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1ºEncontro de

orientação
litúrgico -musical
Prof. Adriano Vieira
Programação

O papel da música litúrgica e do músico;


Introdução da Técnica vocal;
Ciclo do Ano litúrgico;
Divisão de vozes e instrumentos;
Cantos fixos da missa: Ato Penitencial, Kyrie, Glória,
Santo,
Cordeiro de Deus, (Amém) Doxologia
O papel da
música litúrgica
Música litúrgica

Nossas celebrações são Memorial e


Mistério. Recordando, em palavras e
gestos, os fatos salvíficos do passado, a
assembléia celebrante goza da certeza de
que o Deus de ontem, o Deus de hoje e de
sempre, aí está presente.
Música litúrgica

 A música, a mais espiritual de todas as artes, tem tudo


a ver com essa experiência. Que coisa, mais que o canto
em uníssono, acompanhado dos toques e sons
sugestivos de instrumentos e realçado pela força
comunicativa da dança, poderá nos fazer experimentar
juntos o invisível, o inefável, levando os corações a
vibrar juntos por aquelas “razões que a própria razão
desconhece”?
Música litúrgica

Há 16 séculos atrás, Stº. Agostinho, ao definir o


canto litúrgico como “profissão sonora da fé”, já
fala do “canto eclesiástico” como aquele que é apto
para cumprir a função litúrgica que dele se espera.
Trata-se, portanto, de uma arte essencialmente
funcional, vale dizer, trata-se de música ritual.
Música litúrgica

Foi essa compreensão original que o


Concílio Vaticano II veio resgatar, quando,
ao falar de “Música Sacra”, a definiu como
parte integrante da liturgia, e acrescentou
que será tanto mais sacra, quanto mais
intimamente estiver ligada à ação litúrgica.2
Música litúrgica

Assim compreendida, a Música


Litúrgica não pode ser tomada apenas
como adorno ou acessório facultativo da
celebração cristã da fé. Ela não é coisa que
se acrescenta à oração, como algo
extrínseco, mas muito mais, como algo que
brota das profundezas do espírito de quem
reza e louva a Deus.3
Música litúrgica

Mais ainda, a Música


Litúrgica participa da
natureza sacramental ou
mistérica de toda a
liturgia, da qual sempre foi
e sempre será parte
essencial 4 e sua expressão
mais nobre.5
Quem canta na missa
Quem canta na missa – Frei Fabrette OFM

 Animador ou animadora do canto;


 O salmista;
 O coral
 O(s) instrumentista(s)

 Obs: Técnico de som, operador de


multimídia (não músicos).
O animador ou animadora do canto
 Orientar a escolha dos cantos a serem cantados na celebração.
 Dosar o repertório, promovendo o equilíbrio entre tradição e novidade.
"Todo escriba versado nas coisas do Reino de Deus sabe tirar do seu
tesouro coisas novas e velhas" (Mt 13,52).
 Animar o canto da assembléia, de modo a fazê-1a vibrar em uníssono ao
cantar estribilhos e refrãos ou hinos, ao responder ou aclamar com prazer
à proclamação das Escrituras, e ainda levá-1a a sintonizar profundamente
com a Oração Eucarística.
 Encontrar, com a sua sensibilidade e criatividade, a expressão corporal
mais adequada a cada tipo de canto, a cada ritmo, provocando pouco a
pouco a assembléia, com naturalidade e simplicidade, a expressar-se em
gestos, aplausos e dança, em certos momentos da celebração.
O salmista

Valorizar o seu ministério específico que poderá ser


exercido com habilidade artística, evitando o virtuosismo,
proclamando os textos bíblicos, em especial o Salmo
Responsorial.
Não se deve admitir “cantores profissionais”
contratados apenas para “dar show” na celebração. Isso
desmerece totalmente o trabalho das equipes de celebração,
além de transformar a própria celebração em mera
formalidade “social”, sem significado litúrgico verdadeiro,
mais “comércio” que liturgia.
O coral

