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TOMATE (Lycopersicon esculentum Miller)

HORTICULTURA e FRUTICULTURA
Carlos Santana
 csantana@ipportalegre.pt
TOMATE

HORTICULTURA e FRUTICULTURA
Estatísticas Agrícolas
INE, 2018

Superfície Produção
Anos 2015 2016 2017 2015 2016 2017
Culturas ha ha ha t t t
Leguminosas para grão
Feijão 3 193 3 206 3 547 1 811 1 937 2 397
Grão-de-bico 1 630 1 987 1 833 1 392 1 665 1 506
Batata
Batata 24 622 23 296 23 735 486 790 451 041 515 030
Principais oleaginosas
Girassol 19 929 18 214 13 460 24 744 26 239 20 814
Culturas horticolas
Tomate para indústria 19 360 19 479 19 550 1 832 467 1 598 398 1 650 429
Tomate fresco 1 447 1 375 1 323 96 635 95 462 97 205
Alface 2 149 2 181 2 284 56 910 51 988 56 345
Feijão-verde 571 513 694 9 695 9 359 11 067
Cebola 1 785 1 945 1 689 59 374 69 929 64 247
Cenoura 2 158 1 886 2 056 97 494 95 673 92 034
Pimento 579 967 1 209 23 306 34 105 58 543
Ervilha 1 140 716 1 556 18 796 10 420 11 810
Fava 392 297 421 3 049 3 037 2 892
Melão 2 105 1 641 1 651 61 036 45 074 39 588
Melancia 1 052 1 109 1 110 29 099 31 727 30 957
Morango 321 394 314 9 659 10 753 9 347
Couve-flor 655 716 681 14 102 16 009 14 434
Couve-brócolo 2 061 2 554 2 885 33 579 30 512 37 060
Couve-repolho 2 844 3 726 2 689 71 017 105 945 75 710
Couve-tronchuda 1 111 1 288 993 28 660 38 623 25 943
Couve-lombardo 1 451 1 531 1 239 40 445 41 989 32 236
Grelos (nabo e couve) 2 313 1 325 1 963 30 507 13 992 29 768
Alho 524 152 239 1 695 2 622 2 660
Alho-porro 853 877 819 25 303 26 054 22 708
Courgette 446 572 464 17 878 26 307 24 141
Espinafre 595 611 536 9 925 5 709 6 498
Nabo 947 1 145 912 19 467 32 024 19 988
Abóbora (inclui butternut) 3 056 2 941 2 946 73 226 75 282 74 788
Outras hortícolas 3 742 2 882 4 018 83 137 63 153 102 809
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HORTICULTURA e FRUTICULTURA
Tomate (indústria)
Culturas Superfície Produção Produtividade
NUTS II ha t t/ha
Continente 14.297 1.147.600 80,269
Norte 0 0
Centro 177 11.039 62,438
Lisboa 2.018 180.265 89,328
Alentejo 12.102 956.296 79,019
Algarve 0 0
INE 2009

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TOMATE

HORTICULTURA e FRUTICULTURA
Culturas Tomate (indústria)
Superfície Produção Produtividade

NUTS II ha t t/ha
Continente 16.640 1.406.084 84,500
Norte 0 0
Centro 325 23.749 73,035
Lisboa 2.870 281.841 98,213
Alentejo 13.445 1.100.493 81,851
Algarve 0 0
INE 2010

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HORTICULTURA e FRUTICULTURA
Culturas Tomate (indústria)
Superfície Produção

NUTS II ha t t/ha

Continente 15 359 1 150 827 74,927

Norte 0 0
Centro 333 29 306 87,919
Lisboa 2 994 245 210 81,912
Alentejo 12 033 876 312 72,829

Algarve 0 0
INE 2011
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TOMATE
Estatísticas Agrícolas

HORTICULTURA e FRUTICULTURA
INE, 2012

Tomate (indústria)
Culturas Superfície Produção Produtiv.
NUTS II ha t t/ha
Continente 13 895 1 298 902 93,5
Norte 0 0
Centro 294 26 415 89,8
Lisboa 2 585 277 386 107,3
Alentejo 11 016 995 101 90,3
Algarve 0 0
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TOMATE
Estatísticas Agrícolas

