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O PESQUISADOR

MAÇÔNICO
Ano II n.º 14 Abril/2002

EDITORIAL ÍNDICE

U Pág. 2
tilizaremos, nesta ocasião, este espaço nobre do editorial, para  O que a imprensa
tratar de um problema não menos nobre: a continuidade da gratuidade do noticiou
nosso informativo para todos os nossos Irmãos e simpatizantes que lêem o
mesmo. Pág. 3

O objetivo principal, ao lançarmos o informativo em janeiro de 2001,  Curiosidades


foi levarmos um pouco de cultura maçônica (e geral) ao máximo de Pág. 4
pessoas possível, sem quaisquer ônus para quem o recebesse, uma vez
 Para pensar
que sabemos que muitas vezes os Irmãos não fazem a assinatura de um
ou mais periódicos principalmente por causa do custo. E este objetivo é Pág. 5
questão de honra para todos que participam de sua produção e para a  Frases que marcaram
SOCIEDADE DE ESTUDOS ANTHERO BARRADAS, que é a instituição
mantenedora do mesmo. Pág. 6
 Gr. Dic.Enciclopédico de
Acontece que o informativo vem, gradualmente, aumentando o
Maç. e Simbologia
número de assinantes, o que muito nos reconforta, uma vez que levar (Nicola Aslan)
informação de qualidade ao máximo de pessoas e estar obtendo resposta a  Biblioteca
esse objetivo, face ao interesse dos leitores é a recompensa. Mas ... os
custos pesam na mesma proporção (seja com sua impressão, seja com os Pág. 7
gastos de envio). Então, temos que ser criativos!  Saúde é coisa séria
Estamos promovendo a colocação de pequenos anúncios “encaixados”  Pílulas Maçônicas
dentro das sessões do informativo, com formatos diversos, a um custo Pág. 8 à 15
bem baixo (em comparação com os anúncios comerciais normais), uma  Trabalhos Maçônicos
vez que o objetivo não é lucrar, mas, sim, obter subsídios para a
manutenção da gratuidade do mesmo. Pág. 16

E, além disso, os Irmãos têm uma oportunidade de divulgar seus  Viagem ao nosso interior
negócios ou serviços profissionais num veículo dirigido principalmente a Pág. 17 e 18
Irmandade.  História pura
Vejam encarte no informativo, além de alguns anúncios-exemplo já Pág. 19
colocados.
 Biografia do mês
Contamos com a união e o apoio de todos.
Pág. 20
Carlos Alberto dos Santos/ M. .M. .
. .
 O nosso planeta
Pág. 21
• Depoimento
O Pesquisador Maçônico
Fundação: Janeiro/2001
Informativo Cultural da SOCIEDADE DE ESTUDOS ANTHERO
BARRADAS, e A... R...L...S... Renascimento n.º 08
Rua Nicola Aslan, 133
Braga – Cabo Frio (RJ) e-mail: carlosalberto@alohanet.com.br

1
O QUE A IMPRENSA NOTICIOU
DESCOBERTA ANTIGA CIVILIZAÇÃO NA ÁSIA CENTRAL

Um dos inesperados benefícios do fim da Guerra Fria foi a recente descoberta realizada por
arqueólogos russos e americanos, de uma antiga civilização cujo apogeu se deu na Ásia Central há mais de
4000 mil anos, antes de ser varrida misteriosamente da história.
Segundo os arqueólogos, foi um povo capaz de construir fortificações de tijolo, criar ovelhas e cabras
e cultivar trigo e cevada em campos irrigados. Esse povo também usava machados feitos de bronze, fazia
peças de cerâmica e esculturas de ossos, fabricava jóias de ouro e de pedras semipreciosas. Todos esses
bens preciosos foram deixados nas tumbas da elite.
As características dessa civilização, que existiu onde hoje ficam as repúblicas do Turcomenistão e do
Uzbesquistão, começaram a ser desvendadas há algumas décadas por arqueólogos russos. Mas foi
somente após o fim da Guerra Fria que cientistas americanos puderam contribuir com mais estudos,
descobrindo, por exemplo, inscrições que hoje reforçam a teoria de que a civilização já adotava uma forma
de escrita no ano 2.300 a.C., além de apresentar um bom desenvolvimento social e econômico.
- As descobertas na Ásia Central estão nos fazendo reescrever nossos livros de história antiga –
garante Fredrik Hiebert, da Universidade da Pensylvania, nos EUA, que conduz as investigações no local.
Nas mais recentes e provocantes descobertas, Hiebert trouxe à tona um pequeno objeto de pedra
com quatro símbolos de cor vermelha, que podem corresponder a letras jamais observadas.
Estudiosos concordam que os símbolos em nada se parecem com as escritas da Mesopotâmia (tida
como a escrita pioneira), do Irã ou dos vales à beira dos rios indianos.
O objeto foi encontrado nas ruínas de Annau, sítio arqueológico próximo à fronteira do Irã e a
poucos quilômetros do Turcomenistão.
- Digo com segurança que descobrimos uma nova civilização antiga – diz Hiebert.
Os estudiosos garantem que esta descoberta preenche uma lacuna, indicando que as populações da
Ásia antiga não eram tão isoladas como antes se imaginava, e que provavelmente mantinham conexão
com os demais continentes.
As dúzias de ruínas encontradas vão desde o leste de Annau, passam pelo deserto de Karakum até o
Uzbesquistão e talvez o norte do Afeganistão, numa área de 480 a 640 quilômetros de comprimento por 80
quilômetros de largura.
Como ninguém sabe como eram seus habitantes fisicamente ou como se comportavam, os cientistas
batizaram a nova civilização de Complexo Arqueológico de Báctria Margiana, ou BMAC – em homenagem
ao nome grego das duas regiões que abrigam as ruínas.
A análise de restos de carvão encontrados com os artefatos sugere que o material encontrado data de
2.300 a.C., antes, portanto, de as construções de BMAC terem sido erguidas. As análises de radiocarbono
feitas nos EUA sugerem que o apogeu da civilização se deu entre os anos de 2.200 a.C. e 1.800 a.C. ou 1.700
a.C.
O especialista em línguas asiáticas Victor Mair analisou a pedra gravada achada por Hiebert e
garantiu que os símbolos não pertencem à China, onde a escrita teria surgido centenas de anos depois.
- Nosso próximo passo será descobrir que tipo de escrita é essa e saber mais sobre o comportamento
dessa civilização, cuja maior parte das ruínas e dos objetos desapareceu – explica Lambert Kovalsky, da
Univesidade de Harvard.

(*) Artigo publicado no “ O GLOBO” de 21/05/2001.

2
CURIOSIDADES

VITA BREVIS, ARS LONGA

O maçom estudioso está sempre esbarrando em marcos salientes da história da Ordem. São
como aquelas esquinas movimentadas pelas quais passamos dezenas de vezes, tantas vezes, alas, que
de tão conhecidas, nem reparamos mais nelas.
Querem ver? As duas referências no diário de Elias Ashmole; as quatro Lojas que fundaram a
Grande Loja de 1717; o Irmão Guatimozim como primeiro Grão-Mestre da Maçonaria brasileira; o erro
da data de 20 de agosto como Dia do Maçom; Tiradentes, Napoleão, Beethoven, Baden-Powell, Vargas,
maçons, ou não?
Um outro marco sempre citado é uma certa Philo-Musicae et Architecturae Societas Apolloni.
Famosa por quê?
Muito simples: foi numa das atas desta sociedade que aparece a primeira referência ao Grau de
Mestre Maçom de que se tem notícia. Mas “péra aí”, dirá você , onde é que está a relação entre uma
sociedade de músicos e arquitetos e a Maçonaria? Vejamos.
Na Inglaterra, das últimas décadas do século XVII a meados do século XIX, apareceram
associações e clubes de todas as espécies e finalidades. Clubes de Box (esporte nobre, creiam), de
criadores de cavalos, de ocultistas, de músicos, atores, filósofos ... ah, e até a Royal Society! As
associações estavam na moda. O fabuloso Isaac Newton, tido por muitos como o maior dos sábios,
pertencia à Royal Society, da qual foi presidente, e também ao Cabala Club, dedicado a estudos
esotéricos, como o nome indica.
Em 18 de fevereiro de 1725, oito maçons, sete de uma Loja que se reunia na taverna Queen’s
Head (Cabeça da Rainha) e outro da Loja da taverna George, fundaram uma sociedade filosófica,
musical e arquitetural e passaram a reunir-se na taverna Apollo, daí o nome latino. Não nos
esqueçamos de que as Lojas da época se reuniam em tavernas – não é à toa que o ágape tem sido uma
das atividades maçônicas mais populares!...
Voltando à nossa história, essa sociedade só durou dois anos, se considerarmos as atas. Dela
apenas podiam participar maçons. Se algum membro proposto ainda não o fosse, a Sociedade
formava uma Loja e, invocando o direito imemorial, fazia-o maçom. Na própria fundação, quatro dos
fundadores eram Pass’d Masters (creio que isto quer dizer Mestres Instalados, em nossa linguagem
atual) e três eram Companheiros. Pois foi formada uma Loja e os Companheiros devidamente
passados. Nos seus dois anos de vida, a Sociedade Apolloni fez 18 maçons, o que, aliás, valeu uma
reclamação do Grão-Mestre de então, o Duque de Richmond.
Em 12 de maio de 1725, o célebre violinista italiano, Francesco Geminiani (1687-1762), o maior
de sua época, foi feito Companheiro e Mestre Maçom. Assim, a minuta que registrou o evento entrou
para a história como a primeira referência conhecida ao Grau de Mestre-Maçom e perpetuou, na
historiografia Maçônica, o nome dessa efêmera Philo-Musicae et Architecture Societas Apolloni.

