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FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA


NÚCLEO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA – NCET
DEPARTAMENTODEGEOGRAFIA–DGEO
CURSO DE GEOGRAFIA/HABILITAÇÃO EM BACHARELADO/LICENCIATURA

GEAN CARLOS NASCIMENTO


Link do Currículo Lattes:http://lattes.cnpq.br/8492753507878759

Pré-projeto de pesquisa apresentado como requisito parcial


para obtenção de nota na disciplina de Pesquisa em Geografia
no primeiro semestre de 2021 ministrada pela Professora
Doutora Maria das Graças Silva Nascimento Silva.

Porto Velho-RO
Maio de 2021
Epígrafe

“Foi o começo da vida de geógrafo: ler e interpretar a paisagem, ter noção da


sequência dos cenários de um determinado espaço, passou a ser uma constante na
em toda minha vida”.

Aziz Nacib Ab’Saber


SUMÁRIO

1. TEMA ........................................................................................................................... 4
2. DELIMITAÇÃO DO TEMA ....................................................................................... 4
3. APRESENTAÇÃO ....................................................................................................... 4
4. INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 5
5. OBJETIVO GERAL .................................................................................................... 5
5.1 Objetivo Específico ..................................................................................................... 7
6. JUSTIFICATIVA ......................................................................................................... 7
7. PROBLEMA ................................................................................................................ 9
8. HIPÓTESE ................................................................................................................... 9
9. MÉTODO E METODOLOGIA .................................................................................. 9
10. LOCALIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO .......................................................... 10
11. REVISÃO TEÓRICA ............................................................................................ 11
12. ETAPAS DO DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO ....... Error! Bookmark not
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13. CRONOGRAMA.................................................................................................... 15
14. BIBLIOGRAFIA .......................................................... Error! Bookmark not defined.
Resumo

As áreas verdes urbanas são um dos elementos que contribuem para o conforto térmico humano das
cidades, além de terem importância paisagística, também proporcionam espaços para atividades
físicas, lazer e recreação. Entretanto,nos últimos anos, alta taxa de crescimento populacional e o
aumento desordenado da ocupação do uso do solo, haja vista, que essa ocupação desprovida de
planejamento fez com que boa parte da vegetação urbana diminuísse. Em vista do exposto, a presente
pesquisa objetivou investigar quala influência da vegetação na promoção do conforto térmico das
áreas urbanas, com o intuito traçar a influência das características físicas do ambiente, nas
condições de conforto térmico humano na cidade de Porto Velho-RO.A partir das análises de
cada Zona Climáticas Locais (ZCL), fazendo uma comparação do uso e ocupação do solo
urbano através da metodologia de Stewart e Oke, (2012) e a percentagem de vegetação de
cada zona climática. Para tanto, foi realizado as coletas de dados da temperatura do ar,
umidade relativa do ar e precipitação, em oito pontos da cidade, pelo período 2009 a 2020.
Respectivamente, também posteriormente realiza o cálculo do Índice de Vegetação (EVI –
NDVI), para cada ZLCs, com o propósito de estabelecer a percentagem de vegetação para
cada (ZCL) e por fim, fazer a discussão da relação entre o Conforto Térmico Humano e a
porcentagem de área vegetada de cada ZCL, utilizando a metodologia dos índices de
Temperatura Equivalente Fisiológica – PET, Temperatura Efetiva – TE e Temperatura Efetiva
com Vento – TEv nas diferentes ZCLs,

Palavras chaves:Conforto térmico; Áreas verdes, Qualidade de vida.

1. Tema
A Contribuição da Percentagem de Área Verde Urbana para a promoção do Conforto
Térmico Humano Na Cidade De Porto Velho / RO.

2. DELIMITAÇÃO DO TEMA
Qual é a relação dos índices de Vegetação na promoção do Conforto Térmico, entre
os diferentes espaços urbanos na cidade de Porto Velho – RO, no período de 2010 a 2020.

