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GEOGRAFIA

GEOGRAFIA A
Astronomia
A TERRA NO ESPAÇO TRANSLAÇÃO
• A Terra, terceiro planeta em ordem de • Já a translação, é o movimento de orbitar (dar
afastamento do Sol, é considerada um geoide – uma volta) em torno do Sol e que, junto da
representado pela figura do elipsoide. De acordo inclinação do eixo da Terra em relação ao plano
com o Elipsoide Internacional de Referência, orbital do Sol, é responsável pelas sazonalidades
comprovam que a Terra não é uma esfera das estações do ano, um ciclo de um ano.
perfeita. • As estações do ano e a sucessão do dia e da noite

são pontos cruciais para entender a dinâmica da


MOVIMENTOS DA TERRA vida na Terra, seja por causa do ciclo da água pelo
• Se avaliarmos todos os movimentos da Terra, planeta, a circulação atmosférica, os ciclos
teremos 14 movimentos, mas os dois mais migratórios da fauna ou do desenvolvimento da
importantes no cotidiano são os movimentos de flora ao longo do ano, para que, então, a
rotação e translação. humanidade desenvolva técnicas de extrativismo,

de plantio e de criação animal.


ROTAÇÃO

• A rotação trata do movimento da Terra de girar DISTÂNCIA DO SOL - TERRA


em torno de si, do seu próprio eixo. Esse • A distância entre o Sol e a Terra varia no decorrer
movimento é responsável pelo dia e a noite. do ano em função da órbita terrestre,
• É um ciclo de 23 horas, 56 minutos e 4 segundos determinando:
que, para finalidades cotidianas, é arredondado 1. Afélio terrestre: 152 milhões de km em 1o. de julho.
para 24 horas. 2. Periélio terrestre: 147 milhões de km em 31 de
• O movimento de rotação da Terra acontece de dezembro.
oeste para leste, resultando no movimento 3. Distância média: 150 milhões de km.
aparente dos astros como Sol, Lua, outros planetas 4. Plano da órbita: plano em que a Terra orbita em
e estrelas que começam do horizonte mais a leste torno do Sol. O plano de órbita da Terra é
e terminam no oeste. Como comparação, o perpendicular ao eixo solar.
movimento aparente se assemelha à experiência 5. Obliquidade da eclíptica: inclinação do Equador
de estar dentro de um veículo e enxergar a terrestre em relação ao plano da órbita,
paisagem “indo para trás”, se movendo, sendo que correspondendo a um ângulo agudo de 23° 27’ 30”.
é o veículo que se desloca, não a paisagem.
ESTAÇÕES DO ANO • Entre 23 de setembro e 21 de dezembro, os raios

• A inclinação de 23,5° do eixo da Terra em relação solares incidem com maior intensidade na altura do

ao plano orbital do Sol junto do movimento de Equador, resultando na primavera para o

translação são os responsáveis pelas quatro hemisfério Sul e outono para o hemisfério Norte.

estações do ano: Primavera, Verão, Outono e Portanto, as estações do ano são opostas em

Inverno. relação aos hemisférios.

SOLSTÍCIO

• Momento em que os raios solares incidem

perpendicularmente sobre um dos trópicos. Nos

• Entre 21 de dezembro e 21 de março, os raios solstícios, verificam- -se as maiores diferenças de

solares incidem com maior intensidade sobre o duração entre os dias e as noites. Os solstícios

hemisfério Sul, ocasionando o verão, e com ocorrem em 21 de dezembro – solstício de verão no

menor incidência no hemisfério Norte, hemisfério Sul (maior dia e menor noite do ano) – e

ocasionando o inverno. 21 de junho – solstício de inverno no hemisfério Sul

• Entre 21 de março e 21 de junho, os raios solares (menor dia e maior noite do ano).

incidem com maior intensidade na altura do

Equador, tendo como consequência o outono no EQUINÓCIO

hemisfério Sul e a primavera no hemisfério • Momento em que os raios solares incidem

Norte. perpendicularmente sobre a Linha do Equador. Os

• Entre 21 de junho e 23 de setembro, há menor equinócios ocor- rem durante as entradas do

incidência de raios solares sobre o hemisfério outono e da primavera, em 21 de março e 23 de

Sul, ocasionando o inverno, e maior incidência no setembro, respectivamente, no hemisfério Sul. Nos

hemisfério Norte, propiciando o verão. equinócios, os dias e as noites têm a mesma

duração em toda a Terra.


• A obliquidade da Terra, ou seja, a inclinação do VERÃO: período do ano com mais tempo de insolação,

eixo do planeta, faz com que os raios solares aumento das temperaturas acima da média, quando a

que incidem nas regiões de alta e média vegetação aproveita a insolação para acumular

latitude sejam mais amenos do que na faixa de nutrientes para os frutos ainda verdes. Dependendo da

baixa latitude. Lembrando que: região, há também o aumento da quantidade e da

—> Latitude Baixa: parte do globo com latitudes intensidade das chuvas.

entre 30°N e 30°S;

—> Latitude Média: faixa do globo com latitudes de OUTONO: período de certa estabilidade. Na paisagem, as

30°N até 60°N e 30°S até 60°S; plantas perdem as folhagens e os frutos entram na

—> Latitude Alta: regiões de latitude de 60°N até fase de maturação. Alguns animais precisam estocar

90°N e 60°S até 90°S. alimentos ou gordura no corpo e, em certos casos, até

mesmo migrar para outras regiões.

INVERNO: a combinação de menos horas de iluminação e

raios solares incidindo com menor intensidade

favorecerão a diminuição de temperatura e a formação

de massas de ar frio, dando início ao inverno. Em

OBS: As estações do ano têm características latitudes médias e altas, é mais notável na paisagem que

diferentes para cada região do globo. Mesmo no a vegetação já deve ter perdido boa parte das folhas, e

Brasil, que tem quase todo o seu território no que alguns animais ficam mais reservados. Nas latitudes

hemisfério sul, as estações do ano têm baixas, é um período com menos chuvas.

características próprias em cada região. Acerca

das características generalizadas das 4 estações: ZÊNITE SOLAR

• A ocorrência do Sol no zênite, ou seja, incidência solar

PRIMAVERA: um período de certa estabilidade, com perpendicularmente a um determinado ponto na

chuvas mais recorrentes, em que a vegetação superfície, condição verificada ao meio-dia, com a

recupera a folhagem e começa a sua floração. Os ausência de projeção de sombra dos objetos e corpos

lugares que foram cobertos por neve passam por nas direções cardeais – sol a pino –, só ocorre na faixa

um período de degelo. intertropical.


Orientação E localização

PONTOS CARDEAIS E, quando for necessário ser mais específico sobre a

• Para facilitar o direcionamento e a localização, direção, é possível combinar os nomes do ponto

usam-se os quatro pontos cardeais: norte, sul, colateral com o ponto cardeal mais próximo, como sul-

leste e oeste. sudeste (SSE) e oeste-noroeste (ONO). Ao todo,

existem oito pontos subcolaterais.

E os pontos colaterais: nordeste, noroeste, sudeste

e sudoeste. Os pontos colaterais são intermediários

entre os pontos cardeais.

FORMAS DE ORIENTAÇÃO - ASTROS

• Considerando o movimento de rotação da Terra,

pode-se afirmar que os astros nascem no leste e

Os pontos cardeais e colaterais têm suas se põem no oeste. Sabendo onde o Sol ou a Lua

respectivas siglas: nascem, é possível deduzir os demais pontos

• Pontos cardeais: norte - N, sul - S, leste - L, cardeais.

oeste -O; • Além desses astros, no hemisfério Norte, a estrela

• Pontos colaterais: nordeste - NE, noroeste - NO, Polar, da constelação de Ursa Menor, identifica o

sudeste - SE, sudoeste- SO. rumo norte. No hemisfério Sul, a orientação pode

ser feita pela estrela de Magalhães, da

Constelação do Cruzeiro do Sul, que identifica o

rumo sul.
FORMAS DE ORIENTAÇÃO - INSTRUMENTOS

1. Bússola: Instrumento simples, em que uma agulha

magnética é atraída pelo magnetismo terrestre.

2. GPS: O GPS é um conjunto de satélites emissores

de sinais eletromagnéticos que podem ser

captados por antenas receptoras na Terra. Esses • Os paralelos mais importantes são denominados

receptores de sinais dos satélites de posicio- paralelos notáveis e são o Equador (lat. 0°), Trópico

namento são geralmente chamados de GPS, que de Capricórnio (lat. 23° 27’ S), Trópico de Câncer (lat.

através de suas antenas recebem as ondas 23° 27’ N), Círculo Polar Antártico (lat. 66° 32’ S) e

eletromagnéticas emitidas pelos satélites. Círculo Polar Ártico (lat. 66° 32’ N).

• As regiões intertropicais podem ser denominadas

COORDENADAS GEOGRÁFICAS regiões de baixas latitudes; as zonas temperadas,

• Um ponto na superfície terrestre é localizado por regiões de médias latitudes; e as polares, regiões de

meio da latitude e da longitude, tendo como altas latitudes.

pontos de referência a Linha do Equador e o

Meridiano de Greenwich (Meridiano Inicial ou ZONAS TÉRMICAS

Meridiano de Origem). 1. Zona Intertropical (tropical ou tórrida): situa-se

• Convencionou-se dividir a Terra em dois entre os Trópicos de Câncer e de Capricórnio (áreas

hemisférios a partir da Linha do Equador: Norte de baixa latitudes). Constitui a zona mais quente do

ou Setentrional e Sul ou Meridional. globo, onde não se observam as estações do ano.

2. Zonas Temperadas: aparecem nas áreas de médias

LATITUDE latitudes, a partir dos trópicos até os círculos

• A latitude terrestre é a medida angular entre a polares. Nas zonas temperadas a ocorrência das

Linha do Equador e qualquer ponto situado na quatro estações é bem observada.

superfície da Terra, no sentido norte ou sul. As 3. Zonas Polares (frígidas, frias ou glaciais): situam-se

latitudes terrestres variam de 0° a 90° de latitude no interior dos círculos polares (áreas de grandes

norte ou sul, sendo que correspondem aos polos latitudes). Constituem as regiões mais frias do

geográficos as latitudes de 90° N e 90° S. globo.


LONGITUDE

• Medida angular entre o Meridiano de

Greenwich e qualquer ponto na superfície

terrestre, no sentido leste ou oeste, variando

0° a 180°.

• Para facilitar a localização de qualquer

longitude, são colocados nos mapas ou globos

meridianos com longitudes preestabelecidas.

• Os principais meridianos traçados a cada 15°

correspondem aos fusos horários.

O meridiano oposto ao Meridiano de Greenwich é

denominado Linha Internacional da Data.


Cartografia Mapas e escalas

INTRODUÇÃO

• Existe uma certa dificuldade em representar os

globo em mapas, principalmente por causa do

globo ser em 3D e os mapas precisarem ser feitos

em folhas em 2D. Para poder resolver essa PROJEÇÕES EQUIVALENTES: mantêm o valor da

questão existem as projeções cartográficas. área, mas distorcem os formatos dos continentes,

Técnicas que projetam a superfície do globo para países e os ângulos das coordenadas geográficas.

uma superfície plana. É melhor aplicado para contabilizar o tamanho de

terrenos, lavouras, pastos e cidades.

PROPRIEDADE DAS PROJEÇÕES

1. Projeções Equidistantes: mantêm as distâncias

lineares, mas apresentam distorções nas áreas e

nas formas terrestres. Essas projeções são

melhores para medir distâncias em relação a uma

cidade de interesse para outros locais. TIPOS DE PROJEÇÕES - PROJEÇÃO PLANA

• Podem ser chamadas de polares, azimutais ou

tangenciais. Quando a superfície de projeção

acontece sobre uma superfície de forma plana.

Serve para projetar lugares específicos, como

um país. Mas é normalmente usada para

2. PROJEÇÕES CONFORMES: mantêm as formas representação dos polos, tanto da Antártida

terrestres, mas apresentam distorções nas áreas quanto a do Polo Norte. (Símbolo onu)

representadas. É uma projeção que afeta a escala ao

longo do mapa, e isso dificulta o seu uso para medir

distâncias e áreas. Mas para a navegação por mar é

uma alternativa mais viável já que mantêm os

valores angulares das coordenadas geográficas.


PROJEÇÃO CILÍNDRICA PROJEÇÃO DE MERCATOR
• É como se uma folha envolvesse o globo • Entre as projeções cilíndricas, uma das mais
terrestre, de ponta a ponta, como se fosse um conhecidas é a de Mercator. As regiões
cilindro ou um cano. A parte do globo com equatoriais são representadas na verdadeira
contato direto com esse cilindro. grandeza e as altas latitudes são deformadas
• Se esse cilindro for feito com a superfície de com as dimensões exa- geradas. Divulgada em
projeção própria para a linha do Equador, isso 1569, é uma projeção conforme, que valoriza o
fará as partes do globo mais próximas da linha contorno (forma) das terras. Muito usada na
do Equador com menor distorção, mas com navegação, tornou-se im- portante nas
distorções maiores nos polos. Grandes Navegações e, mantendo a Europa no

centro e na parte superior do mapa,

contribuiu com o eurocentrismo.

PROJEÇÃO DE PETERS

• A projeção do historiador Arno Peters


PROJEÇÃO CÔNICA aumenta visivelmente as zonas localizadas
• na superfície de projeção de formato cônico, nas proximidades do Equador. Nessa projeção,
parecendo uma casquinha de sorvete. Onde o o comprimento original da África no sentido
globo fica completamente dentro deste cone. norte-sul passa de 8 013,6 km para 10 622,3 km,
Esse método permite mapear só um hemisfério e a imagem tradicional do continente fica
por vez, havendo distorções maiores na linha quase irreconhecível. O mesmo acontece com
do Equador e nos polos, porém é ideal para a América do Sul. A projeção de Peters busca a
representar as regiões de latitude média. Este equivalência das áreas, com prejuízo das
tipo de projeção irá fornecer mapas com as formas – é uma projeção equivalente.
linhas paralelas em um forma curva.
ESCALA

• Escala de um mapa é a relação existente entre

as distâncias medidas no mapa e as distâncias

lineares correspondentes no terreno. A escala

pode ser numérica ou gráfica.

• A escala numérica é representada por uma

fração em que o numerador representa a

distância no mapa e o denominador, a • As curvas de nível podem ser comparadas


distância correspondente no terreno, sempre “degraus” de uma escada. A partir de um
utilizando a mesma unidade. conjunto de curvas de ní- vel é possível obter o
• Assim, num mapa de 1 : 100 000, 1 cm no mapa perfil do relevo (perfil topográfico).
representa 100 000 cm, ou seja, 1 km no • Na representação, a aproximação das curvas de
terreno. nível indica maior declividade do terreno e o

afastamento das curvas, menor declividade.


Considerando que:

• E = escala ANAMORFOSE
• N = denominador da escala • Com a técnica da anamorfose, a área e os
• d = distância no mapa contornos de um determinado espaço são
• D = distância no terreno (distância real) representados proporcional- mente a outra

informação. As formas e tamanhos são


Temos: transformados ou deformados para assumirem
• D = d × N para obtenção da distância no terreno; as dimensões de outra informação, como
• d = D/N para obtenção da distância no mapa; população absoluta, participação nas exportações,
• N = D/d para obtenção do denominador da escala. óbitos em função de alguma doença.

CURVAS DE NÍVEL

• As curvas de nível ou isoípsas são linhas que

unem pontos de igual altitude num mapa.


Fusos horários
INTRODUÇÃO • À medida que os fusos de oeste são atrasados e os

• Até antes do século XIX, as horas do dia eram fusos de leste são adiantados, existe uma faixa

feitas de forma muito regional, usando o que tem +12 horas de um lado e -12 horas do outro,

posicionamento do sol ao meio-dia, momento em ou seja, 24 horas de diferença. Isso acontece na

que ele está alinhado com o meridiano local. No Linha Internacional de Data.

século XIX em Washington (EUA) aconteceu uma • Por passar numa região com mais oceano do que

Conferência Internacional do Meridiano. Ficou terra, convencionou-se que esta linha poderia ter

estabelecido que haveria uma padronização dos desvios para não atravessar um país com uma

horários, com base nos respectivos meridianos linha que tem uma diferença de um dia inteiro.

locais em relação ao meridiano de Greenwich. • Mas como os fusos são linhas imaginárias de

Dando origem ao Greenwich Mean Time (GMT), modelos matemáticos, isso faz com que elas não

ou o Tempo Médio de Greenwich. respeitem limites político-administrativos. Diversas

• Assim, o meridiano de Greenwich tornou-se o nações são “cortadas” por fusos diferentes, mas,

meridiano central e os meridianos ao seu oeste para resolver essas questões, muitos estados,

estarão atrasados e os meridianos ao seu leste províncias e países estabelecem por convenção

estarão adiantados. qual fuso determina a hora local.

FUSOS FUSOS HORÁRIOS BRASILEIROS

• Os fusos são compostos pelo meridiano central

(MC), um meridiano com -7°30’ ao seu oeste e

um meridiano com +7°30’ ao seu leste. Resultando

nos 15° e aplicando o horário do meridiano

central nessa faixa.

• Já que o dia tem 24 horas e a soma dos

meridianos (180°W e 180°E) resultam em 360°,

calcula-se que 360° dividido por 24 horas, resulte Pelo território brasileiro passam 4 fusos horários

em cada 15° de longitude, correspondendo a 1 diferentes e atravessam os estados, mas por

hora. convenção alguns estados estabelecem um horário

padrão para o seu território.


• GMT -2: Com MC 30°W, atrasado 2 horas em A longitude 46°30’ W está mais próxima do MC 45°W.

relação a Greenwich. Corresponde com as ilhas —> Por ser ao oeste, o MC entra na conta com o valor

oceânicas do Brasil: Fernando de Noronha e negativo.

Ilhas Trindade e Martins Vaz. —> -45/15 = -3. ou seja, 3 horas a menos em relação ao

• GMT -3: Horário de Brasília, com o MC 45°W, horário em GMT 0. f 20h-3h = 17h ou 5:00 p.m.

atrasado 3 horas em relação a Greenwich.

