois semitons = fá
sustenido. (O relativo menor é uma terça menor abaixo do tom maior,
independente se a armadura possui sustenidos ou bemóis).
No caso das armaduras com sustenidos, o primeiro sustenido é colocado na linha
do fá (para o tom de sol maior/mi menor). Os sustenidos seguintes são adicionados,
respectivamente nos locais da pauta correspondentes às notas dó, sol, ré, lá, mi e si. As
armaduras de bemóis seguem a sequência dos sustenidos na ordem inversa, ou
seja: si, mi, lá, ré, sol, dó e fá. Há 15 diferentes armaduras incluindo a
armadura vazia de dó maior/lá menor.
As armaduras com sequências de sete bemóis ou sete sustenidos, são raramente
utilizadas não só por que as notas nestas tonalidades extremas de sustenidos ou bemóis
são mais difíceis de executar na maioria dos instrumentos, como, também, porque elas
têm equivalências enarmônicas. Por exemplo, a tonalidade de dó sustenido
maior (com sete sustenidos) é representada de maneira mais simples como ré bemol
maior (cinco bemóis). Modernamente, para os fins práticos, essas tonalidades são
iguais por que dó sustenido e ré bemol são a mesma nota.
As anteriormente mencionadas 15 armaduras, entretanto, definem apenas as escalas
diatônicas e são, por isso, chamadas de armaduras padrão.
Observe-se que a ausência de uma armadura nem sempre significa que a música está
em dó maior ou lá menor: cada acidente pode ser anotado explicitamente como
requerido ou a peça pode ser modal ou atonal.
Tom Tom Tom Tom
Armadura Armadura Tom maior e tom menor Armadura.
maior menor Maior Menor
Dó maior Lá menor
Mi
menor Sem sustenido
Sol ou bemol
maior Fá Ré
1 sustenido maior menor

1 bemol
Ré Si
maior menor
Si♭
2 sustenidos Sol
maio menor
r
2 bemóis
Lá Fá♯
maior menor
Mi♭
3 sustenidos Dó
maio menor
r
3 bemóis
Mi Dó♯
maior menor
Lá♭
4 sustenidos Fá
maio menor
r
4 bemóis
Si Sol♯
maior menor
Ré♭ Si♭
5 sustenidos
maio meno
r r
5 bemóis
Fá♯ Ré♯
maior menor
Sol♭ Mi♭
6 sustenidos
maio meno
r r
6 bemóis

Dó♯ Lá♯
maior menor
Dó♭ Lá♭
maio meno
7 sustenidos r r
7 bemóis
Relação entre a armadura e a tonalidade

A armadura de clave e a tonalidade são objetos diferentes: a armadura


de clave é tão somente um recurso de notação. Ela é conveniente,
principalmente para a música diatônica ou tonal. Algumas peças que mudam a
tonalidade (modulam) inserem uma nova armadura na pauta enquanto que
outras usam acidentes: sinais de bequadro para neutralizar a armadura e outros
sustenidos e bemóis para a nova tonalidade.
Para um dado modo a armadura define a escala diatônica que a obra musical
usa. A maioria das escalas necessitam que algumas notas sejam
consistentemente modificadas por sustenidos ou bemóis. Por exemplo na
tonalidade de sol maior a nota que define o tom é o fá sustenido. Portanto a
armadura associada à tonalidade de sol maior é a armadura com um sustenido.
No entanto, o fato de se ter uma armadura com um sustenido não garante que a
tonalidade da obra seja um sol maior. Muitos outros fatores determinam a
tonalidade de uma peça. Isto é particularmente certo com relação aos tons
menores. A famosa Tocata e Fuga em Ré Menor, BWV 538 (Tocata e Fuga
Dórica) de Bach, é assim chamada porque, embora seja em ré menor, não possui
armadura, implicando que é em Ré Dórico. No lugar da armadura, os sis
bemóis necessários para a tonalidade de ré menor são escritos com acidentes
tantos vezes quantas forem necessárias.
Duas tonalidades que compartilham a mesma armadura são chamadas
de tonalidades relativas.
Quando os modos tais como o lídio e o dórico são escritos utilizando as
armaduras eles são chamados de modos transpostos.

