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GRANDE LOJA DO BRASIL

R I T U A L
— DO — ^Enra

APRENDIZ MAÇON
(G.-. 1 )

RIO DE JANEIRO - BRASIL


Este exemplar só será considerado autên-
tico quando, além do timbre oUcial e do número
de ordem de expedição, levar a assinatura do
Grande Secretário Geral da Grande Loja do
Brasil,

N.°

G r a n d e Secretário Geral

0 presente exemplar e destinado ao uso

pessoal do Ir.'.
- - , iniciado

em de de 19 „

na Aug.'. e Resp,'. Loja Simb.'., ao Oriente

de -
de de 19

Venerável Mestre

Selado e timbrado por mim Chanceler.


PRIMEIRA PARTE
O TEMPLO MAÇONICO

O Templo tem a forma de um retângulo,


no Ocidente, e de um quadrado, no Oriente.
Este é separado daquele por uma grade — a
Grade do Oriente — e tem o soalho mais ele-
vado. para onde se sobe por quatro degráus
baixos. No meio da Grade do Oriente, há
uma passagem de largura proporcional ao
comprimento, composta de pequenas colu-
nas, de 1 m. a 1 m. e 30, encimadas por uma
barra horizontal.
A entrada principal do Templo fica no
Ocidente.
O soalho do Ocidente é representado pelo
pavimento de mosaico, composto de losangos
alternadamente brancos e pretos, cercados
pela orla dentada azul celeste e pela corda
de 12 nós ou voltas. Nos extremos dos eixos
principais do mosaico ficam as letras corres-
pondentes aos quatro pontos cardiaes.
No eixo principal do Templo, próximo
ao fundo do Oriente, fica, em um estrado de
— 4 —

três pequenos degráus, o trono, destinado ao


Venerável Mestre e de forma triangular,
onde, repousam a espada flamígera, um ma-
lhete, objetos de escrita e um candelabro de
três luzes (1) . De cada lado da cadeira do
Venerável Mestre haverá uma cadeira e uma
coluna de ordem compósita, ligadas estas por
um arco do meio do qual penderá um triân-
gulo equilátero em cujo centro estará, sus-
pensa por arames invisíveis, a letra hebrái-
ca iod. Por sobre o trono, um docel
triangular de damasco azul celeste com fran-
jas brancas.
À direita do V / . M.\ e um pouco à
frente do trono, fica o Altar dcs Perfumes,
formado por uma coluna torsa, curta e trun-
cada.
No Altar dos Perfumes haverá uma tri-
pode e vasilhame contendo perfumes a se-
rem queimados.
Entre a entrada principal e o Sul fica
o Altar das Oblações, de fôrma igual ao pre-
cedente, e onde descansa o Mar de Bronze.

(1) Para chegar ao solio, onde fica o Trono do


Ven.'. Mest.'. é necessário subir Sete (7) degráus,
por Quatro (4) e Três (3) .
Os primeiros degráus' representam:
Força, Trabalho, Ciência e Virtude.
Os três1 do Trono são:
Pureza, Luz e Verdade.
No Oriente, de cada lado e pouco adian-
te do Trono, ficam uma mesa quadrangular
e um assento, à direita do V / . M.\, para o
Orador, e à esquerda para o Secretário. Fóra
do Oriente, próximo à grade e na mesma li-
nha das mesas precedentes, ficam, à direita
do V.'. M.\, uma mesa igual para o Tesou-
reiro e, à esquerda, outra para o Chanceler.
Todas as mesas e altares deverão ser
revestidos de cortinas bordadas, com franjas
e borlas de galão, pendidas até o chão.
Nas faces das cortinas dos altares das
três luzes, existirão bordados, ou pintados
no centro, as jóias dos respectivos cargos!
No Oriente, próximo à grade, fica ainda
o Altar dos Juramentos, sem, entretanto,
impedir a passagem de uma para outra parte
do Templo. Êste Altar tem a forma de pris-
ma triangular, de cerca de um metro de al-
tura, com 66 centímetros em cada face, tendo
como tampo uma chapa dourada com châ-
mas ou chifres de bronze, ou de latão em
cada ângulo. Sobre êste Altar ficará o Livro
o s i ^ e u ^ ) , um Esquadro com as pontas vol-
(2) LIVRO DA LEI é o LIVRO SAGRADO
de cada religião onde os crentes julgam existir as
v erdades pregadas por seus profetas. Assim, o Ju-
ramento deve ser prestado sobre o Livro Sagrado
da crença do iniciado, pois', pelos princípios básicos
da Maçonaria deve haver o máximo respeito às
crenças de cada um.
— 6 —

tadas para o Oriente e um Compasso aberto


em 60° e com as pontas voltadas para o Oci-
dente e por sob as do Esquadro. Nos lados
do Oriente, Sul e Norte deste Altar, fica
acesa uma vela de cera amarela, colocada em
castiçal de 1 metro e doze centímetros de
altura.
Entre a grade do Oriente e este Altar,
será colocado, nas ocasiões oportunas, o qua-
dro do PAINEL DA LOJA.
Entre cs assentos das três luzes da Loja
e as paredes deverá existir espaço bastante
para a passagem de uma pessoa.
De cada lado da entrada do Templo, fica
uma coluna, de altura proporcional à porta.
Estas colunas são encimadas por capitéis,
C(,m sete ordens de malhas entrelaçadas.

5 Be-
matando os capitéis, duas crdens de romãs
ao redor das malhas. A coluna da direita
chama-se J.\ e a da esquerda B.'..
Na mesa do Tesoureiro, onde haverá
duas luzes, ficam, além do necessário à es-
crita, o Saco de Solidariedade e, nas sessões
de iniciação, os atributos destinados ao inici-
ando. Na do Secretário, onde também haverá
duas luzes, ficam o Livro de Atas e o Saco de
Propostas e Informações. Na cio Chanceler, o
Registo de Visitantes e a Caixa dos Escrutí-
nios .
As paredes do Templo devem ter a côr
azul celeste. Em volta da parede, junto ao
teto, uma corda com 12 nós, ou voltas, cujas
pontas penderão aos lados da entrada prin-
cipal.
O teto do Templo representa o céu. Do
lado do Oriente, um pouco à frente do tro-
no, o Sol; por sôbre os Altares dos 1.° e 2.°
Vigilantes, respectivamente, a Lua e uma
Estrela de cinco pontas, Estes emblemas po-
derão ser pintados ou em relevo, ou então,
pendentes do teto.
No centro do teto, três estréias da cons-
telação de Orion. Entre estas e o nordeste,
ficam as Pleiades, Hyadas e Aldebaran; a
meio caminho, entre Orion e o noroeste, Re-
gulus, do Leão; ao norte, a Ursa Maior; a
noroeste, Arturus (em vermelho); ã leste,
a Spica, da Virgem; a Oeste, Antares; ao sul,
Fomalhaut. No Oriente, Júpiter; no Ocidn-
te, Venus; Mercúrio junto ao Sol e Saturno,
com seus Satélites, próximo a Orion.
As estrelas principais são: 3 de Orion;
5 Hyadas e 7 das Pleiades e Ursa Maior. As
estrelas chamadas reais sãc: Aldebaran,
Arturus, Regulus, Antares e Fomalhaut.
O Estandarte da Loja fica ao Sul, no
topo da Grade cio Oriente, e a Bandeira Na-
cional, ao Norte, no outro tôpo da Grade.
Os obreiros sentam-se nas partes Norte
e Sul do corpo do Templo. Os assentos e os
irmãos de cada uma dessas partes denomi-
nam-se — Colunas.
O 1.° Vigilante tem assento à esquerda
da Coluna do Norte e o 2.° Vigilante no Sul,
a meia distância entre a coluna e a Grade do
Oriente. Os altares dos Vigilantes ficam so-
bre um estrado e tem a mesma fôrma do tro-
no do Venerável Mestre. Sobre esses alta-
res ficarão o candelabro de três luzes e um
malhete; no do 1.° Vigilante, uma Coluna
de crdem Corintea e uma pedra bruta; no do
2.(l Vigilante, uma Coluna de ordem Jónica e
uma pedra polida. O estrado do 2.° Vig.\
tem um e o do 1.° Vig.\ dois degráus.
A colocacão dos Oficiais está determina-
da no quadro anexo.

QUADRO DA LOJA

(, P L A N T A DO TEMPLO)

1 — Venerável.
2 — Ex-Veneráveis.
3 — 1.° Vigilante..
4 — 2.° Vigilante..
5 — Orador.
6 — Secretário.
7 — 1.° Experto.
— 9 —

8 — 2.° Experto.
9 — Tesoureiro.
10 — Chanceler-Guarda dos Selos,.
11 — Hospitaleiro-Esmoler.
12 — Mestre de Cerimônias.
13 — Mestre de Cerimônias Adjunto.
14 — Porta Espada.
15 — Porta Estandarte.
16 — 1.° Diácono.
17 — 2.° Diácono.
13 — Guarda do Templo.
19 — Cobridor.
20 —Mestre de Banquetes
21 — Diretor de Harmonia.
22 — Arquiteto Decorador.
23 — Porta Bandeira.
24 — Visitante de honra.
A — Altar dos Perfumes.
A ' — Altar dos Juramentos.
M — Estátua de Minerva (Sabedoria).
H — Estátua de Hércules (Fôrça) .
V — Estátua de Venus (Beleza)
B e J — As Colunas do Templo.
B — Pedra bruta.
C — Pedra polida ou cúbica.

O novo iniciado senta-se na bancada da


coluna norte, próximo ao lugar do Arquiteto,
pois sendo costume inaugurar-se os trabalhos
de construção dos edifícios sagrados, com a
— 10 —

'colocação de uma pedra no seu ângulo nor-


deste, fica ele colocado nesse lugar para, sim-
bolicamente, representar essa pedra, sobre
a qual se deve apoiar uma super-estrutura
perfeita, em todas as suas partes, e honrosa
para o construtor, que é êle próprio.

A SALA DOS PASSOS PHRDÍDOS — O


ÁTRIO

Na frente do Templo deve existir urna


ante-sala — a Sala dos Passos Perdidos —.
tão confortável quanto possível, para a re-
cepção dos visitantes e permanência dos
obreiros. Seu mobiliário será adequado às
posses da Loja. Sobre uma mesinha, nesta
sala, fica o Livro de registo de visitantes e de
presença dos obreiros, onde todos lançarão
seu ne-varietnr. Entre a Sala dos Passos Per-
didos e o Templo haverá um pequeno com-
partimento — o Átrio —, com três portas:
uma para a Sala dos Passos Perdidos, outra
para a Câmara das Reflexões e a terceira
para o Templo. No Átrio, além de algumas
cadeiras, armários, ficarão as Estrelas para
recepção dos Visitantes e o assento do Co-
bri clor (externo), que aí permanecerá du-
rante as sessões da Lo ia.
— II

AS L I Z E S OU DI G : \ A T A R I O S E
O F I C I A I S DA L O J A

As Luzes c Oficiais da Loja são os


constantes da. relação a páginas 8 e 9.
As Oficinas que possuírem Biblioteca
elegerão um Irmão para as funções de Bi-
bliotecário .

OS T Í T U L O S E TRATAMENTOS

O Presidente tem o título de Mestre e o


tratamento de Venerável; os demais digna-
tários são, indistintamente, intitulados —
Irmão, com o tratamento de Respeitável,
sendo absolutamente proibido ciar, a quem
quer que seja, título ou tratamento que ex-
pressamente não esteja determinado nos Ri-
tuais e nas leis da Grande Loia.
J

AS DISTINÇÕES K OS TRAJES

As jóias dc.s Dignatários e Oficiais são


as seguintes:

Venerável Mestre — Esquadro e Compasso


num arco de círculo e,
no centro, o Sol e o
Õlho que Tudo Vê,
l. n Vigilante —• Nivel.
— 12 —

2.° Vigilante — Prumo-


Secretário — Duas Penas cruzadas.
Orador — Um Livro aberto.
Tesoureiro — Uma Chave.
Chanceler — O Timbre da Loja.
Hospitaleiro — Urna Bolsa
1.° Diácono — Uma Pomba.
2.u Diácono — Uma Pomba.
M. de Cerimônias — Régua e uma Vara
cruzadas.
Porta Espada - - Espada Flamígera.
M. de Banquetes — Dois bastões cruzados
Porta estandarte —Estandarte
Guarda do Templo — Duas Espadas cru-
zadas.
Esperto — Punhal.
Ccbridor — Alfange.
Diret. de Harmonia — Pauta e clave de SoL
Arquiteto — Uma Régua.
Porta Bandeira — Bandeira.

Para as sessões magnas, o traje de rigor


é preto, com luvas brancas. Na estação cal-
mosa. porém, o traje poderá ser branco com
gravata preta.
Em Loja de Aprendiz somente o Vene-
rável Mestre poderá trazer à cabeça um cha-
péu de feltro preto e mole.
Tod,os os Mestres usarão espada à cin-
tura, em cinto de couro preto.
— 13 —

A insígnia de aprendiz é um avental de


pele brancaquadrangular, de 0m35x0m40,
com abeta triangular, preso à cintura por
cordões ou fita de sêda branca. A abeta esta-
rá sempre levantada.
Nas sessões, todos os irmãos deverão
usar seus aventais e demais insígnias dos
graus simbólicos que possuírem. Os Oficiais
usarão colares de fita de 10 centímetros de
largura, terminando em ponta sobre o peito,
com a jóia do cargo. As três Luzes (Venerá-
vel, 1.° e 2.° Vigilantes) usarão punhos de
seda orlados de galão, tendo na face externa,
bordados, a jóia do respectivo cargo e o nome
da Loja.

