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Geografia A 10º Ano – Radiação Solar

1. Atmosfera
Conceito
A atmosfera é a camada gasosa, com cerca de 800 a 100Km de espessura, que envolve e protege a Terra e a
acompanha nos seus movimentos de rotação e translação, devido à força de atração gravitacional.

Densidade atmosférica
Devido à força de gravidade, cerca de 99% da massa atmosférica concentra-se nos primeiros 30 km de altitude. À
medida que aumenta a altitude, a densidade atmosférica (concentração de partículas atmosféricas) é cada vez menor e
o ar torna-se mais rarefeito.

Composição da atmosfera
O ar atmosférico é constituído por uma mistura de gases, partículas sólidas em suspensão e água.
 Gases - Azoto (78%,) Oxigénio (21%), Árgon (0,93%), Dióxido de carbono (0,03%)
Gases raros (néon, hélio, crípton, hidrogénio, xénon, ozono, metano, óxido nitroso) (0,04%)
 Partículas sólidas em suspensão: sal marinho, poeiras, cinzas vulcânicas, fumos…
 Água no estado sólido, líquido e gasoso.

Importância da atmosfera
É fundamental à vida na Terra devido: à composição do ar na troposfera (oxigénio e dióxidode carbono); à regulação
da temperatura na superfície terrestre; à existência de água no estado líquido; à proteção dos seres vivos dos raios
solares nocivos (radiação ultravioleta).

Funções da atmosfera
 Filtra a radiação solar – impede que toda a energia solar recebida pelo planeta atinja a superfície terrestre, o que
tornaria impossível a vida na Terra devido às elevadas temperaturas.
 Protege a Terra da radiação ultravioleta – o ozono estratosférico absorve uma parte significativa das radiações
ultravioletas que têm um efeito nocivo sobre os seres vivos.
 Protege a Terra dos meteoritos – impede que a maior parte dos meteoritos que atinge o topo da atmosfera chegue à
superfície terrestre. Devido à força de atrito provocado pelo ar, os meteoritos incendeiam-se e fragmentam-se ao
atravessarem a atmosfera.
 Mantém o equilíbrio térmico – permite que a temperatura se mantenha mais ou menos constante, impedindo que as
temperaturas atinjam valores muito altos durante o dia e muito baixos durante a noite (efeito de estufa).
 Permite o ciclo da água.

Estrutura
A atmosfera divide-se em camadas (cada uma com
características distintas) que apresentam variações de
temperatura, pressão e densidade do ar, segundo a altitude.
 Troposfera,
 Estratosfera,
 Mesosfera,
 Termosfera.
 Situa-se entre a superfície e os 12 km de altitude (é a camada menos espessa). A espessura é maior nos
polos (6 a 8Km) e maior junto ao equador (16 a 18 km).
 Contém 80% da massa atmosférica (é a camada mais densa), devido ao efeito da gravidade.
 Contém praticamente todo o vapor de água existente na atmosfera (99%), embora a concentração varie
Troposfera

bastante de local para local.


 Diminuição constante da temperatura com a altitude (0,6ºC por cada 100 metros - gradiente térmico),
devido à menor da concentração de gases com capacidade para absorver o calor.
 Ocorrem aqui os fenómenos meteorológicos (movimento do ar, formação de nuvens, queda de
precipitação, vento...) que afetam a superfície terrestre.
 É a camada com maior agitação do ar e, por isso, os aviões comerciais circulam no limite superior.

 Estende-se entre os 12 e os 50 km de altitude.


 Existência de uma camada de ozono entre os 25 e 40 km de altitude que absorve a radiação ultravioleta,
Estratosfera

permitindo a vida na Terra.


 A temperatura mantém-se constante no -60º C até cerca de 25 km de altitude e depois aumenta até ao -
3º C devido à absorção da radiação ultravioleta pelas moléculas de ozono.
 Grande estabilidade atmosférica (os aviões supersónicos circulam na sua parte inferior).

2. Radiação solar
Radiação solar – é a energia emitida pelo sol sob a forma de
ondas eletromagnéticas, com diferentes comprimentos de
onda, que formam o espectro solar.
As ondas propagam-se no espaço interplanetário a 300 000
km/s (velocidade da luz), por meio de movimentos
ondulatórios e vibratórios.

Espectro eletromagnético – conjunto de todas as radiações


electromagnéticas emitidas pelo sol, em vários comprimentos
de onda.

Constante solar – é a quantidade de radiação solar que atinge o limite superior da atmosfera numa superfície de 1cm2,
na perpendicular com os raios solares, em cada minuto. Tem o valor de 1,95 cal/cm2/min.

Ao atravessar a atmosfera, a radiação solar sofre processos


atmosféricos da absorção, reflexão e difusão que desviam a sua
direção e diminuem a sua intensidade.
Assim, apenas cerca de 51% da energia que atinge o limite
superior da atmosfera chega efectivamente à superfície.