3. APRESENTAÇÃO
Inicia-se a minha caminhada acadêmica no ano 2014 em uma IES particular,
entretanto ao passar do tempo percebi que o curso não era bem o que eu esperava para
trabalha/ter como profissão para minha vida, o tempo foi passando, e foi se consolidando a
não afinidade com a aquele campo de atuação. Então surgiu a oportunidade de prestar o
processo seletivo de transferência de curso para a Universidade Federal de Rondônia no ano
de 2017, onde se iniciou a minha trajetória dentro da Universidade, ainda sem ter muita
certeza do que a geografia poderia me proporcionar, mas sabendo que entre as opções de
curso que eu tinha, era a melhor escolha, os semestres foram passando foi me deparando com
algumas disciplinas que me identifiquei ao logo do semestre. O marco chave que consolidou
que eu tinha tomado a decisão correta foi na primeira aula de campo 2º semestre da
universidade, ali tive a certeza que era uma área que eu gostaria de trabalha, vivenciar aquelas
experiências, entender como funcionava os fenômenos da natureza e todos os processos que
tinham, foi fascinante pode está em campo e conseguir visualizar tudo isso.
Além disso, outros contatos também influenciaram até a chegada do tema abortado
neste estudo, porém o que me fez ter o interesse pela temática, surgiu mediante uma
exposição de um professor com a temática relacionado Clima e Saúde, durante a semana
acadêmica de geografia, a pesquisa, no primeiro momento, achei interessante essa relação e
fui buscar saber mais, pesquisei alguns trabalhos sobre essas relações e encontrei um artigo
que trabalha com essa perspectiva de sensação/Conforto térmico em ambientes arborizados, e
como esses fenômenos tinha influencia no dia a dia das pessoas. Logo após da leitura desses
artigos, surgiu esse interesse em pesquisar sobre essa temática, porém sem saber como iria
fazer isso. No ano de 2020, uma amiga me convidou a conhecer o grupo de pesquisa, no qual
eu faço parte atualmente, por evento de casualidade o professor líder do grupo de pesquisa já
realizava algumas pesquisas com essas temáticas, tivemos uma entrevista explanei o meu
interesse

4. INTRODUÇÃO

O fenômeno da urbanização é crescente e global, porém o processo de expansão das


cidades nem sempre é ordenado ou planejado, podendo assim contribuir para as diversas
transformações e modificações na paisagem da cidade (RIBEIRO et al., 2017). Dessa forma,
nota-se que a diminuição desses fatores bióticos pode influenciar negativamente a qualidade
ambiental das cidades (FROTA; SCHIFFER, 2007). Em paralelo ao processo de urbanização há o
contexto climático, que nas cidades é espelho de um arranjo complexo da estrutura urbana e
atualmente, um grande desafio para os planejadores e formuladores de políticas públicas que visam
garantir um ambiente mais confortável e de qualidade (AHMED, 2003). Diante do Exposto, estudos
anteriores apontam que o desconforto térmico pode ser considerável nas áreas urbanas centrais, onde
existe maior adensamento populacional e uma grande impermeabilização do solo, contribuindo então
para o desconforto térmico humano (BUENO, 1998; PEZZUTO, 2007).
Nesse sentido, estudos apontam que o aumento extensivo em superfícies
impermeáveis, grandes quantidades de emissões de calor e o baixo índice de áreas verdes
urbanas, podem causar excesso no armazenamento de calor, redução no teor de umidade do
substrato e, consequentemente, redução dos fluxos de calor latentes e dos processos de
evapotranspiração, que são variáveis que podem potencializar a exposição humana ao calor
em ambientes externos, logo, favorecendo sensações de desconforto térmico para apopulação
(ASAEDA et al., 1996; SALATA et al., 2016).
Contudo, o design das vias urbanas pode proporcionar a mitigação desses efeitos por
meio do aumento potencial da cobertura arbórea nas ruas, o que por sua vez implica na
redução da temperatura radiante média, visto que as superfícies vegetadas contribuem para
amenizar as condições climáticas, enquanto áreas densamente construídas favorecem a
retenção do calor devido à grande concentração de construções e materiais urbanos
(FRANÇA, 2012).
Deste modo, nota-se a importância do estudo e planejamento de áreas verdes estar
incluso nos projetos urbanos e políticas públicas, para o desenvolvimento de cidades
saudáveis, uma vez que estes podem proporcionar a formação de microclimas urbanos
distintos, assim como trazer uma experiência de conforto térmico e qualidade de vida para os
pedestres (THOM et al., 2016). Entretanto, há a necessidade de uma extensa e completa
avaliação quanto ao tipo de vegetação escolhido, como estratégia de mitigação do desconforto
térmico, uma vez que estudos recentes afirmam que nem todos os tipos de vegetação são
igualmente eficazes na promoção do conforto térmico, podendo variar muito entre tipologias,
apresentando diferentes cenários para os microclimas urbanos (RICHARDS et al., 2020;
WINSTON et al., 2016 ; YU et al., 2018).
Com base no exposto, considerando que a discussão dos índices de áreas verdes
apresenta-se como importante ferramenta para o controle das temperaturas nas cidades e que
embora o estudo deste tema não seja recente, percebe-se ainda pouca aplicabilidade dessas
ações nas áreas urbanas, deixando lacunas a serem preenchidas. Desta forma, a presente
pesquisa tem como objetivou investigar sobre a influência da vegetação na promoção do
conforto térmico das áreas urbanas e espera assim, contribuir para o campo teórico de estudo
apresentando uma compilação de informações relevantes ao poder público no
desenvolvimento de cidades que visem à qualidade de vida da população.

