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DOSSIÊ DO PROFESSOR NOVO Linhas da História 10

PROPOSTAS DE RESOLUÇÃO DE ATIVIDADES DO MANUAL

D1 Raízes mediterrânicas da civilização europeia –


cidade, cidadania e império na Antiguidade Clássica

1. O modelo ateniense
Manual | Parte 1 | p. 18
APLICAR CONHECIMENTOS | SABER ORGANIZAR DE FORMA SISTEMATIZADA A INFORMAÇÃO
Questão 4.

A CIDADE-ESTADO

ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO ELEMENTOS DEFINIDORES

Acrópole Ágora Território:


• geográfico – território: “E será necessariamente autossuficiente o território
Funções: Funções: que produza tudo […]” (Doc. 1);
• religiosa: “sede do culto da • praça pública onde os • económicos – alimentação: “[…] deve, antes de mais, existir alimentação
cidade” (Doc. 2); cidadãos fazem negócios e […]” (Doc. 1); ofícios: “[…] ofícios, já que a vida necessita de muitos
• defensiva: “O território discutem assuntos da instrumentos […]” (Doc. 1); recursos: “E será necessariamente
deve ser de difícil acesso política. autossuficiente o território que produza tudo […]” (Doc. 1) ou “[…] também
para os inimigos […]” (Doc. Edifícios: deve possuir […] abundância de recursos […] para colmatar as carências
1). • políticos e administrativos, próprias” (Doc. 1);
Edifícios: como a “Bulé” (Doc. 2); • militares – armamento: “[…] os membros da comunidade têm […] que
• templos; • stoai, como o “pórtico de possuir armas para usar; quer para manter a autoridade […] quer para
• estátua da deusa Atena. Zeus” (Doc. 2); repelir as ameaças externas” (Doc. 1);
• casa de habitação; • religiosos – culto: “[…] o zelo para com as divindades […]” (Doc. 1);
• judiciais, como o “Helieu e • políticos – autoridade: “[…] capaz de discernir o que é conveniente e justo
o Areópago” (Doc. 2); para os cidadãos” ou “Ao governante compete mandar e administrar a
• templos, como o de “Zeus” justiça” (Doc. 1).
ou “Hefesto” (Doc. 2).

Manual | Parte 1 | p. 21
APLICAR CONHECIMENTOS | SABER RECOLHER E SELECIONAR INFORMAÇÃO E ORGANIZÁ-LA
Questão 4.

A DEMOCRACIA ANTIGA E OS CIDADÃOS N.º DOC. EXPLORADO

• “participam na vida política aqueles cujos pais forem ambos cidadãos”; 1

• “o seu recenseamento é feito no demos quando atingem dezoito anos”; 1

• “são livres e de nascimento legítimo”; 1

Características dos • “só teria direito de cidadania quem fosse filho de pai e mãe cidadãos […]”; 2
cidadãos
(transcrições) • “[…] chamar a si a maior parte dos assuntos do Estado […]”; 2

• “pagamento para o serviço” dos cargos; 2

• “[…] os que têm a mesma origem e […] são livres”; 3

• “[…] o bom cidadão deve saber e poder governar assim como ser governado”. 3

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PROPOSTAS DE RESOLUÇÃO DE ATIVIDADES DO MANUAL

Manual | Parte 1 | p. 25
APLICAR CONHECIMENTOS | SABER RECOLHER E SELECIONAR INFORMAÇÃO E ORGANIZÁ-LA
Questão 3.

O EXERCÍCIO DA DEMOCRACIA N.º DOC. EXPLORADO


• “eleger todas as magistraturas […] não estipular qualquer nível de riqueza para se aceder às magistraturas […]”; 4

• “depor a supremacia das decisões nas mãos da Assembleia”; 4

• “remunerar de modo especial todas as magistraturas”; 4

• “atribuir a administração da justiça a todos os cidadãos escolhidos de entre todos”; 4

Exercício do poder • “o fundamento do regime democrático reside na liberdade”; 4


(transcrições) • “Tais regimes parecem procurar a igualdade mais do que tudo”; 5

• “O Conselho dos 500 é tirado à sorte, cinquenta membros por cada tribo”; 6

• “[os prítanes] têm a função de convocar o Conselho e a Assembleia do Povo”; 6

• “[os prítanes] publicitam os assuntos […], a ordem de trabalhos […] e o lugar da reunião”; 6

• “[…] votar de mão levantada”. 6

• “impedir que o mesmo cidadão exerça duas vezes a mesma magistratura”; 4


Meios de proteção
da democracia • “baniam da cidade, por um período determinado, todos aqueles que parecessem ter demasiada influência”; 5
(transcrições)
• “ele [prítane] desempenha esta função […] e não lhe é permitido […] exercê-la duas vezes”. 6

1. O modelo romano
Manual | Parte 1 | p. 65
APLICAR CONHECIMENTOS | SABER ANALISAR FONTES DIVERSAS E INTEGRAR OS SEUS ELEMENTOS NA RESPOSTA
Questão 3.

O cidadão romano entre o século I a.C. e o século III d.C., um conceito


CONCEITO DE O cidadão em Atenas no século V a.C., um conceito limitado e restritivo
evolutivo no sentido da universalidade
CIDADÃO
CARACTERÍSTICAS DIREITOS DEVERES
Atenas Roma Atenas Roma
• votar as leis; • participar na Assembleia;
• votar e aceder às • prestar juramento ao Imperador e
POLÍTICOS • ser sorteado ou eleito para as • participar nas instituições, se
responsabilidades políticas locais. validar as suas decisões.
diferentes magistraturas. sorteado.
• proteção das leis;
• proteção das leis; • participar nos tribunais, se
JURÍDICOS • direito a um processo; • participar nos tribunais.
• direito a um processo. sorteado.
• direito a apelar ao Imperador.
• honrar os deuses;
RELIGIOSOS • participar nas cerimónias. • honrar os deuses da cidade.
• prestar culto ao Imperador.
• realizar serviço militar numa legião
MILITARES – – • cumprir serviço militar.
romana.

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D2 Dinamismo civilizacional da Europa Ocidental nos séculos XIII a XIV


– espaços, poderes e vivências

1. O espaço português
Manual | Parte 2 | p. 13
APLICAR CONHECIMENTOS | SABER INTERAGIR COM OS OUTROS NO RESPEITO PELA DIFERENÇA E PELA DIVERSIDADE. COMPARAR PERSPETIVAS
Questão 3.

COLUNA A DOC. 3 | O APELO DO PAPA DOC. 4 | O APELO DE SALADINO


ASPETOS A IDENTIFICAR NO OCIDENTE CRISTÃO NOS TERRITÓRIOS MUÇULMANOS
• “[…] os Muçulmanos são relutantes. Nenhum deles responde ao
As pessoas chamadas a • “[…] todos independentemente da classe a que pertencem, apelo […]”;
combater cavaleiros ou peões, ricos ou pobres […]”. • “É, portanto, chegado o momento […] de reunir todos aqueles,
próximos ou distantes, que têm sangue nas veias.”
• “Há muito tempo que o mar traz reforços ao inimigo e que a terra
• “[…] afastarem aquele povo nefasto para longe dos nossos
Os motivos da guerra não os afasta, as nossas províncias sofrem perpetuamente e os
territórios”.
nossos corações estão aflitos com os males que nos causam.”
A recompensa assegurada aos
• “[…] verão os seus pecados perdoados.”. • “[…] os crentes alcançarão segurança e saúde.”
combatentes
• […] os Infiéis se apoiam uns nos outros […]. Não há um rei […] um
• “Estes Turcos destroem as igrejas, eles saqueiam o reino degrande senhor que não tenha rivalizado com o seu vizinho na ajuda
A visão do inimigo
Deus.”. a fornecer, que não tenha lutado […] por um sério esfoço de
guerra!”.
O Papa Urbano II chama todos “ […] independentemente da classe a que pertencem, cavaleiros ou peões, ricos ou pobres […]” para a
CONCLUSÃO cruzada. Saladino entende que “[…] os Muçulmanos são relutantes. Nenhum deles responde ao apelo […]”, razão pela qual não têm tido
Destaque dois aspetos em que sucesso.
os dois testemunhos diferem Enquanto o Papa Urbano II considera que a participação na cruzada irá garantir o perdão dos pecados, já que aqueles que participarem
(siga o exemplo) “[…] verão os seus pecados perdoados.”, Saladino defende que a participação dos Muçulmanos será recompensada, pelo contrário, com
“[…] segurança e saúde.”

