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O que aprendi sobre:

 A radiação solar
GEOGRAFIA A - 10º ANO  Os recursos hídricos
Maio.2021

Recursos de apoio: Manual; Classroom ; moodle.


Assinale os itens com as letras da CHAVE seguinte: A – Domino o assunto e sei responder; B – Tenho dúvidas, preciso rever o
assunto; C – Não sei, vou procurar informação.
Na coluna “Fonte” indique a página do manual ou o recurso onde pode encontrar informação adequada.

GUIÃO INDIVIDUAL DE TRABALHO

Proposta de correção
1.Qual a composição química da atmosfera, a estrutura da atmosfera e as funções da atmosfera?
Composição química: azoto, oxigénio, árgon, gases raros e dióxido de carbono. O vapor de água ocorre maioritariamente na camada
mais baixa da atmosfera e é proveniente em grande parte dos oceanos, mares, lagos, rios, transpiração das plantas, ...)
Estrutura: troposfera, estratosfera, mesosfera, termosfera e exosfera.
Funções:
 filtra, reflete e absorve a radiação solar excessiva; protege a terra da invasão de corpos estranhos, que se desintegram
(meteoritos;
 controla a temperatura ao absorver grande parte da radiação ultravioleta através do ozono;
 evita que a radiação terrestre se perca para as altas camadas da atmosfera e fique retido na troposfera – efeito natural de
estufa-;
 é fonte de vida porque contem além dos gases raros, azoto, dióxido de carbono e vapor de água, o oxigénio que permite a
respiração dos seres vivos.
2.Qual a diferença entre a radiação solar direta, radiação solar difusa e radiação solar global?
Radiação solar direta é a radiação que atinge diretamente o planeta; radiação solar difusa é a que chega à superfície terrestre depois
de um processo de dispersão em várias direções; a radiação solar global resulta da ação conjunta da radiação solar direta e da
radiação difusa.
3.Qual o papel da atmosfera na variação da radiação solar?
A atmosfera, a superfície terrestre e os oceanos, absorvem e refletem parte da radiação solar recebida, mantendo o equilíbrio
térmico da Terra. Trata-se dos processos atmosféricos de absorção, reflexão e difusão.
4.O que distingue o movimento de rotação do movimento de translação da Terra?
Movimento de rotação é o movimento que a Terra executa em torno do seu eixo imaginário, durante 24h.
Movimento de translação é o movimento que a Terra executa à volta do Sol, durante 365 dias e 6 horas.
5.Quais são as consequências dos movimentos de rotação e de translação da Terra.
O movimento de rotação da Terra tem como consequências, a sucessão dos dias e das noites e a variação da temperatura ao longo
do dia.
O movimento de translação da Terra tem como consequências, a sucessão das estações do ano, a desigual duração dos dias e das
noites, o desigual nº de horas de sol recebidas (insolação) e a variação da temperatura ao longo do ano.
6.Como se explica a variação da radiação solar ao longo do dia?
Devido ao movimento de rotação da Terra que é responsável, entre outros fatores pela variação do ângulo de incidência dos raios
solares ao longo do dia, num dado lugar, e pela sucessão dos dias e das noites.
 Entre o nascer do sol e o meio-dia, a inclinação dos raios solares, a massa atmosférica atravessada, a superfície terrestre
aquecida diminuem e o ângulo de incidência
aumenta, por isso, a radiação solar aumenta.
 Ao meio-dia os raios solares incidem perpendicularmente à superfície da Terra, a massa atmosférica atravessada pelos
raios solares e a superfície terrestre aquecida são
menores, o ângulo de incidência é maior, por isso, a radiação solar é maior.
 Entre o meio-dia e o pôr-do-sol, a inclinação dos raios solares, a massa atmosférica atravessada, a superfície terrestre
aquecida aumentam, e o ângulo de incidência
diminui, por isso, a radiação solar diminui.
7.Como se explica a variação da radiação solar, em Portugal, ao longo do ano e de lugar para lugar?
Devido ao movimento de translação da Terra (que dá origem ao movimento anual aparente do Sol) que é responsável pela variação
do ângulo de incidência dos raios solares, pela variação da duração dos dias e das noites e pela sucessão das estações do ano.