HORTICULTURA e FRUTICULTURA
INE, 2013

Tomate (indústria)
Superfície Produção
NUTS II ha t t/ha
Continente 14 006 1 089 501 77,8
Norte 0 0 0,0
Centro 403 30 015 74,5
Lisboa 2 709 217 129 80,2
Alentejo 10 894 842 357 77,3
Algarve 0 0 0,0

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HORTICULTURA e FRUTICULTURA
Estatísticas Agrícolas
INE, 2014
Superfície Produção
Anos 2012 2013 2014 2012 2013 2014

Culturas ha t
Culturas horticolas
Tomate para indústria 13 895 14 006 17 210 1 298 902 1 089 501 1 310 366
Tomate fresco 1 516 1 628 1 249 95 515 97 339 89 169

Tomate (indústria)
Culturas
Superfície Produção
NUTS II ha t t/ha
Continente 17 210 1 310 366 76,14
Norte 0 0 0,00
Centro 220 9 996 45,42
Área Metropolitana de Lisboa 3 561 262 913 73,84
Alentejo 13 429 1 037 457 77,26
Algarve 0 0 0,00

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TOMATE

HORTICULTURA e FRUTICULTURA
Estatísticas Agrícolas
INE, 2015

Culturas
Tomate (indústria)
NUTS II
Superfície Produção
ha t t/ha
Continente 19 360 1 832 467 94,653
Norte 0 0 0,000
Centro 189 12 051 63,691
Área Metropolitana
3 240 308 545 95,229
de Lisboa
Alentejo 15 931 1 511 871 94,903
Algarve 0 0 0,000

Carlos Santana
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TOMATE

HORTICULTURA e FRUTICULTURA
Estatísticas Agrícolas
INE, 2016

Tomate (indústria)
Superfície Produção
NUTS II ha t t/ha
Continente 19 479 1 598 398 82,06
Norte 0 0
Centro 426 38 171 89,55
Área Metropolitana de
3 280 308 879 94,17
Lisboa
Alentejo 15 772 1 251 348 79,34
Algarve 0 0

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TOMATE

HORTICULTURA e FRUTICULTURA
Principais produtores em área

countries ha tons. 10(-4) t/ha


1 China 985903 48576853 492714
2 India 865000 16826000 194520
3 Turkey 269584 11003400 408162
4 Nigeria 264430 1504670 56902
5 Egypt 212446 8105260 381521
6 Iran (Islamic Republic of) 183931 6824300 371025
7 Cameroon 150000 880000 58667
8 United States of America 148730 12624700 848833
9 Russian Federation 117000 2200590 188085
10 Italy 103858 5950220 572919
35 Portugal 16744 1245360 743765

FAO 2011

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TOMATE

HORTICULTURA e FRUTICULTURA
Principais produtores em quantidade
countries ha tons. 10(-4) t/ha
1 China 985903 48576853 492714
2 India 865000 16826000 194520
3 United States of America 148730 12624700 848833
4 Turkey 269584 11003400 408162
5 Egypt 212446 8105260 381521
6 Iran (Islamic Republic of) 183931 6824300 371025
7 Italy 103858 5950220 572919
8 Brazil 71473 4416650 617947
9 Spain 49913 3821490 765630
10 Uzbekistan 58000 2585000 445690
11 Mexico 85369 2435790 285325
12 Russian Federation 117000 2200590 188085
13 Ukraine 85900 2111600 245821
14 Nigeria 264430 1504670 56902
15 Tunisia 32200 1284000 398758
16 Portugal 16744 1245360 743765
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FAO 2011  csantana@ipportalegre.pt
TOMATE

