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O PESQUISADOR

MAÇÔNICO
n.º 24 / Maio-Junho/2003
Ano III

EDITORIAL ÍNDICE

Pág. 2
PE atriotismo é uma palavra que, infelizmente, está bastante em
 O que a imprensa
noticiou
desuso nos dias atuais. Pág. 5
A globalização é modernizadora e integra os povos de todo o  Curiosidades
mundo. Mas também nos faz perder um pouco nossa “identidade”. Há
Pág. 7
que se fazer uma boa reflexão e valorizar os bens culturais de nosso
 Para pensar
povo.
Concordo com o ufanismo do nosso Irmão Antônio do Carmo
Pág. 8
Ferreira, quando, no seu excelente livro “A Ordem dos Construtores
 Gr. Dic.Enciclopédico de
Sociais”, nos concita a conhecer melhor a nossa história, e não deixar Maç. e Simbologia
cair no esquecimento os sentimentos patrióticos dos nossos muitos (Nicola Aslan)
Irmãos que trocaram sua liberdade (e até a própria vida) por causas  Biblioteca
nobres como, por exemplo, a Revolução Pernambucana de 1817. Pág. 9
O mundo caminha para o imperialismo de uma só nação, que  Saúde é coisa séria
devemos combater veementemente com todas as forças possíveis, pois  Pílulas Maçônicas
isto não é irreversível ! Pág. 10 à 21
Precisamos exaltar mais nossos sentimentos nacionalistas.  Trabalhos Maçônicos
Precisamos amar (e demonstrar) a pátria em que vivemos, pois,
como afirmou Byron: “Quem não sabe amar sua pátria, não sabe amar
Pág. 22
nada”.
 História pura

Pág. 23
 Viagem ao nosso interior
Carlos Alberto dos Santos/ M...M...
Pág. 24
 Biografia do mês

Pág. 26
 O nosso planeta
O Pesquisador Maçônico Pág. 27
Fundação: Janeiro/2001 • Depoimento
Editor: Ir.: Carlos Alberto dos Santos/M.: M.:
Revisor: Ir.: Ítalo Barroso Aslan/ M.: M.:
Registrado na ABIM sob o n.º 060-J
Informativo Cultural da SOCIEDADE DE ESTUDOS ANTHERO
BARRADAS, e A... R...L...S... Renascimento n.º 08
Rua Nicola Aslan, 133
Braga – Cabo Frio (RJ) e-mail: carlosalberto@cabofrio.psi.br
1
O QUE A IMPRENSA NOTICIOU
MANDA QUEM PODE?

Embora constrangido, o ministro da Defesa, embaixador José Viegas, abriu o verbo na Comissão da
Amazônia da Câmara Federal e revelou que os Estados Unidos não aceitam que o Brasil regulamente a Lei
do Abate, aquela que autorizaria a derrubada de aviões clandestinos no espaço aéreo brasileiro.
Informou que se o Brasil regulamentar a Lei do Abate, os EUA poderão retaliar, impedindo que
importemos equipamentos para o Sistema de Vigilância da Amazônia, o Sivam. A questão é, pois, delicada
e impõe a intervenção diplomática do Itamaraty. O sentimento, na Comissão da Amazônia, é o de que a
Lei do Abate terá de ser regulamentada em honra da soberania nacional. Mas o Brasil deixou furo ao
assinar o acordo do Sivam. Por que não interessa aos americanos que aviões clandestinos não sejam
abatidos nos céus do Brasil? Interessa aos EUA a expansão do narcotráfico para, amanhã, criarem o fato
consumado que lhes permita, por exemplo, administrarem a Amazônia, como advertiu, nesta coluna
,semana passada o general Rubens Bayna Denis?
Mas o ministro é hábil negociador e ajuda o Itamaraty a contornar o problema. Não é de fazer tudo
que seu mestre mandar. Meia vitória, pelo menos, ele acaba de conseguir, com as bênçãos do presidente
Lula da Silva: está melado o acordo de Alcântara, assinado, às pressas, pelo ministro da Ciência e
Tecnologia, Ronaldo Sardenberg, atual representante do Brasil na ONU, no Governo Fernando Henrique
Cardoso.
O acordo foi assinado, mas depende de aprovação do Congresso Nacional. Será rejeitado. A Câmara
tirou o projeto da pauta para ser renegociado e viabilizado, anunciou, aliviado, o líder do Governo,
deputado (PCdoB) Aldo Rebelo.

DRACONIANO
O nefasto acordo com os EUA garante o lançamento de foguete e satélites americanos na Base de
Alcântara, no Maranhão. E impõe a autorização prévia para o acesso de militares, cientistas, auditores
fiscais e qualquer outra autoridade brasileira à base.

PIOR
Esse acordo assinado no Governo Fernando Henrique Cardoso chega a proibir que recursos
financeiros decorrentes do aluguel da Base de Alcântara sejam usados no programa espacial brasileiro.
É afrontoso à soberania nacional. E veda a cessão de tecnologia espacial. Vai ter.

Fonte: JORNAL DO COMÉRCIO de 06/05/2003

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ARGENTINA ABRIRÁ ARQUIVOS SECRETOS SOBRE ATAQUES ANTI-SEMITA

O novo presidente argentino, Néstor Kirchner, decidiu na quinta-feira (06/06) abrir os arquivos dos
serviços de inteligência sobre um ataque a uma associação judaica de Buenos Aires em 1994, que deixou 85
mortos. A decisão pode favorecer a solução do caso.
"Esta é a notícia mais importante que ocorreu nestes nove anos", disse Abraham Kaul, à frente de
uma associação israelita-argentina Amia.
O ataque foi o mais grave da história Argentina e provocou um conflito diplomático entre o país e o
Irã, quando em março o juiz federal que cuida do caso pediu à Interpol a captura de quatro funcionários
públicos iranianos.
"Isso poderá esclarecer a conexão iraniana, as redes exteriores conectadas com a explosão", disse o
titular da Delegação de Associações Israelitas Argentinas (Daia), Alfredo Neuburger.
"A decisão do presidente Kirchner é abrir os arquivos sobre o caso Amia que estão sob a posse da
Side (Secretaria de Inteligência do Estado) e colocá-los à disposição da Justiça", disse o porta-voz
presidencial, Miguel Nuñez.

2
Kirchner, com apenas 10 dias de mandato e a incumbência de sanear as instituições, destituiu a
cúpula das Forças Armadas e da polícia, além de lançar um duro embate contra os magistrados da Corte
Suprema de Justiça.
A Argentina foi palco também, em março de 1992, de um ataque à embaixada de Israel em Buenos
Aires, onde morreram 29 pessoas. O caso ainda não foi resolvido.
A comunidade judaica Argentina é a maior de América Latina e a sétima maior do mundo, com
cerca de 300 mil integrantes.

Fonte: Agencia REUTERS de notícias

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A COMAB INFORMA (I)

A EXCELÊNCIA DA UBAEN

Durante a reunião da ABIM no Recife ocorrida no mês de abril próximo passado, o Grão-Mestre
Octacílio Schüller e o Comendador José Carlos Pacheco coordenaram o módulo do Encontro Cultural
reservado à União Brasileira dos Escritores Maçons. Ambos, grandes pensadores sociais, apresentaram
maravilhosas peças de arquitetura, ensinando as maneiras do bem escrever, encantando a todos os
presentes. As marcas de suas passagens pelo Recife ficaram tintas e inesquecíveis, por tudo de construtivo
e bom que estes dois líderes da Maçonaria brasileira expuseram e dissertaram. Houve o lançamento do
livro “A Ordem dos Construtores Sociais” da lavra do Irmão Antônio do Carmo Ferreira.

Fonte: Informabim- 92, de 15/04/2003

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A COMAB INFORMA (II)

A MAÇONARIA DAQUI A 100 ANOS

Quem ainda não fez, se esforce por fazer imediatamente a leitura do artigo “a Maçonaria daqui a 100
Anos”, de autoria do Irmão Hércule Spoladore, publicado na edição nº 55 da Revista CONSCIÊNCIA,
dirigida pelo competentíssimo jornalista Ademir Batista, Campo Grande / Ministério da Saúde.
Registrada na ABIM.

Fonte: Informabim – 94, de 15/05/2003.