Entre o solstício de Inverno (21 ou 22 dez.), quando o Sol no seu movimento anual aparente (maa) incide sobre o Trópico de
Capricórnio (Hemisfério Sul) e o solstício de Verão (20 ou 21 de junho), quando o Sol no seu movimento anual aparente (maa) incide
sobre o Trópico de Câncer (Hemisfério Norte)

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a inclinação dos raios solares, a massa atmosférica atravessada e a superfície terrestre aquecida vão diminuindo, por isso, a radiação
solar vai aumentando. Os dias vão aumentando e as noites vão diminuindo à medida que o Sol se dirige e aproxima do Trópico de
Câncer (HN).

Entre o solstício de Verão (20 ou 21 de junho), quando o Sol no seu movimento anual aparente (maa) incide sobre o Trópico de
Câncer (Hemisfério Norte) e o solstício de Inverno (21 ou 22 dez.), quando o Sol no seu movimento anual aparente (maa) incide
sobre o Trópico de Capricórnio (Hemisfério Sul)

a inclinação dos raios solares, a massa atmosférica atravessada e a superfície terrestre aquecida vão aumentando, por isso, a
radiação solar vai diminuindo. Os dias vão diminuindo e as noites vão aumentando à medida que o Sol se dirige e aproxima do
Trópico de Capricórnio (Hemisfério Sul).

Nos equinócios de Primavera e Outono, o Sol incide perpendicularmente sobre o Equador e o dia é igual à noite em todos os lugares
da Terra.
8.Quais são os fatores que influenciam a duração e a variação da radiação solar?
➔ a inclinação dos raios solares
➔ a massa atmosférica atravessada pelos raios solares
➔ a área recetora de energia ou a superfície terrestre aquecida
➔ a duração do dia natural
➔ a insolação.
9.Porque varia a radiação solar ao longo do ano e de lugar para lugar?
Devido ao movimento de translação da Terra (que dá origem ao movimento anual aparente do Sol) que é responsável pela variação
do ângulo de incidência dos raios solares, pela variação da duração dos dias e das noites e pela sucessão das estações do ano.
10.Como varia a radiação solar ao longo do ano? (entre o solst. dez. e o solst. jun.; entre o solst. jun. e o solst. dez.)
Entre o solstício de Inverno (21 ou 22 dez.), quando o Sol no seu movimento anual aparente (maa) incide sobre o Trópico de
Capricórnio (Hemisfério Sul) e o solstício de Verão (20 ou 21 de junho), quando o Sol no seu movimento anual aparente (maa) incide
sobre o Trópico de Câncer (Hemisfério Norte)

a inclinação dos raios solares, a massa atmosférica atravessada e a superfície terrestre aquecida vão diminuindo, por isso, a radiação
solar vai aumentando. Os dias vão aumentando e as noites vão diminuindo à medida que o Sol se dirige e aproxima do Trópico de
Câncer (HN).

Entre o solstício de Verão (20 ou 21 de junho), quando o Sol no seu movimento anual aparente (maa) incide sobre o Trópico de
Câncer (Hemisfério Norte) e o solstício de Inverno (21 ou 22 dez.), quando o Sol no seu movimento anual aparente (maa) incide
sobre o Trópico de Capricórnio (Hemisfério Sul)

a inclinação dos raios solares, a massa atmosférica atravessada e a superfície terrestre aquecida vão aumentando, por isso, a
radiação solar vai diminuindo. Os dias vão diminuindo e as noites vão aumentando à medida que o Sol se dirige e aproxima do
Trópico de Capricórnio (Hemisfério Sul).

Nos equinócios de Primavera e Outono, o Sol incide perpendicularmente sobre o Equador e o dia é igual à noite em todos os
lugares da Terra.
11.Como se explica a variação da radiação solar em Portugal (de dez. a junho e de junho a dezembro)
Portugal localiza-se na zona temperada, no hemisfério norte, sensivelmente entre os 32⁰ e os 42⁰ N de latitude, constatando-se que:
 de dezembro a junho o dia natural aumenta, a radiação solar recebida e a temperatura aumentam, sendo no solstício de junho
(dia 21) que regista o seu valor mais elevado, sendo também mais elevada a receção de energia solar, pois os raios solares
incidem sobre o território nacional com menor inclinação e um maior ângulo de incidência, aumentando a temperatura.