Artigo extraído de “O LIVRO DOS DIAS”(edição de 1998)

3
PARA PENSAR

Um homem, seu cavalo e seu cão. Caminhavam por uma estrada.


Depois de muito caminhar, esse homem se deu conta de que ele, seu cavalo e seu cão haviam
morrido num acidente. Às vezes, os mortos levam tempo para se dar conta de sua nova condição...
A caminhada era muito longa, morro acima, o sol era forte e eles ficaram suados e com muita
sede.
Precisavam desesperadamente de água. Numa curva do caminho, avistaram um portão todo
magnífico, todo de mármore, que conduzia a uma praça calçada com blocos de ouro, no centro da
qual havia uma fonte de onde jorrava água cristalina. O caminhante dirigiu-se ao homem que numa
guarita, guardava a entrada.
Bom dia, ele disse.
Bom dia, respondeu o homem.
Que lugar é este, tão lindo? Ele perguntou.
Isto aqui é o céu, foi a resposta.
Que bom que nós chegamos ao céu, estamos com muita sede, disse o homem.
O senhor pode entrar e beber água à vontade, disse o guarda, indicando-lhe a fonte.
Meu cavalo e meu cachorro também estão com sede.
Lamento muito, disse o guarda – Aqui não se permite a entrada de animais.
O homem ficou muito desapontado porque sua sede era grande. Mas ele não beberia, deixando
seus amigos com sede. Assim, prosseguiu seu caminho.
Depois de muito caminharem morro acima, com sede e cansaço multiplicados, ele chegou a um
sítio, cuja entrada era marcada por uma porteira velha semi-aberta.
A porteira se abria para um caminho de terra, com árvores dos dois lados que lhe faziam
sombra. À sombra de uma das árvores, um homem estava deitado, cabeça coberta com um chapéu,
parecia que estava dormindo.
Bom dia, disse o caminhante.
Bom dia, disse o homem.
Estamos com muita sede, eu, meu cavalo e meu cachorro.
Há uma fonte naquelas pedras, disse o homem indicando o lugar.
Podem beber à vontade.
O homem, cavalo e o cachorro foram até a fonte e mataram a sede.
Muito obrigado, ele disse ao sair.
Voltem quando quiserem, respondeu o homem.
A propósito, disse o caminhante, qual é o nome deste lugar?
Céu, respondeu o homem.
Céu? Mas o homem da guarita ao lado do portão de mármore disse que lá era o céu!
Aquilo não é o céu, aquilo é o inferno.
O caminhante ficou perplexo.
Mas então, disse ele, essa informação falsa deve causar grandes confusões.
De forma alguma, respondeu o homem. Na verdade, eles nos fazem um grande favor.
Porque lá ficam aqueles que são capazes de abandonar até seus melhores amigos...
.
Autor desconhecido.
4
FRASES QUE MARCARAM

“O orçamento nacional deve ser equilibrado. As dívidas públicas podem ser reduzidas. A arrogância
das autoridades deve ser moderada e controlada. Os pagamentos a governos estrangeiros devem ser
reduzidos, se a nação não quiser ir à falência. As pessoas devem novamente aprender a trabalhar em
vez de viverem por conta do governo”.

MARCUS TULIUS CÍCERO (Roma ano55 a.C.).

*******************************************************************
“Três elementos são capazes de fazer feliz a uma pessoa: DEUS, um amigo e um livro”.
Henri Lacordaire.

*********************************************************************
“Procuro suportar todos os dias minha própria personalidade renovada, despencando dentro de mim
tudo o que é velho e morto”.

Cora Coralina
*******************************************************************
“ A falsa ciência gera ateus; a verdadeira ciência leva os homens a se curvar diante da divindade”.

VOLTAIRE

Há mais de 3 anos atuando na área de tratamento de água e limpeza de reservatórios,


a DECOL-LAGOS está mudando sua logomarca
A marca representa um patrimônio precioso. Essa mudança reflete o fortalecimento
da empresa e melhor identificação do nosso trabalho.
A evolução de nossa marca, consolida também uma nova etapa da DECOL-LAGOS em
direção ao futuro (já estamos atuando na área de tratamento de efluentes).
Desde de Fevereiro de 2002, você pode identificar nossa empresa pela seguinte
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5
Tel: (22) 2645-5059 / 2647-4895

6
GRANDE DICIONÁRIO ENC. BIBLIOTECA
DE MAÇONARIA E NOS BASTIDORES DA MAÇONARIA

SIMBOLOGIA Autor: Hans Bachl (M. Claudius)

Principais tópicos abordados:


JANELAS– Aberturas gradeadas que, em
número de três, figuram no Painel da Loja de
Aprendiz e que lembram as usadas pelos Memórias de um Ex-Secretário; A
antigos maçons para observarem a marcha do Experiência Ensina (É maçom quem Pode
sol. Essas três janelas simbólicas indicam as Ser; A Obrigação de Socorrer Qualquer
principais horas do dia: o nascer do sol, que Irmão; A Obrigação de Amparar os
dissipa as trevas; o meio-dia, que reduz a
Desprotegidos da Sorte; O Cuidado Que
sombra levada ao mínimo, e o pôr do sol e suas
Deve Presidir às Sindicâncias; As
belezas.
Invencionices de Léo Taxil; A Obrigação de
Têm sido interpretadas como a destruição dos
preconceitos, a constatação objetiva do
Frequência aos Trabalhos a Loja; Saudação à
verdadeiro e o respeito às tradições. Outros Bandeira; A Obrigação de Defender e Ajudar
nelas vêem uma alusão à necessidade que se o Irmão; Festa de São João);
tem de observar a marcha da Ciência e da Miscelânea Maçônica (Amenófis IV; Noções
Verdade. Porém, J. Boucher escreve: Gerais sobre as Lojas Maçônicas; Espírito
“Os maçons construtores sempre orientaram os Maçônico;Estoicismo na Maçonaria; A
Templos com a entrada no Ocidente e as três janelas Pirâmide de Khéops e sua Relação com a
do “Painel” seguem a marcha do sol. Não há janela Maçonaria; Phytágoras; Os Mistérios de Ísis;
no Norte porque o sol lá não passa. As janelas têm Três Rosas como Símbolos Maçônicos;O que
uma rede de arame não para impedir aos profanos de Nem Todos os Maçons Sabem; Marx como
olhar dentro do Templo... mas simplesmente para Místico;; A Maçonaria em Pernambuco; A
impedir o acesso ao Templo... O Templo é isolado do ‘Religiosidade Cósmica ‘ de Albert Einstein;
mundo profano e o maçom não deve ter nenhuma O Homem e o seu Destino; Um Dedo de
tentação de tornar-se espectador deste mesmo
Prosa Sobre Literatura Antimaçônica; Nosso
mundo. É preciso, ao contrário, que ao sair do
Irmão Mozart;Sobre a Origem dos
Templo, depois de ter aurido novas forças, o maçom
se torne novamente um ator na multidão anônima e Conhecimentos Maçônicos de Richard
nela espalhe a Sabedoria, a Força e a Benignidade que Wagner; Fraternidade; Liberdade; Jacques de
veio adquirir. Molay, ùltimo Grão-Mestre dos Templários;
A janela do Oriente traz a suavidade da aurora, o seu O Maçom Goethe e a sua Concepção da
renovamento de atividade; a do meio-dia a força e o Evolução da Humanidade; Os Quatro
calor; a do Ocidente dá uma luz sempre enfraquecida Coroados; Os Tempos Mudam – O Concílio
que incita ao descanso. O Norte, obscuro, não Ecumênico e as Relações entre a Maçonaria e
recebendo nenhuma luz, não precisa de janela. o Vaticano; A Maçonaria no Mundo (entre
Os trabalhos dos maçons começam, simbolicamente, outros; Bispos, Paulo VI em Companhia com
ao Meio-dia e terminam à meia-noite. Começam ao Comunistas e Mçaons; Nos Estados Unidos;
meio-dia quando o sol irradia com toda a sua força no
Cânon 2.335 Mal Interpretado);
Templo.
A Carta Magna das Nações Unidas; 4
Os aprendizes são colocados ao Norte porque têm
necessidade de serem iluminados; recebem assim Poemas.
em cheio a luz da janela do Meio-dia. Os
companheiros, colocados ao Meio-dia, necessitam de
menos luz e a sombra trazida pelo muro do Templo
os ilumina suficientemente. Nessa ordem de idéias, Livro importado de Portugal e à venda na
Livraria Maçônica Paulo Fuchs.
há de se notar que o Venerável e seus assessores
recebem de frente a única luz do poente. Ao
contrário, os Vigilantes são postos em alerta desde a
7
SAÚDE É COISA SÉRIA
OTITE
A dor de ouvido é um problema muito comum em crianças por dois motivos: a trompa de Eustáquio
é menor e outro porque ele é mais retificada, quando comparada a do adulto. Isso permite que, quando a
criança se alimenta, possa haver a passagem do alimento através da garganta para os ouvidos, pela trompa
de Eustáquio. Muitas vezes a infecção pode se originar de um resfriado, em que as secreções acumuladas na
garganta vão para o ouvido, causando os sintomas. A otite ocorre quando o ouvido ao ser hidratado pela
água da piscina ou no banho aumenta o volume de cera dentro da orelha – o cerume – atingindo a periferia
do ouvido onde ficam os terminais nervosos, provocando a dor. Com o uso inadequado de cotonetes, a cera
vai sendo empurrada cada vez mais para a periferia, ficando mais grudada nos terminais nervosos. Para
tirar a umidade do ouvido, deve-se passar levemente a toalha. Pessoas que utilizam aparelhos auditivos
devem tomar cuidado redobrado, limpando e secando o ouvido após o banho. A otite externa é a forma
mais branda da inflamação, seguida pela média e a interna. Se não for tratada adequadamente, pode se
agravar. Quando isso acontece, o tratamento tem que ser bem intenso para evitar seqüelas. O diagnóstico é
relativamente simples, pois quando a inflamação está em estágio avançado, chega a impedir a visão do
tímpano durante a otoscopia. O otoscópio é um aparelho especial que possui luz própria e facilita a
visualização do tímpano e da parte interior do ouvido. A otite é uma infecção do ouvido na sua parte mais
interna, ou seja, depois de passar pelo tímpano. Seus principais sintomas são: dor, febre, choro constante,
irritabilidade e desconforto. A otite pode ser tratada com antibiótico prescrito pelo médico. É aconselhável
qua a criança evite ir à piscina ou tomar banhos de banheira. As secreções podem ser limpas com água
oxigenada externamente.

