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CONTEXTO HISTÓRIO
Sua primeira manifestação foi em 1189 foi a Cantiga da Ribeirinha ou Cantiga
da Garvaia, de Paio Soares de Taveirós. Nessa época, vale ressaltar alguns fatores
determinantes na sociedade:
Sistema Feudal;
Sociedade agrícola;
Domínio da Igreja Católica;
Inicio da consolidação de Portugal como reino independente;
Inicio do fim da idade média(XII a XV);
Os Trovadores
Os trovadores eram, em geral, artistas de origem nobre, que escreviam e
cantavam as cantigas com o acompanhamento de instrumentos musicais. A reunião
em livro dos manuscritos ficou conhecida como “Cancioneiro”. Ao todo, são três:
Cancioneiro da Biblioteca, Cancioneiro da Ajuda e Cancioneiro da Vaticana.
Os artistas mais famosos são: Dom Duarte, Dom Dinis, Paio Soares de
Taveirós, João Garcia de Guilhade e Aires Nunes.
Cantigas Líricas:
Apesar de ser cantada por uma figura masculina, a voz que prevalece é a
feminina, na qual a figura da mulher não é mais vista sob o plano idealizado, e sim, no
concreto. A palavra ‘amigo’ nestas cantigas tem o significado de namorado. A
temática gira em torno da saudade ligada à vida cotidiana, relacionada a um amigo
que partiu para a guerra, ao ciúme, à indignação, à vaidade, aos encontros fortuitos,
biles e festas.
Cantigas Satíricas:
PRINCIPAIS CARACTERISTICAS:
CANTIGA DA RIBEIRINHA
Versão original em Galego-Português Adaptada para o Português atual.
No mundo non me sei parelha, No mundo ninguém se assemelha a mim
mentre me for' como me vai, Enquanto a vida continuar como vai,
ca ja moiro por vós - e ai! Porque morro por vós e - ai! –
mia senhor branca e vermelha, Minha senhora alva e de pele rosadas,
Queredes que vos retraia Quereis que vos retrate
quando vos eu vi em saia! Quando eu vos vi sem manto.
Mao dia me levantei, Maldito seja o dia em que me levantei
que vos enton non vi fea! E então não vos vi feia!
E, mia senhor, des aquelha E minha senhora, desde aquele dia, ai!
me foi a mí mui mal di'ai!, Tudo me ocorreu muito mal!
E vós, filha de don Paai E a vós, filha de Dom Paio
Moniz, e ben vos semelha Moniz, parece-vos bem
d'haver eu por vós guarvaia, Que me presenteeis com uma guarvaia,
pois eu, mia senhor, d'alfaia Pois eu, minha senhora, como presente,
nunca de vós houve nen hei Nunca de vós recebera algo,
valía dũa correa. Mesmo que de ínfimo valor.
Novelas de Cavalaria
Durante os séculos XIII e XV, também houveram produções em prosa narrativa
chamadas Novelas de cavalaria que eram redigidas em Latim e, em alguns casos,
foram traduzidas para o Galego-Português. Boa parte dessa produção tinha como
meta divulgar de valores cristãos e tratar dos grandes representantes da cultura
medieval, os cavaleiros e os santos.
Essas histórias tinham muito de paganismo e, por isso, foram traduzidas com
adaptações para o universo cristão e usadas como um meio de defender as cruzadas.