Você está na página 1de 17

MÓDULO 4 – A RADIAÇÃO SOLAR

QUAL A AÇÃO DA ATMOSFERA SOBRE A RADIAÇÃO SOLAR?


Radiação solar – energia sob a forma de luz (visível e não visível)
emitida pelo Sol e recebida por unidade de superfície
A radiação solar propaga-se através de ondas eletromagnéticas, o
conjunto de radiações eletromagnéticas de diversos comprimentos
de onda, designa-se por espectro eletromagnético

A atmosfera desempenha um papel fundamental na quantidade de


radiação solar que chega à superfície da Terra, esta camada gasosa
que envolve a Terra é constituída por diferentes gases, de
concentração permanente ou variável
Atmosfera – camada gasosa com cerca de 800 – 1000km de
espessura, que envolve e protege a Terra e que a acompanha em
todos os seus movimentos, devido à força de atração gravitacional
A atmosfera é constituída por:
− Gases de concentração permanente:
o Os mais importantes, são azoto, oxigénio e árgon
o Os raros, são neón, hélio, hidrogénio, metano, etc
− Gases de concentração variável:
o Os mais importantes são o dióxido de carbono, ozono e
vapor de água
A quantidade de energia solar que atinge o limite superior da
atmosfera, por unidade de tempo e área, designa-se por constante
solar
Apenas cerca de 51% da radiação solar que toca o limite superior da
atmosfera chega efetivamente à superfície terrestre, esse valor
constitui a radiação solar global
Radiação solar global – total de radiação solar que atinge a superfície
terrestre de forma direta ou difusa
Ao atravessar a atmosfera, a radiação solar sofre um conjunto de
acidentes de propagação (absorção, reflexão e difusão), que desviam
a sua direção e diminuem a sua intensidade
ABSORÇÃO:
Parte da radiação solar retida pela atmosfera e que resulta num
aumento da temperatura
Os principais absorventes são:
− O ozono, que é o principal retentor de parte da
radiação solar de pequeno comprimento de onda,
nomeadamente a radiação ultravioleta
− O vapor de água, o dióxido de carbono e as partículas
sólidas e líquidas, que absorvem parte da radiação de
grande comprimento de onda
REFLEXÃO:
Parte da radiação solar, que, ao incidir sobre um corpo, vai, em
maior ou menor quantidade, sofrer uma mudança de direção,
integra o ALBEDO a quantidade de energia refletida por um corpo,
em relação ao total de energia nele incidente, este varia de acordo
com a natureza da superfície terrestre:
− Mais elevado: nas superfícies de cor clara e lisa, como as
nuvens e a neve
− Mais baixo: nas superfícies de cor escura e rugosas, como o
alcatrão e a floresta
Assim, da radiação solar incidente no limite superior da atmosfera
(100%):
− 30% são perdidos por reflexão/difusão
− 19% são perdidos por absorção
− 51% são absorvidos pela superfície terrestre

Radiação solar global (51%) = radiação solar direta (25%) + radiação solar difusa (26%)