A reforma litúrgica do Concílio Vaticano II o


incentivou.61 Longe de eliminar o canto da assembléia,
pode exercer seu ministério múltiplo: dirigindo o povo na
oração cantada, alternando ou reforçando o canto litúrgico
da assembléia; destacando-o com o acréscimo de um
arranjo musical; cantando ao longo da celebração litúrgica
uma obra, cujas exigências musicais requerem e desafiam a
sua competência.
Seu lugar: ficar próximo aos fiéis na ®nave, à frente,
entre o presbitério e sem impedir a visão do povo, não
longe do(s) instrumento(s) de acompanhamento.
Os instrumentistas

O uso de determinados instrumentos na liturgia vai


depender do contexto no qual se insere a comunidade
celebrante: se um instrumento consegue integrar-se na
liturgia, ajudando-a e exprimindo-a melhor, especialmente
pelo acompanhamento do canto, a comunidade poderá
naturalmente fazer uso dele. Vale lembrar que os
documentos da Igreja abriram também espaço para uma
inculturação dos instrumentos musicais: Para admitir e
usar instrumentos na liturgia, deve levar-se em conta o
gênio, a tradição e a cultura de cada povo.68
Os instrumentistas
Além de ser usados para acompanhar o canto, os instrumentos
musicais podem ser executados sozinhos em momentos da
celebração ou em cantos que permitam a execução de prelúdio,
interlúdio ou poslúdio. Exemplos: antes da celebração, para se criar
um clima de recolhimento; durante a procissão das oferendas; após a
comunhão; no final da celebração; entre uma estrofe e outra de um
canto, etc. Uma ressalva: o recurso de “fundo musical” em
momentos como a proclamação das leituras e durante a oração
eucarística será sempre inoportuno. Poderia, no entanto, ser
recomendado, com a finalidade de sustentar a afinação e preencher
possíveis vazios, desde que feito com sensibilidade e discrição.
Os instrumentistas
O instrumento usado seja tocado sempre de forma adequada ao
momento celebrativo e à natureza da assembléia, nunca abafando a
sua voz ou a do coral. É mister recordar a necessidade de se
considerar a proporcionalidade entre os instrumentos musicais e o
espaço celebrativo.

Muitas vezes este aspecto é descuidado quando, por exemplo, um


modesto violão tenta, em vão, dar conta do acompanhamento do
canto numa catedral; ou quando, em outro extremo, uma banda
musical, sem levar em conta o pequeno espaço de uma capela,
carrega demasiadamente na quantidade de instrumentos e no volume
do som.
Os instrumentistas

O equilíbrio entre os instrumentos de


percussão e os de base harmônica é
fundamental para que seja dado espaço e
realce ao instrumento de solo que,
principalmente nas introduções dos cantos,
facilita a entrada uniforme dos cantores e da
assembléia
Os instrumentistas

O equilíbrio entre os instrumentos de


percussão e os de base harmônica é
fundamental para que seja dado espaço e
realce ao instrumento de solo que,
principalmente nas introduções dos cantos,
facilita a entrada uniforme dos cantores e da
assembléia
Instrumentos
na missa
 Executar um
instrumento musical exige
atitude espiritual, ainda mais
se se trata de uma celebração
litúrgica. Portanto, o(a)
instrumentista, enquanto
ministro(a) da celebração,
deve estar também
profundamente envolvido(a)
com a ação litúrgica por sua
atenção e participação.
Ciclo do
ano litúrgico
Tempos do ano
litúrgico