7. COMPASSO MUSICAIS
Na notação musical, um compasso é uma forma de dividir quantitativamente
em grupos os sons de uma composição musical, com base em batidas e pausas.
Os compassos facilitam a execução musical, ao definir a unidade de tempo, o
pulso e o ritmo da composição ou de partes dela. Os compassos são divididos
na partitura a partir de linhas verticais desenhadas sobre a pauta. A soma dos
valores temporais das notas e pausas dentro de um compasso deve ser igual à
duração e definida pela fórmula de compasso.
Em uma fórmula de compasso musical, o número de baixo indica em quantas
partes uma semibreve deve ser dividida para obtermos uma unidade de duração
(na notação atual, nenhuma nota tem valor fixo, por isso todas as demais
durações são definidas como frações de uma semibreve). O número de cima
define quantas unidades de tempo o compasso contém. No exemplo abaixo
estamos perante a um tempo de "quatro por quatro". Isso significa que a unidade
de tempo tem duração de 1/4 da semibreve (uma semínima) e o compasso tem 4
unidades de tempo. Neste caso, uma semibreve iria ocupar todo o compasso.
Cada compasso pode ter qualquer combinação de notas e pausas, mas a soma de
todas as durações nunca pode ser menor nem maior que a duração indicada pela
fórmula (quatro unidades de tempo neste exemplo).
A fórmula de compasso é escrita no início da composição ou de cada uma de
suas seções e quando ocorre mudança de fórmula durante a música (nesse caso
esta mudança é escrita diretamente no compasso que tem a nova duração). Os
compassos podem ser classificados de acordo com dois critérios: se levarmos em
conta as notas que os compõem podemos dividi-los em simples e compostos. Se
por outro lado considerarmos a métrica, eles podem
ser binários, ternários, quaternários.
COMPASSO SIMPLES
Compasso simples é aquele em que cada unidade de tempo corresponde à
duração determinada pelo denominador da fórmula de compasso. Por exemplo
um compasso 2/4 possui dois pulsos com duração de 1/4 (uma semínima) cada.
Os tipos mais comuns de compassos simples possuem 2 ou 4 no denominador
(2/2, 2/4, 3/4, 3/8, 4/4 entre outros). Mas também o compasso unário (1/4) deve
fazer parte dos compassos simples. Segundo a escola alemã, só compassos com
um tempo forte são simples, mas a escola francesa considera também os
compassos quaternários como simples, embora eles tenham dois tempos fortes.
COMPASSOS COMPOSTOS
Compasso composto é aquele em que cada unidade de tempo é subdividida em
três notas, cuja duração é definida pelo denominador da fórmula de compasso.
Por exemplo, no compasso 6/8, o denominador indica que uma semibreve foi
dividida em 8 partes (em colcheias) e o numerador indica quantas figuras
preenchem o compasso, ou seja, o compasso é formado por 6 colcheias. No
entanto a métrica deste compasso é binária, ou seja, dois pulsos por compasso.
Por isso cada unidade de tempo não é uma colcheia, mas sim um grupo de três
colcheias (ou uma semínima pontuada). Como cada pulso é composto de três
notas, esse compasso é definido como composto. Segundo a escola francesa
obtém-se um compasso composto multiplicando um compasso simples pela
fracção de 3/2 por exemplo: o compasso 2/4 é binário simples, (2/4) *(3/2) = 6/8
que corresponde a um binário composto. 3/4 é ternário simples, (3/4)* (3/2) =
9/8 que corresponde a um ternário composto 4/4 é quaternário simples,
(4/4)*(3/2)= 12/8 que corresponde a um quaternário composto.[1]
Segundo a teoria alemã, no entanto, cada compasso com mais de um tempo forte
são compassos compostos, então também o 4/4.[2]
Os exemplos em seguir são compassos compostos considerados pelas duas
escolas:
Dica: quando o compasso e ex: 6/4 ele e binário pois 6 é múltiplo de 2, quando é
9/4 e ternário pois 9 e múltiplo de 3.

