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A selva

Ferreira de Castro
Biografia do autor
Nome do autor : José Maria Ferreira de Castro
• Data nascimento: 24 de Maio de 1898
Data de Falecimento: 29 de junho de 1974 (76 anos), Porto
• Nacionalidade: Portuguesa
• Ocupação: Escritor, jornalista
• Prêmios: Prémio Ricardo Malheiros (1934)
Prémio Águia de Ouro de Festival do Livro de Nice (1970)
Prémio da Latinidade (1971)
Existe uma biblioteca ,uma escola e uma casa/museu com o seu nome.
Todas as suas obras se caraterizam por uma preocupação com o destino
do ser humano que se aproxima do realismo.
Do que fala a história?
Nesta obra, Ferreira de Castro procura pacificar-se com o seu
passado ao exorcizar a experiência traumática que teve nos
seringais(no Pará, Brasil). O autor português esteve muitos anos
em território brasileiro, incluindo o espaço geográfico onde se
desenvolve a ação do romance. A história de Alberto, o
personagem que viaja em condições miseráveis para o Brasil, é a
projeção da experiência do escritor que viajou, aos 12 anos, nas
mesmas condições, entre esfomeados, num porão de 3ª classe. A
selva serviu ao autor como catarse, pelas dificuldades passadas
nos quatro anos que viveu no seringal, mas sobretudo por ter
testemunhado as condições desumanas a que eram sujeitos os
que trabalhavam na extração da borracha, na selva amazónica.
Embora não seja narrado na primeira pessoa, o romance é um
relato pessoal da violência, da miséria e da degradação humana a
que estavam sujeitos os trabalhadores.
Do que fala a história
• Se Ferreira de Castro saiu por questões financeiras e pessoais de Portugal,
Alberto sai por questões políticas( era monárquico e foi expulso do seu país
após a implantação da república).
• Chegado ao Brasil, e depois de nada acontecer como pretende(esperava ter
apoio familiar, do tio Macedo,mas isso não acontece), Alberto encontra-se
desempregado e tem de ir para a selva, trabalhar no seringal (campo de
seringueiras),sob a proteção do cearense Firmino, com o qual estabelece
relações de amizade.
• Por ser europeu, é visto como uma menos-valia quando comparado com os
outros trabalhadores, não tendo nenhum privilégio. Com o passar do tempo
toma consciência de que os perigos na selva, não se limitam às feras, plantas
venenosas, pestes, mas também às tribos Índias locais que ameaçam e tiram
constantemente a vida dos trabalhadores.
• Encontra aí um mundo de violência e de incerteza, em que os exploradores
da borracha entram em choque com as tribos locais.Mais tarde impressiona-
se com o tratamento dado aos trabalhadores do seringal e com as condições
de escravidão em que vivem.
Do que fala a História

• Na parte final da ação são apresentadas as


condições de escravidão do trabalho,a fuga e
captura de trabalhadores, sendo o negro
Tiago o responsável pela revolta.
• Depois de castigados os revolucionários,
Alberto , fortemente impressionado pelos
acontecimentos, considera que, quando
concluir o curso de Direito, dedicar-se-á à
defesa dos direitos humanos, pois no seu
entender têm que ser respeitados por todos.
Do que fala a história
Tudo se pode vender! Até a própria
dignidade.

O livro , traduzido em várias línguas, foi uma


denúncia para o mundo, pois o autor
escreveu-o após a sua passagem pelos
seringais amazónicos, constatando em
primeira mão a realidade(escravidão) que
por lá se vivia. A descrição é o aspeto mais
marcante do livro.
“Negro é livre! O homem é livre!”

Excerto
Apreciação crítica
Aspetos positivos:
• Fácil leitura;
• História interessante, que retrata a migração na
primeira pessoa, na voz de um homem que conheceu a
realidade que descreve.

Aspetos negativos:
• É um pouco extenso;
• Aparecem vários adjetivos desnecessários, expandindo
a história.
FIM
Rafael Oliveira Nº20 10A

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