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CAPÍTULO I
Considerações gerais, 3
1. Introdução, 3
2. Objetivo, 3
3. Topografia, 4
4. Coordenadas terrestres, 6
5. A vegetação, 11
6. Agentes atmosféricos, 13
7. Efeitos benéficos, 24
8. Efeitos maléficos, 25
CAPÍTULO II
CAPÍTULO III
Os incêndios florestais, 33
1. Introdução, 33
2. Os tipos de fogo, 33
3. Partes do incêndio, 35
4. Causas do incêndio, 35
5. Fatores de propagação, 39
6. Períodos de incidências, 44
7. Prejuízos ecológicos, 45
CAPÍTULO IV
O combate, 46
1. Introdução, 46
2. A localização do incêndio, 46
3. Composição da guarnição, 48
4. O desenvolvimento do combate, 50
5. Métodos de extinção, 52
6. O apoio logístico, 54
7. Fogo contra fogo, 54
8. Os aceiros ou linhas de defesa, 54
1
CAPITULO V
O material, 57
1. Introdução, 57
2. Equipamento individual, 57
3. Material e equipamento operacionais, 58
4. O helicóptero e o ultraleve, 63
5. O trator, 66
6. Osborne e goniômetro, 68
7. A comunicação, 69
CAPITULO VI
A prevenção, 71
1. Introdução, 71
2. Educação preventiva, 72
3. Controle de riscos e causas, 73
4. A vigilância, 79
5. O código florestal, 82
CAPITULO VII
Situações diversas, 85
1. Introdução, 85
2. Fogo no mato em local urbano, 85
3. Fogo no mato junto a rodovias e ferrovias, 86
4. Fogo no mato ameaçando residências, 87
5. Salvamento em incêndios florestais, 88
6. O rescaldo, 89
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CAPÍTULO I
Considerações gerais
1. INTRODUÇÃO
Dos três reinos da natureza, o reino vegetal é o mais importante, pois sem ele o
reino animal não sobreviveria.
Contudo, pouca atenção se tem dado a esses eventos, não se preocupando com
os prejuízos que trazem à comunidade e para o mundo futuro, prejuízos estes que, a
cada ano, tornam-se crescentes.
O Brasil não pode continuar sendo uma imensa queimada, tendo como vítimas
as nossas reservas florestais, nossa fauna, nosso homem e nossa economia.
2. OBJETIVO
3
3. TOPOGRAFIA
Incêndios
Natureza do Imóvel Sinistrado Extensão do
Unidades da Sinistro
Federação Comercial Industrial Residencial Edifício Depósito Matas, bosques, Outra Total Parcial
Público em Geral estabelecimentos
agropecuários, etc.
Brasil 2074 1348 6363 372 845 3123 1935 2703 13104
Rondônia 8 9 25 2 1 7 5 12 47
Acre 8 - 6 1 6 18 4 17 24
Amazonas 12 7 28 - 8 - 1 19 36
Roraima 2 - 13 - 1 3 - 6 12
Pará 28 17 63 3 6 6 25 10 135
Amapá 8 7 28 2 4 1 3 6 47
Maranhão 4 3 51 - 1 - 1 51 7
Piauí 15 6 88 - 1 23 1 27 107
Ceará 34 17 68 10 17 - 41 31 141
Rio Grande 15 3 42 4 4 1 15 8 78
do Norte
Paraíba 10 7 32 1 2 1 4 7 47
Pernambuco 73 39 175 14 13 45 5 18 303
Alagoas 19 8 15 9 - 1 3 7 48
Sergipe 2 2 - - 1 1 1 3 2
Bahia 63 18 57 2 12 4 49 92 107
Minas Gerais 197 113 789 44 89 328 904 80 2377
Espírito Santo 10 5 38 2 17 3 3 24 54
Rio de Janeiro 336 63 767 32 80 88 175 1213
São Paulo 581 477 2037 105 235 1233 139 576 4215
Paraná 235 182 603 25 91 635 45 391 1398
Santa 90 150 336 21 46 76 43 254 496
Catarina
Rio Grande 230 193 890 68 180 593 527 766 1856
do Sul
Mato Grosso 34 32 78 10 20 32 21 54 173
do Sul
Mato Grosso 15 3 15 1 - - - 12 21
Goiás 23 11 53 3 9 8 6 48 65
Distrito 24 - 66 15 1 - 3 11 98
Federal
*Fonte – Ministério da Justiça, Secretaria de Planejamento, Divisão de Estatística.
a. Baixada
b. Maciços litorâneos
4
c. Planalto
Além do Rio Paraíba do Sul, junto ao limite com o Estado de Minas Gerais,
seguindo rumo grosseiramente paralelo à linha divisória, ergue-se outro paredão
montanhoso semelhante a Serra do Mar: é a Serra da Mantiqueira, que forma o rebordo
do planalto Mineiro.
Dentre os picos mais altos estão o Pico de Itatiaia, no maciço das Agulhas
Negras e o Dedo de Deus, na Serra dos órgãos, em Teresópolis.
5
a. O fogo seca e aquece os materiais florestais que estão na parte de cima com
maior intensidade que os situados abaixo, não só pelo fato das ondas de calor irradiado
tenderem a subir, corno também pelo fato do declive aproximar os materiais das
chamas.
Levantamento de ar aquecido
05 – 15 1.00
16 – 25 1.05
26 - 35 1.15
36 - 45 1.20
46 – 55 1.25
4. COORDENADAS TERRESTRES
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A Terra possui um eixo imaginário, cujas extremidades constituem os pólos
norte e sul, ou "pólos verdadeiros", tendo em vista que suas posições diferem
ligeiramente dos "pólos magnéticos" indicados pela bússola.
Pelo eixo terrestre, podemos passar uma infinidade de planos paralelos ao plano
do equador, os quais determinam, na superfície terrestre, linhas chamadas "paralelos".