COMPASSOS BINÁRIOS
Célula rítmica formada por dois tempos. O pulso é forte - fraco, ou seja, o
primeiro tempo do compasso é forte e o segundo é fraco.
Um ritmo binário pode ser simples ou composto. Exemplos de binários simples
são os compassos 2/8, 2/4, 2/2. Alguns exemplos de binário composto são 6/4
6/8. (Alguns teóricos incluem também o 4/4 como tipo binário, para eles não
existem compassos quaternários, a não ser que eles tenham um só tempo forte
seguido por três tempos fracos.) Os compassos quaternários contêm quatro
pulsações em cada compassos daí o nome quaternário.
O ritmo binário é utilizado em marchas, em algumas composições de música
erudita e de jazz, além de muitos ritmos populares, tais como
o frevo, baião, samba, blues, polca, rumba, fado, bossa nova, etc.

COMPASSO TERNÁRIO
Métrica formada por três tempos, o ternário pode ser simples (por exemplo 3/4,
3/2) ou composto (como 9/8, 9/16, sempre em divisão ternária). Os principais
ritmos a utilizar o ternário simples é a valsa e a guarânia. A forma composta é
usada principalmente em danças medievais, na música erudita e no jazz.

COMPASSO QUATERNÁRIO
Compõe-se de quatro tempos. Pode ser formada pela aglomeração de dois
binários, simples ou compostos. A aglomeração pode ser notada quando o
primeiro tempo é acentuado, segundo e quarto são fracos e o terceiro tem
intensidade intermediária.
São alguns exemplos de compasso quaternário simples 4/2, 4/4, 4/8, 4/16. De
quaternários compostos, podemos citar 12/4, 12/8, 12/16.

SÍMBOLOS DA NOTAÇÃO MUSICAL MODERNA

Linhas
Pauta ou Pentagrama
São cinco linhas e quatro espaços. A pauta musical serve para escrever
as partituras (feitas com notas, pausas, claves, etc.)
Linhas e espaços suplementares
São linhas que existem acima ou abaixo da pauta porque nem sempre
as 5 linhas e 4 espaços são suficientes para receberem todas as notas
musicais. Quando acima do nível normal da pauta, são chamadas
de Linhas Suplementares Superiores (LSS); Quando abaixo do nível
normal da pauta, são chamadas de Linhas Suplementares Inferiores
(LSI).

Linhas de compasso
Usada para separar dois compassos.

Linha de compasso dupla


Usada para separar duas secções da música indicando mudanças em sua
estrutura, tais como ritmo, tonalidade e andamento.

Linha de compasso tracejada


Subdivide compassos.

Barra dupla
Marca o fim de uma composição.
Colchete
Um colchete é usado para conectar duas ou mais linhas de música que
soam simultaneamente. No uso contemporâneo, ele normalmente
conecta pautas de conjuntos de instrumentos individuais (por
exemplo, flauta e clarinete; duas trombetas; etc.) ou partes vocais
múltiplas.

Sistema
Uma chave é usada para conectar duas ou mais linhas de música que
são tocadas simultaneamente, geralmente quando se usa uma pauta
dupla. O sistema conecta várias partes para um único instrumento, por
exemplo, as pautas direita e esquerda de um piano ou harpa). O Sistema
é usado para piano, harpa e alguns Instrumentos de percussão de
altura definida.