Radiação solar direta - radiação solar que atinge a superfície


terrestre sem ter sido afetada pelos constituintes da atmosfera, isto
é, sem encontrar obstáculos à sua propagação
Radiação solar difusa - radiação solar que atravessa obstáculos até
chegar à superfície da Terra, chegando indiretamente à superfície
terrestre
COMO MANTÉM A TERRA O EQUILÍBRIO TÉRMICO?
O planeta está em equilíbrio térmico, pois, os ganhos de energia são
iguais às perdas
Equilíbrio térmico - manutenção de uma temperatura média
constante no globo de cerca de 15ºC, em resultado de o sistema
Terra-Atmosfera libertar para o espaço a mesma quantidade de
energia que recebe o Sol
Com efeito, a radiação solar incidente no limite superior da
atmosfera (100%) é exatamente igual ao total de radiação saída para
o espaço
A temperatura média da Terra, mantém-se, relativamente constante
cerca de 15ºC. Deve, então, considerar-se que:
− Parte da radiação solar global que chega à Terra, de pequeno
comprimento de onda, é convertida em energia calorífica de
grande comprimento de onda (infravermelha) e emitida para o
espaço - radiação terrestre. Contudo devido a processos
atmosféricos, como a absorção, a reflexão e a difusão, nem
toda a radiação emitida pela Terra é perdida para o espaço.
Parte desta radiação, ao ser refletida pelas nuvens e pelos
gases da atmosfera, volta à superfície da Terra, a denominada
contrarradiação
− A atmosfera, tem, como uma das funções, a regulação das
temperaturas, permitindo o equilíbrio térmico da Terra, através
do efeito de estufa
Radiação terrestre – energia sob a forma de calor emitida pela
superfície terrestre para o espaço
Contrarradiação - parte da radiação terrestre que, ao ser refletida
pelas nuvens e pelos gases da atmosfera, volta à superfície da Terra
Os gases com efeito de estufa, como o dióxido de carbono, o metano
e o óxido nitroso, existem naturalmente na atmosfera e absorvem
parte da radiação terrestre, contribuindo para a regulação da
temperatura do planeta
COMO VARIA A RADIAÇÃO SOLAR?
A quantidade de radiação solar recebida na superfície terrestre varia
no tempo e de lugar para lugar, em resultado de um conjunto de
fatores
COMO VARIA NO TEMPO?
AO LONGO DO DIA
A radiação solar recebida num determinado lugar da superfície
terrestre varia ao longo do dia, em consequência do movimento de
rotação da Terra, de que resulta o movimento diurno aparente do
Sol
Quanto maior for a inclinação dos raios solares, isto é, quanto maior
for o ângulo de incidência da radiação solar, menor é a quantidade
de radiação solar recebida por unidade de superfície, uma vez que:
− A área pela qual os raios solares se distribuem é maior, pelo
que a intensidade da radiação recebida é menor
− A massa atmosférica atravessada pelos raios solares é maior,
conduzindo a maiores perdas energéticas por absorção,
reflexão e difusão
Pelo contrário, quanto menor for a inclinação dos raios solares, ou
seja, quanto menor for o ângulo de incidência da radiação solar,
maior é a quantidade de radiação solar recebida por unidade de
superfície, visto que:
− A área pela qual os raios solares se distribuem é menor, pelo
que a intensidade da radiação recebida é maior
− A massa atmosférica atravessada pelos raios solares é menor,
conduzindo a menores perdas de energia
AO LONGO DO ANO
A intensidade de radiação solar recebida num determinado lugar na