Corresponde com maior parte do território Quando for necessário calcular o horário em uma

brasileiro. Corresponde ao território dos estados questão que envolva tempo de deslocamento, basta

da Região Sul, Sudeste, Nordeste, Amapá, acrescentar no cálculo o tempo de viagem.

Tocantins, Pará, Goiás e Brasília-DF. Lembre:

• GMT -4: Com o MC 60°W, atrasado 4 horas em —> Veja os fusos das cidades e a diferença entre ele;

relação a Greenwich. Corresponde ao território —> Veja qual é o sentido da viagem;

dos estados de Roraima, Amazonas, Rondônia, —> Veja o tempo gasto em viagem.

Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.

• GMT -5: Com o MC 75°W, atrasado 5 horas em HORÁRIO DE VERÃO

relação a Greenwich. Corresponde ao território • O horário de verão é um procedimento de adiantar

ao estado do Acre, exclusivamente. as horas do relógio em relação ao fuso horário

padrão para aproveitar melhor as horas de sol.

CÁLCULO DO FUSO HORÁRIO Isso permite que as pessoas aproveitem mais o dia

Para saber a hora dos fusos: depois do horário comercial de trabalho. Mas

contribui principalmente para a redução de

—> Veja qual é o meridiano central do fuso consumo de energia elétrica e um achatamento do

correspondente ao local, normalmente é um pico de consumo

número múltiplo de 15 (15, 30, 45, 60, ...),

—> Divida o valor da longitude por 15;

—> Se for de um lugar ao oeste, subtraia. Se estiver

à leste, some.

—> Exemplo: Se são 20h em Londres (GMT 0), que

horas são em São Paulo (46°30’W)?


Brasil
Localização e regionalização

TAMANHO DO BRASIL LOCALIZAÇÃO DO BRASIL NO GLOBO

• O Brasil, ou República Federativa do Brasil, está • Se dividirmos o mundo em quadrantes, usando o

localizado na costa do oceano Atlântico da meridiano de Greenwich e a linha do Equador,

América do Sul. É o quinto maior território perceberemos que o Brasil fica totalmente no

nacional do mundo. Por isso é comum ouvir que Hemisfério Ocidental, 93% no Hemisfério Sul e 7%

o “Brasil é um país de dimensão continental”. Só no Hemisfério Norte (AM, RR, AP e PA).

é menor que o território da Rússia, do Canadá, • Pelo território brasileiro, também passa o Trópico

da China e dos Estados Unidos. de Capricórnio, este paralelo “atravessa” os

estados de MS, PR e SP. Assim, aproximadamente

LIMITES CONTINENTAIS 8% do território brasileiro está em zona

• são de 15.719 quilômetros. As fronteiras do Brasil temperada, mas a maior parte do território

começam no extremo norte do Amapá, seguem nacional fica na zona intertropical, cerca de 92%.

pelo oeste, passando pelos estados de Pará,

Roraima, Amazonas, Acre, Rondônia, Mato

Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná e Santa

Catarina, até chegar no extremo sul do Brasil

no Rio Grande do Sul.

LIMITES DE COSTA

• são aproximadamente 8.000 quilômetros. Pode- FRONTEIRAS

se dizer que a linha de costa, começando no • O Brasil faz fronteira com 10 países. Os únicos dois

Amapá, passa pelos estados de Pará, países da América do Sul que não fazem fronteira

Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, com o Brasil são o Equador e o Chile. O Brasil faz

Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia, fronteira com Guiana Francesa, Suriname, Guiana,

Espirito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Venezuela, Colômbia, Peru, Bolívia, Paraguai,

Paraná, Santa Catarina e termina no Rio Argentina e Uruguai.

Grande do Sul.
AS 5 GRANDES REGIÕES DO BRASIL

• A atual divisão regional do Brasil usada pelo IBGE,

destaca cinco grandes regiões: Norte, Nordeste,

Centro-Oeste, Sul e Sudeste. Este método de

regionalização leva em consideração aspectos de

naturais, sociais e econômicos e os limites

administrativos de cada estado.

REGIÃO NORTE

PONTOS EXTREMOS DO BRASIL

• Norte: cabeceiras do rio Aylã, no Monte do • abrange sete estados: Acre, Amazonas, Rondônia,

Caburaí (RR), fronteira com a Guiana, com Roraima, Pará, Amapá e Tocantins.

latitude de 05° 16’ 20” N. • Extensão: maior região do Brasil. Com um pouco

• Sul: uma das curvas do arroio Chuí (RS), na mais de 45% do território brasileiro. Possui uma

fronteira com o Uruguai, com latitude de 33° área de, aproximadamente, 3,85 milhões de km2.

45’ 03” S. Região onde há a fronteira setentrional (ao

Os pontos extremos leste e oeste do Brasil são norte) com outros países e com acesso ao mar

dados pelas longitudes extremas: (AP e PA);

• Leste: Ponta do Seixas (PB), com longitude 34° • Aspectos naturais: clima equatorial úmido,

47’ 30” W; temperaturas altas (mínima de 20 °C e máximas

• Oeste: nascentes do rio Moa, na Serra de de 35 °C) e ventos leves, Floresta Amazônica

Contamana ou do Divisor (AC), com longitude (maior floresta tropical do planeta), hidrografia

73° 59’ 32” W. predominantemente da Bacia Hidrográfica do Rio

Amazonas (maior bacia hidrográfica do mundo).


• População: uma população de aproximadamente • Aspectos naturais: clima predominante do

10% da população nacional. Cerca de 18 milhões semiárido no interior, equatorial úmido na transição

de habitantes e uma densidade demográfica com região norte (PI e MA) e clima tropical no

de 4,72 hab/km2. Maior população indígena do litoral leste. Predomínio do bioma da Caatinga, com

Brasil, cerca de 300 mil habitantes são Mata Atlântica no litoral e áreas de transição com

indígenas, com existência de aldeias indígenas Cerrado (BA). Recebe muitos ventos de leste

isoladas. (ventos alísios). Sua principal bacia é a Bacia

• Economia: a região baseia-se nas atividades Hidrográfica do Rio São Francisco.

primárias, como extrativismo mineral • População: cerca de 56 milhões de habitantes (25%

(construção civil e pedras preciosas) e vegetal da pop. brasileira) e uma densidade demográfica

(para produção alimentícia, farmacêutica, látex de 32 hab/km2. Concentração das grandes cidades

e de cosméticos), agropecuária e atividades e capitais no litoral (exceto Teresina/PI).

industriais na Zona Franca de Manaus • Economia: o turismo é uma das atividades mais

desenvolvidas na economia nordestina. São

REGIÃO NORDESTE desenvolvidas na região atividades de extrativismo

mineral, agropecuária e latifúndios. Produção de

petróleo e gás natural, plantio de cana e mamona

para biocombustível, produção de energia por

hidroelétrica e com grande potencial de produção

de energia eólica e solar.

REGIÃO CENTRO OESTE

• Abrange 9 estados: Maranhão, Piauí, Ceará, Rio

Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco,

Alagoas, Sergipe e Bahia.

• Extensão: cerca de 18% do território nacional,

com 1,5 milhão de km2. Sem fronteira

internacional, mas com a maior linha de costa

do Brasil e com todos os estados com acesso ao

mar.
abrange 3 estados: Mato Grosso, Mato Grosso do REGIÃO SUDESTE

Sul e Goiás. É onde localiza-se Brasília, Distrito

Federal, atual capital brasileira.

• Extensão: cerca de 1,6 milhões de km2, ou seja,

19% do território brasileiro. Área que estava

fora do Tratado de Tordesilhas, mas que os

bandeirantes ocuparam na intenção de • Composta por 4 estados: São Paulo, Minas Gerais,

encontrar ouro e pedras preciosas. Espírito Santo e Rio de Janeiro

• Aspectos naturais: dos biomas do Cerrado e do • Extensão: cerca de 10% do território nacional, 924

Pantanal. Periodicamente, recebe chuvas da mil km2. Sem fronteira Internacional, mas com

umidade da evapotranspiração da floresta acesso ao mar (exceto MG). Com São Paulo

amazônica. A sua principal bacia é a Bacia (Capital) maior metrópole do Brasil e da América

Hidrográfica do Paraguai. Latina e cidade mais populosa do Brasil.

• População: cerca de 16 milhões de habitantes, • Aspectos naturais: clima predominante de

com uma densidade demográfica de 10 Tropical e Tropical de Altitude. Predomínio do

habitantes por km2. Porém, os dados de bioma Mata Atlântica com áreas de transição com

Brasília contrastam com o resto da região. Só o Cerrado.

em Brasília vivem 2,5 milhões de habitantes, • População: quase 90 milhões de pessoas vivem na

cerca de 444 hab/km2. região Sudeste, a mais populosa do Brasil. É a

• Economia: com base na agricultura e pecuária região do Brasil que mais atrai migrantes em

de soja, milho e a criação de gado de abate. O busca de emprego, renda e melhores

turismo também tem grande força na região oportunidades de vida.

que apresenta as Chapada dos Veadeiros e a • Economia: com base no setor industrial

Chapada dos Guimarães e o Pantanal. (petrolíferas, siderúrgicas e automobilística),

financeiro (Ibovespa), comercial, agropecuária no

seu interior e atividades de turismo, esta região

corresponde com 55% do PIB nacional.


REGIÃO SUL POPULAÇÃO

• cerca de 29 milhões de habitantes, quase 15% da

população nacional. Uma densidade populacional

de 47 hab/km2

• Economia: economia baseada em extração vegetal

e silvicultura, produção agropecuária de grãos,

suínos, frangos, maçãs, uvas, bananas, palmitos e

arroz, com produção industrial na área de

• é composta por 3 estados: Paraná, Santa cerâmicas, calçados, papel e celulose e motores e

Catarina e Rio Grande do Sul. partes para produtos de refrigeração.

• Extensão: cerca de 575 mil km2, equivalente a 8%

do território nacional. Todos os seus estados tem REGIÕES GEOECONOMICAS

fronteira terrestre internacional e acesso ao • Existem outras formas de regionalizar o Brasil

mar. além das cinco grandes regiões do IBGE. Uma delas

• Aspectos naturais: clima subtropical e estações é pelo método das Regiões Geoeconômicas que

do ano bem definidas. Por apresentar verões dividem o Brasil em três Complexos Regionais:

quentes e clima de geada no inverno, essa região Complexo da Amazônia, Complexo do Nordeste e

apresenta a maior amplitude térmica (diferença Complexo do Centro-Sul.

entre a temperatura mínima e a máxima ao

longo do ano). Chuvas bem distribuídas ao longo COMPLEXO REGIONAL CENTRO-SUL

do ano. Vegetação de predomínio de Mata • Só essa região engloba 33% do território nacional.

Atlântica, e com ocorrência da Mata das Engloba os estados da região Sul, Sudeste (exceto

Araucárias no seu interior. Com predomínio das a porção norte-nordeste de MG), o Mato Grosso

bacias hidrográficas do Paraná e do Uruguai (no do Sul, quase todo o estado de Goiás, parte sul do

planalto) e com diferentes bacias hidrográficas Tocantins e Mato Grosso.

menores com deságue no oceano Atlântico • Com atividades econômicas que se destacam

(serra e litoral). economicamente por englobar a maior parte das

indústrias, das áreas de atividades agrícolas mais

modernizadas, dos bancos, mercados de capitais,


COMPLEXO REGIONAL NORDESTE

• O complexo regional do Nordeste vai desde a

porção leste do Maranhão até o norte de

Minas Gerais, incluindo todos os estados

nordestinos. Abrange cerca de 30% do

território nacional.

• É a região onde ocorreu o processo de

povoamento do país. Possui forte contraste

natural e socioeconômico entre as áreas do

litoral, (mais urbanizadas, industrializadas e

desenvolvidas economicamente) em relação

ao interior (predomínio de clima semiárido e

grandes problemas sociais).


Clima I

Atmosfera terrestre
COMPOSIÇÃO DA ATMOSFERA TERRESTRE FUNÇÕES DA ATMOSFERA

• 78% nitrogênio 1. Filtro: raios solares sao barrados pela

• 21% de oxigenio atmosfera, impedindo, dessa maneira, que os

• 1% de outros gases raios em excesso ou nocivos a vida cheguem a

superfície

CAMADAS TERRESTRE 2. Conservação: propriedade que a atmosfera tem

• TROPOSFERA: primeira camada atmosfera a de conservar calor que foi absorvido durante o

partir da superfície terrestre. Nessa camada dia

estão contidos quase 80% dos gases e 3. Efeito estufa: capacidade da atmosfera de

fenômenos meteorológicos, como chuvas, manter as temperaturas estáveis, permitindo a

ventos, nuvens e formação de neves vida do planeta

• ESTRATOSFERA: corresponde a segunda 4. Proteção: impede o choque de fragmentos

camada, situada a 21.000 metros e 50.000

metros. Nessa camada, encontra-se o ozônio, o FATORES DE AQUECIMENTO DA ATMOSFERA

qual atua como um filtro enfraquecendo a 1. LATITUDE: quanto maior a latitude, menor será o

intensidade da radiação ultravioleta. A aquecimento, uma vez que os raios solares

temperatura da estratosfera aumenta com a aquecem mais as regiões de baixas latitudes

altitude 2. ALTITUDE: nas maiores altitudes, o aquecimento

• MESOSFERA: localiza acima da estratosfera, torna-se menor, devido a distancia do foco

apresenta pressão atmosférica muito baixa e principal de irradiação calorífica

constitui a camada mais fria da atmosfera 3. CONTINENTALIDADE E MARITIMIDADE: as

• IONOSFERA: nessa camada tem inicio a temperatura sobre os oceanos ou nas

filtragem seletiva da radiação solar, pois é na proximidades (litoral) sao mais estáveis

ionosfera que ocorrem as radiações gama e (maritimidade) do que no interior dos

raio X. Na ionosfera ocorre a reflexão das continentes (continentalidade)

ondas de radio

• EXOSFERA: presença de gases extremamente

rarefeitos e temperaturas altas


Clima II

Ventos e chuvas
TEMPERATURA VENTOS

• Quanto maiores, tanto altitude menores serão as • São movimentos de massas atmosféricas

temperaturas (altitude e latitude são ocasionados por diferenças de pressão.

inversamente proporcionais às temperaturas); • Os ventos sempre se originam de áreas anticiclonais

próximo aos mares e oceanos (maritimidade), as (dispersoras) para áreas ciclonais (receptoras).

amplitudes térmicas são menores e, no interior Podem ser classificados de acordo com a velocidade

dos continentes (continentalidade), as amplitudes e a frequência com que sopram. Quanto maiores as

são maiores diferenças barométricas (de pressão), mais fortes

serão os ventos.

PRESSÃO ATMOSFÉRICA

• A pressão é a medida da força ou peso da TIPOS DE VENTOS

atmosfera sobre um determinado ponto na 1. Alísios: São ventos que sopram das proximidades das

superfície da Terra. A pressão atmosférica é linhas tropicais (áreas subtropicais – latitude 30°)

medida em milibares (mb) e sofre variações com a para o Equador, em altitude sempre inferior a 2 000

densidade do ar. metros. Ao convergirem na linha equatorial, os

alísios se elevam a apro- ximadamente 10 000

• Isóbara (linha isobárica): é a linha que une os metros, o ar resfria e a umidade condensa,

pontos de mesma pressão atmosférica provocando chuvas intensas.

(barométrica). 2. Contra-alísios: São ventos que sopram do Equador

em direção aos trópicos em altitudes superiores a

ANTICICLONAL E CICLONAL 3000 metros. Os contra-alísios chegam secos e

• Anticiclonal é a denominação que se dá à área de retiram das latitudes pró- ximas dos Trópicos de

alta pressão e ciclonal é como se denomina a área Câncer e de Capricórnio grandes quantidades de

de baixa pressão. umidade. Por isso, desertos quentes, como o Saara e

• As massas atmosféricas sempre se deslocam das o da Aus- trália, estão localizados próximos das

áreas anticiclonais para as áreas ciclonais. linhas dos trópicos.


3. Ventos de oeste: Sopram nos hemisférios Norte e • Terrestres: considerando o resfriamento

Sul das linhas tropicais para as regiões polares – mais rápido das superfícies continentais em

formando a célula temperada ou das médias latitu- comparação com as oceâni- cas, ao anoitecer,

des. Nas proximidades dos círculos polares, estes a parte da atmosfera situada sobre a

ventos se chocam com massas polares, elevam-se, superfície continental se converte em áreas

provocam chuvas e retornam para os trópicos. anticiclonais, por apresentar temperaturas

4. Ventos polares: Constituem a célula polar e sopram inferiores às da superfície marítima. Surgem

nas zonas glaciais ártica e antártica e, ao se as brisas terrestres (ou vento terral), que

chocarem com os ventos da célula das médias sopram da terra para o mar.

latitudes, provocam as frentes polares que alteram

características térmicas e pluviométricas das zonas BRISAS LITORÂNEAS

temperadas. • As brisas são ventos periódicos relacionados

à maritimidade e à continentalidade.

CIRCULAÇÃO GERAL DA ATMOSFERA

A diferença de aquecimento entre as superfícies MONÇÕES

oceânicas e as continentais determina • São ventos que sopram durante seis meses

movimentações de massas atmosféricas, da Ásia para o oceano e durante seis meses

ocasionando o mecanismo das brisas. Podem ser de do oceano para a Ásia.

dois tipos:

• Marítimas: pelo fato de as superfícies CICLONES TROPICAIS

continentais se aquecerem com maior rapidez do • São centros ciclônicos que apresentam

que as superfícies líquidas, ao amanhecer, a pressão atmosférica muito baixa.

parte da atmosfera situada sobre a superfície Regularmente um ciclone tropical tem entre

oceânica se converte em áreas anticiclonais, por 150 a 600 quilômetros de diâmetro e ventos

apresentar temperaturas inferiores às da que podem atingir mais de 200 km/h.

superfície continental. Dessa maneira, surgem • As condições favoráveis para os ciclones

as brisas marítimas (ou vento maral), que tropicais (grande aquecimento) ocorrem nas

durante o amanhecer sopram do mar para a áreas oceânicas da faixa tropical – em

terra. especial no Atlântico Norte.


