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Prof.

Jasmine

Humanismo e Classicismo
Português
Humanismo
• Movimento literário de transição entre o trovadorismo e o

H
classicismo. Ele marcou o fim da Idade Média e o início
da Idade Moderna.
• Corte se torna o principal centro de produção cultural e
literária graças ao fortalecimento da casa real em
detrimento das casas senhoriais.
• Embora dirigido pela corte, adota alguns padrões do
discurso popular
• Não pode ser visto como uma ruptura brusca dos valores
medievais.
• Termina com o estabelecimento de Sá de Miranda, vindo
da Itália, para Portugal em 1527

Momentos Históricos:
• Crise do Sistema Feudal
• Crise na Igreja
• Renascimento Urbano
• Expansão Ultramarina
• Fortalecimento do poder na mão do rei
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Movimento literário de
transição entre o
trovadorismo e o
classicismo.
Ele marcou o fim da
Idade Média e o início
da Idade Moderna.

Título da apresentação 3
Fernão Lopes
Cronista

• Nascido em finais do século XIV (entre 1380 e Principais Obras:


• Crônica de El-Rei D. Pedro I (1434)
1390)
• Crônica de El-Rei D. Fernando
• Escrivão e cronista do reino de Portugal. (1436)
• Responsável pelo movimento humanista de • Crônica de El-Rei D. João I (1443)
Portugal. (Sua eleição para guarda-mor da Torre
Características:
do Tombo em 1418, tornou-se o marco inicial do
• Linguagem coloquial
humanismo) • Teor histórico
• Ganhou título de nobreza. • Qualidades artísticas
• Considerado o “pai da historiografia portuguesa”. • Investigação crítica das fontes
• Falecido em Lisboa em 1460, com cerca de 80
anos de idade.

Título da apresentação 4
Gil Vicente
Teatro medieval e popular

• Fundador ou “Pai” do teatro português


• Teatro alegórico: representação de ideias abstratas com personagens,
situações e coisas concretas
• Teatro de tipos: as personagens reúnem as características mais marcantes de
sua classe social de seu sexo, de sua idade, etc.
• Teatro de quadros: desenvolvem-se por uma sucessão de cenas relativamente
independentes, sem formar propriamente um enredo
• Ruptura da linearidade do tempo e despreocupação com a verossimilhança;
sucessão cronológica é inverossímil ou absurda
• Teatro cômico e satírico: são comedias de costumes, seguindo o tema latino
“ridendo castigat mores”

Título da apresentação 5
Gil Vicente
Teatro medieval e popular

• Autos pastoris - Monólogos ou diálogos cômicos de pastores, ricos em


lirismo folclórico. Textos: Monólogo do Vaqueiro, Auto pastoril castelhano,
Auto pastoril português;
• Moralidades religiosas - Baseados na bíblia, expõem o tema da salvação pelo
sacrifício de Cristo. Textos: Auto da Alma, Auto da Feira e Trilogia das Barcas
(do Inferno, da Glória, do Purgatório);
• Farsas - Apresentam personagens típicos e caráter de crítica social. Textos:
Quem tem farelos?, Velho da Horta, Farsa de Inês Pereira;
• Autos Cavaleirescos - Encenação de episódios cavaleirescos, muito em moda
na época. Textos: Amadis de Gaulla, Comédia do Viúvo, Comédia de Rubena
• Alegorias de temas profanos - Tema não-religioso, com personagens
genéricos(ideias, qualidades, entidades). Textos: Cortes de Jupiter, Frágua do
Amor, Nau dos amores.
Título da apresentação 6
Poesia Palaciana

• Floresceu na corte de D. Afonso V


• Publicação no Cancioneiro Geral (1516) por Garcia de Resende
• Separação da poesia da música
• Apuro formal: ritmo próprio obtido a partir da métrica, da rima, das silabas
tônicas e átonas, enfim...
• Uso de versos fixos: redondilhas maiores e menores
• Poesia ainda declamada nos salões dos palácios, mas sem exclusividade da
recepção pública e coletiva. Passa a destinar-se à leitura individual e
solitária
• Temáticas variadas, mais a figura feminina ainda se baseia na idealização
das cantigas de amor medievais
Título da apresentação 7
Classicismo

C
• O Classicismo se inicia em Portugal no ano de
1527
• Sá de Miranda como o percussor desse
movimento.
• “DOLCE STIL NUOVO”
• Sonetos com quatro estrofes, duas com quatro
versos e as duas finais com três versos.
• Os versos deveriam ser decassílabos e bem
sonorizados, com rimas bem definidas
• O Classicismo se estenderá em Portugal até a
morte de Camões e o início da União Ibérica, em
1580.
Contexto Histórico:
• Navegações e descobrimento;
• Reforma;
• Teoria Heliocêntrica (Copérnico)
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Sá de Miranda

• Aprofundou-se nos estudos de Humanidades, Retórica e Gramática.


