Você está na página 1de 2

SOLTÍCIO DE INVERNO

Ir.’. Sérgio Quirino Guimarães

O termo Solstício vem do latim solstitium, que significa "sol


imobilizado", "sol parado" e designa a impressão que o Sol estaria
como que estacionário sobre uma parte da Terra.

Em astronomia, solstício é o momento em que o Sol, durante


seu movimento aparente na esfera celeste, atinge a maior
declinação em latitude, medida a partir da linha do equador.

Por conta desse fenômeno as noites são mais longas que os


dias; equivoca-se quem interpreta que há predominância das Trevas,
em verdade inicia-se a grande vitória da Luz.

Em algumas culturas designam o Solstício de Inverno como o


"Nascimento do Sol", dia após dia o Astro Rei irradiará mais
energia sobre a Terra e assim devemos empreender nossas
atividades.

Que deixemos o obscurantismo e caminhemos como fonte


emanadora de vibrações de justiça e perfeição.

E não é só o nosso meio que comemora este grandioso evento,


há séculos as civilizações persas e hindus festejavam sob a egide
da alegoria de Mitra a vitória da Luz sobre as Trevas.

A cultura romana reverenciava o "Sol Invictus", pois aconteça


o que acontecer, ele rompería no horizonte com toda força e vigor.

Até no Extremo Oriente, mais precisamente na China, o


Solstício de Inverno é comemorado de forma marcante, chama-se Dong
Zhi (chegada do Inverno) e o povo compreende que se inicia um novo
Ciclo da Natureza e, junto a ele, cada um deve renovar suas
diretrizes e trabalhar para que harmoniosamente a sociedade possa
usufruir de todas as benesses da natureza.

Os Druídas comemoravam o Solstício como o "Dia da


Fertilidade", os egipicios celebravam com rituais ligados aos
grãos e o renascimento.
A cultura Maia utilizava esse fenômeno da natureza para
balizar seu calendário, usavam o Solstício como o início dos Ciclos
do Sol e da Lua na Terra.

Há também sociedades que cultuam a Deus festejando os ciclos


da natureza e um dos mais interessantes é o que envolve o Ritual
Yule, onde o Criador é simbolizado como uma criança, pois este
ícone nos passa o sentimento de pureza, de esperança e de começo
de uma nova fase que se inicia no Solstício de Inverno.

Ao Maçom, como livre pensador e pesquisador nato, cabe mais


que festejar esta data, deve procurar o real sentido do despontar
do dia após uma longa noite. Deve revigorar seus propósitos,
retornar à Câmara de Reflexões e sentir-se como uma semente
colocada sob a terra, na escuridão e no silêncio, refletir sobre
sua instabilidade e ter força para romper com as paixões, os vícios
e os preconceitos profanos.

Procurar a Verdadeira Luz, que dia após dia será oferecida


de forma mais intensa e constante, havendo o comprometimento
sincero, crescerá com Virtude, Honra e Sabedoria.

A celebração desse Solstício em especial marca mais um ciclo


na administração de várias Lojas e de algumas Potências, pois
tomarão posse os novos Veneráveis e Vigilantes e o novo Grão-
Mestrado e em breve todos os outros Irmãos que colaborarão para a
projeção dessas Instituições.

À todas as Lojas e Irmãos cabem o compromisso instituicional


de se fazerem presentes; a Sublime Ordem somos nós mesmos e ninguém
faz nada sozinho, o trabalho é árduo, mas exequivel, recebamos os
projetos e assumamos nossa posição de formadores de opinião e
construtores sociais.

Que como o Sol que a partir de agora se fará mais presente,


tenhamos o mesmo vigor em nos expressarmos o "De pé e a Ordem".

A intenção deste pequeno artigo é despertar em você a vontade


de saber um pouco mais sobre o assunto, fazer uma Prancha de
Arquitetura e quando ela estiver pronta, levar para sua Loja
enriquecendo nosso Quarto de Hora de Estudos. Lembrem-se que todos
nós, independente do Grau ou do Cargo, somos responsáveis pela
qualidade das Sessões Maçônicas.

Você também pode gostar