HORTICULTURA e FRUTICULTURA
Produtividades

countries ha tons. 10(-4) t/ha


1 Netherlands 1702 815000 4788484
2 Belgium 474 218435 4608333
3 Norway 31 13137 4237742
4 United Kingdom 216 89800 4157407
5 Ireland 32 13221 4131563
6 Iceland 4 1605 4012500
7 Denmark 40 14200 3550000
8 Finland 114 40163 3523070
9 Sweden 48 13543 2821458
10 Austria 185 50389 2723730
24 Spain 49913 3821490 765630
25 Portugal 16744 1245360 743765
FAO 2011

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TOMATE SISTEMÁTICA

HORTICULTURA e FRUTICULTURA
Classe: Dicotilédoneas
Família: Solanáceas
Género: Lycopersicon
Espécie:
Lycopersicon esculentum Miller
Solanum lycopersicum L.

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TOMATE MORFOLOGIA

HORTICULTURA e FRUTICULTURA
 Raiz
 raiz principal aprumada (1,5-3 m) – em
sementeira diretamente no local definitivo
 raízes fasciculadas superficiais – em
plantas transplantadas

 Todas as raízes
absorvem água, mas

 só as mais próximas
da superfície absorvem
nutrientes

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TOMATE MORFOLOGIA

HORTICULTURA e FRUTICULTURA
 Caule
 caule principal com crescimento:
- determinado
c/ emissão de um cacho de flores no ápice

- indeterminado
c/ emissão de ramificações,
s/ emissão do cacho floral terminal

 caules secundários – a partir de


meristemas axilares

 capacidade para emitir raízes


quando em contato com solo

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TOMATE MORFOLOGIA

HORTICULTURA e FRUTICULTURA
Crescimento
Crescimento
determinado
 Caule indeterminado

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TOMATE MORFOLOGIA

HORTICULTURA e FRUTICULTURA
 Folha
 composta (7-11 folíolos), recortada, pubescente

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TOMATE MORFOLOGIA

HORTICULTURA e FRUTICULTURA
 Inflorescência – cacho/corimbo (simples, ramificado), com 6-15 flores
 fecundação autogâmica

 abertura da corola  estigmas recetivos


 24-28 horas depois  libertação do pólen
 3 dias após a abertura da corola  fecundação

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TOMATE MORFOLOGIA

HORTICULTURA e FRUTICULTURA
 Fruto
 bagas pigmentadas: carotenos (amarelo)
(temp. op. 24-25 ºC)
 licopeno (vermelho)
- tamanho muito variável (5-500 g)
 consoante nº sementes (50-200)/lóculo
- achatados, alongados, redondos ...

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TOMATE

HORTICULTURA e FRUTICULTURA
CICLO VEGETATIVO

 planta plurianual,
(c/ as condições climáticas das nossas latitudes)

 cultivada como anual

 c/ duração de 3 a 5 meses
(90-150 dias)

Temp. base > 10-12 ºC


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HORTICULTURA e FRUTICULTURA
CICLO VEGETATIVO

Temp. base > 10-12 ºC


Temp. op. = 25-30 ºC Carlos Santana
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HORTICULTURA e FRUTICULTURA
Colheita 
 escalonada 20-30 dias

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HORTICULTURA e FRUTICULTURA
EXIGÊNCIAS CLIMÁTICAS
 TEMPERATURA

 muito exigente em calor (planta tropical)


 2900-4400 ºdia p/ completar o ciclo vegetativo

 sensível às baixas temperaturas e geadas

 temperaturas muito elevadas também provocam danos

- escaldão (36-38ºC) – frutos amarelo-esbranquiçados


- > 35ºC  paragem do crescimento
- > 36ºC  afecta a germinação do pólen

 PORTAS (1967), refere:


 plantação qd. Temp. média mensal > 14,5 ºC
(Abril-Maio)

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HORTICULTURA e FRUTICULTURA
EXIGÊNCIAS CLIMÁTICAS

 regiões com maior


probabilidade de
ocorrência de escaldão:

- durante 2 meses – 2m
- durante 3 meses – 3m
- durante 4 meses – 4m

Regiões c/ Tmax. mensal > 29 ºC

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HORTICULTURA e FRUTICULTURA
EXIGÊNCIAS CLIMÁTICAS

Em Portugal, a cultura encontra as


condições ótimas nas regiões c/:

- temp. média mensal > 21ºC


(Junho a Setembro)

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HORTICULTURA e FRUTICULTURA
EXIGÊNCIAS CLIMÁTICAS
Temperaturas críticas

(Temp. base)

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HORTICULTURA e FRUTICULTURA
EXIGÊNCIAS CLIMÁTICAS
 PRECIPITAÇÃO

 Nos meses em que a cultura se desenvolve não


há precipitação

 rega – 400-600 mm (em 90-120 dias – transplantação à maturação)

 humidade   ataque de fungos (míldio)

 “chuvas” no final do ciclo, com tempo seco e quente



“rachamento de frutos”

Podridões (Botrytis)

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HORTICULTURA e FRUTICULTURA
EXIGÊNCIAS CLIMÁTICAS

 LUZ

 indiferente ao comprimento do dia (fotoperíodo)

 VENTO

 quentes ou frios, durante a floração  aborto floral

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HORTICULTURA e FRUTICULTURA
EXIGÊNCIAS AO NÍVEL DO SOLO

 textura franco-argilosa (mas pouco exigente em solos)

 bem drenados (sensível à asfixia radicular)

 > 70 cm (tem o sistema radicular muito desenvolvido)

 pH ótimo 5 – 7

 Sementeira direta no local definitivo, em solos argilosos



frios e suscetíveis de formar crosta

dificultam a germinação e a emergência 


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HORTICULTURA e FRUTICULTURA
EXIGÊNCIAS EDAFO-CLIMÁTICAS

Conjugando todas as condições

 Clima - temp. média mensal > 21ºC


(Junho a Setembro)

 Solo (profundos e sem horizontes impermeáveis)

 As condições ótimas em Portugal, estão apenas:

 aluviões do Ribatejo
 aluviões do Sorraia
 aluviões do Sado

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HORTICULTURA e FRUTICULTURA
ESCOLHA DA VARIEDADE

 Nas variedades para industria – fatores a considerar:

- adaptação ao solo e ao clima

- duração do ciclo vegetativo

- resistência às pragas e doenças

- produtividade

- valor tecnológico para a industria


(qualidade e grau Brix entre 4,8-5,4)

- adaptação ao tipo de colheita – mecânica e concentrada

 O uso de variedades híbridas é cada vez mais frequente


 mais produtivas
  valor tecnológico
  resistência a pragas e doenças Carlos Santana
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HORTICULTURA e FRUTICULTURA
ESCOLHA DA VARIEDADE
 Consultar CNV
ou
 Catálogo comum de variedades de espécies hortícolas
http://eur-lex.europa.eu/legal-content/PT/TXT/?uri=uriserv%3AOJ.C_.2014.370.01.0041.01.POR

 Colheita manual

 maturação escalonada

 Colheita mecânica

 maturação concentrada

 firmeza da pele dos frutos


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 fácil desprendimento dos frutos (carácter “jointless”)  csantana@ipportalegre.pt
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HORTICULTURA e FRUTICULTURA
SEMENTEIRA
 em viveiro – c/ posterior transplantação (6-7 semanas, plantas com 20-25 cm)

 diretamente no local definitivo (“sementeira direta”)

 em ambos os casos sementeira feita a partir de finais de Fevereiro


 sob plástico > 10-12 ºC
- estufas e túneis, nos viveiros
- “filme plástico” (técnica de “paillage”), na “sementeira direta”

 O transplante - final de Abril – início de Maio (sementeira no viveiro finais de Fev)


 só se deverá realizar depois da última geada
 Temp. média mensal > 14 - 15 ºC

 1 semana antes da transplantação, as plantas, no viveiro,


deverão ficar destapadas durante todo o dia
 “atempamento”
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HORTICULTURA e FRUTICULTURA
SEMENTEIRA

 Na “sementeira direta” a sementeira está dependente:

 data de receção na fábrica

 comprimento do ciclo das variedades utilizadas

 data da última geada


(deverá ocorrer antes da retirada do filme plástico)