De modo análogo, se traçarmos planos que contenham o eixo terrestre e que sejam
perpendiculares ao plano do equador, eles irão formar linhas imaginárias denominadas
"meridianos".
a. Longitude
Evidentemente, a longitude de qualquer ponto não pode ser superior a 180º 00'
00” (este ou oeste). Por outro lado, todas as localidades situadas sobre um mesmo
meridiano, têm a mesma longitude.
b. Latitude
c. Altitude
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1) Altitude da estação meteorológica
Ela é, então, a distância vertical média entre a área onde está localizada a
estação e o nível do mar, considerando-se como "área da estação" o terreno circular de
20 metros de raio, em cujo centro está o abrigo de instrumentos meteorológicos.
2) Altitude do barômetro
d. Plano do horizonte
e. Movimentos da terra
f – Estações do ano
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Nesse ponto, os raios solares são perpendiculares a qualquer local situado sobre
o equador. Assim sendo, é primavera no hemisfério Norte e outono no hemisfério Sul. Os
dois pólos terrestres recebem então idênticas quantidades de energia luminosa, e para
um observador que estivesse no Pólo Norte seria verão, e para o Pólo Sul, Inverno.
Quando a Terra se movimenta ao redor do Sol, tomando uma nova posição "Q",
o hemisfério Norte começa a receber mais luz que o hemisfério Sul, devido à inclinação
do eixo da Terra em relação a eclítica. Nesta posição, os raios solares vão se tornando
perpendiculares aos locais situados cada vez mais ao Norte do equador, até atingir a
Latitude máxima possível (23º 27’ N)
Isto ocorre exatamente quando a Terra atinge a posição "Q", ocasião em que se
inicia o verão no hemisfério Norte e o Inverno no hemisfério Sul.
9. Fusos horários
9
Como exemplo, para localidades situadas no meridiano central do 3º fuso a
oeste de Greenwich, teremos 3 horas a menos em relação ao tempo registrado rios
relógios do Observatório.
Tal fato ocorre com o Brasil, que tem o seu território dividido em quatro fusos
horários, limitados por acidentes geográficos importantes.
Exceto no Equador, onde durante todo o ano os dias duram doze horas, a
duração dos dias veria com a latitude, sendo mais longos no verão do que no inverno.
É importante ainda observar que, por ocasião dos equinócios, o sol culmina
sobre o equador ao meio-dia, enquanto que, por ocasião dos solstícios, o sol culmina
sobre os trópicos de Capricórnio (23º 27' S) e de Câncer (23º 27’ N).
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A 23 de setembro o Sol culmina no zênite* sobre o equador ao meio-dia,
iluminando igualmente os dois hemisférios. Este dia tem a mesma duração para todos os
pontos situados no equador ou em qualquer outra latitude (exceto nos pólos). Para o
pólo norte, inicia-se o inverno, e para o pólo sul tem início o verão. A partir de 23 de
Setembro, o sol vai culminando no zênite em locais cada dia mais ao sul, o que provoca
um aumento de duração da luz solar ao sul, e uma diminuição da luz solar (duração do
dia), no hemisfério norte.
Como podemos observar, o dia e a noite nos pólos dura cerca de 6 meses. Como
curiosidade estão registrados, a seguir, os dias mais compridos verificados em latitudes
de 00º a 90º (norte ou sul):
00º 12.00 h
10º 12.35 h
20º 13.13 h
30º 13.56 h
40º 14.51 h
50º 16.09 h
60º 18.30 h
70º 65 dias
80º 134 dias
90º 186 dias
5. A VEGETAÇÃO
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Além desses efeitos, a transpiração da massa florestal provocará o aumento da
umidade relativa do ar. Todos esses fatores reunidos reduzem sensivelmente o perigo de
ignição e propagação dos incêndios florestais.
Porém, em uma floresta aberta e rala, a radiação solar e o vento atuarão quase
livremente, produzindo o aumento da temperatura e a secagem do material combustível,
expondo assim a floresta a um maior risco de incêndio.
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Portanto, o mapeamento das classes de materiais combustíveis, ou tipos de
vegetação dentro do estado, é também um ponto importante para sabermos em que
áreas o fogo vai se propagar mais rapidamente, quais as áreas que pela sua vegetação
oferecem maior perigo, etc. Este conhecimento é realmente de extrema importância
quando do combate a incêndios florestais, devendo por isso haver um prévio,
conhecimento de suas florestas pelos quartéis dos Corpos de Bombeiros. Para tanto,
mostramos a seguir uma localização no Estado, de nossas reservas importantes.
6. AGENTES ATMOSFÉRICOS
a. Ventos
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- Conhecer a influência da Topografia no fluxo de ar próximo à superfície
terrestre;
- Avaliar a influência de obstáculos, tais como rochedos, árvores e consideráveis
massas de terra, no que se refere à mudança de direção da corrente do ar;
- Saber como se comportará o ar junto aos vaies, colinas, e no interior de
florestas e bosques;
- Conhecer os princípios que regem as mudanças dos elementos do vento, e
corno determinar a sua direção.
2) Ventos periódicos
São os que sopram em períodos certos, ora em uma direção, ora em outra.
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A distribuição local de temperatura e pressão nas áreas da costa é tal, que o ar
quente sobre a terra se eleva e se move horizontalmente para o mar. Em substituição a
este ar quente ascendente, o ar mais frio sobre a água move-se para a terra,
ocasionando a "brisa marítima".
Com o inverno tomando-se o continente mais frio que o oceano, dá-se o oposto,
e as correntes dirigem-se da terra para o mar, constituindo as "monções continentais".
3) Turbulência
Para fins de nosso estudo, a turbulência pode ser dividida de acordo com os
fatores causadores, em dois tipos:
4) Direção do vento
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Em meteorologia são utilizados determinados termos, como os abaixo citados,
para caracterizar posições em relação a ventos.
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• Por denominações específicas
5) Métodos de avaliação
- A direção do vento pode ser avaliada por diversos modos, desde os mais
sumários como por meio das birutas dos campos de aviação, das colunas de fumaça, de
inclinação de plantações e ramos, e até por meio de aparelhos apropriados tais como o
Anemômetro de Campanha e o Cata-vento de Wild.
Vento
Quanto mais irregular e cheio de obstáculos for o terreno, tanto mais freado e
irregular será o vento. Assim, a velocidade pode aumentar consideravelmente à medida
que se afasta do solo, segundo a tabela que se segue, considerando-se as condoas
normais de temperatura.
