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Componente Curricular: Língua Portuguesa e Literatura Brasileira II

Docente: Ivan Rozario Júnior


Cursos: Técnico em Aquicultura Integrado ao Ensino Médio
Técnico em Pesca Integrado ao Ensino Médio
Turmas: 2º anos Turno: Matutino/Vespertino

ESTUDOS LITERÁRIOS:
Conteúdos – A Literatura Medieval e o Trovadorismo / O Ciclo Humanístico e Renascentista

Síntese (1ª parte):

Conforme as palavras do Prof. Antônio Cândido, entende-se por literatura “todas as criações de toque
poético, ficcional ou dramático em todos os níveis de uma sociedade, em todos os tipos de cultura, desde o
que chamamos folclore, lenda, chiste, até as formas mais complexas e difíceis da produção escrita das
grandes civilizações”. Ou seja, é a “manifestação universal de todos os homens em todos os tempos”.

Nesse momento, vamos estudar a Literatura Medieval a fim de compreender o seu contextohistórico de
produção e os principais autores e obras dessa estética literária.

(Fonte: https://www.cidadeecultura.com/igreja-matriz-de-sao-sebastiao-valinhos/. Acesso em maio/2023.)

Produzida ao logo da Idade Média (século V até o século XV), a Literatura Medieval apresenta obras
marcadas pelo forte apelo aos temas religiosos, cujos autores eram monges, arcebispos, bispos e papa.
Essa literatura é restrita aos membros do clero e da nobreza, já que grande parte da população era
analfabeta.

A Literatura Medieval desenvolve-se sob influências do contexto histórico e social da época.Na primeira
fase da Idade Média, denominada “Alta Idade Média”, que vai do século V ao século IX, destaca-se o
Sistema Feudal exercendo grande influência política, econômica, cultural e social;uma forte expansão de
reinos e o advento do Islamismo (século VII, Maomé). Já a segunda fase da Idade Média, chamada “Baixa
Idade Média”, compreende os séculos X ao XV, nota-se uma criseno Sistema Feudal; a expansão do
Cristianismo (Cruzadas); o renascimento urbano e comercial ea formação de monarquias.

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(Iluminura medieval em que servos oferecem peças de um animal ao senhor feudal.)
(Fonte: googleimagens.com. Acesso em maio/2023)

 As características principais da Literatura Medieval podem ser assim sintetizadas:

 Temas religiosos (alma humana, santos, existência de Deus, moral cristã, um olhar sobre o
cotidiano da vida sob uma ótica religiosa);
 Textos escritos nos pergaminhos na língua latina (falada pelo clero e nobreza);
 Produção de livros a mão (produção em monastérios), destacam-se os monges copistas;
 Presença de histórias épicas (feitos heroicos), relatos de guerras e batalhas, cavaleiros,
cruzadas;
 Uso de textos religiosos (passagens da Bíblia) para fins educativos devido ao analfabetismo.

 Os principais expoentes da Literatura Medieval são:

 Dante Alighieri
 Giovanni Boccaccio
 Santo Agostinho
 São Tomás de Aquino
 Pedro Abelardo
 Geoffrey Chaucer
 Boccio
 Paio Soares de Taveirós

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TROVADORISMO

Movimento literário e poético surgido durante a Idade Média, no século XI, na localidade deProvence
(sul da França) que se espalhou por toda a Europa, tendo o seu declínio no século XIV quando começa
o Humanismo.

(Fonte: googlemaps.com Acesso em maio/2023.)

O Trovadorismo, na Baixa Idade Média, é considerado a primeira manifestação literária de língua


portuguesa, sendo a sua linguagem musical, poética, popular, dialógica, crítica, lírica e satírica. Nessa
produção literária, destacam-se três personagens: o trovador – que era o autor dascomposições; o jogral,
cantor dessas composições; e o menestrel – considerado superior ao jogral por saber tocar e cantar,
apresentando mais instrução e habilidades artísticas.