Manual | Parte 2 | p. 32
APLICAR CONHECIMENTOS | SABER ANALISAR FONTES DIVERSAS E INTEGRAR OS SEUS ELEMENTOS NA RESPOSTA
Questão 2.

1. A CRIAÇÃO DO REINO DE PORTUGAL: N.º DOC. EXPLORADO


A AÇÃO DE D. AFONSO HENRIQUES, SEGUNDO O PAPA TIPO DE DOCUMENTO
1.1. 3 motivos ou argumentos do Papa para justificar o reconhecimento do título de rei e de reino:
• o reconhecimento de D. Afonso Henriques “como bom filho e príncipe católico”;
• os serviços militares de D. Afonso Henriques na luta contra os Mouros, considerados infiéis e inimigos dos cristãos: “prestaste inumeráveis
serviços à tua mãe, a Santa Igreja, exterminando intrepidamente em […] proezas militares os inimigos do nome cristão e propagando
diligentemente a fé cristã”;
• a valorização da ação política e militar de D. Afonso Henriques aos olhos de Deus e da Igreja “Deve a fé Apostólica amar com sincero afeto e
procurar atender eficazmente […] os que a Providência divina escolheu para governo e salvação do povo.” Documento 5 – Bula
1.2. 2 expressões reveladoras da autoridade do Papa em termos políticos e internacionais: Manifestis Probatum
• “Por isso, Nós, atendemos às qualidades de prudência, justiça e idoneidade de governo que ilustram a tua pessoa, tomamo-la sob a proteção (fonte primária)
de São Pedro e nossa […]”; Autor: Papa Alexandre III
• “[…] concedemos e confirmamos por autoridade apostólica ao teu excelso domínio o reino de Portugal com inteiras honras de reino e a Data: 1179
dignidade que aos reis pertence […]”;
• “[…] todos os lugares que com o auxílio da graça celeste conquistaste das mãos dos Sarracenos e nos quais não podem reivindicar direitos
os vizinhos príncipes cristãos. […]”.
1.3. 1 expressão através da qual o Papa consagra o reconhecimento e a independência de Portugal:
• “[…] concedemos e confirmamos por autoridade apostólica ao teu excelso domínio o reino de Portugal com inteiras honras de reino e a
dignidade que aos reis pertence […]”.

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2. A CRIAÇÃO DO REINO DE PORTUGAL: A AÇÃO DE D. AFONSO HENRIQUES, N.º DOC. EXPLORADO


SEGUNDO O HISTORIADOR TIPO DE DOCUMENTO
2.1. DEFENDE UMA TESE:
– A constituição do reino de Portugal, durante o século XII, teve por base duas opções orientadoras:
“A constituição do reino de Portugal durante o século XII, se teve base num movimento expansionista, de carácter militar, alicerçou-se
num outro, de índole repovoadora, que segue aquele de perto.”
A. FIGURA HISTÓRICA E LOCALIZAÇÃO NO TEMPO E ESPAÇO:
O historiador analisa a ação de D. Afonso Henriques – refere-se à época e aos factos relativos a esta personalidade: “Desta época (entre
1136-1151)” ou seja no período anterior a ser reconhecido como rei e ao tempo em que já usava o título de rei (1140-1143), tinha
conquistado o território até à linha do Tejo (1147).
B. DESIGNAÇÃO DO MOVIMENTO EXPANSIONISTA, DE CARÁCTER MILITAR:
Reconquista Cristã.
C. DESIGNAÇÃO DO MOVIMENTO DE ÍNDOLE REPOVOADORA: Documento 6 – Texto
Povoamento e colonização do território. historiográfico
D. PRINCIPAL ÁREA DE POVOAMENTO DINAMIZADA POR D. AFONSO HENRIQUES: Autor: Vários
• a área do Mondego até ao Tejo: Data: 1996
• numa primeira fase, a ação repovoadora de Afonso Henriques centrou-se na defesa e estabilidade da linha do Mondego;
• defender dos ataques dos Muçulmanos: “era o espaço natural de um território que o rio separava e defendia dos ataques Muçulmanos;
• centrar a sua ação para manter a linha do Mondego: “centrou-se na defesa e estabilidade da linha do Mondego”.
E. MEIOS USADOS PELO MONARCA PARA ATINGIR OS OBJETIVOS:
• Atribuiu cartas de foral ou fundou ou reorganizou povoações: “dataram os forais concedidos a Miranda, Penela, Leiria, Germanelo,
Arouce”;
• promoveu a colonização ou ocupação de terras por povoadores a quem atribuiu terras: “foi bastante colonizador, tendo a área
envolvente de Coimbra beneficiado da administração direta, através de aforamentos.”;
• fez doações de terras a diversos agentes de povoamento: nobres, clérigos, ordens religiosas monásticas e religioso-militares: “ou
procurou dinamizar o povoamento, através das suas muitas doações […].”

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Manual | Parte 2 | p. 36
APLICAR CONHECIMENTOS | SABER RECOLHER, SELECIONAR INFORMAÇÃO DE DOCUMENTOS E ORGANIZÁ-LA
Questão 3.

A FIXAÇÃO DO TERRITÓRIO: DO TERMO DA RECONQUISTA AO ESTABELECIMENTO E FORTALECIMENTO DE FRONTEIRAS – “O PAPEL DOS


REIS NA RECONQUISTA”
A. Características do processo de conquista
1 – Acontecimentos:
• conquista da linha do Tejo,1147;
• avanço das conquistas até ao Alentejo;
• recuo territorial devido à nova ofensiva muçulmana;
• avanço nas conquistas do Alentejo com a participação decisiva das ordens religioso-militares;
• conquista definitiva do Algarve.

NÃO SE ESQUEÇA DA REFERÊNCIA AO DOCUMENTO OU À PÁGINA


2 – Intervenientes:
• “D. Afonso Henriques desde o início do reinado controlou a guerra e a organização do território, prática que os seus sucessores de uma maneira geral
continuaram.” (Doc. 7);
• “a par das terras concelhias, todas da Coroa, e do património das dioceses ou de alguns poucos mosteiros, os únicos senhorios que iremos encontrar
para lá do Tejo serão os domínios das ordens militares” (Doc. 7);
• “[…] [as] ordens militares, que efetivamente contribuíram, sobretudo desde D. Sancho I, para o alargamento do território, sendo mesmo as instituições
que mais protagonizaram a Reconquista no século XIII, até à sua conclusão em 1249-1250.” (Doc. 7).
3 – Dificuldades:
• reforço do poder dos Muçulmanos através de novas incursões;
• rivalidade com Castela quanto à posse de territórios no Algarve: “[…] fronteira da ‘Extremadura’ castelhana.”;
• definição das fronteiras no Alentejo;
• ação dos senhorios, cuja extensão dos domínios punha em causa a soberania da Coroa: “[…] os senhorios que o seu irmão tinha recebido do pai e que
formavam um complexo territorial impressionante […]. D. Dinis não descansou enquanto não recuperou para a Coroa esses senhorios […]” ou “[…] foi
também o primeiro monarca a iniciar o controlo das ordens militares.”
4 – Resultados:
• alargamento do território para sul;
• a definição de fronteiras foi progressivamente consolidada;
• reforço do poder régio.
B. As medidas complementares à Reconquista: o povoamento
1 – Intervenientes:
• “[…] os únicos senhorios que se detetam no Alentejo e Algarve são os das ordens militares, ou então os episcopais e monásticos.” (Doc. 7);
• “atitude régia o exemplo dado por D. Dinis em relação com os senhorios que o seu irmão, o Infante D. Afonso, tinha recebido do pai e que formavam
um complexo territorial impressionante em área e pela estratégica colocação a sul do Tejo, junto à fronteira da ‘Extremadura’ castelhana. D. Dinis, como
dizia, não descansou enquanto não recuperou para a Coroa esses senhorios, trocando-os por outros, até com maior rendimento, mas a norte do rio
Tejo. Foi também o primeiro monarca a iniciar o controlo das ordens militares”.