CICLONES EXTRATROPICAIS CICLO HIDROLÓGICO

• Como os “furacões”, também ocorrem em áreas • O ciclo hidrológico ou ciclo da água corresponde

oceânicas. Formam-se em latitudes médias e aos estágios pelos quais a água passa na

altas em sistemas frontais. Portanto, o natureza. São eles: evaporação, condensação e

nascimento de um ciclone extratropical não precipitação.

está diretamente ligado à temperatura da • A água, em temperaturas superiores a 0°C,

água, e seu núcleo (olho) pode apre- sentar evapora. Esse fenômeno ocorre com as águas dos

pressões mais altas que a periferia do sistema. rios (fluviais), dos lagos (lacustres) dos oceanos,

Regularmente não causam grandes danos e etc. Com a evaporação, a água sobe para a

estão associados a quedas bruscas de troposfera e, à medida que se eleva, a

temperatura e chuvas. Em alguns casos, temperatura vai diminuindo até impedir por

provocam vendavais, chuvas fortes e granizo. completo a evaporação, dando origem à

• A Escala Saffir-Simpson avalia a intensidade condensação. Quando o ar está saturado de

dos furacões. Varia da “categoria” 1 a 5. N vapor, a água forma gotículas que se juntam,

formando gotas maiores, e voltam à superfície

TORNADOS terrestre: é a precipitação.

• Menores que os ciclones tropicais, os tornados

(ou Twister) são centros ciclônicos que se UMIDADE ATMOSFERICA

formam nas áreas continentais com diâmetro • É a quantidade de vapor-d’água existente numa

geralmente inferior a 2 km e ventos que determinada porção da atmosfera. A umidade

podem atingir mais de 400 km/h. Quando atmosférica depen- de de vários fatores, tais

atingem, ou esporadicamente ocorrem sobre como: temperatura, superfície, altitude e ventos.

mares, provocam chuvas fortes e localizadas • Umidade absoluta: quantidade absoluta de vapor-

(trombas-d ́água). d’água existente numa certa porção da

• A Escala Fujita avalia a intensidade dos atmosfera.

tornados. Varia de 0 (Fujita F0 – abreviado) a 5 • Ponto de saturação: quantidade máxima de

vapor-d’água que uma determinada porção da

atmosfera pode conter.

• Umidade relativa: relação entre umidade absoluta

e ponto de saturação, expressa em porcentagem.


CONDENSAÇÃO TIPOS DE NUVENS

• Ocorre quando o ponto de saturação é

atingido. A condensação pode ocorrer em

vários níveis, recebendo os nomes de orvalho,

geada, neblina e nuvem.

ORVALHO

• Corresponde à condensação efetuada na

superfície, ao anoitecer, principalmente

quando o vapor-d’água, em contato com CHUVA

superfícies frias, condensa. Também é • É a precipitação de gotas-d’água, oriundas da jun-

denominado sereno ou rocio. ção de gotículas que formam as nuvens. Há três

tipos fundamentais:

GEADA

• não corresponde à condensação, uma vez que 1. CHUVA FRONTAL

é o orvalho congelado. Os principais indícios de • É causada pelo encontro de uma massa fria com

que possa ocorrer geada são noite fria, outra quente e úmida, típicas das latitudes médias,

ausência de nuvens e vento. como as de inverno no Brasil Meridional.

NEBLINA 2. CHUVA DE CONVECÇÃO

• É o fenômeno de condensação de vapor- • É provocada pela intensa evaporação e pelo

d’água próximo da superfície terrestre – consequente resfriamento em virtude da ascensão

corresponde a nuvens muito baixas. Está do ar úmido, fenômeno que ocorre nas zonas

relacionada a variações térmicas diurnas. equatoriais e no verão do Centro-Sul brasileiro.

Pode ser denominada de nevoeiro ou cerração.

CHUVA OROGENICA, OROGRÁFICA OU RELEVO

NUVEM • É provocada pela intensa evaporação e pelo

• É o resultado do vapor-d’água condensado e consequente resfriamento em virtude da ascensão

em suspensão na atmosfera, sendo núcleos do ar úmido, fenômeno que ocorre nas zonas

de condensação. equatoriais e no verão do Centro-Sul brasileiro.


Recursos hídricos
ÁGUAS CONTINENTAIS ÁGUAS CONTINENTAIS DO BRASIL
• As águas continentais são aquelas situadas na • O Brasil é um país rico em águas continentais. O
superfície e no subsolo dos continentes. Através País detém 12% de todas as águas doces do
do ciclo da água – o ciclo hidrológico –, toda água Planeta, concentradas em grandes bacias
do Planeta é “naturalmente reciclada”. hidrográficas, principalmente na Amazônica e

Platina, e em aquíferos, onde se destacam o


CRISE HÍDRICA Guarani e o Alter do Chão
• Apenas 2,5% de todas águas do planeta são

doces, sendo a distribuição irregular. A maior DEMANDA PELAS ÁGUAS


parcela das águas doces está nas geleiras – nos • Separando as demandas hídricas (os usos) por
polos e altas montanhas – (68,9%) e nos lençóis e seto- res, segundo a ONU, verifica-se que: 70% das
aquíferos – águas subterrâneas – (29,9%). águas são usadas na agropecuária, principalmente
Somente 1,2% das águas doces são de mais fácil em irrigação; 22% pelas indústrias; e 8% nos
acesso, nos rios, lagos, umidade do solo e das domicílios.
chuvas, e também apresentam áreas de maior e

menor concentração. DIVISÃO DAS ÁGUAS CONTINENTAIS


• Então, além de a menor parcela das águas do 1. Geleiras: As geleiras ou glaciares são a maior
Planeta ser doce e estar irregularmente reserva de águas doces. Estão concentradas nas
distribuída, a crise envolvendo o abastecimento regiões polares ártica e antártica, onde existem
de água doce vem do aumento da demanda (do camadas de gelo com mais de 3.000 metros de
consumo) em razão do crescimento demográfico espessura.
e das produções, situação agravada pela poluição 2. Lençóis freáticos e aquíferos: As águas
e desperdício. superficiais podem infiltrar nas camadas do solo e

nas rochas mais profundas, formando lençóis e


SOLUÇÃO OU AMENIZAÇÃO DA CRISE aquíferos.
• uso racional, preservação das matas

(principalmente das ciliares), reuso e controle da

poluição; em alguns casos, passa pela

dessalinização das águas dos mares e oceanos,

mas essa é uma alternativa ainda cara.


Relevo Rochas
MINERAIS E ROCHAS
• Quando estão em sua forma de magma (rocha
• DEFINIÇÕES
fundida) no subsolo, os minerais estão um pouco
1. Minerais: substâncias inorgânicas encontradas
mais fluidos e conseguem se mover e se organizar
na natureza, com propriedades físicas e
com mais tempo. Isso vai resultar em rochas com
químicas definidas. Os principais minerais são:
diferentes minerais, que consigam se acumular e se
feldspato, anfibólios, piro- xênios, quartzo e
organizar em uma aparência mais heterogênea, com
mica.
os minerais bem aparentes (com uma granulação
2. Rochas: agregados de dois ou mais minerais.
mais grossa).
3. Pedra: designação popular para as rochas. O
• Essas rochas, com origem na cristalização do magma
termo pedra também é usado para fragmentos
ainda no subsolo e em temperaturas acima de 500 °C,
de rochas.
são conhecidas como rochas ígneas intrusivas. E
4. Minério: mineral ou rocha com aproveitamento
assim vão ser formados os granitos, por exemplo:
econômico (exemplo: minério de ferro).

5. Jazida: localidade com grande concentração de

minérios. As jazidas também são chamadas de

bancos, depósitos, reservas, minas e campos.

• Já no caso dos resfriamentos e da cristalizações do


CLASSIFICAÇÃO DAS ROCHAS
magma (lava) de uma atividade vulcânica, que
• De acordo com a origem (gênese), as rochas
acontecem de forma muito mais imediata e em
podem ser classificadas em:
superfície, não há tempo suficiente para os minerais
1. magmáticas;
serem organizados. Então, quando o resfriamento da
2. sedimentares;
lava dá origem a uma rocha com uma aparência mais
3. metamórficas.
homogênea e com granulação mais fina, temos por

exemplo o basalto. Essas rochas são classificadas


ROCHAS ÍGNEAS OU MAGMÁTICAS
como rochas ígneas extrusivas.
• Resultado do resfriamento do magma que vai

fazer os seu minerais cristalizarem. Esse

processo de resfriamento não acontece apenas

em superfície, também ocorre nas profundezas

da crosta e no manto superior.


ROCHAS SEDIMENTARES ROCHAS METAFÓRICAS
• São rochas que passaram por um processo de 1. São rochas que vão ser submetidas a um processo
erosão natural pela ação dos rios, ventos, de de muita pressão e temperatura. Mais pressão e
desmoronamentos, da formação e do temperatura do que as rochas sedimentares são
derretimento de geleiras, de atividades expostas e menos do que as rochas ígneas. Esse
biológicas, marinho-costeiros, das chuvas e do processo acontece quase totalmente com as
intemperismo que as rochas sofrem. Após a rochas no estado sólido, no qual os seus minerais
erosão, fragmentos menores da rocha foram são cristalizados em uma forma mais estável.
acumulados em sedimentos e, em algum 2. O metamorfismo acontece na interação de
momento, a pressão ou a alta temperatura fez fatores: calor, pressão, fluidos e tempo. A
com que esse sedimento voltasse a ficar de interação entre esses fatores, a rocha de origem e
forma mais agregada. o ambiente de metamorfismo vão resultar em
• As rochas sedimentares vão ter características diferentes formações de rochas metamórficas.
relacionadas com a rocha de origem, do Uma das características marcantes nas rochas
tamanho dos fragmentos de rochas que foram metamórficas é a presença de dobras geológicas,
erodidas e do ambiente de formação. Isso resultado de tanta pressão e alta temperatura por
também inclui partes de plantas e animais. E tanto tempo.
por isso as rochas sedimentares contribuem

para conhecer ecossistemas antigos e datar as CICLO DAS ROCHAS


formações rochosas com os seus fósseis, ou

mesmo, jazidas de carvão e petróleo.

• As formações das rochas sedimentares

seguem uma sequência, que pode ser resumida

em:

1. Intemperismo dos minerais das rochas

2. Erosão da rocha;

3. Transporte dos fragmentos erodidos da rocha;

4. Sedimentação em depósitos sedimentares

5. diagênese, consolidação dos sedimentos


Placas tectônicas
E estrutura da terra

CAMADAS E ESTRUTURA INTERNA DA TERRA • O manto detém 68,3% da massa da Terra (a crosta,

• O interior da Terra é uma estrutura 0,7, e o núcleo, 32,7%) e é formado

estratificada, constituída basicamente por predominantemente por material magmático

três camadas: núcleo, manto e crosta. (magma). O material magmá- tico do manto

apresenta correntes de convecção, responsáveis

NÚCLEO na astenosfera pelo deslocamento das placas que

• É a porção central da Terra, também compõem a crosta – as placas tectônicas.

denominada Nife, por ser constituída de

principalmente de ferro e níquel. O núcleo ASTENOSFERA

terrestre corresponde a 1/3 da massa do • Parte superior do manto onde ocorrem os

planeta e possui pressões até 3,5 milhões de movimen- tos que deslocam as placas tectônicas.

vezes maiores que a pressão da atmosfera –

daí a denominação barisfera (es- fera CROSTA

pesada). Estima-se que as temperaturas • A crosta terrestre ou litosfera é o envoltório

variem entre 6.900 °C no núcleo interno e 4.800 externo da Terra, com espessura

°C no núcleo externo. proporcionalmente semelhante à casca de uma

• Pelo fato de o ponto de fusão dos minerais maçã. Consiste em uma fina camada de rochas

variar de acordo com a pressão e a menos densas que o manto subjacen- te, do qual

temperatura, o núcleo interno é sólido e o derivou por meio de um complexo processo que

núcleo externo é líquido, com fluidez maior que durou milhões de anos.

a do magma existente no manto. • Há dois tipos de crosta: a continental, que forma os

continentes, e a oceânica, que constitui o assoalho

MANTO dos oceanos.

• É a camada intermediária entre o núcleo e a

crosta, podendo ser subdividido em manto

inferior, zona de transição, manto superior e

astenosfera, no sentido do núcleo para a

crosta.
AGENTES INTERNOS DO RELEVO AREAS DE DIVERGÊNCIA

• Correspondem a forças que atuam no interior ou • Áreas de afastamento das placas onde ocorre

abaixo da crosta terrestre. Os agentes internos ou intensa atividade vulcânica. Nessas áreas, o magma

endógenos são: vulcanismo, tectonismo e abalos que está sob pressão no manto é constantemente

sísmicos. expelido.

TECTONISMO

• São movimentos internos verificados no interior da

crosta terrestre que influenciam nas formas de

relevo.

• Entre os movimentos tectônicos (ou diastróficos),

distinguem-se dois tipos: epirogenéticos e • As áreas de divergência são consideradas constru-

orogenéticos. tivas. No fundo dos oceanos existem áreas de

• Os movimentos tectônicos epirogenéticos atingem divergên- cia onde o acúmulo de material

áreas de dimensões continentais, motivados por magmático originou as cordilheiras meso-oceânicas

forças verticais e não alteram as estruturas ou dorsais.

rochosas. Suas principais consequências são as

regressões e as transgressões oceânicas. DORSAIS OCEÂNICAS

• Os movimentos tectônicos orogenéticos • As dorsais oceânicas são grandes cadeias de

apresentam amplitude restrita, porém atuam em montanhas submarinas que ocorrem nas áreas de

todas as pla- cas, o que resulta em profundas divergência tectônica. Essas concepções evidenciam

deformações da crosta, originando montanhas pelo que os fundos oceânicos são recentes e estão em

dobramento e falhamento. Ocorrem em breves e constante processo de expansão.

nítidos períodos, separados por longos espaços de • Por ocuparem áreas praticamente no centro das

estabilidade. bacias oceânicas, as dorsais também são chamadas

de cordilheiras meso-oceânicas.
SUBDUCCAO

• Locais em que as placas se chocam, com a mais

densa mergulhando sobre a menos densa até

sofrer fu- são e se incorporar ao material do

manto. A subducção normalmente ocorre com o

mergulho de uma placa oceânica (mais densa)

sob outra continental (menos densa). As zonas

de subducção são consideradas destrutivas.

TRANSCORRENTE
• As áreas com subducção, ocorrem fortes terre- • No caso dos movimentos tectônicos
motos, dobramentos com a formação de transcorrentes, uma placa desliza lateral à outra.
cordilheiras, fossas oceânicas e vulcanismos. Também chamados de movimentos

transformantes, nessas áreas, grosso modo, não


OBDUCCAO há vulcanismo nem a formação de monta- nhas,
• Áreas em que uma parte da crosta oceânica é por isso movimentos ditos conservativos. Porém,
arrastada para cima de uma porção da crosta nas áreas com movimentos transcorrentes são
continental. Também pode ocorrer no choque de comuns terremotos, muitos de grande magnitude.
duas placas continentais. Na obducção acontece

o cavalgamento de uma placa sobre outra ou

grandes enrugamentos na crosta – originando

montanhas e terremotos. Nos casos de obducção

não são verificadas abundantes áreas de

vulcanismos, sendo a cordilheira do Himalaia o

exemplo mais típico desse processo tectônico.


''

Relevo II
Agentes externos

• Os agentes externos são: intemperismo, águas MANTO DE INTEMPERISMO

correntes, oceanos, ventos, geleiras e seres • A camada superficial da crosta que sofre a ação do

vivos. intemperismo denomina-se manto de intemperismo

ou regolito ou solo arável.

INTEMPERISMO

• É a ação de agentes mecânicos, químicos e ENXURRADAS

biológicos sobre as rochas e minerais da • São formadas durante e após as chuvas. Pela sua

superfície terrestre, tendo como produto final ação, há formação das ravinas nas encostas e

a formação do manto de intemperismo. depósitos de sedimentos nas partes baixas.

• O intemperismo pode ser físico e químico. • As enxurradas formam-se com maior frequência nas

áreas montanhosas, onde a declividade seja

INTEMPERISMO FÍSICO acentuada pela menor infiltração de água. Outros

• O intemperismo físico é o resultado de ação fatores podem determinar a maior ou menor

mecânica, desagregando as rochas intensidade das enxurradas, tais como vegetação,

gradualmente em partículas, pela variação de permeabilidade do solo, regime pluviométrico..

temperatura ou pela ação de gelo e degelo. No • As voçorocas (ou boçorocas) são grandes valas ou

intemperismo físico, as rochas sofrem ravinas abertas pelas águas pluviais. As formações

alterações de tamanho e forma, sem alterarem das voçorocas é favorecida em áreas com solos

sua estrutura química. arenosos e altos índices pluviométricos. Práticas

inadequadas de agricultura e o desmatamento

INTEMPERISMO QUÍMICO contribuem para a formação dessas erosões.

• O intemperismo químico (ou químico-biológico) é

a ação dos fenômenos químicos da água por TORRENTES

meio da umidade atmosférica, de agentes • São enxurradas em áreas montanhosas, ocasionadas

biológicos e seus produtos orgânicos. Assim por chuvas torrenciais ou degelo, que podem ser

como o intemperismo físico, o intemperismo violentas e devastadoras.

químico pode ocorrer em qualquer su- perfície

continental, porém é predominante nas regiões

de climas úmidos e quentes.


DESLIZAMENTO DE ENCOSTAS • A acumulação ocorre ao longo do curso médio e

• As encostas (vertentes ou escarpas) dos inferior, uma vez que o declive do curso é

relevos acidentados, como montanhas e serras, menos acentuado, em seu leito, em suas

são suscetíveis ao deslizamento margens e também em sua foz.