Colaboração do Ir.: Wagner Buono/M.: M.:

PÍLULAS MAÇÔNICAS

INICIAÇÃO

A verdadeira Iniciação somente dependerá do iniciando e de mais ninguém. A Maçonaria é


apenas o caminho. Ela é o meio e o Irmão o próprio fim. Se o Irmão não achar a Verdade por si próprio,
ninguém o fará por ele. Se ele for pequeno espiritualmente, nem usando avental bordado a ouro se
tornará um VERDADEIRO MAÇOM.

Colaboração do Ir.: ANTHERO BARRADAS/ M.:M.(*)


(*) Membro da ARLS RENASCIMENTO N º 08

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26cm x 18cm

preto - R$ 40,00
colorido - R$ 50,00

10
TRABALHOS MAÇÔNICOS

RADIOGRAFIA DO PODER DOS GRÃO-MESTRES


Ir.: HÉRCULE SPOLADORE (*)

Já se foi o tempo nostálgico da Maçonaria Operativa, em que não haviam Potências Maçônicas.
Havia Maçons Livres, e nem sequer existiam veneráveis. Existia o cargo de Mestre da Loja, que era
oferecido ao operário mais capaz, mais humano, mais competente, mais versado nas Artes da Construção
e desta forma ele era assim o responsável por aquela Loja. Também, não existiam os famosos
Landmarques e as corporações tinham cunho religioso, mais especificamente, o católico. Considerando-se
a atual forma de liderança dentro da Ordem, desde que foram criadas as Potências, e mais modernamente
em regime tido e decantado como democrático que não o é em realidade, entende-se tecnicamente, que o
poder temporal de um Grão-Mestre, emane do conteúdo legal de uma constituição daquela Potência, e do
resultado de uma eleição onde seja sufragado pelas urnas, como eleito, e diplomado por um Tribunal
Eleitoral. Eis aí a origem material do poder maçônico no que se refere ao primeiro mandatário de uma
Potência. As Constituições das mais variadas e inúmeras Potências que existem no mundo diferem de
forma irrelevante quanto ao poder que é conferido aos Grão-Mestres. Elas têm mais ou menos a mesma
redação, e esse poder é quase absoluto no papel. Porém, se um Grão-Mestre entender, e para isso ele terá
que ter uma sensibilidade muito especial, a Maçonaria não é um país, não é uma empresa comercial que
gera empregos, não remunera os seus adeptos pelos serviços, não é uma religião com dogmas, e que
nenhum maçom depende dela para viver, ou seja ele poderá deixar a Ordem no momento em que bem
entender e lhe convier. Ela é antes de mais nada, uma escola de vida, com um profundo teor filosófico
mais voltada para o Maçom, em si e dentro dela nada se consegue, impondo, perseguindo, ou alterando os
caminhos já traçados, porque o relacionamento humano na Ordem é diferente, ele é especial, extrapola os
raciocínios aplicados aos paradigmas aplicados a outras organizações. O poder de um Grão-Mestre deriva
mais de seu carisma, personalidade, bondade, empatia, compreensão, enfim de uma série de qualidades
que caracterizam um homem sábio e um verdadeiro líder tendo ainda a perspicácia de saber que estará
liderando outros líderes.
Onde quer que haja uma Potência haverá um Sereníssimo, um Poderoso, ou até como algumas
Potências assim os chamam, de Soberano ou Eminente, o qual deverá ser obedecido e respeitado como tal.
No Brasil onde existe até Grão-Mestre de Grão-Mestres, se computarmos as inúmeras Potências da
Maçonaria Tradicional e as Mistas, contaremos cerca de 70 (setenta) Grão-Mestres, no momento, dirigindo
suas jurisdições. Várias perguntas nos ocorrem quando, assustados, deparamos com este elevado número
de líderes que dirigem a Maçonaria Brasileira. Por exemplo: Como são estes seres que estão exercendo este
poder? Foram todos eleitos normalmente? Eleições livres? Eram as melhores opções para seu grêmio?
Como se comportaram com relação aos seus adversários durante o período eleitoral? São todos dignos do
poder em que foram investidos? Representam realmente as suas Obediências? O poder, uma vez
empossados subiu-lhes à cabeça? Embriagou-os? São liberais e democratas ou são autocratas? O seu povo
maçônico está satisfeito com o seu desempenho? São inventores de procedimentos ritualísticos, atropelam
os poderes executivos, legislativos e judiciários, perseguem seus oponentes? Governam por decreto ou
pela vontade do povo maçônico? Lideram pela humildade e pelo coração ou são prepotentes e tiranos?
Se por um lado, considerarmos este alto número de mandatários, existem aqueles que no momento
de sua escolha eram as melhores opções, e, uma vez eleitos e empossados, se tornaram ainda melhores, se
caracterizando por serem magnânimos, compreensivos, bons políticos, verdadeiros pais, bondosos,
tolerantes sem ser permissivos, por serem bons ritualistas, por conhecerem a história da Ordem, dos Ritos,
respeitando-os em toda a sua essência, e também por conhecerem a Constituição de sua Potência sem
maculá-la e sem passar por cima dela. A estes rendemos nossas homenagens e nossa admiração, porque se
superaram, entenderam que a sua missão é mais humana, mais fraterna que penalizadora tornando-se
desta forma melhores. Estes homens, além de sábios, às vezes são tão úteis para a Ordem, por serem
líderes natos que o seu próprio povo os reelegem, sem que os mesmos queiram que isso aconteça.
11
É porém com tristeza quando aqueles maçons mais maduros, mais livres, sem compromisso com a
política de seu Grão-Mestre, conhecedores a fundo da situação de sua Potência, e que sabem que o
conhecimento e a obrigação de manter nossa Ordem intacta é muito maior que o poder temporal de seus
Grão-Mestres, pois os poderes do Conhecimento poderão ser transmitidos e divididos com quem quer que
seja, sendo que ninguém os tirará de si, começam a perceber que o líder não era bem aquele modelo que se
esperava dele, ou por incompetência, ou porque o poder tomou conta de sua mente. Sentem o fato, e se
sentem impotentes para, pelo menos no início, protestar, pois quando isso acontece, já foram tomadas
todas as providências camufladas em forma de atos ou decretos para abortar todo e qualquer movimento
de protesto, ou de vozes livres que se levantam, afogando desta forma os pensamentos e a liberdade
especialmente dos livres pensadores democráticos, que um dia acreditaram no seu Grão-Mestre. “Quereis
conhecer um homem? Dai-lhe o poder e o conhecerás”. Começarão as perseguições para quem não “rezar
pela cartilha” dos mesmos, começarão as mudanças, as alterações nocivas e grosseiras nos rituais,
inventando-se procedimentos ritualísticos, que não fazem parte daquele Rito, desrespeito e agressão aos
Ritos minoritários adotados pela Potência., perseguição aos que começarem a levantar-se contra a
opressão, enfim, uma série de alterações sem razão de ser, passam a ser a Verdade daqueles Grão-Mestres.
O povo maçônico estarrecido, triste, impotente terá que se subjugar, em parte por sua própria culpa, já que
não percebe que a nossa Ordem é, no final de um raciocínio lógico e coerente, uma conspiração contra si
própria, pois se rende a pequenas divindades, aceitando-as, sem discuti-las, desviando assim, por
comodidade, o olhar da própria Realidade. E, o poder destas mentes despóticas advém justamente por não
aplicarmos uma das armas que a Maçonaria tanto nos ensina, a eficiência da Dialética, bem como o direito
que as próprias Constituições conferem aos seus Irmãos, que aliás a maioria dos maçons desconhece.
Basta que se observe com neutralidade o mecanismo do processo em que o poder toma conta da
mente de um chefe. No caso da Ordem, ele não pára a fim de analisar e entender que ele está e não é o
Grão-Mestre. É um cargo eletivo. Ele passa. Ele está Grão-Mestre e, ainda diríamos pejorativamente, de
plantão. Será um dia substituído. A Ordem fica e ele se irá. Se, o Irmão que ocupa este cargo não for bom,
não for humilde, seguro de si, justo, ele não terá uma segunda chance de sê-lo. O poder às vezes inebria
aquele que se julga tê-lo com as prerrogativas que as Constituições maçônicas aparentemente lhe
conferem. Não se enganem, as Constituições são apenas modelos, são muito mais referenciais que
absolutistas conforme estão no papel. O verdadeiro poder está no coração e não somente na razão, muito
embora terá que haver um equilíbrio entre ambos. Não se pode esquecer, que a nossa vida é muito breve.
O Grão-Mestre não poderá esquecer que é um mortal. Deve portanto, não perder um minuto sequer de
sua vida, aproveitar qualquer momento para ser Bom, ser Sábio e não envolver-se em situações pessoais e
se achar que é o Messias, que é o Soberano, que é o Salvador da Ordem. Ele deverá se submeter a uma
autocrítica diária e constante. Ele não poderá esquecer que é o dirigente de todos, mesmo daqueles Irmãos
que ele não gosta, ou que reciprocamente não gostam dele. Deverá confiar nos seus secretários, auxiliares e
colaboradores, não lhes tirando a autoridade que lhes foi dada. Se ele esquecer disso tudo porque a
vaidade, a ganância, a sede de poder forem maior que ele, pobre Potência, a sua, durante aquela gestão, ou
gestões, porque este tipo psicológico de mandatário gosta de se perpetuar até quando for possível e
quando não puder mais, então deixar títeres em seu lugar e continuar dirigindo a sua Potência por trás
dos bastidores.
Uma vez estabelecidos e fortalecidos os grilhões, ele desfrutará do poder que tanto almejou.
Funcionando juntamente com seus lacaios ou seguidores fanáticos, alguns, até inocentes úteis que são
aqueles que gostam e sempre gostaram de estar ao lado ou ao redor do poder, para desfrutar de suas
benesses tal qual as hienas e chacais que esperam os restos das carcaças que os leões deixam para trás,
reinarão até quando puderem para festejar o sabor de uma falsa liderança, e de um poder nocivo. Esta é
uma das razões pelas quais esvaziam-se as Lojas, e também uma das razões pelas quais muitos honrados
Irmãos se afastam da Ordem.