5. OBJETIVO GERAL

Busca-se, com essa pesquisa, realizar uma análise sobre a importância da vegetação
urbana e dos diferentes usos e ocupação do solo, por meio da metodologia das Zonas
Climáticas Locais (ZCL), Para tanto, o presente projeto pretende-se analisar a influência da
percentagem de áreas verdes urbanas, na promoção do conforto térmico humano para a cidade
de Porto Velho-RO, no ano de 2010 a 2020. Partindo das interpretações desses índices de
vegetação utilizando a ferramentas de sistema de informações geográficas, para quantificar e
avaliar as porcentagens e também realizar a discussão com as literaturas e o estuda da arte
disponível.

5.1 Objetivos específicos:

1. Identificar as zonas climáticas locais da área urbana do município de Porto Velho-RO;


2. Coletar dados de temperatura do ar, umidade relativa do ar e precipitação em pontos
de coleta representativos de cada LCZ’s identificada;
3. Calcular o Índice de Vegetação (EVI – NDVI) para as ZLCs identificadas na área de
estudo.

6. JUSTIFICATIVA

Considerando ainda, que o desmatamento urbano tem aumentado e cada vez mais
contribui negativamente para o desconforto térmico nas cidades, nota-se o aumento da
temperatura, em contrapartida dessas ações antrópicas (SANTOS, 2012). Para tanto, o
presente projeto pretende-se analisar a influência da percentagem de áreas verdes urbanas, na
promoção do conforto térmico humano na cidade de Porto Velho-RO a partir das Zonas
Climáticas locais (LCz).
Com objetivo de analisar a influência da arborização sobre a umidade e a
temperatura do ar, notamos que a vegetação exerce um papel importante na amenização da
radiação solar e refletância (QRC.DEPAUL, 2004), a cobertura vegetal quando é inserida no
contexto urbano pelo menos 20% da radiação solar recebida é usada para evaporação, o
esfriamento pela transpiração, a sombra das árvores pode auxiliar a refrescar o local, evitando
o aquecimento de superfícies artificiais. Estes efeitos podem reduzir a temperatura do ar em
até 5ºC (AKBARI et al, 1991). Landsberg (2006), explica que as alterações climáticas
provocadas pela urbanização, devem-se a três fatores: a primeira é a alteração na superfície,
pois uma floresta densa terá sido substituída por uma conjunto de superfície impermeável,
como pedra, tijolo e concreto; naturalmente, já a segunda causa é a produção de calor pela
própria cidade, proveniente do metabolismo da massa de seres humanos e animais em
consonância com aumento de veículos motorizados; e a terceira maior influência da cidade
sobre o clima são as áreas densamente povoadas que promovem a alteração da composição da
atmosfera.
Conforme recentes pesquisas na cidade de Porto Velho, RO, observou-se através de
imagem de satélite a classe temática dos baixos índices de vegetação, teve mais intensidade
no setor central, leste e sul, e também houve uma diminuição na vegetação de baixa densidade
entorno do perímetro urbano. Com isso, Tejas (2012), Realizou uma análise temporal entre
1985 e 2011, para os índices de vegetação urbana, ao qual identificou que houve um
crescimento em até 11% da classe temática de vegetação inexistente, e 16% para a baixa
densidade de vegetação sendo mais expressivo nos setores: norte, centro e sul do perímetro
urbano.
No entorno encontrou-se a categoria de média densidade de vegetação com pequenas
manifestações de floresta ombrófila aberta principalmente nos bairros Triângulo, Área Militar
(5°BEC) e Jardim Santana. Um dos maiores representantes da natureza nas cidades são as
árvores, por sua força de presença na paisagem e pelo elo natural que estabelecem com o ser
humano. A presença das árvores na cidade é uma forma de reaproximar o ser humano da
natureza aliando praticidade à poesia, retomando a ligação existente desde seus ancestrais.
Assim, as árvores trazem benefícios psicológicos à população da cidade, preenchendo em
parte uma lacuna advinda da necessidade de seus habitantes de um contato com a natureza.
(FARAH; CALIL 1997, p. 104).
A criação de parques dentro da cidade traz consigo um ambiente mais saudável,
qualidade de vida e refúgio de espécies de animais como aves e etc. Parques podem ser
construídos ao redor dos igarapés que foram degradados ao longo do tempo pela ação
humana, ao mesmo que cria um ambiente mais agradável, essas ações revitalizam e dão vida
ao igarapé, criando assim mais um espaço para o aproveitamento da população. Nesse
contexto podemos analisar que a relação cidade-natureza foi deixada de lado sem levar em
consideração que a arborização traz para a sociedade, com intuito de proporcionar conforto
térmico para a população (DUARTE, 2000) e (LOTUFO, 2013). Além disso, podem
proporcionar ambientes que possam ser utilizados nas práticas de exercícios físicos, quanto
para o lazer da comunidade local. Sendo passível de intervenção urbanística, ação simples
como o aumento da calçada, recuos com gramas para uma maior drenagem do solo, com
arvores que causam sombras frondosas, já melhoraria o aspecto da região (HULSMEYER,
2014).
Assim, o presente projeto pretende estabelecer, a partir da análise dos índices de
vegetação e da comparação do uso e ocupação do solo urbano, por meio da metodologia das
Zonas Climáticas Locais (ZCL) (OKE, 2009), o quanto estes aspectos podem contribuir na
manutenção do conforto térmico humano de Porto Velho.

