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1. Atmosfera
Conceito
A atmosfera é a camada gasosa, com cerca de 800 a 100Km de espessura, que envolve e protege a Terra e a
acompanha nos seus movimentos de rotação e translação, devido à força de atração gravitacional.
Densidade atmosférica
Devido à força de gravidade, cerca de 99% da massa atmosférica concentra-se nos primeiros 30 km de altitude. À
medida que aumenta a altitude, a densidade atmosférica (concentração de partículas atmosféricas) é cada vez menor e
o ar torna-se mais rarefeito.
Composição da atmosfera
O ar atmosférico é constituído por uma mistura de gases, partículas sólidas em suspensão e água.
Gases - Azoto (78%,) Oxigénio (21%), Árgon (0,93%), Dióxido de carbono (0,03%)
Gases raros (néon, hélio, crípton, hidrogénio, xénon, ozono, metano, óxido nitroso) (0,04%)
Partículas sólidas em suspensão: sal marinho, poeiras, cinzas vulcânicas, fumos…
Água no estado sólido, líquido e gasoso.
Importância da atmosfera
É fundamental à vida na Terra devido: à composição do ar na troposfera (oxigénio e dióxidode carbono); à regulação
da temperatura na superfície terrestre; à existência de água no estado líquido; à proteção dos seres vivos dos raios
solares nocivos (radiação ultravioleta).
Funções da atmosfera
Filtra a radiação solar – impede que toda a energia solar recebida pelo planeta atinja a superfície terrestre, o que
tornaria impossível a vida na Terra devido às elevadas temperaturas.
Protege a Terra da radiação ultravioleta – o ozono estratosférico absorve uma parte significativa das radiações
ultravioletas que têm um efeito nocivo sobre os seres vivos.
Protege a Terra dos meteoritos – impede que a maior parte dos meteoritos que atinge o topo da atmosfera chegue à
superfície terrestre. Devido à força de atrito provocado pelo ar, os meteoritos incendeiam-se e fragmentam-se ao
atravessarem a atmosfera.
Mantém o equilíbrio térmico – permite que a temperatura se mantenha mais ou menos constante, impedindo que as
temperaturas atinjam valores muito altos durante o dia e muito baixos durante a noite (efeito de estufa).
Permite o ciclo da água.
Estrutura
A atmosfera divide-se em camadas (cada uma com
características distintas) que apresentam variações de
temperatura, pressão e densidade do ar, segundo a altitude.
Troposfera,
Estratosfera,
Mesosfera,
Termosfera.
Situa-se entre a superfície e os 12 km de altitude (é a camada menos espessa). A espessura é maior nos
polos (6 a 8Km) e maior junto ao equador (16 a 18 km).
Contém 80% da massa atmosférica (é a camada mais densa), devido ao efeito da gravidade.
Contém praticamente todo o vapor de água existente na atmosfera (99%), embora a concentração varie
Troposfera
2. Radiação solar
Radiação solar – é a energia emitida pelo sol sob a forma de
ondas eletromagnéticas, com diferentes comprimentos de
onda, que formam o espectro solar.
As ondas propagam-se no espaço interplanetário a 300 000
km/s (velocidade da luz), por meio de movimentos
ondulatórios e vibratórios.
Constante solar – é a quantidade de radiação solar que atinge o limite superior da atmosfera numa superfície de 1cm2,
na perpendicular com os raios solares, em cada minuto. Tem o valor de 1,95 cal/cm2/min.
Radiação difusa – parte da radiação solar que atinge indiretamente a superfície terrestre.
Radiação solar direta – radiação solar que incide diretamente sobre a superfície terrestre.
Parte da radiação é retida na atmosfera pelo ozono (radiação
Absorção ultravioleta) e pelo vapor de água, dióxido de carbono,
partículas sólidas e líquidas (radiação infravermelha).
Desde o nascer do sol até ao meio-dia diminui a obliquidade (inclinação) dos raios solares e espessura da
atmosfera por eles atravessada assim como a área sobre a qual os raios se distribuem, o que significa um aumento
da quantidade de energia recebida por unidade de superfície.
Ao meio-dia o sol atinge a sua altura máxima, isto é, os raios solares apresentam a sua maior verticalidade (menor
espessura da atmosfera atravessada) e, por isso, a superfície da Terra recebe o máximo de energia solar.
Durante a tarde aumenta a obliquidade e a espessura da atmosfera atravessada pelos raios solares, sendo menor
a quantidade de energia que chega à superfície.