Notas e pausas
Valores de duração de notas e Pausas não são definidos absolutamente, mas
são proporcionais à duração das demais notas e pausas. Para efeito de definição,
a duração de uma semibreve será tomada como uma "duração de referência"
(R).
OBS: Algumas notas não são mais usadas por isso podem ser descartadas. ex:
Máxima, Longa e a Quartifusa.
Nota Duração Pausa

Máxima
Arcaica. Não é usada desde a música medieval.
Duração R × 8

Longa
Arcaica. Não é usada desde a música medieval.
Duração: R × 4
Breve
Arcaica. Raramente utilizada na música.
Duração: R × 2

Semibreve
É a figura usada atualmente como referência de tempo
Duração: R

Mínima
Duração: R/2
Semínima
Duração: R/4

Colcheia
Duração: R/8

Semicolcheia
Duração: R/16

Fusa
Duração: R/32

Semifusa
Duração: R/64

Quartifusa
Uso extremamente raro
Duração: R/128

Notas unidas
linhas de união conectam grupos de colcheias e notas menores, para
facilitar a leitura.

Nota pontuada
O uso de pontos à direita da figura permite prolongar a duração de uma
nota. Um ponto aumenta a duração de uma nota em metade do tempo
original. Dois pontos aumentam três quartos da duração original, três
pontos aumentam sete oitavos e assim por diante. Pausas também
podem ser pontuadas da mesma forma que as notas.
Compassos de espera
Marcação abreviada de pausa, indicando por quantos compassos deve-
se manter a pausa.

Marcas de interrupção

Marca de respiração
Indica o momento correto de fazer uma inspiração, pequena pausa antes
da próxima nota.

Corte
Indica que o músico deve silenciar completamente
seu instrumento entre uma nota e a próxima.

Claves
Claves definem a faixa de altura ou a tessitura que a pauta representa.

Clave de Sol
O centro da espiral define a linha onde ela pousa como o Sol4 . Na
posição mostrada, o Sol4 está na segunda linha da pauta.

Clave de Fá
A linha entre os pontos indica o Fá abaixo do Dó central do piano, ou
Fá3 . Nesta posição a quarta linha indica a nota Fá3.
Clave de Dó
Esta clave indica qual linha representa o Dó central do piano - Dó3 .
Nesta posição é a terceira linha que assume a nota Dó3.
Clave de percussão
Usada para instrumentos sem altura definida, em geral instrumentos de
percussão. Cada linha ou espaço representa um instrumento diferente
em um conjunto de percussão, tal como uma bateria. Dois estilos de
clave de percussão são mostrados aqui.

As claves de Dó, Fá e Sol podem ser modificadas por números de oitavas. Um


oito ou quinze sobre a clave indica que a tessitura da pauta será elevada em uma
ou duas oitavas respectivamente. De forma similar um oito ou quinze sob a clave
rebaixa a tessitura em uma ou duas oitavas respectivamente.
Acidentes e armaduras de clave
Acidentes modificam a altura das notas à sua direita e de todas as notas na
mesma posição na pauta até o final do compasso corrente.

Bemol
Abaixa a altura da nota que se segue em um semitom.

Duplo bemol
Abaixa a altura da nota em seu nível em um tom (dois semitons).

Meio bemol
Abaixa a altura da nota que se segue em um quarto de tom.

Bemol e meio
Abaixa a altura da nota que se segue em três quartos de tom.

Sustenido
Eleva a altura da nota que se segue em um semitom.

Duplo sustenido
Eleva a altura da nota em seu nível em um tom (dois semitons).

Meio sustenido
Eleva a altura da nota que se segue em um quarto de tom.
Sustenido e meio
Eleva a altura da nota que se segue em três quartos de tom.

Bequadro
Cancela qualquer acidente prévio na mesma nota.