Depois, começou a frequentar as aulas da Universidade de Lisboa,
onde forma-se doutor em Direito.
• Sá de Miranda conviveu com a visão humanista dos mais
importantes artistas da época, principalmente a partir da leitura da
obra de Petrarca, que iriam influenciá-lo e refletiram em sua
carreira literária.
• Em 1527, já estabelecido novamente em Portugal e na tentativa de
divulgar a nova concepção de arte renascentista, introduziu o “dolce
stil nuovo”, novas técnicas, inovando a cena artística portuguesa.
Camões

• Após Sá de Miranda, foi o principal nome do


Classicismo em Portugal
• Sua principal obra são “Os Lusíadas”.
• Escrito em uma métrica perfeita para os padrões do
doce estilo novo, o poema narra as aventuras das
Grandes Navegações, precisamente a viagem de
Vasco da Gama às Índias.

Título da apresentação 10
Literatura Portuguesa no séc. XV e XIV
• Introdução de novos gêneros literários provenientes do estrangeiro, sobretudo da Itália.
• Sá de Miranda com a introdução das formas da escola italiana na literatura portuguesa. São
eles: o soneto, a canção, a sextina, as composições em tercetos e em oitavas e os versos de
dez sílabas
• Grande influência por parte de Petrarca que se instalou na literatura portuguesa por meio da
espanhola, tanto que muitos autores escreviam em castelhano.
• Publicação do Cancioneiro Geral, por Garcia Fernandez, com o trabalho de mais de 300
cavalheiros e poetas. Tendo obras de Sá de Miranda, Bernadim Ribeiro e Gil Vicente.
• Desenvolvimento da Literatura épica devido a Camões, devido a publicação de Os Lusíadas.
• Publicações de Literatura de viagem em grande escala

Título da apresentação 11
“Razões em prólogo do auctor d'esta obra, ante que fale dos feitos do Mestre.
Grande licença deu a affeiçâo a muitos, que tiveram cargo de ordenar historias, mormente dos
Senhores, em cuja mercê e terra viviam, e onde foram nados seus antigos avós, sendo-lhe muito
favoraveis no recontamento de seus feitos. E tal favoreza, como esta, nace de mundanal affeiçâo, a qual
não é, salvo conformidade de alguma cousa ao entendimento do homem.
Assim que a terra em que os homens, por longo costume e tempo, foram criados, gera uma tal
conformidade entre o entendimento, e ella, que havendo de julgar alguma sua cousa assim em louvor,
como por contrario, nunca por elles é direitamente recontada, porque louvando-a, dizem sempre mais
d'aquello, e se d'outro modo não escreverem suas perdas tão minguadamente, como acontecerem, outra
cousa gera ainda esta conformidade e natural inclinação, segundo sentença d'algnns, que o pregoeiro da
vida é a fama, recebendo refeição, para o corpo, o sangue, e espiritos gerados de tantas viandas teem
uma tal similhança entre os que causa esta conformidade. Alguns outros tiveram que isto descia na
semente, no tempo de geração, a qual dispõem por tal guisa aquello, que d'ella é grado, que lhe fica esta
conformidade, tambem ácerca da terra, como de seus divides, e ao que parece que o sentiu Tu-lio,
quando veiu a dizer:
Nós não somos nados a nós mesmos, porque uma parte de nós tem a terra, e a outra os parentes; e
porém o juizo do homem ácerca de tal terra, ou pessoas recontando seus feitos sempre copega.
Esta mundanal affeição fez alguns historiadores, que os feitos de Castella, com os de Portugal,
escreveram, posto que homens de boa authoridade fossem, desviar da verdadeira estrada, e colher por
semideiros escuses, por as minguas das terras de que eram em certos passos claramente não serem
vistas, especialmente no grande desvairo, que o mui virtuoso Rei de boa memoria D. João, cujo
regimento e reinado se segue, houve com o nobre e poderoso rei D. João de Castella, pondo parte de
seus bons feitos fóra do louvor, que merecia, e evadindo em alguns outros de guisa que não
aconteceram atrevendo-se a publicar esto em vida de taes que lhe foram companheiros bem veadores de
todo o contrario.”
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“Meu amor, tanto vos amo,
que meu desejo não ousa
desejar nenhuma cousa.
Porque, se a desejasse,
logo a esperaria;
e, se eu a esperasse,
sei que vos anojaria.
Mil vezes a morte chamo,
e meu desejo não ousa
desejar-me outra cousa.”

(Conde Vimioso)
“Comigo me desavim,
Sou posto em todo perigo;
Não posso viver comigo
Nem posso fugir de mim.

Com dor da gente fugia,


Antes que esta assi crecesse:
Agora já fugiria
De mim , se de mim pudesse.
Que meo espero ou que fim
Do vão trabalho que sigo,
Pois que trago a mim comigo
Tamanho imigo de mim?”
Canto IV

“Despois de procelosa tempestade,


Nocturna sombra e sibilante vento,
Traz a manhã serena claridade,
Esperança de porto e salvamento;
Aparta o Sol a negra escuridade,
Removendo o temor ao pensamento:
Assi no Reino forte aconteceu
Despois que o Rei Fernando faleceu.”

Título da apresentação 15
Referências:

https://pt.slideshare.net/diegopla/origens-da-
literatura-portuguesa
Fim https://pt.slideshare.net/literaturaeshow/
humanismo-portugus?from_search=1

http://valiteratura.blogspot.com/2011/03/
classicismo-em-portugal-sa-de-miranda.html

https://www.mundovestibular.com.br/articles/
5283/1/Classicismo/Paacutegina1.html

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