(Fonte: https://poesiatgp.wordpress.com)

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 As características mais marcantes da escola literária trovadora ou trovadoresca são:

 Relação entre poesia e música;


 Gênero lírico e satírico;
 Veneração ao ser amado;
 Retratação da amizade;
 Crítica ao contexto político e social;
 Trocadilhos e termos ambíguos;
 Retratação do modo de vida na aristocracia feudal.

O Trovadorismo é esteticamente marcado pela poesia e pela prosa. A Poesia Trovadorescadividia-se


entre poesia satírica (temas profanos e críticas sociais) e poesia lírica (temas amorosos). Já a Prosa
Trovadoresca era dividida em novelas de cavalaria (cavaleiros medievais), cronições (crônicas de valor
histórico), nobiliários (histórias de nobres medievais) e hagiografias (biografias de santos). As principais
obras trovadorescas são as cantigas, destacando-se Paio Soares de Taveirós, Dom Dinis, Dom Duarte,
Martim Codax, João Soares Paiva e João Garcia de Guilhade como proeminentes trovadores.

Representação dos Trovadores

As cantigas trovadorescas se dividem em líricas e satíricas. Nas cantigas líricas encontram-se as de


amor e as de amigo, e nas cantigas satíricas encontram-se as de escárnio e as de maldizer.

Podemos notar que nas cantigas de amigo o eu lírico é representado como uma mulher,o trovador se
coloca como o eu feminino ao cantar a canção e fala sobre seu amado (amigo) normalmente no primeiro
verso. Já nas de amor, o eu lírico se coloca na posição de vassalo, se coitando por não ter o amor de sua
amada (a senhoria). Nas cantigas de escárnio, normalmente não há o nome da pessoa satirizada e a
expressão é de forma irônica. Por outro lado, nas cantigas de maldizer o satirizado é de forma direta e é
nomeado.

Pergaminho de uma cantiga de


amigo de Martim Codax.

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Produção literária do Trovadorismo

Com o intuito de compreender a linguagem trovadoresca, observe as cantigas a seguir:

Cantiga da Ribeirinha, de Paio Soares Taveirós


No mundo nom me sei parelha,
mentre me for como me vai;
ca ja moiro por vós, e ai!,
mia senhor branca e Datada do século XII, essa cantiga é
vermelha,queredes que vos considerada o primeiro texto literário em
retraia quando vos eu vi em galego-português, foi escrita por Paio
saia?
Soares de Taveirós que a dedicou a D. Maria
Mao dia me levantei,
Paes Ribeiro – apelidada "A Ribeirinha",
que vos entomnom vi feia!
amante do rei D. Sancho I. Fazendo parte do
E, mia senhor, trovadorismo, a cantiga é classificada como
desaquelha,me foi a mi de amor, por possuir o eu-lírico masculino,
mui mal di' ai! E vós, falando de um amor platônico.
filha de Dom Pai
Moniz, en bem vos semelha
d' haver eu por vós
gabundarvaia?Pois eu, mia
senhor, d' alfaia nunca de vós
houve nem hei
valia d'ua correia!”

Tradução:

No mundo ninguém se assemelha a mim (parelha: semelhante)enquanto


a vida continuar como vai,
porque morro por vós, e ai
minha senhora de pele alva e faces
rosadas,quereis que vos descreva (retrate)
quando vos eu vi sem manto (saia: roupa íntima)
Maldito dia! me levantei
que não vos vi feia (ou seja, a viu mais bela)

E, mia senhora, desde aquele dia,


ai!tudo me foi muito mal
e vós, filha de don Pai
Moniz, e bem vos
parece
de ter eu por vós guarvaia (guarvaia: roupa luxuosa)
pois eu, minha senhora, como mimo (ou prova de amor)
de vós nunca recebi
algo, mesmo que sem valor. (correa: coisa sem valor)

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Cantiga de amor, de Bernardo de Bonaval