12
Zeladores da Ordem, verdadeiros guardiões, geralmente livres pensadores de elite, são aqueles
Irmãos que primeiro percebem os primeiros sintomas da opressão, já que a maioria dos membros de uma
Obediência aceita passivamente tudo o que lhes é imposto, não querendo pensar, não querendo estudar,
não lendo nada a respeito da Ordem, porém entulhando os “fundões” dos templos onde se realizam os
banquetes após as sessões que lhe são mais importantes, tudo em nome de uma pseudo fraternidade, a
fraternidade do copo e do colesterol. Os maçons de bom senso e suficientemente homens, têm a coragem
de denunciar a farsa, mas correm o risco de serem eliminados. É uma luta que só o tempo e as idéias
acabarão por vencer. Afinal, assim tem sido a história da própria humanidade. As idéias sadias e
transparentes prevalecerão sobre as atitudes dos déspotas, os quais, é apenas uma questão de tempo, pois
sempre acabarão por serem vítimas da própria peçonha. Porém, até que sejam destruídos, muito
sofrimento darão ao seu povo.
Assim a humanidade que, antes do Humanismo e do Iluminismo, estava em completa escuridão, foi
agraciada por estes movimentos que acabaram por aclarar as mentes e através de suas idéias liberais
trouxeram novas luzes para o nosso mundo onde os reflexos até hoje se fazem sentir. Porém, mesmo com
este avanço social, o Homem é um ser animalesco a tal ponto de as repúblicas que substituíram as
monarquias ainda não se assumiram como tal, permitindo que ainda hoje hajam autocratas, tiranos e
falsos líderes. Talvez Konrad Lorenz tivesse razão quando afirmava que a agressividade humana é uma
herança genética do seu passado animal e não o fruto do meio em que ele vive. Se de fato ele está certo,
por maiores que tenham sido as conquistas sociais do nosso planeta, não adiantarão de nada, porque as
guerras e os tiranos seriam parte desta própria humanidade e seriam, portanto, inevitáveis. Preferimos
acreditar que Lorenz esteja errado, e aceitar que as mudanças, as metamorfoses, as distorções sejam
creditadas a fatores sócio-ambientais e pessoais e a um irresistível impulso de poder com desvio de
comportamento por parte dos líderes impostos ou auto-impostos. Existem vários tipos de líderes; o
Dominador, que quer dirigir a sua instituição sozinho, sem consultar ninguém, e sem respeitar a opinião
dos demais, tomando ou manipulando todas as decisões, penalizando os prováveis infratores, sendo o
dono da Verdade; o Apático, que é o que “deixa fazer”, torna-se passivo, não assume responsabilidades, é
inseguro, não sabe determinar tarefas aos seus colaboradores, causa grandes confusões e insegurança ao
grupo. Existe o líder Democrático que é aquele que tem a humildade de tomar suas decisões consultando
os seus companheiros, sabendo tirar uma média das opiniões, quando dá autoridade a um dos seus
auxiliares, não passa por cima dela, sabe distribuir e dividir, sabe respeitar. Sua habilidade maior não está
em ditar ordens, mas sim em educar, estimular e dirigir de tal maneira que, ele acaba conseguindo a
cooperação voluntária das pessoas. Este é o tipo do verdadeiro Líder que a Maçonaria necessita e que
sabemos existirem muitos Grão-Mestres com esta qualidade positiva. Felizmente é a maioria.
Tomando-se como referência o que vem a ser um líder e entendendo-se que a Maçonaria deveria ser
mas não é constituída só de líderes, pois infelizmente muitos Irmãos não preenchem esta condição, não
que sejam nocivos à Ordem, não que sejam Irmãos menos favorecidos pela formação intelectual, são
apenas humildes, bons, sabem ouvir, sabem discenir, porém esperam muito dos líderes natos e
carismáticos. Mas, o que fazer o povo maçônico, quando um líder nestas condições tem desvio de
comportamento, talvez pela síndrome de poder, talvez por problemas pessoais, ou sabe-se lá porque, de
um liberal conhecido, um democrata convicto ele se transforma num autocrata e passa a agir
despoticamente como até então não o fizera? Aí será o caos, será a desestruturação de tudo o que ele
havia até então realizado de bom, e neste momento acontecerá o fenômeno da perda de credibilidade, do
abandono, do repúdio e todos decantarão as qualidades de um novo líder que por certo surgirá. É a Lei da
renovação.
O ser humano é de fato, interessante. O homem é um ser gregário. Ele necessita da presença de seus
semelhantes para poder sobreviver. Entretanto, o relacionamento humano é muito complexo. Ao mesmo
tempo em que ele apedreja, poderá afagar. Parece que existem milhões de homens dentro de um só. Nossa
mente é povoada de fantasmas de nós mesmos. Somos vicissitudinários. Mudamos sempre. O equilíbrio
positivo, entre as coisas más que poderíamos criar, e as coisas boas que deveremos realizar é que faz as
diferenças. O Bem, dentro da Ética e da Moral deverá sempre predominar sobre as tentações do Mal que
existe em cada um de nós. Um Grão-Mestre deverá sempre se pautar por esta grande Verdade.

(*) Lojas de Pesquisas Maçônicas “BRASIL”


13
O REI SALOMÃO

Ir.: ANTHERO BARRADAS (*)

Salomão, filho do Rei David, foi educado pelo Profeta para suceder seu pai, o que aconteceu
quando tinha 20 anos.
Ficou famoso como o mais sábio e o mais rico monarca hebreu. Seu reinado que durou cerca de 40
anos, correspondeu à época de mais esplendor de sua terra, que viveu período de paz, de trabalho, de
prosperidade e de glória. Casou com a filha de um Faraó. Morava em magnificente palácio por ele
mandado construir. Gostava da suntuosidade e do luxo e para fazer face às despesas com as grandes
construções, implantou medidas para aumentar a arrecadação de impostos que lhe permitiram fazer a
pavimentação de vias de acesso à Jerusalém. Construiu um porto de mar, promoveu a formação de
grande esquadra e incentivou o aumento do comércio exterior. O fausto e a opulência muito
orgulhavam os israelitas. Salomão nomeou para seu estado maior SADOC para cuidar do culto,
ZABUL para seu conselheiro, BANANIAS comandante do exército e esquadra, além de um
encarregado para cobrança de impostos. 1.400 carruagens e 12.000 homens serviam em seu palácio para
cuidar dos cavalos e atuar, numa emergência, como força armada.
Salomão foi também escritor e poeta. Segundo a Bíblia proferiu três mil máximas, compôs mil e
cinco cânticos e escreveu sobre política e história natural. É atribuída a ele a autoria de Eclesiastes, do
Cântico dos Cânticos, dos Provérbios e do Livro da Sabedoria, além dos denominados Odus de
Salomão, conjunto de 42 cânticos e 18 Salmos. Salomão é considerado pela Bíblia o mais sábio dos
homens. Nas artes, nas ciências, na literatura e na política, ele suplantou os limites humanos.
Enalteceu a história de Jerusalém e glorificou a Sabedoria, como guia do gênero humano,
salientando a supremacia dos sábios sobre os maus . Sua obra literária e o Grande Templo que
construiu tornaram-se parte inseparáveis do simbolismo Maçônico.