7. PROBLEMA

Qual é a relação dos índices de vegetação na promoção do conforto térmico, entre os


diferentes espaços urbanos na cidade de Porto Velho – RO, pelo período de 2010 a 2020?

8. HIPÓTESE

A presente pesquisa busca afirmar que a vegetação urbana, influência os padrões do


conforto térmico humano, por meio de características relacionadas à densidade, forma,
tamanho e posição da vegetação, sendo então capazes de atenuar a temperatura do ar,
interceptar a radiação solar e manter o fluxo de vento.

9. MÉTODO E METODOLOGIA

O estudo perpassa pela premisse do método hipotético dedutivo foi empregado, pois
mostrou-se mais adequado para a pesquisa, devido apresentar características que podem
contribuir para análise da temática abordada neste estudo, pois conseguimos, identificação,
discutir, problematizar, formar hipóteses ou conjecturas, sobre a temática. Dessa forma, a
presente pesquisa buscou compreender os impactos causados pelas áreas verdes na promoção
de conforto térmico nos espaços urbanas, mediante critérios de pesquisa, partindo do
pressuposto das análises dos tipos de aplicação de questionários à população, e os índices
utilizados nas pesquisas, uma comparação do uso e ocupação do solo urbano, através do
protocolo de Stewart e Oke, (2012) e a percentagem de vegetação de cada zona climática.
Para tanto, realizar-se-á a coletas de dados da temperatura do ar, umidade relativa do ar e
precipitação, em nove pontos da cidade, pelo período de um ano. Respectivamente, também
far-se-á o cálculo do Índice de Vegetação (EVI – NDVI), para cada ZLCs, com o propósito de
estabelecer a percentagem de vegetação para cada (ZCL) e, além disso, fazer a discussão da
relação entre o Conforto Térmico Humano e a porcentagem de área vegetada de cada ZCL,
utilizando a metodologia dos índices de Temperatura Equivalente Fisiológica – PET,
Temperatura Efetiva – TE e Temperatura Efetiva com Vento – TEv nas diferentes ZCLs.
Da Coleta em Campo Para realização dessa pesquisa serão utilizados dados
primários de temperatura e umidade relativa do ar, obtidos a parti de levantamento in locus na
área urbana do município de Porto Velho RO, e dados secundários de velocidades e direção
dos ventos referentes a estação meteorológica oficial do Instituto Nacional de Meteorologia
(INMET) e da Estação Metrológica da Usina Hidroelétrica Santo Antônio.
Outrossim, os dados de temperatura do ar e umidade relativa do ar, serão obtidos a
partir da instalação de oito mini abrigos meteorológicos em sistema de haste vertical de
1,50m, contendo um sensor Datalogger HT-500, e em diferentes pontos da cidade de Porto
Velho. Referentes as LCZs classificadas. Todos os pontos de coleta serão georreferenciados e
mapeados com auxílio do software QGIS 2.8, a fim de se estabelecer a relação espacial do
fenômeno. Já os dados de velocidade e direção do vento serão obtidos a partir da estação
meteorológica do INMET e da Estação Metrológica da Usina Hidroelétrica Santo Antônio.
Determinação das ZCL Para a caracterização da morfologia urbana e dos respectivos
usos da terra será utilizado o método das zonas climáticas locais (LCZ). Realizando uma
comparação do uso e ocupação do solo urbano através do protocolo de Stewart e Oke, (2012)
e a percentagem de vegetação de cada zona climática. O sistema é composto por 17 LCZs, e
cada uma tem um protocolo de característica urbana.

10. LOCALIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO

A área do presente estudo é o município de Porto Velho capital do estado de


Rondônia, está localizada a uma latitude 08° 45’ 43’’ S e a uma latitude longitude 63° 54’14’’
W, possuindo uma altitude de 85 metros, incluída na mesorregião Madeira-Mamoré. Com a
finalidade de analise em sua área urbana, seu território estende-se por 34.090,954 km²,
ocupando 15% do território estadual, sua área urbana tem aproximadamente 150 km2.
No último censo realizado pelo Instituto Brasileiro de Estatística e Geografia
(IBGE), sua população está estimada em 529.544 habitantes com uma densidade demográfica
de 12,57 hab/km2, sendo o município mais populoso do estado.
Em relação a sua vegetação, a cidade esta inserida no bioma Amazônia é estão
presentes no município de Porto Velho as seguintes vegetações: Floresta ombrofila aberta
submontana, Floresta Ombrofila aberta das terras baixas e contato savana/Floresta Ombrofila.
Sendo a Floresta Obrofíla aberta predominante na área urbana, que se caracteriza pelo dossel,
troncos apresentam-se mais espaçados, podendo atingir cerca de 30 m de altura.
Fernandes e Guimarães (2002), O clima de Rondônia, relata que o município de
Porto Velho está inserido em uma região com duas estações climáticas distintas. O período
chuvoso, que ocorre de outubro a abril, e o período seco, predominante nos meses de junho,
julho e agosto, sendo que os meses de maio e setembro são períodos de transição.
A estação chuvosa é chamada de invernoamazônico e a estação seca de verão
amazônico, devido à tradição local na interpretação de fenômenos climáticos que
associam períodos secos e chuvosos à sensação térmica. Santos (2010).
Sendo que os três primeiros meses do ano como são os mais chuvosos e os meses de
junho, julho e agosto como os menos chuvosos, contribuído para um período de grande
ocorrência de queimadas (Bezerra et. al ).
A configuração espacial da cidade de Porto Velho, atualmente, encontra-se
subdividida em quatro zonas: central, norte, leste e sul. Partindo-se da zona central, composta
pelo primeiro núcleo de ocupação, temos a zona norte, sul e leste. Como a cidade surgiu às
margens do rio Madeira, esse foi o ponto de partida para o desenvolvimento da cidade para os
polos. (NASCIMENTO, 2010).
A classificação Geomorfológica do município de Porto velho segundo Souza e
Rueda (2007) apresenta: terrenos aluviais atuais, terraços, áreas alagadas, leque aluviais, áreas
de escoamento impedido, agrupamento de morros e colinas, planaltos e superfície tabular.
Quanto à classificação Pedológica em Porto Velho e predominantemente o latossolo amarelo,
assim como o latossolo vermelho-amarelo.

