O Banquete Ritualístico é um precioso ritual Maç∴, trazendo aos IIr∴ as
tradições antigas para aplicarmos em nossas vidas no presente. Lojas militares exercerão for influência nos rituais, sendo usado até nos dias de hoje seguindo as tradições as terminologias, Armas ou Canhões para copos, Pólvora Amarela para cerveja, Pólvora Branca para água, Pólvora Fraca para refrigerante, Pólvora preta para café, Pólvora Vermelha para o vinho entre outras, além do Fogo, Bom Fogo e o Mais Vivo de Todos os Fogos para os brindes. Tradições essas que sempre levadas à risca até o posicionamento da mesa em formato de “U” onde a volta da mesa ficará voltada para o Oriente e as extremidades para o Ocidente. A forma da mesa lembra o círculo do zodíaco, onde os pontos equinociais são ocupados pelos VVig∴, e o solsticial, pelo Ven∴ Mestr∴. As tangentes paralelas ao diâmetro solsticial são ocupadas pelos demais OObr∴. O Orad∴ e o Secr∴ estão a 60 graus em relação ao Ven∴ Mestr∴. A ritualística do banquete se caracteriza de duas partes de dialogo distintas. Os diálogos de abertura e encerramento sendo a primeira parte seguindo o Rito adotado. A outra parte é a que homenageia os Irmãos e a Irmandade pela alegoria do Fogo Maçônico e dos brindes à saúde, que exaltam a memória da Ordem. Diversas influências sociais e místicas colaboram para a consagração do antigo costume dos brindes à saúde e as formalidades do Banquete, na forma como se pratica hoje. Por tradição, estes brindes são feitos com bebidas alcoólicas, com predomínio do vinho tinto, derramando líquidos como oferendas aos deuses pagãos, ligados aos sete planetas conhecidos na antiguidade, o primeiro ao Sol, o segundo a Lua, o terceiro a Marte, o quarto a Mercúrio, a quinto a Júpiter, o sexto a Vênus, o sétimo a Saturno. Onde cada “planeta” (pois sol e lua não são planetas) simbolizava alguém ou um grupo de pessoas, Sol ao chefe da nação e ao governo, Lua a Grande Loja e ao Grão-mestre, Mercúrio aos IIr∴ VVig∴, Júpiter aos visitantes e lojas da jurisdição, Vênus os OOfic∴ e os OObr∴ e Saturno aos irmos infelizes e sofredores espalhados pela terra. O Solstício de Verão na antiga China é um tempo em que a energia Yin da terra nascia e começava a crescer, enquanto a energia Yang se escoava, sendo um momento único de cada ano em que os raios solares caem verticalmente sobre os trópicos. O movimento do Sol guarda relação com a Luz, fonte de toda a vida na Terra, daí toda a tradição e adoração, iniciando-se em 27 de dezembro e terminando em 23 de junho, o Solstício de Inverno começa em 24 de junho e acaba em 26 de dezembro, exaltando no período do verão São João Evangelista e no inverno São João Batista precursor de Jesus e anunciador da Luz. Vale lembrar que é deste, o Evangelho do Espírito, que abre o Livro da Lei, em Loja de Aprendiz no verdadeiro e original Rito Escocês Antigo e Aceito. O Solstício de Inverno coincide com o aparente curso do Sol quando ele atinge o ponto mais distante da terra, e no Solstício de Verão o ponto mais próximo da terra com o Sol. Os Solstícios são tempos nos quais os dois mundos se aproximavam, tempos de perigo e de oportunidades, de vigília e de abundância sendo um fator de equilíbrio a comunidade, reforçando a noção de harmonia e dando às pessoas a oportunidade de mostrar mais carinho, discutir assuntos coletivos e combinar festança e política. O Sol, a lua, as árvores, a colheita e os animais eram todos incluídos na celebração, mais que relíquias culturais, os festivais sazonais ainda são eventos alegres e profundos, que comemoram a vida, para nos conectar profundamente com a Terra, com o céu e com a fonte de abundância que temos dentro de nós mesmos sendo esse um dos principais pontos. Esta tradição se revela na linguagem, desorientado significa que perdeu seu rumo, seu oriente. Banquetes Solsticiais se tornou uma tradição levada muito a sério na Europa. Nos países de língua latina, entretanto, a Loja de Mesa foi adotada somente para os Solstícios de Inverno e Verão. As Festas Solsticiais eram praticadas por gregos e romanos, em suas religiões, mistérios e orgias pagãs. As festas Eleusianas, as Saturnais, as Dionisíacas ou Bacanais, a ceia dos apóstolos e os ágapes dos cristãos primitivos são exemplos de celebrações, sempre de maio a junho e de dezembro a janeiro. Os povos antigos sabiam que tudo precisava de um oposto ou complemento para ter significado e vitalidade. De qualquer forma, desde os selvagens da Idade da Pedra, registros históricos evidenciam o culto religioso distribuído segundo a marcha do Sol e da Lua. Os mais toscos monumentos de pedras tinham a orientação de acordo com o sol nascente, observando que o Oriente é a direção sagrada para todas as religiões - antigas e modernas – justamente por ser ali que surge o Sol, a Luz, o Calor e a Vida. Esta tradição se revela na religião, estes costumes passou a tomar parte importante em todos os banquetes, O que se consolida ao redor da mesa, neste ato, é o espírito de solidariedade e igualdade entre seus membros. A tarefa do Homem esclarecido está em descobrir esses ritmos e ajustar os seus, adquirindo assim está identificação com a natureza, que é a única fonte da verdadeira Felicidade. Todos os mitos da criação insistem que o primeiro ato da Divindade Criadora foi introduzir a Ordem. Na metade do período compreendido entre os Solstícios, no final de março e de setembro, há dois dias nos quais os hemisférios Norte e Sul recebem a mesma quantidade de luz solar; o dia e a noite possuem a mesma duração lembrando assim do equilíbrio que devemos buscar em nosso dias. É certo que ações individuais são insuficientes para provocar qualquer alteração na Humanidade, mas uma vida conduzida com o propósito da retidão pode ser um catalisador de mudanças. O que se precisa é tomar consciência que cada um tem a capacidade de determinar as próprias ações e dirigir os próprios passos, seja na relação com o ambiente, com a comunidade ou consigo mesmo. Escolher a palavra que fala, o livro que lê, o gesto que usa, a atitude que toma, os amigos que cultiva e a forma de tratá-los está ao alcance de cada um. Que fique como lição das celebrações dos Solstícios, o propósito de ordenar os pensamentos, as palavras, ações e sentimentos, para que cada gesto resultante desta determinação possa contribuir com a firmeza do Templo Espiritual, simbolicamente representado na Loja maçônica, onde ela estiver formada.