Durante a noite não há radiação solar, apenas radiação terrestre.
Dia natural – período que decorre entre o nascer e o pôr-do-sol, quando este se encontra acima da linha do horizonte.
Massa atmosférica – espessura da atmosfera atravessada pelos raios solares até atingirem a superfície terrestre.
Solstício de Junho
O sol incide verticalmente no trópico de
Câncer e atinge a sua maior altura acima do
horizonte no hemisfério Norte.
Devido à pequena inclinação dos raios
solares e à menor espessura da
atmosfera atravessada, é maior a
quantidade de energia solar que chega
por unidade de superfície.
Pelo facto de o sol efetuar o seu trajeto
mais longo acima da linha do horizonte,
o dia natural (período de tempo que
decorre entre nascer e o pôr do sol) tem uma maior duração que a noite, o que significa um maior período de
aquecimento.
O hemisfério Norte recebe a maior quantidade de energia. É o início do Verão.
Solstício de Dezembro
O sol incide verticalmente no trópico de Capricórnio e atinge a sua altura mais baixa acima da linha do horizonte no
hemisfério Norte.
Devido à grande inclinação dos raios solares, a quantidade de energia recebida por unidade de superfície é
mínima.
O sol efetua o seu trajeto mais curto acima do horizonte, o que implica uma menor duração do dia natural e um
menor período de aquecimento.
O hemisfério Norte recebe a menor quantidade de energia. É o início do Inverno.
Equinócios de Setembro e de Março
Marcam, respectivamente, o início do Outono e da Primavera no Hemisfério Norte.
O sol incide verticalmente no Equador e apresenta uma inclinação intermédia relativamente à verificada nos solstícios.
Os dias são iguais às noites (período de aquecimento igual ao de arrefecimento) e os valores de radiação recebidos nos
dois hemisférios são equivalentes.
Polos (B)
A inclinação dos raios solares é máxima, o se traduz numa grande espessura da atmosfera atravessada e numa
maior superfície aquecida – a quantidade de radiação que chega à superfície é mínima.
Apesar de existir um equilíbrio térmico da Terra, este não se verifica em todas as regiões do globo devido à
diferente inclinação/ângulo de incidência da radiação solar.
Na zona intertropical (N e S) - a quantidade de energia
recebida à superfície é superior à emitida devido à grande
verticalidade dos raios solares, existindo assim um excedente
térmico.
Entre os 37º e os 40º (N e S) - verifica-se um equilíbrio
energético entre a radiação adquirida e a perdida.
Nas regiões acima dos 40º (N e S) - as perdas excedem cada
vez mais a quantidade de energia recebida devido à grande
inclinação dos raios solares, verificando-se um défice
energético.
Arquipélagos
No arquipélago da Madeira a quantidade de radiação solar recebida é maior que nos Açores devido à menor
latitude. A vertente Sul da ilha da Madeira apresenta maiores níveis de insolação do que a vertente Norte em
resultado da maior exposição solar.
Nos Açores, devido à maior latitude e nebulosidade, os níveis de radiação solar e insolação são menores.
Arquitetura bioclimática – Visa a conceção de edifícios adaptando-os às condições climáticas dos lugares onde se
inserem, proporcionando no seu interior um aquecimento (no inverno) e um arrefecimento (no verão).
Arquitetura bioclimática:
exemplo de uma
habitação no hemisfério
norte
Exemplos: aproveitar a incidência dos raios solares para aquecimento dos edifícios através da melhor orientação
solar dos mesmos, instalar grandes janelas e superfícies envidraçadas para um melhor aproveitamento da luz
natural; utilização de técnicas de construção baseadas em soluções de eficiência energética (isolamento térmico dos
edifícios, vidros duplos).
Aproveitamento ativo – converter a radiação solar noutras formas de energia: térmica e eletricidade.
Variação espacial
As regiões com maior potencial de aproveitamento térmico e fotovoltaico são o Alentejo e o Algarve, sobretudo
a orla algarvia e o interior alentejano, para além da região de Lisboa.
As regiões de menor potencial, com os valores mais baixos de insolação e radiação global, são o litoral Norte e
Centro e as áreas mais elevadas devido aos maiores níveis de nebulosidade e humidade atmosférica.
O Noroeste, apesar de valores mais baixos de radiação solar, apresenta condições razoáveis para a exploração de
sistemas fotovoltaicos.