Radiação solar global – é a radiação solar que atinge a superfície


terrestre de forma direta ou difusa. Corresponde a cerca de 51 %
da constante solar.

Radiação difusa – parte da radiação solar que atinge indiretamente a superfície terrestre.
Radiação solar direta – radiação solar que incide diretamente sobre a superfície terrestre.
Parte da radiação é retida na atmosfera pelo ozono (radiação
Absorção ultravioleta) e pelo vapor de água, dióxido de carbono,
partículas sólidas e líquidas (radiação infravermelha).

Parte da radiação solar é dispersa no espaço numa


Difusão multiplicidade de direções, através dos gases e das partículas
sólidas e líquidas em suspensão na atmosfera.

Parte da radiação solar que ao incidir sobre um corpo sofre


Reflexão uma mudança de direção. Integra o albedo.

Albedo - quantidade de energia refletida por um


corpo, em relação ao total de energia nele
incidente (em %).
Albedo = radiação reflectida x100
radiação recebida

O albedo varia com a cor e natureza da superfície


terrestre:
 As superfícies claras (neve, areia, calcário,
mármore) apresentam maiores albedos do que
as superfícies mais escuras.
 As construções humanas apresentam
geralmente albedos baixos (ex. asfalto,
cimento), aumentando a absorção de radiação
solar.

A distribuição do albedo na superfície terrestre


mostra grandes contrastes:
 As regiões polares a as regiões desérticas
apresentam maiores albedos por apresentarem
superfícies mais claras.
 As regiões das latitudes médias e as regiões
intertropicais, devido à presença de vegetação,
apresentam valores de albedos mais baixos.

Equilíbrio térmico do sistema atmosfera-Terra


O planeta está em equilíbrio térmico,
mantendo uma temperatura média constante
de cerca de 15 ºC, em resultado de o sistema
Terra-Atmosfera libertar para o espaço a
mesma quantidade de energia que recebe do
Sol. A energia perdida pela Terra é igual à
energia recebida
Efeito de estufa
Aquecimento natural da baixa atmosfera devido à interceção e
absorção pelas nuvens, poeiras e certos gases (como o vapor de
água e o dióxido de carbono) da radiação infravermelha emitida
pela Terra (radiação terrestre).

Parte da radiação solar absorvida pela superfície é convertida em


energia calorífica, de grande comprimento de onda, e emitida para
o espaço - radiação terrestre.

Parte da radiação terrestre é reflectida pelas nuvens e pelos gases


da atmosfera e volta à superfície da Terra – contrarradiação.

Os gases com efeito de estufa (GEE) absorvem parte da radiação


terrestre e contribuem para a regulação da temperatura do
planeta.
 dióxido de carbono (CO2)
 metano (CH4)
 óxido nitroso (N2O)
O aumento da sua concentração na atmosfera em resultado das actividades humanas leva ao aumento
da capacidade da atmosfera em reter o calor (aumento do efeito de estufa) e ao aquecimento global.

3. VARIAÇÃO DA RADIAÇÃO SOLAR


A quantidade de radiação solar recebida na superfície terrestre varia no tempo (ao longo do dia e do ano) e de lugar para
lugar.

3.1. Variação da radiação solar ao longo do dia


A variação diurna da radiação solar está relacionada com o movimento de rotação da Terra de que resulta o
movimento diurno aparente do sol e a diferente inclinação dos raios solares ao longo do dia natural.
Movimento diurno aparente do sol no hemisfério Norte

 Desde o nascer do sol até ao meio-dia diminui a obliquidade (inclinação) dos raios solares e espessura da
atmosfera por eles atravessada assim como a área sobre a qual os raios se distribuem, o que significa um aumento
da quantidade de energia recebida por unidade de superfície.
 Ao meio-dia o sol atinge a sua altura máxima, isto é, os raios solares apresentam a sua maior verticalidade (menor
espessura da atmosfera atravessada) e, por isso, a superfície da Terra recebe o máximo de energia solar.
 Durante a tarde aumenta a obliquidade e a espessura da atmosfera atravessada pelos raios solares, sendo menor
a quantidade de energia que chega à superfície.
 Durante a noite não há radiação solar, apenas radiação terrestre.
Dia natural – período que decorre entre o nascer e o pôr-do-sol, quando este se encontra acima da linha do horizonte.
Massa atmosférica – espessura da atmosfera atravessada pelos raios solares até atingirem a superfície terrestre.

Quanto maior a ângulo de incidência (inclinação/obliquidade) dos raios solares (A e C)…


 Maior será a espessura da atmosfera atravessada (maior absorção, reflexão e
difusão de energia na atmosfera);
 Mais extensa é a área pela qual se distribui a radiação solar à superfície.