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MAÇONS NEGROS: UMA AGENDA PERDIDA

Carlos Nobre e Mauro Justino(*)

Um dos capítulos memoráveis da história brasileira é a relação da maçonaria com a comunidade


negra. A instituição dos pedreiros-livres teve (e tem) grandes quadros negros. Ela organizou a luta pela
libertação do país em diversos momentos históricos — desde fins do século XVII, quando chegou ao Brasil
— e se fortaleceu institucionalmente ao lutar por mais de 50 anos pela libertação dos escravos .
Este ano, a lei que libertou os escravos completa 115 anos de existência, após ser assinada pela
princesa Isabel sob influência dos ministros maçônicos do Império já enfraquecido pelo ideário
republicano. Para se ter uma idéia, o famoso trio abolicionista do século XIX — os mulatos André
Rebouças, José do Patrocínio e Luiz Gama — era composto de maçons em lojas cariocas e paulistas. Foram
eles que fundamentaram a cultura da libertação dos negros através de artigos, manifestos, atos públicos,
conquista de adeptos para a causa e com discursos inflamados país afora.
Com apoio maçônico, o trio afro-descendente ligou seus nomes definitivamente à causa da
libertação negra. Essa luta contou com a participação, na época, de quase todas as lojas maçônicas
espalhadas pelo país.
3
Considerado um dos pioneiros da engenharia brasileira, Rebouças foi um dos maiores panfletários
da causa negra na antiga Escola de Engenharia do Largo do São Francisco, e criador de vários jornais
abolicionistas.
No mesmo ritmo de Rebouças, o jornalista José do Patrocínio percorria o país conclamando os
irmãos maçons a aderirem à causa da libertação. Já o advogado Luiz Gama, filho de Luiza Mahin, uma das
líderes femininas da Revolta dos Negros Islamizados de Salvador, escrevia poesias e discursos de forte
impacto para fortalecer a causa da libertação.
Tido como mulato, o advogado Rui Barbosa foi acusado de ter ordenado a queima de documentos
referentes às origens dos escravos no Brasil, dificultando, com isso, a recuperação da identidade afro-brasileira.
Barbosa, no entanto, como maçom da Loja América de São Paulo, talvez tenha produzido um dos
documentos mais percucientes do movimento abolicionista. Em 7 de julho de 1868, segundo Tenório de
Albuquerque, na Loja América, onde também pontificou Luiz Gama, Barbosa leu o seu Projeto de
Abolição, cuja cópia foi reproduzida em suas obras completas. Esse projeto, entre outras medidas, previa
que: 1. a maçonaria, dali por diante, deveria lutar pela emancipação do escravo e criar meios para educá-lo
para novas tarefas em nova sociedade, de fundo capitalista, onde o trabalho era assalariado e não escravo;
2. todas as lojas maçônicas atuais e futuras não receberiam tal título se não adotassem a luta pela
emancipação dos escravos; 3. todas as lojas deveriam criar um fundo especial para comprar alforrias de
crianças escravas, e mesmo de adultos; 4. todas as lojas deveriam criar escolas diurnas e noturnas para a
educação dos ex-escravos, como forma de reparação pelo crime do escravismo; 5. a partir daquele
momento, ninguém seria iniciado na ordem se tivesse escravos ou ligação com os traficantes.
Divulgado em outras lojas, o Projeto de Abolição de Rui Barbosa acabou influenciando as demais
unidades maçônicas espalhadas pelo Brasil. No Amazonas, a maçonaria comprou um jornal, assumiu sua
direção e passou a veicular a luta abolicionista através de artigos e estudos. No Ceará, o então governador
maçom Sátiro Dias assinou decreto extinguindo a escravidão naquele estado, em 1884. Era o primeiro
estado brasileiro a libertar os negros quatro anos antes da Lei Áurea, que acabou sendo decretada a 13 de
maio de 1888, após intenso trabalho dos abolicionistas.
Uma das indagações mais intrigantes, hoje, é saber por que não vingou a agenda reformista dos
maçons negros e de outros abolicionistas na sociedade brasileira — isto é, por que não houve a reforma
social prevista por Barbosa, Rebouças, Gama, Patrocínio, Nabuco de Araújo, Pimenta Bueno, Eusébio de
Queiroz e outros nomes de destaque das lutas sociais do século XIX. Todos esperavam que após 1888, o
Estado brasileiro iria implementar as políticas previstas pelo movimento abolicionista; mas o que foi
implantado diferiu completamente do estabelecido na agenda dos maçons negros.
Passados 115 anos da libertação, a situação da comunidade negra permanece inalterada. A agenda
dos maçons negros foi perdida, e urge reencontrá-la. Essa agenda pedia que fossem implementadas para o
ex-escravo a reforma agrária, educação integral, criação de centros de saúde, políticas especiais para
crianças, qualificação da mão-de-obra, desenvolvimento comunitário — reivindicações tão comuns, hoje,
que parece fora de foco retomar a discussão dessas antigas pautas reformistas que vivem nos assustando.

(*)Respectivamente, professor da PUC/RIO e sociólogo


(**) Artigo publicado no O GLOBO de 15/06/2003

Alfredo P. Cunha
Cirurgião Dentista – CRO 4679
Dr. Wagner Buono
Glaicy M. Cunha Ginecologista e Obstetra
CRM 52.27620-8
Periodontia e Endodotia –

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(tarde)
CURIOSIDADES

A SACERDOTISA MINOANA

P or 3 600 anos, essa jovem bonita de


vinte e poucos anos foi uma
desconhecida para a história. Para sair
Graças às técnicas atuais de reconstituição facial, sa
bemos hoje como era a sacerdotisa. Dona de belas feições,
ela tinha entre 20 e 25 anos quando morreu. Prova-
do anonimato, ela teve de esperar seus ossos serem velmente vestia vestidos longos e coloridos, passava ruge
desenterrados na ilha de Creta, na Grécia. Mas, no rosto, usava brincos, colares, braceletes e tornozeleiras.
quando entrou em cena, se tornou protagonista de Tudo indica que teve um papel religioso importante e
uma das maiores descobertas arqueológicas de todos que, como outras mulheres minoanas, participou ati-
os tempos e acabou revolucionando o que se sabia vamente da vida social de Creta. Para compensar o azar
sobre a avançada civilização minoana, que durou de de ser atingida por um desabamento, teve a sorte de ha-
2600 a.C. a 1000 a.C. Jamais saberemos como foi sua bitar uma ilha idílica, cercada por águas cristalinas, reple-
vida ou mesmo qual era seu nome, mas isso não ta de palácios e de manifestações artísticas sofisticadas.
importa muito. Sua fama se deve às circunstâncias Mas ela também teve suas dificuldades. Apesar de ser
extraordinárias de sua morte. jovem, tinha osteoporose e anemia, o que tornava sua pele
A sacerdotisa morreu durante uma cerimônia, mais clara e fazia com que ficasse cansada facilmente. E,
quando o templo onde estava foi derrubado por um nos dentes, acumulou uma grande quantidade de tártaro,
terremoto. Ela foi esmagada ao lado de um homem, o que a deixava com mau hálito. Ninguém é perfeito.
encontrado com as mãos para cima, numa tentativa
de se proteger. Ambos estavam em frente a um altar,
usado pelos minoanos para sacrificar touros. Outra Os minoanos não tinham
pessoa foi encontrada no corredor, por onde
carregava um vaso pintado com a figura de um touro,
exército e todos os seus
usado para oferecer aos deuses o sangue de animais deuses eram mulheres
sacrificados. O vaso deveria ser deixado na sala do
fim do corredor. Não deu tempo. Antes de chegar lá,
ele também foi atingido, deixando o vaso se espatifar
e o sangue se misturar ao dele no chão. Em seguida, o
templo foi tomado pelo fogo e coberto de cinzas.
Logo que o casal de arqueólogos gregosYannis e
Efi Sakellarakis começaram a escavar as ruínas do
templo, em 1979, ficou claro que a cerimônia havia
começado com os primeiros sinais do terremoto. O
sacrifício animal era comum entre os minoanos para
acalmar os deuses. Por isso, quando desenterraram os
ossos que estavam sobre o altar, em frente à
sacerdotisa, todos pensaram que encontrariam os
restos de um touro. Surpresa. Era uma quarta ossada
humana. Avítima era um jovem de 18 anos e 1,6o de
altura. Ao seu lado estava uma faca de bronze de 40
centímetros, ainda afiada.
Até então, todos consideravam os minoanos um
povo pacífico. Ao contrário dos gregos, pelos quais
foram dominados, eles não tinham exército,
preferindo gastar o tempo com pinturas, esculturas e
joalheria sofisticada. Construíram cidades que tinham
até sistema de esgoto e adoravam apenas deusas —
não havia nenhuma divindade masculina. Suas
mulheres andavam de peitos de fora.
Os minoanos foram eternizados pela mitologia
grega com a lenda do Minotauro, pela qual o rei
Minos atirou a um monstro com cabeça de touro sete
rapazes e sete moças virgens de Atenas. Até essa
descoberta arqueológica, os historiadores achavam
que a história do Minotauro era pura ficção e que não
havia sacrifícios humanos na ilha.