11. REVISÃO TEÓRICA

Durante as últimas décadas, o interesse pela avaliação do conforto térmico se


expandiu devido ao aumento do estresse térmico nas cidades. Porém, houver um número
relativo de pesquisar sobre essa temática em ambiente externo (SWAID et. Al., 1993;
NIKOLOPOULO et. Al.,2001; GIOVANI et. al., 2003; SPAGNOLO; DE DEAR, 2003), ao
passo que muitos trabalhos têm sido feitos sobre o conforto térmico em ambientes
interior.Teoricamente, os índices de desenvolvimento para as condições internas também
podem se aplicadas em ambientes externos. O principal problema para avaliar as condições
térmicas ao ar livre é que as atividades.
O SCU pode ser diminuído com a presença de vegetação que funciona como
reguladora da temperatura urbana, pois absorve com mais facilidade a radiação solar utilizada
nos processos biológicos (fotossíntese e transpiração), reduz a poluição atmosférica e, quando
próxima aos corpos d’água, tende a apresentar temperaturas mais amenas e,
consequentemente, diminuem o efeito das ilhas de calor (GOMES; AMORIM, 2003).

11.1 Conceitos de Arborização Urbana

O acesso a alguma forma de “natureza” no interior das cidades é uma necessidade


humana fundamental (THOMPSON, 2002), sendo que a inclusão de áreas verdes no
planejamento das cidades tem se tornado um direito do cidadão (SANESI; CHIARELLO,
2006), que pode a partir daí desfrutar das funções psicológicas, sociais, ecológicas, estéticas e
educativas que estas áreas exercem no meio urbano.
Num entanto, mesmo com inúmeras pesquisas relacionadas ao planejamento urbano
tem sido evidenciada no Brasil e no mundo pela grande quantidade de pesquisas que indicam
a vegetação como um fator importante para a qualidade ambiental. (BARGOS e MATIAS
2012), Num entanto, há uma falta de consenso em relação aos termos utilizado: (áreas
verdes/áreas livres, índice de vegetação urbana, verde urbano), da mesma forma
(BARGOS e MATIAS 2012). Considera que muitas das vezes é atribuído o mesmo
significado para todos esses termos, sendo que as maiorias delas não são nem sinônimo.
Porém, segundo Cavalheiro e Del Picchia (1992) consideram que, do ponto de vista
conceitual, uma área verde é sempre um espaço livre e que o termo espaço livre deveria ser
preferido ao invés de áreas verdes, pois segundo os autores é um termo mais abrangente que
inclui ainda as águas superficiais.
As áreas verdes englobam locais onde predominam a vegetação arbórea, praças,
jardins e parques, e sua distribuição deve servir a toda população, sem privilegiar qualquer
classe social e atingir as necessidades reais e os anseios para o lazer, devendo ainda estar de
acordo com sua estrutura e formação (como idade, educação, nível sócio-econômico)”
(MONTEIRO et. Al. 2007)
De acordo com Lima et al. (1994), consideram que é complexo os termos utilizado
para a classificação da vegetação urbana para que seja discutido de forma convergente.
 Área verde: onde há o predomínio de vegetação arbórea. Devem ser
consideradas as praças, os jardins públicos e os parques urbanos, além dos
canteiros centrais e trevos de vias públicas, que tem apenas funções estéticas e
ecológicas. Porém, as árvores que acompanham o leito das vias públicas não se
incluem nesta categoria. Os autores apontam que as áreas verdes, assim como
todo espaço livre, devem também ser hierarquizadas, segundo sua tipologia
(privadas, potencialmente coletivas ou públicas) e categorias. (BARGOS E
MATIAS 2012)
 Parque Urbano: são áreas verdes, maiores que as praças e jardins, com
função ecológica, estética e de lazer. (BARGOS E MATIAS 2012)
 Arborização Urbana: são os elementos vegetais de porte arbóreo tais como
árvores no ambiente urbano. As árvores plantadas em calçadas fazem parte da
Arborização Urbana, no entanto, não integram o Sistema de Áreas Verdes.
(BARGOS E MATIAS 2012).

De acordo com Guzzo (1999, p. 65), a arborização apresentam diversas funções e


proporcionam melhorias no ambiente excessivamente impactado das cidades e benefícios para
os habitantes das mesmas. Além de proporcionar o conforto térmico que o intuito do trabalho,
a vegetação apresenta diversas funções destacando-se: “Função ecológica”: A presença de
vegetação, do solo não impermeabilizado e de uma fauna mais diversificada nessas áreas,
promove melhorias no clima da cidade e na qualidade do ar, água e solo.