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 de junho a dezembro, os dias vão diminuindo em relação às noites, a radiação solar recebida diminui e a temperatura também,
sendo o dia 21 de dezembro o dia mais pequeno do ano. Diminui também a energia solar recebida à superfície, pois os raios
solares incidem sobre o território nacional com maior inclinação e um menor ângulo de incidência.
12.Qual a relação entre a orientação do relevo e a exposição dos raios solares em Portugal?
À latitude de Portugal, a exposição aos raios solares é maior nas vertentes viradas a Sul, que é onde a inclinação dos raios solares é
menor e o ângulo de incidência é maior, sendo a radiação solar recebida maior.
13.Como se explica a variação da insolação, em Portugal Continental e Insular, ao longo do ano?
A insolação varia ao longo do ano sendo mais elevada no verão e mais baixa no inverno.
14.Que fatores influenciam a variação da insolação?
Latitude; altitude; proximidade do mar
15.Porque varia a temperatura ao longo do dia?
Devido ao movimento de rotação da Terra que é responsável, entre outros fatores pela variação do ângulo de incidência dos raios
solares ao longo do dia, num dado lugar, e pela sucessão dos dias e das noites
 Entre o nascer do sol e o meio-dia, a inclinação dos raios solares, a massa atmosférica atravessada, a superfície terrestre
aquecida diminuem e o ângulo de incidência aaumenta, por isso, a radiação solar aumenta e a temperatura também.
 Ao meio-dia os raios solares incidem perpendicularmente à superfície da Terra, a massa atmosférica atravessada pelos raios
solares e a superfície terrestre aquecida são menores, o ângulo de incidência é maior, por isso, a radiação solar é maior e a
temperatura é mais elevada.
 Entre o meio-dia e o pôr-do-sol, a inclinação dos raios solares, a massa atmosférica atravessada, a superfície terrestre aquecida
aumentam, e o ângulo de incidência diminui, por isso, a radiação solar diminui e a temperatura também diminui .
16.Porque varia a temperatura ao longo do ano?
Devido ao movimento de translação da Terra (que dá origem ao movimento anual aparente do Sol) que é responsável pela variação
do ângulo de incidência dos raios solares, pela variação da duração dos dias e das noites e pela sucessão das estações do ano.
17.Como se calcula, a amplitude térmica diurna/mensal/anual e a temperatura média diurna/mensal/anual? Consultar o caderno
18.Como se explica a distribuição das isotérmicas no mês de janeiro e no mês de julho.
Consultar a Fig. 24, na pág. 154 do manual
Em Janeiro: as isotérmicas distribuem-se obliquamente à linha de costa, devido à influência da latitude e da proximidade ou
afastamento do oceano (continentalidade), uma vez que, no geral, há um decréscimo da temperatura de Soeste para nordeste.
Em Julho: as isotérmicas apresentam-se paralelas à linha de costa, aumentando a temperatura de oeste para este, devido ao
contraste entre o litoral e o interior, o que demonstra a influência da proximidade ou afastamento do oceano (continentalidade).
Assim:
- o nordeste regista valores mais elevados, com os máximos a ocorrer no vale superior do Douro onde as isotérmicas infletem para
oeste, por se tratar de uma área abrigada dos ventos húmidos de Oeste pelas montanhas concordantes, sendo que, também é
influenciado pelos ventos quentes e secos vindos de Espanha.
- na Cordilheira Central, as isotérmicas sofrem uma inflexão para este, por se tratar de um sistema montanhoso discordante, logo
recetor da influência dos ventos de Oeste que ali vão amenizar as temperaturas durante o verão.
19.Quais são os fatores que influenciam a variação das isotérmicas no mês de janeiro e no mês de julho.
Janeiro: latitude e proximidade ou afastamento do oceano (continentalidade).
Julho: proximidade ou afastamento do oceano (continentalidade).
20.Como se explica a variação anual da amplitude térmica em Portugal Continental?
Consultar a Fig. 23, na pág. 154 do manual
A amplitude térmica anual aumenta do litoral para o interior. É mais baixa junto ao litoral porque o oceano exerce um efeito
moderador sobre a temperatura. As áreas próximas do oceano sofrem uma maior influência dos ventos húmidos de Oeste, o que
modera as temperaturas. À medida que aumenta a distância ao oceano Atlântico, aumenta a continentalidade, uma vez que os
ventos húmidos de Oeste, ao longo do seu trajeto pelo território português em direção ao interior, vão-se tornando mais secos.
21.Que condições de insolação, favoráveis ao uso da energia solar, Portugal dispõe?
Portugal dispõe de ótimas condições naturais para o aproveitamento da energia solar porque os níveis de radiação recebidos são
muito elevados, particularmente no interior sul.
22. Quais as condicionantes do uso da energia solar?
A variação diurna e anual da intensidade da radiação solar e a variação em função dos estados de tempo; a captação desta energia
durante a noite ou em áreas de intensa nebulosidade; a captação de energia em áreas onde o dia natural é muito curto; o
armazenamento, uma vez que nem a energia solar nem a eletricidade que dela provém se pode armazenar em grandes quantidades.
23.Como é que a energia solar pode promover o desenvolvimento do turismo?
Portugal é por tradição um país de turismo balnear, sendo o sul do país, concretamente o Algarve, a região que mais tem beneficiado
das caraterísticas climáticas. O clima nacional, com um elevado número de horas de sol, é favorável à reconversão das fontes
energéticas e à produção e ao consumo crescente de energias alternativas, em destaque a energia solar. Estas condições climáticas