OS V I S I T A N T E S

Todos os irmãos regulares têm o direito


de visitar as lojas regulares, obedientes às
GGr.\ LLoj.'. do Brasil, sujeitando-se po-
rém, âs prescrições do trolhamento e às dis-
posições disciplinares estabelecidas pela Loja
visitada, em cujo livro de registro de Visi-
tantes gravarão seu "NE VARIETUR", de-
pois de apresentarem os documentos de sua
regularidade maçónica. Em sessão, sentar-
se-ão nos lugares que lhes forem indicados
pelo Mestre de Cerimônias.
— 14 —

Nas visitas coletivas ou individuais a


uma Loja, serão obrigatoriamente feitas ao
visitante as seguintes perguntas, entre Co-
lunas, depois da saudação às Luzes:
VEN.'. — Sois Maçon?
VISIT.'. — M.'.i.'.c.'.t.'.m.'.r.'.
VEN.\ — De onde vindes?
VISIT/. — De uma Loja de S. João, Justa e
Perfeita.
VEN.\ — Que trazeis?
VISIT.'. — Amizade, paz e votos de prospe-
ridade a todos os irmãos.
VEN-*. — Nada mais trazeis?
VISIT.'. — O Ven.\ Mest.'. de minha Loja
v.'.s.'.p.'.t.'.v.'.t-'. .
VEN.'. — Que se faz em vossa Loja?
VISIT.'. — Levantam-se templos à Virtude
e cavam-se masmorras ao vício.
VEN.'. — Que vindes fazer aqui?
VISIT.'. — Vencer as minhas paixões, sub-
meter a minha vontade e fazer novos
progressos na Maçonaria, estreitando os
laços de fraternidade que nos unem
como verdadeiros irmãos.
VEN.'. — Que desejais?
VISIT.'. — Um lugar entre vós.
VEN.'. — Êste vos é concedido. Ir.'. M.\ de
CC.\, conduzi os nossos irmãos aos lu-
gares que lhes competem. Sentemo-nos?
meus Irmãos.
Só devem ser admitidos como visitantes^,
irmãos que exibam seus documentos de re-
gularidade e que se mostrem, pelo trolha-
mento, perfeitos conhecedores dos sinais, to-
ques e palavras, etc., salvo se já forem co-
nhecidos. pelo menos de dois obreiros, que
por eles se responsabilizarão.
0 trolhamento deve ser feito pelo 1 o E|x-
perto e 1.° Diácono.
Convém lembrar que é no grau de apren-
diz que deve haver todo o rigor, pois os mis-
tificadores são, nesse gráu, em maior quan-
tidade.
Quando o irmão visitante fôr conhecido
e haja visitado a Lojapvderá entrar jun-
tamente com os demais membros da Loja.

AS FESTAS

Além dos dias festivos, prescritos pelos


regulamentos das Grandes Lojas e das Lo-
jas, todos os membros devem se reunir em
banquete maçónico nos dias 24 de Junho,
nascimento de S. João Batista, e 27 de De-
zembro, nascimento de S. João Evangelista.
Havendo impedimento sério, o banquete po-
derá ser realizado em outro dia, próximo à
data.
— 16 —

SEGUNDA PARTE

A O R D E M DOS T R A B A L H O S

I A ordem a ser observada, rigorosa-


mente, na sessão econômica de uma Loja
Simbólica é a seguinte:

1 — Abertura ritualística;

•2 — Leitura da ata, seguida de observações


e aprovação;

3 — Leitura do expediente, a que o Ve-


nerável Mestre dará o destino con-
veniente e sobre o qual não haverá
discussão;

4 — Saco de Propostas e de Informações;

5 — Ordem do dia, previamente organiza-


da pelo Secretário, ouvido o Venerá-
vel Mestre. Pareceres, petições, as-
suntos dependentes de discussão e
aprovação;

6 — Escrutínios secretos para admissão de


Membros;

7 — Entrada dos Visitantes;

M
1

— 17 —

8 — Instrução aos aprendizes;


9 — Exame e leitura de Tese. Os irmãos,
que quizerem ser examinados em li-
turgia, filosofia, história e legislação
maçónica, serão arguidos, respectiva-
mente, pelo Mestre de Cerimônias,
Orador, 1.° Vigilante e Secretário.
Findos os exames, passar-se*á à leitu-
ra da Tese, pelo Ir.', previamente de-
signado;
10 — Tronco de Solidariedade;
11 — Palavra a bem da Ordem em geral e
/
do Quadro;
12 — Encerramento ritualístico dos traba-
lhos;
13 — Cadeia de União, quando houver ne-
cessidade de circular a Palavra Se-
mestral, entre os membros do Quadro:

As sessões econômicas são aquelas em


que a Loja trata de seus interesses em par-
ticular e da Ordem em geral, bem como as
de instrução litúrgica, de eleições e de fi-
nanças
o .
Nenhum Ir.', poderá retirar-se do Tem-
plo sem a devida permissão do Venerável
Mestre e sem antes colocar seu óbulo no
Tronco de Solidariedade,
— 18 —

II — Nas sessões mágnas, a ordem dos


trabalhes é a seguinte:

1 —. Abertura ritualística;

2 — Leitura da ata, seguida de observa-


ções e aprovação;

3 — Leitura do expediente, a que o Vene-


rável Mestre dará o destino conveni-
ente e sôbre o qual não haverá
discussão;

4 — Entrada de visitantes;
5 — Objetivo da sessão: iniciação, regula-
rização, filiação, colação de gráu; pos-
se ou instalação de funcionários; inau-
guração ou sagração de Templo; co-
memorações festivas; adoção de lnw-
tens; julgamentos; pompa fúnebre;

6 — Tronco de Solidariedade;

7 — Palavra a bem da Ordem em geral;

8 — Encerramento ritualístico dos tra-


balhos .

OBSERVAÇÃO — Caminha-se no Templo da se-


guinte maneira: sobe-se para o oriente
— 19 —

pelo Sul, isto é, pela coluna a cargo do


2.° Vigilante, e desce-se pelo Norte.

I N G R E S S O NO TEMPLO

Ninguém terá ingresso no Templo, qual-


quer que seja o pretexto, antes da hora fixa-
da, salvo os Irmãos encarregados de prepa-
rá-lo para as cerimônias.
A hora fixada, o Irmão Mestre de Ceri-
mônias, depois de estarem todos os presen-
tes devidamente revestidos de suas insígnias
e trajados conforme o ritual, formará uma
dupla fila na seguinte ordem:
Dois a dois os Aprendizes e Companhei-
ros, estes do lado Sul e aqueles do lado Nor-
te, indo à frente os mais modernos; logo a
seguir, os Mestres, depois os Oficiais, cada
um do lado da respectiva Coluna; em seguida
cs visitantes, caso não tenham de ser recebi-
dos com formalidades; após, os ex-Venerá-
veis e, finalmente, os dois Vigilantes, pre-
cedendo ao Venerável Mestre.
Organizada a fila dupla, o Mestre de Ce-
rimônias, pondo-se à frente, dará um golpe
com seu bastão e o Cobridor abrirá a porta
do Templo. Todos romperão a marcha com c
pé esquerdo é dirigir-se-ão para o Templo. A
medida que forem entrando, cada qual vai
ocupar seu lugar, conservando-se de pé, mas
— 20 —

sem estar à ordem, voltado para o eixo do


Templo, ficando o Mestre de Cerimônias do
lado ocidental do mosaico ou painel, para
acompanhar o Venerável Mestre ao Trono.
Logo que o cortejo penetrar no Templo, o
Cobridor fecha a porta. Voltando para seu
lugar, o Mestre de Cerimônias verificará se
todos estão perfeitamente colocados, após
cuja verificação, dirá: Os lugares estão pre-
enchidos, Venerável Mestre.
Durante a marcha, o orgão executará
música lenta e os Irmãos poderão acompa-
nhá-la com cântico apropriado.
Feita a comunicação pelo Mestre de Ce-
rimônias, o Venerável Mestre dá um golpe
de Malhete e todos sentam-se.
Não poderão ter ingresso no Templo os
Irmãos que não estiverem devidamente
trajados e revestidos de isuas insígnias.
I __ ABERTURA DOS TRABALHOS

1 — VEN.\ (!) — Ir.'. 1.° Vig.\, qual é


o vosso 1.° dever em Loja?
1.° VIG.'. — Ver se o Templo está co-
berto, Ven.'. Mestre.
2 — VEN.'. — Certificai-vos disso, meu
Ir.'. .
1.° VIG.'. — Ir.'. Guarda do Templo
cumpri vosso dever.
(O Ir.*. Guarda do Templo, de espada em
punho, entreabre a porta, verifica se o
Cob.', está a postos, fecha a porta e dá na
mesma com o punho da espada a bate-
ria, que é repetida pelo Cobr.\)

G. DO TEMPLO — Ir.'. 1 o Vig.\, 0


templo está coberto.
1.° VIG.\ — O Templo está coberta
Ven.'. Mestre.
3 - VEN.'. — I r / . 1.0 Vig.'., qual é o vos-
so 2-° dever em Loja?
1.° VIG.'. — Verificar se todos os pre-
sentes são maçons.
4 — VEN.'. — Assegurai-vos disso, junta-
mente com o Ir.'., 2.° Vig.'., nas
vossas colunas, como eu o faço no
Oriente. De pé e à ordem (!) .

(Todos se levantam e ficam à ordem. Os


irmãos das colunas se voltam para os res-
pectivos W i g . ' , e os do Oriente para o
Ven.'. Mestre).

2.o VIG.'. - Ir.'. 1 o Vig.'., os obrei-


ros de minha coluna, pelo sinal
que fazem, são maçons.
1.° VIG.'. — Ven.'. Mestre, todos os
presentes em ambas as colunas,
são maçons.
— 22 —

5 — VEN.'. — Também os do Oriente (!).


Sentai-vos, meus irmãos (Pausa).
Irm.'. Secr.'., informo-vos de que
o nosso Breve Constitutivo se acha
no Altar. Dizei-me agora: há nú-
mero legal?
SEC.'. — Sim, Ven.'. Mestre, por-
que . . . irmãos assinaram o Livro
de Presença.
6 __ VEN.'. — Irm.'. Orador, que é pre-
ciso para a abertura dos traba-
lhos?
ORAD.'. — Que estejam presentes,
no mínimo, sete irmãos, dos quais
pelo menos três mestres e que to-
dos estejam revestidos de suas in-
sígnias .
7 — VEN.'. — Ir.'. M.'. Cer.'., a Loja está
composta?
M:. CEiR:. — (levantando-se e à or-
dem) Sim, Ven;. Mestre1, os
cargos estão preenchidos e todos
os presentes se acham revestidos
conforme o nosso uso. (saúda e
senta-se).
8 — VEN.'. — Ir.'. Orador, que é preciso
para que os trabalhos decorram
em ordem maçónica?
ORAD.'. — Que os irmãos só falem,
quando obtenham permissão, que
não passem de uma para outra
coluna sem a necessária licença,
nem se ocupem de assuntos proi-
bidos pelas nossas leis. Que tudo
em nosso Templo seja tratado sob
os princípios da Moral e da Razão.
9 — VEN.'. — Qual é o vosso lugar, Irm.\
2.° Diácono?
2.° DI AC.'. (levantando-se e ficando
à ordem) — À direita do Altar do
Irm.\ 1.° Vigil.'. .
10 — VEN.'. — Para que, meu Ir.'.?
2.° DIAC.\ — Para ser o executor e
o transmissor de suas ordens e
velar para que todos os Ilr.*. se
conservem, nas Colunas, com o
devido respeito, disciplina e or-
dem.
11 — VEN.'. — Onde tem assento o Ir.'.
1.° Diácono?
2.° DIAC.'. — À direita e abaixo do
sólio, Ven.'. Mestre, (Saúda e
senta-se) .
12 — VEN.". — Para que ocupais esse lu-
gar Ir.'. 1.° Diácono?
1.° DIAC.'. (Levantando-se e à or-
dem) —- Para transmitir vossas
ordens aos Ilr.'. Vigilantes e a to-
dos os Oficiais, a fim de que os
trabalhos se executem com ordem
e perfeição.
13 — VEN.'. — Onde tem assento o Ir.'.
2.° Vigilante?
1.° DI AC.'. — Ao Sul, Ven.'. Mestre.
(Saúda e senta-se)
14 — VEN.'. — Para que ocupais êsse lu-
gar, Ir.'. 2.° Vigilante?
2.0 VIG.'. — Para melhor observar o
sol no meridiano, chamar os
Obreiros para o trabalho e mandá-
lcs à recreação, a fim de que os
trabalhos prossigam com ordem e
exatidão.
15 — VEN.'. — Onde tem assento o Ir.\
l.o Vigilante?
2.° VIG.'. — No Ocidente, Ven.'.
Mestre.
16 — VEN.'. — Para que ocupais esse lugar,
Ir.'. 1.° Vigilante?
1.° VIG.'. —Assim como o Sol se ocul-
ta no Ocidente para terminar o
dia, assim se coloca o 1.° Vigilan-
te para fechar a Loja, pagar os
Obreiros e despedi-los contentes
e satisfeitos.
17 —- VEN.'. — Para que o Venerável Mes-
tre senta-se no Oriente?
I o VIG.'. — Assim como o Sol nasce no
Oriente para fazer sua carreira e
— 25 —

iniciar o dia, assim aí fica o Ven.'.


Mestre para abrir a Loja, dirigir-
lhe os trabalhos e esclarecê-la,,
com as luzes de sua sabedoria, nos
assuntos da Sublime Instituição.
18 — VEN.'. — Para que nos reunimos
aqui, Ir.'. 1.° Vigilante?
l. u VIG.'. — Para combater a tirania,
a ignorância, os preconceitos e os
erros, e servir o Direito, a Justi-
ça e a Verdade; para promover o
bem estar da Pátria e da Huma-
nidade, levantando templos à Vir-
tude e cavando masmorras ao Vi-
cio.
19 — VEN.'. — O que é Maçonaria, Ir.\
Chanceler?
CHANC.'. (Levantando-se e à or-
dem) — Uma Instituição que tem
como objetivo tornar feliz a Huma-
nidade, aperfeiçoando pelo amor
os costumes, pela tolerância a ra-
zão e pelo dever o carater. Glori-
fica o Trabalho, liberaliza a Fra-
ternidade, proscreve a Violência
e respeita a Lei.
20 — VEN.'. — Ela é regional?
CHANC.'. — Não, Ven.'. Mestre, ela
é universal e suas Lojas espalham-
• se por todos os recantos da Terrar

#
— 26 —

sem preocupação de fronteiras e


de raças. (Saúda e senta-se)
21 — VEN.'. — Ir.'. M.\ Cerimônias, por-
que usa símbolos a Maçonaria?
M / . CER/. (Levantando-se e à or-
dem) — Porque se origina dos an-
tigos mistérios onde o símbolo e
as alegorias eram a chave da ciên-
cia, conserva-os por tradição e pa-
ra auxiliar a memória a reter os
seus ensinamentos pela impressão
que causam ao espírito e aos sen-
tidos. (Saúda e senta-se)
22 — VEN.'. — Sois maçon, I r / . 1.° Vig.\?
l.o v i G / . — M M . II. C . T . M . R .
23 — V E N / . — Durante quanto tempo de-
vemos trabalhar como aprendizes
maçons?
V E N / . — Do meio-dia à meia-noite,
V e n / . Mestre.
24 — VEN.'. — Que horas são, I r / . 2.°
Vig?.\
2.° V I G / . —Meio dia em ponto, V e n / .
Mestre.

(O Ven.'. dá com o malhete!!!, que é


repetido pelos W i g , e todos' ficam em
pé e à ordem. O 1.° Diácono sobe os
degraus do trono, saúda o Ven.'., que,
após corresponder à saudação, dá-lhe
— 27 —

a P. S. nos ouvidos, começando pelo


esq. Recebida a P. S., o 1.° Diácono
saúda o Ven.'. e vai com as mesmas
formalidades levá-la ao 1.° Vig.\, que
a .transmite pela mesma forma e por
intermédio do 2.° Diácono ao Ir.'. 2.°
V i g : . . Chegada a P.S. ao 2.0 Vig::.
êsse d i z : )

2.° VIG.'. — Está tudo justo e perfei-


to, Ven.'. Mestre.