(*) Ir.: pertencente ao quadro da ARLS RENASCIMENTO Nº 08,


do Oriente de Cabo Frio

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OS TEMPLÁRIOS – Um breve resumo


Ir.: MATUSALÉM/ M.: M.: (*)

A Ordem dos Templários foi fundada em 1118, por Hugo de Payns e mais oito cavaleiros franceses
que seguiram à cruzada Godofredo de Bulhões. A princípio chamavam-se pobres cavaleiros de Cristo e
deviam formar uma guarda da Palestina. Tomaram o nome de Templário quando Balduíno II, rei de
Jerusalém, os estabeleceu num palácio perto do antigo templo de Salomão. Em 1128, o concílio de Troyes,
perante o qual se apresentou o primeiro Grão-Mestre Hugo de Payns, confirmou a instituição da nova
Ordem, deu-lhe regra severa, mas prudente e ditada, diz-se, por S. Bernardo. A Ordem compreendia
quatro classes: Cavaleiros que deviam ser nobres; Escudeiros, irmãos leigos que eram sargentos e soldados;
Capelães e sacerdotes, formando o clero da Ordem. O Grão-Mestre, eleito, como todos os dignitários, tinha
honras de príncipe.
A bula de 15 de junho de 1163 deu aos Templários um lugar privilegiado na Igreja. A sua divisa,
inscrita no estandarte preto e branco, era: Non nobis, Domine, sed nomini tuo da gloria, e o selo era um cavalo
montado pelo seu cavaleiro e com estas palavras: Sigilum militum Christi.
Os Templários formaram no Oriente a vanguarda dos exércitos cristãos. Foram recompensados com
numerosos domínios, e no Ocidente tornaram-se grandes proprietários territoriais. Enriqueceram-se ainda
mais fazendo-se banqueiros dos papas, reis, dos príncipes e dos particulares. Os seus templos, verdadeiras
fortalezas, constituíam cofres fortes invioláveis.
14
Mas tantos privilégios e riquezas não tardaram a excitar a malevolência e a inveja, sendo de notar
que o seu orgulho não era de jeito para desarmar os inimigos. Contra eles se levantaram violentos e
insistentes preconceitos, e a Ordem sofreu no seu prestígio, como todas as outras ordens militares, com os
desastres dos cristãos no Oriente. Por fim, foi acusada de conluio com os sarracenos.
Formaram-se lendas a respeito da sua avidez, da sua moralidade, comprometida com os excessos
dos irmãos pouco escrupulosos, o que dava origem a provérbios tais como: Bêbado como um Templário,
praguejar como um Templário; e dizia-se que nos seus capítulos se passavam cenas de idolatria e de
devassidão.
Apesar de que os mais esclarecidos espíritos reconheciam que todas as ordens militares
necessitavam de reforma, nada lhes fazia prever no fim do século XIII um desfecho tão brusco e tão
trágico.
O rei de França, Felipe, o Belo, invejava-lhes, como aos judeus a quem já tinha expoliado. Desde
1305 a gente do séqüito real pensava em confiscar os bens da Ordem. Houve negociações com o papa
Clemente V que tergiversou, mas por fim, por instigações de Guilherme de Nogaret, aos 13 de outubro de
1307, o Grão-Mestre Jaques de Molay e todos os Templários de França, foram presos por oficiais do rei e
em nome da Inquisição, acusados de hereges. Para se obterem as necessárias confissões, os inquisidores
multiplicaram as torturas pelo ferro e pelo fogo; os grandes dignatários confessaram que renegavam
Cristo e as infâmias que lhes imputavam; Jaques de Molay consentiu que se reconhecesse que ele tinha
cuspido na cruz. Ao papa causou-lhes tudo isto sensação e pretendeu tomar conhecimento direto da
questão. Nogaret obrigou-o a ceder pela convocação em Tours dos estados gerais, que declararam os
cavaleiros dignos de morte (1308). Clemente V mandou comparecer a Ordem perante o concílio de Viena,
e a bula de 3 de abril de 1312 pronunciou-se, pela supressão sem haver condenação efetiva. Já o rei de
França tinha feito condenar os Templários por concílios provinciais e mandara queimar em certo número
deles que tinham retratado as suas confissões, ao mesmo tempo que se tinha apoderado do numerário que
havia acumulado nos templos; apossou-se dos bens que lhes pertenciam e que não foram entregues aos
hospitalários, como determinou o concílio, senão mediante grandes indenizações. Na Inglaterra, Espanha
e Alemanha os príncipes fizeram outro tanto, mas não houve suplícios como em França.

(*) Colaboração deste Ir.: pertencente à Loja de Pesquisas Monte de Sião.

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A ABERTURA DO LIVRO DA LEI


Ir.: Marcelo Oliveira de Paula (*)

Em uma oficina regular, os trabalhos serão realmente dados como iniciados, somente após a
abertura do Livro da Lei e a leitura do salmo correspondente ao Grau.
Sendo correta a transmissão da Palavra Sagrada e estando tudo “justo e perfeito”, o Mestre de
Cerimônias dirige-se ao Oriente e convida um dos Mestres Instalados presentes, de preferência o ex-
Venerável mais recente, a abrir o Livro da Lei. Na falta de ex-veneráveis, o convite é feito ao Orador.
No escocessismo original, o Livro da Lei era aberto no Evangelho de São João, capítulo 1,
versículos 1 a 5, já que este texto, que mostra a vitória da luz sobre as trevas, é fundamental para o
primeiro Grau:
“No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com
Deus. Todas as coisas foram feitas por Ele, sem Ele, nada existiria. Nele estava a Vida, e a Vida era a Luz dos
homens. A Luz resplandece nas trevas, e as trevas não a compreenderam”.
Um costume introduzido a partir da instalação das Grandes Lojas Brasileiras, após a cisão de
1927, alterou esta passagem. A partir daí, tornou-se usual a abertura do Livro da Lei, para o primeiro
Grau, no salmo 133.

15
“Os salmos expressam verdades através de simbologia literária, por isso mesmo, nem sempre
são fácil e imediatamente entendidos, exigindo muito afinco para serem interpretados. Os salmos
encerram em si propriedades que se tornam elementos curativos para a alma humana quando
devidamente empregados”. Estas palavras, do Ir.: Antônio Hoberdanchi Sálvia Júnior, nos dão uma
bela definição para os salmos.
Segundo as tradições mais comuns, o salmo 133 diz o seguinte:
“Eis quão bom e quão agradável é habitarem, juntos os Irmãos!
É como o óleo precioso sobre a cabeça, o qual desce sobre a barba, a barba de Arão, que desce
sobre a orla de suas vestes; como orvalho do Hermon, que desce sobre os Montes de Sião.
Pois ali Jehovah ordena sua benção, a vida para todo o sempre”.
São palavras breves, porém elogiosas ao amor, que une as almas dos concidadãos e os irmana.
Parecem estar em relação com os esforços feitos por Neemias para repovoar Jerusalém (Ne,11), pois
essa união e fraternidade foi o cimento que uniu as pedras judias durante o tempo em que vagaram
pelos desertos até atingirem seu destino.
A primeira parte, mostra o desejo genérico de todas as instituições filosófico-religiosas
existentes que é a convivência pacífica e agradável entre pessoas que possuem idéias e conceitos
diferentes. Estas diferenças desaparecem pela fraternidade.
O óleo precioso derramado sobre a cabeça, faz parte da consagração de Arão por Moisés,
tornando-o sacerdote de Deus. Derramado sobre o coronário (cabeça) e perfumando com seus aromas
a barba e chegando ao laríngeo (orla das vestes), faz do sacerdote um veículo das palavras de Deus.
A citação da barba é expressa muito bem em “As Origens da Cabala”, de Eliphas Levi, à pagina
25 que, entre outras coisas, diz:
“A barba é considerada como a figura simbólica do Verbo”.
“ela é toda bondade, toda equilíbrio e toda justa”.
“E os que estendem a sua mão e juram pela barba de um ancião, fazem-no pela verdade
representada nas treze formas de barba suprema: quatro (as letras do nome sagrado, os quatro
elementos, os quatro cantos do quadrado, os quatro pontos cardeais celestes) e nove, isto é , três vezes
três: o ativo e o passivo e o equilíbrio, engendrado em si mesmo”.
O orvalho é uma substância tênue, que vai sutilmente condensando-se, até formar a água
(veículo da vida), vinda, podemos dizer, do nada, proporcionando continuidade de vida aos filhos de
Israel (homem) no deserto (vida material).
Essas palavras querem exprimir a abundância e os agradáveis efeitos dos bens que Deus destina
a quem de bom grado habitará em Jerusalém, também chamada de Sião. _ O orvalho cai
abudantíssimo, como chuva, em torno do monte Hermom e produz ótimos efeitos sobre a vegetação,
substituindo, especialmente no verão, a falta de chuvas.
Nós, os homens de Sião, pois somos áridos, secos e não buscamos o óleo preciosos ou o orvalho
de Hermom diariamente, visando estreitar os laços que nos ligam ao Pai Celestial.
Para receber as bênçãos Divinas, devemos nos tornar merecedores, precisamos ter um crédito
com nosso Pai, pedir é um direito de todos, mas receber é um mérito de poucos.
Devemos exteriorizar a presença do G.: A.: D.: U.: que está em cada um de nós, se realmente
queremos desbastar a Pedra Bruta até chegarmos à beleza e perfeição da Pedra Cúbica.