 Os viveiros são, geralmente, instalados pelas industrias


 sementeira dependente da data de transplantação
(última geada; temp. média mensal > 15ºC)

 obedecem a determinadas regras de instalação

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HORTICULTURA e FRUTICULTURA
SEMENTEIRA
 Na implantação de viveiros (raiz nua – em desuso),
deve considerar-se:
 Solos de textura ligeira
 facilitar as mobilizações
 facilitar a emergência e o arranque das plantas

 sob abrigo (estufas, estufins, túneis)

 ao ar livre só “no tarde”

 aplicação de correctivos – 30 tons/ha estrume bem curtido

 adubos minerais:
 30 unid. N (à cobertura), 80 unid. P2O5 e K2O

 controlo de infestantes: manual ou c/ herbicidas

 regar regularmente (cada 2-3 dias) com as dotações necessárias

 destapar/arejar nos dias/horas mais quentes


( temp.> 24-25 ºC)

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HORTICULTURA e FRUTICULTURA
SEMENTEIRA

 Na implantação de viveiros
(raiz protegida),
deve considerar-se:

 em placas de alvéolos com substrato

 (adubos minerais:
 30 unid. N (à cobertura), 80 unid. P2O5 e K2O)

 sob abrigo (estufas, estufins, túneis)

 controlo de infestantes: manual ou c/ herbicidas

 regar regularmente (cada 2-3 dias) com as dotações necessárias

 destapar/arejar nos dias/horas mais quentes


( temp.> 24-25 ºC)

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HORTICULTURA e FRUTICULTURA
SEMENTEIRA
 Na implantação de viveiros (raiz protegida)

Carlos Santana
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HORTICULTURA e FRUTICULTURA
SEMENTEIRA

 Vantagens da “sementeira direta”:


 menor utilização de mão de obra

 dispensa o estabelecimento de viveiros

 evita a crise de transplantação

 permite aumentar os povoamentos

 menores encargos

 Desvantagens da “sementeira direta”:


 risco de emergência heterogénea e/ou insuficiente
 necessidade de retancha

 Parcela ocupada durante mais tempo


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TOMATE

HORTICULTURA e FRUTICULTURA
PREPARAÇÃO DO SOLO

 depende da forma de instalação da cultura

 “sementeira direta” no local definitivo

 transplantação

 subsolagem ou escarificação semi-profunda (chísel), a


50 cm

 lavoura a 40 cm

 gradagem, evitando um pulverização excessiva


(formação de crosta)

 nivelamento – importante para a rega

 formação de camalhões para a “sementeira direta” ou


plantação Carlos Santana
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HORTICULTURA e FRUTICULTURA
SEMENTEIRA
semeador pneumático
para pequenas
sementes

- 0,15 m entre semente


- 0,3 – 0,4 m entrelinha
(10-12 sementes/m2)

1-2 kg/ha

40.000-50.000 pl/ha

2 cm de profundidade

semente peletizada ----------- 1,50 – 1,90 m -------


 aplicação de PFF
 aplicação de adubo
 colocação do filme de Carlos Santana
plástico  csantana@ipportalegre.pt
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HORTICULTURA e FRUTICULTURA
PREPARAÇÃO DO SOLO

Carlos Santana
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TOMATE

HORTICULTURA e FRUTICULTURA
DESINFESTAÇÃO DO SOLO

 sempre que se suspeite de fortes ataques de pragas


do solo (alfinetes, roscas,...)


 desinfetar o solo com produto homologado

http://www.dgv.min-agricultura.pt/portal/page/portal/DGV/genericos?generico=4183425&cboui=4183425

Carlos Santana
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TOMATE

HORTICULTURA e FRUTICULTURA
DESINFESTAÇÃO DO SOLO

Possibilidade de Alfinetes,

desinfecção do Roscas Carlos Santana


solo em simultâneo Melolonta  csantana@ipportalegre.pt
TOMATE

HORTICULTURA e FRUTICULTURA
TRANSPLANTE

plantador de linhas
pareadas
- 1,5-1,9 m entre camalhão
- 0,30-0,40 m entre 2 linhas
do mesmo camalhão
- 0,20 m entre plantas