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são também favoráveis ao desenvolvimento do turismo balnear e termal.


1.Qual o papel do ciclo hidrológico na manutenção do equilíbrio da Terra?
A água nãos se perde nem desaparece, mas transfere-se. O ciclo da água é um sistema onde se verificam transferências de água entre
os seus três grandes reservatórios nos seus três estados físicos (líquido, gasoso e sólido)
Em cada fase do ciclo hidrológico a água é transferida por evaporação para a atmosfera e regressa à terra por precipitação. Assim, a
água na superfície terrestre, é transferida por evaporação para a atmosfera a partir dos oceanos e dos continentes; na atmosfera é
transportada e condensa-se, formando nuvens, para voltar para a superfície terrestre através da precipitação; na superfície da Terra,
a água, é reenviada para a atmosfera; infiltra-se no solo e sofre escoamento subterrâneo até chegar aos rios ou lagos, onde uma
parte é evaporada e outra chega aos oceanos; sofre escoamento superficial, sendo evaporada e parte canalizada para os oceanos; é
retida no solo e pelos seres vivos, mas acaba por ser, direta ou indiretamente, canalizada para os oceanos onde volta de novo a
evaporara-se.
2.Como se explica a variação da pressão atmosférica com a altitude, temperatura e latitude?
Quando a altitude aumenta a pressão atmosférica diminui.
Quando a temperatura aumenta, o ar dilata, expande-se, fica menos denso e pesa menos, por isso, a PA diminui. Inversamente
quando a temperatura diminui, o ar contrai, fica mais denso e pesado, por isso, a PA aumenta.
Quanto à latitude: existe uma variação zonal da pressão, verificando-se uma intercalação, nos dois hemisférios, entre baixas e altas
pressões em latitude. Junto ao Equador, encontram-se as baixas pressões equatoriais; nos trópicos, as altas pressões tropicais; nos
círculos, as baixas pressões subpolares e nos polos, as altas pressões polares.
3.Como se descreve a circulação geral da atmosfera na zona temperada do hemisfério norte?
A distribuição dos campos de pressão à superfície da Terra não só dá origem aos ventos (circulam das altas para as baixas pressões)
como determina a circulação do ar na atmosfera. Assim, na circulação geral da atmosfera, os movimentos do ar à superfície são
compensados por movimentos contrários em altitude e as baixas pressões à superfície correspondem a altas pressões em altitude e
vice-versa.
No Hemisfério Norte, os ventos alísios deslocam-se das altas pressões subtropicais para s baixas pressões equatoriais; os ventos de
Oeste deslocam-se das altas pressões subtropicais para as baixas pressões subpolares; os ventos de Este deslocam-se das altas
pressões polares para as baixas pressões subpolares.
4.Como se distinguem centro de altas pressões de centro de baixas pressões?
Centros de altas pressões são centros em que o valor da pressão atmosférica aumenta da periferia para o centro, na horizontal.
Centros de baixas pressões são centros em que o valor da pressão atmosférica diminui da periferia para o centro, na horizontal.
5.Como se explica a circulação do ar, na vertical e na horizontal, nos centros de altas pressões e nos centros de baixas pressões?
Centros de altas pressões: na vertical, o ar é descendente e na horizontal é divergente.
Centros de baixas pressões: na vertical, o ar é ascendente e na horizontal é convergente.
6.Como se distinguem os centros barométricos quanto à origem e estados de tempo associados?
Centos de alta pressão de origem dinâmica (situação típica de verão): resultam do movimento de subsidência do ar. O ar ao descer
em altitude comprime-se, tornando-se mais denso, o que provoca o aumento de pressão. Exemplo: o anticiclone dos Açores.