(escorregamento, avalanche, desabamento, • O resultado do trabalho de acumulação são as

avanço, rastejo, ou ainda, creep) de materiais, planícies aluvionais e os meandros.

como solos e rochas decompostas. Os

deslizamentos são naturais e mais comuns nos TRABALHO DOS OCEANOS

locais chuvosos, podendo ser também causados 1. EROSÃO: A erosão ocasionada pelos oceanos

ou acelerados por ações humanas (antrópicas), denomina-se abrasão e se realiza por meio das

como desmatamentos e construções vagas que, ao se chocarem com as rochas,

irregulares. destroem-nas. Se a costa é alta, surge a falésia

ou penedia, que nada mais é do que um

RIOS paredão abrupto muitas vezes denominado de

• São um dos principais agentes de relevo costão.

externos por meio da erosão, transporte e 2. ACUMULAÇÃO: O trabalho de acumulação pelos

acumulação. sedimentos determi- na a formação de praia,

• A erosão fluvial pode ser vertical e horizontal. restinga, tômbolo, ilha e recife.

• A erosão vertical é aquela verificada em seu

próprio leito, predominando em curso superior RESTINGA

e geralmente mais intensa na fase de • Também denominada cordão litorâneo, é a

juventude. acumu- lação fluviomarinha feita pelas

• A erosão horizontal ou erosão laminar é aquela correntes costeiras nas entradas das baías.

verificada em suas vertentes. Essas baías ficarão ligadas ao oceano por

• O transporte dos sedimentos ocorre por três pequena passagem, formando, então, uma

processos: em suspensão, por rolamento e em lagoa costeira ou laguna.

solução.
TÔMBOLO

• Também denominado linguado, é a sedimentação

marinha que une uma ilha ao continente,

formando um pequeno istmo.

VENTOS (AÇÃO EOLICA)

1. DEFLAÇÃO: Consiste no trabalho de os ventos

“varrerem” uma superfície, retirando até mesmo

seixos.

2. CORRASAO: Também denominada de corrosão,

consiste no tra- balho de os ventos atirarem

partículas contra as rochas, muitas vezes, de

forma violenta.
Solos
SOLOS • O material orgânico, ou parte biológica, é

• Os solos constituem a parte mais superficial da represen- tado pelo acúmulo de dejetos animais

crosta terrestre. São formados por rochas e vegetais (folhas, galhos, frutos, excrementos,

degradadas (produto final do intemperismo/ animais mortos) e pelo hú- mus. O húmus (ou

meteorização) e por material orgânico. humo) é a parte orgânica dos solos pronta para

• O estudo dos solos é realizado pela pedologia. ser absorvida pelas plantas e oriunda dos

Outro ramo, a edafologia, preocupa-se com o solo processos de decomposição realizado por

arável ou agrícola (estrato mais “produtivo” e micróbios e das fezes das minhocas.

indicado para os vegetais).


LATOSSOLOS E LITOSSOLOS

COMPONENTES DO SOLO • Os solos profundos constituem os latossolos,

• Os solos representam um segmento abiótico de comumente maduros, férteis e encontrados

suporte à vida, sendo essencialmente formados em áreas planas com climas úmidos

por minerais, acrescidos de material orgânico, (temperados e tropicais).

água e ar. Na constituição de um solo, de modo • Os solos rasos, denominados litossolos, em geral

geral, são encontrados 46% de mi- nerais, 4% de são jovens, pouco férteis e encontrados em

material orgânico, 25% de ar e 25% de água (sendo áreas acidentadas e de clima seco.

as quantidades de água e ar bastante variáveis).

• As partículas minerais são originadas a partir do HORIZONTES DO SOLO

intemperismo das rochas e pelos processos de

deposição de sedimentos. Ocorrem em variados

tamanhos de grãos, como argilas, siltes, areias,

cascalhos e matacões (pedregulhos). As argilas,

partes minerais de menor tamanho (menor

granulometria), são as mais importantes, sendo

onde as raízes realizam a retirada de importantes

nutrientes como o cálcio e o potássio.


• Horizonte O: é a parte superior de um solo, apresentando matacões, ou seja, porções ainda não

constituída pelos materiais orgânicos inconsolidadas de rochas. Esse horizonte não

depositados, pouco ou não decompostos apresenta materiais orgânicos e é também

(denominada serapilheira). Tem coloração denominado regolito.

escura, é bem aerado, iluminado e suscetível a • Horizonte R: camada profunda, correspondente

grandes variações de umidade. Esse horizonte à crosta terrestre. É a rocha mãe ou matriz

aparece em alguns trabalhos subdividido entre O sem traços de decomposição, ou seja,

(superior) e H (inferior). consolidada. Em alguns trabalhos é apontado

• `Horizonte A: é o solo propriamente constituído como horizonte D.

(ou solum) de minerais decompostos e material

orgânico. Camada rica em húmus e ocupada por FORMAÇÃO DO SOLO (PEDOGÊNESE)

raízes, minhocas, formigas e micróbios. É a

fração dos solos com condições de fixação dos

vegetais, condições edáficas, por isso

denominada de solo arável ou agrícola. Esse

horizonte aparece em alguns trabalhos

subdividido entre A1 (superior e com grande

riqueza orgânica) e A2 (inferior e

predominantemente mineral). • As rochas determinam a parte mineral, mais

• Horizonte B: é uma camada de areias finas e abundante e primordial dos solos. Quando o solo

argi- las, onde o material orgânico está reduzido é formado pelas rochas locais, é denominado

a traços ou mesmo é inexistente. O material eluvial. Quando é formado por material

constituinte pode ser denominado barro e sedimentado trazido de outras localidades pelos

corresponde ao subsolo atingido apenas pelas agentes erosivos, é denominado aluvial.

raízes mais profundas. É também um horizonte

de rochas locais (eluvial), em alguns trabalhos SOLOS EM DESTAQUES NO BRASIL:

tendo a parte superior chamada horizonte E. 1. Aluvião: solos presentes nas planícies e várzeas

• Horizonte C: é formado pelas rochas de maior fluviais, como as dos rios Amazonas, Araguaia e

profundidade que estão em decomposição São Francisco.


São bastante aproveitados em lavouras de SOLOS DE OUTRAS PARTES DO GLOBO

policultura para subsistência. Com destaque para os 1. Loesse (ou Loess): solo abundante nas planícies

vazanteiros do vale do rio São Francisco, que do nordeste chinês e importante no cultivo de

aproveitam os períodos de vazante do rio para vários alimentos, com destaque para o arroz

cultivar alimentos. São formados a partir dos sedi- (rizicultura).

mentos depositados pelas cheias dos rios, sendo 2. Podzol: é o solo encontrado nas florestas frias

azonais, em geral rasos ou pouco profundos e (temperadas e de coníferas) do hemisfério

aluviais. Norte (Canadá, norte europeu e Rússia

2. Massapé (ou massapê): é o solo muito fértil que central). É muito fértil, empregado em

caracteriza a Zona da Mata Nordestina. Teve grande plantações e pastagens. É um solo zonal,

aproveitamento nos ciclos da cana-de-açúcar e do profundo e eluvial.

cacau. O massapé é derivado da decomposição de 3. Tchernozion: também denomi- nado de terra

calcário e gnaisse. Corresponde a um solo zonal, negra, é um solo fértil presente com destaque

profundo e eluvial. na Ucrânia (com grandes amostras também

3. Salmourão: é o solo com maior uso agrícola no na Rússia e Ásia central). É amplamente usado

Brasil, tendo destaque nas culturas de arroz, em planta- ções de cerais, como a aveia e o

laranja, trigo e soja. Ocorre principalmente nas trigo.

regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul. 4. Tundra: é o solo das periferias do círculo polar

4. Terra preta do índio (TPI): são manchas de solos ártico, ocorrendo nas latitudes de até

muitos férteis, ricos em húmus, encontrados na aproximadamente 75° Norte. Só apresenta

floresta amazônica, empregados em roças tropicais condições para o de- senvolvimento de

de subsistência por índios e outros habitantes da vegetais no verão, quando ocorre o degelo e

região. surgem as formações da tundra (musgos,

5. Terra roxa (ou massapé vermelho): solo liquens e gramíneas).

encontrado nas porções ocidentais de São Paulo e

Paraná e no sul do Mato Grosso do Sul. Teve

destaque nas plantações do ciclo do café. É muito

fértil e oriundo da decomposição de rochas


Vegetações
CLASSIFICAÇÃO QUANTO A UMIDADE 1. intertropicais (equatoriais e tropicais úmidas)

1. Higrófitos – que se adaptam bem a ambientes 2. Temperadas

de elevada umidade (quando relacionadas a 3. De coníferas

chuvas abundantes, florestas higrófitas são

também chamadas de pluvial ou ombrófilas); FLORESTAS EQUATORIAIS E TROPICAIS ÚMIDAS

2. Tropófitos – os que se adaptam a ambientes • Desenvolvem-se em áreas quentes e de precipitação

que alternam períodos úmidos e secos; abundante o ano todo (médias térmicas e

3. Xerófitos – os que se adaptam a períodos de pluviométricas anuais, respectivamente, acima de 20

pouca umidade. °C e 2.000 mm). Essas condições promovem o rápido

crescimento das árvores e um esforço violento de

QUANTO AS FOLHAS sobrevivência.

1. Latifoliadas – vegetais que têm folhas largas • São dominadas por árvores verdes de folhas largas e

para facilitar a fotossíntese e a transpiração – queda/reposição contínua – latifoliadas e perenifo-

típicos de áreas quentes e úmidas; liadas. Possuem grande variedade de espécies e, por

2. Aciculifoliadas – vegetais de folhas isso, são consideradas como os ecossistemas de

pontiagudas, que reduzem a transpiração – maior biodiversidade do planeta.

típicos de áreas temperadas; • A grande biomassa dessas florestas não é alimen-

3. Perenifólios vegetais que não perdem as tada por solos férteis. Na verdade, tais solos são

folhas ao longo do ano,possuem folhagem fortemente lixiviados e, portanto, ácidos. Há,

persistente, sendo“sempre verdes”; contudo, um ativo sistema de decomposição orgânica

4, Caducifólios (ou decíduos) – são os que perdem que gera um ciclo de nutrientes fechado que

folhas em períodos frios ou secos do ano. sustenta a floresta.

FLORESTAS TEMPERADAS

GRANDES FORMAÇÕES VEGETAIS • Nessas florestas, encontram-se árvores com mais

• Constituem a mais pujante formação de 100 metros de altura (sequoias). Apresentam

florística, onde há predomínio de árvores muitos elementos caducifoliados (com queda das

(segmentos arbóreos). Os princi- pais tipos de folhas no inverno) e grande uniformidade vegetal –

formações florestais são: já com a presença de pinheiros.


• São típicas dessa categoria as matas do • savana – nos EUA e na África Central;

Mediterrâneo, as florestas da Califórnia e da • cerrado – no Brasil;

Austrália e a Mata das Arau- cárias, com o • lhano – na Venezuela;

pinheiro-do-paraná (Araucaria angustifolia), • parque – na África Oriental;

uma conífera (gimnosperma) que pode • chaparral – no México;

atingir até 30 metros de altura, e a erva-mate • bosque – no Sudão;

(Ilex paraguariensis). • jângal – na Índia;

• Essas florestas são muito exploradas • bush – na Austrália.

economicamente.

FORMAÇÃO DE HERBÁCEAS

FLORESTAS DE CONÍFERAS • Correspondem à vegetação rasteira, gramas e

• Ocupam vastas áreas da América do Norte e pequenos arbustos e recebem vários nomes:

da Eurásia, sobretudo entre as latitudes 45° e • estepe – em áreas de climas áridos e semiáridos

75° Norte. As condições climáticas são da Federação Russa;

rigorosas, com invernos frios, verões curtos e • pampa – na Argentina, no Uruguai e no Rio

estação de chuva baixa. Grande do Sul;

• Em grande parte, as árvores são perenes, • campo – no Brasil;

dominando espécies como abeto, pinheiro e • pradaria – nos EUA;

abeto vermelho. • down – na Austrália;

• Os ramos são flexíveis para sofrer a queda da • puszta – na Hungria.

neve pesada, e as folhas pequenas, em forma

de agulha, reduzem a transpiração durante o FORMAÇÃO DE XEROFÍTICAS

inverno. • São formados típicas de regiões onde existe

escassez de umidade. Nessas regiões, verifica-

FORMAÇÃO DE ARBUSTIVAS se a predominância de cactáceas. Recebem

• Constituem um tipo intermediário entre diversos nomes, como:

florestas e her- báceas. São formações • Caatinga: sertão nordestino

vegetais encontradas nas regiões in- • Puna: deserto Atacama

tertropicais, com uma vegetação de arbustos

intercalados com campos


FORMAÇÕES DOS ALAGADIÇOS VEGETAÇÃO ORÓFILA

• Correspondem às tundras das regiões árticas • Os segmentos rasteiros e arbustivos das altas

e aos mangues nos litorais lodosos de regiões mon- tanhas (entre 2 000 a 3 000 metros)

intertropicais. constituem as vegetações orófilas.

• Nas regiões próximas do círculo polar Ártico, o

degelo que ocorre no verão permite o VEGETAÇÃO MEDITERRÂNEA

surgimento da tundra, cobertura vegetal de • Nas áreas de clima mediterrâneo, com verões

vida curta (efêmera), formada por musgos, secos e invernos chuvosos, aparece uma

liquens e gramíneas. No domínio polar sul vegetação caracterizada por arbustos e

(Antártica), praticamente não existe pequenas árvores espalhadas (esparsas). Suas

vegetação. principais ocorrências estão na orla do mar

Mediterrâneo e na Califórnia estadunidense.

VEGETAÇÃO HALÓFITA • A vegetação mediterrânea é comumente

• Composta por vegetais adaptados em meios chamada maquis e garrigues.

de elevada salinidade. São vegetais dos

manguezais, das praias e restingas

MATA CILIAR

• Vegetação composta por vegetais de médio e

grande porte, situada às margens de rios

tropicais, também denominada mata de

várzea ou mata-galeria.

• As matas ciliares são vitais para os cursos

fluviais.

• Elas regulam o escoamento superficial

(mantendo a umidade e abastecendo as

nascentes), filtram sedi- mentos evitando o

assoreamento, evitam a erosão das margens

e controlam o fluxo dos rios nas enchentes.


Clima e hidrografia
Do Brasil

CLIMAS BRASILEIROS 1. A massa equatorial continental (mEc), quente e


• Grande parte do território brasileiro está úmida, tem seu centro de origem na Amazônia e
situada predominantemente num exerce grande influência na Amazônia Ocidental,
ambiente intertropical. Em decorrência ocasionando chuvas de convecção durante todo o
desse fato, os climas brasileiros são ano. Durante o ve- rão, essa massa se expande,
predominantemente quentes e úmidos, podendo cobrir grande parte do território
com as seguintes características: brasileiro, ocasionando aguaceiros (chuvas fortes
• temperaturas médias superiores a 18oC; e passageiras).
• amplitude térmica anual inferior a 6oC; 2. A massa equatorial atlântica (mEa), quente e
• diferenças de estações caracterizadas pelo úmida, é originária dos Açores (anticiclone).
regime pluviométrico; Domina a Amazônia Oriental e parte do litoral do
• circulação atmosférica controlada pela Nordeste, atuando com intensidade no verão do
Zona de Convergência Intertropical (ZCIT); hemisfério Sul.
• baixas pressões equatoriais (doldrums) ; 3. A massa tropical continental (mTc), quente e seca,
• ventos alísios; tem seu centro de origem na Depressão do Chaco.
• altas pressões subtropicais. Atua principalmente no Centro-Oeste,
• Também a maritimidade, a continentalidade determinando estiagem durante o inverno.
e a altitude influenciam nos climas 4. Massa tropical atlântica (mTa), quente e úmida, é
brasileiros. originária do anticiclone de Santa Helena, nas

proximidades do Trópico de Capricórnio, no oceano


MASSAS ATMOSFÉRICAS Atlântico. Atua no litoral da região Sul, Sudeste e
• Cinco são as massas que atuam com maior parte meridional da Nordeste. Normalmente, por
intensidade sobre o território brasileiro: movimentar-se no sentido descendente
massa equatorial conti- nental (mEc), (subsidência), não ocasiona chuvas. Porém,
massa equatorial atlântica (mEa), massa durante o verão, essa massa é responsável pela
tropical continental (mTc), massa tropical elevada precipitação registrada no litoral oriental
atlântica (mTa) e massa polar atlântica (que abrange parte do litoral das regiões Sudeste
(mPa). e Nordeste).
• A massa polar atlântica (mPa), também HIDROGRAFIA BRASILEIRA

denominada de massa polar antártica, é fria e RIOS

úmida, tendo seu centro de origem no sul da A rede hidrográfica brasileira apresenta as seguintes

Argentina (Patagônia). Atua com maior características:

intensidade durante o outono e o inverno. 1. riqueza em rios;

Atinge com maior frequência a região Sul, 2. pobreza em formações lacustres (lagos);

porém pode estender-se pelo litoral até a 3. organização feita por três grandes divisores de

porção meridional do litoral nordestino. Em água: a cordilheira andina, o planalto Central e o

casos excepcionais, desloca-se em direção à planalto das Guianas;

Amazônia Ocidental. 4. dificuldade de identificação dos divisores de água

nas áreas de relevo aplainado;

CLASSIFICAÇÃO CLIMÁTICA 5. bacias exorreicas com rios de drenagem aberta para

1. Clima equatorial úmido e equatorial semiúmido o oceano Atlântico, devido à barreira andina e à

– compreende a maior parte da região Norte e ausência de depressões absolutas;

a porção setentrional da região Centro-Oeste. 6. predomínio de rios perenes (os rios intermitentes

2. Clima tropical: também denominado de clima são encontrados nos domínios do clima semiárido);

tropical semiúmido, abrange grande parte da 7. predomínio de foz do tipo estuário (somente os rios

região Centro-Oeste e porções das regiões Amazonas e Parnaíba terminam em deltas);

Nordeste, Sudeste e Norte. 8. predomínio de rios planálticos com grande potencial

3. Clima semiárido: compreende o polígono das hidráulico;

senas 9. rios navegáveis afastados das regiões mais

4. Clima tropical de altitude – abrange porções desenvolvidas;

das regiões Sudeste, Sul, Centro-Oeste e parte 10. regime pluvial tropical com cheias no verão austral.