Armadura de clave - define a tonalidade da música, indicando quais notas têm


sua altura modificada por bemóis ou sustenidos durante toda a música ou até que
uma nova armadura de clave seja utilizada. Se nenhum acidente for colocado
junto à clave, o tom da música é Dó maior ou Lá menor. Os exemplos mostrados
estão em clave de sol.
Armadura com bemóis
Abaixa a altura de todas as notas indicadas pelos bemóis nas posições
indicadas junto à clave e as notas de mesmo nome em qualquer oitava.
Os bemóis são acrescentados de acordo com a sequência do ciclo das
quartas, ou seja, Si♭, Mi♭, Lá♭, Ré♭, Sól♭, Dó♭ e Fá♭. Tonalidades
diferentes são indicadas pelo número de acidentes. Por exemplo, se os
dois primeiros bemóis são usados (Si♭ e Mi♭), a tonalidade é Si♭ maior
ou Sol menor.
Armadura com sustenidos
Eleva a altura de todas as notas indicadas pelos sustenidos nas posições
indicadas junto à clave e as notas de mesmo nome em qualquer oitava.
Os sustenidos são acrescentados de acordo com a sequência do ciclo
das quintas, ou seja, Fá#, Dó#, Sol#, Ré#, Lá#, Mi# e Si#. Tonalidades
diferentes são indicadas pelo número de acidentes. Por exemplo, se os
quatro primeiros sustenidos são usados (Fá#, Dó#, Sol# e Ré#), a
tonalidade é Mi maior ou Dó# menor.

Fórmula de compasso
A marcação de Tempo define a métrica das notas, a duração dos compassos e a
pulsação da composição.
Fórmula de compasso
O numerador indica o tamanho do compasso em batidas ou pulsos. O
denominador indica qual valor de nota (em frações de uma semibreve)
serve de referência de tempo para o pulso. Por exemplo 4/4 indica que
há quatro pulsos por compasso e a semínima (1/4 de uma semibreve) é
a unidade de tempo.
Tempo quaternário
Este é o tempo mais usado e representa abreviadamente uma fórmula
de 4/4.

Tempo 2/2
Indica um tempo de 2/2.

Marca de metrônomo
Escrita no início da partitura ou após uma mudança de andamento,
indica precisamente a duração de uma unidade de tempo (ou de um
pulso), em batidas por minuto. Neste exemplo, a marca indica que 120
unidades de tempo (semínimas) ocupam um minuto, ou que a pulsação
é de 120 batidas por minuto (120 BPM).

Articulação
Ligadura
A ligadura é um sinal de forma semicircular que se coloca acima ou
abaixo das notas para ligar sons. Ela une duas notas de mesmo nome e
mesma altura que estejam em compassos separados. As durações das
notas são somadas e elas são executadas como uma única nota. (Se
englobar mais de duas notas não será ligadura, e sim, legato).
Legato
Notas cobertas por este símbolo devem ser tocadas sem nenhuma
interrupção como se fossem uma só. Existem 2 tipos de legato:
articulação e de frase ou fraseado. O legato de articulação liga duas
notas de nomes diferentes, ou ainda, de mesmo nome e mesma altura,
mas que estejam inseridas no mesmo compasso. O legato de frase ou
fraseado liga três ou mais notas de nomes diferentes,ou ainda, de
mesmo nome e mesma altura, mas que estejam inseridas no mesmo
compasso.
[1]

Glissando
Uma variação contínua de altura entre os dois extremos.
Marca de fraseado
Indica como as notas devem ser ligadas para formar uma frase. A
execução varia de acordo com o instrumento.

Tercina
Condensa três notas na duração que normalmente seria ocupada por
apenas duas. Se as notas forem unidas por uma barra de ligação, as
chaves ao lado do número podem ser omitidas. Grupos maiores podem
ser formados e recebem o nome genérico de quiálteras, em que um
certo número de notas é condensado na duração da maior potência de
dois menor que aquele número. Por exemplo, seis notas tocadas na
duração que seria ocupada por quatro notas.

Acorde
Três ou mais notas tocadas simultaneamente. Se apenas duas notas são
tocadas isso é chamado de intervalo.

Arpejo, Harpejo ou arpeggio


Como um acorde, mas as notas não são tocadas simultaneamente, mas
sim uma de cada vez em seqüência.

Dinâmica
Dinâmica musical é a forma como a intensidade ou volume de som varia ao
longo da música.
Pianississimo
Execução extremamente suave. Muito infrequentemente se vê
dinâmicas mais suaves que esta, que são representadas com ps
adicionais.

Pianissimo
Execução muito suave.