Centos de alta pressão de origem térmica (situação muito pouco frequente no inverno): resultam do intenso arrefecimento do ar
em contacto com o solo mais frio. O ar ao arrefecer comprime-se e torna-se mais denso, o que leva ao aumento da pressão.
Centos de baixa pressão de origem dinâmica (situação típica de inverno): resultam do movimento ascendente do ar. O ar converge
e ao convergir sofre uma inflexão sendo, por isso, obrigado a ascender, fazendo diminuir a pressão à superfície.
Centos de baixa pressão de origem térmica (situação muito pouco frequente no verão): resultam do intenso aquecimento do ar em
contacto com uma superfície mais quente do que as áreas envolventes. O ar ao aquecer dilata-se, tornando-se mais leve, o que
diminui a pressão.
7.Como se relaciona a variabilidade da precipitação com a deslocação, em latitude, das cinturas de altas e baixas pressões?
No inverno quando o Sol, no seu maa, se encontra no trópico de Capricórnio, as faixas de pressão descem em latitude
acompanhando o Sol. Assim Portugal fica sob a influência das baixas pressões subpolares, dos sistemas frontais e frentes que se
deslocaram para sul acompanhando o Sol e provocam chuva.
No verão quando o Sol, no seu maa, se encontra no trópico de Câncer, as faixas de pressão sobem em latitude acompanhando o Sol.
Assim, Portugal fica sob a influência das altas pressões subtropicais, que se deslocaram para norte acompanhando o Sol e provocam
tempo seco.
8.Como se explicam os estados de tempo típicos da passagem da perturbação da frente polar (sistemas frontais e frentes)?
No setor do ar frio anterior (antes da passagem da frente quente): temperatura baixa com tendência a aumentar; diminuição da
pressão atmosférica; aumento da nebulosidade com a formação de nuvens altas e finas; agravamento do estado de tempo.
Na passagem da frente quente/superfície frontal quente: céu muito nublado; chuva pouco intensa (chuvisco) e de longa duração;
progressivo aumento da temperatura; diminuição progressiva da pressão atmosférica; vento fraco.
No setor do ar tropical quente: Melhoria temporária do estado do tempo; diminuição da nebulosidade, ocorrendo períodos de céu
limpo ou pouco nublado; curtos períodos de chuva; temperatura relativamente elevada; decréscimo da pressão atmosférica; vento
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moderado.
Na passagem da frente fria/superfície frontal fria: agravamento do estado do tempo; diminuição da temperatura; aumento brusco
da pressão atmosférica; aumento da nebulosidade (nuvens de grande desenvolvimento vertical - cumulonimbos); chuva intensa do
tipo aguaceiro, de curta duração, por vezes acompanhada de trovoada; aumento da velocidade e rumo do vento.
No setor de ar posterior (depois da passagem da frente fria): Melhoria progressiva do estado de tempo; diminuição da nebulosidade;
ocorrência de alguns aguaceiros dispersos; temperatura relativamente baixa com tendência para aumentar.
9.Como se formam os tipos de precipitação mais frequentes em Portugal?
Chuvas orográficas-resultam da subida do ar ao longo das vertentes das montanhas (ex: Cordilheira Central, serras do noroeste
português, com a serra do Gerês e da Peneda.
Chuvas frontais- resultam da ascensão do ar devido ao contacto entre uma massa de ar frio e outra de ar quente (chuvas mais
frequentes no nosso país).
NOTA: as chuvas convectivas ocorrem raramente e no verão - resultam da ascensão do ar causada pelo seu aquecimento, após ter
contactado com uma superfície mais quente. Ao aquecer, o ar torna-se mais leve e sobe.
10.Como varia a precipitação com a latitude?
A precipitação, em Portugal, aumenta quando a latitude aumenta, sendo menor no sul e mais elevada no norte. Chove mais no norte