do Norte. IBGE

5. Clima subtropical: abrange toda a região sul e

porções das regiões sudeste e centro oeste


BACIAS HIDROGRÁFICAS • A grande maioria dos rios da bacia Amazônica
• O Brasil é constituído por 10 bacias que, em vem do planalto das Guianas (margem esquerda)
virtude da disposição do relevo brasileiro, ou do planalto Central (margem direita), por isso
apresentam divisores de água descontínuos e são enca- choeirados e responsáveis pelo
de altitudes modestas. Por isso a dificuldade em potencial hidrelétrico dessa bacia (o maior
delimitá-las, o que resulta em divergên- cias na “disponível” no Brasil).
identificação dessas bacias. Todas são • O regime da bacia Amazônica é complexo, con-
exorreicas e podem ser agrupadas em bacias tribuindo para suas cheias as chuvas que caem
independentes e secundárias. sobre os afluentes da margem esquerda,

situados no hemisfério Norte, e as chuvas e


BACIAS INDEPENDENTES derretimentos de geleiras dos afluen- tes da

margem direita, no hemisfério Sul. As cheias


1. BACIA AMAZONICA ocorrem em março e abril, consequência das
• É a maior bacia hidrográfica do globo e drena chuvas de outono que caem sobre os afluentes
aproximadamente 45,6% das terras brasileiras. A da margem direita; quando há interferência com
bacia Amazônica banha os seguintes estados: as cheias dos afluentes da margem esquerda, o
Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, débito máximo é registrado em junho.
Rondônia e Roraima. Comunica-se com a bacia

do Orinoco através de vários canais, entre os BACIA DO TOCANTIS-ARAGUIA


quais o de Cassiquiare, e com a bacia do • É a maior bacia hidrográfica genuinamente
Paraguai por pequenos rios na região das brasileira. Também denominada de bacia do
“águas emendadas” (nordeste de Mato Grosso). Tocantins-Araguaia, abrange os estados de Goiás,
• O principal rio da bacia Amazônica é o Tocantins, Mato Grosso, Pará e Maranhão.
Amazonas. Nasce nos Andes peruanos, na • É formada pelo rio Tocantins e sua rede de
cordilheira de Vilcanota, com o nome de Ucayalli afluentes, dos quais se destaca o rio Araguaia.
e, com aproximadamente 7100 km, é considerado • A confluência dos rios Tocantins e Araguaia é
o maior rio do mundo, com aproximadamente 430 conhecida como Bico do Papagaio (TO), onde
quilômetros a mais do que o rio Nilo, que até 1970 ocorrem muitos conflitos fundiários.
era considerado o mais extenso do mundo.
BACIA DO SÃO FRANCISCO BACIA DO PARAGUAI

• Banha os estados de Minas Gerais, Bahia, • Banha os estados de Mato Grosso e Mato Grosso

Pernambuco, Alagoas e Sergipe. É uma bacia do Sul. É tipicamente bacia de planície, tendo como

tipicamente planáltica, com altitudes entre rio principal o rio Paraguai.

400 e 1000 metros, quedas-d’água no rio • O rio Paraguai nasce no estado de Mato Grosso,

principal e nos afluentes, possuindo potencial recebe vários afluentes e vai desaguar fora do

hidrelétrico aproveitável. Brasil, no rio Paraná.

• O rio São Francisco é o maior rio totalmente

brasileiro. Sua bacia hidrográfica é a BACIA DO URUGUAI

segunda maior totalmente no Brasil.— É • Banha os estados de Santa Catarina e Rio Grande

navegável entre Pirapora (MG) e Juazeiro do Sul, tendo como rio principal o rio Uruguai.

(BA), na divisa com Pernambuco, também no • O rio Uruguai é formado pela fusão dos rios

seu baixo curso, próximo à sua foz. Canoas e Pelotas. É um rio muito sinuoso,

• O rio São Francisco também é aproveitável principalmente no trecho em que seu curso serve

para a produção de energia e irrigação de de divisa entre os estados de Santa Catarina e

cultivos, destacando-se as frutas. Rio Grande do Sul, e em seu curso inferior é

navegável.

BACIA DO PARANÁ

• Banha os estados de Minas Gerais, Goiás, BACIAS SECUNDÁRIAS

Mato Grosso do Sul, São Paulo, Paraná e

Santa Catarina através do rio Iguaçu. BACIA DO AMAPÁ

• É uma bacia tipicamente de planalto, • É formada pelas bacias dos rios Oiapoque,

apresentando muitas quedas e corredeiras, Caciporé, Calçoene e Araguari, situados no estado

muitas delas sendo apro- veitadas para a do Amapá.

geração de energia elétrica. É a bacia

hidrográfica mais utilizada para a geração BACIA DO NORDESTE

de energia elétrica no país. • Abrange várias bacias hidrográficas situadas

• O rio Paraná, principal rio dessa bacia, é entre o leste do Pará e a foz do rio São Francisco,

considerado um dos maiores do mundo situada na divisa entre os estados de Alagoas e

Sergipe.
BACIA DO LESTE

• Compreende os rios situados entre os

estados de Sergipe e São Paulo (litoral

centro-norte). Entre os rios que formam

estas bacias, destacam-se: Vaza-Barris,

Jequitinhonha, Pardo, Doce e Paraíba do Sul.

BACIA DO SUDESTE DO SUL

• Formada pelos rios situados entre São Paulo

(litoral sul) e Rio Grande do Sul.

• Fazem parte dessas bacias os rios Ribeira,

Guaragua- çu, Itapocu, Itajaí-Açu, Tubarão,

Jacuí e Jaguarão.
GEOGRAFIA B
Demografia
EXPLOSÃO DEMORAFICA TEORIAS DEMOGRÁFICAS

• Desde o final da última glaciação do planeta • Thomas Malthus foi um pastor anglicano e

Terra (há cerca de 10.000 anos) até o século economista que viveu durante os impactos sociais e

XIX, a população do planeta possivelmente demográficos da 1a Revolução Industrial. Para ele,

nunca passou de 1 bilhão de habitantes, de existiria uma catástrofe no futuro da população

acordo com cálculos aproximados. Con- tudo, mundial, ele acreditava que a população cresceria

após a Revolução Industrial, a população em um ritmo muito acelerado e que o aumento da

global aumentou muito em um prazo de produção de alimentos não alcançaria o mesmo

tempo exigido. Esse fenômeno é chamado de ritmo, como resultado disso, em algum momento da

Explosão Demográfica. história, haveria mais pessoas do que alimentos.

• Contudo, muita coisa aconteceu desde a formulação

ÁREAS POPULOSAS da sua teoria, 2 revoluções industriais, 2 guerras

• Esse termo está relacionado com os países, mundiais, e a Revolução Agrícola. Fatores que

estados ou cidades que possuem grande criaram um novo cenário mundial e que

contingente populacional, também associado evidenciaram a mudança no crescimento

ao termo população absoluta. populacional e no aumento da produção de alimento

mundial.

ÁREAS POVOADAS • Ou seja, Malthus estava duplamente errado, pelo

• São países, estados ou cidades que possuem progresso tecnológico a produção agrícola superou o

elevada população por km2. Na maioria dos ritmo do crescimento demográfico, tornando mais

casos, possuem áreas pequenas e são raras as crises de fome, os limites à expansão da

Cidades-Estados população possuem razões econômicas e culturais, e

não ocorrem pela carência de alimentos

O BRASIL • No lugar da “catástrofe demográfica”, tem ocorrido

• O Brasil pode ser considerado um país muito uma desaceleração gradual do crescimento

populoso, pois tem mais de 213.000.000 milhões demográfico, que fica cada vez mais evidente por

de habitantes e pouco povoado uma vez que todo o globo, e o Brasil não é exceção.

tem aproximadamente 25 hab./km2.


TEORIA NEOMALTHUSIANA elevando o consumo de combustíveis fósseis,

• Com a Explosão Demográfica do período pós- necessitando uma agricultura com elevada

Se- gunda Guerra, alguns estudiosos e produtividade e abertura de novos espaços urbanos

governos atribuíram o crescimento para povoamento, o que atingiria diretamente

demográfico à pobreza das nações. Por isso, diversos biomas no planeta, havendo dessa forma a

era imperativo que os Estados controlassem as obrigato- riedade de controlar a natalidade,

ta- xas de natalidade e, mediante distribuição principalmente nos países mais pobres.

de métodos anticoncepcionais, fizessem

operações de vasectomia ou laqueaduras, em TEORIA REFORMISTA

alguns casos até de forma forçada. • A teoria reformista é uma teoria demográfica

• Um dos países que ficou famoso por essa que defende a ideia de que as altas taxas de

política foi a China que, no final da década de natalidade e o crescimento populacional não são

1970 até 2015, gerenciou a política do filho único a causa do baixo desenvolvimento

com êxito. socioeconômico dos países, mas sim o contrário.

• Atualmente na China, como os índices de Ou seja, segundo a teoria reformista, a condição

natalidade estão estáveis e a população está de subdesenvolvimento e a pobreza que acomete

cada vez mais idosa, o governo está a população são alguns dos principais motivos

flexibilizando a lei, contudo os resultados não para a existência de elevado número de

estão atingindo o esperado. Devido ao aumento nascimentos nesses territórios

do custo de vida da população, a competição

no mercado de trabalho, a melhoria nos níveis TAXAS DEMOGRÁFICAS

de informação da população, os chineses

continuam tendo no geral um único filho. TAXA DE FECUNDIDADE

• É uma estimativa de número médio de filhos que

TEORIA ECOMALTHUSIANA uma mulher tem em uma determinada área ou

• Essa linha de pensamento indica que o país até o final do seu ciclo reprodutivo.

crescimento elevado da população instiga a

exploração demasiada dos recursos naturais,


TAXA DE NATALIDADE CENSO DEMOGRÁFICO

• é o numero de nascimentos de uma determinada • Os censos demográficos ou recenseamentos

área ou pais geralmente apresentada por 1000 promovem a coleta, organização e divulgação

habitantes de informações sobre a população de uma

área ou país. De modo geral possuem

TAXA DE MORTALIDADE periodicidade decenal (de 10 em 10 anos). No

• É o número de nascimentos de uma determinada Brasil o responsável pelos censos

área ou país geralmente apresentada por 1000 demográficos é o Instituto Brasileiro de

habitantes. Geografia e Estatística (IBGE).

TAXA DE CRESCIMENTO VEGETATIVO OU NATURAL

• É a diferença entre o número de nascimentos e

mortes de uma determinada região ou país.

TAXA DE CRESCIMENTO POPULACIONAL

• Utiliza-se o crescimento vegetativo somado ao

saldo migratório, que pode ser positivo se tiver

recebendo mais imigrantes ou negativo se estiver

cedendo emigrantes.

TAXA DE MORTALIDADE INFANTIL

• É o número morte de recém-nascidos até um ano

de vida e em alguns casos até 5 anos.

TAXA DE MORTALIDADE PERINATAL

• Consiste no número de mortes de fetos ou

recém-nascidos até o final da primeira semana

de vida.
Demografia II
AS FASES DO CRESCIMENTO DEMOGRÁFICO PRIMEIRA FASE

• Na década de 20, o demógrafo Warren Thompson • Fase Pré-transição ou do equilíbrio primitivo

criou o Modelo de Transição Demográfica. Ao • Na Europa: Início da humanidade até o século

observar a realidade da Europa, Warren XVIII;

desenvolveu um modelo para servir de • No Brasil: Início da humanidade até meados dos

ferramenta teórica para a leitura, compreensão, anos 40;

interpretação e planejamento sobre a dinâmica • Altas taxas de natalidade e altas taxas de

do crescimento populacional mundial. mortalidade;

• Nesse modelo Thompson defendeu que as • Crescimento populacional bem baixo;

sociedades atravessariam um longo período de • A taxa de mortalidade ainda é muito alta por

transição, no qual chegariam em um crescimento causa da falta de técnicas de medicina, de

populacional baixo ou nulo, seja pelo alto índice de acesso ao atendimento médico, saneamento

natalidade e mortalidade ou pelo contrário, básico, boas condições de trabalho, segurança

teriam baixos valores de natalidade e alimentar, epidemias, guerras e conflitos;

mortalidade. • A taxa de natalidade também era alta pela

• Ou seja, teriam um número de nascimentos e ausência de conhecimento sobre planejamento

óbitos bem próximo, de forma que um valor familiar e métodos anticonceptivos, além disso,

“anularia” o outro na taxa de crescimento. Neste o trabalho no campo estava muito ligado ao

modelo, nas faixas de transição, a taxa de trabalho familiar e com isso as crianças e

natalidade cairia só depois das taxas de jovens eram integrantes da mão de obra para

mortalidade. trabalhos familiares;

• Populações concentradas no meio rural e não

em centros urbanos.

• Nessa fase, a pirâmide etária tem uma base

bem larga e um topo bem estreito


• A taxa de natalidade ainda se mantém no mesmo

patamar da fase anterior.

• Nesse balanço, a taxa de natalidade alta com taxa

de mortalidade baixa resulta em uma taxa de

crescimento populacional acelerado ou alto;

• Populações começam a concentrar-se e consolidar-se

em centros urbanos.

• Nessa fase, a pirâmide etária ainda tem uma base

SEGUNDA FASE larga e um topo estreito, mas existe um alargamento

• Fase aceleração demográfica ou do crescimento do meio para baixo.

acelerado

• Na Europa: século XVIII até final do século XIX;

• No Brasil: começa nos anos 40 e vai até os anos

70;

• Atualmente, alguns países encontram-se nesta

fase, entre eles a República do Níger, Somália,

Uganda e Haiti, por exemplo; TERCEIRA FASE

• Altas taxas de natalidade e redução das taxas de • Fase de desaceleração demográfica ou do

mortalidade; crescimento moderado

• Crescimento populacional bem alto. • Na Europa: final do século XIX até meados dos anos

• Está diretamente relacionado com o início da 1940; f No Brasil: dos anos 70 até os dias de hoje;

industrialização das nações; • Atualmente, a maior parte dos países

• A taxa de mortalidade está em um acelerado subdesenvolvidos industrializados ou países em

caso de redução em relação à fase anterior. Isso desenvolvimento, como Brasil, México e Índia, por

acontece por causa do surgimento do exemplo;

tratamento de doenças, aumento da produção • Altas taxas de natalidade, porém em redução;

alimentar, acesso aos tratamentos, melhores • Baixas taxas de mortalidade;

condições de vida e acesso ao saneamento • Crescimento populacional ou vegetativo ainda em

básico; alta;
• Altas taxas de natalidade, porém em • A taxa de natalidade ainda passa por redução

redução; em relação à fase anterior. O planejamento

• Baixas taxas de mortalidade; familiar se torna necessário, os métodos

• Crescimento populacional ou vegetativo anticonceptivos são amplamente usados e as

ainda em alta; crianças e jovens viram sinônimo de contas,

• Nessa fase, a pirâmide etária evidencia um gastos e investimento.

alargamento nas faixas relacionadas com a • Nessa fase a população idosa passa

fase adulta e a população economicamente aumentar e a população infantil passa a cair;

ativa. f As questões relacionadas com a previdência

social e aposentadoria começam a se mostrar

emergências para o planejamento da

administração pública;

• Nessa fase, a pirâmide etária apresenta um

topo mais largo, com acentuação das faixas

QUARTA FASE acima 50 anos e uma redução da base em

• Fase estabilização da população do relação ao meio da pirâmide.

envelhecimento

• Na Europa: desde os anos 1940 até os dias

atuais;

• O Brasil ainda não encontra-se nessa fase;

• Nesta fase, atualmente, encontram-se

países desenvolvidos, como Japão, Noruega

e Suécia. OBS: O Brasil está passando pelo processo de se

• Baixas taxas de natalidade e baixas taxas de consolidar na 4a fase do modelo demográfico,

mortalidade; por isso, os temas relacionados com a

• Crescimento populacional ou vegetativo previdência social, produtividade e geração de

bem baixo. emprego e renda se tornam cada vez mais

comuns nos debates de planejamento urbano,

administração e políticas públicas.


CLASSIFICAÇÃO AS GERAÇÕES GERAÇÃO CANGURÚ

• Embora não haja consenso, usualmente as gera- • É um termo criado na França durante os anos de

ções contemporâneas são agrupadas em: 1990. Descreve jovens geralmente na faixa de 25 a 34

1. A geração Baby Boomers (filhos da explosão de- anos que vivem com os pais. Esse novo fenômeno é

mográfica ocorrida depois da Segunda Guerra influenciado pelo elevado custo de vida urbano que

Mundial) reúne os nascidos entre 1945 e 1964. Esse dificulta a um jovem sair de casa.

grupo foi muito influenciado pela televisão,

buscou estabilidade nos empregos e no GERAÇÃO NEM NEM

casamento. • São consideradas as pessoas que nem trabalham e

2. A geração X reúne os nascidos entre 1965 e 1980. nem estudam. Esse termo foi criado na Inglaterra,

Foi marcada pela revolução sexual (feminismo, mas tem se popularizado em outros países, inclusive

pílula anticoncepcional...). Questionadora da no Bra- sil onde é grande o número de pessoas que

geração anterior, dando grande importância aos pertencem a esse grupo.

estudos e ações demo- cráticas. • Normalmente são jovens de até 30 anos, de classes

3. A geração Y (ou Millennials) reúne os nascidos sociais mais baixas que abandonaram os estudos

entre 1981 e 2000. Os indivíduos dessa geração antes de terminarem o ciclo necessário para a

foram influenciados pela evolução tecnológica, formação profissional. Por não estudarem, acabam

principalmen- te da telefonia móvel e da Internet, sendo facil- mente recrutados para a prostituição,

a globalização e as modificações no mercado de tráfico de drogas ou engravidam precocemente no

trabalho. caso das mulheres.

4. A geração Z reúne os nascidos entre 2001 e 2010.

Buscam uso amplo e constante da Internet, a GERAÇÃO NEM NEM NEM

igualdade de gêneros, novos arranjos familiares e • É uma adaptação informal do termo anterior, que

preocupação ambiental. tem aparecido frequentemente na mídia.