(*) Pertencente à Loja Maçônica “Ad Glorian Et Sapientian” Nº 97,


do Oriente de Muriaé(RJ).

16
POR QUE 20 DE AGOSTO É O DIA DO MAÇOM?
Irm:. Bartolomeu Martins dos Santos
Or:. de Parnaíba – PI

Primeiramente, a proposta para a criação do DIA DO MAÇOM foi


levantada pela Grande Loja de Santa Catarina, por ocasião da V MESA-
REDONDA das Grandes Lojas do Brasil (CMSB – Confederação da
Maçonaria Simbólica do Brasil), realizada em Belém, nos dias 17 a 22 de
julho de 1957 e, lá,por sugestão da Grande Loja de Minas Gerais,
escolheu-se o dia 20 DE AGOSTO, que na justificativa: "por ter sido
nesse dia que a Independência do Brasil foi proclamada dentro de um
Templo Maçônico". E assim vários trabalhos de esmerados IIrm:. têm
consignado esta data como sendo o dia do registro da moção de
independência do Brasil de Portugal, lá pelos idos de 1822.
Por certo, os IIrm:. das MMER:. GG:. LL:., apenas compilaram os
registros do Barão do Rio Branco em "HISTÓRIA DA
INDEPENDÊNCIA DO BRASIL", que grafava a Sessão do 20º dia do 6º mês, como sendo
correspondente a 20 de Agosto. O que confundiu o Barão do Rio Branco é que ele considerou o
ano, nas suas análises, iniciando-se em 1º de MARÇO (mais próprio do Rito Francês), enquanto
que o calendário adotado do Grande Oriente Brasílico, era o "Adonhiramita", que segundo Kurt
Prober foi de 1822 a 31.12.1855, com os meses iniciando-se a partir do dia 21, no correspondente
Gregoriano.
Os calendários maçônicos adotados na época obedeciam o sistema hebraico, que contam o
tempo desde o início da Era Cristã e, tanto que nos anos, em Maçonaria, acrescenta-se 4.000 anos.
Historicamente, os hebreus transportaram dos Babilônios (exílio) o calendário usando os
mesmos nomes:

1º mês NISSAN (MAR/ABR)


2º mês IVYAN (ABR/MAI)
3º mês SIVAN (MAI/JUN)
4º mês TAMUZ (JUN/JUL)
5º mês AV (JUL/AGO)
6º mês ELUL (AGO/SET) – 21 de agosto a 20 de setembro
7º mês TISHREI (SET/OUT)
8º mês MARHESSHWAN (OUT/NOV)
9º mês KISLEV (NOV/DEZ)
10º mês TEBETH (DEZ/JAN)
11º mês SHEBETH (JAN/FEV)
12º mês ADAR (FEV/MAR)

Os meses são lunares, dependendo da visibilidade da Lua Nova determina-se a quantidade


de dias. O ano hebraico tem 12 meses lunares e intercala mais um mês (VEADAR) entre NISSAN
e ADAR, o que ocorre nos anos de treze meses para compensar a diferença entre o ano solar e o
ano lunar. O ano civil tem início no mês TISHREI e o ano religioso inicia-se em NISSAN. O
primeiro dia do ano religioso, que começa em NISSAN, ocorre por ocasião da Lua Nova que se
segue ao Equinócio de Março, mas isso é outra abordagem. Afora este parêntese explicativo,
continuemos: O raciocínio então, levando-se em conta que o calendário utilizado na época era o
religioso hebraico, pelo GOB, temos: conforme o LIVRO 1 DAS ATAS DAS SESSÕES DO
GRANDE ORIENTE DO BRASIL, – "Ata da Sessão do 20º dia do 6º mês". Vamos exemplificar– O
6º mês é ELUL, que inicia-se em 21 de agosto e vai até 20 de setembro e, seguindo o
correspondente no calendário Gregoriano teremos a data de 9 de setembro, vide exemplo:

17
AGOSTO SETEMBRO
21 22 23 24 25 26 27
28 29 30 31
01 02 03 04 05 06 07
08 09 10 11 12 13 14
15 16 17 18 19 20
Esclarecemos que na Décima Quarta Sessão, em Assembléia Geral, no dia 9 de setembro (dois
dias depois do famoso Grito do Ipiranga, em São Paulo), ocorreu no Rio de Janeiro, com as Lojas
"Comércio e Artes"; "União e Tranqüilidade" e "Esperança de Niterói" "Sessão Extraordinária,
com o especificado fim adiante declarado, sendo também presidida pelo sobredito 1º Grande
Vigilante Joaquim Gonçalves Ledo, no impedimento do Grão-Mestre José Bonifácio dirigindo do
Sólio, enérgico e fundado discurso, demonstrando, com as mais sólidas razões, que as atuais
políticas circunstanciais de nossa pátria, o rico, fértil e poderoso Brasil, demandavam e exigiam,
imperiosamente, que a sua categoria fosse inabalavelmente firmada, com a proclamação da
nossa independência e da Realeza Constitucional. (...)"
A assertiva de que 20 de agosto foi quando se votou a moção de
independência do Brasil dentro de um Templo Maçônico é menos
verdade, não tem fundamento histórico/documental, conforme vimos –
aconteceu sim esta moção, mas em 9 de setembro de 1822. Portanto,
nossos IIr.: das Grandes Lojas erraram ao justificar, em 1957, que a data
aludia ao referido ato. E ainda notificamos que desde 1923, encontra-se
na BIBLIOTECA NACIONAL DO RIO DE JANEIRO, para quem quiser
pesquisar, a Certidão das Atas do Grande Oriente do Brasil, de 1822, com
o título DOCUMENTOS PARA A HISTÓRIA DA INDEPENDÊNCIA,
VOLUME I, LISBOA – RIO DE JANEIRO, 1923 – A MAÇONARIA E A
INDEPENDÊNCIA. Neste documento, grafa quando se refere à "Acta da
Sessão de 20 do 6º mês Anno 1822" a data correspondente no calendário
Gregoriano como "(9 de setembro)" e ponto final.
Hoje, o 20 DE AGOSTO, DIA DO MAÇOM, é uma efeméride nacional consagrada e, como
tal, deve ser comemorada com toda pompa, pois a Maçonaria em muito contribuiu para a efetiva
emancipação político-social do Brasil e os Maçons de um modo geral devem reverenciar seus
membros responsáveis pelas idéias e as efetivas ações, mas sempre sabedores da verdade
histórica.

18
Viagem ao nosso interior
TRABALHO
D. Villela

O trabalho tem sido ao longo dos tempos fonte de conflitos e sofrimentos dolorosos. Na
antiguidade, os povos derrotados nas guerras eram reduzidos ao cativeiro, permanecendo a
escravidão nos códigos humanos, como atividade lícita, até meados do século XX, quando foi
oficialmente extinta em todo planeta.
É interessante notar, a propósito, que nossa tradição judaico-cristã, ao descrever o começo da
humanidade, apresenta Adão e Eva no paraíso, felizes e despreocupados, dispondo, graciosamente,
de tudo que precisavam para viver. Uma vez expulsos de lá passaram a comer o pão “preparado com
o suor do rosto” (Gênesis, 3: 19), narrativa que reflete a disposição negativa da maioria ante o esforço
a ser despendido para a obtenção de alimento, moradia e utensílios de que necessitamos.
Jesus alterou radicalmente essa visão, sendo Ele próprio carpinteiro e afirmando
categoricamente “meu Pai trabalha até hoje e eu trabalho também” (João, 5: 17), e Seus primeiros
seguidores, oriundos, quase todos, das classes mais humildes, viam a profissão como oportunidade
de serem úteis ao grupo social e traço indispensável à dignidade do indivíduo.
Acerca desse assunto a Doutrina Espírita trouxe valiosa conceituação, informando que a
necessidade de trabalhar é uma lei divina e esclarecendo que toda atividade útil – e não apenas
aquela de caráter profissional – constitui trabalho, o qual, por sua vez, nos proporciona dois tipos de
ganho: proventos materiais, destinados ao nosso sustento, e aquisições espirituais, definitivas, em
termos de experiência e capacitação.
Como entender, então, o aparente paradoxo do sofrimento associado a uma determinação do
próprio Criador? Na verdade não existe tal paradoxo, constatando-se, aliás, a mesma dificuldade,
quanto a outras disposições divinas. Excessos na alimentação, desvirtuamento da sexualidade ou
abusos na liberdade evidenciam nossa relativa inferioridade, que leva muitos a desconsiderar
orientações e advertências acreditando poder agir arbitrariamente, sem quaisquer conseqüências, o
que, conforme sabemos, é uma ilusão, pois, as colheitas do egoísmo e da imprevidência são sempre
amargas.
Embora muito melhores do que há poucos séculos, as condições de trabalho, na atualidade,
passam por um período difícil, com jornadas mais longas, redução de garantias e benefícios e,
sobretudo, desemprego.
O Espiritismo esclarece que as atividades profissionais, com suas características e condições,
faz parte de nossa programação reencarnatória e significa muito mais do que a simples troca de
tempo e habilitação por salário, cabendo-nos utilizá-la como instrumento de progresso, dignificando-
a por meio de nosso esforço e dedicação e caminhando, assim, para a verdadeira concepção de
trabalho, invariavelmente exemplificada pelos Espíritos Superiores, que nele identificam mais uma
oportunidade de servir com Jesus, na extensão do bem.