5
IRINEU MANOEL DE FIGUEIREDO
- Um Exemplo de Irmão-

Recém empossado como Venerável Mestre de sua Loja-Mãe, a ARLS AMIZADE FRATERNAL
II, do Oriente de Cabo Frio / RJ (pertencente à Grande Loja do Rio de Janeiro) pela 7ª vez o Irmão
Irineu Manoel de Figueiredo é um bravo e zeloso maçom.
O Irmão Irineu nasceu em 29 de julho de 1925, na cidade de São Pedro da Aldeia (RJ) e é filho
de Manoel Antônio de Figueiredo e Teresa Antônia de Jesus.
É uma pessoa de extrema gentileza no trato com as pessoas, de comportamento ilibado, seja
dentro da Ordem ou no mundo profano, onde ao longo dos seus 78 anos soube cultivar inúmeros
amigos e simpatizantes, seja em sociedade ou no trabalho; podemos afirmar, sem medo de errar, que
mesmo antes de ser Iniciado na Maçonaria, sua conduta já era de um maçom, ao contrário de muitos
“maçons de avental” que conhecemos por aí a fora.
Saindo de sua cidade natal, veio (com apenas 6 meses) para Cabo Frio, de onde nunca mais
saiu, sendo sua cidade “de coração”, vindo a residir durante muitos anos no bairro do Peró.
Profissionalmente, possui Carta de Mestre Arraes para as Áreas de Cabo Frio e Rio de Janeiro,
tendo sido, durante muitos anos, Capitão de Pequena Cabotagem, tendo trabalhado principalmente
no pequeno e inseguro navio “EVA”, onde, além da destreza, tinha que demonstrar diuturnamente
nas cansativas viagens toda sua tenacidade e maestria.
Iniciou-se na ARLS AMIZADE FRATERNAL II em 23 de março de 1955; foi Elevado em 04 de
dezembro de 1955; e Exaltado em 26 de março de 1956.
Apesar das dificuldades que a vida lhe impôs, encontrou tempo para se dedicar à Maçonaria,
vindo a ocupar praticamente todos os cargos em sua Loja, culminando com sua Instalação em 07 de
julho de 1979.
Foi Venerável Mestre nos períodos: 79/81; 81/82;84/85;88/89;97/98 e 2003/2004 (atual).
Por ocasião do Centenário da sua Loja (26/09/1996), teve o privilégio de ser o Venerável em
exercício.
Saúde , meu Irmão!

6
PARA PENSAR
MENINO DE RUA
Fábio Henrique Ramos (*)

Sou pequeno e pouco desenvolvido, acho que é porque como quase só pão. Mas as pessoas ainda
assim têm medo de mim. Afastam-se temerosas quando me aproximo. Nos carros, os vidros se fecham,
como que por encanto, quando me vêem. Aprendi a usar este poder e várias vezes já consegui que me
dessem dinheiro ou outros objetos. É só fechar a cara e os grandes tremem, dando-me o que quero. Não dá
para entender! Mas é claro que os cacos de vidro em minhas mãos devem ajudar a convencê-los!
Deito-me nos passeios, comendo alguma coisa, ou circulo entre os carros, testando minha perícia em
desviar-me deles, enquanto passam em alta velocidade. Às vezes, penso que se algum carro me pegasse
seria melhor. Isso tudo acabaria.
É, esta vida é tão ruim, tão seca! Meus companheiros me agridem por qualquer coisa e me tomam o
que eu consigo, se lhes interessa. Não há amizade! Fazem-me lembrar do homem que morava com minha
mãe. Só me batia e dizia palavras ásperas, que me cortavam por dentro, enquanto me fitava com ódio. Um
dia fugi dele e de tudo aquilo. Mas fiquei sem minha mãe, único ser que já me afagou e dirigiu palavras de
carinho.
Sinto-me tão só! Queria fugir de novo, mas para onde? Já cheirei cola e delirei por horas seguidas,
mas era ruim, como um sonho louco. E, ao voltar a mim, lá estavam de novo as pessoas com seus
semblantes frios passando, os carros que não param (para onde eles vão?) e a fome.
Ah!, a fome! Aquela queimação por dentro, te corroendo o estômago! Dá vontade de roubar, de
matar, de fazer qualquer coisa para acalmar a maldita. Se peço, dão-me só pão duro, seco. Uma vez,
quando ainda vivia com minha mãe, lembro-me de que ela fez uma comida quentinha. Tinha arroz, feijão,
batata e até salsicha! Que delícia! Mas depois, nunca mais senti o prazer de comer algo com cheiro,
acabado de fazer na hora.
Um dia vi pela janela de uma casa uns meninos, assim do meu tamanho, brincando de videogame.
Pareciam tão felizes! Sorriam despreocupados do que iam comer naquele dia, ou onde iam dormir.
Depois, entrou uma dona lá no quarto e os beijou e falou com eles com tanto amor que me enchi de
vontade de ter aquilo também. Então, pulei a grade do jardim e me aproximei da janela para sentir tudo
mais de perto. Não sei que idéia maluca foi aquela, mas eu fui atraído por aquela cena. A mulher se
parecia tanto nos gestos, com minha mãe! Eu queria fazer parte, por uns minutos que fosse, daquela
reunião de onde se irradiava tanta energia, tanto afeto!
Mas o primeiro menino me viu e arregalou os olhos em minha direção, incapaz de emitir um som,
tamanho o seu pavor. Olhei para trás, assustado, procurando a razão de todo o seu medo, mas nada vi.
Compreendi, mais tarde, que eu era a razão . A senhora começou a gritar desesperada, acompanhada dos
meninos, e logo surgiu pela porta de entrada da casa um homem alto com alguma coisa na mão. Não deu
tempo de ver o que era, somente sei que ele bateu forte com aquilo na minha cabeça e tudo se escureceu à
minha volta.
Não senti mais fome, nem dor, nem frio. Fiquei muito tempo numa espécie de anestesia, vendo
somente vultos e mal compreendendo o que se passava em torno de mim. Quando recobrei totalmente os
sentidos, vi-me deitado em uma cama muito limpa, com flores lindas em vasos nos cantos do quarto, e
uma suave música dava-me uma deliciosa sensação de bem-estar. Depois de alguns minutos, entrou no
quarto uma enfermeira muito agradável, que, sorrindo, pegou em minhas mãos e disse muito
naturalmente:
_ Acabou meu filho! Você está livre! O estágio foi concluído.
_ Como assim moça?
_ Você retornou à sua verdadeira vida, deixando no mundo seu corpo perecível, com todas suas
dores e necessidades.
_ O quê?
_ Isso mesmo, querido, você morreu!

(*) Artigo publicado na revista O REFORMADOR, edição de Fev/2003.


(**) Colaboração do nosso Ir.: “Matusalém”, da Loja de Estudos e Pesquisas Maçônicas “MONTES DE SIÃO”.

7
GRANDE DICIONÁRIO ENC. BIBLIOTECA
DE MAÇONARIA E
INICIAÇÃO À MAÇONARIA
SIMBOLOGIA ADONHIRAMITA - APRENDIZ
Ir.: Alexandre Magno Camargo(Melkisedek)
NICOLA ASLAN
Em 15 de Abril último, foi lançado
oficialmente o primeiro livro de uma série de três
MERCABAH– Palavra hebraica significando (COMPANHEIRO e MESTRE são os outros dois
carro, que é o veículo pelo qual age desta trilogia, que já estão, respectivamente,
Nahamasch, princípio espiritual do homem. pronto e em fase final de acabamento).
Tal como a conhecemos hoje, a Cabala Trata-se de um livro em que o Irmão
compreende duas grandes partes. A primeira Melkisedek, com bravura e ousadia, procura
constitui uma espécie de chave baseada sobre preencher uma lacuna existente na Maçonaria
a língua hebraica e capaz de numerosas
Adonhiramita, sendo um marco e um referencial
aplicações; a segunda expõe um sistema
para todos os maçons ávidos de saber e aprender
extraído analogicamente destas
considerações técnicas. sobre o Rito em questão.
Na maior parte dos tratados sobre esta A seguir, damos a seqüência e composição
questão, é designada, sob o nome de Cabala, dos três capítulos de que se compõe este primeiro
tão somente a primeira parte; a outra estando livro:
desenvolvida nos livros fundamentais da 1º Cap.: História da Maçonaria, incluindo
doutrina. um sumário de origem e graus dos 6 Ritos
Estes livros são em número de dois: 1º - o praticados no Brasil;
Sefer Yetsirah, isto é, o Livro da Formação, 2º Cap.: Simbolismo do Grau de Aprendiz
que contém, sob a forma simbólica, a história Adonhiramita, elaborado de um modo objetivo e
do Gênesis MAASSEH BERESCHIT. 2º - o
prático, contendo diversas ilustrações para
Sefer há-zohar, ou seja, o Livro da Luz, do
auxiliar o novo Aprendiz na elucidação dos
Esplendor que contém igualmente, sob forma
simbólica, todos os desenvolvimentos temas;
esotéricos sintetizados, sob o nome de 3º Cap.: Reflexões Maçônicas, temas
História do carro celeste: MAASSEH diversos que não apenas esclarecem o novo
MERCABACH. Aprendiz a respeito da filosofia, costumes e
É ao simbolismo que é preciso relacionar as princípios maçônicos, mas sugerem a forma dos
duas cabalas dos judeus, a cabala Mercabah e trabalhos que apresentará em Loja. Inclui temas
a cabala Bereschit. A cabala Mercabah fazia como: Iniciação Antiga e Moderna, Landmarques
penetrar o judeu iluminado nos mistérios – origem e interpretação, Harmonia, São João de
mais profundos e mais íntimos da essência e
Jerusalém, A Lei do Silêncio, O Manuscrito
das qualidades de Deus e dos anjos; a cabala
Régius, Cabala, Antimaçonaria e outros;
Bereschit mostrava-lhe na escolha, no arranjo
e nas relações numéricas das letras, Anexos:resumo bibliográfico de alguns
exprimindo as palavras de sua língua, os personagens menos conhecidos que
grandes desígnios de Deus e os mais altos influenciaram a Maçonaria – incluindo Saint
ensinamentos religiosos que nela Deus tinha Victor e o Barão de Tschoudy etc.
colocado. Este excelente livro poderá ser adquirido
Para conhecer os ensinamentos da Mercabah, pelo e-mail: agazetamassonica@terra.com.br ou
é necessário primeiro a Bereschit e, para isto, pelo tel.: (11) 6605.9302 ou 6608.3544(fax).
é preciso conhecer o alfabeto hebraico e os
mistérios de sua formação. Editora A GAZETA MAÇÔNICA