30.000-40.000 pl/ha

Carlos Santana
 ..\..\FILMES\TOMATE\DSC_0030.MOV  csantana@ipportalegre.pt
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HORTICULTURA e FRUTICULTURA
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HORTICULTURA e FRUTICULTURA
FERTILIZAÇÃO

 de acordo com as análises de solo

 de acordo com as exportações da cultura

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HORTICULTURA e FRUTICULTURA
FERTILIZAÇÃO

 de acordo com as análises de solo

 de acordo com as exportações da cultura


LQARS, 2000

(b). Aplicar o N de forma fraccionada.


No caso de colheita mecânica (tomate
de indústria) não aplicar mais de
120/130 kg de N/ha, todo aplicado até
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ao início do engrossamento do fruto  csantana@ipportalegre.pt
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HORTICULTURA e FRUTICULTURA
FERTILIZAÇÃO
 Apenas, a título indicativo, recomendam-se os
seguintes valores por ha:
- 100 a 150 Unid. de N
70-80 tons./ha
- 65 a 110 Unid. de P2O5
- 160 a 240 Unid. de K2O

 aplicar, de fundo, 1/3 do N


 a totalidade do P e do K, de fundo
 aplicar sob a linha a 10 cm de profundidade

≈ 70 %
das
extracções

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HORTICULTURA e FRUTICULTURA
Possibilidade de
fertilização de
cobertura


2/3 do N
 ou na fertirrega

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HORTICULTURA e FRUTICULTURA
PODA
 melhorar a intercepção da luz e a circulação do ar
 melhorar a sanidade
 reduzir o número de ramos portadores de tomates

 Desponta lateral – poda dos rebentos laterais


(cachos de frutos desenvolvem-se ao longo do
caule principal)

 Desponta apical - poda da “cabeça” do caule


nas var. de crescimento indeterminado, a
extremidade do caule principal é removida por
“beliscão” quando possui 3 até 5 folhas
completamente desenvolvidas
 desenvolvimento de ramos laterais
produtivos

 Poda das folhas (velhas, amarelas ou doentes) Carlos Santana


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HORTICULTURA e FRUTICULTURA
TRATAMENTOS HORMONAIS (estufas)

 Devido ao excesso de humidade nas estufas


(principalmente no Inverno)  problemas na fecundação

 utilização de vibradores

 aplicação de auxinas
(após a abertura das 1ªs flores)
- repetir cada 3-4 dias até ao vingamento
- não pode faltar água no solo


 vingamento
 desenvolvimento dos frutos

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TOMATE

HORTICULTURA e FRUTICULTURA
COLHEITA

 polpa e pele firmes e de cor uniforme


 vermelhos e completamente maduros (industria)
 ainda verdes (consumo em fresco)
 em condições climáticas secas e frescas
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TOMATE

HORTICULTURA e FRUTICULTURA
COLHEITA

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TOMATE

HORTICULTURA e FRUTICULTURA
TRATAMENTOS SANITÁRIOS

 aplicar nas épocas e doses recomendadas

 aplicar as substâncias ativas homologadas em


Portugal para a cultura

(consultar as tabelas atualizadas da cultura da DGAV)

Consultar os PFF autorizados para o binómio


cultura/inimigo da cultura em:

http://www.dgv.min-agricultura.pt/portal/page/portal/DGV/genericos?generico=4183425&cboui=4183425

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TOMATE Necrose apical FITOSSANIDADE

HORTICULTURA e FRUTICULTURA
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TOMATE Necrose apical FITOSSANIDADE

HORTICULTURA e FRUTICULTURA
Condições favoráveis
 exposição ao vento
 forte transpiração em plantas com folhagem abundante
 regas (dotação e intervalos) irregulares
 excesso de N
 associada a terrenos muito calcários

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TOMATE Rachamento FITOSSANIDADE