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Manual | Parte 2 | p. 38
APLICAR CONHECIMENTOS | SABER SISTEMATIZAR INFORMAÇÃO DE FORMA ORIENTADA E DISTINGUIR OPINIÕES
Questão 1.
EXCERTO(S) IDEIAS-CHAVE
A1. O foral significa “[…] um estatuto jurídico que contém […] a soma A2. O foral é um documento.
A.
dos privilégios outorgados pelo rei ou senhor, consubstanciando […] O rei ou senhor concede privilégios, reconhece os direitos locais e os
O QUE É UMA CARTA DE
os preceitos de direito local […] e ainda os poderes concedidos pela poderes do concelho.
FORAL?
Coroa.” (Doc. 1 – documento historiográfico).
B. B1. “A par da concessão de cartas de povoamento para fixação de B2. Os meios de povoamento foram:
QUAIS OS MEIOS USADOS novos povoadores, destaca-se a outorga de cartas de foral a núcleos • concessão de cartas de povoamento; concessão de cartas de foral;
PELOS MONARCAS PARA de povoadores, a distribuição de terras a ordens religiosas e ainda a
• doações às ordens religiosas, doação de terras a estrangeiros.
PROMOVER O concessão de terras a estrangeiros que se fixavam em Portugal.”
POVOAMENTO: (Doc. 1 – documento historiográfico).
INTERVENIENTES?
C1. O aparecimento dos concelhos deve atribuir-se a um conjunto de C2. Fatores:
fatores: • acabar com a servidão, atribuir direitos às comunidades populares
• necessidade de acabar com a servidão, permitindo aos homens de homens livres;
agruparem-se em “comunidades concelhias.” (Doc. 1 – documento • assegurar a Reconquista e a defesa através do recurso a cavaleiros-
C. historiográfico); vilãos e a peões;
QUAIS OS FATORES DO • garantir “a sua liberdade.” (Doc. 1 – documento historiográfico); • estabilizar as populações.
APARECIMENTO DOS • “uma outra razão estava relacionada com a Reconquista, que
CONCELHOS? constituía, na altura, uma preocupação dominante” (Doc. 1 –
documento historiográfico);
• “evitar uma revolta e estabilizar as populações favoreceu a
concessão de cartas de foral. […]” (Doc. 1 – documento
historiográfico).
D1. “Inicialmente todos os vizinhos do concelho possuíam direitos D2. Os vizinhos eram homens livres do concelho que dispunham de
D. iguais no que respeita à governação do município.” (Doc. 1 – direitos.
QUAIS OS DIREITOS DOS documento historiográfico). Assistiu-se à formação de uma elite, de uma oligarquia de homens-
VIZINHOS DO CONCELHO? “Com a evolução nota-se uma tendência no sentido de os habitantes bons que passou a dominar os cargos importantes do concelho.
QUEM DOMINAVA A do núcleo urbano se apoderarem das rédeas de governação em A sede do concelho domina o termo e os habitantes.
GOVERNAÇÃO? detrimento dos vizinhos sediados no termo. […]” (Doc. 1 – documento
historiográfico).
E. E1. “O concelho era formado por um núcleo urbano que integrava no E2. O concelho compunha-se do núcleo urbano, propriamente dito, e
QUAIS AS PARTES seu termo diversas vilas ou lugares.” (Doc. 1 – documento do termo, composto por vilas e lugares (rural).
CONSTITUINTES DO historiográfico).
CONCELHO?

Questão 2.
A. QUEM B. QUEM C. OBJETIVO? D. QUAL A E. QUAIS OS LIMITES F. ANÁLISE GLOBAL DOS DADOS:
CONCEDE? RECEBE A TERRA DO CONCELHO?
CONCESSÃO CONCEDIDA?
DA CARTA DE
FORAL?
“Eu, Afonso, “[…] dou e “[…] querendo e “[…] em “[…] pela maneira A carta de foral foi concedida pelo rei D. Afonso III, em 1255.
por graça de concedo a vós intentando fazer utilidade
primeiro lugar como está limitado A doação foi concedida aos moradores da vila de Gaia,
Deus, Rei de todos, ao meu Reino e ao povo dou-vos e pelos termos de consagrando um conjunto de direitos.
Portugal e habitantes da da minha vila de Gaia concedo-vos Coimbrões e do Candal
O rei tinha como objetivo fixar os habitantes, atrair povoadores e
Conde de minha vila de […]”; por limites todo e de Almeara e depois,
promover o desenvolvimento da comunidade.
Bolonha, filho Gaia, “[…] dou e concedo a vós o meu reguengo conforme entra no
daquele ilustre presentes e de Gaia para Douro pelo casal que Na carta de foral, o rei concede uma terra em que os seus
todos, habitantes da
Rei D. Afonso futuros, o bom vossa herança foi Sé portucalense, habitantes beneficiavam de direitos num território que pertencia à
minha vila de Gaia,
e da Rainha foro que abaixo para sempre que é sito em Gaia e Coroa e passava, deste modo, para uma comunidade popular.
presentes e futuros, o
D. Urraca […]”. se contém bom foro que abaixo se […]”. pelo de S. Martinho se A carta de foral estabelecia, igualmente, os limites do concelho, ou
[…]”. contém […]”. o puder haver […]”. seja, a área que era abrangida pelo concelho, que se designava
“termo”.

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Manual | Parte 2 | p. 39
APLICAR CONHECIMENTOS | SABER SISTEMATIZAR INFORMAÇÃO DE FORMA ORIENTADA E DISTINGUIR OPINIÕES
Questão 3.1.
Os reis D. Sancho I, D. Afonso III e D. Dinis foram os que outorgaram maior número de forais: 58, 92 e 81, respetivamente.
O rei que menos forais outorgou foi D. Sancho II.
A concessão de forais está relacionada com o processo de Reconquista, sendo um meio utilizado pelos monarcas para promover a defesa e o povoamento.
A atribuição de forais, nos reinados de D. Afonso III e D. Dinis, está relacionada com o fortalecimento do poder régio, a necessidade de limitar o poder senhorial e de
promover o desenvolvimento económico do reino.

Manual | Parte 2 | p. 43
APLICAR CONHECIMENTOS | SABER ELABORAR UM REGISTO ESQUEMÁTICO COM BASE NAS IDEIAS DE UM DOCUMENTO HISTORIOGRÁFICO
Questões 1. a 3.

1. “Diretamente sob a alçada do monarca constituíram 2. “[…] a partir do mundo urbano, pela uniformidade das leis e
verdadeiros polos ordenadores, sendo neles e através deles que da escrita, da linguagem e dos símbolos, dos usos e dos
a Coroa progressivamente reclamou a posse, controlo e • Quem controla e costumes, que paulatinamente se construiu a noção de
desenvolveu o território ou, por outras palavras, ‘compôs’ o coordena o dinamismo identidade e de pertença a uma estrutura mais vasta, um reino
reino.” das cidades do Reino? […].”

Qual o papel integrador Qual o papel da cidade no


da cidade, no quadro do nascimento do
Os “núcleos urbanos” sentimento de pertença
exercício do poder régio? tiveram “o papel ao Reino?
estratégico central” na
Idade Média
(Doc. 4) 3. Razão pela qual, onde não existiam
4. “[…] por intermédio da cidade se logrou o cidades ou estavam escassamente
enquadramento político, jurídico, representadas, se multiplicaram as
económico, social e cultural das fundações de Vilas Novas, Vilas Reais,
populações.” Póvoas…”.
Quais as iniciativas para
“[…] sujeito a um mesmo poder, um rei”.
promover o desenvolvimento
do urbanismo medieval?