Menor quantidade de energia recebida por unidade de superfície

3.2. Variação da radiação ao longo do ano


A variação anual da radiação solar está
relacionada com o movimento de translação da
Terra e a inclinação do seu eixo, que origina: o
movimento anual aparente do sol:
 Variação do ângulo de incidência dos raios
solares ao longo do ano;
 Desigualdade na duração dos dias e das
noites.
Estes dois fatores são responsáveis pela diferente
quantidade de energia recebida num dado lugar
ao longo do ano.

Solstício de Junho
O sol incide verticalmente no trópico de
Câncer e atinge a sua maior altura acima do
horizonte no hemisfério Norte.
 Devido à pequena inclinação dos raios
solares e à menor espessura da
atmosfera atravessada, é maior a
quantidade de energia solar que chega
por unidade de superfície.
 Pelo facto de o sol efetuar o seu trajeto
mais longo acima da linha do horizonte,
o dia natural (período de tempo que
decorre entre nascer e o pôr do sol) tem uma maior duração que a noite, o que significa um maior período de
aquecimento.
O hemisfério Norte recebe a maior quantidade de energia. É o início do Verão.

Solstício de Dezembro
O sol incide verticalmente no trópico de Capricórnio e atinge a sua altura mais baixa acima da linha do horizonte no
hemisfério Norte.
 Devido à grande inclinação dos raios solares, a quantidade de energia recebida por unidade de superfície é
mínima.
 O sol efetua o seu trajeto mais curto acima do horizonte, o que implica uma menor duração do dia natural e um
menor período de aquecimento.
O hemisfério Norte recebe a menor quantidade de energia. É o início do Inverno.
Equinócios de Setembro e de Março
Marcam, respectivamente, o início do Outono e da Primavera no Hemisfério Norte.
O sol incide verticalmente no Equador e apresenta uma inclinação intermédia relativamente à verificada nos solstícios.
Os dias são iguais às noites (período de aquecimento igual ao de arrefecimento) e os valores de radiação recebidos nos
dois hemisférios são equivalentes.

Variação do ângulo de incidência dos


raios solares num lugar localizado no
território nacional

Estações do ano na zona temperada do Hemisfério Norte


Inverno Decorre entre o solstício de Dezembro e o equinócio de Março.
O sol desloca-se entre o trópico de capricórnio e o Equador.
A duração do dia natural aumenta e a inclinação dos raios solares diminui.
Aumenta da quantidade de radiação solar recebida à superfície.
Primavera Decorre entre o solstício de Junho e o equinócio de Setembro.
O sol desloca-se entre o Equador e o trópico de câncer.
A verticalidade dos raios solares e a duração do dia natural continuam a aumentar.
Aumenta a quantidade de energia recebida à superfície.
Verão Decorre entre o solstício de Junho e o equinócio de Setembro.
O sol desloca-se para Sul, entre o trópico de câncer e o Equador.
A inclinação dos raios solares aumenta e a duração do dia natural diminui.
Diminuição da quantidade de energia recebida à superfície.
Outono Decorre entre o equinócio de Setembro e o Solstício de Dezembro.
O sol desloca-se entre o Equador e o trópico de capricórnio.
A inclinação dos raios solares aumenta e a duração do dia natural é inferior à noite.
A quantidade de energia recebida continua a diminuir.

3.3 Variação da radiação solar com a latitude


Devido à forma esférica da Terra, a quantidade de radiação
solar que chega à superfície diminui progressivamente do
Equador para os Polos - aumento da inclinação dos raios solares
e da espessura da massa atmosférica atravessada (maiores
perdas energéticas).

 Região do Equador (A)


Os raios solares apresentam uma grande verticalidade, o
que implica uma menor espessura da massa atmosférica
atravessada e uma menor superfície aquecida - elevada quantidade de radiação que chega à superfície.

 Polos (B)
A inclinação dos raios solares é máxima, o se traduz numa grande espessura da atmosfera atravessada e numa
maior superfície aquecida – a quantidade de radiação que chega à superfície é mínima.
Apesar de existir um equilíbrio térmico da Terra, este não se verifica em todas as regiões do globo devido à
diferente inclinação/ângulo de incidência da radiação solar.
 Na zona intertropical (N e S) - a quantidade de energia
recebida à superfície é superior à emitida devido à grande
verticalidade dos raios solares, existindo assim um excedente
térmico.
 Entre os 37º e os 40º (N e S) - verifica-se um equilíbrio
energético entre a radiação adquirida e a perdida.
 Nas regiões acima dos 40º (N e S) - as perdas excedem cada
vez mais a quantidade de energia recebida devido à grande
inclinação dos raios solares, verificando-se um défice
energético.

Para contrabalançar as diferenças na quantidade de calor recebido nas


diferentes latitudes, a Terra tem mecanismos que permitem fazer a
transferência de energia entre as regiões excedentárias e deficitárias.
Através da dinâmica da atmosfera, os ventos transportam massas de ar
quente e frio e impulsionam o movimento das correntes marítimas
quentes e frias para latitudes diferentes das de origem.