0 13
3 30
6 31
9 32
12 33
15 34
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Até 500 m de altura, a velocidade do vento vai aumentando continuamente,
sendo este aumento muito grande até 30 m. De 500 até 1000 m, a velocidade diminui,
geralmente a velocidade dobra entre 0,5 a 10 m, aumentando apenas 1,2 vezes de 10 a
100 m.
Beaufort nos apresenta uma tabela em que a velocidade do vento pode ser
classificada segundo o efeito que produz, mesmo sem a presença de aparelhos.
Vento
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Este quadro ilustra a influência do vento na propagação dos incêndios.
8 a 16 1,0
17 a 24 2,0
25 a 32 2,8
33 a 40 3,2
41 a 48 3,4
O fogo, por si mesmo, provoca corrente local de ar, que se conjuga ao efeito do
vento, prevalecendo sobre propagação de incêndio.
O calor solar que aquece a terra durante o dia, faz com que o ar existente sobre
ela se eleve pelos vales e declives. Normalmente o vento sopra para cima do vale
durante o dia e para baixo durante a noite. É importante verificar a direção do vento nos
vales e declives para que se planeje o ataque ao incêndio.
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b. Temperatura
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Portanto, concluindo, a temperatura exerce sua influência sobre a
combustibilidade da mata ao facilitar a evaporação, como também influência o grau de
umidade lenhoso; de modo que, ao se elevar à temperatura, surjam condições propícias
aos incêndios; o ar quente absorve maior quantidade de umidade que o ar frio.
c. Índice pluviométrico
Tempo atmosférico
Apesar da sua grande extensão, o Brasil não possuem desertos, e suas máximas
pluviométricas não atingem os níveis observados em outros países. A pluviosidade do
país vai ser resultante, principalmente, da ação das massas de ar e interferência do fator
geográfico - altitude, aliado à temperatura.
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As precipitações no Brasil se distribuem de maneira irregular, variando de menos
de 500 mm até mais de 4.000 mm anuais. As áreas de maiores precipitações (superior a
2.000 mm) são as da região do Alto Amazonas e ao longo da Serra do Mar, onde
também encontramos as precipitações máximas observadas.
d. Umidade do ar
1) Umidade absoluta:
E a quantidade de vapor de água contido rio ar. É expressa na razão "massa por
volume" (g/cm3). É também chamada de "Tensão de Vapor", "Concentração de Vapor” ou
de "Densidade de Vapor”.
2) Umidade relativa:
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• Em outro exemplo se a Umidade relativa em uma determinada região for de
68%, isto significa que naquele momento a umidade existente no ar atmosférico atingiu
apenas a 68% da máxima atingível naquelas condições.
Existe também uma relação estreita entre o conteúdo dos materiais florestais e a
umidade relativa do ar, é fácil Compreender sua influência na propagação dos incêndios.
O conteúdo de umidade dos materiais aumenta ou diminui de acordo com a umidade
relativa do ar. Quanto mais baixa for esta, mais evaporação haverá (o ar absorve a
umidade dos materiais; lenhosos) e por conseguinte mais secos ficarão os materiais
combustíveis da floresta, aumentando assim o perigo do início e propagação dos
incêndios florestais.
Normalmente, durante o dia o ar é mais seco que à noite, quando o fogo arde
mais lentamente, pois a umidade é absorvida pelos combustíveis.
41 - 45 1,0
31 - 40 1,4
26 - 30 2,0
16 - 25 2,8
15 3,2
23
7. EFEITOS BENÉFICOS
Algumas vezes a "cama” de material morto que cobre o solo florestal é muito
espessa, não permitindo o contato da semente com o solo, dificultando por isso a
germinação. Um fogo ligeiro e controlado queima esta "cama", possibilitando o contato
entre a semente e o solo, além de fornecer calor, do qual algumas sementes necessitam
para acelerar a germinação.
c. Limpeza do terreno
g. No combate a Incêndios
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8. EFEITOS MALÉFICOS
a. Danos às árvores
b. Danos ao solo
d. Danos à fauna
25
f. Danos no caráter protetor
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CAPÍTULO II
1. INTRODUÇÃO
Portanto, trataremos agora deste assunto, que tem por finalidade trazer
conhecimentos básicos para se movimentar nas matas, pois tão logo o indivíduo se sinta
isolado, em meio à mata densa, tentará, naturalmente, andar em uma direção qualquer,
em busca da salvação. Será normal tal precipitação, porém totalmente errada, pois a
ânsia de salvar-se, andando a esmo e entrando em pânico, poderá trazer conseqüências
piores. Mostraremos também algumas considerações quanto a animais presentes nesses
locais.
2. A ORIENTAÇÃO
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a. Orientação pelo sol
Desde que observado o ponto de seu nascedouro (Leste) e seu ponto onde se
põe (Oeste), basta se traçar uma perpendicular para se ter a direção Norte e Sul.
Colocando-se a linha 6-12 voltada para o sol, a direção Norte-Sul será a bissetriz
do ângulo formado pela linha 6-12 e o ponteiro das horas, contando no sentido do
movimento dos ponteiros. No caso do hemisfério Norte, a linha a ser voltada para o Sol
será a do ponteiro das horas, e a bissetriz do ângulo desta linha com a 6-12 dará a
direção S-N.
1) Estrela polar
2) Cruzeiro do Sul
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d. Observação dos fenômenos naturais
A carta possui uma série de linhas traçadas sobre ela, formando quadrados,
numerados para melhor identificação.
A primeira coisa que se deve fazer é determinar onde estamos situados quando
olhamos para este desenho, que é, como já mencionamos, o que vê um observador
situado a grande altura, sobre uma determinada região.
O mais eficaz. Por isso, quando se penetrar em qualquer mata densa, para o
combate a incêndios florestais, não se deve esquecer de incluir no equipamento uma
bússola protegida por plástico. Ela poderá ser a salvação da pessoa que se encontra
perdida. Se houver mais de um elemento, poderão caminhar fazendo com que um seja o
homem-ponto, enquanto aquele que maneja o instrumento seja o homem-bússola.