 Ciclo do Natal
 Tempo Comum
 Ciclo da Páscoa
 Tempo comum
Introdução da
técnica vocal
Curso de técnica vocal
Produção ou projeção????
Produção ou Projeção - é a estratégia
que o corpo usa para intensificar o som.
 PRODUÇÃO VOCAL é:
Uma ação "empurra-
puxa" do ar na laringe
aumentando o
balanço das cordas
vocais.
Como minha voz é produzida??
1>>>Uma fonte de som que
vibra no ar e cria uma
freqüência fundamental e
outras harmônicas
relacionadas e que definem o
timbre (a "cor" do som)

2>>>Um aparelho que reforça


ou amplifica a freqüência
fundamental e suas harmonias

3>>>Um irradiador de som


que transfere o som para um
espaço livre de ar e para os
ouvidos
APARELHO FONADOR
APARELHO FONADOR
Para que consigamos produzir o som através da nossa
voz, recorremos a vários órgãos do nosso corpo que
trabalham conjuntamente para viabilizar este processo.
São eles: o Aparelho Respiratório, a laringe, as pregas
vocais, os ressonadores, (como a cavidade nasal, a
cavidade craniana, a cavidade torácica, a cavidade bucal
e a faringe), os articuladores (língua, lábios, palato duro
(céu da boca), palato mole, dentes e mandíbula.
APARELHO RESPIRATÓRIO
FUNÇÃO RESPIRATÓRIA

A respiração diafragmática é a base para se falar e cantar bem, a
respiração é o seu *apoio.
LARINGE
o som que é produzido na laringe não é o que ouvimos no ambiente. É um som
de ruído, como o de um aparelho elétrico de barbear. As cavidades de
ressonância, isso é a faringe, boca, nariz, amplificam esse som e o modificam, de
acordo com o movimento que ocorre com articuladores, como língua, palato
mole, lábios. 
Função da laringe
Respiração: a respiração é a função
que requer menos energia e ocupa
mais tempo. A abertura da laringe
garante a entrada e saída livres do ar.
Deglutição: durante a deglutição, a
laringe se fecha, impedindo a entrada
de alimento nos pulmões. A laringe
sobe, vai para frente e se fecha, devido
à aproximação das pregas vestibulares
e vocais.

 Fonação: a laringe produz a fonação.


AS PREGAS VOCAIS
As pregas vocais são duas dobras de músculo e de mucosa que
estão horizontalmente na laringe.
os articuladores
(língua, lábios, palato duro (céu da boca), palato
mole, dentes e maníbula.
A melhor atitude, a mais natural e eficaz, é a
que facilita o timbre e a articulação.
Ela é provocada por um movimento muito
ligeiro dos lábios no sentido transversal
simultâneo à uma mobilização das bochechas.
É um movimento que se parece com o sorriso,
porém sem excesso, sem careta, sem esforço
nem rigidez da mandíbula ou da língua. Para
manter esta atitude não se deve exagerar os
movimentos dos lábios para algumas letras (m,
p, u, o ...) para não prejudicar as atitudes das
cavidades de ressonância.
Articulando o som
É através da execução precisa dos
movimentos articulatórios que se
modifica, indiretamente, aqueles
necessários à fonação
o modo de vibração das cordas vocais,
os movimentos do véu palatino aos
quais podemos acrescentar ou suprimir
certos harmônicos para obtermos o
jogo acústico próprio de cada vogal.
São condições essenciais ao
reconhecimento dos textos cantados,
assim como a qualidade das
sonoridades.
uma boa articulação acrescenta muito
à expressão e ao alcance da voz.
RESSONADORES
O sistema de ressonância é o
mais flexível de todo o
aparelho fonador, é o que dá
as características estéticas da
voz e é o mais modificável,
por fonoterapia.

OS RESSONADORES
SÃO: cavidade bucal,
cavidade nasal e faringe que
qualifica o som;
EXERCÍCIO DE ARTICULAÇÃO
TREINAMENTO DE PRONÚNCIA DE PALAVRAS DE VALOR
Leia o texto enfatizando as palavras em minúsculas e depois em maiúsculas.
OS MENINOS DE RUA

Noite de INVERNO.
Aquela esquina  DAS TRÊS RUAS SEM MUITO MOVIMENTO, é  iluminada apenas por um  estreito
faixo amarelado de luz que vem da janela DO ANTIGO CASARÃO.