3.4. Variação com a exposição geográfica das vertentes (Hemisfério Norte)


 As encostas/vertentes viradas a Sul, com latitude superior a 23º27’ N, (vertentes soalheiras), directamente
expostas aos raios solares, recebem maior quantidade de radição solar por unidade de superfície pelo facto de…
- terem mais tempo de exposição à radiação;
- os raios solares apresentarem uma menor inclinação.
 As vertentes viradas as Norte (vertentes umbrias ou
sombrias) recebem menor quantidade de radiação por
terem…
- menos horas de sol;
- uma maior inclinação dos raios solares.

3.5. Variação com a altitude


A radiação solar recebida aumenta, no geral, com a altitude devido à …
 diminuição da espessura atravessada pelos raios solares;
 diminuição dos fenómenos de absorção da radiação solar em resultado da menor quantidade de vapor de
água, de dióxido de carbono e de partículas sólidas e líquidas da atmosfera. de radiação solar

3.6. Variação com as características da atmosfera e a continentalidade


A radiação solar incidente varia com as condições atmosféricas (nebulosidade e humidade atmosférica).
 Com céu limpo e menor humidade atmosférica (ar mais seco) a radiação solar recebida pela superfície é maior
devido aos menores níveis de absorção e reflexão pela atmosfera.
As áreas do interior dos continentes e as áreas desérticas apresentam assim maiores
níveis de radiação solar.
 Maior humidade atmosférica e nebulosidade impedem que parte da radiação solar
chegue à superfície, perdendo-se na atmosfera por reflexão e absorção, o que se
traduz numa menor a quantidade de energia que chega à superfície.
As áreas litorais e as áreas montanhosas, com maior humidade e nebulosidade
recebem assim menor quantidade de radiação solar.

Nebulosidade – fração da atmosfera coberta pelas nuvens, num determinado


momento.
3.7. Distribuição geográfica da radiação solar na superfície da Terra
A distribuição da radiação solar recebida na superfície terrestre está relacionada com a latitude. É mais elevada na
zona intertropical (entre os 30ºN e os 30ºS) diminuindo os valores em direção aos polos, onde se registam os valores
mais baixos.
No entanto, os valores mais elevados não se
registam no equador onde os raios incidem
com maior verticalidade, mas sobre os
trópicos na região dos grandes desertos
quentes. A maior nebulosidade das regiões
equatoriais faz diminuir os valores da
radiação solar global, comparativamente às
regiões tropicais onde se localizam os
grandes desertos.

4. VARIAÇÃO DA RADIAÇÃO SOLAR EM PORTUGAL


Variação anual
Dada a localização geográfica de Portugal, na zona temperada do
hemisfério Norte, o movimento anual aparente do sol traduz-se
numa acentuada variação sazonal da radiação solar.
 Os valores mais elevados de radiação global média registam-se
no Verão, sobretudo no mês de Julho, devido à menor
inclinação dos raios solares, à maior duração do dia natural e
menor nebulosidade.
 Os valores mais baixos registam-se nos meses de Dezembro e
Janeiro quando os raios solares apresentam uma menor
verticalidade, é menor a duração do dia natural e se verifica
uma maior nebulosidade.
Radiação global média mensal em Portugal Continental.
Variação espacial
De um modo geral, os valores médios da radiação solar global aumentam de
noroeste para sudeste (de Norte para Sul e do litoral para o interior). Os
menores valores registam-se no litoral a norte do Tejo, atingindo os valores
mínimos no Noroeste, enquanto o Algarve e o Alentejo interior apresentam
os valores mais elevados.
Fatores explicativos:
 Latitude -As regiões do sul recebem sempre maior quantidade de
radiação devido à menor inclinação dos raios solares.
 Proximidade/afastamento do oceano – Devido à influência do oceano
sobre a humidade e nebulosidade, as regiões do litoral, sobretudo a
Norte do Tejo, recebam a radiação solar com menor intensidade, pois a
nuvens refletem e absorvem parte da radiação solar incidente. No
Noroeste, as montanhas do Minho são responsáveis por uma elevada
nebulosidade, o que explica os valores mínimos da radiação.
A radiação solar recebida à superfície aumenta para o interior, pois a
nebulosidade diminui e a insolação aumenta com o afastamento do
oceano.
A distribuição da insolação é semelhante à distribuição da
radiação solar, aumentando de noroeste para sudeste devido aos
fatores latitude e proximidade oceânica/continentalidade.
 As áreas do interior, afastadas da influência oceânica, com
menores níveis de humidade atmosférica e de nebulosidade,
apresentam uma maior insolação que as áreas do litoral.
 A influência do relevo é mais notória na insolação do que na
radiação. O aumento da nebulosidade com a altitude
reflecte-se num menor número de horas de sol descoberto.
As principais serras apresentam assim valores de insolação
mais baixos.
 A exposição das vertentes influencia também a insolação:
- as vertentes viradas a Sul (encostas soalheiras), mais
expostas ao sol, apresentam uma maior insolação;
- as vertentes voltadas a Norte (encostas umbrias), com mais
horas de sombra, têm uma insolação menor.

