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Lógica Informal

- Semelhança não implica identidade

EX: Este cão é muito


semelhante ao do Miguel,
também deve morder sem
➔ ARGUMENTOS NÃO DEDUTIVOS razão aparente

(silogismos dialéticos) Critérios de avaliação:


- Dependem do conteúdo e não 100% da forma (falácia da falsa analogia)
lógica. 1) As semelhanças têm que ser relevantes
EX: Concluir que um livro é excelente porque a capa é da
- São prováveis e discutíveis (argumentação) ao mesma cor que a do outro que é excelente.
contrário dos argumentos dedutivos que são
2) O nº de semelhanças deve ser suficiente
factuais (demonstração). EX: Concluir que o livro é excelente só porque é do mesmo
- Possuem graus de probabilidade, dessa forma autor.
são classificados como fortes ou fracos (não são
conclusivos nem asseguram a total verdade da ● ARGUMENTOS POR AUTORIDADE
conclusão) e não válidos ou inválidos. - Conclusão fundamentada naquilo que
- A verdade das premissas não garante a pessoas/instituições, consideradas especialistas
verdade da conclusão. na matéria em causa afirmam
EX: O PR apela à vacinação.
TIPOS: Logo, devemos ser vacinados.

● ARGUMENTOS INDUTIVOS
Critérios de avaliação:
-» Generalizações (falácia do apelo ilegítimo à autoridade)
- Conclusão fundamentada numa amostra. 1) A autoridade tem que ser competente na
EX: Todos os cisnes observados matéria em causa
até hoje são brancos EX: Invocar Einstein no campo da economia.
Logo, todos os cisnes são 2) O que é afirmado deve ser consensual entre as
brancos. várias autoridades da área
-» Previsões 3) A autoridade deve ser imparcial
EX: Concluir que nenhum carro é seguro se não fizer
- Conclusão fundamentada em casos passados. revisões mensais, baseado na opinião do nosso mecânico.
EX: As 10 bolas que tirei do
saco eram brancas.
Logo, a próxima bola que tirar ➔ FALÁCIAS INFORMAIS
do saco será branca. - As premissas não sustentam a conclusão
devido às deficiências no conteúdo, parece que
Critérios de avaliação:
sim mas na realidade não sustentam.
1) Amostra deve ser ampla
(falácia da generalização precipitada)
EX: Concluir que os Suecos são todos antipáticos depois de ● AD HOMINEM (ataque à pessoa)
conhecer alguns - Em vez de atacar o argumento, ataca-se a
2) Amostra deve ser representativa pessoa; tenta-se desacreditar a pessoa pelo seu
(falácia da amostra não representativa) comportamento e não pelas suas ideias.
EX: Concluir que os portugueses são contra aborto apenas
tendo em conta os portugueses católicos
FORMA LÓGICA
3) Não se pode omitir informação relevante
(falácia da previsão inadequada) A afirma X
EX: Concluir que o Sol brilhará para sempre
desconsiderando o conhecimento científico de que todas
A não é credível
as estrelas nascem e morrem Logo, X é falso

● ARGUMENTOS POR ANALOGIA EX: Como é que podes ter uma opinião sobre o aborto?
Não és mulher, esta é uma decisão que nunca terás de tomar.
- A conclusão fundamenta-se nas semelhanças
entre seres/objetos
● AD POPULUM (apelo ao povo) ● FALSA RELAÇÃO CAUSAL
- Quando se apela à opinião da maioria para - É o erro de concluir que há uma causa-efeito
sustentar a verdade de alguma informação. entre dois acontecimentos que ocorreram em
simultâneo ou um imediatamente após o outro.
FORMA LÓGICA
FORMA LÓGICA
A maioria das pessoas afirma que P
Logo P Acontece A
Segue-se B
EX: A maioria das pessoas acredita em Deus. Logo, se A então B
Portanto, ele deve existir.
EX: Sempre que viaja de avião o Carlos reza e este não cai.
● DERRAPAGEM (bola de neve) Logo, o avião não cai por causa da reza do Carlos.

- Tem uma forma lógica válida, todavia, devia a


● FALSO DILEMA
um suposto e improvável encadeamento de
passos ou situações é inválido. - É apresentar 2 alternativas como se fossem as
únicas disponíveis.
FORMA LÓGICA
FORMA LÓGICA
Se A, então B
Se B, então C 1. Ou A ou B e mais nada
Se C, então D Se A é V, então B é F
Logo, Se A, então D 2. Ou A ou B e mais nada
Se A é F, então B é V
EX: Se és apreciador de bons vinhos, então depois de um bom
copo, beberás outro e outro, e mais tarde ou mais cedo, EX: Ou combates o racismo, ou és racista.
tornarás-te alcoólico. Não combates o racismo.
Logo, és racista.
● BONECO DE PALHA
- Trata-se de distorcer as ideias do interlocutor ● APELO À IGNORÂNCIA
para que seja mais fácil concluir que estão - É tentar impor as limitações do nosso
erradas. conhecimento à realidade, transformar em
prova a ausência de prova.
FORMA LÓGICA
FORMA LÓGICA
A afirma X
(B distorce X transformando X em Y) 1. Não se provou a verdade de A
B ataca Y Logo, A é F
Logo, B falha o alvo 2. Não se provou a falsidade de A
Logo, A é V
EX: Quem defende a legalização do aborto é a favor de uma
sexualidade irresponsável. EX: Ninguém provou que Deus existe.
Nós defendemos uma sexualidade responsável. Logo, Deus não existe.
Logo, o aborto não deve ser legalizado.

● PETIÇÃO DO PRINCÍPIO
- Tenta defender a conclusão, utilizando como
premissa a própria conclusão.

FORMA LÓGICA

A é verdadeiro
Logo, A é verdadeiro

EX: A pena de morte é errada porque não se deve matar ninguém.

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