8
SAÚDE É COISA SÉRIA
BOCA SECA

Conhecida entre os médicos como xerostomia, a sensação de boca seca é causada pela diminuição
ou espessamento da saliva. Os sintomas típicos variam do aumento da sede até uma sensibilidade
maior da língua e da boca, acompanhada de uma dificuldade para mastigar e deglutir os alimentos.
Boca seca crônica aumenta o risco de problemas nos dentes, como cárie, gengivite e doença
periodontal, podendo também causar mau hálito. A boca seca é um problema comum entre os idosos,
pois o fluxo salivar diminui naturalmente com a idade. Pode surgir ainda em decorrência de uma
doença ou como efeito colateral de drogas ou radioterapia.Das doenças que acarretam o problema, a
síndrome de Sjögren é a mais comum, afetando aproximadamente 4 milhões de pessoas. É uma
disfunção auto-imune na qual um processo inflamatório destrutivo ataca os tecidos que costumam
segregar líquidos. Além da boca seca, o indivíduo experimenta o ressecamento dos olhos, do nariz e do
trato vaginal. A síndrome de Sjögren freqüentemente acompanha outros problemas auto-imunes, como
artrite reumatóide, lúpus e esclerodermia. Para lidar coma a boca seca, mantenha os lábios úmidos com
uma simples pomada, como vaselina. Também são vendidos nas farmácias diferentes tipos de fórmulas
de saliva artificial que Incluem sprays, gotas e ungüentos. Beba bastante líquido para aliviar os
sintomas da boca seca. Aumente a salivação consumindo líquidos amargos, como limonada. Beber
líquidos quentes, chupar limão e balas azedas sem açúcar ou mascar chicletes sem açúcar pode
estimular a salivação, além de tornar mais fluida a saliva já existente. Coma muitos alimentos com alta
concentração de líquidos, como frutas e sorvetes e cremosos como pudins. Reduza o consumo de
carnes secas, especialmente de vaca, porco e carneiro, biscoitos e pães secos, bananas e outros
alimentos que podem grudar na boca. Evite álcool e cafeína, alimentos condimentados e ácidos.

Colaboração do Ir.: Wagner Buono/M.: M.: (*)


(*) Membro da ARLS RENASCIMENTO Nº 08

PÍLULAS MAÇÔNICAS

• O “Recueil Precieux de la Maçonnerie Adonhiramite”, que se constitui na obra-prima do Rito


Adonhiramita, editado em 1787, por seu autor o Barão de Tschoudy, o criador do referido
Rito, tem edição em português, traduzido pelo Ir.: Rômulo de Araújo Lins, de Campina
Grande /PB;
• O Círculo é o símbolo universal do infinito, do universo, da totalidade – “o olho de Deus”.
É também a representação do sol, como símbolo universal.;
• Os Ritos Moderno e Adonhiramita possuem Ppal.: de Passe, no Grau de Aprendiz, ao
contrário dos outros Ritos.

Colaboração do Ir.: ANTHERO BARRADAS/ M.:M.(*)


(*) Membro da ARLS RENASCIMENTO N º 08

9
TRABALHOS MAÇÔNICOS
CABALA
Ir.: Jerônimo José Ferreira de Lucen\ (*)
Divisão:

Ao lado da Thorah existe uma tradição destinada a explicá-la e compreendê-la. Esta tradição está
alicerçada basicamente em dois pontos:
1. Tudo que se refere ao corpo material da Thorah é denominado de Massorah, que é o conjunto
de certas regras fixas sobre a maneira de se ler e escrever os textos do Livro Sagrado.
2. Tudo que se refere ao espírito do texto Sagrado. Subdivide-se em:
• Lei – determina as relações sociais do povo entre si, entre vizinhos e entre a Divindade;
• Doutrina Secreta – conjunto de conhecimentos teóricos e práticos pelos quais se pode
conhecer as relações entre Deus, o Homem .
Os comentários à leitura dos textos Sagrados foram transcritos sob o nome de Thalmud e se
subdivide em cinco partes:
1. Mishnah, são as tradições dos profetas referentes às festas, ao matrimônio, às oferendas e às
purificações;
2. Ghemarah, é um compêndio de jurisprudência;
3. Midrashim e Targumim, comentários e paráfrases;
4. Thosiphthah, são suplementos;
5. Assim como a Massorah forma o corpo da Tradição, tratando de tudo o que se refere à parte
material da Thorah, o Thalmud representa a vida, por seu objetivo a jurisprudência, os
costumes, as cerimônias e as relações sociais.
A Cabala é a alma ou o espírito da Tradição; é a sua parte religiosa e filosófica. Segundo os antigos, a
Escritura Sagrada tem quatro formas de interpretação:
1. Pashut, é o sentido literal ou histórico (corresponde ao átrio do Templo e ao corpo físico);
2. Remmez, é o sentido alegórico, ou uma idéia sob forma figurada (corresponde à região dos
altares de sacrifícios e à psique);
3. Derush, é o sentido moral (corresponde ao Lugar Santo e à Alma);
4. Sod, é o sentido místico ou metafísico (corresponde ao Santo dos Santos e ao Espírito).
Vejamos a disposição dos oficiais em Loja, em concordância com a Árvore Sephirot:

KETHER
Coroa
Venerável (Júpiter)
BINAH
CH
OCHMAH
Sabedoria...............................................................................................Inteligência
Orador (Sol) Secretário (Lua)
GEBURAH TIPHERETH
CHESED
Força/Beleza.........................................................................................Graça
Tesoureiro / M.: Cerim.: Hospitaleiro (Mercúrio)
HOD
NETZAH
Vitória.....................................................................................................Glória
1º Vigilante (Marte) 2º Vigilante (Vênus)
IESOD
Fundamento
Experto (Saturno)
MALKUTH
Reino

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Cobridor

Onde, de acordo com o esquema sephirótico podemos imaginar um homem deitado de costas, no
Templo, a sua cabeça é o Venerável; seus braços, o Orador e Secretário; suas mãos, o Tes.: e o Hosp.:; suas
pernas e pés, os dois Vvig.:.
Quando se trata de Macro e Microcosmos, podemos visualizar o Templo como sendo Universal,
unindo-se em linhas retas, o Ven.: , Orad.:, Sec.: e os dois Vvig.: teremos o Pentagrama ou estrela de cinco
pontas; se adicionar mais um ponto, o Cob.:, teremos a estrela de seis pontas, ou o Selo de Salomão, que
nada mais é do que dois triângulos com os seus ápices invertidos, o ápice para cima significa o plano
Espiritual, o ápice para baixo, o plano material.
O Venerável é Júpiter, o Mestre dos Céus; nele domina a Sabedoria. KHETER – A coroa – o primeiro
caminho, chama-se Inteligência Admirável, ou Oculta, pois é a Luz que concebe o poder da compreensão
do Primeiro Princípio, que não tem começo. É a glória Primordial, pois nenhum ser criado pode alcançar-
lhes a essência, O Altíssimo.
O Primeiro Vig.: é Marte, deus guerreiro, cujo Vigor e Força devem ser inflexíveis. HOD – A
Sabedoria – chama-se Inteligência Iluminadora. É a Coroa da Criação, o Esplendor da Unidade, que a
iguala. É exaltada sobre as cabeças, e os cabalistas a chamam de “A Segunda Glória”, Pai Cósmico, o
princípio masculino. A sabedoria ou o conhecimento ilimitado, o princípio ativo, encabeça a coluna
JACHIM ou BOHAS no templo de Salomão, ou o pilar da Misericórdia.
O Segundo Vig.:, é Vênus, a doce bela, é a Graça, é o oposto de Marte que é a força masculina; os
dois se completam. NETZACH – Vitória – Chama-se Inteligência Oculta porque é o esplendor refulgente
das virtudes intelectuais percebidas pelos olhos do intelecto e pelas contemplações da fé. Encabeça a
coluna JACHI ou BOAHAS no Templo de Salomão.
O Orador é o Sol; domina Júpiter enquanto planeta; é o Guardião da Lei; em casos particulares,
domina o Venerável. CHOCHMAH – é a Severidade, ou a Justiça, o árbitro do Desperdício, a Lei, a Ética ,
o rigor divino.
O Secretário, a Lua, reflexo do Sol, registra fielmente tudo que emana do Orador. BINAH –
Fundamento – Chama-se Inteligência Pura, porque purifica as Emanações. Ele prova e corrige o desenho
de suas representações e dispõe a unidade em que elas estão desenhadas, sem diminuição ou divisão.
Mestre de Cer.; - TIPHERET – a Beleza – Chama-se a Inteligência Mediadora, pois nele se
multiplicam os influxos das emanações, fluindo essas influências para todos os reservatórios de bênçãos
com que se unem. O coração da Árvore da Vida. Nele a Luz se transforma em amor irradiante e este na
vida.
Hospitaleiro – CHESSED – Misericórdia – Chama-se Inteligência Coesiva ou Receptiva, porque
contém todos os poderes sagrados, dele emanando as virtudes espirituais com as suas essências mais
requintadas. Tais poderes emanam uns dos outros por virtude da Emanação Primordial.
Tesoureiro – GEBURAH – Entendimento –Chama-se Inteligência Santificadora, Fundamento da
Sabedoria Primordial, chama-se também Criadora da Fé, e suas raízes são o Amém. É a mãe da fé, a fonte
de onde emana a fé; a mãe cósmica, o princípio feminino, a compreensão ou a Razão. O conhecimento
limitado, o princípio passivo, encabeça a coluna BOHAS to Templo de Salomão, ou o pilar da Severidade
(Justiça).
O Cobridor externo –MALHUTH - é Mercúrio, o mensageiro dos deuses; é ele quem anuncia ao
Cobridor Interno os IIr.: que vêm se apresentar e que pedem admissão.
O Cobridor interno, é Saturno, o deus prudente; é ele que anuncia a presença daqueles que ele
julgou dignos de adentrar ao templo. IESOD – Reino – Chama-se Inteligência Resplandescente, porque é
exaltado sobre as cabeças e tem por assento o trono de BINAH. Ele ilumina os esplendores de todas as
Luzes, fazendo emanar a influência do Príncipe dos Rostos, o Anjo de KETHER.