Insolação - número de horas de céu descoberto com sol


acima da linha do horizonte.

Arquipélagos
 No arquipélago da Madeira a quantidade de radiação solar recebida é maior que nos Açores devido à menor
latitude. A vertente Sul da ilha da Madeira apresenta maiores níveis de insolação do que a vertente Norte em
resultado da maior exposição solar.
 Nos Açores, devido à maior latitude e nebulosidade, os níveis de radiação solar e insolação são menores.

5. VARIAÇÃO DA TEMPERATURA EM PORTUGAL

Variação anual da temperatura


As temperaturas apresentam os valores mínimos nos meses de Janeiro e Dezembro e valores máximos em Julho e
Agosto. Isto deve-se à desigualdade na duração dos dias e das noites e à diferente obliquidade dos raios solares ao
longo do ano, como resultado do movimento anual aparente do sol (movimento de translação).
 Durante o Inverno, a menor duração do dia natural (menor o período de aquecimento da atmosfera) e a maior
obliquidade dos raios solares significam uma menor quantidade de energia recebida por unidade de superfície e,
por isso, as temperaturas são mais baixas.
 No Verão, o maior o número de horas de sol (maior período de aquecimento) e a menor inclinação dos raios
solares traduz-se numa maior quantidade de energia que chega à superfície e em temperaturas mais elevadas.
Variação espacial da temperatura
Portugal continental apresenta diferenças significativas na temperatura
média anual nas várias regiões.
1. As regiões do Norte apresentam temperaturas médias anuais
mais baixas do que as regiões do sul. Este comportamento explica-
se pelos fatores:
 Latitude - a temperatura diminui de sul para Norte devido ao
aumento da inclinação dos raios solares e da espessura da
atmosfera por eles atravessada, o que se traduz numa redução da
quantidade de energia que chega à superfície terrestre e numa
diminuição da temperatura.
 Condições meteorológicas – no Norte, sobretudo no litoral, a
maior nebulosidade e precipitação traduzem-se numa menor
quantidade de radiação solar que atinge a superfície, o que
contribui também para uma menor temperatura média anual.

2. As áreas mais elevadas apresentam temperaturas médias mensais


mais baixas que as circundantes de menor altitude (fator altitude).
Explicação: As áreas mais elevadas apresentam temperaturas médias mais baixas (a temperatura diminui
cerca de 0,6ºC por cada 100 metros - gradiente térmico vertical) devido à diminuição da concentração de
componentes atmosféricos (vapor de água, dióxido de carbono e poeiras) com capacidade de absorver o calor
proveniente da radiação solar e da radiação terrestre.
A diferenciação norte-sul nas temperaturas é assim acentuada pelo relevo mais alto e acidentado a norte do
Tejo.

3. As regiões do litoral apresentam menores amplitudes térmicas anuais, com


Invernos pouco frios e Verões não muito quentes.
As regiões do interior apresentam maiores variações de temperatura ao
longo do ano, com Invernos frios e Verões quentes.
O aumento das amplitudes térmicas anuais do litoral para o interior deve-se
ao fator Proximidade do Atlântico/continentalidade.
Explicação:
 A maior humidade atmosférica sobre os oceanos tem um efeito
moderador sobre a temperatura atmosférica das áreas litorais.
 Com o afastamento ao oceano, o ar mais seco aquece e arrefece mais
rapidamente.
A distância ao oceano é o fator que mais influencia a amplitude térmica
anual, como se constata pela disposição das isotérmicas segundo faixas
paralelas em relação à linha de costa.

4. A disposição do relevo influencia a distribuição da temperatura.


 Disposição das vertentes: À escala local e regional podem encontrar-se diferenças entre as vertentes soalheiras
(viradas a sul), que recebem maior quantidade de radiação e apresentam temperaturas mais elevadas e as
vertentes umbrias (viradas a Norte) com temperaturas mais baixas.
 Os vales encaixados são geralmente mais quentes que as áreas abertas/planas. Tem-se como exemplo, os vales
abrigados do Douro e seus afluentes a montante da Régua, com temperaturas médias mais altas que as áreas
envolventes. Estes vales são conhecidos por “Terra Quente” e o planalto transmontano por “Terra Fria”, o que
evidencia os grandes contrastes térmicos na região de Trás-os-Montes.
 O interior norte encontra-se resguardado da influência oceânica pelos relevos de noroeste, de orientação
paralela à linha de costa (as montanhas da barreira de condensação) que dificultam a progressão dos ventos
oceânicos para o interior e retêm grande parte da sua humidade.
 No vale do Mondego (cordilheira Central), os relevos dispõem-se obliquamente à linha de costa, permitindo
que a influência marítima se estenda para o interior.
 A Serra Algarvia protege o litoral do Algarve da ação das massas de ar oceânico e das que provêm do interior do
Alentejo.