É a deslocamento orientado através das matas e/ou florestas, por via terrestre
ou aquática. Não se dispondo de bússola, a navegação terá de ser orientada de outra
forma. Se houver um guia, normalmente chamado "mateiro", conhecedor da região, não
haverá maiores problemas. Quando se encontrar uma trilha aberta por ser humano,
geralmente ela conduzirá a um lugar de salvação. Se a trilha for de animal - difícil de
identificar por quem desconhece a seiva normalmente ela conduzirá a um local de água
(bebedouro). Se este bebedouro for um riacho ou córrego, poder-se-á segui-lo na
direção da corrente, fato que deverá conduzir a um curso de água maior, e daí, por sua
vez, a um local que permita a sinalização terra-ar ou onde haja habitante ribeirinho.
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Se um elemento perde-se do grupo, poderá ser encontrado lançando mão de
gritos e de apitos; se possuir arma, dará dois tiros, o que já é convencional nas matas.
Poderá também, bater com qualquer pedaço de pau em cartas raízes expostas de
árvores, o que produzirá um som que reboará até determinada distância. Se tentar uma
navegação em busca do grupo, deverá, à medida que se deslocar, ir marcando o
caminho percorrido; para isso fará marcas com um facão, faca ou canivete nas árvores,
ou irá quebrando galhos da vegetação baixa, de modo que as pontas fiquem apontando a
direção seguida.
Um deslocamento mais seguro nas matas deve sempre ser realizado em grupo,
nunca sozinho e jamais com uma distância maior do que três metros entre seus
integrantes. A navegação deve ser em fila indiana e, após o cansaço do homem da
frente, aquele que vai abrindo o caminho, este passará a ocupar o último lugar da fila,
passando seu serviço para o segundo, e assim sucessivamente.
4. A SINALIZAÇÃO
O que mais interessa a uma pessoa que se encontra perdida é ser encontrada.
Portanto, se for utilizado um processo qualquer para sinalização, poderá haver
possibilidades amplas de sucesso, desde que esse processo seja o mais adequado para a
ocasião.
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5. ANIMAIS PEÇONHENTOS E VENENOSOS
Nas matas existem inúmeros animais que poderão atuar como inimigo do
homem, se este não estiver capacitado a evitá-los ou a debelar os malefícios que
poderão decorrer da sua peçonha ou do seu veneno.
a. Animal peçonhento
É aquele que segrega substâncias tóxicas com o fim especial de serem utilizadas
como arma de caça ou de defesa. Para que haja uma vítima de peçonhamento, é
necessário que a peçonha seja introduzida por órgãos especiais de inoculação dentro do
organismo da vítima. Exemplos de animais peçonhentos são as cobras, as aranhas e os
escorpiões.
b. Animal venenoso
É aquele que, para produzir efeitos prejudiciais ou letais, exige contato físico
externo com o homem ou que seja por este digerido, como, por exemplo, o sapo cururu
e o peixe baiacu.
1) Andar sempre com uma vara, batendo-a nas árvores e galhos; o ruído
espantará os animais, e a própria vara poderá servir como defesa.
2) Antes de sentar ou deitar, verificar o local com a vara ou com os pós; evitar
sentar árvores caídas, sem antes examinar à sua volta, pois são lugares preferidos, pelo
frescor e sombra, para abrigar serpentes.
31
6) Evitar sempre andar isolado. Quando possível, deslocar-se no, mínimo, em
grupos de três pessoas.
32
CAPÍTULO III
Os incêndios florestais
1. INTRODUÇÃO
O incêndio florestal deve ser atacado e/ou isolado o mais rápido possível e pela
maior quantidade de pessoa e material.
2. OS TIPOS DE FOGO
a. Fogo de superfície
33
b. Fogo de copo
c. Fogo subterrâneo.
34
3. PARTES DO INCÊNDIO
Seja de que tipo for, o incêndio tem quatro partes que são: o perímetro, cabeça
ou frente, retaguarda ou cauda e flancos.
4. AS CAUSAS DO INCÊNDIO
Focos secundários
35
No dolo, o homem manifesta-se pela intenção de consumar o fato, ele quis e
assumiu o risco de produzir os efeitos advindos de seu ato.
a. Causas naturais
1) Raios
2) Terremotos
3) Tufões
4) Combustão espontânea
5) Efeito de lupa
1) Raios
2) Terremotos
Este fato não foi observado rio Brasil até hoje e não merece ser detalhado,
portanto.
3) Tufões
Os tufões, também, não são comuns no Brasil. Eles acontecem, com mais
frequência, rio mar da China, entre os meses de julho e outubro. É um vento muito forte
e tempestuoso.
4) Combustão espontânea
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A combustão espontânea inicia-se normalmente por uma lenta reação química
(oxidação) que gera algum calor e este processo vai se acelerando até tomar lugar uma
rápida oxidação. Com exceção de alguns corpos sujeitos a uma rápida oxidação, o
processo de combustão espontânea é tento e a ignição pode ocorrer após dias ou mesmo
semanas, durante os quais a temperatura se eleva lentamente.
5) Efeito de "lupa"
A causa inicial foi a ação do homem, mas o incêndio originou-se de uma causa
natural propriamente dita, que foi o "efeito da lupa".
b. Causas humanas
1) Incendiários
2) Queimas para limpeza
3) Fumantes
4) Fogos campestres
5) Operações florestais
6) Estrada de ferro
7) Balões
37
1) Incendiários
Pode-se distinguir dois tipos de incendiários: aquele que age por vingança, por
inimizade ou outro motivo, colocando fogo em floresta alheia, agindo com dolo, portanto.
Temos aquele que age inconscientemente, por desequilíbrio mental qualquer,
tomando-se um "piromaníaco", agindo, neste caso, de maneira culposa, ao atear fogo
em floresta.
3) Fumantes
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4) Fogos campestres
Neste caso, o fato de colocar fogo para acender urna fogueira, pura e
simplesmente, não leva à dedução de que o autor queda que, através da fogueira, fosse
atingida uma floresta com o fogo. Caso a pessoa que acendeu a fogueira,
deliberadamente, desse condições para que o fogo atingisse a floresta, estaria ela agindo
com dolo.