Manual | Parte 2 | p. 60
APLICAR CONHECIMENTOS | SABER ANALISAR FONTES DIVERSAS E INTEGRAR OS SEUS ELEMENTOS NA RESPOSTA
Questão 2.
A. PODERES DO SENHOR B. OBRIGAÇÕES DOS CAMPONESES, DEPENDENTES DO SENHOR C. DIREITOS DOS
SOBRE A MASSA DOS CAMPONESES
CAMPONESES
A1. B1. C1.
Exige “pagamentos com que, a • pagar uma fração da mesma ao senhor Pagar uma fração da
títulos vários, o senhor onerava mesma ao senhor e
• “Mais umas quantas medidas de cereal, vinho, legumes, alhos, cebolas, molhos de linhos, aves e ovos ou até
o camponês.” arrecadar o
algumas moedas podia ter de entregar […]”;
remanescente [restante]
• prestar serviços gratuitos de dias de trabalho agrícola (jeiras), em maior ou menor número, nas reservas
para alimento e
senhoriais;
semente.
• transporte de rendas (carreiras);
• obrigados a entregar rendas senhoriais (como a colheita);
• realizar serviços vários nas construções do domínio ou no âmbito do quotidiano do senhor (caça, pesca,
tratamento de animais);
• submeter-se aos seus monopólios (de construção – fornos e moinhos – ou de venda do vinho– relego).
A2. B2. C2.
• categoria dos assalariados: Vivem em casa do
Domina um grande número de – não têm terra própria para cultivarem; senhor (abrigo e
dependentes sem terra própria, proteção).
– pagam uma renda em produtos domésticos e vivem miseravelmente do trabalho sazonal;
e exige rendas e serviços
gratuitos na reserva e outro tipo – assalariados permanentes são moços de lavoura e vivem em casa do senhor: são jovens solteiros e fazem
de obrigações domésticas. trabalhos domésticos ou tratam dos animais da reserva;
– podem também ser pastores e levar o gado do senhor onde for necessário.

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Manual | Parte 2 | p. 65
APLICAR CONHECIMENTOS | SABER ORGANIZAR A INFORMAÇÃO DE FORMA SISTEMATIZADA
Questão 1.

SIGNIFICADO
AÇÕES DO REI EXCERTO DO DOC. 2 EXCERTO DO DOC. 3
HISTÓRICO
1. • “Estas são as leis e as posturas que fez o muito nobre Rei Dom • “Em vós deveis a saber que é direito e Exercer o poder legislativo
Poder legislativo e fazer Afonso de Portugal e mandou aos Reis que viessem depois dele que uso e costume geral dos meus reinos ou assegurar o
cumprir as leis régias as guardassem.”; que em todas as doações que os reis cumprimento das ordens
• “Outrossim estabeleceu que as suas leis sejam guardadas”; fazem […]”; ou das leis régias.
• “em sinal” e em conhecimento de maior
2. Exercer o poder • “convém a saber que o Reino e todos que em ele morassem fossem senhorio.” Exercer o poder.
por ele Regidos”.
3. Exercer a justiça • “Estabeleceu Juízes”; • “sempre fica guardado para os reis as Exercer a justiça ou
“Julgados per ele e per todos seus sucessores e aguardam assi” […]. apelações, e a justiça maior”. assegurar o exercício da
Assegurar o exercício da justiça.
justiça
4. • “fez cortes em as quais com Conselho de Dom Pedro [Bispo] eleito Toma conselho junto do
Convocar órgão de Braga e de todos os bispos do Reino e dos homens de Religião e seu conselho ou convoca
consultivo dos Ricos homens e dos seus vassalos.” órgão consultivo.
5. • “fez cortes em as quais com Conselho de Dom Pedro [Bispo] eleito Controlar os abusos dos
Controlar os abusos de Braga e de todos os bispos do Reino e dos homens de Religião e poderosos.
senhoriais dos Ricos homens e dos seus vassalos.”;

• “[…] e os direitos da santa Igreja de Roma.”; Assegurar os direitos e o


6. • “Convém a saber que se forem feitas ou estabelecidas contra eles ou respeito pela Igreja.
Garantir os direitos da contra a santa Igreja que non valham nem tenham.”
Igreja
CONCLUSÃO SOBRE • O exercício do poder régio está associado ao poder legislativo, pois cabe ao rei fazer as leis a serem aplicadas no reino.
O EXERCÍCIO DO • O poder régio está também ligado ao exercício do poder executivo, uma vez que o monarca assegura o cumprimento das leis no reino.
PODER PELO REI
• O rei dispõe ainda de poder judicial, na medida em que lhe cabe assegurar o exercício da justiça através de um conjunto de funcionários
régios, reservando para si o direito de justiça maior.
• O rei, na sua ação governativa, pode convocar, consultivamente, as cortes.
• Como forma de defender o seu poder, controla os abusos senhoriais, ao mesmo tempo que assegura os direitos no reino.

Questão 2.

IDENTIFICAÇÃO DO
DESTINATÁRIOS DETERMINAÇÕES ESTABELECIDAS SIGNIFICADO HISTÓRICO
DOCUMENTO
Tipo de documento:
“Sabede que os Reis que antes de mim foram Afirmação do poder régio face ao aumento dos
CARTA RÉGIA ou Lei de
defenderam [determinaram] que ordens nem clérigos domínios senhoriais da Igreja ou de eclesiásticos.
Desamortização “A todos os Alcaides, não comprassem nenhuns herdamentos em seu Reino,
Data: era de mil, meirinhos, corregedores, Controlar o aumento das propriedades da Igreja.
e o mesmo defendo eu.”;
trezentos e vinte e dois juízes, aguazis, justiças, Evitar que as propriedades passem para as mãos da
anos. Almoxarifes e Tabeliães “E, porém, mando e defendo que os clérigos nem Igreja ou do clero e deixem de pagar impostos,
Autoria: D. Dinis, por dos meus reinos, saúde”. ordens não comprem herdamentos que compraram ou resultando na diminuição de receita do Reino.
graça de Deus Rei de fizeram comprar até aqui para si, desde que fui Rei,
[…]”. Publicação das Leis de Desamortização
Portugal e do Algarve.

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Manual | Parte 2 | p. 68
APLICAR CONHECIMENTOS | SABER ORGANIZAR A INFORMAÇÃO DE FORMA SISTEMATIZADA
Questão 2.

A – Excerto do documento B – Acontecimento(s) C – Personalidades D – Significado histórico


1. “Em Nome de Deus ámen. […] El-Rei D. Afonso IV, filho do mui 1. Realização de Cortes em 1. D. Afonso IV, filho de D. Dinis 1. Reunião de Cortes mais
nobre Rei D. Dinis, fez Cortes em Santarém”. Santarém. frequente.
2. “Foram ali juntos todos os prelados e todos os ricos-homens, 2. Reunião de elementos das três 2. Prelados 2. Cortes – reunião alargada
priores e abades e cavaleiros e muitos homens-bons dos ordens. Ricos-homens com presença das três
concelhos e todo o seu senhorio nas quais Cortes […]”. Homens-bons dos concelhos ordens do Reino.
3. “[…] publicou muitos agravamentos e muitos mais […] que 3. Medidas de afirmação do poder 3. Rei 3. Exercício do poder
corregeu e muitas graças e mercês que fez a todos de sua terra régio à escala do Reino. legislativo do Rei.
segundo adiante se segue.”
4. “Entendi a fazer Cortes em Santarém […] e que enviasse a 4. Informação e decisões das Cortes. 4. Rei 4. Carácter consultivo das
mim dois homens-bons desse concelho e um tabelião para aí Exercício do direito de petição. Tabeliães Cortes.
verem aquelas coisas que se fizessem nas Cortes e para me Ligação do Rei aos oficiais régios e Homens-bons Direito de petição e apelação
dizerem aquelas coisas para que essa terra podia ser melhor aos concelhos.
exercido nas Cortes por
veriada […]” . parte dos concelhos.
“[…] também para me pedirem aquelas coisas que fossem
aguisadas [razoáveis] e para correger aquilo que fosse para
correger”.