Publicado no boletim semanal “SEI”, nº 1778 (27/04/2002)

19
HISTÓRIA PURA
ILUMINADOS DE AVINHÃO
Ir.: A. TENÓRIO DE ALBUQUERQUE

O Rito dos Iluminados de Avinhão foi criado em 1776, por José Pernety, beneditino, escritor
ascético, e alquimista de renome. Nascido em Roanne, França, em 1717 e morto em Dome, na França,
em 1801. José Pernety desenvolveu grande atividade através de sua longa existência. Muito moço
ainda, ingressou na Congregação dos Beneditinos de São Mauro. Pouco depois, o enviaram para a
Abadia de Saint Germain des Pres, onde encontrou excelente biblioteca, abundante em preciosos
documentos antigos. José Pernety dedicou-se ao estudo, principalmente da alquimia.
Quando, em 1763, Bouganinville realizou longa viagem pelo Atlântico, e encontrou um grupo
de ilhas a que denominou de Maloines, atualmente Malvinas, José Pernety participou de expedição
como capelão. Deu-lhe a viagem maior soma de conhecimentos e experiência da vida. De retorno, ele
e mais 27 eclesiásticos tentaram a reforma da Congregação dos Beneditinos, para dar-lhe um sentido
mais amplo.
Desgostou-se o beneditino José pernety, por não ter obtido êxito, o seu intento de reformar a
Congregação, e, sem abjurar, abandonou a batina.
Frederico II, rei da Prússia, ofereceu-lhe, e ele aceitou, o lugar de conservador da Biblioteca de
Berlim e a Abadia de Burgell, na Turíngia.
É curioso notar que José Pernety foi convidado pelo rei Frederico II, por um engano. O antigo
beneditino tinha um tio, também como ele, pertencente ao clero, homem de grande cultura, que
publicara várias obras. O rei da Prússia leu alguns trabalhos dele, desejou poder contar com os seus
serviços e escreveu-lhe uma carta. Por engano, a carta foi às mãos de José pernety, que justamente
estava necessitando do emprego.
Frederico II inteirou-se, a seguir, do desencaminhamento da carta mas continuou amparando
José Pernety, que voltou a usar hábitos religiosos.
Na Prússia, José Pernety travou conhecimento com o sueco M. Swedenborg, matemático,
metalúrgico, filósofo, religioso e maçom, um dos homens de maior cultura de sua época, mas que
vivia com a preocupação de reformar tudo, inclusive a religião e a Maçonaria.
Swedenborg supôs ter encontrado o segundo sentido do Evangelho, o espiritual, o situado entre
o material e o divino, e, até então, oculto aos homens. Baseado nisso, criou uma nova seita religiosa, a
que denominou Igreja Celeste de Jerusalém.
Iniciado na Maçonaria, Swedenborg dedicou-se ao estudo da Instituição e julgou, como
conseqüência de suas investigações, que devia modificá-la e criou o Rito Swedenborg.
Quando Frederico II soube que José Pernety se fizera amigo de Swedenborg e aderira às suas
idéias, dispensou-o e deixou de protegê-lo.
José Pernety viu-se obrigado a sair da Prússia e seguiu para Paris, onde o ambiente lhe foi
hostil, principalmente por parte do clero, a cuja frente se colocou o arcebispo. Essa hostilidade foi
resultante de haver José Pernety abandonado o clero e de haver-se colocado a serviço de um monarca
considerado herege.
O ex-beneditino foi, uma vez mais, compelido a viajar, tendo seguido para casa de um irmão no
Delfinado e, depois, para o Avinhão, onde encontrou ambiente propício aos seus estudos, sobretudo
referentes à teosofia e às ciências herméticas. Buscou aprofundar-se e chegou às mesmas conclusões
que Swedenborg, isto é, que a Instituição se relaciona com os mistérios Persas, Egípcios, Judaicos e
Gregos.
Baseado em suas conclusões e de acordo com o conde polonês Grabianca, criou uma seita
teosófica maçônica-hermética, com o título de ILUMINADOS DE AVINHÃO. Conseguiu

20
imediatamente, cerca de cem filiados. As reuniões passaram a realizar-se cercadas de todo mistério
em uma casa de campo, nas proximidades de Bedarrides.
José Pernety desaveio-se com o Conde Grabianca e foi para Montpellier, onde, em 1778, instalou
uma Loja dos Iluminados de Avinhão.
O ambiente era-lhe muito favorável, de vez que Montpellier figurava entre os mais fortes
centros maçônicos da França.
Com elementos de outras sociedades secretas, que a eles se juntaram, entre os quais: Irmãos
Negros, Eleitos Cohens ou Sacerdotes, Duas Águias, Iluminados do Zodíaco e Apocalipse, José Pernety
fundou inicialmente a Academia dos Verdadeiros Maçons, em 1778, que, em 1787, passou a denominar-
se Iluminados de Avinhão, a que se filiaram muitos adeptos, entre os quais o famoso médico de
Paris, Dr. Boileau.
O ex-beneditino José Pernety organizou o Rito dos Iluminados de Avinhão, baseando-se em
muita coisa da Maçonaria.

Era constituído dos seguintes nove Graus:


1º - Aprendiz;
2º - Companheiro;
3º - Mestre;
4º - Verdadeiro Maçom;
5º - Verdadeiro Maçom no Caminho Reto;
6º - Cavaleiro da Chave de Ouro;
7º - Cavaleiro de Íris;
8º - Cavaleiro dos Argonautas;
9º - Cavaleiro do Velocino de Ouro.

As iniciações constavam de provas físicas e filosóficas, que se realizavam por meio de


questionários, através dos quais julgavam da cultura filosófica do candidato.
Aos poucos, a sociedade secreta Iluminados de Avinhão foi declinando, porque os seus
componentes preferiram entrar em Lojas Maçônicas. Era o período de efervescência revolucionária,
fase de influência dos enciclopedistas. No seio das Lojas Maçônicas, preparava-se a gloriosa
Revolução Francesa, que iria alterar o aspecto do Mundo e consagrar os princípios de Liberdade e
dignidade humana, com a CARTA DOS DIREITOS DO HOMEM E DO CIDADÃO.

Extraído Do livro “SOCIEDADES SECRETAS”

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BIOGRAFIA DO MÊS

BRITO (Dr.Joaquim Marcelino de )

Nasce em Salvador, Bahia, no dia 4 de Junho de 1799.


Em companhia de Bernardo de Vasconcelos, Miguel Calmon Du Pin e Almeida e outras pessoas
abastadas, Joaquim Marcelino de Brito é um dos fundadores de uma Sociedade de Beneficência
destinada a criar e educar meninos desamparados( 16/08/1835).
Em 02/05/1846, no 6º Gabinete do Segundo Reinado, liberal, Joaquim Marcelino de Brito
ocupa a pasta do Império.
Em 22/05/1847, passou a pasta do Império a Manoel Alves Branco, futuro 2º Visconde de
Caravelas e Grão-Mestre do Grande Oriente Braileiro.
Grau 33, toma posse, em 25/11/1863, como Grão-Mestre Adjunto Lugar Tenente Sob.: Gr.:
Com.: do Grande Oriente do Brasil. Era obreiro da Loja “18 de Julho”.
Tendo falecido o Barão de Cairú, Grão-Mestre do Grande Oriente do Brail, Marcelino de Brito o
substitui interinamente, em 26/12/1864.
Eleito sucessor do Barão de Cairú, toma posse, em 13/05/1865, do cargo de Grão-Mestre Sob.:
Gr.: Com.: do Grande Oriente do Brasil, tendo como Grão-Mestre Adjunto e Lugar Tenente Sob.: Gr.:
Com.: Francisco José Furtado.
Em 21/01/1867, há o recebimento da carta do Ir.: A. G. Doodall, comunicando que o Supremo
Conselho da Jurisdição Norte dos Estados Unidos, em Nova York, tinha renovado as relações
fraternais com o Grande Oriente do Brail e que o Grão-Mestre Marcelino de Brito tinha sido declarado
Membro Honorário daquele Supremo Conselho.
Tendo o Grande Oriente dos Beneditinos, pressionado pelo Grande Oriente Lusitano Unido,
solicitado as bases para uma União, o Grão-Mestre do Grande Oriente do Lavradio, Marcelino de
Brito, nomeia uma comissão para estudar a modalidade em que se realizaria a fusão. Porém os
entendimentos com a comissão nomeada pelo Grão-Mestre Saldanha Marinho não chegaram a uma
conclusão feliz, nesta oportunidade (09/04/1870).
Faleceu em 27/01/1879, no Rio de Janeiro, aos 79 anos de idade.
Foi Grã-Cruz da Ordem do Cristo, Presidente da Província de Pernambuco, Presidente do
Supremo Tribunal de Justiça durante 24 anos. Demitiu-se por lhe repugnar cumprir o decreto que
aposentava, forçosamente, alguns de seus pares.
Ao deixar o Ministério, em 1847, Marcelino de Brito foi à Bahia vender o engenho que possuía
em Sergipe, herança de sua esposa, a fim de pagar as dívidas, que contraíra para sustentar com
decência a posição de Ministro de Estado para a qual entrara remediado e saíra pobre.