(*) Fonte: O ESQUADRO E O COMPASSO.

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NA TRILHA DAS CATEDRAIS


Irm. Antônio do Carmo Ferreira (*)

Lá pelas raias do século V, a Europa civilizada invadida por legiões de bárbaros que vieram do norte
e haviam implantado os seus costumes, dentre eles o predomínio da madeira na construção das moradias
e de outras edificações. Durante mais de cinco séculos, essa presença marcante foi mais que suficiente para
11
levar a pedra ao total esquecimento, varrendo do elenco de atividades a referente ao trabalho com aquele
material, ao mesmo tempo em que florescia o ofício de carpinteiro. (1)
Com o advento da Idade Média e o reacendimento da fé cristã, urge a construção de igrejas, que
fossem mais amplas, mais claras, mais sólidas e duradouras, quem sabe até de arquitetura semelhante a
mãos postas em oração, com seus dedos voltados para o céu... Ao contrário das construções existentes, arte
dos bárbaros, de espaço exíguo, sem concessão à claridade natural, e sujeitas a uma existência curta diante
da ação dos cupins e do fogo...
Grande foi a contribuição dos mosteiros, neste particular, pois haviam guardado os segredos do
trato das edificações, tendo a pedra como matéria principal. Seus monges os teriam gravado, em noites e
noites indormidas, à média luz das velas, ao escreverem suas histórias da arquitetura. A retomada deste
tipo de edificações coube aos próprios monges, que se encarregaram disto, eles mesmos construindo. E
depois, em face da crescente demanda, passaram estes conhecimentos para os leigos. Mas a reativação das
atividades com a pedra deve ter sido muito difícil, porque, a esse tempo, não se sabia mais nem onde
localizar as boas pedreiras, imaginem encontrar quem soubesse trabalhar com aquele material de
construção.
O estilo gótico foi o ápice das exigências de então: amplitude de vão para acomodar multidão de
fiéis; iluminação natural e aí a introdução dos lindos vitrais; a solidez que ignorava o tempo. Estava pronto
o mundo dos majestosos palácios e das majestosas catedrais.
Construindo para a Igreja catedrais, sobretudo estas, é que se batizou e se desenvolveu o ofício dos
trabalhadores da pedra e, com eles, suas corporações. Homens iletrados, é verdade, mas nem por isto
desprovidos da sensibilidade da arte, capazes da geração de tanta beleza. Diz-se que o francês Victor
Hugo, que valorizava bastante o seu ofício de escrever, ao visitar uma daquelas catedrais se expressara:
“elas são livros de pedra”. Nem precisava dizer mais que isto, pois eram elas uma beleza inenarrável que
as mãos dos freemasons haviam levantado para a eterna admiração da humanidade. Foi, em sua
construção, que a Maçonaria Operativa se expandiu e alcançou o apogeu.
Todavia, estas catedrais que expressaram o fausto das nações e a acuidade da fé como seu povo se
ligava a Deus, elas mesmas assistiram um dos mais decadentes períodos da história do homem civilizado.
Os séculos XVI e XVII serão lembrados pela Reforma Luterana e o surgimento do Aglicanismo, cujos
impactos imediatos foram de fragilização religiosa e de incitante agravamento dos costumes. A leitura da
história é de que a guerra fratricida fora de tal ordem que quase se dizimou a população masculina. (2)
Foi o tempo de grandes pensadores e de suas escolas, como Hobbes, Locke, Bossuet, Leibniz,
Spinoza. Cada qual com suas idéias e seguidores, querendo encontrar, com o exercício da inteligência e de
sua liderança, um caminho, palmilhando o qual pudesse o povo europeu reconciliar-se com a paz, o saber
e a prosperidade.
A opção pela vida impôs e estimulou o surgimento de uma cruzada que tivesse como penhor a
redenção dos costumes, inclusive a liberdade religiosa. Este movimento ensejou o aparecimento, já de
contornos totalmente definidos, (3) da Maçonaria Especulativa, integrada por homens livres, de bons
costumes, que não fossem estúpidos ateus nem libertinos irreligiosos, dotados da plasticidade bastante
para a convivência em união.
No comecinho do século XVIII, ela estava posta, na Inglaterra. O seu documento jurídico básico, a
“Constituição” de Anderson, dada a lume em 1723. Teria na Maçonaria Operativa o seu ancestral.
Contudo os seus integrantes não cortariam pedras. Cada um deles cuidaria de lapidar-se a si próprio,
porque teriam no exemplo e na ação um grande desafio – dali em diante, não seriam mais edificadores de
catedrais, e sim construtores sociais.

NOTAS:
1. Nicola Aslan, História Maçonaria, capítulo “Breve Introdução”. Editora Maçônica A
TROLHA, Londrina/PR.
2. Octacílio Schüler Sobrinho, Cadernos de Pesquisas Maçônicas nº 19, capítulo “Gênesis da
Maçonaria Especulativa”, Editora Maçônica A TROLHA, Londrina/PR.
3. Desde junho de 1600 que a Maçonaria começou a adotar quadros que não eram pdreiros. Isto
se deu através das Confrarias que pertenciam aos “operativos” e cuidavam da assistência e
das realizações sociais e religiosas. A motivação para participar da Guilda era diferente para
o pedreiro e o que não exercia o ofício. Também os seus perfis sociais eram profundamente
diferentes. Sobre este assunto, remeto o leitor ao capítulo “maçons especulativos” do livro
“Maçonaria, História e Filosofia” do escritor Ambrosio Peters, Curitiba/PR.

12
(*) Presidente da ABIM (Associação Brás. De Imprensa Maçônica)

O PADROEIRO
Ir.: ANTHERO BARRADAS/ M.: I.: (*)

São João da Escócia é considerado o padroeiro da Maçonaria, não obstante ser este santo um
personagem nebuloso, sobre o qual reina completa obscuridade histórica e religiosa, uma vez que não
consta o seu nome da hagiologia da Igreja Católica.
Na realidade, o verdadeiro padroeiro da Ordem Maçônica é o São João Batista, que foi o primitivo
patrono do “Colégio dos Artífices de Roma”, o qual, ao ter seu prestígio abalado por lutas internas,
fragmentou-se em várias outras agremiações, dentre estas as Confraternidades Maçônicas (na Itália), os
Irmãos maçons da França e os Francomaçons (da Inglaterra), mais conhecidos como “Confraternidades
de São João” (com a supressão do “Batista”), chegando ao ponto de, no século X, o nome de “São João”
passar a ser sinônimo de “maçom”.
Como o São João Batista, padroeiro do primitivo “Colégio dos Artífices de Roma”, após a crise
deste, passou a ser nomeado apenas de “São João”, pelas diversas confraternizações surgidas e com a
união da “Confraternidade dos Maçons Escoceses”, surgiu o “São João da Escócia”, com o “da Escócia”
acrescentado ao nome do antigo São João (Batista).

(*) Ir.: pertencente ao quadro da ARLS RENASCIMENTO Nº 08, do Oriente de Cabo Frio

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BARTOLOMEU FAGUNDES – O Padre Maçom.

