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Radiação Solar
O Ângulo de incidência é o ângulo que os raios solares fazem com o plano tangente à superfície da Terra
no lugar de absorção o ângulo de incidência dos raios solares sobre a superfície terrestre é inversamente
proporcional à área recetora de energia, ou seja, quanto maior é o ângulo de incidência menor a área
iluminada.
A transferência de energia entre a superfície terrestre e a atmosfera ocorre por:
Efeito de estufa - é um fenómeno semelhante a uma estufa. É quando o dióxido de carbono existente na
atmosfera deixa passar a radiação (de pequeno comprimento de onda), mas não deixam escapar o calor de
Maior:
Portugal, localizado na faixa de latitude entre 32º e 42º do hemisfério norte, recebe maior quantidade de
energia solar próximo do solstício de junho (quando inicia o verão) nesta época, os raios solares incidem
perpendicularmente sobre o Trópico de Câncer, pelo que atingem o território português com menor
inclinação. Além disso os dias têm maior duração, aumentando o tempo de exposição aos raios solares.
Em contrapartida no solstício de dezembro, quando se inicio o inverno, o sol incide na vertical sobre o
Trópico de Capricórnio, pelo que no território português a inclinação dos raios solares é maior e a
duração do dia é menor. Portugal recebe, então, menor quantidade de energia solar.
A diferente quantidade de radiação solar à superfície, ao longo do ano, está dependente da altura do Sol
acima do horizonte do lugar e da duração do dia natural (período de tempo durante o qual a superfície está
exposta à radiação solar). Estes dois controladores são condicionados por fatores astronómicos: a forma
esférica da Terra, os seus movimentos de rotação e de translação e a inclinação do eixo terrestre em
relação ao plano da órbita. A inclinação do eixo terrestre é o fator responsável pela variação, ao longo do
ano, da intensidade da radiação solar em cada lugar da Terra.
Em Portugal Continental, os valores médios da radiação solar global aumentam, em geral de noroeste
para sudeste. A latitude e a proximidade do mar são os principais fatores que explicam estas variações.
As regiões do sul recebem maior quantidade de radiação solar devido á menor inclinação dos raios
solares. A proximidade do mar faz aumentar a nebulosidade reduzindo a incidência da radiação solar. A
exposição das vertentes influencia a insolação, dado que no hemisfério norte as vertentes voltadas a sul
estão mais expostas ao Sol e como tal têm maior insolação (vertentes soalheiras); as vertentes voltadas a
norte têm mais horas de sombra e como tal a insolação é menor (vertentes umbrias).
O número de horas de sol descoberto é maior no arquipélago dos Açores porque a latitude é mais baixa e
é menor a influência oceânica trazendo menos nebulosidade.
A temperatura aumenta a partir do nascer do sol até aproximadamente as 16 horas, dado que entre as 14 e
as 16 há uma libertação de calor terrestre e a radiação solar ainda atinge a superfície terrestre com alguma
intensidade.
A posição geográfica do nosso país situa-se na faixa de latitude inferior da zona temperada do
norte.
A temperatura diminui à medida que aumenta a latitude como resultado do aumento progressivo
da inclinação dos raios solares e da radiação solar. Apesar de Portugal ter pequena dimensão, a
temperatura tende a diminuir de sul para norte.
O relevo influencia a variação da temperatura, esta diminui cerca de 0,6ºC por cada 100 metros
de altitude. As características topográficas locais exercem influência significativa na temperatura.
Os acidentes do terreno, como pequenas colinas, vales abertos ou muito encaixados alteram a
temperatura a nível local. Em Portugal o traçado dos vales de alguns rios têm temperaturas
superiores às das áreas envolventes.
A disposição do relevo pode favorecer a circulação das massas de ar ou servir-lhes de obstáculo:
a serra algarvia protege o litoral do Algarve das massas de ar oceânicas e das provenientes do
interior do Alentejo. O vale superior do rio Douro encontra-se resguardado por relevos de
orientação paralela à linha de costa que dificultam a passagem dos ventos oceânicos (montanhas
concordantes), por outro lado a disposição deste vale permite a penetração dos ventos do leste.
Junto ao vale do rio Mondego, os relevos dispõe-se de forma oblíqua (inclinada) à linha de costa,
permitindo que o Atlântico estenda a sua influência para o interior (montanhas discurdantes).
Na Ilha da Madeira o relevo de orientação este/oeste serve de proteção à ação dos ventos húmidos
para as áreas da costa sul.