porque o norte está mais tempo sob a influência da baixas pressões subpolares; chove menos no sul porque este está mais tempo
sob a influência das altas pressões subtropicais.
11.Como varia a precipitação ao longo do ano?
Em Portugal, a distribuição da precipitação ao longo do ano é muito irregular.
A precipitação ocorre principalmente no inverno porque Portugal se encontra sob a influência das baixas pressões subpolares, dos
sistemas frontais e frentes, que descem em latitude, acompanhando o sol no seu maa, que nesta altura incide sobre o trópico de
capricórnio, provocando chuva e mau tempo.
A estação seca ocorre no verão porque Portugal se encontra sob a influência das altas pressões subtropicais, que sobem em latitude,
acompanhando o sol no seu maa, que nesta altura incide sobre o trópico de capricórnio, e afetam Portugal, provocando tempo seco,
bom tempo.
12. Como varia a precipitação no território português (no espaço)?
A distribuição da precipitação no território português é muito irregular, revelando uma tendência de diminuição de norte para sul
(contraste norte-sul) e do litoral para o interior (contraste litoral-interior).
As regiões a norte do rio Tejo registam totais médios de precipitação mais elevados do que as regiões localizadas a sul, devido,
sobretudo, á influência da latitude, pois as baixas pressões subpolares e as perturbações da frente polar afetam o norte do país
durante mais tempo. O sul recebe uma maior influência das altas pressões subtropicais, os seja, estão mais tempo sob a sua
influência, sendo uma região mais seca.
Os valores totais médios de precipitação também são, geralmente, mais elevados no litoral do que no interior, porque essas regiões
estão mais expostas às massas de ar húmido, dada a proximidade do oceano.
13. Como varia a precipitação com o relevo?
Nas áreas de montanha do Noroeste e do Centro, nomeadamente nas vertentes concordantes com a linha de costa, as precipitações
orográficas reforçam a ação das precipitações frontais;
Nas regiões do Interior Norte, a precipitação é mais reduzida, devido à barreira de condensação formada pelas montanhas, cuja
disposição (Norte-Sul) é paralela à costa e impede a passagem dos ventos húmidos oceânicos, que chegam secos a o interior já secos.
No sistema montanhoso (Cordilheira Central) formado pela Serra da Estrela, a disposição do relevo é discordante (NE-SW) em
relação à linha de costa e, como tal, facilita a penetração dos ventos húmidos de Oeste para o interior.
No vale superior do rio Douro e no Sul do país, nomeadamente no interior alentejano (ao longo do vale do rio Guadiana) e no litoral
algarvio, ocorrem os valores mais baixos de precipitação.
Nos arquipélagos dos Açores e da Madeira, a precipitação é fortemente condicionada pela altitude do território e pela orientação
das montanhas em relação aos ventos dominantes. Assim, a precipitação é mais abundante nas áreas de maior altitude, isto é, nas
montanhas do interior das ilhas, e nas vertentes mais expostas aos ventos húmidos.
14.Como se carateriza o clima de Portugal continental e insular?
Em Portugal Continental – o clima é temperado mediterrânico e carateriza-se por ter um inverno suave e húmido e um verão quente
e seco.
No Arquipélago dos Açores – o clima é fortemente influenciado pelo oceano e pela corrente quente do golfo (que se desloca no
sentido este-oeste) e pelo relevo acidentado das ilhas. Trata-se de um clima temperado oceânico
Arquipélago da Madeira - o clima é temperado mediterrânico, sendo que existe uma diferenciação climática entre a vertente norte,
que é mais húmida e pluviosa e a vertente sul, que é mais quente e seca.