"A dona que eu amo e tenho por Senhor


amostra-me-a Deus, se vos en prazer As cantigas de amor são escritas
for,se non dade-me-a morte. em primeira pessoa, o eu- poético
A que tenh'eu por lume d'estes olhos meus declara seu amor a uma dama,
e porque choran sempr(e) amostrade-me-a Deus, tendo como pano de fundo o
se non dade-me-a morte. ambiente palaciano. É por este
Essa que Vós fezestes melhor parecer motivo que ele se dirige a ela,
de quantas sei, a Deus, fazede-me-a veer, chamando-a de senhora. Esse tipo
se non dade-me-a morte. de cantiga mostra a servidão
A Deus, que me-a fizestes mais amar, amorosa dentro dos mais puros
mostrade-me-a algo possa con ela padrões da vassalagem. Dessa
falar,se non dade-me-a morte." forma, a mulher é vista como um
ser inatingível, uma figura
idealizada, a quem é dedicado um
amor sublime também idealizado
(amor platônico convencionado
por um tipo de “amor cortês”).

Cantiga da amigo, de Dom Dinis

"Ai flores, ai flores do verde


pino, se sabedes novas do meu
Nas cantigas de amigo o eu-poético é
amigo!ai Deus, e u é?
feminino, no entanto, seus autores são
Ai flores, ai flores do verde
homens - essa é a principal característica
ramo, se sabedes novas do meu
que as diferencia das cantigas de amor,
amado!ai Deus, e u é? onde o eu-lírico é masculino. Além disso, o
Se sabedes novas do meu amigo, ambiente descrito nas cantigas de amigo
aquel que mentiu do que pôs não é mais a corte e, sim, a zona rural. Os
comigo!ai Deus, e u é? cenários são de uma mulher camponesa,
Se sabedes novas do meu amado, característica que reflete a relação dos
aquel que mentiu do que mi há nobres com as plebeias. Esta é, sem
jurado!ai Deus, e u é?" dúvida, uma das principias marcas do
patriarcalismo da sociedade portuguesa.
Essas cantigas são a expressão do
sentimento feminino. Nesse contexto, a
mulher sofre por se ver separada do amigo
(que também pode ser o amante ou o
namorado). Ela vive angustiada por não
saber se o amigo voltará ou não, ou ainda,
se a trocará por outra.

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Cantiga de Escárnio, de João Garcia de Guilhade

"Ai dona fea! Foste-vos queixar


Que vos nunca louv'en meu
trobarMais ora quero fazer un
cantar
En que vos loarei toda via;
E vedes como vos quero
loar: Dona fea, velha e
sandia! As cantigas de escárnio são
Ai dona fea! Se Deus mi
cantigas que apresentavam, em
pardon!E pois havedes tan
geral, uma crítica indireta e irônica.
gran coraçonQue vos eu loe
en esta razon, Vos quero já Portanto, nesse tipo de
loar toda via; composição, podemos encontrar
E vedes qual será a expressões ambíguas, ou seja,
loaçon: Dona fea, velha com duplo sentido..
e sandia!
Dona fea, nunca vos eu loei
En meu trobar, pero muito
trobei;Mais ora já en bom
cantar farei En que vos loarei
toda via;
E direi-vos como vos
loarei:Dona fea, velha e
sandia!"

Cantiga de Maldizer, de Afonso Eanes de Coton

Marinha, o teu folgar


tenho eu por
desacertado,e ando
maravilhado As cantigas de maldizer são agressivas,
de te não ver rebentar; abertamente eróticas, a sátira é expressa de
pois tapo com esta forma direta, sem meias palavras, chegando
minha boca, a tua boca, a usar termos chulos. Escritas, às vezes,
Marinha;e com este pelos mesmos autores das cantigas de amor
nariz meu, tapo eu, e de amigo, revelam um terceiro "eu lírico",
Marinha, o teu; cuja licenciosidade se aproxima da vida das
com as mãos tapo as
orelhas,os olhos e as
camadas sociais mais populares.
sobrancelhas, tapo-te ao
primeiro sono;
com a minha piça o teu
cono;e como o não faz
nenhum, com os colhões
te tapo o cu. E não
rebentas, Marinha?

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Síntese (2ª parte):
O CICLO HUMANÍSTICO E RENASCENTISTA

Como você percebeu, na primeira época medieval, entre os séculos XII e XIV, as cantigas trovadorescas
protagonizam a vida cultura e as manifestações literárias galego-portuguesas. A segunda época medieval
é marcada por uma transição denominada Humanismo – um movimento intelectual e artístico surgido no
século XV, na Itália, com o Renascimento, inspirado na civilizaçãogreco-romana.