5. A geração Alpha corresponde aos nascidos depois Tecnicamente são chamados de desalentados.

de 2010, porção da população que está • São pessoas que não estudam, não trabalham nem

amplamente inserida no mundo tecnológico, novos procuram mais trabalhar. Em muitos casos, são do

arranjos familia- res, igualdade de gêneros e em sexo masculino, acima de 30 anos e tendem a ficar

muitos casos são filhos únicos. na mendicância ou serem sustentados por algum

familiar. Em muitos casos, acabam se tornando

usuários de álcool
BÔNUS DEMOGRÁFICO aumentaram em quantidade, mas não evoluíram

• É o momento que um país tem o PEA – População na produção de P&D – Pesquisa e Desenvolvimento,

Economicamente Ativa, maior que o PEI – População o que gera Royalties, como no caso da China e da

Economicamente Inativa. Coreia do Sul que aproveitaram bem os seus bônus.

• O PEA é a população adulta que trabalha ou que

está desempregada procurando emprego, RAZÃO DA DEPENDÊNCIA DEMOGRÁFICA

enquanto o PEI representa aposentados, • É um cálculo que demonstra o percentual de

estudantes, a população responsável pelos população jovem e idosa que depende dos

afazeres domésticos, incapacitados e habitantes economicamente produtivos.

desalentados. • Nas próximas décadas, apesar de o Brasil não

• Os países que atingiram o bônus demográfico apresentar uma tendência a aumento

normalmente evoluíram muito economicamente e significativo do número de jovens, deve

socialmente, pois se uma nação tem PEA elevado, aumentar em muito o número de idosos, o que

há muitos adultos gerando riqueza e deve influenciar na elevação da taxa de

conhecimento. dependência, ocasionando maiores gastos

• No caso do Brasil, o bônus demográfico teve seu estatais com aposentadoria e sistema de

início com a década de 2000 e deve durar devido à saúde.

transição demográfica até o final da década de • Provavelmente os próximos governos deverão

2020. elevar os impostos, dificultar aposentadorias

• Pelo atual estágio do país, parece que o bônus será precoces ou incentivar a imigração de jovens

desperdiçado, pois erros administrativos dos estrangeiros para o país evitar o colapso

governos aplicaram o grande montante de econômico. Assim foi criado o termo ônus

dinheiro que entrou nesse período em políticas que demográfico que são os gastos excessivos

não reverteram para um desenvolvimento gerados por uma Razão de Dependência

econômico social e sustentável. Demográfica maior de idosos e jovens em

• A educação de base não foi fortalecida, muitas relação aos adultos.

obras de infraestrutura focaram em eventos

internacionais esportivos e não no aumento da

capacidade produtiva do país, as universidades


Migrações
E indicadores socioeconômicos

IDH - ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO • Os países que possuem IDHs muito altos, no

• Criado pelo paquistanês Mahbub ul Haq e o eco- geral seguiram durante várias décadas a

nomista indiano Amartya Sen, o IDH desde 1990 política do WelFare State, conhecida em

tem a função de gerar uma medida geral e português como Estado do Bem Estar Social,

sintética do que é o desenvolvimento humano. criada e desenvolvida principalmente pe- los

• As medições são feitas pelo Programa das países do norte da Europa (região da

Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), Escandinávia).

com dados fornecidos pelos próprios países, o • Nesses países os governos são muito

que gera muitas críticas, pois a ONU parte do assistencia- listas e intervencionistas, cobram

preceito de que as estatís- ticas fornecidas são elevados impostos e geram muitas políticas

verdadeiras, e alguns países como China, Cuba sociais, educacionais e de saúde.

e Arábia Saudita acabam sendo suspeitos de

fornecer dados manipulados. IDH NA AMÉRICA LATINA

• A partir de 2010, quando ocorreu a sua • No geral, os países latinos têm IDHs médios ou

modernização, o IDH passou a utilizar três altos (próximos de 0,70). Esses valores têm

variáveis origem em um continente em que

predominou uma colonização de exploração

1. EXPECTATIVA DE VIDA pelas metrópoles, zonas de monocultura e

2. EDUCAÇÃO exploração mineral, parques industriais

3. PRODUTO INTERNO BRUTO PER CAPITA incipientes, histórico de escravidão e sistemas

educacionais de baixa qualidade.

MEDIÇÕES E CLASSIFICAÇÕES

• O IDH é dividido em quatro partes: com valores IDH BRASILEIRO

de 0 – 0,54 é considerado baixo, de 0,55 até 0,69 é • O Brasil, apesar de possuir um dos maiores

médio, de 0,70 até 0,79 é alto e de 0,80 até 1 é Produtos Internos Brutos – PIBs do planeta,

muito alto. ficando geralmente entre as quinze maiores

economias, possui um IDH considerado

somente alto.
• Para analisar a falta de uniformidade do IDH PISA

brasileiro, é importante considerar que das três • Em 2000 a Organização de Cooperação e

variáveis medidas, a expectativa de vida é a Desenvolvimento Econômico – OCDE, criou o

melhor, pois desde a década de 1970 o tratamento PISA – Programa Interna- cional de Avaliação

de água melhorou no país, evoluíram as de Estudantes (tradução), tem a finalidade de

campanhas de vacinação para as crianças, a cada 3 anos medir a qualidade educacional

adultos e idosos e, com a Constituição de 1988, foi dos países membros dessa instituição além de

garantido o direito a saúde pelo SUS – Sistema outros países parceiros, como o Brasil.

Único de Saúde e apo- sentadoria a todo cidadão • A prova é feita para alunos de 15 a 16 anos e

pelo INSS – Instituto Nacional de Seguridade aplicada em algumas escolas sorteadas nos

Social. países, sendo elas públicas e privadas, em

• Enquanto o PIB – per capita, vulgarmente zonas rurais e urbanas, e são cobrados dos

conhecido como renda é o indicador que mais alunos os conhecimentos de três áreas:

oscila entre os anos aferidos, pois a moeda leitura, matemática e ciências.

brasileira sofre valorizações e des- valorizações • No Brasil, quem gerencia todo o processo é o

constantes em relação ao dólar, o cálculo do IDH Instituto Nacional de Ensino e Pesquisas Anísio

tenta corrigir essas diferenças com (PPC – Teixeira – INEP.

Paridade de Poder de Compra). Apesar de a • No brasil os resultados do PISA brasileiro são

renda dos brasileiros não ser tão elevada como a ruins, ficando sempre nas últimas colocações

dos países europeus, o Brasil é um país grande entre os quase 80 países que participam da

com muitos recursos naturais, o que influencia pesquisa.

para que alguns bens de consumo como imó- • No levantamento de 2018, o Brasil ficou em 57°.

veis, alimentos, além da energia e água, se lugar em leitura, 66°. em ciências e em 70°. em

comparados a outros países não sejam tão caros. matemática, de 79 países avaliados.

• O indicador historicamente com os piores • Os Tigres Asiáticos, China e Japão têm obtido

resultados é o da educação, pois o brasileiro que os melhores resultados, principalmente devido

hoje é adulto, no geral abandonou os estudos a uma apologia à cultura da matemática,

cedo para tentar arrumar emprego quando era respeito aos professores e estímulo da

jovem, estudando pouco mais de 8 anos. indústria de alta tecnologia.


GINI
MIGRAÇÕES TEMPORÁRIAS
• O italiano Corrado Gini criou um índice para
1. PENDULAR: As migrações podem variar com o
medir concentração de qualquer evento ou coisa
tempo. A mais comum é a pendular, que é diária,
medida, contudo o índice Gini ficou famoso por
normalmente entre cidades menores e maiores ou
medir concentração de renda, ou seja, quanto
entre países com cidades gêmeas na fronteira. Em
mais próximo de 1 o país ou região estiver, maior
ambos os casos deve haver grande fluxo
será a concentração de dinheiro na mão de
econômico entre as partes.
poucos e, por outro lado, quanto mais próximo do
2. TRANSUMÂNCIA: caracterizada por períodos mais
zero mais distribuída será a renda.
longos, entretanto, sempre voltando para o lugar
• Geralmente os países desenvolvidos,
de origem. Normalmente é influenciada pelo clima,
principalmente na Europa, têm Ginis na casa de
mais comum no continente africano e asiático, em
0,30 e os países africanos e latinos na casa de 0,6
que é composta por povos coletores ou pastores.

No Brasil é mais comum ser chamada de migração


MIGRAÇÕES
sazonal, quando a população mais pobre, geralmente
• As migrações, também conhecidas como
em áreas interioranas, migra em busca de emprego
movimen- tos horizontais ou transladativos,
temporário em colheitas manuais como a do café,
podem ser entre países, estados e municípios.
cana-de-açúcar no Nordeste, frutas no sul e após o
• Quando o sentido é de saída de um determinado
término do serviço tendem a voltar para seus lares.
lugar, essa pessoa deve ser chamada de
(Muito comum é confundir as migrações anteriores
emigrante, ou seja, aquele que está sendo
com o nomadismo, que, apesar de ser uma migração
exportado. A região de origem geralmente tem
temporária, não possui um destino fixo, nem um prazo
dificuldades econômicas, sociais, educacionais ou
de tempo determinado, em alguns casos não tem um
até mesmo problemas climáticos.
local fixo de origem)
• Quando o migrante está chegando a alguma

região deve ser chamado de imigrante, pois está


MIGRAÇÕES NÃO TEMPORÁRIAS
sendo im- portado para uma área
• Nas últimas décadas, motivadas pelo fim da URSS
provavelmente promissora com empregos,
e as trocas de conhecimento entre os países, as
estabilidade social, tolerância cultural e reli-
migra- ções de fuga de cérebros ganharam
giosa, com um sistema educacional melhor e
volume.
talvez essa área tenha um clima melhor para a

sua sobrevivência.
Esses migrantes se dirigem principalmente para os
• EUA ou Canadá, esses países costumam não
EUA, União Europeia e Canadá, e buscam empregos
aceitar muitos refugiados com o temor de
em empresas transnacionais ou institutos de
incentivar ainda mais a solicitação de
pesquisa avança- da. A origem do movimento está
refúgio, além do temor de aculturação, ou
nos baixos salários que os migrantes receberiam se
seja, desaparecer a cultura local, devido à
ficassem nos países de origem.
baixa na- talidade dos nativos e a elevada

taxa de natalidade dos refugiados.


REFUGIADOS

• O conceito de refugiado foi popularizado a partir

de 1951, quando o Alto Comissariado das Nações

Unidas para Refugiados – ACNUR considerou

refugiado aqueles que estão fora de seu país de

origem devido à perse- guição de raça, religião,

nacionalidade, pertencimento a um determinado

grupo social ou opinião política.

• Recentemente foi criado o termo refugiados cli-

máticos ou ambientais para designar aqueles que

são forçados a deixar o lugar em que vivem, de

maneira temporária ou permanente,

influenciadas por eventos climáticos e ambientais,

de origem natural ou humana. Esse conceito foi

criado devido ao abandono de algumas populações

dos atóis (ilhas vulcânicas) da região da Oceania,

devido à elevação do nível dos oceanos.

• É importante destacar que segundo o tratado de

refugiados de 1951, uma vez que um refugiado

entrou em outro país, ele não pode ser devolvido

para o país de origem, pois há um risco muito

grande de retaliação contra esse refugiado.


Migrações No Brasil

O O Brasil é um país que já presenciou diversos 1850 - 1934

momentos de migrações no seu território, seja por • Início da fase de conjunto de leis

migração interna ou externa, sempre muito abolicionistas:

relacionadas com as motivações econômicas, políticas — Lei do Sexagenário;

e sociais. A migração no Brasil pode ser dividida em — Lei do Ventre Livre;

três fases: 1808 – 1850, 1850 – 1934 e 1934 até os dias — Lei Áurea.

atuais. • Nessa fase o Brasil passa a estimular a vinda

de europeus para o Brasil;

1808 - 1850 • Aumento expressivo do trabalho livre;

• O Brasil já era um país escravista e trazia à • Período de colonização de terras do Sul e

força pessoas capturadas e sequestradas do formação de bairros urbanos no Sudeste;

continente africano. • Imigrantes Portugueses: SP, RJ, SC e RS;

• A colonização portuguesa já estava consolidada • Imigrantes Italianos: PR e SC (1850 – 1875) e SP

nas capitanias. (1887 – 1914);

• (1808) Chegada da Família Real Portuguesa; • Imigrantes Espanhóis: Colônias no Sul e

• População composta por: Sudeste;

— Pessoas brancas: 1,2 milhão; • Imigrantes Alemães: SC, RS, PR e SP;

— Pessoas negras: 2 milhões; • Outros povos imigrantes: eslavos - poloneses,

— Pessoas mestiças: 300 mil; ucranianos, japoneses (nipônicos), chineses

— Pessoas indígenas: 500 mil. • Forte imigração japonesa para São Paulo

— 2000 suíços e 1000 alemães radicaram-se em terras (principalmente) a partir do ano de 1906, o

brasileiras nesse período; Brasil necessitava de mão de obra e o japão

• Dificuldade de estabelecer novos imigrantes no procurava aliviar a tensão social no país

território do nordeste (causada pelo seu alto índice demográfico na

• Abertura dos portos às nações amigas. época).

• Esta fase termina com a Lei Eusébio de Queiroz: • Formação de uma identidade nacional pela

lei que estabeleceu repressão ao tráfico de povos miscigenação de povos e culturas;

africanos durante o Brasil Império.


• Termina a Lei de Cotas: que estabelecia um limite • Na mesma época, o Brasil passava por um
de quantos imigrantes poderiam vir para o Brasil momento de interiorização e com isso, também
para atender a demanda por mão de obra, mas aconteceu uma migração para as regiões Norte e
sem criar um desequilíbrio entre ofertas de Centro-Oeste vindas do Sul, Sudeste e Nordeste.
emprego e pessoas desempregadas. Os anos 50 ainda apresentavam alguns vestígios

do ciclo da borracha (região Norte), mudança da


1934 ATÉ OS DIAS ATUAIS capital do Rio de Janeiro para Brasília e a criação
• Imigrações relacionadas com as 1a e a 2a Guerra e construção do DF como conhecemos hoje.
Mundial, recuperação da Europa, Pós-Guerra e • Ao longo das décadas de 70 e 90, a migração para
crise nipônica; o sudeste caiu bastante, mas ainda apresenta
• Imigração relacionada com a formação das números expressivos. Existe um avanço das
indústrias nacionais e demanda da mão de obra; migrações para o interior e para áreas
• Consolidação de colônias no Sul do Brasil inabitadas.
(concentração); • Durante a década de 90, as migrações
• Complementação da população em cidades do acontecem de forma mais regionais e mantém-
Sudeste (dispersão). se um alto número de migração para a região

Sudeste vindos do Nordeste, Centro-Oeste e Sul.


MIGRAÇÕES DENTRO DO BRASIL

• O Brasil é um país de proporções continentais e,

como tal, apresenta uma dinâmica populacional

de migração interna de grande proporção. As

migrações internas também acontecem por

questões econômicas, sociais e políticas.

• Entre as décadas de 50 e 70, o Brasil estava se

industrializando ou consolidando o seu parque

industrial e seus centros urbanos, com isso, uma

grande quantidade de pessoas se deslocaram da

região Nordeste para a Região Sudeste.


Urbanização
O QUE É URBANIZAÇÃO? • As cidades que exercem influência e polarização

• Urbanização é como se chama o processo de global, nas quais as relações vinculativas de uma

formação do espaço pelo conjunto de técnicas cidade têm efeito direto e sobre assuntos globais

e de obras que permitem trazer condições de através de meios socioeconômicos, são chamadas

infraestrutura, planejamento, organização de cidades globais.

administrativa e embelezamento conforme os • E mesmo entre as cidades globais existe uma

princípios do urbanismo para uma cidade ou certa hierarquia.

área de cidade.

HIERARQUIA URBANA NO BRASIL - CATEGORIAS

HIERARQUIA URBANA E CIDADES GLOBAIS • O IBGE realiza estudos para conhecer melhor as

• Dentro do tecido urbano, os centros urbanos metrópoles do Brasil, um estudo conhecido como

possuem uma ordem de importância, ou seja, Regiões de Influência das Cidades (REGIC).

uma HIERARQUIA URBANA, que leva em • Existem dois componentes fundamentais para o

consideração a centralidade exercida de uma estabelecimento da hierarquia entre regiões de

cidade em relação às outras. influência das cidades, são eles: a atração

• Os fatores de centralidade podem ser por exercida entre as cidades próximas e as ligações

razões dos serviços financeiros, comércio de longas distâncias realizadas pela atuação de

especializado ou instituições internacionais, instituições públicas e privadas presentes nos

por exemplo. É bom lembrar que o tamanho centros urbanos.

das cidades, o tamanho da população ou o

fato de ser uma capital não é determinante Nova Divisão da Hierarquia Brasileira

para ser uma centralidade. 1. Metrópoles globais: São Paulo e Rio de Janeiro.

2. Metrópoles nacionais: Porto Alegre, Curitiba, Belo

CIDADES GLOBAIS Horizonte, Salvador, Recife, Fortaleza e Brasília.

• O desenvolvimento das técnicas de 3. Metrópoles regionais: Campinas (a única que não

comunicação, transporte e gestão permitiu a é Capital Estadual), Belém, Manaus e Goiânia, entre

formação de redes urbanas regionais e outras.

nacionais articuladas às redes internacionais 4. Centros regionais: Cuiabá, Santos, Florianópolis,

e as cidades globais. Vitória, Campo Grande, Londrina e Ribeirão Preto,

entre outras.
• Centros sub-regionais de níveis A e B: Araras, • Capital Regional A: composta por 9 cidades (eram

Birigui, Cabo Frio, Angra dos Reis, Alfenas, 11 no REGIC 2007), caracterizadas por serem

Caratinga, Itajaí, Balneário Camboriú, entre capitais estaduais (exceto Campinas). A população

outras. destas cidades varia entre 800 mil e 1,4 milhão de

habitantes, e todas se relacionam diretamente

METRÓPOLES com as cidades classificadas como Metrópoles.