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15. Quais os grandes conjuntos climáticos em Portugal continental?


Apesar da pequena dimensão do território, Portugal continental apresenta uma variabilidade regional da temperatura e da
precipitação que se traduz numa diversidade climática, e, ainda que, o seu clima seja temperado mediterrânico, é possível
individualizar os seguintes conjuntos climáticos:
 Noroeste (Litoral Norte) e Açores – clima temperado mediterrânico de influência atlântica;
 Nordeste – clima temperado mediterrânico de influência continental;
 Sul, Centro Litoral e Madeira - clima temperado mediterrânico;
 Áreas montanhosas – clima de altitude.
16. Qual a relação entre as disponibilidades hídricas, a quantidade e o tipo de precipitação?
As maiores disponibilidades hídricas registam-se nos meses de outono e inverno, que é quando chove mais;
as menores disponibilidades hídricas correspondem aos meses de primavera e verão, que é quando chove menos, especialmente no
verão onde ocorre a estação seca.
As áreas mais húmidas onde ocorrem maiores valores de precipitação localizam-se:
• no norte litoral e áreas montanhosas – relevo mais acidentado especialmente o das cordilheiras montanhosas do Minho, da
cordilheira central, e os relevos que se estendem para sudoeste. Por ex: as regiões entre o rio Lima e o Cávado são muito
pluviosas especialmente as voltadas para o Atlântico.
As áreas mais secas, com menores valores de precipitação:
• a sul do Tejo- a precipitação diminui para o sul e para o interior. A região do Guadiana (bacia) e do Douro (bacia) são as
regiões mais secas do território.
17. Como se carateriza a rede hidrográfica?
 os rios portugueses escoam em direção ao Atlântico, no sentido E-O; NE-SO; NNE-SSO, seguindo a inclinação geral do
relevo. No entanto, alguns têm sentido de escoamento diferente, como o Sado, que corre de sul para norte, e o Guadiana
que corre de norte para sul;
 no norte a rede hidrográfica é mais densa, os rios apresentam maior declive ao longo do seu percurso e escoam em vales
estreitos e profundos;
 no sul, o relevo mais aplanado faz com que os rios tenham percursos com menor declive e escoem em vales largos e pouco
profundos;
 é dominada pelos rios luso-espanhóis: Douro, Tejo, Guadiana, Lima e Minho;
 os rios exclusivamente nacionais mais importantes são o Mondego, o Sado, o Vouga, o Cávado, o Ave, o Lis, o Mira e o
Zêzere;
 as maiores bacias hidrográficas, exclusivamente nacionais, são as dos rios Sado, Mondego e Vouga;
 a bacia hidrográfica mais extensa é a do Tejo.
18.Onde se localizam os principais rios portugueses?
Consultar mapa pintado na aula
19. Qual a relação entre regime dos cursos de água com a distribuição da precipitação?
Em Portugal o regime dos rios (variação do caudal ao longo do ano) carateriza-se por uma grande irregularidade sazonal e
espacial:
 no norte, com caudais médios abundantes, a ocorrência de cheias é frequente no inverno e, no verão, dá-se a redução do
caudal em dois a três meses de estiagem – período de caudal inferior a 25% do caudal médio;
 no sul, o regime dos rios é mais regular, com ocorrência de menos cheias, mas mais torrenciais, podendo ultrapassar 300 a
400 vezes o caudal médio. No verão a redução dos caudais pode chegar a seis meses de estiagem ou mesmo secar;
 nas Regiões Autónomas, a variação sazonal é menos acentuada nos Açores, mas grande parte dos cursos de água tem um
regime temporário e torrencial. Quando ocorrem precipitações intensas, os caudais das ribeiras atingem frequentemente
volumes elevados, provocando cheias rápidas, devido ao declive e à pequena dimensão das bacias hidrográficas, que
reduzem o tempo de concentração – tempo que as ribeiras levam a escoar toda a água das chuvas.