Manual | Parte 2 | p. 71
APLICAR CONHECIMENTOS | SABER ORGANIZAR A INFORMAÇÃO DE FORMA SISTEMATIZADA
Questão 1.

ASPETOS TRANSCRIÇÃO / SIGNIFICADO /INFORMAÇÕES


• Inquéritos “realizados por ordem régia em diversas regiões do Reino, mais ou menos localizadas (inquirições gerais ou
A. Significado de “inquirição” e particulares), com a finalidade de inventariar os bens detidos pela Coroa (propriedades, rendas, terras, padroados e direitos)”;
autoria da inquirição
• Utilizadas “[…] sobretudo pelos monarcas dos séculos XIII e XIV […]”.
• Inventariar “[…] os bens detidos pela coroa (propriedades, terras, rendas, padroados e direitos) […]”.
• Averiguar “hipotéticas usurpações contra eles cometidas, aquilatando o correto funcionamento das honras e coutos nelas
B. Objetivos das inquirições existentes […]”.
• Estabelecer “[…] um cadastro da propriedade régia e privilegiada”.
• Concretizar “um desejo de afirmação do rei em face da crescente subida dos poderes regionais senhoriais […]”.
C. Efeitos da realização das
Desencadearam “um coro de protestos em revolta aberta, acabando por lançar o Reino numa guerra civil, entre 1319 e 1324.”
inquirições

Questão 2.
As inquirições foram um instrumento do poder régio: “utilizadas sobretudo pelos monarcas dos séculos XIII e XIV […]” para conter a expansão do poder senhorial através do
“[…] cadastro da propriedade régia e privilegiada”.
Deste modo, o rei, através desta ação, procurou conhecer com rigor “[…] os bens detidos pela coroa […]”, assim como conhecer as “[…] hipotéticas usurpações contra ele
cometidas […]” pelos senhores do reino. Por isto, as inquirições constituíram-se como um meio para fortalecer o poder régio e travar o poder dos senhores no reino. As
inquirições foram, então, “um desejo de afirmação do rei em face da crescente subida dos poderes regionais senhoriais […]”.
Naturalmente que esta ação régia provocou “[…] um coro de protestos em revolta aberta, acabando por lançar o reino numa guerra civil […]”, uma vez que os grandes
senhores do reino, nobres e eclesiásticos, estavam habituados a exercer a autoridade nos seus domínios, sem que esta fosse posta em causa.

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D3 A abertura europeia ao Mundo – mutações nos conhecimentos,


sensibilidades e valores nos séculos XV e XVI

1. O alargamento do conhecimento do mundo

Manual | Parte 3 | p. 16
APLICAR CONHECIMENTOS | SABER ORGANIZAR DE FORMA SISTEMATIZADA A INFORMAÇÃO
Questão 1.

CARACTERÍSTICAS DA EXPANSÃO PORTUGUESA – ÉPOCA HENRIQUINA


DOC. 3 a) o rei D. João I; os infantes filhos do rei (D. Duarte, D. Pedro e D. Henrique), João Afonso, vedor da
a) as personalidades a quem coube a iniciativa da fazenda;
“tomada de Ceuta”; b) para os filhos do rei “tomarem a ordem da cavalaria”; para eliminar a pirataria moura “que tanto mal fazia
b) razões da conquista de Ceuta. aos cristãos”.

DOC. 4 a) o Infante preparou as viagens “depois de bem instruído em tudo o que dizia respeito à geografia”; foi
a) a iniciativa da descoberta assumiu o carácter de um necessário obter informações de “muitas pessoas que viajaram pelo mundo”.
projeto organizado; b) a nobreza ligada ao Infante: “cavaleiros de sua casa”.
b) o grupo social associado à ação de descoberta; c) enfrentaram tempestades e ventos contrários: “temeram ser tragados pelas ondas. O vento obrigou-os a
afastar-se”.
c) as dificuldades associadas à descoberta e designação
da ilha de Porto Santo.
DOC. 5 a) permitiu desmistificar a ideia de que o mar era tenebroso: “nenhum navio ousava de se alargar ao mar e
a) o significado da passagem do cabo Bojador; passar para além desse baixio”; possibilitou avançar na costa ocidental africana.
b) a personalidade associada ao feito. b) Gil Eanes: “este foi o primeiro capitão que passou além do cabo Bojador”.

DOC. 6 a) para assegurar o comércio e defender o local “que ninguém pudesse entrar no golfo de Arguim para
a) os objetivos que levaram o Infante a estabelecer “uma comerciar com os árabes” e para “conservar este comércio para sempre”.
feitoria e fortaleza”; b) comércio realizado em regime de exclusivo sendo que os seus “feitores [...] compram e vendem àqueles
b) as características do comércio mantido pelo Infante na árabes”; levavam “panos”, “prata” e “trigo” “ e recebiam em troca “negros que os árabes trazem da Nigéria” e
região. “ouro”; a navegação era assegurada por “caravelas de Portugal”.

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Manual | Parte 3 | p. 18
APLICAR CONHECIMENTOS | SISTEMATIZAR ACONTECIMENTOS E PROCESSOS HISTÓRICOS
Questão 1.

3. REGIÃO OU ÁREA GEOGRÁFICA 4. PERSONALIDADE(S)


1. PERÍODO 2. ANOS Atingida/povoada/colonizada pelos Portugueses Associadas aos acontecimentos/datas identificados na
coluna 2

1420-1430 • povoamento da Madeira; • João Gonçalves Zarco, Tristão Vaz Teixeira;


• povoamento das ilhas açorianas; • Diogo de Silves e outros; Diogo de Teive;
A. Ao longo do século XV 1434 • os navios portugueses ultrapassam o cabo Bojador; • Gil Eanes.
Décadas de 1440 • costa africana da Guiné e aproveitamento do
a 1460 arquipélago de Cabo Verde.

• navegações no Atlântico equatorial, com o


B. Anos setenta do século XV conhecimento e aproveitamento das ilhas de Fernão Pó,
S. Tomé, Príncipe e Ano Bom.

C. Anos oitenta do século XV 1483 • chegada ao Congo-Zaire; • Diogo Cão;


1487-1488 • ligação entre os oceanos Atlântico e Índico com a • Bartolomeu Dias.
passagem do cabo da Boa Esperança.

1497-1499 • comunicação marítima regular entre a Europa e a Ásia • Vasco da Gama.


com a rota do Cabo.
D. Nos finais do século XV

1500 • América do Sul, com o avistamento do Brasil; • Pedro Álvares Cabral;


• exploração da Terra Nova; • irmãos Corte-Real;
E. Ao longo do século XVI 1514 • tentativas de exploração do interior africano;
1539 • exploração da Flórida;
1542-1543 • exploração da Califórnia. • João Rodrigues Cabrilho.

5. PIONEIRISMO DOS PORTUGUESES NO ALARGAMENTO DO CONHECIMENTO DO MUNDO: CARACTERÍSTICAS GERAIS

A. A expansão marítima portuguesa é, em relação B. Ultrapassam o cabo Bojador, limite das tradicionais C. Abertura da comunicação marítima regular entre a
a outros países da Europa, pioneira e única. navegações do Atlântico, abrindo a navegação da costa Europa e a Ásia. Ao longo do século XVI, a expansão
africana. Realiza-se também a navegação na costa e nos planetária dos Portugueses avança nos diferentes espaços
mares da Ásia. marítimos.