Para Santos; Teixeira (2001)

As “funções associadas às áreas verdes na cidade geram implicações ecológicas,


sociais e estéticas.” Com o surgimento de grande número populacional nos centros
urbanos e também das indústrias, as cidades passaram apresentar estrutura e
elementos que substituíram as vegetações tais como: asfaltos, edificações, concretos,
estruturas metálicas e vidros entre outros elementos que elevam a temperatura
causando desconforto nas pessoas, por isso (SANTOS; TEIXEIRA, 2001, p. 16).

11.2 - Conceitos de Conforto Térmico


Segundo Lamberts (2014), define conforto térmico como sendo o estado de
satisfação térmica sentida por um indivíduo em um ambiente, o qual só é obtido quando todas
as trocas de calor submetidas ao corpo forem nulas e o suor e a temperatura da pele se
encontrem dentro do limite. O autor também aponta que o estudo do conforto térmico
possibilita levar um maior bem-estar térmico ao indivíduo, proporcionando assim um melhor
exercício de suas atividades, sejam elas físicas ou psicológicas.
Para Sartori (2000) a contribuição do clima na saúde e no bem estar dos seres
humanos já é conhecida há tempos. Mas a determinação de sua influência não é tarefa fácil.
Há séculos, estudos de inter-relações do clima e saúde são realizados, mas somente há alguns
anos é que a pesquisas mais precisas foram desenvolvidas, especialmente na área da
bioclimatologia.

11.3 Sobre a quantificação e mensuração do conforto térmico

Vários são os fatores que condicionam a sensação do conforto térmico humano.


Monteiro e alucci (2007) destacam como principais as variáveis individuais e ambientais. As
variáveis individuais são o tipo de atividade, o vestuário e aclimação. “Já variáveis ambientais
são a temperatura do ar, a umidade relativa do ar ou a pressão parcial de vapor, a temperatura
média”. (GOBO, 2018).
Já os fatores que condicionam a sensação de conforto térmico estão associados com
o ritmo de troca de calor entre o corpo humano e o meio ambiente, e também a capacidade de
aclimatação ao meio ambiente, dos hábitos alimentares, das atividades, da altura, peso e tipo
de roupa de cada individua e até mesmo a idade (GOBO, 2018).
A contribuição da vegetação para a parte urbana vem trazendo resultado eficiente
para a melhoria na qualidade de vida da população que pertence a esse local, assim colabora
também com a saúde de seus habitantes e para conforto térmico, trabalha também com a
purificação do ar e reciclagem de gases através de mecanismos fotossintéticos.

12. APLICAÇÃO DOS ÍNDICES DE CONFORTO TÉRMICO

12.1 PET (Temperatura Equivalente fisiológica) – Höppe (1999)

Propôs o índice de temperatura equivalente à sensação térmica do indivíduo através


da Temperatura Equivalente Fisiológica – (PET) Se define como: a temperatura equivalente à
temperatura do ar na qual, em uma situação típica interna, o balanço térmico do corpo
humano é mantido, como de temperaturas do centro do corpo e da pele iguais a situação em
questão (HÖPEE, 1999).
Para calcular a temperatura equivalente fisiológica (PET), deve-se proceder às
seguintes etapas: cálculo das condições térmicas do corpo humano, temperatura da pele (tsk) e
temperatura do centro corpo (tc), por meio de sistema de equações do modelo MEMI, para
um dado de combinação de parâmetros meteorológicos e individuais; inserção dos valores
encontrados de temperatura da pele (tks) e temperatura do centro do corpo (tc) no modelo
MEMI, resolvendo-se o sistema de equações para achar a temperatura do ar (Tar).
13. CRONOGRAMA

Meses
FasesdaPesquisa
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13
Pesquisa x x x x x x x x x x x x x
Bibliográfica
Coletade Dados
Organização do
Trabalho de Campo
Levantamento de
Dados de Campo
Sistematização dos
Dadosde Campo
Redação Final
Defesa da
Monografia ou TCC

14. REFERÊNCIAS

AB’SABER, Aziz Nacib. O que é ser geógrafo: memórias profissionais de Aziz


Ab’Saber,em depoimentoa CynaraMenezes–RiodeJaneiro:Record,2007.

MONTEIRO, Leonardo Marques; ALUCCI, Marcia Peinado. Questões teóricas de conforto


térmico em espaços abertos: consideração histórica, discussão do estado da arte e proposição
de classificação de modelos. Ambiente Construído, v. 7, n. 3, p. 43-58, 2007.

ARAM, Farshid et al. Urban green space cooling effect in cities.Heliyon.5, Issue 4, 2019.
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