25 — VEPsT.'. — Achando-se a Loja regular-


mente constituída, procedamos à
abertura de seus trabalhos, invo-
cando o auxílio do G.'.A,'.D.'.U.'.
(O mais moderno dos Ex-Veneráveis
ou, na falta, o Ir.'. Experto vai ao oci-
dente do Altar dos Juramentos, acom-
panhado pelo M.\ Cer.'.; os Diáconos
vão respectivamente para os lados N. e
S. e cruzam seus bastões por sobre o
Altar, à altura das cabeças. Depois de
saudar o Ven.'. Mestre, o Ex-Ven.\ ou
o Exp.'. abre o Livro da Lei na parte
apropriada e sobrepõe-lhe o Esqua-
dro e o Compasso na posição do Gr.'.,
saudando novamente o Ven.'. Mestre.
Os quatro irmãos ficam à ordem, junto
ao Alt.*.)
— 28 —

26 — YEN.'. — Em nome do G.'.A.'.D.\


U.\ e de São João, nosso pa-
droeiro, sob os auspícios da
Grande Loja do Brasil e em vir-
tude dos poderes de que me acho
investido, declaro aberta no gráu
de Aprendiz Maçon a Aug.'. e
Resp.*. Loja Meus
irmãos, nossos trabalhos tomam
força e vigor.
(0 1.° Vig.\ levanta a coluna de seu
Altar e o 2.° Vig.\ abaixa a do seu).

27 — VEN.'. — ! (repetido pelos VVig.'.) —


AD UNIVERSI TERRARUM
ORBIS SUMMI AiRCHITECTI
GLORIAM. A mim, meus irmãos,
pelo sinal, pela bateria de aplausos
e pela aclamação.
TODOS (Depois de feito o sinal, dado a
bateria e voltado à ordem) —
Huzzé! Huzzé! Huzzé!
28 — VEN.'. — Sentemo-nos, meus ir-
mãos (1) .

(i) A juizo do V e n : . Mestre, podem ser su-


primidos em algumas sessões econômicas os nos. 9
a 21, inclusive, salvo naquelas em que vai haver
instrução litúrgica.
— 29 —

(Os irmãos, que se achavam junto ao


Altar dos J J u r :., saúdam!© 'Ven : M e s -
tre e voltam a ocupar os seus lugares.
O 1.° Diácono, de passagem, abre o
Painel da Loja).

ATA

YEN.'. — Ir.'. Secretário, tende a bondade


de nos dar conta do Bal.'. de nossos úl-
timos trabalhos. — (!) — Atenção, meus
Ir.'..
(O Secretário procede a leitura da Ata
da última reunião, finda a qual:)

VEN.'. — Meus Ur.'., se tendes alguma ob-


servação a fazer sobre a redação do Bal.'.
que acaba de ser lido, a palavra vos será
concedida.

(Se algum Ir.', tiver de fazer observa-


ções', pedirá a palavra ao Vig.'. de sua
Coluna. Reinando silêncio, os VVig.'.
anunciam)

VEN.'. — Os Ur." . que aprovam o Bal.'. que


acaba de ser lido, (caso tenha havido ob-
servações, acrescentará: — com as obser-
vações do Ir.'. F . \ . . . ) queiram fazer o
sinal.
— so-
co M.\ de CC.'. verifica a votação e
comunica ao Ven.'. Mestre, que pro-
clama diretamente o resultado. O M.\
de CC.'.toma o Livro de Atas e leva-o
à assinatura do Ven.'. Mestre e do
Orador, restituindo-o em seguida, ao
Secretário, que, também, o assinará.)

EXPEDIENTE

VEiN :. — Ir::. Secr::., tende a bondade die


ler o expediente. (!), Atenção, meus Ilr:..
(À medida que o Secr.'. for lendo o
expediente, o Ven:. Mestr:. irá dando
o devido destino, sem submeter o as-
sunto à discussão ou apreciação da Lo-
ja. Do expediente farão parte os De-
cretos e Atos do Gr.'. Mestre da Gr.'.
Loj.'., sendo os Decretos lidos pelo
Orador, ficando todos de pé e à ordem.
Terminado o expediente, prosseguem os
trabalhos de acordo com a ordem es-
tabelecida na página 16. O Ven :. fará
o anúncio "diretamente", mas o pedido
da palavra será "sempre por intermé-
dio" do Vig.'. da Coluna. Reinando si-
lêncio sobre qualquer assunto em
discussão, os W i g . ' , farão o anúncio.
— 31 —
Após qualquer discussão, o Orador de-
verá fazer as conclusões, sem absoluta-
mente dar "opinião pessoal") .

II — ENCERRAMENTO DOS
TRABALHOS

1 VEN.\ (!) i i r / 1.° e 2.° Vigilan-


tes, anunciai em vossas Colunas
como eu anuncio no Oriente, que
vamos encerrar os trabalhos desta
Loja de Aprendizes-Maçons.
(Os Vigilantes fazem o anúncio).

2 - VEN \ - I r / . 2.0 Vigilante, tendes


alguma observação a fazer*?
2.° VIG.". —

3 - VEN.'. - I r / , l o vigilante, desejais


1 o ,f T P ^ e S e n í a r alguma observação?
1. VIG. . —
4 - VEN.". _ E vós, Ir.". Orador?
ORAD.\ —

5 - VEN.'. _ Meus Ur."., estais satis-


feitos?
(Todos batem com a palma da mão di-
reita no Avental, em sinal de afirma-
ção) .
— 32 —

6 — VEN.'. — Ir.'. 1.° Vig.'.j a que horas


é permitido aos Aprendizes-Ma-
çons deixarem o trabalho?
1.° VIG.'. — À meia-noite. Ven.'.
Mestre.
7 — VEN.'. — Que horas são. Ir.'. 2.° Vi-
gilante?
2 o v i G . ' . — Meia-noite, Ven.'. Mestre.

8 — VEN — !
1.° VIG.'. — !
2.° VIG.". — !
9 ___ VEN.".—De pé e à ordem, meus U r / .

(Com o mesmo cerimonial da abertura,


o Ven.'. Mestre transmite a P.\ S.\)

2.° VIG.'. (Depois de recebida a


P.\ S.'.) — Tudo está justo e
perfeito na Col.'. do Sul, Ir.'. 1.°
Vigilante.
1.° VIG.'. — Tudo está justo e per-
feito em ambas as CCoL'.,
Ven.*. Mestre.
(O Ir.', que abriu o Livro da Lei vai,
com os ^mesmos acompanhantes e as
mesmas formalidades da abertura, se
postar em frente ao Altar dos jura-
mentos. Ficam à ordem)
— 33 —

10 — V E N — (!) — Ir:, l.o Vigilante, es-


tando tudo justo e perfeito, ten-
des minha permissão para fechar
a Loja.
1.° VIG.'. — (!) — Em nome do G.\
A.'. D.'. U.\ e em honra de São
João, nosso padroeiro, com a per-
missão do Ven.". Mestre, está fe-
chada esta Loja de Aprendizes
Maçons (!)
(Nesse momento é fechado o Livro da
Lei. Os irmãos, que estão junto ao Al-
tar dos JJur.'., aí ficam à ordem)

11 — VEN.'. — Agradeçamos ao G.\ Arq.\


do Un.' . não nos ter desampara-
do em nossos trabalhos. Que Êle
esteja convosco e vos abençoe!
TODOS — Assim seja.
12 — VElN :.— Prometemos guardar sigi-
lo sobre o que se passou nesta
sessão.
TODOS (continuando à ordem) —
Nós o prometemos.
13 — VEN.'. — A mim, meus irmãos, pelo
sinal, pela bateria de aplausos e
pela aclamação.
TODOS (Depois de feito o sinal, da-
do a bateria e voltado à ordem)
— Huzzé! Huzzé! Huzzé!
— 34 —

(Os irmãos, que se encontram junto ao


Altar dos Juramentos, voltam a seus
lugares. O 1.° Diácono, de passagem^
fecha o Painel da Loja)

14 _ VEN.\ — Meus IIr.\, os trabalhos


estão encerrados e nossa Loja
fechada. Retiremo-nos lempaz.

(O 1.° Vig.\ abaixa a Col.\ de s'eu Al-


tar e o 2.° Vig.'. levanta a do seu. Se
tiver de ser transmitida a palavra Se-
mestral, forma-se a Cadeia de União.
A saída do Templo será feita em ordem
inversa à da entrada, isto é, o Ven.\
Mestre sai, seguido pelos Vigilantes*
aos quais seguem os demais Ilr.'.. Du-
rante a saída, o órgão executa uma
marcha, que poderá ser acompanhada,
pelos Obreiros, de um cântico apro-
priado. O sinal de ordem é desfeito ao
transpor a porta do Templo. Depois de
passar o último Ir/., o G.\ do Templo
apaga as luzes e fecha a porta do
Templo)

NOTA — Sendo o Templo um lugar sagrado para


os Maçons, não deve permanecer aberto nem ser-
vir de^ ponto de teunião para palestras ou descanço
e, muito menos, dentro dele, será permitido fumar.
35 —

III - SUSPENSÃO DOS TRABALHOS


P A R A RECREAÇÃO

(Caso os trabalhos hajam de ser in-


terrompidos e depois reencetados, pro-
cede-se assim:)

1 - VEN.". _ (!) Ir. - . 2.0 V i g . , ; q u a ,


e vosso lugar em Loja?
2.° VIG*. - No Sul, Ven*
Mestr.*..

2
JfZrn ~~
~ ~ ' P a r a q U 6 m e u I r m ã o ?

VIG. . — Para melhor observar o


Sol na sua passagem pelo meri-
diano, chamar üS Obreiros para
o trabalho e mandá-los à re-
creação .
3 —- VEN.*. — Q u e horas são?
2.° VIG.*. — O Sol está no meri-
diano.

4 — VEN.'. — E os obreiros têm traba-


COm a f i n c o e
9o Perseverança?
V I G — Ven.*. Mestr.*..
5 — VEN.*. — Então tendes minha per-
missão para mandá-los à recrea-

;
— 36 —

ção, suspendendo, por alguns ins-


tantes, os trabalhos.
2.0 VIG - (!) Meus irmãos, de ordem
do Ven.'. Mestr.'., os trabalhos
vão ser suspensos por alguns mo-
mentos, para que vos entregueis
à recreação, tendo o devido cuida-
do de ficar nas proximidades a
fim de atenderdes ao chamado de
volta ao trabalho (!) .
1.° VIG.'. — (!)
6 — VEN.'. — (!)

(O 2 ° Vig.\ levanta a Col.\ de


seu Altar e o 1.° Vig.\ abaixa a do seu.
O irmão que abriu o Livro da Lei vai
fechá-lo, colocando-lhe por cima o
compasso e o esquadro, na mesma po-
sição que guardam entre si)

IV—REABERTURA DOS T R A B A L H O S

(Estando todos os Oficiais de pé e à


ordem, o Ven.'. Mestre dá um golpe
de Malhete, repetido pelos VVig.'.. Os
demais Ir.', ficam simplesmente de pé)

1 — VEN.'. — (!) — Ir.'. 2i° Vigilante,


que horas são?
— 37 —

2} VIG.'. — O Scl passou do zénite.


2 — VEN.'. — Então tendes minha per-
missão para chamar os Obreiros a
fim de reencetarmos os trabalhos.
2.o VIG.'. - (!) _ Meus IIr.\, de
ordem do Ven.'. Mestre, suspen-
dei vossa recreação para retomar-
des o trabalho.

1.° VIG.'. — !
3 — VEN.'. — !

(Todos os Obreiros ficam à ordem. O


2.° Vig.\ abaixa a Co!.', de seu Altar
e 1.° Vig.\ levanta a do seu. O Ir.*,
que fechou o Livro da Lei vai abrí-lo
no lugar apropriado, superpondo-lhe o
Compasso e o Esquadro na posição do
grau)

í — VEN :. — Sentemo-nos, meus Ilr:..

(Os trabalhos continuam do ponto em


que foram suspensos)
— 38 —

TERCEIRA PARTE

I - INICIAÇÃO

CAMARA DE REFLEXÕES
• j •
A Câmara de Reflexões é o local onde
se recolhe o profano, antes da sua iniciação.
É um recinto impenetrável aos raios do sol e
iluminado apenas por uma lampada sepul-
cral. As suas paredes devem ser pintadas ou
forradas de negro e cobertas de emblemas
fúnebres, a fim de excitar o candidato ao re-
oolhimientbi e à meditação, o qual, devendo
passar pelos quatro elementos dos antigos,
aqui experimenta a sua primeira prova, a da
Terra, em cujo seio se supõe que está para
lhe recordar a sua última morada (1). Por
isso, na Câmara haverá um esqueleto den-
tro de um ataúde aberto, para simbolizar o
nada das vaidades humanas. Não havendo
esqueleto terá pelo menos uma caveira sôbre
a mesa. Deve ter por única mobília uma mesa
e uma cadeira. Sôbre a mesa, coberta com

( r ) É conveniente que a câmara de reflexões


esteja em plano inferior à sala de espera, afetando
até a forma de caverna, para simbolizar também a
habitação primitiva do homem.
39

um pano negro, haverá papel, tinteiro, penas


uma lanterna, um pedaço de pão, uma bilha
com agua, um galo e uma ampulheta de meia
hora, l e n d o _ s e respectivamente sob estes dois
últimos símbolos as palavras vigilância (so-
bre as tuas ações) e perseverança (no bem
pois as horas estão contadas) .
Sobre a mesa coiocar-se-á uma campai-
nha quando a Câmara não a tenha própria.
As paredes devem ser decoradas com di-
versas sentenças filosóficas, postas cada uma
num quadro, tais como:
"Se a curiosidade aqui te conduz, reti-
ra -te .