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Manual | Parte 3 | p. 19
APLICAR CONHECIMENTOS | CONSTRUIR SÍNTESES COM BASE EM ASSUNTOS ESTUDADOS
Questão 2.
O CONTRIBUTO PORTUGUÊS
O papel dos Portugueses na abertura europeia ao mundo

Condições gerais do conhecimento do mundo pelos Europeus Condições e heranças técnicas

• conhecimento limitado do mundo, centrado no mar Mediterrâneo; • tradição marítima associada às ligações com o
• conhecimento da Europa, do Norte de África e do Médio Oriente; Norte da Europa;
• conhecimento vago da Índia e da China. • herança árabe e judaica no domínio da
astronomia e da arte de navegar;
• aperfeiçoamentos na náutica;
Conjuntura no início do século XV • experiência de navegação no Mediterrâneo;
• utilização de instrumentos náuticos (ampulheta,
bússola);
Política Religiosa Económica • utilização de instrumentos de observação dos
astros na navegação (astrolábio, quadrante e
• fim das guerras com Castela; • expandir a fé cristã • carência de cereais e procura balestilha - navegação astronómica);
(evangelização); de novas áreas de cultivo; • utilização de novas embarcações - caravela -
• interesse de afirmação da
nova dinastia de Avis face a • espírito de cruzada na luta • necessidade de ouro para que contornavam ventos e correntes contrários
Castela e no contexto europeu; contra o Infiel; amoedação, através do acesso (vela triangular e leme de cadaste);
• enfrentar o poder dos Mouros. às fontes e rotas do ouro • utilização da volta da Mina para navegar no
• a Coroa procura canalizar o
africano; Atlântico sul;
ímpeto guerreiro da nobreza;
• produtos de luxo e especiarias • elaboração de mapas para orientar os
• expansão do território para
chegavam à Europa com navegadores.
garantir a defesa estratégica,
dificuldade e a custo elevado.
face a ataques de pirataria.

Principais etapas e áreas da Expansão portuguesa

Quatrocentista Quinhentista

Áreas e realizações Objetivos e meios Áreas e realizações Objetivos e meios

• Norte de África; • conquistar territórios em Marrocos; • Atlântico sul e • atingir a Índia por mar;
• Arquipélagos • povoar e colonizar os arquipélagos atlânticos, para exploração do • consolidar o exclusivo de navegação;
atlânticos; explorar os recursos naturais e introduzir cereais, açúcar e Índico;
• criar circuitos e rotas de comércio no Índico;
• litoral ocidental vinho; • consolidação da
• iniciar a exploração económica do Brasil (primeiro
africano; • iniciar o comércio de escravos e procurar atingir as fontes Carreira da Índia
de forma incipiente e depois assente na economia
do ouro africano; (rota do Cabo);
• passagem do açucareira e na mão de obra escravizada);
Atlântico para o • atingir a Índia por mar e chegar à fonte das especiarias; • chegada à Índia e
• criar um sistema de comércio interligado entre
Índico com a ao Japão;
• aumentar o poder da Coroa e dos príncipes de Avis com Lisboa, feitorias africanas e o Índico;
descoberta da rota iniciativas de conquista e de expansão; • chegada ao Brasil.
• consolidar o monopólio da Coroa;
do Cabo.
• corresponder aos interesses económicos e religiosos da • estabelecer os primeiros contactos com o Japão
nobreza, do povo e do clero; e a China;
• conquistar novos territórios; • criar um Império baseado na conquista de pontos
• descobrir novas áreas de cultivo e de comércio; estratégicos, em alianças locais locais e no
• associar as iniciativas de conquista ao espírito de cruzada; domínio da navegação;

• obter direitos de navegação; • regime de licenças ou cartazes no Índico;

• aproveitar a tradição marítima e os progressos nos • obter direitos de navegação;


conhecimentos técnicos para aceder a novos territórios e • manutenção de uma armada para patrulhar a
áreas de navegação; navegação e as rotas do Índico, do Golfo Pérsico e
• consolidar e aperfeiçoar os progressos na navegação do mar Vermelho;
astronómica. • supremacia da artilharia portuguesa.
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Manual | Parte 3 | p. 42
APLICAR CONHECIMENTOS | SABER ANALISAR TEXTOS HISTORIOGRÁFICOS
Questão 2.

INFORMAÇÕES

• da América: tabaco; algodão; abóbora amarela; peru; batata doce; ananás; mandioca; cacau; amendoim; batata; milho;
feijão; açúcar; ouro; diamantes; madeira (Doc. 1);
• da Ásia: especiarias; café; chá; tecidos de algodão; porcelana (Doc. 1);
• “[…] captura de escravos e ouro em pó […]” (Doc. 2);
A. Novas
• “[…] pimenta e o gengibre do Malabar e da Indonésia-Malásia; o macis e a noz moscada de Banda […]” (Doc. 3);
plantas/animais/produtos.
• […] a canela de Ceilão; o cravo-da-Índia de Ternate […]” (Doc. 3);
• […] os cavalos da Pérsia e da Arábia […]” (Doc. 3);
• […] o ouro, as sedas e as porcelanas da China; a prata e cobre do Japão; o ouro do sudeste africano [Monomotapa] e de
Samatra […]” (Doc. 3).

• “[…] construção de um portefólio de mercadorias [que] passou a ter como placa giratória [Portugal]” (Doc. 2);
• “implantação da feitoria de Arguim […]” (Doc. 2);
• “[…] o cognominado Príncipe Perfeito avançaria com o Plano da Índia […], que pretendia chegar à capital das especiarias
B. O interesse dos Europeus
do Índico, indo muito além do riquíssimo negócio africano ocidental […]” (Doc. 2);
nos territórios coloniais.
• “[…] troca entre diferentes regiões asiáticas e entre a Europa e a Ásia.” (Doc. 3);
• dominar “[…] rotas marítimas de especiarias e metais preciosos […]” através de ”lugares de feitoria-fortaleza ou de cidade
portuária.” (Doc. 3).

• promoveu novos gostos e hábitos alimentares;


• generalizou o uso de plantas, animais e de produtos;
• dinamizou o comércio e a economia;
C. O impacto dos novos • promoveu o contacto entre diferentes continentes e povos;
produtos no quotidiano:
vantagens e desvantagens. • solucionou os problemas associados à falta de trigo com a introdução da batata;
• introduziu o consumo de produtos nocivos, como o tabaco;
• promoveu o tráfico de escravos e a utilização de mão de obra escravizada;
• causou a introdução de novas doenças no Novo Mundo.

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2. A reinvenção das formas artísticas


Manual | Parte 3 | p. 80
APLICAR CONHECIMENTOS | SABER CONSTRUIR SÍNTESES COM BASE EM DADOS RECOLHIDOS
Questão 5.

1. RENASCIMENTO 2. A PRODUÇÃO CULTURAL 3. HUMANISMO

• renascer do gosto pela Antiguidade • publicação de estudos e obras sobre os • redescoberta dos textos da Antiguidade
Clássica; clássicos; Clássica;
• valorização dos pensadores clássicos • reedição de obras clássicas, após revisão • renovação do Cristianismo de acordo com
(racionalismo); crítica; os ideais do Evangelho;
• interesse pelo ser humano, colocado no • apoio a intelectuais e artistas (mecenato); • conhecimento e estudo das línguas Antigas:
centro do pensamento e das realizações • invenção da imprensa: divulgação do saber grego, latim e hebreu;
culturais (antropocentrismo); e dos livros dos humanistas. • coloca o indivíduo no centro do mundo
• abrange todos os campos da arte e do (antropocentrismo): esperança e otimismo no
saber. ser humano.

Manual | Parte 3 | p. 88
APLICAR CONHECIMENTOS | COMPARAR OBRAS DE ARTE QUANTO A ASPETOS EM QUE SE OPÕEM
Questão 1.

A. FRA ANGÉLICO, ANUNCIAÇÃO, 1430-1432 B. LEONARDO DA VINCI, ANUNCIAÇÃO, 1472-1475


ASPETOS A REGISTAR
(SÉCULO XV) (SÉCULO XV)

1. Suporte e técnica de pintura • Têmpera sobre madeira. • Têmpera sobre madeira.

• são seis as figuras. No primeiro plano, estão o Anjo e Maria; no • são duas as figuras apresentadas: o Anjo Gabriel e Maria;
segundo, Adão e Eva, Deus; Jesus em silhueta;
• o cenário está construído em planos tridimensionais;
• as figuras estão dispostas numa composição dividida em dois
2. Descrição das personagens: • é possível observar a expressividade dos rostos;
planos bidimensionais;
número, disposição, atitudes • as figuras apresentam movimento e harmonia;
• o Anjo e Maria estão integrados numa cena interior, enquanto
as restantes personagens estão enquadradas num ambiente • rigor do desenho é comprovado pelos pormenores anatómicos das
exterior. figuras.