AUGUSTA E RESPEITÁVEL LOJA SIMBÓLICA DE PESQUISAS MAÇÔNICAS DO


ESTADO DO RIO DE JANEIRO “NICOLA ASLAN”

(Fundada em 25/08/1995)
LOJA ITINERANTE
Reuniões trimestrais (meses de : Março,
22 Junho, Setembro e Dezembro)
O NOSSO PLANETA
O MUNDO PRECISA COMBATER MILHÕES DE MORTES CAUSADAS POR SANEAMENTO
INSUFICIENTE.

Vinte milhões de crianças morrerão em países em desenvolvimento nos próximos 10 anos se


governos não tomarem medidas urgentes no combate da crescente crise de doenças preveníveis
causadas por falta de saneamento básico, diz um novo relatório de duas importantes agências de
desenvolvimento britânicas.
O Human Wast Report diz que aproximadamente metade da população do mundo está sem
condições adequadas de saneamento. E aproximadamente 6 mil crianças estão morrendo todos os
dias com doenças como diarréia, por não terem qualquer lugar correto para ir ao toilet e não terem
água limpa. O relatório da Water Aid e Tearfund destaca o fato de que:
• As pessoas sofrem de doenças veiculadas por água ocupam metade dos leitos dos
hospitais do mundo;
• Na China, Índia e Indonésia, duas vezes mais pessoas estão morrendo por doenças de
diarréias do que por HIV/AIDS;
• Na Ásia metade das pessoas está sem saneamento adequado.
O relatório Humam Waste alerta que a crise de saúde tornou-se mais urgente devido a uma
bomba relógio urbana que são os milhões de pessoas que inundam cidades importantes dos países
mais pobres do mundo.
O relatório declara: “as mortes de crianças por doenças comuns são preveníveis. É uma
tragédia silenciosa que se torna pior pela escandalosa falta de vontade política dos governos em
atacar a questão de falta de saneamento”.
Os relatórios da Water Aid e Tearfund diz que os governos estão diante de “uma
oportunidade histórica” que toca o problema das péssimas condições sanitárias na Cúpula Mundial
de Desenvolvimento Sustentável em agosto deste ano. As agências estão pedindo que o Primeiro
Ministro Tony Blair faça pressão por uma ação global urgente, quando participe da cúpula.Stephen
Turner da Water Aids explica que a falta de saneamento e água são engrenagens que conectam ciclos
de doenças e pobreza, em nações em desenvolvimento. “Grandes progressos em relação à redução da
pobreza mundial falharão até que problemas de água e saneamento sejam urgentemente
combatidos”, diz ele. “Ação agora mostrará que nenhum outro trabalho de desenvolvimento é mais
efetivo – em saúde, educação e renda . Um plano de ação global é urgentemente necessário”.
Simples passos resolvem o problema:
• Menos de 15 libras proverão água segura, melhorias de saneamento e educação em
higiene para fazer uma pressão em países em desenvolvimento para a vida;
• A Organização Mundial de Saúde diz que as vidas de aproximadamente dois milhões
de crianças que morrem de doenças relacionadas a água por ano poderiam ser salvas
por prevenção ou melhor tratamento.
Water Aid e Tearfund estão clamando para:
• Os governos promoverem e assegurarem um acordo internacional e um plano de ação
para resolver o número de pessoas sem saneamento básico adequado até 2015;
• Os Governos assegurarem saneamento adequado para todos até 2025;
• O Governo dos Reinos Unidos priorizar saneamento, abastecimento de água e recursos
hídricos em seus fundos de desenvolvimento oficiais, e exigir que outros países
desenvolvidos façam o mesmo;
• O Governo dos Reinos Unidos estabelecer um cronograma para o aumento dos seus
fundos de desenvolvimento oficiais até atingir os 0,7% do PIB acordados pelas Nações
Unidas como alvo. Em 2000, a assistência oficial para o desenvolvimento dos Reinos
Unidos foi de apenas 0,32% do PIB – menos que a metade do alvo.

Fonte: Revista Digital Água Online


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DEPOIMENTO

MANIFESTO
Daniel Bastos, 21 anos, universitário (*)

Mais uma vez é uma enorme honra e júbilo para mim como cidadão brasileiro, participar de
esforços que tentem mudar o atual quadro nefasto e vergonhoso que nos enfiamos (a mando dos
presidentes “marionetes” da vida).
Atordoado pelas políticas entreguistas do Planalto, perturbado pela falta de amor ao Brasil, que os
meus amigos e conhecidos jovens e não tão jovens possuem, desorientado pelo desprezo que as pessoas
têm para com os assuntos de Lesa-Pátria, como a venda de Estatais estratégicas, e outras lapidações como
o sucateamento das polícias num nível geral (PF, PM, e CIVIL), além das Forças Armadas enfraquecidas,
enfim, do desmantelo que as instituições que dão feição ao país sofrem (educação pública, saúde e
segurança), sinto-me esperançoso em ver esforços como o deste grupo, que visa a não destruição da
Soberania já não tão Nacional, mas pelo menos evitar que ela tenha um fim, e que nós sejamos
despatriados pelos hegemonistas.
Peço aos compatriotas confiança em nossas convicções. Peço aos sócios da APADDI fé nos ideais
nacionais. Que sejamos livres em nossas decisões como povo, sem estar sujeitos aos mandos do FMI e dos
outros sórdidos mecanismos internacionais de coação, como a ONU, o Banco Mundial e os G-8 da vida.
Peço serenidade para que possamos expor nossas convicções, sem cair no lugar comum de acusar-
acusar-acusar, como faz o PT, e nada propor. Podemos nos estruturar e até termos voz no Planalto. Antes
um do que nenhum.
Peço fleuma para lidar com os sicofantas de plantão, que mentem mais num dia do que um macaco
pula num ano. Não à conversa fiada de Armínio “FMI” Fraga e do Malan “BM”. Chega de ouvir o
presidente mentir dizendo que “está tudo bem, estamos crescendo” e tudo mais.
Só há fome e violência nas ruas. O povo está com medo. A violência chegou ao limiar da viabilidade.
Não é possível viver com um certo nível de poder aquisitivo. Assim não há como ser feliz. Andar em
carros blindados, para poucos, andar armado, agora é para pouquíssimos, e agora? Mesmo armados,
estaremos com revólveres e pistolas anêmicos cal. 38. Contra o quê? AK-47? AR-15? HKs? Uzis? Teremos
chances?
Espero que possamos, além de expormos nossas idéias, pensarmos em conjunto para resoluções
rápidas e eficazes contra esta turbulência social toda, ou queremos virar uma Colômbia?
É triste ter carro, celular, internet, posses e ver pessoas que não tem nem o que comer, nem onde
morar.
Mas vamos em frente, em marcha! Vamos realizar um trabalho formiguinha, nas nossas famílias,
nos círculos de amizades, disseminando o amor ao chão que nos sustenta, aos braços anônimos que
plantaram e colheram o feijão, o arroz e o trigo que nos alimentou, os campos que deram capim aos bois e
carneiros que nos sustentaram, com carne e derivados do leite, das frutas, dos peixes de nossas costas, aos
milhares de anônimos que acordam ainda escuro e que não merecem o respeito dos senhores do Planalto!
Se houvessem aqui no Brasil 100 mil homens com amor profundo pelo chão que pisam, estaríamos
em diferente situação! Vamos ensinar aos jovens o amor ao piso brasileiro, à terra que há de nos comer!
Chega de intercâmbios, que só servem para lavar da mente dos jovens o que é BRASIL! Abaixo os
estrangeirismos. Abaixo as ONGs marionetes dos hegemônicos. Abaixo a internacionalização da floresta
amazônica. Abaixo o homicídio dos pobres.
“Ou deixar a Pátria livre ou morrer pelo Brasil”.
VIVA O GLORIOSO BRASIL, E QUE DEUS NOS ABENÇOE, POIS INIMIGOS TEMOS
MUITOS, INTERNA E EXTERNAMENTE, MAS NADA DE DESÂNIMO, DE PESSIMISMO, EM
FRENTE, VAMOS MARCHE!!!!
Saudações a todos os patriotas, sinto-me irmão de vocês todos!

(*) Manifesto enviado ao grupo da APADDI(Associação Paulista dos Direitos e das Liberdades)

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