HORTICULTURA e FRUTICULTURA
Causas: Fendilhamento
 deficiente fecundação  os lóculos destacam-se
  temperaturas +  HR nos períodos de crescimento ativo
  precipitação ou regas abundantes após stress hídrico
 grandes diferenças entre temp. diurnas e nocturnas

Prevenção:
 variedades resistentes
 evitar alterações bruscas de temp. e humidade

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TOMATE Viroses FITOSSANIDADE

HORTICULTURA e FRUTICULTURA
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TOMATE Viroses FITOSSANIDADE

HORTICULTURA e FRUTICULTURA
Vírus TSWV
(Tomato Spotted Wilt Virus)

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TOMATE FITOSSANIDADE

HORTICULTURA e FRUTICULTURA
Mosqueado do tomateiro
Pseudomonas syringae pv. tomato
Condições favoráveis
 Temp. ≈ 25 ºC
 HR  (chuva, orvalho, nevoeiro, rega por aspersão)

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TOMATE FITOSSANIDADE

HORTICULTURA e FRUTICULTURA
Necrose da medula
Pseudomonas corrugata
Condições favoráveis
 HR  (chuva, orvalho, nevoeiro, rega por aspersão)
 fertilização N 

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TOMATE Míldio FITOSSANIDADE

HORTICULTURA e FRUTICULTURA
(Phytophtora infestans)

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TOMATE Míldio FITOSSANIDADE

HORTICULTURA e FRUTICULTURA
(Phytophtora infestans)

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TOMATE Míldio FITOSSANIDADE

HORTICULTURA e FRUTICULTURA
(Phytophtora infestans)
Esporângios

micélio

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Oósporo
TOMATE Fusariose FITOSSANIDADE

HORTICULTURA e FRUTICULTURA
(Fusarium sp.)
 Micélios multiplicam-se rapidamente, atingindo o sistema vascular
 produção de exsudações de goma de cor ocre

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TOMATE Fusariose FITOSSANIDADE

HORTICULTURA e FRUTICULTURA
(Fusarium sp.)

conídios
clamidiósporos
micélio

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TOMATE Fusariose FITOSSANIDADE

HORTICULTURA e FRUTICULTURA
(Fusarium sp.)

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TOMATE Verticilose FITOSSANIDADE

HORTICULTURA e FRUTICULTURA
(Verticilium sp.)
 deuteromiceta que anda associado às espécies Fusarium sp.
 não dá exsudação de goma
 produz toxina que provoca a murchidão da planta

Vasos atacados
Impedem a
circulação da seiva

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TOMATE Alternária FITOSSANIDADE

HORTICULTURA e FRUTICULTURA
(Alternaria solani)
 deuteromiceta que origina
manchas arredondadas ou
ovais escuras
 nos frutos, manchas
escuras em depressão,
cobertas de micélio escuro

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TOMATE Alternária FITOSSANIDADE

HORTICULTURA e FRUTICULTURA
(Alternaria solani)

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TOMATE Murchidão das plântulas FITOSSANIDADE

HORTICULTURA e FRUTICULTURA
(Pythium sp.)

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TOMATE Murchidão das plântulas FITOSSANIDADE

HORTICULTURA e FRUTICULTURA
(Pythium sp.)

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TOMATE Podridão cinzenta FITOSSANIDADE

HORTICULTURA e FRUTICULTURA
(Botrytis cinerea)

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TOMATE Podridão cinzenta FITOSSANIDADE

HORTICULTURA e FRUTICULTURA
(Botrytis cinerea)

escleroto

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TOMATE Podridão branca FITOSSANIDADE

HORTICULTURA e FRUTICULTURA
(Sclerotinia sclerotiorum)

esclerotos

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TOMATE Podridão branca FITOSSANIDADE

HORTICULTURA e FRUTICULTURA
(Sclerotinia sclerotiorum)

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esclerotos  csantana@ipportalegre.pt
TOMATE FITOSSANIDADE