5) Operações florestais
6) Estradas de ferro
7) Balões
5. FATORES DE PROPAGAÇÃO
O combustível é fator básico para a propagação dos incêndios. Não poderá haver
fogo se não houver combustível para queimar. Em uma floresta existe uma grande
quantidade de combustíveis em potencial, os quais, para efeito de análise, podem ser
classificados em:
39
b) Quanto à rapidez em arder
Combustíveis lentos
propagação lenta
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c) Quanto à localização - Combustível subterrâneo: raízes e outros materiais,
que se encontram sob o solo vegetal.
d) Quanto à disponibilidade
2) A seca
A seca pode ser definida como a deficiência de umidade no solo. Uma redução da
precipitação normal, é a causa primária dos efeitos da seca. O perigo de danos e
incêndios florestais aumenta sob condições atmosféricas e ventos fortes, pois todos estes
fatores estimulam a evaporação e transpiração, reduzindo, portanto, rapidamente c
suprimento de água do solo.
Um dos sinais característicos de danos causados pela seca, são folhas e galhos
tenros murchos, o amarelecimento das folhagens e queda prematura das folhas e
também um povoamento afetado pela seca geralmente tem a aparência de uma área
queimada. Portanto, no terreno totalmente seco por falta de precipitação, as plantas não
têm de onde pegar água e, conseqüentemente, vão se tomando secas e mortas.
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3) Outros fatores de propagação
Não serão feitas considerações sobre os demais fatores acima, pois os mesmos
já foram detalhados no capítulo I do presente Manual, dispensando, portanto, qualquer
comentário para o seu perfeito entendimento.
42
Formas de Propagação dos Incêndios
circular
Irregular
Terreno plano
Vento
Elíptico
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6. PERÍODOS DE INCIDÊNCIAS
Os incêndios não ocorrem com a mesma freqüência durante todo o ano. Em cada
região existe uma determinada época do ano em que a ocorrência de incêndios florestais
é mais acentuada. Logicamente, nesse período é necessário que se faça uma proteção
mais organizada e mais efetiva. Esta época do ano, denominada "Período Normal de
maior risco", depende das condições climáticas de cada região, principalmente da
quantidade e distribuição das chuvas, além de outros fenômenos atmosféricos tais como
ventos, geadas etc. Na região do Estado do Rio de Janeiro podemos situar esse período
de maior incidência, começando pelo início do mês de julho até fins de setembro ou início
do mês de outubro. Dentro desse período de maior risco podemos distinguir uma parte
crítica que corresponde à época de prática de queimadas para fins agropecuários.
Conhecendo, então, estes períodos, podemos tomar as medidas necessárias para
estarmos preparados e prontos para atendimento e combate aos incêndios florestais.
Pelo gráfico abaixo, podemos observar que, durante as 24 horas do dia, ocorrem
mudanças bem notórias nas condições e ação do fogo.
Cabe aqui esclarecer que essas variações não são definitivas porquanto certas
condições especiais, tais como vento, umidade, etc., podem modificá-las.
Veremos, à frente, uma fórmula para que sejam calculados os índices de tempo
de fogo em florestas. A fórmula será a de ANGSTROM, que se baseia fundamentalmente
na umidade relativa e na temperatura do ar, ambos tomados ao meio-dia solar, ou seja,
às 13 horas, pelo horário oficial.
Fórmula de cálculo:
13 = índice de perigo
H = umidade relativa do ar
t = temperatura do ar
5; 0,1; 27 = constantes
44
Sempre que B for menor que 2,5, haverá riscos de incêndios, isto é, as
condições atmosféricas do dia estarão favoráveis à ocorrência de incêndios.
Este dia será considerado perigoso, pois B = 1,7 é menor que 2,5.
7. PREJUÍZOS ECOLÓGICOS
Um incêndio florestal pode ser comparado desde uma pequena fogueira, sem
maiores conseqüências, até uma depredação florestal em larga escala.
45
CAPÍTULO IV
O combate
1. INTRODUÇÃO
2. LOCALIZAÇÃO DO INCÊNDIO
46
Os meios através dos quais os incêndios são descobertos e localizados, podem
ser divididos em:
- Torres de observação,
- Patrulhas terrestres,
- Patrulhas aéreas,
- Denúncias públicas
a. Torres de observação
b. Patrulhas terrestres
A área sob vigilância dependerá das facilidades que ofereça para o rápido
deslocamento do pessoal que tem a seu cargo o patrulhamento; quanto mais dificultosa,
menos extensa.
c. Patrulhas aéreas
d. Denúncias públicas
Referem-se aos casos em que o fogo é notado por populares e pessoas alheias
às organizações florestais e que, fazendo uso dos meios mais rápidos que tenham às
mãos, comunicam o caso à autoridade competente.
47
3. COMPOSIÇÃO DA GUARNIÇÃO
- Equipe de combate,
- Equipe de construção de aceiros,
- Equipe de remoção e limpeza,
- Equipe de retaguarda.
a. Equipe de combate
O chefe da equipe dirá por onde deve ser construído o aceiro e a largura do
mesmo, que irá variar conforme as proporções do incêndio (talvez mais, talvez menos
que 10m de largura).
48
Dentro desta equipe deverá ser distribuído o trabalho de forma que parte dela
desenvolva o serviço de derrubar árvores, cortar os troncos, etc., com a finalidade de ir,
progressivamente, fazendo um caminho desobstruído, que é o aceiro.
Para cada equipamento deve-se calcular três homens para operá-lo, assim, se
terá o efetivo da equipe ou das equipes, pois como dissemos acima, deverão ser
conduzidos para o local vários grupos com a finalidade de derrubar árvores e abrir
caminho para a construção de um eficiente aceiro.
Em casos especiais poderá ser utilizado um trator para auxiliar a equipe, o que
poderá se ganhar muito tempo na construção, pois o trator, podendo operar, fará o
serviço de muitos homens. Onde ele não puder trabalhar, a equipe, com moto-serras,
fará o serviço.
Nestas equipes, também são necessários vários grupos de pessoas, que têm
como objetivo a limpeza do terreno e remoção de toras, árvores, arbustos, às vezes
sendo preciso lançar mão da queima de alguns materiais.
d. Equipe de retarguada
49
4. O DESENVOLVIMENTO DO COMBATE
Após esta análise concluir que não se pode atacar com as forças disponíveis,
será melhor retirar-se para uma barreira segura - uma rodovia, estradas e aí iniciar o
ataque.