20. Quais os fatores que interferem na variação do caudal dos cursos de água?
A quantidade de precipitação; o coberto vegetal; a maior ou menor permeabilidade do solo e subsolo; o relevo (altitude e declive); a
ação humana.
21.Porque existe necessidade de armazenar as águas superficiais?
Para minimizar os problemas de escassez e a irregularidade dos recursos hídricos potencialmente disponíveis. Ex: irrigação dos
campos, captação da água para uso doméstico ou industrial, produção de energia elétrica, desenvolvimento de atividades ligadas ao
turismo e lazer.
22.Que fatores condicionam a produtividade dos aquíferos?
As formações geológicas. Conforme as caraterísticas das rochas assim se forma diferentes tipos de aquíferos (porosos, Cársicos e
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fissurais). A capacidade do aquífero armazenar água depende da sua porosidades e da sua permeabilidade.
23. Quais são os problemas relacionados com a utilização da água?
Poluição; químicos agrícolas; efluentes de origem pecuária; efluentes industriais; efluentes domésticos; eutrofização; salinização;
desflorestação.
24.Que soluções adotar na gestão dos recursos hídricos?
Garantir o abastecimento; controlar a qualidade da água; drenar e tratar as águas residuais; utilizar a água com maior eficiência.
25.Porque existe necessidade de estabelecer acordos internacionais na gestão dos recursos hídricos?
Cerca de 64% do território continental de Portugal está integrado nas bacias hidrográficas dos rios internacionais, afluindo ao
território nacional as águas provenientes de Espanha, o que conduz à dependência de Portugal em relação a Espanha em termos de
recursos hídricos e acarreta problemas como:
 o aumento das situações de cheias, quando as barragens em Espanha fazem descargas volumosas, sobretudo, nos períodos
húmidos;
 o armazenamento de água nas albufeiras espanholas, que provocam uma redução dos caudais, sobretudo em período de
seca;
 a poluição das águas espanholas que se alastra para Portugal.
O planeamento e a gestão dos recursos hídricos em Portugal tem que estar articulado com o planeamento e a gestão dos recursos
hídricos em Espanha, no que diz respeito às cinco bacias partilhadas, à luz das normas comunitárias. Assim, as relações luso-
espanholas, no domínio hídrico, têm refletido desde 2000, os resultados da:
 assinatura e entrada em vigor da “Convenção sobre a Cooperação para a Proteção e o Aproveitamento sustentável das
águas das Bacias Hidrográficas Luso-Espanholas”, que criou normas para a valorização, preservação e partilha dos recursos
hídricos das cinco bacias hidrográficas internacionais (Minho, Lima, Douro, Tejo e Guadiana);
 entrada em vigor da Diretiva- Quadro da Água – DQA- (principal instrumento da Política da União Europeia relativa à água,
que estabelece a valorização, a proteção e a gestão equilibrada da água, como objetivos).
26. Qual a importância do planeamento na gestão dos recursos hídricos?
Cada estado-membro (no âmbito da Diretiva-Quadro da Água, estabeleceu as regras relativas à utilização das águas, concretizadas
através de planos de recursos hídricos:
 Plano Nacional da Água (PNA) que abrange todo o território nacional;
 Planos de Ordenamento de Albufeiras (POA) orientam para o ordenamento do plano de água e determinam as regras para
uso, ocupação e transformação do solo e da sua área envolvente;
 Planos de Bacias Hidrográficas (PBH) que devem ser atualizados de 6 em 6 anos, desde 2010.
Conceitos: massa de ar, isóbara, depressão barométrica, anticiclone, situação meteorológica, relevo concordante/discordante,
barreira de condensação, isoieta, precipitação convectiva, precipitação frontal, precipitação orográfica, superfície frontal polar,
período seco estival, balanço hídrico, evapotranspiração (potencial e real), recurso hídrico, rede hidrográfica, bacia hidrográfica,
escorrência, infiltração, toalha freática, permeabilidade, aquífera, produtividade aquífera, água residual, água subterrânea, água
superficial, caudal, regime fluvial, disponibilidade hídrica, albufeira, barragem, barragem de retenção versus barragem de produção,
efluente, eutrofização, salinização (consultar o manual, caderno, apontamentos, PP)

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