Piano
Suave.
Mezzo-piano
Suave, mas ligeiramente mais forte que o piano.

Mezzo-forte
Metade da intensidade do forte.

Forte
Execução com intensidade elevada.

Fortissimo
Muito forte.

Fortississimo
Execução extremamente forte. Muito infrequentemente se vê dinâmicas
mais fortes que esta, que são representadas com fs adicionais.

Sforzando
Denota um aumento súbito de intensidade.

Forte-piano
Uma dinâmica da música em que a música deve ser inicialmente tocada
fortemente (forte), em seguida imediatamente suavemente (piano).

Crescendo
Um crescimento gradual do volume. Esta marca pode ser estendida ao
longo de muitas notas para indicar que o volume cresce gradualmente
ao longo da frase musical.
Diminuendo
Uma diminuição gradual do volume. Pode ser estendida como o
crescendo.

Acentos
Acentos indicam como notas individuais devem ser tocadas. A combinação de
vários símbolos pode indicar com mais precisão a execução esperada.

Staccato
A nota é destacada das demais por um breve silêncio. Na prática há
uma diminuição no tempo da nota. Literalmente significa "destacado".

Staccatissimo
A nota é mais curta ficando mais separada das demais.

Acento
A nota deve ser executada com vigor e suavizada em seguida.

Pizzicato
Uma nota de um instrumento de corda com arco, em que a corda é
pinçada ao invés de tocada com o arco.

Snap pizzicato (pizzicato Bartók)


Em um instrumento de corda indica que a corda é muito esticada longe
do corpo do instrumento e solta para provocar um estalo.

Harmônica natural
Tocada em um instrumento de corda pela divisão suave da corda em
frações da série harmônica. Produz um timbre diferente da execução
normal.
Tenuto
Uma nota sustentada. A combinação de um tenuto com um staccato
produz um "portato", ou portamento em que cada nota é tocada pelo
tempo normal, como o marcato mas levemente ligada às notas vizinhas.

Fermata
Uma nota sustentada indefinidamente, tendo sua duração original
prolongada ao gosto do executante. A fermata também pode aparecer
sobre pausa, indicando uma suspensão, ou sobre a barra de compasso,
indicando uma cesura.

Sull'arco
Em um instrumento de corda, a nota é produzida pela subida do arco.

Giù arco
Como o anterior, mas na descida do arco.

Ornamentos
Ornamentos provocam diversas alterações na altura, duração ou forma de
execução de cada nota.
Trilo
Uma alternância rápida entre a nota especificada e o tom ou semitom
imediatamente mais agudo, durante toda a duração da nota (forma
geralmente tocada, pode variar consoante o estilo da peça. Ex: no
Barroco, geralmente começa-se o trilo pela nota acima da que está
escrita, e não pela nota real.)
Mordente
A execução da nota especificada seguida do semitom acima do
especificado e a volta à altura normal, durante o valor da nota Equivale
a tocar três notas ligadas no tempo do valor da nota. Na forma da figura
é chamado de mordente superior. Quando cortado por uma linha
vertical no centro do ornamento, o semitom inserido na nota é abaixo
da nota normal e o mordente é chamado de inferior.
Grupetto
O grupetto é uma figura(ornamento musical) que se parece com um "S"
deitado, que transforma a execução da nota marcada como se fosse um
mordente superior e um inferior nesta ordem, de acordo com a duração
da nota. Sua execução é feita tocando-se a nota acima da marcada,
seguindo com a nota marcada, a nota abaixo da marcada e então a nota
marcada novamente. O tempo da execução do grupetto deve ser o
mesmo tempo da nota marcada.

appoggiatura
A primeira metade da duração da nota principal é tocada com a altura
da nota ornamental.

acciaccatura
Semelhante à appoggiatura, mas a nota ornamental é tocada muito
rapidamente e não chega a "roubar" metade do tempo da nota principal.

Oitavas

Ottava alta
Ou oitava acima. Notas abaixo da linha pontilhada são tocadas uma
oitava acima do escrito.