Ir.: ANTHERO BARRADAS / M.: M.: (*)

Ao longo dos anos em que a Igreja vem hostilizando a Maçonaria com atitudes de perseguição
e represálias, têm ocorrido episódios que muito enobrecem e dignificam a nossa Ordem, como o
protagonizado pelo Irmão Vigário BARTOLOMEU FAGUNDES.
Nascido em 8 de setembro de 1815, no Município de Canguaratema, Rio Grande do Norte, o
Vigário Bartolomeu da Rocha Fagundes, foi criado na cidade de Natal, capital da Província. A
formação recebida de seus pais forjou-lhe o caráter, dando-lhe a característica que marcou a sua
conduta de homem reto, obediente, disciplinado, cumpridor de seus deveres.
Cursou o Seminário de Olinda e recebeu o sacramento da Ordem em 1839, aos 24 anos de
idade. Suas excelsas qualidades de caráter e o modo afável no trato, rapidamente o tornaram credor
da estima e elevado conceito perante seus superiores. Em pouco tempo já era coadjutor da Igreja de
N.ª S.ª da Apresentação, padroeira da Cidade de Natal, e logo a seguir elevado a seu Vigário. Por seu
amor ao próximo e seu trabalho incansável junto aos pobres, angariou o respeito e carinho de seus
paroquianos, aos quais assistia orientando-os, aconselhando-os, além de ensinar-lhes as letras – um
condutor de homens e de almas.
Seu pai, homônimo, era maçom filiado à Loja Sigilo Natalense, na qual tinha o nome simbólico
de “Talleyrand”, o que certamente influenciou na formação maçônica do filho, que foi Iniciado na
Loja Simbólica Conciliação, do oriente de Recife, tendo posteriormente se filiado à Loja Simbólica
Sigilo Natalense, de Natal, com o nome simbólico de “Guilherme Tell”. Em 1836 passou à Loja “21 de
Março”, onde exerceu o Veneralato desde sua fundação (1836) até 1877, quando passou ao Oriente
Eterno, em pleno exercício do mandato.
O Vigário Bartolomeu Fagundes, paralelamente à responsabilidade assumida como Sacerdote
de Deus, ao fazer-se maçom, avocou para si um ônus maior – o de construtor de uma sociedade de
“Homens Livres e de Bons Costumes”, preenchendo suas funções de Venerável Mestre com a mesma
dignidade hierárquica, abnegação e zelo com que se houve à frente de seus deveres sacerdotais. O
13
acirramento da disputa de poder entre o Governo Imperial e a Igreja, que ficou conhecido como
“Questão Religiosa”, levou D. Frei Vital Maria Gonçalves de Oliveira, Bispo de Olinda, a suspender
as Ordens do Vigário Bartolomeu, pelo fato de ter este se recusado a abjurar a Maçonaria. Este
incidente teve grande repercussão, resultando no afastamento entre Igreja e Maçonaria, até então, em
convivência pacífica, a despeito da Bula Papal “Quanta Cura”, e foi motivado pelo excesso de zelo dos
dois prelados, D. Marcelo Costa e D. Vital, respectivamente, Bispos do Maranhão e de Olinda, os
quais, por conseqüência, tiveram suas prisões decretadas por D. Pedro II.
Para alguns, ficou a impressão de que a atitude do Imperador fora em solidariedade à
Maçonaria, em razão de ter seu pai, D. Pedro I, pertencido a nossa Ordem, da qual chegou a ser Grão-
Mestre. Na verdade, a prisão foi motivada pelo fato de os referidos prelados terem, em nome da
encíclica “Quanta Cura”, ferido dispositivo da Constituição do Império que, em seu artigo 102, §
14,outorgava ao Imperador a faculdade de reconhecer ou não a validade e aplicação às normas
emanadas da autoridade Eclesiástica.
Ao terem aqueles prelados determinado intervenção na Igreja em ordens leigas (Loas
Maçônicas), paralelamente a uma série de proibições de realizações de atos litúrgicos da Igreja em
comemorações Maçônicas, feriram a dignidade da Nação, e obteve do Imperador a mais veemente
repulsa.
As prisões somente foram levantadas após rumoroso processo, com a participação do Duque
de Caxias – o Pacificador, também maçom – que teve dificuldades para demover o Imperador, da
decisão de manter presos os dois Bispos, para cumprimento da pena que lhes fora imposta pelo
Tribunal.
Passemos aos fatos que originaram toda a questão e que revelou o excepcional caráter do
Irmão Bartolomeu.
Intimado pelo Bispo D. Vital a comparecer à sede do Episcopado de Olinda, distante de Natal,
sede de sua Paróquia, cerca de 297 Km (somente possível em lombo de cavalo), ali foi o Vigário
exortado por seu superior a abjurar a Maçonaria, de forma amistosa porém incisiva.
De regresso a Natal, o Vigário Bartolomeu recebeu as homenagens da Irmandade, e, a seguir,
presidiu Sessão Solene na Loja 21 de Março, que chegou aos ouvidos da Sé de Olinda, o que levou o
Bispo D. Vital a interpretar a fato como um ato de rebeldia. Através de correspondências, chegaram a
exortá-lo a escolher entre a Maçonaria e a Igreja, sob ameaça de suspensão de suas Ordens. Eis o teor
da resposta do insigne Irmão Vigário Bartolomeu:

“Exmo. e Revmo. Sr.:


Respondendo ao ofício que V. Excia. teve a bondade de dirigir-me,
determinando-me que declarasse pelos jornais que não pertenço
mais à Maçonaria, permita V. Excia. Revma. que, com todo
respeito que devo ao meu Prelado, lhe dizer que a dignidade que
todo homem de bem deve a todo custo procurar manter e o
juramento que expontaneamente prestei, quando fui admitido
àquela associação, me impedem de fazer a declaração ordenada por
V. Excia. Revma. Uma semelhante declaração imposta numa
abjuração ou perjúrio e não há de ser no último quartel de minha
vida que hei de cometer um perjúrio, muito principalmente contra
a Associação cujos fins humanitários são de sobejo conhecidos.
Quando conferenciei com V. Ecia. Revma. que tenho 34 anos de
vida pública, a qual em consideráveis sem manchas, graças a
Divina Misericórdia, não podia, sem quebra de minha dignidade
pessoal e sem lançar uma nódoa em minha reputação de homem de
bem, abjurar da Maçonaria, ao que V. Excia. Revma. se dignou
anuir. Portanto, V. Excia. Revma. permitirá que eu continue em
meu propósito, sem que com ele eu tenha em vista desobedecer às
ordens do meu Prelado, a quem tributo todo o respeito e
acatamento.
14
IN CRISTO JESU
Pe. Barolomeu Fagundes.”

(*) Ir.: pertencente ao quadro da ARLS RENASCIMENTO nº 08, do Oriente de Cabo Frio
O VENENO DO ÓDIO NO SER HUMANO
Ir Walter Molk Segato (*)

O orgulho, a vaidade, o egoísmo e a intolerância são sentimentos para os quais o maçom deve estar
sempre atento para evitá-los por serem geradores do ódio.
O ódio é uma deformidade mental. Nada o faz voltar tão rapidamente ao pó de onde você veio do
que a exterminadora paixão que é o ódio.
Ninguém é tão forte que seja capaz de odiar violenta e longamente. Porque o ódio consome aquele
que odeia. E muito mais depressa do que aquele que é odiado.
Assim como os altos fornos podem derreter os metais mais duros, também as labaredas do ódio
podem deformar o espírito mais forte.
Você borda o seu caráter, um ponto por vez. Cada ação toma o seu lugar no molde de sua vida. Se o
efeito final for algo de simétrica beleza, ou uma enredada porção de fios, arrebentados e feios, depende
apenas daquilo que você põe no fabrico de sua vida. O ódio e outras emoções negativas podem empurrar
seu braço a cada ponto que você dê, dificultando e estragando o bom acabamento de sua obra.

DE QUE MANEIRA MEDE-SE UM HOMEM NA LIBERTAÇÃO DO ÓDIO

O homem que não pode zangar-se é um fraco. Porém aquele que domina os ímpetos da raiva, esse é
valente, um verdadeiro gigante. O grau de controle que um indivíduo pode exercer sobre si mesmo, suas
animosidades e ódios, isso é o que determina o seu valor.
Um velho provérbio diz que “os pequenos homens odeiam, os grandes perdoam”.
Os holandeses possuem um ditado que se compara a este: um jarro pequeno esquenta logo.
Embora, às vezes, o ódio domine mesmo os homens mais sábios, ele aprofunda as raízes naqueles
que, consciente ou inconscientemente, estão empenhados em sua auto-destruição. O ódio foi muito bem
escrito como auto-punição ministrada pelas almas mesquinhas. Está impresso na personalidade deles. É
como as rugas na sua face.
O ódio não se manifesta necessariamente em atos declarados. Há olhares de ódio que apunhalam e
abafam o grito do assassino. As palavras também podem ser letais. Como uma gota de cianureto de
potássio num copo de água cristalina, o ódio pode converter simples palavras em veneno mortal.
Em geral, o ódio manifesta-se de quatro maneiras: atos agressivos, palavras ofensivas, desconfiança
e inveja.

ATOS AGRESSIVOS

A agressão pode manifestar-se tanto nos pensamentos, como nas obras. Podem desabar sobre você
como uma tormenta repentina que encobre o céu ensolarado. Já mencionamos, previamente, que a
vingança é um modo de descarregar o poder emocional acumulado. Entretanto, não é um bom meio,
porque é baseada no ódio.
O homem preocupado com a vingança é um homem inquieto, cujo poder de raciocínio se torna
fraco. Ele sonha com uma vingança maior do que o mal que lhe foi causado, ou que sua imaginação
fantasiou. Sua mente divaga, vai até o excesso. Imagina ver seu inimigo morto, falido nos negócios e na
vida, sem afetos, abandonado pela esposa, na miséria, enfim.
Os mesmos pensamentos se repetem, rápidos como as balas de metralhadora e o dominam por
completo. As forças fisiológicas P. E. (ponto de equilíbrio) excitam a exigência de uma válvula de escape,
que dirigidas contra o inimigo podem levar à destruição, induzindo a vingativas represálias – cada vez
maiores. Este círculo de vinganças e desforras pode intensificar-se de tal forma que o resultado seja uma
grande tragédia. Entretanto, o ódio vingativo espalha um veneno que pode destruir aquele que o abriga,
haja ou não um clímax dramático.