superfície terrestre, ao longo do ano, varia em resultado da forma
esférica da Terra, da inclinação do seu eixo e do movimento de
translação que dá origem ao movimento anual aparente do Sol. Estes
fatores, são responsáveis pelas estações do ano, pela variação do
ângulo de incidência dos raios solares e pela variação da duração dos
dias naturais e das noites, ao longo do ano
Durante o seu movimento anual aparente, o Sol desloca-se:
− Entre o Trópico de Câncer e o Trópico de Capricórnio, durante 6
meses do ano, entre o solstício de junho e o solstício de
dezembro
− Entre o Trópico de Capricórnio e o Trópico de Câncer, durante
os restantes 6 meses do ano, entre o solstício de dezembro e o
solstício de junho
Solstício de Junho:
Os raios solares incidem com menor inclinação sobre o Trópico de
Câncer, assim, no hemisfério norte a área iluminada pelos raios
solares é menor, a concentração de energia por unidade de
superfície é mais elevada, a massa atmosférica atravessada pelos
raios solares é menor, a duração do dia natural é maior do que a da
noite – maior radiação solar recebida
Equinócios de Setembro e de Março:
Os raios solares incidem com menor inclinação sobre o Equador,
assim, para qualquer lugar situado à mesma distância do Equador, a
área iluminada pelos raios solares é igual, a concentração de energia
por unidade de superfície é idêntica, a massa atmosférica
atravessada pelos raios solares é a mesma e a duração do dia natural
é igual à da noite – iguais valores de radiação solar recebidos
Solstício de Dezembro:
Os raios solares incidem com menor inclinação sobre o Trópico de
Capricórnio, assim, no hemisfério norte, a área iluminada pelos raios
solares é maior, a concentração de energia por superfície é mais
reduzida, a massa atmosférica atravessada pelos raios solares é
maior e a duração do dia natural é menor do que a da noite – menor
radiação solar recebida
Ao considerar-se que o território nacional se localiza na zona
temperada do hemisfério norte, sensivelmente, entre os 32ºN e os
42ºN, conclui-se que:
− De dezembro a junho o dia natural aumenta, o ângulo de
incidência dos raios solares diminui, pelo que a quantidade de
radiação solar recebida aumenta (a área de aquecimento
diminui bem como a espessura da atmosfera que os raios
solares atravessam, logo a temperatura aumenta)
− De junho a dezembro, o dia natural diminui e o ângulo de
incidência dos raios solares aumenta, pelo que a quantidade de
radiação solar recebida diminui (a área de aquecimento
aumenta bem como a espessura da atmosfera que os raios
solares atravessam, logo a temperatura diminui)
A quantidade de radiação solar e de insolação recebidas na superfície
terrestre varia de lugar para lugar, em resultado de fatores como a
latitude, as características do relevo e a continentalidade
Insolação - número de horas de Sol a descoberto, desde o nascer ao
pôr do Sol
Quanto menor for a latitude, menor é o ângulo de incidência da
radiação solar, o que se reflete numa maior radiação solar recebida
por unidade de superfície, visto que:
− Os raios têm de atravessar uma menor espessura atmosférica o
que origina menos perdas energéticas
− A energia tem de se distribuir por uma área menor
A radiação solar recebida aumenta, no geral, com a altitude, uma vez
que, com o aumento da altitude:
− A espessura da atmosfera a atravessar pelos raios solares
diminui
− A quantidade de vapor de água, de dióxido de carbono e de