"Se tens o propósito de auferir lucros


materiais da Maçonaria, retira-te".
"Se queres bem empregar tua vida. pen-
sa na morte".
"Se tens receio que descubram teus de-
feitos, nao estarás bem entre nós".
"Se és apegado às distinções humanas,
retira-te, pois nós, aqui, não as reconhece-
TYi
mos no77
<<
Se fores dissimulado, serás descoberto".
Se tens medo, não vás adiante".
Deus julga ôs justos e os pecadores".
Somos pó e ao pó tornaremos".
— 40 —

PREPARAÇÃO DO CANDIDATO

O irmão, que apoiou a petição do profa-


no, tem os seguintes deveres: _
I - receber os metais da miciaçao, para
entregá-los ao Ir.'. Tesoureiro;
II — trazer o profano vestido de preto;
Hl — vendá-lo cuidadosamente ao chegar
ao edifício da Loja.
Na sala dos PP:. PP:., entregá-lo-á ao
Ir ' Experto que, batendo-ihe levemente no
ombro, dir-lhe-á: - Eu sou vosso guia: tende
confiança em mim e nada receeis. Depois de
fazê-lo dar algumas voltas pelo edifício, sem
permitir que qualquer Ir.*, fale ou se apro-
xime e, muito menos, dirija gracejos, intro-
duzí-lo-á na Câmara de Reflexões, onde o
preparará convenientemente, tirando-lhe to-
dos os metais que, colocados em uma ban-
deja, serão depositados, logo após à abertura
dos trabalhos, na mesa do Ir.'. Tesoureiro.
O candidato deverá ter o lado esquerdo
cio peito e a perna direita, até o joelho, nús,
substituindo-se o sapato do pé direito por
uma alpercata. Depois de assim preparado, o
Experto tira-lhe a venda e diz-lhe: Profano,
eu vos deixo entregue as vossas reflexões; não
estareis só, pois Deus, que tudo vè, será tes-
temunha da sinceridade com que ides res-
ponder às nossas perguntas».
— 41 —

Q U E S T I O N Á R I O E COMPROMISSO DE
ALIANÇA

Depois de introduzido o candidato na


Reflexões, o Experto traz-lhe
uma tolha de papel com as questões abaixo
declaradas, com intervalos para serem escri-
tas as respostas e indicando que o candidato
deve ai também escrever o seu pensamento
morai e filosófico.
As questões são:
I — Quais os deveres do homem para com
Deus?
XI — Quais os deveres do homem para com
a Pátria?
III — Quais os deveres do homem para com
a Família?
IV — Quais os deveres do homem para com
os seus semelhantes?
V — Quais os deveres do homem para con-
sigo mesmo?
Entrega-lhe também o Compromisso de
Aliança, para que o assine.
O Experto adverte o profano de que deve
tocar a campainha, depois de ter respondido
e assinado.
Respondido o questionário e assinado o
Compromisso, o Experto leva esses documen-
tos à Loja e depois de receber ordem do Ve-
— 42 —

nerável, volta para junto do profano, ven-


da-o e o conduz a porta do Templo.
O Compromisso de Aliança é o seguinte:
Eu, abaixo asinado, de minha livre
e expontânea vontade, prometo pela
minha honra não divulgar nada do que
vi ou ouvi quando me conduziram a
este lugar e também nada revelar do
que vir e ouvir depois, seja ou não ad-
mitido na Maçonaria.
Declaro solenemente, sob palavra de
honra, que desejo ser maçon para con-
sagrar mais ainda a minha inteligência
e a minha vontade ao bem de meus' se-
melhantes, combatendo a opressão e o
obscurantismo e trabalhar quanto em
mim couber pela prosperidade deste
grande País, onde vivo.
Assim penso e assino, sem nenhuma
reserva mental.

Data
Assinatura

QUANDO HOUVER MAIS DE UM


CANDIDATO

Regularmente só se deve iniciar um can-


didato; si, porém, circunstâncias especiais
43

O exigirem, poderão ser iniciados até três


candidatos em uma mesma reunião.

ciaráNpe:Í.CaS°' ° Ven-'- MeStr"- ^ e n -

7:d l ~ q U e candidato seja introdu-


z i ^ na Camara de Refle t e s de modo a fi
i t
2 — que o profano que ceder o lugar
p a r a i " ;eS com
parado
6Ja 6m
os olhos vendados; d e -

tnc 3 T T e 3 0 E x p e r t 0 sejam dados tan-


tos ajudantes quantos forem precisos para
penhada? ^ P e r f e i t a ™ente desem-

. 4 — que as perguntas do Ven." Mestr •


" o a ° m a f m f 6 Í t a 1 a ° S C a n d Í d a t 0 S e m conjun-
ta; n0mmalmente: Gentis em Res-
tar esse ouramento, Profanos F
F
, F-

pelos5 ™ fT t Ô d a S 3 3 V Í a g e n S S e í a m feitas

SO bata
bata ü u e m Cetc.
nos altares,
O n j U n t o - mas > que um
— 44 —

RITUAL DE INICIAÇÃO

(Depois de regularmente aberta a Loja,


de acordo corri o ritual à página 20 e
observada a ordem dos' trabalhos à
página 18.)

VEN.'. — (!) Ir.'. Experto, podeis infor-


mar-me si, na Cam.', de Refl.'., está
algum candidato que pretenda ser ini-
ciado em nossos-augustos mistérios?
EXP.'. — Sim, Ven.'. Mestr.'., o profano
F aguarda, na Cam.', de Refl.'.
o momento de ser iniciado.
VEN.'. — Ir.'. Secretário, nossa Gr.'. Loja
enviou o plaeet de iniciação deste can-
didato?
SECR. . —
VEN.'. — Ir.'. Tesoureiro estais satisfeito?
TES.\ —
VEN.'. — Meus Ur.'., tendo corrido, regu-
larmente, o processo preliminar para
admissão do profano F é chega-
do o momento de sua recepção. Como
sabeis, este ato é um dos mais solenes
de nossa Instituição, pois não devemos
esquecer que, com a aceitação de um
novo membro nesta Loja, vamos dar um
novo Ir:, à Família Maçónica Univer-
sal. Se algum de vós tem observação a
fazer contra esta admissão, deve decla-
ra-la leal e francamente.

(Se houver alguma oposição, ela não


será discutida, mas, simplesmente, pos-
ta em votação secreta, decidindo a
maioria de votos presentes. Se a Loja,
então recusar a admissão, adiando-a
para depois de novas sindicâncias, in-
terrompe-se o Ritual neste ponto, ci-
entificando-se ao profano que AINDA
NÃO CHEGOU O DIA DE SUA
ADMISSÃO, e, com as mesmas forma-
lidades, retirar-se-á do edifício. Não
havendo objeções:)

VEN. Os IIr.\ que aprovam que se pro-


ceda a iniciação do candidato F
queiram se manifestar. (Pausa para a
verificação. Sendo aprovado:) Ir.'!
Exp. . ide ao lugar onde está o profa-
no e dizei-lhe que, sendo perigosas as
provas por que tem de passar, é conve-
niente que faça o seu testamento e ao
mesmo tempo, nos responda às ques-
tões que submetemos ao seu espírito
par£ bem conhecermos os seus princí-
pios e do merecimento de suas virtudes.

(O Exp.\ executa a ordem e, depois de


recebidas as respostas, volta a dar con-
— 46 —

ta de sua missão, trazendo o questio-


nário na ponta da espada e entrando
no Templo sem formalidades)

EXP.\ — Ven.\ Mestr.'., o profano cumpriu


a sua primeira obrigação. Eis aqui o seu
testamento e as suas respostas.
VEN.'. — Entregai-os ao Ir.'. Orador para
decifrá-los.
(Recebendo tudo do Exp.'., o Orador
lê, em vóz alta, todo o questionário res-
pondido, ficando o Exp.". à sua frente
e à ordem.

VEN:.— Meus Ur:., estais satisfeitos com


as respostas do profano?
(Em caso afirmativo, todos fazem o si-
nal de aprovação. Si houver alguma
objeção, a Loja por maioria de votos,
decidirá)

VEN.'. — Ir.*. Orador, dai-me as vossas


conclusões.
ORAD.'. — Ven.\ Mestr.'., si razões espe-
ciais não impuzerem o contrário à vossa
sabedoria e prudência, eu, em nome
desta Loja e de acordo com as Leis que
regem a nossa Sublime Instituição, res-
peitosamente vos solicito que se pro-
ceda à iniciação do Profano F
— 47 —

VEN \ _ Ir.-. Exp."., acercai-vos do nrn


fano e dizei-lhe q u e dêle e s P e r a m o s a ~

a °que vamos submetê-lo


TaZ SoaZ C r a g e m P a r a S a i r vitori so
das provas Pre
parai-o segundo os nossos usos e t r í
zei-o a porta d o Templo.
Kecolhamo-nos, meus Ur.'., a o m a i , a u
soluto silêncio. aiS ab"

( 0 Exp.\ vai cumprir a ordem ^ tra_

zendo o profano à porta do Templo, aí


bate irregularmente)

f a d o T P r ? f a » a m e n t e batem à por-
VEN W ' V e n - Mestr::.. P

„ T 1Cal q U e m é 0 temerário que


ousa interromper nossas meditações

(O G.\ do Temp.', entreabre a porta


cautelosamente e, colocando a ponta da
espada no peito descoberto do profano,
diz em voz alta e áspera:)

G'"' t í ? r S P - ' - - Q u r é S ' t e m e r á r i ° . que


Templo? ^ U e r e r forçar a entrada dêste

EXPdo T ^ n S P e n d e Í V 0 S S a e s p a d a > I r -'- G.\


trar n t' " P 0 1 S n i n g u é m ousaria en-
trar neste recinto sagrado sem vossa
— 48 —

permissão. - Desejoso de ver a Luz, este


profano vem humildemente pedi-la.
ÍG ' DO TEMP.'. — Admiro-me muito, meu
" i r / . , que, em vez de virdes meditar co-
nosco nos mistérios augustos que pro-
curamos desvendar, deles vos alheieis,
conduzindo a este Templo um curioso,
talvez um dissimulado (Voltando-se pa-
ra o interior do Templo). £ o nosso Ir.'.
Exp.\ que conduz à porta do Templo um
profano desejoso de receber a Luz.
"YEN/. — Por que Ir.'. Exp.'., viestes in-
terromper nosso silêncio, conduzindo à
nossa Loja um profano para participar
de nossos mistérios? Como poderia ele
ter concebido tal esperança?
EXP.'. — Porque é livre e de bons costumes.
VEN.'. — Não é o bastante, meu Ir.'. — Sa-
beis, por ventura os seus merecimentos?
Conheceis esse profano, sabeis o seu
nome, onde nasceu, sua idade, sua re-
ligião, sua profissão, seu estado civil e
onde mora?
EXP.'. — Ven.'. Mestr.'., este profano cha-
ma-se , nasceu a . . . de . . .
de . . . é (solteiro, casado ou viuvo) crê
em Deus, exerce a profissão de
e mora à rua
Êle vem pedir-vos que o inicieis nos nos -
sos augustos mistérios.
— 49 —

VEN.\ —- Ê já se acha ele devidamente pre-


parado?
EXP.\ — Sim, Mestr.'.; seu coração é sen-
sível ao Bem.
VEN.\ — Meus IIr.\, ouvistes o que de-
clarou o Ir.'. Exp.\ . Si concordais com
os desejos do profano, si o julgais ca-
paz de receber a revelação de nossos
mistérios, manifestai-vos pelo sinal.
VEN.\ (Depois de todos se manifestarem)
— Franqueai-lhe o ingresso, I r / . G.\
do Temp.'. .

(Logo que o profano entrar, o G.\ do


Temp.*, fecha a porta e encosta a pon-
ta da espada no peito do candidato. O
Exp.\ fica por detrás (Nota-se que a
porta se abre e fecha com estrondo e
violência)

VEN.\ (Ao profano) — Vedes alguma coisa,


senhor?
PROF.'. — . .
VEN.'. — Sentis alguma impressão?
PROF.'. — A ponta de um ferro.
VEN \ —- A arma, cuja ponta sentis, simbo-
liza o remorso que, ferindo vosso cora-
ção, há de perseguir-vos, se fordes trai-
dor à associação a que desejais perten-
cer. Também serve para advertir-vos de
/
— 50 —

que deveis vos mostrar accessível às ver-


dades que se sentem e que não se ex-
primem.
O estado de cegueira em que vos encon-
trais é o símbolo das trévas que cercam
o mortal que ainda não recebeu a Luz
para guiá-lo na estrada da virtude (pau-
sa). Que quereis, senhor? Porque vin-
des perturbar as nossas cogitações?
(O Gr.', do Tem.', retira a espada)

PROF.'.--
VEN.'. — E êsse desejo é filho de vosso co-
ração? É por vossa vontade, sem cons-
trangimento algum, que vindes pedir
admissão entre nós?
PROF.'. —
VEN.'. — Refleti bem no que pedis! Não co-
nheceis os postulados, as leis e os fins da
Sublime Ordem a que desejais perten-
cer. A Maçonaria não é uma sociedade
de auxílios mútuos ou de caridade. Ela
tem responsabilidades e deveres para
com a sociedade e para com a Humani-
dade. — Preocupada com o progresso e
adstrita aos princípios de uma severa
Moral, assiste-lhe o direito de exigir de
seus ^adeptos o cumprimento de sérios
deveres, além de enormes sacrifícios.
Partículas da Humanidade, guiamo-
nos pelo ideal e nos sacrificamos por ilu-
sões, com as quais obtemos, sempre, to-
das as certezas humanas. Abraão, pre-
parando-se para sacrificar o próprio fi-
lho. representa uma grande alegoria de
devotamente e de obediência. Assim,
também, a sociedade e a Pátria podem
levar seus filhos ao altar dos sacrifícios,
quando necessário for, para o bem das
coes
vindouras.
Nossa Ordem exigirá de vós um
juramento solene e terrível, prestado, já
por muitos bemfeitores da Humanidade.
Todo aquele que não cumprir os de-
veres de Maçon, em qualquer oportuni-
dade, nós consideramos traidor à Maço-
naria (Pausa).
Já passastes pela primeira prova
a da Terra —, pois é o que representa o
compartimento em que estivestes encer-
r a d o ? o n d e f i z e s t e s vossas últimas dis-

posições. Restam-vos, porém, outras pro-


vas, para as quais é necessário toda co-
ragem. Consentis em submeter-vos a
elas? Tendes a firmeza precisa para
afrontar todos os perigos a que vai ser
exposta vossa coragem?
PROF.'. —
YEN.'. — Ainda uma vez, refleti, senhor. Si
— 52 —

vos tornardes Macon,


o - encontrareis nos
nossos símbolos, a realidade do dever.
Não deveis combater somente as vossas
paixões e trabalhar para vosso aperfei-
çoamento, mas, tereis ainda, de comba-
ter outros inimigos da Humanidade, co-
mo sejam cs hipócritas que a enganam,
os pérfidos que a defraudam, os ambi-
ciosos que a usurpam e os corruptos e
sem princípios que abusam da confiança
dos povos. A estes não se combate sem
perigo. Senti-vos com energia, coragem
e dedicação para combater o obscuran-
tismo, a perfídia e o erro?
PROF.'. —
VEN. \ — Pois que essa é a vossa resolução,
não respondo pelo que vos possa acon-
tecer. Ir.'. Terrível, levai esse profano
para fóra do Templo e conduzí-o por
êsses caminhos escabrosos por onde pas-
sam os temerários que aspiram conhe-
cer nossos arcanos.