A variação da temperatura nos arquipélagos da Madeira e dos Açores


O arquipélago da Madeira apresenta temperaturas médias mais elevadas que os Açores devido à menor latitude que se
traduz numa maior verticalidade dos raios solares e menor espessura da atmosfera por estes atravessada e consequente
maior quantidade de radiação solar por unidade de superfície.

Nos dois arquipélagos:


 A variação anual da temperatura é pouco significativa (pequena amplitude térmica anual) devido à insularidade
(presença do oceano a moderar as temperaturas).
 A variação espacial – está relacionada com altitude e a orientação do relevo/exposição das vertentes, como é o caso
da Ilha da Madeira.
O relevo na ilha da Madeira, com uma orientação Este-Oeste, permite a existência de uma vertente exposta a Sul,
mais soalheira e abrigada dos ventos dominantes vindo de Norte, e de uma vertente umbria virada a norte, mais
sombria e húmida, diretamente exposta aos ventos húmidos (ventos alísios).
6. VALORIZAÇÃO DA RADIAÇÃO SOLAR
Potencialidades
A radiação solar é um recurso natural que pode ser potencializado do ponto de vista económico, quer pelo
aproveitamento energético, quer do turismo.

1. Potencial energético da radiação solar


Portugal apresenta um elevado potencial de aproveitamento da energia solar devido aos elevados quantitativos de
radiação solar global recebidos anualmente e à elevada insolação, superiores à média europeia. Mas é ainda um recurso
aproveitado.

No entanto, o país não tem aproveitado todo esse potencial.


Muitos países da Europa, com níveis de radiação inferiores aos
de Portugal, apresentam um maior nível de aproveitamento da
energia solar, com maior capacidade instalada.

Formas de aproveitamento energético da radiação solar


 Aproveitamento passivo – Aquecimento e arrefecimento de edifícios – Arquitetura bioclimática
Os edifícios são projectados para garantir uma melhor captação, armazenamento e utilização da energia solar sem
recurso a dispositivos eléctricos, com o objectivo de aumentar o conforto térmico das construções.

Arquitetura bioclimática – Visa a conceção de edifícios adaptando-os às condições climáticas dos lugares onde se
inserem, proporcionando no seu interior um aquecimento (no inverno) e um arrefecimento (no verão).

Arquitetura bioclimática:
exemplo de uma
habitação no hemisfério
norte

Exemplos: aproveitar a incidência dos raios solares para aquecimento dos edifícios através da melhor orientação
solar dos mesmos, instalar grandes janelas e superfícies envidraçadas para um melhor aproveitamento da luz
natural; utilização de técnicas de construção baseadas em soluções de eficiência energética (isolamento térmico dos
edifícios, vidros duplos).
 Aproveitamento ativo – converter a radiação solar noutras formas de energia: térmica e eletricidade.

 Produção de energia solar térmica - A energia solar é captada em painéis


solares térmicos (ou coletores solares) e convertida em calor,
aumentando a temperatura do fluído que circula pela instalação.
Utilizações:
Aquecimento de água para uso doméstico, indústrias, hotéis, hospitais,
piscinas, estufas, etc.
Limitação:
Os colectores solares utilizam apenas a radiação solar direta (estão
dependentes da insolação).
Os elevados custos de instalação iniciais e algum desconhecimento das suas vantagens por potenciais utilizadores
explicam o reduzido aproveitamento no aquecimento de águas domésticas, muito inferior ao de outros países
com menores níveis de insolação.

 Produção de energia solar elétrica – A radiação solar é convertida em


energia elétrica através dos painéis fotovoltaicos.
Utilizações
Produção de electricidade (uso doméstico e industrial), iluminação
pública, em habitações distantes da rede pública, na sinalização das
autoestradas, sinalização marítima, etc.
Limitações
Os elevados custos iniciais na instalação explicam o aproveitamento
reduzido. No entanto, foram construídas na última década várias grandes
centrais fotovoltaicas, sobretudo no interior do Alentejo.

Central solar fotovoltaica da Amareleja (Moura)

Variação do potencial de aproveitamento da energia solar


 Variação anual
O maior potencial do aproveitamento da energia solar é no final da Primavera e no Verão devido à maior
verticalidade dos raios solares, à maior duração do dia natural e menor nebulosidade sobre o território. O
período de Maio a Agosto concentra cerca de 50% da radiação solar anual.