partículas sólidas e líquidas da atmosfera diminuem em
altitude, decrescendo a absorção da radiação solar
Apesar da variação descrita, à medida que a altitude aumenta,
ocorre com frequência um aumento da nebulosidade, o que origina
uma redução da radiação solar e da insolação recebidas. No entanto,
a partir do limite superior das nuvens, a radiação solar e a insolação
recebidas voltam a aumentar com a altitude
Em consequência do movimento de rotação da Terra e do
movimento diurno aparente do Sol, no hemisfério norte, ao meio-
dia, o Sol indica o Sul
Assim, as vertentes expostas a:
− Sul (soalheiras), registam maiores valores de radiação solar e
de insolação
− Norte (umbrias), registam menores valores de radiação solar e
de insolação
Vertente soalheira – vertente que recebe os raios solares com
reduzida inclinação
Vertente umbria – vertente que recebe os raios solares com elevada
inclinação
O oceano é uma fonte de vapor de água, favorecendo a humidade e
a nebulosidade. Como as nuvens absorvem e refletem parte da
radiação solar incidente, as regiões próximas do mar registam uma
menor insolação e uma menor intensidade da radiação solar do que
as regiões de maior continentalidade, assim, as regiões do litoral,
devido à maior proximidade do mar, registam ao longo do ano, uma
maior nebulosidade do que as regiões do interior, pelo que possuem
menores valores de insolação e de radiação solar recebidos
Continentalidade – proximidade ou afastamento do mar. Quando um
lugar está afastado do mar diz-se que está a uma maior
continentalidade
COMO SE DISTRIBUEM A RADIAÇÃO SOLAR E A INSOLAÇÃO?
Apesar da reduzida extensão do território nacional, a radiação solar
global e a insolação, no Continente, registam significativos
contrastes:
− Entre o Norte e o Sul, do Continente, verificando-se no Sul
(regiões de menor latitude), valores de radiação solar global e
de insolação mais elevados do que no Norte
− Entre o Litoral ocidental e o interior, pois os valores de radiação
solar global e de insolação são inferiores no litoral e superiores
no interior, isto é, aumentam do litoral para o interior, devido à
maior continentalidade
− Entre as áreas de maior e de menor altitude, sendo as regiões
de maior altitude as que registam uma menor insolação
Nos arquipélagos verifica-se também uma variabilidade espacial da
insolação e da radiação solar. Assim, em ambos os arquipélagos:
− A insolação diminui do litoral para o interior, em virtude da
variação da altitude
− A radiação solar aumenta do litoral para o interior
O arquipélago da Madeira, por se localizar a uma menor latitude,
regista valores de insolação e de radiação solar global superiores aos
verificados no arquipélago dos Açores
Na ilha da Madeira, a radiação solar global é mais elevada na
vertente sul (vertente soalheira)
COMO VARIA NO TEMPO, A TEMPERATURA?
A variação da temperatura ao longo do dia e ao longo do ano está
relacionada com a variabilidade diurna e anual da radiação solar e da
insolação. Assim, ao longo do dia, a variação da temperatura resulta
da diferente inclinação dos raios solares que atingem a superfície
terrestre podendo observar-se:
− À medida que o ângulo de incidência dos raios solares aumenta
a temperatura diminui
− À medida que o ângulo de incidência dos raios solares diminui a
temperatura aumenta
Regime térmico - variação habitual da temperatura de um lugar ao
longo do ano