(O Exp.\ toma o Profano pelo braço


esquerdo, leva-o para fóra do Templo
e, depois' de fazê-lo dar algumas vol-
tas, pular obstáculos, abaixar-se, o con-
duz novamente à porta do Templo, on-
de o arroja de qualquer altura, ampa-
— 53 —

rando-o convenientemente. Para êsse


fim, convém ter preparado um peque-
no plano inclinado de cerca de 40 a 60
centímetros de altura, colocado à por-
; ta do Templo e pelo q U a l s u b i r á 0 pro<_

fano de maneira que, ao chegar à ex-


tremidade, caia dentro do Templo, onde
dois U r / , devem estar para ampará-lo,
a fim de não se magoar. Findo êsse
processo, fica entre colunas, tendo o
profano à sua direita:)
«

EXP.'. Ven.\ Mestr.'., o profano deu pro-


vas de resignação e de coragem.
VEN.'. — Senhor, é somente através dos pe-
rigos e das dificuldades que se pode al-
cançar a iniciação. Embora a Maçona-
ria nao seja uma religião e proclame a
liberdade de consciência, tem, contudo
uma crença. Ela proclama a existência de
um Princípio CREADOR, ao qual deno-
mina G.\ A . ' . D.'. U.\. É por isso que
nenhum Maçon se empenha em uma em-
presa, sem primeiro invocar o G.'. A . ' .
D.'. U.'. .
Ir: Exp:. /conduzi o profano para
junto do Altar do Ir.'. 2.° Vig.'. e fazei-o
ajoelhar. (Depois de executada a ordem)
Profano, tomai parte na oração que em
— 54 —

vosso favor, vamos dirigir ao Senhor


dos Mundos e Autor de todas as coisas
(!). De pé e à ordem, meus IIr.\.

ORAÇÃO

Eis-nos, oh G.\ A.'. D.'. U.\, humildes


e reverentes a Teus pés. Contém nossos co-
rações nos limites da retidão e dirige nos-
sos passos pela estrada da Virtude. Digna-te,
oh G.\ A.'. D.'. U.\ proteger os obreiros
da paz, aqui reunidos; anima o nosso zêlo,
fortifica nossas almas na luta das paixões;
inflama nossos corações com o Amor da Vir-
tude e guia-nos para que, sempre perseve-
rantes, cumpramos as Tuas Leis. Presta a
este candidato, agora >e sempre. Tua prote-
ção e ampara-o com Teu braço onipotente
em todos os perigos por que vai passar.
TODOS — Assim seja!
VEN.'. — Senhor, nos extremos lances de
vossa vida, em quem depositais a vossa
confianca?
PROF.'. —
VEN.'. — Pois que confiais em Deus, levan-
tai-vos e segui com passo seguro o
vosso guia e nada receeis.

(O experto conduz o profano para en-


tre colunas, devendo reinar profundo
— 55 —

silêncio. O profano fica à direita da


Exp.\)

VEN.'. — (!)
1 O VIG.-. — (!)
2 o VIG.'. — (!)

(Todos se sentam. Senta-se também o


profano)

VEN.'. — Senhor, antes que esta Assembiéa


consinta em admitir-vos às provas, devo
sondar o vosso coração, esperando que
respondais com sinceridade e franqueza,
pois vossas respostas não nos ofenderão!
Que idéia, que pensamentos vos
ocorreram quando estáveis no lugar som-
brio de meditação onde vos pediram que
escrevesseis a vossa última vontade?
PROF.'. — . . . .
VEN.'. Em parte já vos dissemos com que
fim fostes submetido à primeira prova —
a da Terra — Os antigos diziam que ha-
via quatro elementos: a Terra, a Agua.
o Ar e o Fogo. Vós estáveis na escuridão
e no silêncio, como um encarcerado numa
masmorra, e cercado de emblemas da
mortalidade e de pensamentos alusivos,
principalmente para compelir-vos a re-
fletirdes séria e profundamente antes de
realizardes um ato tão importante como
— 56 —

o da iniciação em nossos mistérios. A


caverna onde estivestes, como tudo que
nos cerca, é simbólica. Os emblemas que
ali existem vos levaram, certamente, a
refletir sobre a instabilidade da vida
humana, lição trivial sempre ensinada e
sempre desprezada.
Si desejais tornar-vos um verdadei-
ro Maçon, deveis, primeiro, extinguir as
vossas paixões, os vícios e os precon-
ceitos mundanos, que ainda possuirdes,
para viverdes com Virtude, Honra e Sa-
bedoria. Credes em um Princípio
Creador?
PROF.'. —
VEN.". — Essa crença enobrece e eleva vos-
so coração.
Que entendeis por Virtude?
PROF.'. —
VEN.*. — É uma disposição da alma que nos
induz à prática do Bem.
Que pensais ser o vício?
PROF.'. —
VEN.*. — É tudo que avilta o homem. É o
hábito desgraçado que nos arrasta para o
mal. É para impormos um freio salutar a
essa impetuosa propensão, para elevar-
mo-nos acima dos vis interêsses e acal-
marmos o ardor de nossas paixões, que
nos reunimos neste Templo- aqui, traba-
— 57 —

lhamas para adaptar nosso espírito às;


grandes afeições e a só concebermos
idéias sólidas de virtude. Preferis desco-
brir o caminho da Virtude ou o do Vício;
seguir o da Maçonaria ou o do mundo ^
profano ?
PROF.'. —
VEN.'. — Senhor, toda associação tem leis
particulares e todo associado deveres a
cumprir. Como não seja justo sujeitar-vos.
a obrigações que não conheceis, ouvi a
natureza desses deveres
Ir.'. — Orador, dizei ao profano quais
são os deveres que terá que cumprir, se
persistir em partilhar dos bens de nossa
Ordem.
ORADOR (Lendo) — O primeiro é o mais
absoluto silêncio acêrca de tudo quanto
ouvirdes e descobrirdes entre nós, bem
como de tudo quanto, para o futuro, che-
gardes a ouvir, ver e saber.
O segundo dos vossos deveres, o que faz
com que a Maçonaria seja o mais puro
dos ideais, sobre ser a mais nobre e a
mais respeitável das instituições huma-
nas, é o de vencer as paixões ignóbeis que
deshonram o homem e o tornam desgra-
çado, cabendo-vos a pratica constante
das virtudes, socorrer os irmãos em suas~
aflições e necessidades, encaminhá-los,
— II

na senda da Virtude, desviá-los da práti-


ca do Mal e estimulá-los a fazer o Bem,
pelo exemplo que derdes de Tolerância,
de Justiça, do respeito à Liberdade, exi-
gências primordiais de nossa Subi.".
Inst.'.
O que, em um profano, seria uma
qualidade rara, não passa, no Maçon, do
cumprimento elementar de um dever.
Tôda ocasião que ele perde de ser útil é
uma infidelidade; todo socorro que re-
cusa é um perjúrio e. si a terna conso-
ladora amizade tem o seu culto em nos-
sos Templos, é menos por ser um senti-
mento do que por ser um dever que se
transforma em virtude.
O terceiro dos vcssos deveres, e a
cujo cumprimento só ficareis obrigado
depois de vcssa iniciação, é o de vos su-
jeitardes conscientemente às Constitui-
ções, Institutos, Estatutos e Regulamen-
tos do Rito aos Landmarks e aos dispo-
sitivos da Constituição de nossa Gr.".
Loja e aos regulamentos particulares
desta Loja.

(Pausa)

VEN. . — Agora, que conheceis os principais


deveres de um Maçon, dizei-me si vos
— 59 —

sentis com força e si persistis na resolu-


ção de vos sujeitardes à sua nrática?
PROF.'. —
YEN.'. — Senhor, ainda exigimos de vós um
juramento de honra que deve ser pres-
tado sobre a Taça Sagrada (Pausa). Si
sois sincero, bebei sem receio, mas, si
no fundo de vosso coração se oculta al-
guma falsidade, não jureis! Afastai an-
tes essa taça e temei o pronto e terrível
efeito dessa bebida. Consentis no jura-
mento ?
PROF.'. —
YEN.'. — Ir.'. Sacrificador, conduzi o can-
didato ao Trono.

(O profano é levado para o Oriente


seguindo pelo Sul, afim de abeirar-se
do lado esquerdo do trono)

VEN.'. (Depois da chegada d,o candidato) —


Ir. . Terrível, vós que sois o sacrificador
dos perjuros, apresentai ao candidato a
Taça Sagrada.

(O Exp.*. apresenta a Taça com água


comum e espera o sinal do Ven.'.
Mestr.*. para dar a bebida ao candi-
dato. Junto deve estar um frasco con-
tendo tintura de quassia para ser des-
pejada na Taça no momento oportuno)
60

VEN.'. — Repeti, comigo, o vosso jura-


mento .
"Juro guardar o mais profundo si-
lêncio sobre todas as provas a que for
exposta minha coragem Si eu for per-
juro e trair cs meus deveres, si o espi-
rito de curiosidade aqui me conduz, con-
sinto que a doçura desta bebida (ao
sinal do Ven.'. Mestrdá-se a Taça ao
Candidato que beberá alguns goles do
conteúdo) se converta em amargor, e
o seu efeito seja para mim como
um sutil veneno (a outro sinal do Ven.'.
Mestr.'. e sem que o profano perceba
despeja-se o líquido amargo dentro da
Taça e o candidato beberá novamente)
VEN.'. — (!)
1.0 VIG.'. (!)
2.0 VIG.'. — (!)
VEN.'. (Com forte) - Q u e vejo, se-
nhor?! Altera-se o vosso semblante? A
vossa consciência desmentiria, porven-
tura, as vossas palavras de sinceridade?
A doçura dessa bebida mudar-se-ia em
amargor? (Ao Ir.'. Exp.'.) Retirai o
profano!

(O profano volta para entre colunas


Pelo Norte, onde fica de pé, à direita
do Exp.'..
— 61 —

VEN.'. — Senhor, não quero crêr que tenhais


o intuito de enganar-nos. Entretanto
ainda podeis vos retirar, si assim o qui-
zerdes (Pausa) . Bebestes da Taça Sa-
grada da bôa ou má sorte, que é a Taça
da vida humana. Consentimos que pro-
vásseis a doçura da bebida e, ao mes-
mo tempo, fostes levado a esgotar o
amargo de seus restos. Isso vos lem-
brará que o Maçon deve gozar os pra-
zeres da vida com moderação, não fa-
zendo ostentação do bem que goza, des-
de que vá ofender ao infortúnio. Re-
fleti bem, senhor; qualquer irreflexão
vos poderá ser prejudicial, porque si
avançardes mais um passo será tarde
para recuardes. Persistis em entrar
para a Maçonaria?
PROF.'. —
VEN/. - (!) Ir.'. Terrível, fazei o pro-
fano sentar-se na cadeira das reflexões.
(O Exp.\ faz o candidato dar uma vol-
ta rápida e senta-o na cadeira das re-
flexões)

VEN.\ — Profano, que a obscuridade que


vos cobre os olhos e o horror da solidão
sejam os vossos únicos companheiros.

(Grande pausa, sob silêncio profundo)


>

— 62 —
Y
YEN.'. — Já refletistes, senhor, nas conse-
quências de vossa pretenção? Pela úl-
tima vez dizei-me: quereis voltar para
o mundo profano ou persistis em con-
quistar um lugar entre os Maçons?
PROF.'. —
VEN.'. — Ir.'. Terrível, apoderai-vos desse
P r o f / , e fazei-o praticar a sua primeira
viagem." Empregai todos os esforços para
livrá-lo do perigo e vós, senhor, con-
centrai vossa atenção nas provas a que
ides vos submeter para que1 possais
apreender o seu caráter misterioso e
emblemático. Procurai penetrar a sua
significação oculta, porque a venda ma-
terial que cobre vossos olhos não pode
interceptar a vossa vista intelectual.
Na Maçonaria nada se faz que não te-
nha razão de ser. Esforçai-vos por com-
preender, porque dos resultados desses
esforços dependerá tôda a extensão dos
conhecimentos que, como Maçon, deveis
adquirir.

(O Exp.\, segurando o profano pela


mão esquerda, fá-lo percorrer lenta-
mente, parando às vezes, um caminho
cheio de obstáculos. Durante ess'a via-
gem o silêncio da Loja é quebrado por
sons imitando o trovão. O órgão
— 63 —

executa música adequada. Tudo cessa-


rá desde que o candidato chegue ao
Altar do 2.° Vig.\, onde o Exp.'.
fá-lo bater, com a mão direita, três
pancadas)

2.° VIG.'. (Levantanão-se precipitadamente


e colocando o malhete no peito do can-
didato) — Quem vem lá?
EXP.'. — É um profano que deseja iniciar-
se em nossos augustos mistérios.
2.° VIG.'. — E como pôde ele conceber tal
esperança?
EXP.'. — Porque é livre e de bons costu-
mes; porque quer contribuir para a rea-
lização da solidariedade humana e por-
que, estando nas trevas, deseja a luz.
2.° VIG.*. — Si assim é, passe.
EXP.*. (Depois de reconduzir o candidata
para entre, colunas) — Ven.*. Mestr.*.,
o profano terminou, com coragem, a
sua primeira viagem.
(O candidato senta-se)

VEN.'. — Esta primeira viagem, com seus


ruídos e obstáculos, representa o segun-
do elemento — o Ar —, símbolo da vi-
talidade, emblema da vida humana, com
seus tumultos de paixões e suas difi-
culdades, os ódios, as traições, as des-

/
— 64 —

graças que ferem o homem virtuoso, em


uma palavra, a vida humana na luta
dos interesses e das ambições, cheia de
embaraços aos nossos intentos. Vendado
como vos achais, representais a igno-
rância, incapaz de dirigir seus
sem um guia esclarecido. Representá-
veis a criança, incapaz de se dirigir, sem
amparo e guia de seus pais A expressão
simbólica da vossa cegueira e da ne-
cessidade que tendes de quem vos con-
duza, representa também o domínio que
o vosso espírito, esclarecido pelos sãos
ensinamentos, deve exercer sobre a ce-
gueira das vossas paixões, transforman-
do a materialidade dos sentimentos que
acaso existam em vós, em puros senti-
mentos maçónicos, creando em vós mes-
mo um outro ser pela espiritualização
e elevação de vossos sentimentos; tereis;
então, retirado a venda material que
prende vossa alma e nao mais precisa-
reis de guia em vosso caminho. Foi para
isso que aqui batestes, pedindo para re-
ceber a luz.
São estes os ensinamentos dessa
primeira viagem. A Maçonaria, porém,
esisina-nos a suportar todos os revezes
da sorte, proporcionando-nos consola-
ções salutares e grandes compensações.
Estais disposto a vos expor aos ris-
cos de uma segunda viagem?
PROF.'. —
YEN.'. — Ir.'. Terrível, fazei o profano pra-
ticar a segunda viagem, livrando-o dos
abismos e enchendo-o de coragem.