50
Pode-se atacar o fogo pela retaguarda e flancos com o pessoal disponível.
Deve-se manter homens vigiando o local e agindo em possíveis focos, para que
se tenha certeza que tenha cessado todo o perigo de reativação do fogo.
c. Uma atmosfera úmida retarda a ação do fogo, uma seca aumenta sua
intensidade.
51
f. Deve-se possuir ferramentas em boas condições de uso e as equipes
adequadas com conhecimento suficiente.
5. MÉTODOS DE EXTINÇÃO
- O caráter do incêndio,
- As variações no seu desenvolvimento,
- A topografia e o tipo de vegetação,
- As barreiras naturais existentes,
- O número de combatentes disponíveis,
- Recursos hídricos mais à mão.
52
Basicamente, porém, podemos distinguir três métodos de combate a incêndios:
- Método direto
- Método indireto
- Método paralelo
a. Método direto
b. Método Indireto
Neste caso é quando lançamos mão do aceiro como método de extinção, não
permitindo o seu avanço. O aceiro, de largura maior também permite que se utilize o
fogo contra-fogo. Este método deve ser usado somente quando não for possível deter o
fogo com os outros métodos, e quando o calor não permitir uma aproximação maior do
bombeiro.
c. Método paralelo
53
6. O APOIO LOGÍSTICO
7. O FOGO CONTRA-FOGO
54
A construção de aceiros, dependendo da extensão e tipo de vegetação, exige
grandes concentrações de meios humanos e materiais determinando, então, uma
demanda de tempo muito grande. Assim acontecendo, podemos dizer que os aceiros são
mais eficientes durante a prevenção, onde as grandes extensões e as dificuldades de
construção não são levadas em consideração. Instalado o fogo, a confecção de aceiros
exige maior rapidez e, às vezes, não é possível concentrar-se um grande esforço na sua
construção.
a. Largura de um aceiro
c. Local de construção
d. Disponibilidade de meios
55
Caracterizada a necessidade de um aceiro para impedir o avanço do fogo e
caracterizado, também, o empreendimento de outras medidas para a extinção, cabe ao
Comandante das Operações escolher a melhor medida, caso não tenha ele
disponibilidades de meios materiais e humanos para a confecção do aceiro e agilizar
outras medidas ao mesmo tempo.
56
CAPÍTULO V
O material
1. INTRODUÇÃO
2. EOUIPAMENTO INDIVIDUAL
a. Cantil
Deverá ser colocado no cinto N.A. e serve para manter o homem em condições
de não se desidratar mediante o calor intenso dos incêndios florestais. Permite que seu
trabalho se faça com menos interrupções, pois evita deslocamentos para busca de água.
b. Facão
c. Cinto N.A.
Equipamento mais cômodo para condução de arma, cantil, facão, etc. O cinto
ginástico, por ser muito tardo, exige algumas adaptações para condução de certos
materiais.
d. Perneira ou coturno
57
e. Luvas de couro
São luvas mais longas que as normais, podendo proteger melhor o braço. As
luvas podem ser usadas em caso de remoções de materiais que, por suas características,
viriam causar danos às mãos.
f. Apito
Serve para ser usado em caso de emergência, desde que sejam feitas, antes,
convenções para seu uso.
g. Relógio tradicional
a. Binóculo
b. Bússola
c. Lanterna
Auxílio nas atividades noturnas. A lanterna permite maior visibilidade à
guarnição ou ao homem que se desloca em locais que requerem cuidados, para evitar
possíveis acidentes.
O rádio portátil permitirá contatos mais rápidos com outras guarnições que
estejam, porventura, operando no incêndio florestal. Permitirá contatos, também com o
Posto de Comando ou sede. O Posto de Comando poderá ser montado, em pontos
estratégicos, próximo ao local do incêndio.
e. Corda de prontidão
f. Enxada
As enxadas servem para tazer pequenos aceiros que têm a finalidade de evitar
a passagem de fogo a outras áreas.
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g. Pá
h. Foice
i. Machado
j. Gurpião
Espécie de serra usada por dois homens, que tem a finalidade de serrar
árvores, mais ou menos grossas, em que o machado demandaria mais tempo.
l. Moto-serra
m. Abafadores
1) Ranger
59
2) Batedor de galhos verdes
Muito usado em incêndios florestais, pois a sua confecção é fácil e pode ser
feita no próprio local do incêndio.
3) Batedor de mangueira
Tiras de mangueira
4) Batedor de borracha
n. Gadanho
60
o. McLeod
q. Arma individual
s. Lança-chamas ou pinga-fogo
Muito útil e prático, para se fazer fogo contra fogo, especialmente quando estes
precisam ser feitos rapidamente.
61
t. Viaturas de bombeiros
u. Avião
62
Os materiais e equipamentos, aqui citados, não encerram outros que, por
acaso, possam ser utilizado pelo bombeiro. A utilização de outros equipamentos poderá
advir de circunstâncias espaciais apresentadas no local da operação.
4. O HELICÓPTERO E O ULTRALEVE
As pesquisas não pararam. Após testes positivos foi verificado que homens
cercados pelo fogo podem ser salvos com o uso de tanques de 500 litros de água,
misturada com material químico hurrimunte, formando em volta desses um isolamento
adequado como uma ilha de regúgio.
Cabe ressaltar que o helicóptero, por si só, não é auto-suficiente para extinguir
incêndios florestais, necessitando de equipes terrestres para que o combate atinja níveis
satisfatórios.
Nesta atividade ele possui uma grande importância, pois permite observar
grandes extensões de florestas com menos tempo possível. Seu potencial de observação
é fantástico, permite voando a baixas altitudes observar, com detalhes, coisas
impossíveis de serem vistas por patrulhas terrestres.
63
A conjugação do helicóptero com os meios de prevenção terrestre, dará
condições mais eficientes aos trabalhos diários de observação.
Sabemos que alguns incêndios florestais requerem uma gania muito grande de
homens e materiais. O helicóptero, neste caso, não teria condições de transportar todos
os recursos humanos e materiais requeridos pelo evento, mas permitida o envio de pelo
menos uma guarnição de vanguarda para as primeiras providências.