• a perspetiva é resultado da técnica do claro-escuro, segundo a qual


os objetos mais distantes são mais pequenos e os seus contornos
esfumam-se numa atmosfera azulada, que podemos observar ao
• algumas marcas de profundidade são dadas pelas linhas da fundo;
3. Decoração, ambiente da estrutura arquitetónica em primeiro plano; • o efeito de profundidade também é alcançado pelas linhas da
cena, profundidade • o tratamento dos volumes e a ideia de profundidade são estrutura arquitetónica do edifício e da mesa de pedra que se
limitados e evidenciam um carácter bidimensional. encontra em frente de Maria;
• o uso de vegetação e objetos de decoração revelam que a cena
religiosa foi integrada num ambiente profano;
• os tecidos são ricos e apresentam movimento.

• as cores dominantes são: branco, castanho, verde, azul,


4. Cores dominantes dourado, cores pastel; • a cor apresenta diferentes tonalidades.
• existem poucas variações de cor na composição.

• Na obra de Fra Angélico destacam-se algumas marcas de profundidade, apesar de a composição estar concebida em planos
bidimensionais.
Conclusão (características
• Na obra de Leonardo da Vinci, para além da evidência clara da ideia de profundidade, conseguida com a diluição dos contornos ao
gerais a destacar)
fundo e da atmosfera nebulosa, destacam-se a integração da cena religiosa num ambiente profano, a diferença de tonalidades nas cores
e a expressividade das figuras, o Anjo Gabriel e Maria.

Selecionar duas para • As duas obras diferenciam-se na ideia de profundidade, conseguida em Leonardo da Vinci, menos aperfeiçoada em Fra Angélico, e na
comparar com maior paleta de cores, suaves na pintura de Fra Angélico, que contrasta com a paleta de cores de diferentes tonalidades da obra de Leonardo
da Vinci. Apesar de a temática ser a mesma, a Anunciação, numa demonstração da continuidade entre as obras do Renascimento e as

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da Idade Média, Leonardo da Vinci rompe com o período anterior, quando integra as figuras religiosas num ambiente profano e lhes
destaque confere forte expressividade.

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Manual | Parte 3 | p. 95
APLICAR CONHECIMENTOS | SABER SINTETIZAR, REVER E MONITORIZAR APRENDIZAGENS ADQUIRIDAS
Questão 3.
JAN VAN EYCK, LEONARDO DA VINCI,
ASPETOS A REGISTAR
A VIRGEM E O CHANCELER ROLIN, C. 1435 DAMA COM ARMINHO, 1485-1490

Suporte e técnica de pintura Óleo sobre madeira Óleo sobre madeira

• uma jovem mulher segura, nos seus braços, um arminho;


• são três as personagens, em primeiro plano (chanceler, Nossa • a figura feminina, Cecília Gallerani, amante de Ludovico Sforza,
Senhora e o Menino); uma em segundo plano (o anjo); duas em é representada com serenidade, exaltando a sua beleza e
terceiro plano (no muro do varandim); juventude;
• organizam-se simetricamente nas duas metades da obra; • os traços da figura feminina são individualizados, possibilitando
Descrição das personagens: o seu reconhecimento;
número, disposição, atitudes • apresentam uma atitude serena, não confrontando o espetador,
e apresentam traços individualizados; • o arminho é representado de forma naturalista e parece querer
libertar-se do colo da jovem mulher;
• o vestuário apresentado é luxuoso;
• os trajes são representados com grande detalhe, podendo
• os panejamentos apresentam cores exuberantes e realismo. observar-se as suas dobras e o cair do tecido. A riqueza do
vestido é percetível através da pintura.

• em primeiro plano, as figuras principais estão representadas


numa detalhada cena de interior; em segundo plano, os arcos de
volta perfeita abrem a cena ao mundo exterior, observando-se
uma vasta paisagem, com uma ponte que liga as duas margens; • o fundo escuro deste quadro dá maior realce às figuras
Decoração • o efeito de perspetiva é dado pelos ladrilhos do chão (perspetiva representadas, destacando a brancura da pele da jovem e o
linear) e pela paisagem através das cores difusas ao fundo branco do arminho que se acentuam com a luz que incide do lado
Ambiente da cena (perspetiva aérea); direito do quadro;
Profundidade • representa-se uma cena religiosa num ambiente de interior e • o jogo de luz e de claro-escuro contribui para destacar o efeito
profano, com evocação de elementos clássicos como as colunas, de perspetiva, assim como a disposição das figuras.
os capitéis e os arcos de volta perfeita;
• o efeito de perspetiva é também alcançado pela
proporcionalidade das figuras na obra.

• destacam-se as cores fortes dos trajes das duas figuras


principais (o azul e vermelho); • o preto domina o fundo da obra, realçando o azul, o vermelho e
Cores dominantes
• no interior, os tons são escuros (refletindo o ambiente de os tons de branco da pele da jovem mulher e do arminho.
interior), iluminando-se à medida que se abre para o exterior.

• Na obra de van Eyck, destaca-se a simetria do quadro e o efeito de perspetiva. Representa uma cena religiosa inserida num contexto
profano, cujas figuras revelam realismo. A arquitetura do interior contribui para contextualizar as figuras, nomeadamente o chanceler, e
dá perspetiva à obra. O encomendador da obra (Nicolas Rolin) surge representado no lado esquerdo.
Conclusão: características • Na obra de da Vinci, destaca-se a individualidade e o humanismo da figura feminina. Representa um retrato encomendado por
gerais a destacar (selecionar Ludovico Sforza, que, nesta obra, quer fazer representar a sua amante. Para além da beleza da figura e dos pormenores de
duas para comparar com representação, destaca-se o forte contraste do fundo com a luz que recai sobre as figuras.
maior destaque)
• As duas obras são bons exemplos do uso da perspetiva, da individualização e humanização das figuras, do naturalismo, da utilização
do óleo como recurso técnico da pintura e da importância dos encomendadores e mecenas no desenvolvimento da arte no
Renascimento.

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Manual | Parte 3 | p. 119


APLICAR CONHECIMENTOS | CONSTRUIR SÍNTESES COM BASE EM DADOS RECOLHIDOS EM FONTES HISTÓRICAS ANALISADAS
Questão 1.

MARCAS DA INFLUÊNCIA RENASCENTISTA NA PINTURA PORTUGUESA DO SÉCULO XVI

AUTORES E REPRESENTAÇÃO DAS TRATAMENTO DOS PORMENORES ELEMENTOS QUE


USO DA COR
OBRAS FIGURAS NATURALISTAS CONFEREM PERSPETIVA

• a Virgem surge ao centro da


composição; • o fundo é demarcado por três
• a Virgem está ladeada por arcos e duas colunas;
• os rostos das figuras são expressivos e
dois grupos de apóstolos; individualizados (no olhar, nos cabelos e nos • o arco central projeta a visão
• cromatismo intenso ou
• os três apóstolos, em gestos); para o exterior, onde se avista
uso de cores fortes;
Francisco primeiro plano, estão uma cidade;
• as vestes mostram pregueados cujos efeitos são
Henriques • predomínio de tons ajoelhados sobre um • os ladrilhos do chão contribuem
conseguidos pelas sombras nelas projetadas;
Pentecostes, encarnados, castanhos, pavimento de quadrados para dar ideia de profundidade;
c. 1508-1511 azuis, brancos e verde sobrepostos; • o chão apresenta um tratamento que confere
autenticidade; • as figuras maiores estão mais
escuro (manto da • em segundo plano, os outros próximo, em primeiro plano,
Virgem). apóstolos, de pé, estão em • os janelões dão efeito de transparência, pelos
enquanto as figuras mais
atitude de contemplação; quais entra a luz que acentua o volume das figuras.
distantes surgem ao fundo, e
• as figuras estão enquadradas com menores dimensões.
num conjunto arquitetónico.