(Conduzido, como na primeira viagem,


o profano percorre caminho mais pla-
no, parando poucas vezes. Durante a
viagem ouve-se a tinir descompassado
de espadas. Música apropriada. De-
pois de passar por detraz do altar do
1.° Vig.\, o profano vem bater três
pancadas à frente. Todo o rumor e a
música cessam)

1.° VIG.'. (Levantando-se precipitadamen-


te e colocando o malhete no peito du>
profano) — Quem vem lá?
EXP." . — E um profano que, pretendendo
nascer de novo, quer iniciar-se Maçon.
1.° VIG.'. — E como pôde ele conceber tal
esperança?
EXP.'. — Porque quer instruir-se e aper-
feiçoar-se e, estando nas trévas, deseja
a luz.
1.° VIG.'. — Si assim é, seja purificado pela
Água.
— 66 —

(O Exp.', conduz o profano para junto»


do Mar de Bronze, em cujas aguas o
M.\ de CC.\ mergulha as mãos do»
candidato, enxugando-as em seguida)

EXP.\ (Depois dê reconduzir o profano


para entre colunas) — Ven.'. Mestr/. r
está feita a segunda viagem.
VEN.'. — Passastes pela terceira prova —
a da Água — A Água, em que mergu-
lharam vossas mãos, é o símbolo da
pureza da vida maçónica. Vossas mãos
jamais devem ser instrumentos de ações
deshonestas. Purificadas, conservai-as
limpas. Nas antigas iniciações a purifi-
cação da alma fazia-se pela Água, ima-
gem também do oceano da vida com as
vagas das ilusões.
Ouvistes, nessa viagem, o entrecho-
car de ferros, combates à arma branca.
Êles simbolizam o perigo que encon-
trareis para sairdes vitorioso no comba-
te às vossas paixões, no aperfeiçoamen-
to de vossos costumes. Guiado como es-
táveis, representáveis o discípulo e o
mestre, vivendo harmonicamente, fra-
ternalmente, um ministrando com des-
velo a experiência e as virtudes que
adquiriu e o outro, solícito, deixando-se
conduzir.


— 67 —

Ir.'. Terrível, fazei o profano pra-


ticar a terceira viagem.

(O Exp.*., com as mesmas formalida-


des, faz o candidato percorrer o caminho
livre de obstáculos. Silêncio profundo,
apenas ouvindo-se música suave e len-
ta que cessa quando o profano, de-
pois de passar por detraz do Trono, ba-
ter três pancadas' à sua frente)

VEN.'. (Encostando o malhete ao peito do


candidato) — Quem vem lá?
EXP.*. — É um profano que aspira ser nos-
so irmão e nosso amigo.
VEN.*. — E como pôde ele conceber tal es-
perança?
EXP.*. — Porque presta culto à virtude e,
detestando a ociosidade, promete con-
tribuir com o seu trabalho para a liber-
dade, igualdade e fraternidade social, e
porque, estando nas trevas, deseja a luz.
VEN.'. — Pois que assim é, passe pelas châ-
mas do Fogo Sagrado para que de pro-
fano nada lhe reste.
(O Exp.*. conduz o candidato ao Altar
dos perfumes, onde o M.\ de CC.\ o
incensa por três vezes. Voltando para
entre colunas, em caminho, entre o Ori-
ente e o Ocidente, deve passar três
— 68 —

vezes pelas châmas do Fogo Sagrado,


indo depois para entre Colunas, onde
fica de pé, à direita do Exp.'.)

VEN ' — (!) As châmas, que vos envolve-


ram, simbolizam o batismo da purifica-
ção Purificado pela água, o fogo elimi-
nou as nódoas do vício. Estais, simboli-
camente limpo (Pausa). Tudo, até
aqui, passou sem perigo; antes, porem,
de serdes iniciado em nossos mistérios,
deveis passar pelo batismo do sangue.
Si vos sentis cheio de valor para vos
sacrificardes pelo serviço da Pátria, da
Ordem e da Humanidade, com risco da
própria vida, deveis selar a vossa pro-
fissão de fé com o vosso sangue. Estais
disposto a isso?
PROF.'. —
VEN.'. — A vossa resignação nos basta. O
batismo do sangue não é um símbolo de
purificação; é o batismo do heroísmo e
da dedicação do soldado e do mártir;
vossa resignação é o penhor solene de
que jamais faltareis ao cumprimento de
vossos deveres maçónicos, por medo ou
terror do perseguidor ou do tirano. Lem-
brando-vos do sangue derramado, em to-
das as épocas, pela perseguição, aumen-
tareis vossa tolerância na defesa dos sa-
— 69 —

grados direitos da consciência. Vosso va-


lor e vossa dedicação já vos dão direito a
serdes recebido entre nós; antes, porém,
devo mandar imprimir em vosso peito o
cunho inextinguível que vos tornará re-
conhecido por todos os Maçons do Uni-
verso .
— Ir.'. Chanc.'., cumpri vosso
dever.
(O Chanc.'. irá aproximar do peito do
candidato um fóco luminoso que ape-
nas lhe transmita a impressão de calor)

1.° VIG.'. — (!) Graça! Graça! Ven.'.


Mestr.'. .
VEN.'. — Graça lhe seja concedida, pois
um sinal desta natureza é inútil,
porque não penetra no coração onde a
mão de Deus imprimiu o sêlo da Ca-
ridade (Pausa) Agora, quero expe-
rimentar vossos sentimentos, antes de
realizarmos os vossos desejos. Há Ma-
çons necessitados, viuvas e orfãos a so-
correr, sem ostentação nem publicidade
pois a beneficência maçónica não se tra-
duz por atos de vaidade, próprios aos
que dão com orgulho, humilhando a
quem recebe. Por isso, atendei ao apelo
que o nosso caridoso Ir.'. Hospitaleiro
vai fazer à bondade do vosso coração.
Fazei-o, porém, de modo que nin-
guém veja o que depositardes no saco
que ele vos apresentará.
HOSP.\ (Apresentando o Sac.', de Solida-
riedade) — Peço-vçs que deis alguma
coisa para os desgraçados que devemos
socorrer.
PROF.'. (Por estar despojado de seus me-
tais) __ Nada tenho; mas quando tiver
saberei cumprir meu dever.
HOSP.'. (Para o Ven.'.) — Ven.\ Mestr.'..
o profano declara não poder contribuir
para o Tronco de Solidariedade, faltan-
do assim aos princípios da Caridade de
nossa Ins tit.'.
VEN.'. — Senhor, não foi nosso intúito eo-
locar-vos em situação embaraçosa e,
muito menos, humilhar-vos. Quizemos,
com o pedido que vos fêz o nosso Ir.'.
Hosp."., lembrar-vos duas coisas: 1.°,
Que estais despido de tudo que repre-
senta valor monetário} a que chamamos
metais. Despojado de metais, estais sim-
bolicamente despido das vaidade^ e do
luxo da sociedade profana; 2.°, A an-
gústia que deve sentir um coração bem
formado quando se encontra na impos-
sibilidade de socorrer a miséria e as ne-
cessidades suportadas pelos deserdados
da fortuna.
Estas duas interpretações simbóli-
cas da vossa privação de metais servem,
ainda, para demonstrar-vos que só da-
mos valor às qualidades morais, servin-
do os metais apenas para socorrer os
nossos semelhantes (Pausa).
Deveis, como final de vossa inicia-
ção, prestar uma promessa solene; esta
só deve ser prestada livremente. Ouvi
com atenção a fórmula desse juramen-
to, que não é incompatível com os de-
veres morais, cívicos ou religiosos. Si
notardes alguma coisa que seja contrá-
ria à vossa consciência, o que eu não
creio, declarai-o cbm franqueza, por-
que, sendo ele tão solene, só deve ser
prestado livremente. Prestai atenção e
refleti bem antes de vos decidirdes.
ORADOR (Lendo a fórmula) — Juro e pro-
meto de minha livre vontade e por mi-
nha honra, em presença do G.\ A.'.
D . ' . U.\ e dos membros desta Loja,
que são os representantes de todos os
Maçons espalhados pelo Universo, nun-
ca revelar os mistérios da Maçonaria
que me vão ser confiados, senão em
Loja regularmente constituída; nunca
os escrever, gravar, traçar, /imprimir,
ou empregar outros meios pelos quais"
possa divulgá-los;
— 72 —

Comprometo-me a defender e pro-


teger a meus Irmãos esparsos pelo mun-
do, em tudo que puder e for necessário
e justo;
Prometo, também conservar-me
sempre cidadão honesto e digno, sub-
misso às Leis do País, amigo de minha
Família e Maçon sincero, nunca aten-
tando contra honra de ninguém, e es-
pecialmente contra a de meus irmãos
e de suas famílias.
Juro e prometo, ainda, reconhecer
ccmo autoridade maçónica legal é le-
gítima, nesta jurisdição, a Grande Lo-
ja do Brasil, da qual esta Loja depende;
seguir as suas leis e regulamentos, bem
como todas as decisões ou ordens le-
gais e legítimas dos que sãoi ou vierem
a ser meus superiores 'maçónicos, pro-
curando aumentar e aperfeiçoar os
meus conhecimentos, de acordo c o m
os Landmarks e as leis da Ordem.
Procurarei tornar-me sempre1 umí ele-
mento de paz, de concórdia e de har-
monia no seio da Maçonaria; repeli-
rei toda e.qualquer associação ou sei-
ta que, por juramento, prive o ho-
mem dos direitos e dos deveres de
cidadão e dia sua liberdade de cons-
ciência.
Tudo isso prometo cumprir «sem so-
fismas, equívoco ou reserva mental e
consinto, si faltar à minha palavra em
ser excluído de toda a sociedade de ho-
mens de bem, que, então, deverão ver
em mim um ente sem honra nem dig-
nidade .
VEN.'. — Senhor, ouvistes a formula do ju-
ramento que exigimos. Agora refle-
ti sôbre a gravidade do ato que ides
praticar e das obrigações que deveis as-
sumir (Pausa). Respondei com tôda a
franqueza, consentis em prestar êste
juramento?
PROF.'
VEN.'. — Ir.'. Terrível, conduzi 0 profano
para fóra do Templo, porque vamos de-
liberar sôbre a sua definitiva admissão.
(O profano é levado para o Átrio, onde
fica com o Ir.'. Exp.\)

VEN (Depois de fechada a porta dó Tem-


pio) — Meus irmãos, já formastes vos-
sas conclusões sôbre o processo de ini-
ciação do Profano F e,. si o
julgais digno de permanecer entre nós
e consentis em sua admissão definitiva,
' manifestai-vos pelo signal.
(Se houver alguma objeção, a Loja,,
sem discutí-la, resolverá, por maioria de
— 74 —

votos, sendo, nos casos' desfavoráveis,


retirado o profano do edifício, dizendo-
se-lhe que a Loja votou o adiamento e
entregando-se-lhe os metais, as jóias e
a importância em poder do Tesoureiro.
Se a votação for favorável, o Mestre de
Cerimônias destribui 'as espadas aos
irmãos da primeira bancada de o*da
coluna. Depois disso, diz o Ven.\ Mos-
tre:)

VEN.'. I r / . Mestre de Cerimônias, ide


buscar o profano. Levai-lhe seus metais
e revesti-o de suas roupas.

(Cumprida a ordem, é fechada a porta


do Tempo. O M.\ de Cer.\, depois de
haver preparado o profano, bate 3 pan-
cadas à porta. O candidato é introdu-
zido no Templo e fica entre colunas,
à direita do M.\ de Cerim.'.. O Ir.'.
Experto volta a ocupar o seu lugar)

VEN.'. — Senhor, chegou o momento de re-


ceberdes o prêmio de vossa firmeza e
constância (Pausa) . Ir.'. M.'. de CC.\,
apresentai o iniciando ao Ir.'. 2.° Vig.\
para que lhe ensine a dar os primeiros
passos de AP.'. M, no ângulo do qua-
drilátero, e depois fazei-o ajoelhar ante
— 75 — !

O Altar para prestar seu solene jura-


mento.

(O M.\ de CC.\ entrega o iniciando ao


Ir.'. 2.° Vig.\, que, saindo de seu lu-
gar, ensina-lhe a dar os primeiros pas-
sos, de forma que, no último passo, se
encontre em face do Altar dos Jura-
mentos, onde o M.\ de CC .\o faz ajoe-
lhar-se sobre o joelho direito, colo-
cando a mão direita sobre o Livro da
Lei e tendo, na esquerda, um compas-
so cujas pontas encostará no peito des-
coberto, sobre o coração)

VEN.\ - (!) De pé e à ordem, meus I r -


mãos. O Iniciando vai prestar seu sole-
ne juramento. (Ao iniciando) Já ouvis-
tes e meditastes sobre o juramento que
ides prestar. Vou lê-lo novamente e a
cada uma de minhas perguntas respon-
dereis: Eu juro!
(Lendo pausada e solenemente) —
Senhor, jurais e prometeis por vossa li-
vre vontade, p?r vossa honra e vossa
±e em presença do G.\ A.'. D.'. U.\ e
de todos os Maçons espalhados pela su-
perfície da Terra, dos quais somos aqui
os legítimos representantes, nunca re-
velar os mistérios da Maçonaria que vos

/
— 76 —

forem confiados, senão em Loja regu-


larmente constituída; nunca os escre-
ver, gravar, traçar, imprimir ou empre-
gar outros quaisquer meios pelos quais
possais divulgá-los?
PROF.'. — Eu o juro!
VEN.'. — Jurais mais defender e proteger
vossos irmãos esparsos pelo mundo em
tudo que puderdes e fôr necessário e
justo?
PROF.'. — Eu o juro!
VEN.'. — Jurais, também, copservar-vos
sempre cidadão honesto e digno, sub-
misso às Leis do País, amigo de vossa
Família e Maççn sincero, nunca aten-
tando contra a honra de ninguém, espe-
cialmente contra a de vossos irmãos e
a de suas Famílias?
PROF.'. — Eu o juro!
VEN.'. — Jurais e prometeis reconhecer
como autoridade maçónica legal e legí-
tima, nesta Jurisdição, a Grande Loja do
Brasil, da qual depende esta Loja; se-
guir as suas leis e regulamentos, bem
como todas as decisões ou ordens legais
e legítimas dos que são ou vierem a
ser vossos superiores maçónicos, pro-
curando aumentar e aperfeiçoar os
vossos conhecimentos, ide acordo c o m
os Landmarks e as Leis da Ordíem;
77 —

procurar sempre vos tornardes um v

elemento de paz, de concórdia e de


harmonia aio seio da Maçonaria, re-
pelando toda e qualquer associação ou
seita que, por juramtento, (prive o
homem de seus direitos e deveres de
cidadao?
PROF.'. — Eu o juro!
VEN." (Ao iniciando) - Agora, senhor, re-
peti as palavras que vou ditar-vos e que
sao o complemento de vosso juramento.
(Repetidas pelo iniciando) Tudo isso
eu prometo cumprir... s e m s o f i s
equivoco ou reserva mental... e, si vio-
lar esta promessa, que faço sem a míni-
ma coaçao... seja-me arr.\ a l i . ' . . . . 0
P- • c.'. e meu corpo e.'. em 1.'. i '
onde fique em perpétuo esquecimento
sendo eu declarado sacrílego para com
JJeus... e desonrado para com os ho-
mens .
Assim seja!
TODOS — Assim seja!