64
d. O helicóptero no transporte de material
Há casos de incêndios onde pessoas ficam sitiadas pelo fogo, não permitindo o
seu salvamento através de meios terrestres e, na maioria das vezes, estas pessoas
tiveram como fim a morte. O helicóptero, neste caso, teria condições de poder retirar
estas pessoas sitiadas pelo incêndio e colocá-las em locais seguros.
65
O Ultraleve, devido a sua própria constituição, possui limitações e estas
limitações poderiam aumentar mais ainda, se viéssemos a utilizá-lo em operações nas
áreas florestais. Por exemplo, não pode voar a grandes altitudes, é desaconselhável fazer
grandes deslocamentos, não pode sobrevoar áreas habitadas, etc. Para o vôo do
Ultraleve sobre áreas habitadas e evitar, ainda, o cansaço prematuro do piloto através de
grandes deslocamentos a aeronave poderá ser desmontada, conduzida em viatura e
montada no local onde se pretende utilizá-la, devendo naquele local haver uma pista
para pouso e decolagem, de 30 m de comprimento pelo menos.
5. TRATOR
Sempre que possível, o trator deve ser alocado aos trabalhos de combate a
incêndios florestais, principalmente em casos onde a frente do fogo é muito grande e,
também, em situação onde a construção de aceiros é possível.
a. Construção de aceiros
66
Há vários tipos de tratores. Os mais comuns entre nós são o trator de esteira e
o trator de lâmina (motoniveladora). Estes tipos de tratores são aqueles que poderiam
ser conskbrados nos trabalhos de combate a incêndios florestais como os melhores, pois
apresentariam volume de trabalho considerável. Na verdade, quando não há
possibilidade de serem deslocados rectirsos como os tratores de esteira ou
motoniveladoras até ao local do incêndio, os tratores agricotas poderão ser usados, com
menor rendimento, nos trabalhos de confecção de aceiros, embora haja uma grande
limitação para este trator, não tendo ele condições de poder fazer remoção de árvores
dos locais determinados para aceiro. A sua utilização ficaria limitada às áreas com
vegetação mais Ieve", embora com grande potencial de propagação de fogo.
b. Construção de estradas
d. Construção de barragens
67
Equipamentos usados em combate a indêndios florestais e alguns recursos hídricos.
6. OSBORNE E GONIÔMETRO
Como vimos, o Osborne não serve para nossos trabalhos quando saímos para
incêndios florestais, pois, na sua maioria, as regiões atingidas não possuem urna carta
da área que permitisse o uso de aparelho. Havendo possibilidade de uso do localizador de
incêndios Osborne, podemos utilizá-lo de uma maneira idêntica à leitura da bússola. O
observador, ao localizar uma fumaça na área controlada por ele, passa a medir o ângulo,
através do Osborne, tendo como referência a fumaça vista por ele. Os ângulos a serem
considerados são o ângulo horizontal e o ângulo vertical e o ângulo horizontal é chamado
de azimute e é medido do norte, em direção à direita. O círculo do azimute é graduado
em 360º, com o nome real (verdadeiro) indicado por zero. O ângulo horizontal, ou
azimute, é mais importante que o ângulo vertical.
68
A leitura através do goniômetro depende de resultados de suas área de
observação (torres por exemplo) para se ter a posição do incêndio, enquanto o Osborne
dá a "ra diretamente através de um observador.
CENTRO DE SOCORRO
7. A COMUNICAÇÃO
69
O papel desenvolvido no campo das comunicações é tão significante que
operações levadas a efeito, em áreas florestais, têm êxito ou não dependendo, às vezes,
da qualidade de um serviço de comunicação.
a. Na fase de prevenção
b. Na fase de reconhecimento
c. Na fase de combate
Estabelecida uma boa ligação entre Sede e Comando das Operações, vem a
necessidade, também, de estabelecer-se um bom contato entre Guarnições que operam
no local do incêndio e o Posto de Comando estabelecido na área de operações. Sendo
bom este contato, maiores informações sobre a situação que poderão vir de observações
aéreas, por exemplo, deverão ser levadas às Guarnições, para melhorar a eficiência nas
operações.
70
CAPÍTULO VI
A prevenção
1. INTRODUÇÃO
71
2. EDUCAÇÃO PREVENTIVA
a. Contatos pessoais
b. Contato em grupo
72
Os contatos em grupo podem ser, ainda, através de clubes, palestras,
solenidades (semana florestal, etc.), métodos estes de ótimos resultados, principalmente
se voltados para as mentes jovens.
c. Material escrito
d. Recursos audiovisuais
Com o avanço tecnológico dos últimos anos, a força publicitária ganhou novas
dimensões através do rádio e televisão. Estes meios de publicidade devem também
serem aproveitados como veículos de informação e instrução na prevenção de incêndios
e preservação das florestas, espacialmente o rádio que atualmente está presente na
maioria dos lares dos trabalhadores rurais. Os filmes, relacionados com o problema de
incêndio também constituem meio bastante eficiente de propaganda e podem ser
exibidos em clubes, escolas e até mesmo em praças públicas das regiões rurais,
contribuindo significativamente para a difusão das práticas preventivas e de conservação
das florestas.
73
Primeiramente vamos dar um breve conceito do que seja causa o do que seja
risco. Causas são coisas que poderão provocar o incêndio. Exemplos de causas são
fósforos nas mãos de crianças, cinzas quentes, fagulhas de chaminés, pessoas causando
incêndio propositadamente, etc. Riscos são os materiais combustíveis. Alguns riscos são
feitos pelo homem, tais como lixo, trapos, materiais imprestáveis e outros são produtos
da natureza, tais como a grama, árvores mortas tombadas.
a.Construção de aceiros
74
A largura dos aceiros depende muito das condições do local (do grande perigo
que se apresente, da vegetação existente, etc.), mas não deve nunca ser interior a 10m
e, em casos especiais, de locais extremamente perigosos, pode chegar a 50m.