HORTICULTURA e FRUTICULTURA
Mosca Branca das Estufas

Hemiptera Homoptera – Aleyrodidae

Trialeurodes vaporariorum

 duram 3-6 semanas, partenogénese, 500 ovos, ciclo de 3


semanas, 20 gotas de melada/hora, fumagina, vector vírus

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TOMATE FITOSSANIDADE

HORTICULTURA e FRUTICULTURA
Mosca Branca das Estufas

Trialeurodes vaporariorum
 duram 3-6 semanas, partenogénese, 500 ovos, ciclo de 3
semanas, 20 gotas de melada/hora, fumagina, vector vírus

Exúvia e gota de melada

Encarcia formosa
(Hymenoptero) a
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parasitar uma ninfa  csantana@ipportalegre.pt
TOMATE Traça do tomateiro FITOSSANIDADE

HORTICULTURA e FRUTICULTURA
Mineira do tomateiro

Tuta absoluta

Adulto: hábitos
nocturnos

 hiberna tanto no estado de ovo,


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como de pupa ou adulto  csantana@ipportalegre.pt
TOMATE Traça do tomateiro FITOSSANIDADE

HORTICULTURA e FRUTICULTURA
Mineira do tomateiro

Tuta absoluta
 classificada desde 2004 como praga de
quarentena, na União Europeia
 tomateiro é o seu principal hospedeiro,
mas também pode atacar a batateira e
outras solanáceas
 10 a 12 gerações por ano e o seu ciclo
biológico varia de 29 a 38 dias
 fêmeas fazem as posturas com cerca de
260 ovos

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TOMATE FITOSSANIDADE

HORTICULTURA e FRUTICULTURA
Hemiptera Homoptera – Aphididae

Telescoping Generations
Fêmea virginípara e descendência

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TOMATE FITOSSANIDADE

HORTICULTURA e FRUTICULTURA
Hemiptera Homoptera – Aphididae
Ciclo completo de um afídeo:

Ovos de Inverno

♀ Fundadoras

♀ Fundatrigéneas
 Telescoping Generations
♀ Formas emigrantes ♀ virginíparas
Fêmea virginípara e descendência

♀ Colonizadoras

♀ Sexúparas

Formas Sexuadas (♀ + ♂)  ovos Carlos Santana
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TOMATE FITOSSANIDADE

HORTICULTURA e FRUTICULTURA
Hemiptera Homoptera – Aphididae
várias espécies
 vetores de vírus
 picam e sugam

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TOMATE FITOSSANIDADE

HORTICULTURA e FRUTICULTURA
Thysanoptera – Thripidae

Ex.: Frankliniella occidentalis, Frankliniella schultzei (trips


do tomate) Thrips tabaci (armadura bucal picadora
sugadora, partenogénese, adulto dura 15-40 dias, 1-1,4 mm,
5-7 gerações/ano, 15-40 dias/ovo a ovo, vectores vírus)
Frankliniella occidentalis

Frankliniella schultzei
(trips do tomate)
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TOMATE Nezara viridula FITOSSANIDADE

HORTICULTURA e FRUTICULTURA
(Palomena prasina)
Hemiptera Heteroptera
Percevejo verde das hortas
Evolução embrionária de 15 a 21 dias. Crescimento larvar passa por 5
estádios. E dura 5 a 6 semanas. Os imagos invernam no Outono, quando
adquirem uma coloração acastanhada. Retomam a actividade em Abril.
Alimentam-se e depois acasalam. Posturas depositadas nas folhas. 1
geração/ano.
Danos:
 Frutos picados fendilham e secam
 sensíveis a podridões
Adulto  ação da amilase da saliva
 encortiçamentos,
 deformações,
 depressões

Eclosão em curso

Carlos Santana
Postura  csantana@ipportalegre.pt
TOMATE FITOSSANIDADE

HORTICULTURA e FRUTICULTURA
INFESTANTES

 competem com os tomateiros pela


 luz, a água e os nutrientes
 abrigo aos organismos patogénicos Solanum nigrum

Datura stramonium

Rotação adequada
 não fazer solanáceas
(batata, pimento, beringela...)
Carlos Santana
de forma consecutiva  csantana@ipportalegre.pt
HORTICULTURA e FRUTICULTURA
Carlos Santana
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