(O M.\ de CC.\ levanta o neófito e


conduze-o para entre colunas)

VEN. \ - - Senhor, prestastes vosso juramen-


to solene. De hoje em deante estais lida-
do para sempre à nossa Ordem. Juras-
tes obediência à nossa Grande Loja e a
— 78 —

suas Autoridades. Estais ainda disposto


a permanecer entre nós?
PROF.'. —
VEN.'. — Sèndo a resposta afirmativa) —
Pois que, estais firme nos vossos propó-
sitos de ingressar em nossa Associação,
ides ver agora o fim inevitável dos trai-
dores e perjuros à nossa Ordem.'.. Xrm.'.
M.'. de Cer.'., conduzi o neófito ao Átrio,
para que reflita sobre a inflexível seve-
ridade dos nossos juramentos e preparai-
o depois devidamente.
(O neófito é levado depois para uma
saleta contígua ao Templo. Deitado no
chão, coberto por um pano preto, está
morto um irm.'., aparecendo so-
mente a cabeça. Uma luz fraca de álcool
canforado e sal ilumina a cena. Os ir-
\ mãos empunham as espadas, voltadas
para o neófito. 0 Ven.'. Mestre dá a
bateria lentamente e à última pancada,
o M.\ de Cer.'. desvenda o neófito.
Todos se manterão em profundo si-
lencio)

VEN.'. — Eis até onde pôde chegar a des-


graça de um homem que não soube
prezar a sua palavra.
Foi vítima da sua deslealdade. Se
tivesse sabido viver observando os prin-

t
— 79 —
/

SR S Ô N I C O S ' nã °teria - « o -
A fidelidade e a honra são aualida
des inestimáveis e ai daquele qüe ngõ
sabe cultivá-las! 4 °

. Não vos esqueçais desta lição. Que


este quadro pois, jamais se apague de
vossa memória. (!)

(O iniciado é novamente vendado e


conduzido ao Templo, onde fica entre
colunas. Todos se retiram silenciosa-
mente e, revestindo as suas insígnias
voltem para os seus lugares, onde per-
manecerão de pé e à ordem, com as
espadas, na mão esquerda, de pontas
voltadas para o alto e em direção do
iniciando.)

VEN.'. _ (I) Jr ' 1o v ; „ . A,


a • ir-• L Vig. ., sobre quem se
apoia uma das CCol.\ deste Templo

d i r q U e ,.ftcofgem 6 P-severança
deste candidato fizeram-no sair vitorio-
COmbate entre ° h°mem

em t e u W ? ™ ^ P ^
~ J l ) L U Z ' V e n / - Mestr.-.
• - N o , Princípio do mundo (Apa-
gam-se as luzes do Templo) disse o G.'.
A . . D. . U.\: FAÇA-SE A LUZ (dá
— 80 —

uma pancada, repetindo-a os Vigilantes)


E A LUZ FOI FEITA (dá uma panca-
da sendo repetida pelos Vigilantes), A
LTJZ SEJA DADA AO NEÓFITO (dá
uma pancada, repetida pelos Vigi-
lantes) .
(Logo após a última pancada do 2.°
Vig.\, o M.\ de CC.\ desvenda o neó-
fito e, tem seguida, a luz reaparece no
Templo)

YEN.'. — Sic transit Gloria Mundi!


Não Vos assustem estas espadas
voltadas para vós. Elas significam que
em todos os Maçons encontrareis ami-
gos dedicados e leais, verdadeiros ir-
mãos, prontos a auxiliar-vos nos tran-
ses mais difíceis da vossa vida, se res-
peitardes e observardes escrupulosa-
mente as nossas leis. Querem, também,
dizer que entre nós encontrareis quem
zele pelas leis e pela pureza da Maçona-
ria, quando sejam ameaçadas por fal-
tardes ao vosso dever e aos vossos com-
promissos. Pela direção que tomam, são
a irradiação intelectual que cada Ma-
çon projetará, de hoje em deante, sobre
vós. Empunhadas com a mão esquerda,
lado do coração, aludem ainda aos eflu-
vias de simpatia que de todos os lados
se concentram sobre vós, recebido com
grande alegria no seio da Família a que
agora pertenceis.
(Para os IIr.\) Meus IIr.\, embai-
nhai vossas espadas.
Ir. . M. . de CC.\, conduzi nosso
novo Ir.', ao Altar.

(O M.\ de CC.\ conduz o neófito ao


Altar dos Juramentos, para onde irá
também o Ven. \ Mestr.'. que ficará em
face ao neófito. O Porta-estandarte,
empunhando o Estandarte, se postará
ao lado direito do neófito, que se ajoe-
lhará como na ocasião do juramento.
Todos continuam de pé e à ordem)

VEN.'. - À G.\ D.'. G.\ A.'. D / . U-\ .

(Colocando a espada flamígera so-


bre a cabeça do neófito) Em nome e sob
os auspícios da GR.'. LOJ.'. DO BRA-
SIL e em virtude dos poderes que me
foram conferidos por esta Loja, eu vos
constituo Aprendiz Maçon e vos rece-
bo como membro ativo desta Aug.*. e
Resp.\ Loja.

(O Ven.'. Mestr/. dá três pancadas na


lâmina da espada. Depois, dando a mão
— 82 —

direita ao neófito, levanta-o e condu-


ze-o para o lado Norte do Altar de Ju-
ramentos)

VEN.'. — Sentai-vos, meus IIr.\ (ao neófi-


to) Meu Ir.'., (cingindo-lhe um avental)
recebei êste avental, a mais honrosa in-
signia do Maçojn, pois é o emblema db
trabalho, a indicar que nós devemos ser
sempre ativos e laboriosos. Deveis usá-lo
e honrá-lo, porque, jamais, êle vos des-
honrará.
Sem êle não podereis comparecer às
nessas reuniões, mas também não deveis
usá-lo ao visitar uma loja onde haja um
irmão com quem não estejais em har-
monia, sem que com êle, primeiro, pro-
cureis nobremente restabelecer vossas
relações fraternais, pois si, desgraçada-
, 'mente não o conseguirdes, melhor será
que vos retireis, antes que a paz e a har-
monia da Loja sejam perturbadas com
a vossa presença.
(.Entregando dois pares de luvas, um
para homem, outro para mulher) Obe-
decendo a uma antiga tradição, ofere-
ço-vos dois pares de luvas; um é para
vós. Pela sua alvura, vos recordará a
candura que deve reinar no coração dos
maçons e, ao mesmo tempo, vos avisará
— 83 —

deque nunca devereis manchar as vossas


maos: nas impurezas do vício e do crime
O outro será para oferecerdes àquela que
mais direito tiver ao vosso respeito a
fim de que ela vos recorde constante-
mente os deveres que acabais de con-
trair para com a Maçonaria
Agora vou comunicar-vos os segre-
dos do Grau de Aprendiz Maçon, ou se-
jam os sinais, toque e palavras que per-
mitem aos Maçons o reconhecimento
entre s , Todos têm por base o número
tres, que sao os três pontos da esquadria
formada pelo nível e p e l 0 p r u n ? 0 .
Deveis estar perfeitamente erecto
« ^s uma e.\ (coloca
com

o neófito na. posição) O corpo nessa po-


sição e considerado como emblema do
espmto e a dos pés representa a reti-
dão das ações. Avançai, agora, com o
' ''J0 n e ° f i t o executa) juntando
ío a 3 0 S6U C-'- 0 do p.*. d.".
(o neofito executa). Êste é o primeiro
P- • r. . da Maçonaria e é nesta posição
que os segredos do gráu se comunicam
Esses segredos são um s.\, um t " e
uma pr O s.\ é êste (faz o s.\)'; 0
•f ( d a ° t : •)„ ao qual se correspon-
de (executa). Êste t.\ indica o pedido
de uma p.\ s.\ . Não se escreve e nem
— 84 —

se pronuncia, dá-se por 1/. e s.\ . Vou


ensinar-vo-la juntamente com o Ir.'.
M.\ de CC.'. (toma a m.\ do Apren-
diz e dá o t.'.) Ir.'. M.\ de CC.*., como
se chama este t.'.?
M.'. DE CC.'. — O t.\ do A.'. .
VEN.'. — Que indica?
M.\ DE CC.'. — Que se pede a p.\ s.\ .
VEN.'. — Dai-me a p.'. s.'. .
M.'. DE CC.'. — Como aprendiz não sei
ler nem escrever. Ven.'. Mestr.*., sei
apenas
da • soletrar.
• T\ •P.'. • i.'. •n.*.
1 • v.*.• p.'.

. . s. . s. . . D. . a. . p. . 1. . q. . e. .
1 •
v. •. d. . a. •. s.•. .

(Dão assim a palavra)

VEN.'. (Ao neófito) — Esta palavra deriva


da col.\ colocada do lado norte da por-
ta do Templo de Salomão e significa
FÔRÇA MORAL, APÔIO.
Há também a p.\ semestral, reno-
vada de seis em seis meses, dada pelo
Grão Mestre, na época dos solstícios e
que serve para comprovar a regularida-
de do obreiro; não se pode entrar em
Loja regular sem a conhecer. No fim
da sessão eu vô-la comunicarei com as
formalidades estabelecidas. Deveis sem-
pre dar, pela forma que vistes, a p.'.
— 85 —

s / . ao Cobridor da Loja que fordes vi-


sitar, mas deveis também trocar a se-
mestral para que tenhais a certeza de
que entrais em Loja regular. (Pausa).
Dae mais dois p.\ iguais ao primeiro
(o néófito executa). É com esses três
p.\ que se entra numa Loja em traba-
lhos, fazendo-se em seguida a saudação
ao Ven.\ Mestr/. e aos VVig/., da
seguinte forma (Faz a saudação).
A vossa idade maçónica é (Diz a
idade) .
Para que tomeis conhecimento das
Leis que nos regem, recebei este exem-
plar da Constituição, o do Regulamento
Geral de nossa Sereníssima G r / . L o j / ,
e do Regulamento particular desta Loja'
e o Ritual do gráu de Aprendiz Ma-
çon. Lede-os refletidamente, pois pelos
dois primeiros tomareis conhecimento
dos poderes que nos regem, dos vossos
deveres e direitos, em geral; pelo outro
aprendereis o que deveis à Loja em par-
ticular. Pelo Ritual aprendereis o sim-
bolismo que usamos.
A Maçonaria, meu irmão, é uma as-
sociação cosmopolita em sua índole e
em sua essência; contudo, em diversas
partes do mundo, seguem-se ritos que
diferem apenas nas fôrmas exteriores
— 86 —

na ordem e número de gráus e em alguns


pontos regulamentares, o que todavia
não impede que os maçons a eles filia-
dos se reconheçam mutuamente e se tra-
tem como irmãos.
A nossa regularidade está mesta Car-
ta Constitutiva (Mostrando a Carta),
oriunda da Grande Loja do Brasil que,
como já ouvistes, é uma Potência Ma-
çónica legal e legítima. Entretanto, devo
esclarecer-vos que há outras Grandes
Lojas regulares em território brasilei-
ro e que entre todas se devem mutuar
os laços de fraternal amisade (Pausa).
Agora, meu Ir.'., recebei o abraço
de todos os irmãos desta loja, os quais
esperam encontrar em vossa ação ma-
çónico social a prática rigorosa dcs sãos
e sublimes princípios da verdadeira Ma-
çonaria (Dá o abraço).
Ir.'. M.'. de CC.'., conduzi o irmão
neófito, ao Ir.'. 2.° Vig.\ para que o re-
conheça pelo s.\, pelo t.'. e pela p.\; e
ao Ir.'. 1.° Vig.\ para que o ensine a tra-
balhar na p.\ b.\ .

(O M.\ de CC.*. cumpre a ordem. O


2.° Vig.\ levanta-se e faz o exame. O
1.° Vig.\, levantando-se, mostra ao
— 87 —

neófito a p.\ b.\ e ensina-lhe o modo


pelo qual a desbastará)

2.° VIG.'. — Ir.'. 1 ° Vig.\, o nosso irmão


neófito foi reconhecido pelo s.\, pelo
t.\ e pela p.\ .
1.° VIG.'. — Ven.-. Mestr.'., o aprendiz,
depois de reconhecido pelo s.\, pelo t.\
e •pela
1 •
p.'., já começou a desbastar a^
p. . b. . .
VEN.'. - Ir.'. M.'. de CC.'., conduzi o
neofito ao vestíbulo, e ensinai-lhe a en-
trar em um Templo maçónico.

(O M.\ de CC.'. vai com o neófito para


fora do Templo, onde êste aprende a
entrar. Depois bate regularmente à
porta do Templo)

2.° VIG (Depois de entrar o neófito) — Ir *


1-° Vig.'., o neófito entrou como Apren-
diz Maçon e está entre colunas.
1,0 — V e n / - Mestr.'., o irmão neó-
üto fez sua entrada como Aprendiz
Maçon e acha-se entre colunas
VEN.'. (Ao neófito) - Meu Ir.'., êste é
para vós um dia de glória que jamais
deveis esquecer. Permiti que vos feli-
cite por terdes sido admitido em nossa
Ordem. (!) De pé e à ordem, meus Ir-
mãos.
— 88 —

(!) Proclamo pela primeira vez o


Ir.'. F Aprendiz Maçon e
membro desta Aug.'. e Resp.'. Loja
Simbólica, sob os auspícios da GR.'.
LOJ.', do Brasil.
Convido a todos os Irmãos a reconhe-
cê-lo como tal e a lhe prestarem auxílio
e socorro em todas as ocasiões que ele
necessitar.
1.° VIG.'. — (!) Proclamo pela segunda
vez (repete a proclamação) .
2.° VIG.'. — (!) Proclamo pela terceira vez
(repete a proclamação).
VEN.'. — Felicitemo-nos, meus irmãos, pela
aquisição do novo obreiro e amigo que
vem abrilhantar as colunas desta Loja,
auxiliando-nos nos trabalhos, e cultivar
conosco as afeições fraternais. A mim,
meus Irmãos, pelo sinal, pela bateria e
pela aclamação.