COMO VARIA NO ESPAÇO, A TEMPERATURA?


As temperaturas registadas na superfície terrestre variam de lugar
para lugar, em resultado de fatores como a latitude, as
características do relevo e a continentalidade
Quanto menor for a latitude de um lugar, mais elevadas são as
temperaturas registadas
Na troposfera, a temperatura diminui com a altitude, na ordem dos
0,65ºC por cada 100 metros
Em altitudes mais baixas, o ar é mais denso, possui mais partículas e
gases atmosféricos que retêm calor, absorvendo, assim, maiores
quantidades de radiação terrestre e radiação solar, o que conduz ao
aumento da temperatura
Em altitudes mais elevadas, o ar é mais rarefeito, possui menos
partículas e gases atmosféricos, tendo, por isso, menor capacidade
de reter calor. Verifica-se, então, um decréscimo da absorção da
radiação terrestre e da radiação solar, traduzindo-se numa
diminuição da temperatura
Em Portugal, ao meio-dia o Sol indica o Sul e, por isso, as vertentes
expostas a:
− Sul (soalheiras) registam maiores valores de temperatura
− Norte (umbrias) registam menores valores de temperatura
A orientação das cordilheiras montanhosas em relação à linha de
costa pode, por um lado, constituir um obstáculo à passagem dos
ventos húmidos de oeste, ou, por outro lado, favorecer a sua
passagem
Os relevos concordantes, isto é, paralelos à linha de costa,
constituem um obstáculo à passagem para o interior dos ventos
húmidos de oeste, não tendo capacidade de amenizar as
temperaturas ao longo do ano
Os relevos discordantes, como a Cordilheira Central, ao terem uma
disposição perpendicular e/ou oblíqua em relação à linha de costa,
permitem que os ventos húmidos de oeste penetrem mais
facilmente nas regiões do interior, amenizando, assim, as
temperaturas ao longo do ano
Os oceanos têm um efeito amenizador das temperaturas.
Os continentes aquecem mais depressa do que os oceanos, mas
também arrefecem mais depressa. Assim:
− No verão, a água do mar demora mais tempo a aquecer do que
a terra e, por isso, o litoral é mais fresco do que o interior
− No inverno, a água do mar vai libertando o calor que acumulou
durante o verão, amenizando as temperaturas
Amplitude térmica - diferença entre a temperatura mais elevada e a
temperatura mais reduzida regista no dia, mês ou ano
Amplitude térmica anual - diferença entre a temperatura média do
mês mais quente e a temperatura média do mês mais frio
À medida que nos afastamos do litoral em direção ao interior, a
continentalidade aumenta e o efeito amenizador das temperaturas
do oceano vai diminuindo, até deixar de se sentir, aumentando,
desta forma, a amplitude térmica anual
A distribuição da temperatura no território nacional evidencia
contrastes significativos, decalcando a repartição da radiação solar e
da insolação
Se o território nacional for reduzido ao nível médio das águas do
mar, verifica-se que a distribuição espacial da temperatura apresenta
um padrão diferente nos meses de janeiro a julho
COMO PODE SER VALORIZADA A RADIAÇÃO SOLAR?
Portugal, localizado na Europa mediterrânea, a uma menor latitude
do que a maioria dos restantes países europeus, tem um elevado
potencial de aproveitamento de radiação solar, em virtude dos
maiores níveis de radiação solar global recebidos
Do ponto de vista económico, a radiação solar constitui um recurso
climático que pode ser aproveitado para fins energéticos e para a
atividade turística
APROVEITAMENTO ENERGÉTICO:
Passivo – aquecimento e arrefecimento de edifícios
Ativo - transformação da radiação solar noutras formas de energia
(energia térmica e energia elétrica)
O território nacional apresenta, pois, excelentes condições para a
utilização da energia solar, que é universal, gratuita, não poluente e
renovável. O aproveitamento deste recurso energético renovável
poderá possibilitar ao país a:
− Diminuição da dependência energética face ao exterior
− Redução do défice da balança comercial
− Descarbonização da economia e a diminuição das emissões de
gases com efeito de estufa, em conformidade com o Acordo de
Paris
O aproveitamento passivo da radiação solar pressupõe a captação, o
armazenamento e a utilização da energia solar sem recurso a
qualquer dispositivo mecânico e elétrico. A radiação solar é uma
variável de grande importância a ter em conta na conceção e na
construção dos edifícios. Assim, esta tem ao longo do ano um papel
determinante no conforto térmico de qualquer edifício, uma vez
que:
− No inverno, constitui uma fonte de calor fundamental, uma vez
que contribui para o aumento da temperatura interior
− No verão, constitui uma fonte de calor a evitar, uma vez que
potencia o aumento da temperatura no interior dos edifícios
Neste tipo de aproveitamento, os elementos de construção de
edifícios, como janelas, paredes, persianas, coberturas e pisos, são
projetados de forma a viabilizarem uma melhor captação,
armazenamento de utilização de energia solar nos meses de inverno
ou a impedirem a captação dessa energia e consequente
armazenamento nos meses de verão
O aproveitamento ativo da radiação solar implica a transformação da
radiação solar noutras formas de energia: térmica e elétrica
A energia solar térmica corresponde à utilização mais frequente da
radiação solar e pressupõe a existência de painéis solares térmicos,
ou coletores solares, que absorvem a energia solar e a transformam
em energia térmica, aumentando a temperatura do fluido que
circula pela instalação
ENERGIA SOLAR TÉRMICA:
Utilizações:
− Produção de água quente sanitária, para uso doméstico,
hospitais, hotéis, etc
− Aquecimento de piscinas
− Aquecimento do ambiente (apoio ao aquecimento central)
− Produção de água a elevadas temperaturas destinada ao uso
industrial
Vantagens:
− Energia não poluente, gratuita e renovável
− Baixos custos de manutenção dos coletores solares
− Menor dependência das energias convencionais
− Menor consumo energético
− Utilização de sistemas mais silenciosos