O Humanismo rompe o pensamento teocêntrico (Deus como centro do Universo) da Idade Média e,
consequentemente, valoriza um saber crítico voltado para um maior conhecimento do homem e uma
cultura que promove o desenvolvimento das potencialidades da condição humana. Na Literatura, esse
movimento representa a transição entre o Trovadorismo e Classicismo, assim como da Idade Média para
a Idade Moderna.

O termo humanismo está etimologicamente atrelado à palavra latina “humanitas”, implica valorizar o
ser humano a condição humana, isto é, o homem provido de uma capacidade racional é considerado a
finalidade das coisas – Antropocentrismo, o que lhe permite compreender melhoro mundo e o próprio ser.

(Homem Vitruviano (1590) de Leonardo da Vinci:símbolo do antropocentrismo humanista)

As características marcantes do Humanismo são:


 Racionalismo (razão acima da emoção);
 Antropocentrismo (o homem é o centro do Universo);
 Surgimento da burguesia;
 As emoções humanas começam a ser valorizadas pelos artistas;
 Valorização do corpo humano;
 Afastamento de dogmas da Igreja Católica;
 Valorização de debates e opiniões divergentes;
 Valorização do racionalismo e do método científico;
 Busca da beleza e perfeição;
 Hedonismo (hipervalorização dos prazeres carnais).
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Destacam-se, na estética humanista: Dante Alighieri (1265-1321), autor de A Divina Comédia;
Francesco Petrarca (1304-1374), inventor do soneto – 14 versos; Giovanni Boccaccio (1313-1375), autor
de Decameron. Em Portugal, destacam-se Fernão Lopes, com as crônicas sobre a vida dos reis
portugueses, e Gil Vicente, no teatro, como o Auto da Barca do Inferno.

A produção da Literatura Humanista foi muito inovadora dadas as perspectivas estético -literárias:

1. Poesia Humanista: com traços semelhantes aos da poesia trovadoresca, nela separa-se amúsica da
poesia. A poesia passa a ser declamada nos palácios, sendochamada de poesia palaciana;

Representação da poesia palaciana

2. Crônicas Históricas: visavam relatar a vida dos reis por meio dos documentos históricos;nos
textos havia rigor e objetividade na forma e no conteúdo;

3. Novelas de Cavalaria: histórias ficcionais, de aventuras, nas quais as personagens revelam


heroísmo, lealdade e religiosidade.

4. Textos Teatrais: eram escritos para a representação, sendo divididos em Autos e Farsas. Estas
tratavam do cotidiano da sociedade da época, com traços de humorsobre os tipos e costumes sociais.
Já aqueles eram peças curtas sobre cenas bíblicas.

O TEATRO DE GIL VICENTE

O teatro de Gil Vicente foi a principal manifestação literária em Portugal. Durante a primeira época
medieval, o teatro era ligado à Igreja e consistia na encenação, realizadas em igrejas e monastériosno geral,
de episódios bíblicos e da vida dos santos, ou na tentativa de transmissão de preceitos morais
(representação de ideias como os vícios e as virtudes). O teatro, em Portugal, com Gil Vicente é produzido
fora dos domínios da Igreja, instaurando o desenvolvimento de um teatro leigo(não religioso).
Esse novo teatro, cujo público-alvo era os monarcas portugueses e sua corte, caracterizava-se por
uma rica linguagem poética e pela sátira cruel aos costumes da sociedade portuguesa. Gil Vicente
construiu imagens, ambiguidades, ironias e trocadilhos que satirizam e criticam os comportamentos
considerados condenáveis por ele. Ao mesmo tempo que visava à diversão do público, o seu teatro
almejava a moralização dos costumes e a reforma dos homens. Esse caráter moralizante e reformador
de sua obra não tinha como alvo as instituições – por exemplo a Igreja, mas os homens corruptos e
inescrupulosos que delas participavam.
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AUTO DA BARCA DO INFERNO – GIL VICENTE

Ilustração de Douglas Docelino


Fonte: googleimagens.com Acesso em maio/2023.)