O potencial de aproveitamento da energia solar:
Diminui de sul para norte devido ao efeito da latitude e do relevo (altitude);
Aumenta de oeste para este, sobretudo a norte do Tejo, pela maior nebulosidade do litoral e maior insolação do
interior.
Formas de potencialização
Perante as potencialidades existentes em Portugal, é necessário continuar a valorizar o aproveitamento energético da
radiação solar:
Fomentar a sua produção e utilização através da atribuição de benefícios fiscais.
Obrigatoriedade de instalação de coletores solares nos novos edifícios.
2.Potencial turístico
Importância económica do turismo
O turismo constitui um importante sector da economia portuguesa:
Representa cerca de 10% do PIB e do emprego;
Permite a entrada de divisas estrangeiras, contribuindo para o equilíbrio da balança comercial;
Tem efeitos multiplicadores na economia e nas regiões: criação de postos de trabalho, dinamização do comércio,
restauração, transportes, construção civil, preservação do património arquitetónico, paisagístico, gastronómico
(…).
O clima português, com temperaturas moderadas (verões quentes e invernos não muito frios) e um elevado nº de
horas de sol anuais, contribui para que o país seja um importante destino turístico ao nível internacional.
Turismo balnear
Apresenta um grande potencial, atendendo à amenidade do clima, à insolação e à existência de extensas praias de
areia branca e fina. O Algarve, com excelentes condições de insolação, é a região mais atrativa.
Limitações:
A grande dependência do turismo balnear, com um caráter sazonal, que levanta problemas ao nível do
desemprego durante grande parte do ano.
A concentração da oferta no litoral algarvio
4. Apresente os processos que levam a perdas de energia da radiação solar na atmosfera terrestre, até chegar à
superfície terrestre.
5. Defina albedo.
12. Justifique a afirmação: “O equilíbrio térmico da Terra não se verifica em todas as regiões.”
14. Justifique o facto de, apesar de não se verificar um equilíbrio térmico em todas as regiões, existir um equilíbrio
térmico global.
16. Mencione os dois principais fatores que fazem variar a radiação solar que chega à superfície terrestre.
21. Justifique o facto de a radiação solar ser máxima no solstício de Junho no Hemisfério Norte.
22. Justifique o facto de a radiação solar ser mínima no solstício de Dezembro no Hemisfério Norte.
23. Justifique a diminuição da radiação solar recebida na superfície terrestre com o aumento da latitude.
24. Justifique o facto de a radiação solar, que chega à superfície, ser mínima nas regiões do Ártico e do Antártico.
25. Justifique o facto de a radiação solar absorvida pela atmosfera diminuir com o aumento da altitude.
26. Justifique o facto de as vertentes expostas a Sul no Hemisfério Norte receberem maiores níveis de radiação solar
do que as viradas a Norte.
27. Explique o efeito da nebulosidade na variação da quantidade de energia solar recebida na superfície terrestre.
28. Justifique as diferenças de radiação solar, recebida na superfície terreste, entre as áreas litorais e áreas mais
interiores.
29. Justifique o facto de os valores da radiação solar recebida na região equatorial, onde os raios solares apresentam
uma maior verticalidade, serem inferiores aos das regiões dos trópicos.
32. Indique os fatores que fazem variar a quantidade de radiação solar recebida em Portugal.
33. Explique a variação espacial da radiação solar recebida em Portugal com a proximidade/afastamento em relação
ao oceano.
37. Justifique os contrastes na radiação solar recebida e na insolação nos arquipélagos da Madeira e dos Açores.
39. Indique os principais fatores responsáveis pela variação espacial da temperatura em Portugal.
41. Justifique o aumento das amplitudes térmicas anuais com o aumento da distância ao oceano.
42. Explique a influência da disposição do relevo na distribuição da temperatura em Portugal. Apresente exemplos
dessa influência.
43. Justifique os contrastes na distribuição da temperatura, entre a vertente Norte e a vertente Sul, na ilha da
Madeira.
44. Apresente a situação de Portugal em termos do potencial e do aproveitamento efetivo da energia solar,
comparativamente a outras regiões da Europa.
45. Indique as regiões que em Portugal apresentam maior e menor potencial de aproveitamento térmico e
fotovoltaico da radiação solar.
46. Indique, justificando, a época do ano com maior potencial de aproveitamento da energia solar.
47. Apresente as potencialidades da radiação solar como um recurso importante na promoção do turismo.