• É composto pelos 15 principais centros urbanos Neste grupo encontram- se a cidade de João

do país (em 2007, eram 12), a principal Pessoa-PB, Natal-RN e Aracaju-SE;

característica é a extensão territorial e sua • Capital Regional B: Composta por 24 cidades

influência direta. É subdividida em 3 níveis: (eram 20 no REGIC 2007), com população média de

• Grande Metrópole Nacional: Composta apenas 530 mil habitantes e sendo centralidades de

pelo Arranjo Populacional de São Paulo, como referência no interior dos Estados (exceto

principal centro urbano no país; Palmas-TO e Porto Velho-RO). Neste grupo

• Metrópole Nacional: composta pelos Arranjos encontram- se a cidade de Caruaru-PE, Feira de

Populacionais do Rio de Janeiro e Brasília, Santana-BA e Uberlândia-MG;

juntamente com São Paulo, estas cidades • Capital Regional C: Composta por 64 cidades

constituem o foco dos deslocamentos para os (eram 39 no REGIC 2007), com população entre 200

centros urbanos do país; mil e 360 mil habitantes. Neste grupo, encontram-

• Metrópole: Composta por 12 Arranjos se as cidades de Campina Grande-PB e Mossoró-

Populacionais: Manaus, Belém, Fortaleza, Recife, RN.

Salvador, Belo Horizonte, Curitiba, Goiânia, Porto

Alegre, Florianópolis, Campinas e Vitória (estes 3 CONURBAÇÃO

últimos são novos em relação ao REGIC de 2007). • Conurbação é o nome que se dá para o

São caracterizados pelo porte e projeção crescimento de duas ou mais cidades vizinhas,

nacional. que acabam por formar um único aglomerado

urbano. Em geral, em uma conurbação existe uma

CAPITAIS REGIONAIS cidade principal e uma (ou várias) cidade(as).

• Composto por 97 centros urbanos (eram 70 no Cidades ligadas fisicamente.

REGIC 2007), cuja área de influência é no âmbito

regional. Estão divididos em três grupos:


MEGALÓPOLE pavimentos. Um caso interessante acontece em Atlanta
• As megalópoles são conurbações que acontecem (EUA) e Barcelona (Espanha), que apesar de terem o
entre duas ou mais metrópoles. Por exemplo, a número de habitantes bem próximos apresentam
Megalópole entre San Francisco e San Diego (San- manchas urbanas bem distintas.
San), a Megalópole dos Grandes Lagos (Chipitts) e

a Megalópole entre Boston e Washington (Bos- FUNÇÕES URBANAS


Wash). • Função urbana é a utilidade que a cidade tem para a
• No Brasil, as metrópoles do Rio de Janeiro e São sociedade e para região, como funções sociais,
Paulo (as únicas metrópoles do Brasil) estão em um econômicas ou políticas desempenhadas por uma
processo de formação de uma megalópole que pode cidade que a caracterizam. Como cidades portuárias,
ser a primeira megalópole do hemisfério sul. Essa polos administrativos, polos turísticos e industriais,
conexão física entre metrópoles pode ser vista com etc.
facilidade com as imagens de satélites registradas

à noite. MEGACIDADES

• É uma definição de cidades pela quantidade de


SÍTIO URBANO pessoas, pelo menos 10 milhões de habitantes.
• Sítio urbano e situação geográfica: categorias Atualmente, as Megacidades estão com o seu
explicadoras da construção do ambiente urbano. crescimento estabilizado mas as cidades de países
Aspectos físicos do espaço urbano. O estudo da subdesenvolvidos ainda estão passando pelo seu
expansão da cidade e do seu sítio urbano é de crescimento populacional, por isso, afirma-se que as
fundamental importância para o entendimento dos próximas Megacidades virão dos países que hoje são
problemas socioambientais que ocorrem na cidade. classificados como subdesenvolvidos.

MARCHA URBANA REDE URBANA


• É como é chamada a área que é ocupada com • Consiste nas articulações, é a malha de cidades de
edificações e infraestruturas urbanas, algumas um país. As vias e infovias que conectam os centros
cidades tem seu desenvolvimento mais horizontal e urbanos entre si, também pode ser denominada de
se dispersaram pela região fazendo com que Malha ou Tecido Urbano.
outras cidades também tenham um crescimento

vertical, com o aumento de prédios e muitos


Fontes de energia
MATRIZ ENERGÉTICA • Para viabilizar uma exploração lucrativa para o
• É todo o conjunto de fontes de energia utilizadas país, haveria a necessidade de maiores preços e
tanto por máquinas mecânicas, como automóveis, demandas, o que não é sinalizado pelo mercado
trens e aviões, quanto por máquinas elétricas: internacional, principalmente devido às pressões
computadores e eletrodomésticos. pela mudança na matriz energética devido a
• A matriz brasileira apesar de consumir muito questões de aquecimento global.
petróleo devido ao seguimento rodoviário, se

comparada a de outros países, ainda é PRÉ-SAL BRASILEIRO


considerada muito boa, sendo quase 50%

renovável.

PETRÓLEO

• Comum em áreas de bacia sedimentar que já

foram fundo de mar, tem origem principalmente

na era Cenozoica e Mesozoica. CRISES DO PETRÓLEO


• Os países que normalmente têm grandes • Desde o final da década de 1960 já se
reservas estão no Oriente Médio, região do apresentavam sinais de que o preço do petróleo
Cáucaso, Sibéria na Rússia, Venezuela, Golfo do era muito barato e o consumo intenso, o que
México e Alasca nos Estados Unidos. ocasionaria um colapso energético mundial em
• O Brasil junto com a Nigéria na África possui uma algumas décadas.
das maiores bacias petrolíferas do mundo, o • Os grandes produtores, como a Venezuela e os
chamado Pré-Sal. Contudo, essa reserva tem países dos Oriente Médio, criaram no início da
diversas limitações de exploração, como elevada década de 1960 a OPEP – Organização dos Países
profundidade no oceano e na crosta, a extração é Produtores de Petróleo. Sendo considerado um
realizada em águas abertas (off shore) e o cartel legalizado, começaram a se reunir
petróleo em muitos casos é denso com limitado periodicamente para controlar a produção e,
mercado internacional. assim, elevar os preços e aumentar o lucro dos

países membros.
• Aliado à criação da OPEP, em 1973 ocorreu a Guerra • No Brasil a produção de energia por hidrelétricas é

do Yom Kipur, quando os países do Oriente Médio muito importante, cerca de 65% da demanda

tentaram invadir Israel. Os Estados Unidos e União nacional por energia é abastecida por hidrelétricas.

Soviética agiram politicamente em prol de Israel. Ela também é uma importante fonte de energia

Essa interferência contribui para aumentar o ódio renovável que não emite gases de efeito estufa e o

dos árabes e dos iranianos contra os Estados seu custo de produção é muito baixo.

Unidos, então a OPEP reduziu drasticamente a

produção o que elevou excessivamente o preço do • Atenção: Apesar do processo de produção de

petróleo gerando a 1a. Crise do Petróleo. energia por hidrelétricas não produzir gases de

• Após a Guerra do Yom Kipur, diversos países e efeito estufa, em alguns casos o corte de árvores

empresas petrolíferas iniciaram uma busca por ou o represamento de água causa a inundação de

petróleo em áreas remotas ou em águas áreas represadas, acabando por liberar gases e

profundas, como o caso brasileiro na Bacia de matéria orgânica durante a decomposição desses

Campos no RJ e na Bacia de Santos em SP, No- organismos.

ruega, Alaska, além do desenvolvimento de novas

fontes de energia, como nuclear, gás natural, ENERGIA ÉOLICA

eólica, solar e outras. • A energia eólica é gerada com a utilização de

• Em 1979, o governo iraniano foi transformado em geradores específicos que se parecem muito com

um sistema teocrático, entrando em conflito moinhos e cataventos, eles se aproveitam da ação

político e ideológico contra os Estados Unidos, do vento para girar as pás e com isso o mecanismo

novamente influenciando na produção e nos interno do gerador (turbina) usa essa ação para

preços do petróleo. Surgindo a 2a. Crise do produzir energia elétrica e disponibilizar essa

Petróleo. energia na rede elétrica do sistema.

• A utilização dessa fonte de energia vem

ENERGIA ELÉTRICA aumentando nos últimos anos por produzir energia

• A energia hidrelétrica é gerada com o movimento sem liberar gases de efeito estufa e outros

das águas dos rios para a produção de poluentes na atmosfera, para o Brasil a energia

eletricidade, em resumo, a água escorre de um eólica é uma fonte de energia viável pelas

ponto mais alto até chegar com velocidade nas características naturais e de circulação

turbinas e lá geram um movimento cinético que é atmosférica do país.

convertido em energia elétrica.


ENERGIA SOLAR Existem três tipos de combustíveis de biomassas

• A energia solar funciona captando a energia utilizados como fontes de energia: os sólidos, os líquidos

eletromagnética dos raios solares e e os gasosos.

convertendo em energia elétrica, por ter 1. Combustíveis sólidos: podemos citar a madeira, o

como fonte de energia os raios solares essa carvão vegetal e os restos orgânicos vegetais e

tecnologia se mostra importante para animais.

produzir energia limpa, renovável e 2. Combustíveis líquidos: o etanol, o biodiesel e qualquer

inesgotável. outro líquido obtido pela transformação do material

orgânico por processos químicos ou biológicos.

Existem duas formas de aproveitar a energia 3. Combustíveis gasosos: aqueles que são obtidos pela

solar: a fotovoltaica e a térmica. transformação industrial ou até natural de restos

orgânicos, como o biogás e o gás metano coletado em

1. Fotovoltaica: As placas fotovoltaicas áreas de aterros sanitários.

convertem a radiação solar em energia

elétrica para ser usada nas mais diferentes • O Brasil tem um grande potencial para a produção

formas. de biocombustíveis porque oferece a combinação de

2. Térmica: Os raios solares aquecem a água e o solo, clima e fontes renováveis capazes de

ambiente, para o uso doméstico ou também favorecer uma cadeia de produção com potencial de

em termoelétricas. abastecer o mercado.

• O biodiesel, por exemplo, é um combustível

ENERGIA DA BIOMASSA biodegradável derivado de fontes renováveis como

• A produção de energia biológica provém óleos vegetais e gorduras animais.

principalmente da biomassa, isto é, conjunto

de organismos e energias que podem ser BIODIGESTORES E BIOGÁS

aproveitados. Nesse caso estamos falando • O biogás é um dos produtos da decomposição de

de uma fonte de matéria não fóssil e com a forma anaeróbica da matéria orgânica, que

matéria- prima advinda de cana-de-açúcar e acontece pela ação de grupos específicos de

mamona, por exemplo. bactérias. Esse método vem se tornando mais

comum entre diferentes países para tratar os

resíduos sólidos orgânicos das cidades.


ENERGIA GEOTÉRMICA

• A energia geotérmica se aproveita do calor de

camadas internas (subterrâneas) da crosta

terrestre. Alguns lugares da Terra tem essas

camadas mais quentes bem próximas da

superfície, esse calor pode ser aproveitado para

aquecer a água e fazer um processo parecido

com as usinas termonucleares, onde o calor

aquece a água, move turbinas e gera energia

elétrica, ou seja, existe a conversão de energia

térmica em cinética e depois em energia elétrica.

ENERGIA DE ONDAS E DAS MARÉS

• A energia criada por ondas do mar, também

chamadas de energia maremotriz, é uma forma

de produzir energia por meio do movimento das

marés, com elas podem ser geradas:

• energia cinética das correntes devido às marés;

• energia potencial pela diferença de altura entre

as marés alta e baixa.


Transportes
MODALIDADES DE TRANSPORTES Necessidade da existência de portos e de outras

• Nos Estados nacionais desenvolvidos, a matriz de infraestruturas locais; Transporte lento, não

transportes é mais diversificada, com foco no indicado para mercadorias com alta urgência de

transporte de cargas através de hidrovias e entrega e dependência das condições naturais.

ferrovias. As hidrovias e ferrovias possuem

capacidade de carga maiores e operam com TRANSPORTE FERROVIÁRIO

custos mais baixos, os seguintes fatores • O transporte ferroviário é ideal para o

influenciam na escolha de um modal de deslocamento de grandes cargas por grandes

transporte: distâncias. Tipos:

1. A distância a ser percorrida; 1. Sistema clássico de transporte de cargas e

2. O valor unitário do produto; passageiros; f VLT – Veículo Leve sobre Trilhos;

3. O tempo no deslocamento do produto; 2. Trem de Grande Velocidade – TGV;

4. Condições naturais. 3. Trens urbanos e transporte metroviário;

TRANSPORTES AQUAVIÁRIOS (3 MODALIDADES PRINCIPAIS VANTAGENS

PRINCIPAIS) • O baixo custo de operacionalização associado à

1. Hidroviário (fluvial, lacustre); grande quantidade deslocada e numerosas

2. Navegação de cabotagem; opções de fontes energéticas, como

3. Navegação em longas distâncias. eletricidade, carvão e derivados de petróleo.

Principais vantagens PRINCIPAIS DESVANTAGENS

• Bom custo-benefício do transporte quando • O alto custo de instalação, baixa flexibilidade e

associado à enorme quantidade de carga dependência das condições naturais, com

deslocada; Baixo consumo de energia; Baixo custo dificuldade para implantação em áreas de

de operacionalização. relevo acidentado.

Principais desvantagens
MODAL AEROVIÁRIO • Além disso, não requerem armazenamento e

Principais vantagens apresentam baixo consumo de energia,

• Velocidade de deslocamento, ideal para operações de carga e descarga simplificadas e

grandes distâncias que devem ser percorridas possibilidade de operar ininterruptamente – 24

rapidamente; horas por dia, sete dias por semana, exceto nos

• Muito utilizado para produtos que possuam momentos de manutenção.

maior valor agregado;

• Comum no transporte rápido de passageiros a Principais desvantagens

longas e médias distâncias. • O custo de implantação é muito elevado, entre

outros motivos, porque grandes áreas precisam

Principais desvantagens ser desapropriadas para dar espaço às

• Alto custo de instalação e do deslocamento do instalações.

veículo aéreo; • Se destinam a produtos específicos, líquidos,

• Baixa capacidade de carga quando comparado gasosos ou semi fluidos, não podendo ser

com os outros modais. utilizado para cargas em geral.

MODAL DUTOVIÁRIO

• O transporte dutoviário é o transporte de

óleos (petróleo, gasolina, diesel e outros),

gases (gás natural) e minérios (minério de

ferro, sal-gema, concentrado fosfático e

outros) realizado através de dutos ou

tubulações que transportam os produtos por

meio da força da gravidade ou de pressão.

Principais vantagens

O baixo custo de manutenção e de deslocamento

e o maior nível de segurança e confiabilidade,

permitem o transporte de grandes quantidades

de um produto em pouco tempo.


Agropecuária
TIPOS DE AGRICULTURA - JARDINAGEM PLANTATION

• Tradicional nos países asiáticos, como Japão e • Típico do período colonial, ainda persiste nos dias

China, consiste em criar curvas de nível em atuais em regiões da África, América Latina e sul

áreas montanhosas e plantar gêneros de da Ásia. Consiste em produzir com finalidade de

subsistência em terraços que lembram atender o mer- cado externo. Na maioria dos

jardins, sendo comum a produção de chá, casos, são plantados produtos que servem de

arroz e trigo. Esse método milenar, surgiu matéria-prima, como cana, café, tabaco e chá.

principalmente pela falta de espaço para coe- Era comum utilizar mão de obra análoga à

xistir população que normalmente vive em escravidão.

fundos de vales, com a produção agropecuária • No caso do Brasil, esse tipo de agricultura ficou

nas encostas de montanha muito associada aos ciclos da Cana e do Café.

Atualmente, o agronegócio não se caracteriza

ITINERANTE como Plantation.

• Caracteriza-se pelo processo migratório de

sua população, comum em áreas indígenas ou AGRONEGÓCIO OU AGRICULTURA PATRONAL

comunidades tradicionais no Brasil e em países • Distingue-se pela utilização intensiva de

de economia subdesenvolvida. maquinário, defensivos agrícolas, irrigação,

• Na maioria dos casos, plantam alimentos Agricultura de Precisão – GPS, imagens de satéli-

endêmicos para subsistência, como a tes, softwares e Drones, adubação química e

mandioca e o milho. Também é comum transgenia.

praticarem a queimada, pois esse método • A produção é focada em gerar commodities –

reduz as pragas e animais peçonhentos, e os matéria-prima para ser utilizada em indústrias –

elementos químicos contidos nas cinzas no Brasil ou no mercado externo, principal-

contri- buem para fertilizar o solo. mente nos EUA, China e Europa. Essa modalidade

• No Brasil, as queimadas (com a finalidade de também é muito comum na pecuária de gado de

itinerância) são chamadas de coivaras. corte.


AGRICULTURA FAMILIAR INTENSIVO: Típico de países emergentes que possuem

• Comumente utilizada na produção de alimentos mais recursos econômicos ou em desenvolvidos. Nesse

(como arroz, feijão) e na criação de animais de sistema utiliza-se defensivos agrícolas, adubos quí- micos

pequeno e médio porte, como aves e suínos, e e maquinário. A mão de obra é reduzida e a produtividade

para a criação de gado leiteiro. é elevada.