INFORMAÇÕES GERAIS:

 O Auto da Barca do Inferno ou Auto da Moralidade é uma obra de dramaturgia que foi escrita em
1517 pelo escritor humanista português Gil Vicente.
 Essa peça é uma das mais emblemáticas do dramaturgo, considerado o “pai do teatro português”.
 Foi encenada em 1531 e faz parte da Trilogia das Barcas, ao lado do Auto da Barca do Purgatório e
o Auto da Barca da Glória.
 Lembre-se que “auto” é um gênero que surgiu na Idade Média. São textos curtos de temática cômica
e geralmente formados por um único ato.

RESUMO E ANÁLISE DA OBRA:

 Por meio da presença de dois barqueiros, o Anjo e o Diabo, eles recebem as almas dos passageiros
que passam para o outro mundo.
 A cena passa-se num porto e portanto, um dos barcos vai em direção ao céu, e outro para o inferno.
 A maioria dos personagens vão para a barca do inferno. Durante suas vidas não seguiram o caminho
de Deus, foram trapaceiros, avarentos, interesseiros e cometeram diversos pecados.
 Por outro lado, quem seguia os preceitos de Deus e viveu de maneira simples vai para a barca de
Deus. São eles: Joane, o parvo, e os quatro cavaleiros.
 O Auto da Barca do Inferno é um grande clássico da literatura portuguesa. Ele possui diversas sátiras
envolvendo a moralidade.
 Pelo destino das almas de alguns personagens, a obra satiriza o juízo final do catolicismo, além da
sociedade portuguesa do século XVI
 A alegoria do juízo final é um recurso utilizado pelo dramaturgo através de seus personagens (diabo e
anjo).
 Além disso, cada personagem possui uma simbologia associada à falsidade, ambição, corrupção,
avareza, mentira, hipocrisia, etc.

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PERSONAGENS E SEUS PECADOS:

 Diabo: capitão da barca do Inferno.


 Anjo: capitão da barca do Céu.
 Fidalgo: tirano e representante da nobreza. Teve uma vida voltada para o luxo e vai para o inferno.
 Onzeneiro: homem ganancioso, agiota e usurário. Por ter sido um grande avarento na vida ele vai para
o inferno.
 Joane, o parvo: personagem inocente que teve uma vida simples. Portanto, ele vai para o céu.
 Sapateiro: homem trabalhador, mas que roubou e enganou seus clientes. Assim, ele vai para o inferno.
 Frade: representante da Igreja, que vai para o inferno. Isso porque ele tinha uma amante, Florença, e
não seguiu os princípios do catolicismo.
 Brígida Vaz: alcoviteira condenada por bruxaria e prostituição que vai para o inferno.
 Judeu: personagem que foi recusado pelo Diabo e pelo Anjo por não ser adepto ao Cristianismo. Por
fim, ele vai para o inferno.
 Corregedor e Procurador: representantes da lei. Ambos vão para o inferno, pois foram acusados de
serem manipuladores e utilizarem das leis e da justiça para o bem e interesses pessoais.
 Cavaleiros: grupo de quatro homens que lutaram para disseminar o cristianismo em vida e portanto,
são absolvidos dos pecados que cometeram e vão para o céu.

(Fonte: https://www.todamateria.com.br/auto-da-barca-do-inferno/. Acesso em maio/2023.)

Referências:
BOSI, Alfredo. História concisa da literatura brasileira. 48ª. ed. São Paulo: Cultrix, 2012.
CEREJA, Willian Roberto; MAGALHÃES, Thereza Cochar. Português: Linguagens, Vol. Único. São Paulo:
Atual, 2006.
KOCH, Ingedore Grunfeld Villaça. Desvendando os segredos do texto. 7ª. ed. São Paulo: Cortez, 2011.
MOISÉS, Massaud. A literatura portuguesa. 37ª. ed. rev. e atual. São Paulo: Cultrix, 2008.

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