Desvantagens:
− Custo elevado do investimento inicial
− Algum descobrimento sobre as vantagens desta tecnologia por
parte dos seus potenciais utilizadores
− Os coletores solares utilizam apenas a radiação solar direta
Apesar do seu elevado potencial no contexto da energia solar
térmica, Portugal tem ainda um longo caminho a percorrer no que
respeita à promoção de energia solar, quando comparada com
outros países europeus que registam menores níveis de radiação
solar global anual, a energia solar para fins térmicos em Portugal é
ainda um recurso claramente subaproveitado
A energia solar pode também ser transformada diretamente em
energia elétrica, através dos painéis fotovoltaicos
ENERGIA SOLAR FOTOVOLTAICA:
Utilizações:
− Produção de eletricidade
− Iluminação pública
− Eletrificação rural
− Sinalização dos transportes
− Locomoção de veículos
Vantagens:
− Energia não poluente, gratuita e renovável
− Criação de novos postos de trabalho qualificados sobretudo a
nível local
− Custos de manutenção reduzidos
− Menor dependência das energias convencionais
− Aproveitamento da radiação solar difusa, para além da direta
Desvantagens:
− Elevados custos de construção dos painéis fotovoltaicos
− Baixo rendimento
− Grande consumo de território por parte das centrais
fotovoltaicas
À semelhança do que acontece com a energia solar para fins
térmicos, a energia solar fotovoltaica é um recurso subaproveitado
em Portugal
O turismo é um setor muito relevante para a economia portuguesa,
tendo, em 2019, representado:
− 19,7% das exportações totais
− 8,7% do PIB nacional
− 6,9% do total do emprego
− Mais de 27 milhões de entradas
Portugal localiza-se na Europa mediterrânea, a região turística que
recebe, atualmente, o maior número de turistas na Europa, que
procuram, sobretudo, o turismo balnear
Com uma extensa linha de costa, o território nacional, em particular
o Sul, mais concretamente o Algarve, tem beneficiado das
características climáticas no que toca à radiação solar global, à
insolação média anual e à temperatura média anual,
proporcionando:
− O incremento da produção e do consumo de energia solar
− O desenvolvimento do turismo balnear e de outras formas de
turismo
A aposta noutras formas de turismo (como o turismo no espaço
rural, turismo de saúde e bem-estar e turismo de natureza) permitirá
combater os efeitos da sazonalidade do turismo balnear e potenciar
o aumento da oferta turística noutras regiões do país, contribuindo
para a diminuição das assimetrias socioeconómicas regionais
QUAL A IMPORTAÇÃO DA EXPLORAÇÃO SUSTENTÁVEL DA RADIAÇÃO
SOLAR?
A produção de energia solar e a atividade turística devem ser alvo de
políticas de gestão sustentáveis que minimizem os seus impactes
A energia solar deve ser alvo de uma utilização racional, na medida
em que também apresenta impactes negativos, a produção de
painéis fotovoltaicos de silício implica a intensa atividade de
mineração, com fortes impactes ambientais e o consumo de uma
grande quantidade de energia. A implantação das centrais
fotovoltaicas acarreta elevado consumo de território, alterações na
paisagem e a perda de biodiversidade
O turismo balnear apresenta impactes ambientais negativos, de que
é exemplo o excesso de consumo de energia
O Plano Estratégico Nacional do Turismo (PENT), juntamente com
outros planos de ação na área do turismo, contempla um conjunto
de estratégias definidas para o crescimento sustentado do turismo
nacional dos próximos anos. Entre as várias medidas apresentadas,
salienta-se a de promover o incremento de 50% de
empreendimentos turísticos com sistemas de eficiência energética
A sustentabilidade da atividade turística deverá conciliar a
preservação ambiental com o crescimento turístico, minimizando os
impactes ambientais e promovendo benefícios económicos para as
comunidades locais
A atividade turística, em geral, e os empreendimentos turísticos, em
particular, deverão favorecer a adesão a práticas eficientes do
consumo de energia, tais como:
− Utilização de lâmpadas economizadoras de energia
− Utilização de equipamentos elétricos de classe A ou superior
− Painéis solares térmicos para aquecimento de água
− Painéis solares fotovoltaicos para produção de energia
− Sensores automáticos na iluminação das áreas públicas
Sazonalidade - ocorrência de um evento numa época do ano

Você também pode gostar