Ottava bassa
Ou oitava abaixo. Notas abaixo da linha pontilhada são tocadas uma
oitava abaixo do escrito.

Quindicesima alta
Notas abaixo da linha pontilhada são tocadas duas oitavas acima do
escrito.

Quindicesima bassa
Notas abaixo da linha pontilhada são tocadas duas oitavas abaixo do
escrito.

Marcas de pedal
Marcas de pedal usadas pelos pianistas.

Inicia pedal
Indica ao pianista que pise no pedal de sustentação.
Libera pedal
Indica ao pianista que solte o pedal de sustentação.

Marca de pedal variável


Denota o uso freqüente do pedal de sustentação. A linha inferior indica
que o pedal deve permanecer abaixado por todas as notas em que ela se
encontra. As marcas em V invertido indicam que o pedal deve ser
liberado brevemente e apertado novamente.

Repetições e Codas

Tremolo
Uma nota repetida rapidamente. Se a marca está entre duas notas então
elas devem ser alternadas rapidamente.

Marcas de repetição ou ritornelo
Delimitam uma passagem que deve ser tocada mais de uma vez. Se não
houver uma marca à esquerda, a marca à direita faz retornar para o
início da música.

Simile
Indica que os grupos precedentes de compassos ou tempos devem ser
repetidos.

Chaves de volta
Denotam que uma passagem repetida deve ser tocada de forma
diferente a cada vez. A chave 1 é tocada antes da repetição, o trecho
anterior é repetido e quando chega novamente ao mesmo ponto, a
execução passa para a segunda chave. Pode haver variações para uma
terceira repetição e assim sucessivamente.
Da capo
Indica que o músico deve repetir a última parte. Em obras extensas,
freqüentemente indica voltar ao início da peça. Se seguido por al
fine indica que a música só deve ser repetida até a marca fine. Se for
seguida por al coda a música deve ir até a marca de coda (ver abaixo) e
pular para o trecho final.
Dal segno
Indica que a execução deve ir para o segno mais próximo. É seguido
por al fine ou al coda, da mesma forma que da capo.

Segno
Marca usada com dal segno.

Coda
Indica um pulo para a frente na música até a passagem final, indicada
pelo mesmo sinal. Só é usada depois que a música já foi executada uma
vez e uma indicação D.S. al coda ou D.C. al coda foi seguida.

ANDAMENTO
Chama-se de andamento o grau de velocidade do compasso. No italiano, idioma
utilizado tradicionalmente na música, andamento se traduz como tempo, frequentemente
usado como marca em partituras.[1]
Ele é determinado no princípio da peça, e algumas vezes no decurso desta. Os termos
são, geralmente, em italiano, mas muitos compositores os escrevem em sua língua
materna.
Tempos musicais:
Andamento bpm Definição

19 ou
Gravissimo extremamente lento
menos

Grave 20-40 lento e solene

Larghissimo 40-45 lentamente

Largo 45-50 amplamente

Larghetto 50-55 mais amplo que o largo

Adagio 55-65 suave, vagaroso e imponente

Adagietto 65-69 vagaroso, pouco mais rápido que adagio

Andantino 78-83 pouco mais lento que o andante

Marcia
83-85 moderado, à maneira de uma marcha
Moderato

Andante 75-107 em ritmo do andar humano, agradável e compassado

Andante
90-100 entre o andante e o moderato
Moderato

Moderato 108-112 moderado (nem rápido, nem lento)

Allegro
112-115 moderamente rápido
Moderato

Allegro ma non não tão ligeiro como o allegro; também chamado de


116-119
troppo allegretto

Allegro 120-139 ligeiro e alegre

Vivace 140-159 rápido e vivo

mais rápido e vivo que o vivace; também chamado


Vivacissimo 160-169
de molto vivace
Alegricissimo 168-177 rápido e animado

Presto 180-200 extremamente rápido

Prestissimo 200 ou mais muito rapidamente, com toda a velocidade e presteza

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