1) Construção empírica
75
1) Aceiros são construções de prevenção e proteção contra incêndios que não
estão, obrigatoriamente, ligados a áreas florestadas ou reflorestadas artificialmente. São,
portanto, construções ao longo das divisas e em áreas de plantios, quando suas
características forem bem definidas, isto é, muito mais amplas e generalizadas que as
divisoras.
Uma das medidas eficientes que se pode tomar para prevenir a propagação dos
incêndios, principalmente quando se tem grandes extensões reflorestadas com espécies
altamente combustíveis (árvores resinosas) é o piando de faixas com espécies "não
combustíveis", isto é, espécies que, pelas suas características, oferecem corta resistência
à propagação do fogo.
76
Cortinas de segurança em volta de uma floresta
Quanto menos material combustível existir numa floresta, menor será o risco de
ocorrência de incêndios. Mesmo que ocorra um incêndio, havendo pouco material
combustível, o fogo não assumirá grandes proporções, o combate será bem mais fácil e
os danos menores.
Devemos, então, limitar a operação aos locais; de maior risco, apenas. Nas
estradas de muito movimento, e ao longo das divisas, devemos retirar todo o material
sem, dentro de uma faixa de 3 a 5 rn para o interior da floresta e queimá-lo, se possível.
Podemos, também, afastar todo este material para o interior da floresta, por ser uma
operação mais barata, mas tendo o inconveniente de aumentar a quantidade de material
combustível no interior da floresta.
A largura da faixa a ser conservada limpa varia de acordo com o perigo que o
local oferece. Geralmente de 3 a 6m de cada lado da estrada, oferece uma boa proteção.
77
f. Construção de barragens
Até o presente momento não se tem dado a devida importância aos benefícios
que um conjunto de barragens pode trazer a uma área florestal. Evidentemente, não se
trata de grandes barragens de concreto armado, que seria uma aberração sob o ponto de
vista econômico, mas sim, pequenas barragens de terra, ao longo dos pequenos cursos
de água. Estas pequenas barragens, construídas em locais adequados e distribuídas por
toda a área florestal, são de grande utilidade sob vários aspectos. No que se refere à
proteção contra fogo, temos dois benefícios imediatos que são:
9. Pulverização
78
4. A VIGILÂNCIA
a) Vigilância fixa
As torres podem ser construídas de madeira ou ferro e devem ter no topo, uma
cabine fechada (geralmente de forma quadrangular) com janelas de vidro que
possibilitem ampla visibilidade em todos os lados. A altura das torres depende
obviamente das condições topográficas do terreno, vedando, de um modo geral, entre 10
e 40 m, de acordo, com o local onde são instaladas.
79
Para que haja condições de localizar exatamente o ponto de incêndio, é
necessário que as torres possuam aparelhos para determinar a direção do fogo.
As torres devem ser, sempre, equipadas com para-raios, pois sendo construções
elevadas, sobre pontos altos do terreno, estão sempre ameaçadas pelas descargas
elétricas.
b) Vigilância móvel
1) Patrulhamento terrestre
80
O patrulhamento com veículos deve ser realizado com viaturas leves (jeeps,
caminhonetes, etc) se possível, dotados de rádio transmissor receptor, com a finalidade
de comunicação com o órgão encarregado de combater o incêndio. É necessário, em
épocas de maior perigo, para percorrer as estradas principais, as divisas e os locais;
onde é maior a incidência de incêndios.
2) Patrulhamento aéreo
Nos últimos anos, em certos países, Canadá por exemplo, o avião tem ocupado
um lugar cada vez mais proeminente na tarefa de descobrir, localizar e comunicar
rapidamente os focos de incêndio.
Infelizmente, as áreas florestais brasileiras não contam, ainda, nem mesmo com
um sistema razoável de meios terrestres de prevenção contra incêndios. Por isto mesmo,
um sistema mais sofisticado, com aviões, está fora de cogitação em nossos dias.
81
5. O CÓDIGO FLORESTAL
Embora a educação bem dirigida possa, aos poucos, ir introduzindo uma melhor
cultura e uma atitude mais coerente a respeito do problema florestal, não há dúvida de
que a fixação de leis e regulamentos constitui meios da maior importância para se obter
sucesso na preservação das florestas. O novo Código Florestal, Lei nº 4771, de 15 de
setembro de 1965, atualizou bastante as leis florestais de nosso país, fixando normas
eficientes para a preservação das florestas de um modo geral. No caso da proteção
contra incêndios, podemos citar alguns artigos que direta ou indiretamente cuidam deste
problema e poderão ser de grande importância no sentido de evitar parte dos incêndios
florestais. Por exemplo:
Art. 25 - Em caso de incêndio rural, que não se possa extinguir com os recursos
ordinários, compete não só ao funcionário florestal, com a qualquer outra autoridade
pública, requisitar os meios materiais o convocar os homens em condições de prestar
auxilio.
a) .............
b) .............
c) .............
d) .............
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Todos estes artigos citados, se integralmente cumpridos, evitaram, sem dúvida
alguma, a maioria dos incêndios florestais que ocorrem em nosso país.
83
Não expor a perigo as florestas
84
CAPÍTULO VII
Situações diversas
1. INTRODUÇÃO
a. Características
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b. Métodos de extinção
Os ataques aos incêndios florestais urbanos são diferentes dos ataques aos
incêndios florestais na área rural, embora os métodos usados na extinção de ambos
apresentem semelhanças dependendo de determinadas características.
1) a direção do vento;
c. Riscos
a. Características
Cabe ressaltar que a vegetação nas áreas de servidão das rodovias e ferrovias
geralmente apresentam uma vegetação rasteira, com povoamento quase que formado de
capim apenas.
86
b. Métodos de extinção
c. Riscos
1) Rodovias
2) Ferrovias
a. Características
87
As áreas consideradas baldias, se não tivessem ao seu redor áreas construídas,
talvez não trouxessem grandes perigos, quando acontecessem incêndios. É em razão
mesmo de construções próximas a estes locais, que os riscos se tomam de tal ordem que
podem até atingir áreas mais populosas, tomando a propagação maior e,
conseqüentemente, maior o trabalho de extinção por parte do Corpo de Bombeiros.
b. Métodos de extinção
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Um importante detalhe a ser observado nestes salvamentos em incêndios
florestais é a utilização de material de comunicação.
6. O RESCALDO
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