• as figuras são representadas com expressividade


e movimento;
• a individualização das figuras é visível pelos • a estrutura arquitetónica divide
• a composição divide-se em traços do rosto, nos cabelos e nos gestos; a composição em dois planos e
duas partes: uma cena interior confere ideia de profundidade;
e outra, exterior; • as vestes apresentam várias tonalidades que lhes
Jorge Afonso dão volume e o movimento é dado pelos seus • o edifício, ao fundo, dá a ilusão
• na cena interior estão as pregueados; de perspetiva;
Aparecimento • uso de cores fortes
figuras principais: Cristo, de
de Cristo (azuis, encarnados, • o naturalismo é dado também pelo livro, aos pés • a ideia de perspetiva é também
pé, e a Virgem, ajoelhada;
ressuscitado à castanhos e brancos). da Virgem, e pelo bordão que Cristo segura; dada pela estrutura do edifício
Virgem, 1515 • na cena exterior, estão que se abre em vários espaços;
representadas várias figuras, • os elementos arquitetónicos também evidenciam
sendo que uma delas surge uma aproximação ao real (como o mármore da • os ladrilhos do chão, na cena
despida. coluna); de interior, também contribuem
• o céu, as árvores e o edifício na cena de exterior para a ideia de perspetiva.
também dão um carácter naturalista à
representação.

• apresentação de um primeiro
plano, cujas figuras estão
• a cena religiosa insere-se numa paisagem urbana; evidenciadas (em tamanho
• a figura de S. Sebastião • as vestes das figuras, em primeiro plano, maior) para demonstrar a
surge no centro da evidenciam pormenores próximos do real, com proximidade em relação ao
composição, ladeada por dois detalhe; observador;
Gregório arqueiros, ricamente vestidos, • nas vestes das figuras, em segundo plano, • os grupos de personagens, nos
Lopes • uso de cores intensas e que empunham as suas também se verifica a intenção de representação planos seguintes, também
Martírio de (cinzentos, azulados, armas; detalhada; acentuam a profundidade, pois
S.  Sebastião, castanhos, ocre e preto). • em segundo plano, surgem • rigor anatómico na representação de são representadas com
c. 1536-1538 outras figuras que estão S. Sebastião; tamanhos diferentes, consoante
dispostas em grupos, o que • realismo no tratamento das ruas e dos edifícios; a distância a que se encontram
permite identificar várias cenas do observador;
• o edifício do lado direito é de influência
na composição. • o tratamento do céu com
renascentista, de planta circular, com elementos
clássicos. variações de cor e de luz
também confere profundidade à
obra.

Cristóvão de • cromatismo intenso • Cristo está a ser deposto no • elementos vegetalistas representados, quer em • a ideia de profundidade é dada
Figueiredo (encarnados, branco, túmulo numa posição que primeiro plano, quer ao fundo; pelo tratamento do túmulo;
Deposição no azuis, castanhos e quebra a verticalidade das • detalhe nos objetos representados (por exemplo, • o alinhamento das figuras;

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MARCAS DA INFLUÊNCIA RENASCENTISTA NA PINTURA PORTUGUESA DO SÉCULO XVI

AUTORES E REPRESENTAÇÃO DAS TRATAMENTO DOS PORMENORES ELEMENTOS QUE


USO DA COR
OBRAS FIGURAS NATURALISTAS CONFEREM PERSPETIVA

restantes figuras; no túmulo);


• Cristo surge ladeado por • os panejamentos das figuras também revelam
figuras femininas; pormenor e até se consegue destacar a textura;
túmulo, • a existência de um fundo com
c. 1525-1530 negro). • do lado direito, destacam-se • rostos com expressividade e sentido paisagem.
duas figuras vestidas de negro; individualizado;
• o túmulo revela influências ao • as chagas nas mãos de Cristo acentuam o
gosto clássico. naturalismo.

• o tratamento do espaço onde a


cena se desenrola dá a ideia de
• ao centro surgem três figuras profundidade;
• o naturalismo é dado pela expressividade e
femininas que são ladeadas • o plano mais próximo é
emoção presentes nos rostos das figuras
Vasco pelos apóstolos; demarcado pelo pavimento e
• cores fortes representadas;
Fernandes • as figuras são iluminadas de pelo degrau que separa a cena;
(encarnados, amarelos, • as vestes com o seu pregueado revelam
Pentecostes, cima, o que acentua o seu • ao fundo, surgem as formas
verdes, castanhos). movimento e as cores conferem-lhes volume;
c. 1534-1535 volume; arquitetónicas (três arcos de
• o espaço arquitetónico revela o tratamento
• as figuras estão enquadradas volta perfeita e duas janelas que,
próximo do real visível nos elementos clássicos.
em elementos arquitetónicos. de cada lado, dão ideia de
profundidade através da vista
para o exterior).

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PROPOSTAS DE RESOLUÇÃO DE ATIVIDADES DO MANUAL

3. A renovação espiritual e religiosa


Manual | Parte 3 | p. 134
APLICAR CONHECIMENTOS | SABER SISTEMATIZAR, SEGUINDO TIPOLOGIAS ESPECÍFICAS, ACONTECIMENTOS OU PROCESSOS HISTÓRICOS
Questão 1.
A crise religiosa do final da Idade
Média e início da Época Moderna
(séculos XIV a XV)

A conjuntura Características gerais:


do século XIV
• crise do século XIV marcada pela trilogia negra (fomes, pestes e guerras);
• Grande Cisma do Ocidente que conduziu à divisão da Cristandade Ocidental na
obediência a dois Papas, um em Roma e outro em Avinhão;
• ambiente cultural do Renascimento ligado ao humanismo;
• surgimento de novas formas de devoção popular: procissões de flagelantes,
cortejos religiosos, práticas de superstição e magia, novas formas de piedade.

O despertar de uma nova religiosidade mais O contributo dos humanistas: As críticas à Igreja e à vivência do clero:
individual e interior:
• destaca-se Erasmo na defesa de uma • à hierarquia eclesiástica, mais preocupada
• religiosidade mais próxima da Palavra de religiosidade mais próxima do Cristianismo original; com assuntos temporais do que espirituais;
Cristo e assente na fé;
• valorização do indivíduo e dos textos Antigos; • aos desvios e abusos do clero, à vida de
• movimento Devotio Moderna assente na luxo e ostentação à custa dos crentes;
• tradução da Bíblia para as línguas nacionais para
relação direta entre o crente e Deus, através
os crentes acederem diretamente ao texto sagrado; • às práticas morais do clero, ao culto e
da meditação e da leitura da Bíblia.
liturgia em latim e à exploração das crenças
• defesa do espírito cristão, da humildade e da fé
dos fiéis;
na formação e moral do clero;
• à prática da venda de indulgências;
• Wycliff recusa a autoridade do Papa, condena as
indulgências e defende que a salvação se obtém • à ausência dos bispos das dioceses;
pelo arrependimento;
• à falta de preparação e de vocação;
• Huss defende a pobreza evangélica e recusa a
• necessidade de reforma religiosa.
transubstanciação.

Manual | Parte 3 | p. 146


APLICAR CONHECIMENTOS | SABER USAR MEIOS DIVERSOS PARA EXPRESSAR AS APRENDIZAGENS
Questão 3.

CATÓLICOS LUTERANOS CALVINISTAS ANGLICANOS

FONTE DA FÉ Na Bíblia, interpretada pelo clero. Na Bíblia, interpretada pelos crentes.

Pela fé e pelas obras, com Pela fé e pelo arrependimento. Pela predestinação: Pela fé e pelo arrependimento.
SALVAÇÃO mediação da Igreja. Deus escolhe aqueles que salva ou
condena.

SACRAMENTOS Sete. Dois.

Cerimónias faustosas, celebradas Cerimónias simples, celebradas em língua nacional. Cerimónias faustosas, celebradas
FORMA DE CULTO
em latim. em língua nacional.

CLERO Distinção entre clérigos e laicos. Não faz a distinção entre clérigos e laicos. Hierarquia eclesiástica, mantendo

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Hierarquia eclesiástica. O pastor administra o culto. bispos e padres.

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