• As propriedades geralmente são de médio a

pequeno porte, comuns em estados do sul do PRINCIPAIS CULTIVARES BRASILEIROS

país ou nos chamados cinturões verdes no 1. CANA DE AÇÚCAR

entorno das grandes metrópoles. 2. CAFÉ

3. ALGODÃO

ORGÂNICA 4. LARANJA

• Com características similares à agricultura 5. SOJA

familiar, a orgânica difere da anterior no 6. MILHO

quesito de não utilizar defensivos agrícolas,

adubos químicos e normalmente ser manual e LEI DAS TERRAS

não mecanizada. • Lei criada em 1850 é vista como dificultadora de acesso

• Apesar de sua coerência no quesito proteção do às terras devolutas no Brasil, ou seja, somente teria o

meio ambiente, é de difícil expansão, pois ao título das terras aquele que pagasse pelas mesmas.

expandir a produção sem a utilização de • Naquele período, a população total do país não

defensivos agrícolas acaba atraindo muitas chegava a 10 milhões de habitantes e a “aristocracia

pragas, o que dificulta o seu controle. rural” brasileira tinha o temor que o fim da escravidão

incentivaria a invasão de terras por ex-escravos. A

SISTEMAS AGRÍCOLAS criação da Lei das Terras dificultou a distribuição de

1. EXTENSIVO: Comum em regiões mais pobres do terras em um momento que a população era pequena,

planeta, utiliza pouca tecnologia e recursos

econômicos reduzidos. As técnicas são mais ESTATUTO DA TERRA

rudimentares, o que acarreta menor • Criada em 1964, é a lei que dá parâmetros para execu-

produtividade, podendo ser produzida tanto em ção de uma Reforma Agrária – R.A. Foi desenvolvida

pequenas quanto em grandes propriedades. no Governo João Goulart e finalizada no primeiro

governo da Ditadura Militar.


TIPOS DE IMÓVEIS RURAIS

1. Minifúndio

Propriedade com área inferior a 1 módulo fiscal, o

que é insuficiente para sustentar uma família,

sendo essas elas em muitos casos as solicitantes da

R.A.

2. Pequena Propriedade: Imóvel com área entre 1 e 4

módulos fiscais.

3. Média Propriedade: Imóvel rural de área superior

a 4 até 15 módulos fiscais.

4. Grande Propriedade: Imóvel rural de área superior

a 15 módulos fiscais.
Indústrias e serviços
ATIVIDADE INDUSTRIAL E TIPOS DE INDÚSTRIA INDÚSTRIA DE BENS DE CONSUMO: como o nome já
• Atividade Industrial é o processo de produção que sugere esse tipo de indústria é focada no mercado
transforma a matéria-prima em um bem de consumidor, a população de modo geral, na indústria
consumo através do trabalho humano e do uso de de bens de consumo existe a divisão em dois subtipos,

máquinas. os bens de consumo duráveis e os bens de consumo


• Existem 3 tipos de indústrias, com base na sua não duráveis
produção: • Indústria de bens de consumo duráveis: produzem

bens de longa duração, como carros, televisores,


1. Indústria de bens de produção: também rádios, smartphones, computadores, móveis,
conhecidas como indústrias de base ou pesadas, eletrodomésticos e etc.
são responsáveis pela transformação da matéria- • Indústrias de bens de consumo não duráveis:
prima bruta da natureza em matéria-prima produzem bens de pouca duração ou de consumo
processada. imediato, por exemplo: roupas, calçados, remédios,
2. Indústrias extrativistas: extraem a matéria-prima cosméticos, material de higiene e limpeza.
da natureza e transformam em matéria-prima

processada sem perder as suas principais PRIMEIRA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL


características. Exemplo: indústrias de produção • A 1a Revolução Industrial aconteceu principalmente
mineral e indústria madeireira. entre o final do século XVIII e 1a metade do século
3. Indústria de Equipamentos: são as indústrias que XIX, esteve centrada na Inglaterra, primeira nação
fazem transformação de bens naturais ou do mundo a passar pelo processo e iniciar uma
semimanufaturados em produtos para os outros forte urbanização. Desde o século XVII os britânicos
tipos de indústrias (de bens de consumo e de já estavam estabelecendo gradualmente o domínio
bens intermediários), como é o caso das sobre o comércio marítimo, o que o tornou-os a
petroquímicas e siderúrgicas, por exemplo. maior potência naval do mundo.
4. Indústria de bens intermediários: são as

indústrias que produzem e fornecem produtos SEGUNDA REVOLUÇÃO


beneficiados, por exemplo, máquinas e • Diferente da 1a Revolução Industrial, a 2a
equipamentos para serem utilizados em Revolução Industrial aconteceu em vários países,
indústrias de bens de consumo, maquinário entre eles nações da Europa Ocidental, Estados
agrícola, tratores, autopeças. Unidos e Japão.
FORDISMO para os mesmos, como medalhas, brindes, placas de
• É o método produtivo desenvolvimento pelo reconhecimento e inclusive o aumento de salário
engenheiro norte americano Henry Ford relacionado com a produtividade.
• Constituía em produzir produtos baratos,

simples, e de qualidade para um publico mais CRÍTICAS COMUNS AO MÉTODO FORDISTA/TAYLORISTA


pobre • Alienação que o operário sofria, em muitos casos não
• Possuía grandes estoques sabendo a razão de estar produzindo aquele produto.
• Para produzir veículos, Ford tentou por • Apesar de não existir na época o conceito de Lesão
diversas vezes criar uma linha de produção por Esforço Repetitivo – LER –, os funcionários eram
com esteiras rolantes que traziam as peças submetidos a longas cargas de trabalho gerando
ou os carros até os funcionários, que ficavam diversos problemas de saúde.
parados executando suas funções. Contudo • A superprodução que não era consumida contribuía
as dificuldades e fracassos foram vários, por para a formação de problemas econômicos.
isso ele teve que usar técnicas desenvolvidas

pelo engenheiro Frenderick Taylor. TOYOTISMO

• É o sistema produtivo japonês desenvolvido na


TAYLORISMO década de 1950.
• Compulsivo por reduzir tempo no processo • Consiste em utilizar muitas máquinas na linha de
industrial, Taylor analisava os movimentos produção, estoques reduzidos, fábricas não
desnecessários e lentos na linha de produção necessariamente devem ficar nos grandes centros
e tentava eliminá-los. japoneses; e a produção deve seguir a demanda do
• Os funcionários deveriam se preocupar mercado consumidor, ou seja, não deve produzir se
somente em fazer as atividades que foram não houver consumo.
treinados para executar, acabando, assim, o • O Toyotismo gerou um legado para a industrialização
improviso e a lentidão na linha de produção, mundial, o principal seria o desenvolvimento do just
típico do início da manufatura no século XVIII. in time quando a fábrica recebe as matérias-primas
• Taylor também sabia que os funcionários não na “hora e quantidade certa”. Dessa forma, as
motivados rapidamente perderiam seu ritmo empresas podiam economizar recursos investindo em
de produção. Então foram criadas premiações pesquisa, mercado financeiro ou aquisição de novas

empresas.
• No Toyotismo, os funcionários tem um perfil INTERNACIONALIZAÇÃO DAS INDÚSTRIAS

mais generalista, pois pas- sam por

treinamentos periódicos e tendem a mudar de

função de tempos em tempos, para evitar a

monotonia, desgaste físico, o que pode gerar a

queda de rendimento, ao contrário dos

funcionários fordistas/tayloristas que eram

especialistas, e faziam sempre a mesma

atividade

VOLVISMO

• Método produtivo típico dos países do Norte da

Europa, consiste em ter elevada automação.

Os funcionários são importantes no

desenvolvimento dos produtos, e as marcas

buscam atender normas ambientais, de

segurança e sociais.

• As características políticas dos países

escandinavos com sindicatos fortes e a política

do welfare state – Estado do Bem Estar Social

– com muitos impostos e muitas benfeitorias,

influenciam diretamente nas características

qualitativas dos produtos volvistas.

• Os produtos gerados por esse método

normalmente têm um valor agre- gado

elevado, com qualidade técnica e com design

elaborado.
Indústria brasileira
CONTEXTO • Um fator relevante para industrialização nesse
• Apesar das tentativas de o Brasil se industrializar, perío- do seria a Segunda Guerra, pois os produtos
desde o final do século XIX, o país não possuía os estrangeiros eram focados para atender os
elementos utilizados pelos países europeus para o mercados internacionais no conflito, faltando
desenvolvimento da Revolução Industrial. produtos no Brasil. Não tendo con- correntes
• As reservas de carvão do Brasil eram pequenas, de estrangeiros, o governo Vargas procurou criar um
qualidade mediana e centralizadas no sul do país. modelo de substituição das importações.
O mercado consumidor brasi- leiro era reduzido, e • Contudo, esse modelo possui outras características
o país não tinha colônias para explorar. mais problemáticas que se arrastam até os dias
• A elite local era agrária e escravagista e não tinha atuais, como ser uma industrialização tardia,
interesse em mudar o padrão econômico do país. praticamente com mais de 100 anos de atraso em
• E, finalmente o Brasil não era uma nação belicista relação à europeia. Além de ser e centralizada em
geradora de guerras, não se beneficiando das São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, o que
tecnologias e explorações econô- micas dos países gerou elevada concentração de renda nesses
vencidos, como foram os casos da Inglaterra, estados e pobreza nos demais.
França, Estados Unidos, Alemanha e Japão.

• A industrialização brasileira iniciou com mais INDUSTRIALIZAÇÃO DO GOVERNO JK


significância quando o ciclo que sustentava o país, • O governo JK ficou associado à modernização do
o do Café, entrou em crise em 1929. país, a entrada de multinacionais e o endividamento

do país com bancos internacionais.


INDUSTRIALIZAÇÃO DO GOVERNO DE VARGAS

• Teve início a partir de década de 1930. O Presidente INDUSTRIALIZAÇÃO DURANTE O GOVERNO MILITAR

Vargas se espelhou no desenvolvimento dos • Novamente com apoio dos Estados Unidos entraram
governos nacionalistas da época como da Itália, muitas multinacionais e a partir daquele período se
Alemanha e URSS, quando criou várias estatais. intensificaram a instalação das empresas
Além de copiar dos Estados Unidos os japonesas e europeias, já que o Brasil a partir
conhecimentos técnicos, criando principalmente daquele momento, não apresentaria um risco de se
indústrias de base – responsáveis pela extração ou aliar aos países socialistas e as tecnologias e
produção de matérias primas fábricas serem confiscadas por um possível

governo pró-soviético.
• Na primeira metade dos governos militares, INDUSTRIALIZAÇÃO DA DÉCADA DE 1990
ou seja, até o início da década de 1970 com • Tanto o Presidente Fernando Collor como Fernando
empréstimos internacionais, foram criadas Henrique Cardoso – FHC seguiram a linha de
grandes obras de infraestrutura, como pensamen- to econômico do neoliberalismo – Estado
rodovias, usinas de energia, universidades Mínimo. Muitas estatais foram privatizadas como a
públicas, companhias de água e telefonia, VALE, EMBRAER, empresas de telecomunicações e a
além de bancos públicos e diversas estatais PETROBRAS, que foi parcialmente privatizada. O
como, por exemplo, a EMBRAER. sistema bancário, em grande parte, como o de
• O PIB do país teve um dos maiores energia, seguiu a mesma tendência e muitas
crescimentos do mundo, contudo após a Crise universidades privadas foram criadas
do Petróleo em 1973, os empréstimos • característica dos governos neoliberais foi uma
internacionais ficaram cada vez mais difíceis, segunda onda de desconcentração industrial.
os custos para importar petróleo se elevaram Muitas multinacionais, principalmente do setor
e o país na segunda metade da ditadura automobilístico, entraram no país evitando os eixos
tinha dificuldades para pagar a dívida tradicionais de concentração industrial como São
externa, assim, em poucos anos surgiram a Paulo e Rio de Janeiro.
recessão e a inflação que uma década depois

seria incontrolável. INDUSTRIALIZAÇÃO DESDE OS GOVERNOS DE LULA ATÉ O


• Outro ponto negativo desse período foi que a MOMENTO
entra- da de multinacionais no Brasil • Com o início dos anos 2000 o Brasil acentuou a sua
contribuiu para gerar a falência de diversas desindustrialização iniciada após a Crise do Petróleo.
empresas nacionais que não tinham como Nesse momento a economia chinesa ficou imbatível
competir com as estrangeiras. no quesito atrair indústrias e ao mesmo tempo a
• Um ponto positivo dessa época foi a economia brasileira ficou “viciada” em vender
desconcentração industrial, com a lei de commodities para aquele país. Esse processo hoje
criação das Regiões Metropolitanas. vem sendo chamado de primarização da economia.

• Essa dependência econômica do setor primário é

ambígua, pois quando existem crises econômicas os

alimentos exportados pelo Brasil são os últimos a

serem cortados pelas nações do mundo.


Globalização
' INTRODUÇÃO / CONTEXTO • As teorias de Adam Smith e da Escola Austríaca de

• Alguns autores atribuem a globalização ao Friedrich Hayek deram origem ao neoliberalismo,

momento em que os europeus circum-navegaram que começou a ser difundido nos anos 1970.

o planeta, quando intercambiaram mercadorias e

conhecimentos entre muitos países. CONSENSO DE WASHINGTON

• O termo globalização começou a ser mais utilizado • Foi um conjunto de grandes medidas formuladas

durante a transição da década de 1980 para 1990. durante uma reunião em 1989, desenvolvidas por

Seu significado representa o fim de uma Ordem economistas de instituições financeiras situadas

Bipolar de disputas políticas, econômicas e militares em Washington. Entre elas, estavam o FMI, o

durante a Guerra Fria, entre a União das Banco Mundial e o Departamento do Tesouro dos

Repúblicas Socialistas Estados Unidos.

• No encontro, foram feitas recomendações aos

NEOLIBERALISMO países da América Latina, indicando que, para

• Após o colapso da URSS, houve um declínio gradual atingirem o seu desenvolvimento os países

do socialismo entre os partidos de esquerda ao deveriam ampliar o neoliberalismo, privatizar

redor do mundo. Questões ambientais, dificuldades empresas públicas, criar leis de con- trole e

econômicas e a incapacidade de acompanhar o responsabilidade de gastos públicos, incentivar o

progresso dos países desenvolvidos contribuíram livre comércio, como a liberalização das

para fortalecer partidos de direita e de centro. importações com ênfase na eliminação de

Nesse cenário, emergiu o debate sobre a impostos ou barreiras não fiscais, e a segurança

relevância do papel centralizador do Estado. Ideias jurídica para a propriedade privada.

do século XVIII, como as de Adam Smith, ganharam • Os países na América Latina que mais adotaram

destaque, promovendo a noção de um Estado esse ideário do Consenso foram México, Brasil e

Mínimo focado em educação, saúde, segurança e Argentina.

regulação econômica mínima. Após a Segunda

Guerra Mundial, os EUA, influenciados pela Escola

de Chicago, promoveram a economia liberal para

expandir seus mercados no mundo.


BLOCOS ECONÔMICOS ONU

• São associações econômicas entre os países de • Criada em 1945 nos Estados Unidos, inicialmente

uma determinada região geográfica. Os blocos com sede na Califórnia e depois transferida para

podem ser considerados um dos principais Nova York, procura mediar conflitos entre países,

ícones da globalização. Eles são criados para incentivar a cultura, defender o respeito aos

incentivar o comércio regional, reduzindo direitos humanos e promover o desenvolvimento

impostos entre os membros e normalmente sustentável e econômico e a cooperação entre as

criando barreiras alfandegárias contra países nações. Contudo, evita interferir diretamente na

de fora dessas organizações. soberania dos países.

OTAN - ORGANIZAÇÃO DO TRATADO DO ATLÂNTICO

NORTE

• Criada em 1949, essa organização proporciona um

sistema em que seus membros concordam com a

defesa mútua em resposta a um ataque por

qualquer entidade externa à organização.

Atualmente possui 30 países membros na América

do Norte e Europa, e as despesas militares

combinadas de todos os membros constitui mais

de 70% do total de todo o mundo.

ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL

• Apesar de muitas organizações terem sido PACTO DE VARSÓVIA

criadas logo após a Segunda Guerra, com a • Aliança militar criada em 1955, tinha

finalidade de ordenar o caos mundial gerado características similares a OTAN, contudo o que a

pelo conflito, no período pós 1990 as instituições difere desta organiza- ção é que o Pacto de

vão ser mais notadas do que nas décadas Varsóvia tem função de proteger a URSS de

anteriores. Isso se deve ao surgimento de novos possíveis invasões dos seus domínios territoriais

players na política internacional – como os pelos norte-americanos ou europeus ocidentais.

emergentes Brasil, Ín- dia, China, Nigéria, África

do Sul e diversos países árabes.


OMS - ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE OCDE - ORGANIZAÇÃO DE COOPERAÇÃO E

• É uma agência especializada em saúde, criada DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO

em 1948 e subordinada à ONU. Sua sede é em • Criada em 1948, originou-se como a Organização

Genebra, na Suíça. para a Cooperação Econômica Europeia (OCEE),

• Tem como seus objetivos principais a liderança para ajudar a administrar o Plano Marshall –

em questões críticas para a saúde, desenvolver auxílio financeiro e técnico para reconstrução

opções políticas éticas e científicas de base, da Europa, o que foi rejeitado pela União

acompanhar a situação e a avaliação das Soviética e seus Estados satélites.

tendências de saúde, colaborar com os estudos

de coleta de lixo. OPEP - ORGANIZAÇÃO DOS PAÍSES EXPORTADORES

DE PETRÓLEO

OMC - ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DO COMÉRCIO • Fundada em 1960, com sede em Viena na

• É a organização que mais representa a Áustria, seus membros possuem

globalização. Sua criação vem do ano de 1995, aproximadamente 80% das reservas

para substituir o antigo GATT (Acordo Geral de petrolíferas do mundo, dando à OPEP uma

Tarifas e Comércio), que havia sido grande influência nos preços globais de

impulsionado pelos Estados Unidos em 1947. Esse petróleo,

país visava reduzir as tarifas alfandegárias • Os membros são: Argélia, Angola, Guiné

entre as nações pois, após a Segunda Guerra, Equatorial, Gabão, Irã, Iraque, Kuwait, Líbia,

os EUA estavam com sua indústria intacta e Nigéria, República do Congo, Arábia Saudita,

seria muito bom existir a abertura dos Emirados Árabes Unidos e Venezuela.

mercados para os norte-americanos. Contudo,

o GATT nunca foi bem recebido, pois a URSS

influenciava aproximadamente 1/3 do planeta e

não aceitava um crescimento da economia

capitalista. Outros países do eixo, chamados de

Terceiro Mundo na época, tentavam proteger

suas economias, fechando-se para muitos

produtos das nações do Primeiro Mundo.

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