 Variação espacial
 As regiões com maior potencial de aproveitamento térmico e fotovoltaico são o Alentejo e o Algarve, sobretudo
a orla algarvia e o interior alentejano, para além da região de Lisboa.
 As regiões de menor potencial, com os valores mais baixos de insolação e radiação global, são o litoral Norte e
Centro e as áreas mais elevadas devido aos maiores níveis de nebulosidade e humidade atmosférica.
O Noroeste, apesar de valores mais baixos de radiação solar, apresenta condições razoáveis para a exploração de
sistemas fotovoltaicos.
O potencial de aproveitamento da energia solar:
 Diminui de sul para norte devido ao efeito da latitude e do relevo (altitude);
 Aumenta de oeste para este, sobretudo a norte do Tejo, pela maior nebulosidade do litoral e maior insolação do
interior.

Evolução do aproveitamento da energia solar


Em Portugal o aproveitamento da energia solar tem vindo a crescer na última década devido:
 À construção de centrais fotovoltaicas, algumas de grande dimensão como as de Moura (Amareleja) e Serpa;
 Aplicação de legislação e programas de incentivo a novas técnicas de construção de edifícios que valorizam o
aproveitamento térmico da energia solar.

Evolução da produção de energia fotovoltaica em Portugal

Vantagens do aproveitamento energético (ambientais e económicas)


 É uma fonte de energia limpa (não poluente), segura, renovável, abundante e universal (disponível em todo o país);
 Permite reduzir as emissões de gases com efeito de estufa na produção de energia (contribui para a descarbonização
da economia e sustentabilidade ambiental do planeta);
 Diminui a dependência energética de Portugal relativamente às energias fósseis importadas.
 Diminui o défice da balança comercial (diminuição das importações de combustíveis fósseis);
 Contribui para a criação de emprego (atividades ligadas à produção de energia solar e à construção e instalação da
necessária tecnologia).

Fatores condicionantes do aproveitamento energético (limitações)


 A variabilidade da radiação solar durante o dia (interrompida durante a noite), ao longo do ano (diminui durante o
Inverno) e em função dos estados de tempo (diminui com o céu nublado).
 Os elevados custos de investimento inicial, sobretudo no caso do aproveitamento fotovoltaico.
 A instalação de centrais fotovoltaicas implica a disponibilidade de vastas áreas, com um elevado consumo de território
e alterações na paisagem.
 As áreas com maior potencial para o aproveitamento fotovoltaico, no Interior Sul, encontram-se distantes dos maiores
centros consumidores, no litoral, o que implica elevadas perdas de energia no processo de transporte.
 A dificuldade de localização de centrais fotovoltaicas junto aos grandes centros consumidores de energia (as áreas
urbanas do litoral) devido: (1) ao elevado preço dos solos, o que aumenta os custos de instalação, e (2) à maior
nebulosidade no litoral, que diminui o potencial de aproveitamento da radiação solar.

Formas de potencialização
Perante as potencialidades existentes em Portugal, é necessário continuar a valorizar o aproveitamento energético da
radiação solar:
 Fomentar a sua produção e utilização através da atribuição de benefícios fiscais.
 Obrigatoriedade de instalação de coletores solares nos novos edifícios.

2.Potencial turístico
Importância económica do turismo
O turismo constitui um importante sector da economia portuguesa:
 Representa cerca de 10% do PIB e do emprego;
 Permite a entrada de divisas estrangeiras, contribuindo para o equilíbrio da balança comercial;
 Tem efeitos multiplicadores na economia e nas regiões: criação de postos de trabalho, dinamização do comércio,
restauração, transportes, construção civil, preservação do património arquitetónico, paisagístico, gastronómico
(…).
O clima português, com temperaturas moderadas (verões quentes e invernos não muito frios) e um elevado nº de
horas de sol anuais, contribui para que o país seja um importante destino turístico ao nível internacional.

Turismo balnear
Apresenta um grande potencial, atendendo à amenidade do clima, à insolação e à existência de extensas praias de
areia branca e fina. O Algarve, com excelentes condições de insolação, é a região mais atrativa.
Limitações:
 A grande dependência do turismo balnear, com um caráter sazonal, que levanta problemas ao nível do
desemprego durante grande parte do ano.
 A concentração da oferta no litoral algarvio

Potencializar o turismo em Portugal


 Promover campanhas de promoção da imagem de Portugal como destino turístico diversificado, quer no mercado
interno quer no externo.
Diversificar os tipos de turismo para os quais o país apresenta potencial, contrariando a sazonalidade do turismo
balnear. A amenidade das temperaturas nas estações intermédias e os elevados níveis de insolação ao longo do ano
podem atrair novos segmentos turísticos: turismo Sénior, turismo aventura/natureza, turismo náutico, turismo de
saúde e bem-estar, turismo do golfe (…).
 Promover e apoiar a realização de grandes eventos e congressos internacionais (ex. Websummit).
 Apoiar a oferta e promover a procura turística em áreas menos conhecidas do país.
 Apoios ao investimento de novas infraestruturas hoteleiras e requalificação das existentes, para aumentar a
qualidade da oferta turística.