(Cumprida a ordem:)
VEN.'. — (!) Sentemo-nos, meus Irmãos.
Ir. . M. . de CC.'., convidai o novo
Ir.', a gravar na Tábua da Loja o seu
Tie varietur e depois fazei-o sentar no
topo da coluna do Norte.

(Depois de haver o neófito cumprido a


ordem e tomado seu lugar, o Venerável
— 89 —

dá a palavra ao Orador. Êste, depois


de se congratular com a presença dos
Irmãos visitantes, pronunciará um dis-
curso de caráter doutrinário. Convém
que o discurso seja escrito, para ser en-
viado pelo seu merecimento aos Cor-
pos Superiores. Findo o discurso, corre
o Tronco de Solidariedade. Segue-se a
palavra a bem da Ordem e o encer-
ramento ritualistic© dos trabalhos)

II FILIAÇÃO

(Achando-se, algum irmão filiando na


sala dos PP.'. PP.\ : )

VEN,'. - (!) Meus U r . ' , acha-se na sala


dos PP,', pp.;. 0 n o s s o I r • F
cuja filiação foi aprovada por esta L o j / . ;
consulto-vos si estais ainda de acordo ai
que se proceda à sua recepção.

(Si houver alguma oposição justificada,,


o Ven.'. Mestr.'., sem abrir discussão,,
submete a votos, decidindo a maioria.
Caso, pelos motivos alegados, a Loj.*,
julgue dever adiar ou anular a filiação,,
dar-se-á participação ao Ir.', candida-
. to. Não havendo impugnação e reinando^
silêncio anunciado pelos VVig.\)
— 90 —

VEN.*. — Ir.'. M.\ de CC.'., ide à sala dos


PP.*. PP.', buscar o nosso Ir.', filiando.
(O M.'. de CC.'. irá sozinho buscar o
candidato se este fôr Aprendiz ou. Com-
panheiro-Maçon. Si fôr M.\ M.\, con-
vidará a dois irmãos para, com êle,
constituírem a comissão introdutora.
Voltando, bate à porta do Templo)

,G.\ DO TEMP.'. — Ven.'. Mestr.'., como


Aprendiz, batem à porta do Templo.
YEN.'. — Vê de quem assim bate, meu irmão.
<0 G.\ do Temp.'., de espada em pu-
nho, entreabre a porta do Templo, e,
apontando aponta da espada para fóra,
informa-se e, em seguida, fecha a porta)

«G.\ DO TEMP.'. — Ven.'. Mestr.'., é o nos-


so Ir.*. M.'. de Cerimônias, acompa-
nhando o nosso Ir.'. F. que
deseja se filiar nesta Loja.
VEN.". — Franqueai o ingresso, Ir.*. G.'.
do Temp.'. (!) De pé e à ordem, meus
Ur.'.. .

(Aberta a porta do Templo, o M.'. de


CC.'. entra seguido do candidato, fa-
! zendo ambos ,à entrada a saudação ri-
tualística. Ficam entre colunas, o M.*.
— 91 —

de C C / . à esquerda do filiando. Os de-

S T - ^ °0mÍSSâ0 Íntrod «tora

voltam aos seus lugares. O G • rfn

Templo fecha imediatamente a porta)

bitação de p J e de Z í Z ™ ^

tcerniaade
t ; T d s a d aleal
e t r leo ssincera
sagrados
nos^ic +•
nuar o S t r a b a I h em

çao da Humanidade. Sois Maçcn e por-


tanto, ja conheceis vossos deveres mm

(Ao M. .deCC.\)lr.-.M.-.deCC
ramentn
ramentos° para
n°"° ^ 0 30 Altar ^ u - '
ratificar seus compro-

» 2 a M m S d e C C : ^ S e g U r a n d 0 ° «lian<i°
Pela mao esquerda, conduze-o ao Altar
dos Jur.-., onde o 1 ° Diácono o incen-
sará por três vêzes; depois o ajoelha
sobre o joelho direito, colocando a mão
direita sobre o Livro da Lei e segura
com a esquerda o impresso do Com-
promisso. O Ven.\ Mestre desce do
trono)
FILIANDO - Juro e prometo, por minha
honra e por minha Fé,cumorire fazer
— 90 —

VEN.'. — Ir.'. M.'. de CC.'., ide à sala dos


PP.'. PP.', buscar o nosso Ir.', filiando.
,(0 M.V. de CC.'. irá sozinho buscar o
candidato se êste fôr Aprendiz ou. Com-
panheiro-Maçon. Si fôr M.\ M.\, con-
vidará a dois irmãos para, com êle,
«constituírem a comissão introdutora.
Voltando, bate à porta do Templo)

G.'. BO TEMP.'. — Ven.'. Mestr.'., como


Aprendiz, batem à porta do Templo.
VEN.'. — Vêde quem assim bate, meu irmão.
<0 G.\ do Temp.'., de espada em pu-
nho, entreabre a porta do Templo, e,
apontando aponta da espada para fora,
informa-se e, em seguida, fecha a porta)

<G.'. DO TEMP.'. — Ven.'. Mestr.'., é o nos-


so Ir.'. M.'. de Cerimônias, acompa-
nhando o nosso Ir.'. F . . . . que
deseja se filiar nesta Loja.
VEN.'. — Franqueai o ingresso, Ir.'. G.'.
do Temp.'. (!) De pé e à ordem, meus
III-.'.. .

(Aberta a porta do Templo, o M.\ de


CC.'. entra seguido do candidato, fa-
< zendo ambos à entrada a saudação ri-
"tualística. Ficam entre colunas, o M.'.
— 91 —

de CC.\ à esquerda do filiando. Os de-

r/ttr d a COmÍSSâo A d u t o r a
voltam aos seus lugares. O G ' d„
Templo fecha imediatamente a porta)

VEN.". - (!) sede bemvindo, meu irmão e


que nossa Loja S e j a para' vós ^ T h a
bitaçao de paz e de concórdia, ondTunin

tt;Td S ade1e S f l 0 S S a g r a d 0 S ^
cerniaade leal e sincera nos^i* ™ +• -
nuar os trabalhos e m
çao da Humanidade. Sois Maçcn e por-
tanto, ja conheceis vossos deveres mm
oom arogOa aPátria , « Humanly
(Ao M. .ãeCC:.) Ir.". M/. de CC "
ramento
ramentos° para ratificar
^ * 0 a ° seus
Altar J-
compro-

^ n M i - d e C C : : - ' / e g U r a n d ° ° filado
peia mao esquerda, conduze-o ao Altar
dos Jur.\, onde o l.o Diácono o incen-
sara por três vezes; -depois o ajoelha
sobre o joelho direito, colocando a mão
direita sôbre o Livro da Lei e segura
com a esquerda o impresso do Com-
promisso. O Ven.'. Mestre desce do
trono)

FILIANDO - Juro e prometo, por minha


honra e p o r minha Fé.cumnrir e fazer
cumprir a Constituição e as Leis da Gr.\
Loja do Brasil, bem como o Regulamen-
to e as decisões desta Loja, pautando
minha vida pelos sãos princípios da Ma-
çonaria Universal e reconhecendo a Gr.'.
Loja do Brasil, como Potência Maçónica
legal e legítima para o simbolismo.

(O M.\ de CC.\ levanta o filiando, que


fica de pé e à ordem)

VEN.'. — Em nome desta Loja aceito o


vosso compromisso e recebei o tríplice
abraço fraternal (Dá-lhe o abraço e de-
pois decora-o com o avental da Loja) .
Peço volteis para entre colunas, para ser-
des solenemente proclamado obreiro des-
ta Aug.'. e Resp.*. Loja.
(O filiando fica entre colunas, tendo à
sua esquerda o M.\ de CC.\)

VEN.'. — Meus Irmãos (/ —repetido pelos


W i g . ' . ) Proclamo pela primeira vez
o Ir.', F obreiro
desta Aug.'. e Resp.'. Loja, sob os aus-
pícios da Grande Loja do Brasil e con-
vido a todos os Ur.', a que o reconhe-
çam como tal, aplaudindo pela tríplice
bateria sua filiação.
1.° VIG.'. (!) —Proclamo pela segunda vez
— 93 —

o Ir.'. F . . . . ,
Al,„ • _ p ' '•.•:••.••• • obreiro desta
í a G r a n r í TP" ' ^ S o b o s auspícios
da Grande Loja do Brasil e convido a
todos os Ilr." a qu e 0 reconheçam como
f £ ? t P6la bateria a

2 - 0 V n?r' ; í? ~ Proclamo pela terceira vez


p • . obreiro desta Aug.".
552 í
dos os Ilr a que o reconheçam como
tal, aplaudindo pela tríplice bateria sua
thZTA ND0 , M T R O GOLPE

1 O I t T } ' f n u n c i a d ü e m m i n h a coluna,
i. VtG. . (!) _ Está a n u n c i a d o e m a m _
oas as colunas. Ven. - . M.'..
VEN.'. (Dando com o malhete a tríplice ba-
teria do gráut que seguidamente é repe-
tida pelos Vigilantes)-A m i m , m e u s ir.
maos pelo sinal s.\, pela tríplice bateria
de alegria e pela aclamação. (Todos
jazem.) .
VEN \ - I r / . M.\ de CC.\, fazei o nosso
-Lr. . gravar o seu ne varietur na Tábua
da L,oja e depois conduzí-o ao lugar que
Ine compete.

(Depois de executada a ordem)

VEN.'. — Tendes a palavra, Ir.'. Orador.


— 94 —

(O Or.', faz um discurso apropriado


ao ato e aos méritos do novo membro
da Loja) (1)

RECEPÇÃO DE MEMBRO HONORÁRIO


— O Membro Honorário entra com for-
malidades e fica entre colunas. O Ven.'.
Mestre diz-lhe a resolução da Oficina e
dá-lhe as boas vindas. Tem lugar em
seguida a tríplice proclamação. Após, o
novo membro da Loja assina o seu ne
varietur na Tábua da Loja e assenta-se
no lugar que lhe compete. Concede-se
por fim a palavra ao Ir.'. Orador para
saudá-lo.

RITUAL DE REGULARIZAÇÃO — Para


cs casos de regularização, servirá o Ri-
tual de Filiação com as adaptações ne-
cessárias. O Juramento será o destina-
do ao Neófito. O Ven.'. Mestre dirá:
"Em virtude dos poderes de que me
acho investido, eu, em nome da Gran-
de Loja do Brasil vos considero regu-
larizado como Maçcn e Membro ativo
desta Aug.*. e Resp.\ Loja".

d ) Caso a filiação se dê antes de qualquer ini-


ciação o discurso deve ser feito no fim do cerimonial
desta, fazendo-se a referência devida.
95

««s»2.^rrxtf
se julgar necessário. Palavras,

III —
COMUNICAÇÃO DA PALAVRA
SEMESTRAL

(Logo que tenha recebido c o r o a -


ção da Grande Loja, o Ven.'. Mestre
de encerrar os trabalhos, trans-
mite aos obreiros do Quadro a palavra
semestral)

V E N ca';
v ( ! í a~~ i M e U S semestral,
i r m ã 0 s ' V0U
car-vos palavra que se acha
neste sobrescrito ainda fechado (Mos-
tra o invólucro intacto. (!) D e né p ã
ordem. ^

(O Venerável abre o invólucro, toma


conhecimento da palavra e espeta a
prancha na ponta da espada flamígera>

VEJVL . (!) Convido os membros desta


ttesp. . Loja a reunirem-se no meio do
templo para formar a Cadeia de União.

/
— 96 —

'(Todtfs os obreiros se reúnem em cír-


culo, cruzando os braços por diante do
peito e prendendo as mãos com as dos
vizinhos. Acende-se um dos castiçais
e junto dele se coloca a espada flamí-
gera, tendo na ponta a prancha, que
contem a palavra semestral. O Ven.'.
Mestre coloca-se do lado do Oriente,
tendo o Orad.\ à direita e o Secr.\
à esquerda; o 1.° Experto faz-lhe fren-
te entre os Vigilantes)

VEN.'. — Esta cadeia simboliza a união que


deve reinar entre todos os maçons e o
meio de a conservar consiste na amizade,
na concórdia, na tolerância e na solida-
riedade .
(O Ven.'. quebra a cadeia e faz com
que o orador a quebre; dá-lhe o toque
de aprendiz no ombro esquerdo e re-
cebe-o dêle igualmente; trocam um
abraço fraternal e o Ven.'. Mestre diz-
lhe ao ouvido a palavra. Faz o mesmo
ao Secretário. O orador e o secretário
transmitem da mesma forma a palavra
aos seus vizinhos da direita e da es-
querda e assim sucessivamente. A ca-
deia volta a formar-se a medida que
•a palavra é transmitida. Logo que o
— 97 —
rI ;
IP Experto a recebe dos dois Vigilan-
tes em ambos os' ouvidos a vem comu-
nicar ao Ven.'. Mestre, que a faz reti-
ficar, si fôr necessário)

VEN.'. — Meus irmãos, a palavra voltou jus-


ta e perfeita. Quebremos a cadeia e
guardemos conosco a palavra.

(O Ven.'. Mestre queima a prancha que


contem a palavra semestral, depois do
que todos voltam aos seus lugares, fi-
cando de pé e à ordem.

VEN.. (!) — Sentemo-nos, meus irmãos.


Nada mais havendo a tratar, vou encer-
rar a sessão (Procede-se ao encerramen-
to, conforme o ritual.)

NOTA — Nas sessões imediatas as de inicia-


ção, filiação e regularização, deve o
V e n / . retransmitir a palavra, já recebi-
da, para o semestre, afim de que os no-
ves obreiros a conheçam. O cerimonial,
é o mesmo, não havendo, naturalmente,"
nesses casos, prancha a queimar-se.
ÍNDICE

PRIMEIRA PARTE

O Templo Maçónico . . . . . 3
O Quadro da L o j a . . . . g
A Sala ,dos Passos Perdidos. O átrio 10
As Luzes • e Oficiais . r r
Os Títulos e Tratamentos Ix
As Distinções e Trajes . . . . 1r
Os Visitantes . . ,„
. , • • • • 1
o
As festas . . . • . • . • • .
.I -j

SEGUNDA PARTE

A oMem dos trabalhos . r5

Ingresso no Templo . . . . 19
Ab erfura dos trabalhos . . . "
. 8
» 20
Encerramento dos trabalhos . . . # 31
Suspensão dos trabalhos . . . . 3-
Reabertura dos trabalhos . . . 36
100

TERCEIRA PARTE - INICIAÇÃO

Câmara de reflexões 38
Preparação do candidato . . . . 40
Questionário e Compromisso , . . . 41
Quando houver mais de um candidata 42
Ritual de iniciação 44
II — Filiação . . . . , . . . • $9
Recepção de membro honorário . . . 94
Ritual de regularização . . . .. 94
I I I — Comunicação da palavra semestral 95

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