Três horas da manhã, a neblina baila tendo o céu COMO O SEU PALCO. A orquestra é um vento calmo
que muda de direção A TODO INSTANTE, sem muita  cadência.
REPENTINAMENTE no asfalto deixa de BRILHAR AQUELA LUZ, não durou mais de um segundo, NA
VERDADE SÓ O TEMPO DE PASSAR aquele guri com o pescoço encolhido no COLARINHO DE UMA
JAQUETA MUITO  BATIDA, suas mãos estavam  nos bolsos da calça QUASE ALCANÇANDO OS
JOELHOS. Olhar fixo para baixo, a impressão de que seu mundo era  apenas A PONTA ENORME  DE
SEUS SURRADOS CALÇADOS.

Seguiu  em contraponto a baila da neblina e o som da orquestra. FORÇOU UM NOVO RITMO MARCIAL
sem se importar com o resultado e sumiu na escuridão ASSOBIANDO UMA ANTIGA CANÇÃO.
EXERCÍCIO DE RESPIRAÇÃO
COORDENAÇÃO, RESPIRAÇÃO e FONAÇÃO
Respiração ao final de cada linha:

 O dia esta lindo! -/


 O dia esta lindo de morrer! -/
 O dia esta lindo de morrer e eu quero ir à praia! -/
 O dia esta lindo de morrer e eu quero ir à praia! tomar sol -/
 O dia esta lindo de morrer e eu quero ir à praia! tomar sol e um bom banho -/
 O dia esta lindo de morrer e eu quero ir à praia! tomar sol e um bom banho de mar -/
 O dia esta lindo de morrer e eu quero ir à praia! tomar sol e um bom banho de mar e ver as
garotas-/
 O dia esta lindo de morrer e eu quero ir à praia! tomar sol e um bom banho de mar e ver as
garotas bonitas-/
FONTE DE PESQUISA
Charlotte kahle. porto alegre, livraria sulina editora..1966).
P. Bona Metodo Completo - Irmãos Vitale – Editores Biblioteca Éverlin
Dicionário Musical de Frei Pedro Zinzig, livraria kosmos editora, 1976.
(peq. Dic.); Fernando Lopes da Graça (Reflexões sobre música)
Frei Sinzig. Pedro - Pelo mundo do Som - Dicionário Musical - Livraria Kosmos Editora. 1976 2ª
ed.
Mahle, Maria Aparecida, 100 solfejos - Irmãos Vitale - Editores 1969
Mathias Nelson - Coral, um canto apaixonante - Musimed. 1986  118 pág. CDD 784
Técnica Vocal - Senac, 1982
Técnica Vocal e Regência - Santana, José Acácio, 1985
Técnicas de expressão vocal - Bocchino, Hygina.Enéa Stella.
Vaccai
experta.com.br - melhorando a sociabilidade, 2006
http://www.corais.mus.br/tecnica_vocal/tecnica_vocal.htm#exercconsoantes
http://www.studiomel.com/21.html
http://www.musicaeadoracao.com.br/tecnicos/tecnica_vocal/aparelho_fonador.htm
Divisão de vozes
e instrumentos
Adriano Vieira

É formado em música, pós graduado


em música popular. Possui
especialização em musicalização para
educadores, treinamento para
professores de flauta doce da
YAMAHA do Brasil. Formado no
Curso de regência coral pela Antiga
ULM Tom Jobim, hoje (EMESP).  Obrigado!!!

Pedagogo e mestrando em Educação.


Atua como professor de música, de
artes, professor universitário,
oficineiro, corista, regente coral,
coordenador pedagógico, diretor
musical, arranjador, músico e editor
de partituras.

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