Potencialidades no setor imobiliário


O setor imobiliário beneficia da amenidade do clima e da luminosidade do território português, sobretudo no Algarve.
Muitos estrangeiros, principalmente da Europa ocidental, compram casas de segunda habitação no nosso país e um
número significativo fixa mesmo residência, sobretudo população sénior.
FICHA DE TRABALHO – Radiação Solar
1. Apresente o conceito de radiação solar.

2. Apresente a constituição do espectro solar.

3. Apresente o conceito de constante solar.

4. Apresente os processos que levam a perdas de energia da radiação solar na atmosfera terrestre, até chegar à
superfície terrestre.

5. Defina albedo.

6. Indique os fatores que fazem variar o albedo na superfície terreste.

7. Explique a distribuição do albedo ao nível da superfície terrestre.

8. Distinga radiação direta de radiação difusa.

9. Defina radiação solar global.

10. Apresente o conceito de efeito de estufa.

11. Explique o significado de equilíbrio térmico da Terra.

12. Justifique a afirmação: “O equilíbrio térmico da Terra não se verifica em todas as regiões.”

13. Justifique o facto de Portugal apresentar um balanço térmico “positivo”.

14. Justifique o facto de, apesar de não se verificar um equilíbrio térmico em todas as regiões, existir um equilíbrio
térmico global.

15. Explique a variação da radiação solar incidente com as condições atmosféricas.

16. Mencione os dois principais fatores que fazem variar a radiação solar que chega à superfície terrestre.

17. Indique o fator responsável pela variação diurna da radiação terrestre.

18. Explique a variação diurna da radiação solar ao longo de um dia astronómico.

19. Apresente os fatores responsáveis pela variação anual da radiação terrestre.

20. Explique a variação a radiação solar ao longo do ano, no Hemisfério Norte.

21. Justifique o facto de a radiação solar ser máxima no solstício de Junho no Hemisfério Norte.

22. Justifique o facto de a radiação solar ser mínima no solstício de Dezembro no Hemisfério Norte.

23. Justifique a diminuição da radiação solar recebida na superfície terrestre com o aumento da latitude.

24. Justifique o facto de a radiação solar, que chega à superfície, ser mínima nas regiões do Ártico e do Antártico.

25. Justifique o facto de a radiação solar absorvida pela atmosfera diminuir com o aumento da altitude.

26. Justifique o facto de as vertentes expostas a Sul no Hemisfério Norte receberem maiores níveis de radiação solar
do que as viradas a Norte.

27. Explique o efeito da nebulosidade na variação da quantidade de energia solar recebida na superfície terrestre.
28. Justifique as diferenças de radiação solar, recebida na superfície terreste, entre as áreas litorais e áreas mais
interiores.

29. Justifique o facto de os valores da radiação solar recebida na região equatorial, onde os raios solares apresentam
uma maior verticalidade, serem inferiores aos das regiões dos trópicos.

30. Explique a variação da radiação solar recebida em Portugal ao longo do ano.

31. Apresente a variação espacial da radiação solar recebida em Portugal.

32. Indique os fatores que fazem variar a quantidade de radiação solar recebida em Portugal.

33. Explique a variação espacial da radiação solar recebida em Portugal com a proximidade/afastamento em relação
ao oceano.

34. Defina insolação.

35. Indique os fatores que fazem variar a insolação em Portugal.

36. Explique a variação espacial da insolação em Portugal.

37. Justifique os contrastes na radiação solar recebida e na insolação nos arquipélagos da Madeira e dos Açores.

38. Explique a variação da temperatura em Portugal ao longo do ano.

39. Indique os principais fatores responsáveis pela variação espacial da temperatura em Portugal.

40. Apresente os contrastes na distribuição espacial da temperatura em Portugal.

41. Justifique o aumento das amplitudes térmicas anuais com o aumento da distância ao oceano.

42. Explique a influência da disposição do relevo na distribuição da temperatura em Portugal. Apresente exemplos
dessa influência.

43. Justifique os contrastes na distribuição da temperatura, entre a vertente Norte e a vertente Sul, na ilha da
Madeira.

44. Apresente a situação de Portugal em termos do potencial e do aproveitamento efetivo da energia solar,
comparativamente a outras regiões da Europa.

45. Indique as regiões que em Portugal apresentam maior e menor potencial de aproveitamento térmico e
fotovoltaico da radiação solar.

46. Indique, justificando, a época do ano com maior potencial de aproveitamento da energia solar.

47. Apresente as potencialidades da radiação solar como um recurso importante na promoção do turismo.

48. Apresente as potencialidades energéticas da radiação solar.

49. Enumere as vantagens do aproveitamento energético da radiação solar.

50. Apresente as limitações que se colocam ao aproveitamento energético da radiação solar.

51. Apresente outras formas de potencialização da radiação solar em Portugal.

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