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A agressão, geralmente, vai além do pensamento de ódio: vai até a ação que fere o inimigo. É como o
troar de arma rancorosa, que vomita balas de ódio e de vingança.
Em geral, a agressão é um atentado grosseiro para assegurar a atenção que o agressor imagina lhe
ter sido negada.

PALAVRAS OFENSIVAS:

As palavras transmitem emoções, tanto pelo sentido como pela entonação usada ao expressá-las.
O namorado diz à sua querida:
- Não posso viver sem você!
Cinco anos depois, casado com ela, diz:
- Você não aprende nunca a fazer um bom café?
O poder negativo destas palavras ásperas destrói a linfa camaradagem que ele edificou. São cinco
anos de amor esquecidos pelo ódio de um minuto.
Palavras enraivecidas são como o sopro do fole para o fogo que se extingue, reavivam as brasas do
ódio. Elas o tornam tão incoerente como o homem que amaldiçoa a chuva que faz crescer o seu alimento.
Palavras impacientes são na realidade uma forma de ódio. Elas, em si, parecem sem importância,
porém, pela repetição, finalmente desgastam ternas relações, estimulam emoções infelizes em ambas as
partes que sofrem sua influência..
A raiva não é a evidência de um caráter forte. A maior parte dos seres humanos são capazes de ficar
irados. As palavras ásperas indicam que você não sabe o que fazer com a sua raiva e como utilizá-la em
seu favor. Você é como uma fábrica de produtos químicos que, precisando despojar-se da fumaça
venenosa, lança-a ao vento, sem importar-se com seus efeitos destrutivos.

DESCONFIANÇA:

Sempre que o sereno companheirismo entre você e alguma outra pessoa é perturbado, a
desconfiança tende a surgir. Ela provém, com freqüência, de um desentendimento que induz à dúvida e à
suspeita. Se você nunca viu a outra pessoa, ou se ela pertence a outro círculo de relações, a desconfiança
vem mais facilmente do que a confiança.
Os passos entre a desconfiança e as palavras ásperas, ou os atos agressivos, parecem lógicos, quando
em verdade eles são completamente ilógicos e nada recomendáveis na solução dos problemas.
Encabeçando a lista de desconfiança está a intolerância. É uma droga mental, composta de medo e
ódio, cuidadosamente agregados pelos pais e outros membros da sociedade. A intolerância pode ser tão
indiscriminada como um incêndio na floresta, consumindo tudo a sua frente. Rara é a vez em que um
homem intolerante não esteja em apuros.
Quando você viaja num trem carregado de ódio, você se encaminha para um descarrilamento
nalguma curva da estrada.
Não confie em sua desconfiança.

INVEJA:

Às vezes, o ódio é um pervertido tributo à superioridade de outrem. É fácil ficar tão curvado sob o
peso excessivo da bagagem da inveja, que o fardo pareça intolerável. Nesta situação bastante estranhável,
em vez de tentar aliviar a carga, a reação normal é a de ferir e destruir o objeto da inveja, reação essa que
acrescenta maior volume ao fardo psicológico.
A inveja pode surgir entre duas criaturas que se estimam, arruinando então a amizade entre elas.
Como uma serpente enrodilhada no fundo de uma toca, a inveja fica de tocaia em cada um de nós, sempre
pronta para enterrar suas garras nas relações humanas.
O crime é uma das emoções de ódio acrescido de alguns elementos do medo. Quando você é preso
em seu redemoinho, que luta insana é preciso para fugir !

O ÓDIO PODE TORNAR-SE EM HÁBITO DA PERSONALIDADE:

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Algumas pessoas formam o hábito de reagir com ressentimento a quase todas as coisas que
acontecem. Se você se oferece para auxiliá-las, acham que você está interferindo; se não o faz, você não se
importa com elas. Se tem um golpe de sorte, acham que ainda é pouco; se não tem sorte, alguém tem
culpa. Se um amigo é promovido, é que ele teve sorte; se é rebaixado, ele o merecia.
Levam-se anos para formar o hábito de pensar assim. Felizmente, é possível formar hábitos de
pensar construtivamente, mas esses também precisam de muitos anos para desenvolver-se.
Para acharmos a diferença, tomemos alguns incidentes que podem acontecer a qualquer um de nós.
Então descobriremos as reações positivas e negativas que, finalmente, poderão tornar-se um padrão, um
hábito de personalidade.
Ao ser despedido do emprego:
Negativa – “O patrão tem seus protegidos. Eu me vingarei”.
Positiva – “Que poderá esta experiência ensinar-me que me auxilie no próximo emprego?”
Na infelicidade de perder um filho:
Negativa – “Como Deus pode fazer isto para mim?”
Positiva – “Aceito a vontade de Deus acima da minha.”
Ao ser atingido por uma enfermidade:
Negativa – “O destino me pregou uma peça.”
Positiva – “Aprenderei como viver com ela.”

Estes incidentes são mero exemplos de conduta, os quais, isoladamente, não formarão hábitos
negativos ou positivos. Entretanto, se repetidos continuamente, em alguns anos farão parte dos hábitos da
pessoa.
Obedeça ao princípio de que, se você reagir de forma negativa repetidas vezes, é certo que
desenvolva maus hábitos para sua personalidade.
Todos nós conhecemos criaturas assim. Seus amigos as evitam. As novas relações logo cansam e
também desaparecem.
Elas são infelizes, sejam as reações negativas de ressentimento (uma forma de ódio), ou timidez
(uma forma de medo).

FAÇAMOS UM AUTO-EXAME DE CONSCIÊNCIA E PEÇAMOS PERDÃO:

Já vimos que sua culpa pode ser aliviada, se alguém que você ofendeu o perdoar.
Igualmente, o seu perdão dispensado a alguém apagará o ódio que essa pessoa lhe inspira. De modo
certo você ataca e foge de seu problema ao mesmo tempo. Seja qual for, pois, a situação externa, o
problema verdadeiro – ódio – está em você.
O ato de perdoar o remove, pois tira um fardo psicológico de cima de você. Isso pode também
aliviar o fardo da culpa daquele que o ofendeu.
A Bíblia, com sua profunda sabedoria, diz: “Perdoai-nos as nossas dívidas, assim como nós
perdoamos aos nossos devedores”. Jesus, ao sugerir esta sentença como parte da oração diária, estava
defendendo um dos maiores métodos de cura de todos os tempos.
O perdão, concedido livre e espontaneamente, dá-lhe o brilho da elevação da alma, assim como o
diamante cintila em contraste com o vidro. E, tal como o diamante, permanecerá uma jóia a luzir entre o
tesouro de suas memórias.
Os verdadeiros antídotos do ódio, na realidade, são o amor e o perdão.

QUERIDOS IRMÃOS:

Peço que não considerem estas palavras como um trabalho apresentado, e sim como uma mensagem
de otimismo, para que cada um de nós possa evitar as desavenças e incompreensões que às vezes ocorrem
em reuniões de nossa Ordem, as quais provocam ódio e descontentamento entre os maçons.
Tivemos a felicidade de adentrarmos em uma associação de homens sábios e virtuosos, que se
consideram Irmãos entre si e cujo fim é viver em perfeita igualdade, intimamente ligados por laços de
recíproca estima, confiança e amizade, estimulando-nos uns aos outros na prática das virtudes.
As maiores virtudes de um Maçom são a Tolerância, a Compreensão e o Amor.

(*) Artigo publicado na Revista ASTRÉIA, de Jan/Junho de 1979.


17
INFORMAÇÃO RELEVANTE

A A.R.L.S. RENASCIMENTO Nº 08, do Oriente de Cabo Frio, possui uma pequena farmácia, com
remédios de “amostra grátis” que são doados por IIr.: médicos do quadro da Loja, para serem oferecidos a
quem precisar, seja Irmão, familiar ou mesmo pessoas conhecidas e necessitadas.
Divulguem esta informação e, se possível, contribuam para o incremento desta micro– farmácia.
O RITO ADONHIRAMITA
Ir.: Humberto Bertola de Almeida (*)

1 - As Origens:

Como já é sabido atualmente, graças aos esforços de arqueólogos, antropólogos e historiadores, as


bases filosóficas da Ordem Maçônica já existiam há cerca de, pelo menos, três milênios antes do início da
era cristã. No Egito antigo praticava-se algo muito próximo da Maçonaria, no que concerne as suas bases
filosóficas.
Os mais antigos registros autenticamente maçônicos que conseguiram salvar-se da destruição pelo
tempo, pelas catástrofes naturais e sociais e pela necessidade de ocultar a prática da Maçonaria frente às
perseguições ideológicas promovidas pelas religiões e doutrinas filosóficas exclusivistas, bem como pela
atuação das tiranias políticas, denominam-se “antigas obrigações (OLD CHARGES)” ; algumas datam dos
séculos VII e VIII da era cristã.
Em 337 A. D. o imperador romano Constantino, próximo da morte, converte-se ao cristianismo; em
391 A. D., o imperador Teodósio proíbe o funcionamento das ordens filosóficas e iniciáticas não
aprovadas pela Igreja Católica, então já triunfante em todo o Império Romano. Nessa época, a demanda de
mão de obra qualificada para a construção de templos católicos (e, mais tarde, para construção de castelos
de senhores feudais), já era intensa, sendo os artesãos construtores (arquitetos, mestres de obra, oficiais e
aprendizes) muito respeitados, por necessários; o caminho natural dos membros das ordens proibidas foi
juntar-se aos construtores e arquitetos, talvez como uma forma de retorno à Escola Pitagórica, que
prosperou na Grécia centenas de anos antes, onde o estudo e a prática de ciências físicas, mormente da
Geometria e da Matemática, mesclava-se ao estudo da Filosofia e da Metafísica, com forte tempero de
esoterismo oriental. Já desde 287 AD, o imperador romano Cauracius estruturara a Corporação dos
Construtores em todo o Império Romano, nos moldes de uma ordem iniciática, talvez temeroso de que os
bárbaros que assolavam o Império pudessem apoderar-se de seus conhecimentos técnicos (construção de
estradas, pontes, aquedutos, etc.)
No século IX (880 AD), a Corporação dos Construtores tomou forma regular como corporação
Maçônica Operativa em todo o reino da Inglaterra; o Príncipe Edwin, filho do Rei Eduardo da Inglaterra,
foi designado Grão-Mestre da Corporação. Esta corporação era dividida em “reuniões parciais” (equipes
de trabalho) denominadas lojas (lodges), todas dependentes da sede geral em York, que funcionava como
uma Dieta (Parlamento) e alocava às lojas as obras encomendadas; os obreiros eram admitidos por
Iniciação e recebiam instrução técnica e filosófica, ascendendo gradualmente aos postos superiores. Desde
então, as corporações de ofício cresceram em número e diversidade de profissão em toda Europa
medieval; sua força era inconteste, graças à manutenção dos segredos técnicos que, possivelmente, eram
transmitidos pelos artesãos judeus que as lideravam, os quais guardaram tais segredos por centenas de
gerações, desde o antigo Egito, via Israel e Judá.

2 – A Estruturação da Maçonaria Especulativa:

Com o fim da Idade Média européia, a liberdade de pensamento aumenta e, pelo menos para os
nobres e os burgueses – habitantes livres das cidades, que exerciam profissões prestigiadas, geralmente
membros de alguma corporação de ofício – a pressão ideológica exercida pela Igreja já não era tão intensa.
No início do Renascimento europeu, a Maçonaria Operativa (leia-se corporações de arquitetos e
construtores) encontrava-se em declínio cultural e estagnação técnica – a artilharia tendia a inviabilizar os
castelos e o dinheiro escasseava, carreado para o comércio atacadista. Daí, a natural abertura da Maçonaria
Operativa para os que buscavam novas perspectivas de conhecimento, mesmo sem serem artesãos.

18
No decorrer dos séculos XV, XVI e XVII, foram criadas várias “Lojas Mistas” – isto é, que praticavam a
Maçonaria Especulativa, juntamente com as atividades tradicionais específicas das corporações de ofício a que
pertenciam; a grande maioria dos membros arrivistas eram nobres, não só por serem pessoas mais
intelectualizadas, como também para garantia contra a perseguição da Inquisição Católica, sempre atenta aos
desvios ideológicos da Doutrina (o patrulhamento ideológico é bem mais antigo que a invenção das ONGs).
No início do século XVII (1717 AD), foi fundada a primeira organização maçônica centralizada – a
Grande Loja da Inglaterra – em moldes modernos. Quatro anos após (1721) o Pastor Metodista James
Anderson consolida as “OLD CHARGES” conhecidas, numa “Constituição Maçônica Universal”,
denominada “LANDMARKS” (limites); A Constituição de Anderson foi publicada e aprovada em 1723,
passando a ser o parâmetro para o exercício maçônico em todas as Lojas da terra, como até os dias de hoje.
Mais tarde, foram elaboradas várias outras constituições, basicamente idênticas, em suas linhas mestras.
Na época, praticavam-se vários Ritos nas Lojas, os quais vinham desde a Idade Média, resguardados pelas
Corporações de Ofício. Tais Ritos, como por exemplo o de “KILWINNING”, o de “CLERMONT”, o de
“HEREDON” etc., deram origem aos Ritos atuais, num processo permanente de realimentação e síntese, a
partir do século XVIII; a expansão da quantidade de Graus de cada Rito foi um processo paralelo,
chegando aos atuais 33 Graus no século XIX (1801, para o REAA).
Em 1758, o “Conselho dos Imperadores do Oriente e do Ocidente” – órgão máximo normativo da
Maçonaria Especulativa de então – resolveu promover uma grande reforma ritualística, face ao
obsoletismo dos ritos então praticados e à confusão reinante;foram então elaborados novos ritos, como o
“RITO ESCOCÊS PRIMITIVO” com 25 Graus, que é a base do REAA atual e do “RITO MODERNO” (ou
Francês). Também, no mesmo ano de 1758 nasceu o “RITO ADONHIRAMITA”, com 12 Graus, em
decorrência da reforma direta do Rito de “HEREDON”. O criador do Rito Adoniramita foi o Barão de
Tschoudy, então membro do Conselho e um estudioso das origens da Maçonaria; em seu entender, a lenda
de Hiram aplica-se a Andoniram e não àquele. Seu “Registro Precioso da Maçonaria Adonhiramita”
(Recueil Precieoux de la Maçonnerie Adonhiramite) contém o ritual e o catecismo (questionário de
perguntas e respostas) dos quatro primeiros Graus, os rituais de abertura e fechamento das Lojas, as
instruções para as “Lojas de Mesa”, as saudações obrigatórias e as eventuais e os deveres dos Oficiais da
Administração da Loja, bem como petições, reclamos etc. Foi redigido em 1757, com dedicatória a “todos
os maçons instituídos”.

3 – O Rito Adonhiramita na Maçonaria Brasileira:

O Rito Adonhiramita foi o primeiro Rito praticado oficialmente no Brasil, já que, se houve antes
Lojas fundadas aqui, foram espúrias ou filiadas às potências estranhas ao universo luso-brasileiro. Em 17
de Junho de 1822, a LOJA COMÉRCIO E ARTES, fundada legalmente em 1815, sob os auspícios do
Grande Oriente Lusitano, praticando o Rito Adonhiramita, como em Portugal, desmembrou-se em mais
duas Lojas; há indícios de que, desde 1802, o Rito Adonhiramita vinha sendo praticado na Loja “UNIÃO”,
do Rio de Janeiro, fundada sob os auspícios do Grande Oriente da “Ille de France (Paris)”. Quando do
desmembramento da Loja “COMÉRCIO E ARTES”, foram criadas as Lojas adonhiramitas: “UNIÃO E
TRANQÜILIDADE” e “ESPERANÇA DE NICTHEROY” – essas três Lojas são ainda hoje as decanas do
Grande Oriente do Brasil que, por sinal, também foi fundado naquele mesmo dia de 17 de junho; na
ocasião, foi eleito (por aclamação) como primeiro Grão-Mestre, o Irmão José Bonifácio de Andrada que,
aliás, aceitou o grão-mestrado mas não compareceu à sessão de fundação, designando seu Delegado para
tomar posse em seu lugar; como Primeiro Vig.: (atualmente, Grão-Mestre Adjunto) foi aclamado Joaquim
Gonçalves Ledo, que presidiu a maioria das sessões seguintes.
No decorrer do século XIX, o Rito Adonhiramita foi sendo suplantado gradualmente pelo Rito
Moderno (ou Francês), mais simples e menos místico, e pelo Rito Escocês Antigo e Aceito, que detém hoje
mais de 80% das Lojas do GOB e das demais potências atuantes em nosso país (o grifo é da redação).
No decorrer do século XX, houve um ressurgimento relativo do interesse pelo Rito Adonhiramita,
havendo atualmente mais de trezentas Lojas que o praticam, só no âmbito do GOB. Aliás, o Rito
Adonhiramita só é praticado atualmente no Brasil, sendo o “Excelso Conselho da Maçonaria Adonhiramita”
a única potência legal do rito, em toda a Terra. Em 1973. o Excelso Conselho reformulou os graus filosóficos
do rito, ampliando-o para 33 Graus, como o REAA. Os três primeiros Graus, a exemplo do que ocorre em
todos os demais ritos, são jurisdicionados e administrados pelo Grande Oriente do Brasil.

19
4 – A Ritualística do Rito Adonhiramita:

Os rituais maçônicos de um modo geral, e independentemente dos ritos praticados, contém


elementos de misticismo, religiões, metafísica, dados históricos e também místicos de antigas civilizações.
O estudo das origens da ritualística em geral, é denominado GNOSE (em grego, conhecimento). O Rito
Adonhiramita, além das etapas comuns aos demais ritos, caracteriza-se por diferenças que, atualmente, lhe
são exclusivas. São elas:

• O Templo:
O templo Adonhiramita tem a dimensão proporcional de uma vez a largura para 1,618 o
comprimento (proporção áurea) e a abóbada celeste totalmente contida no ocidente; as doze colunas
zodiacais não são previstas na decoração do templo; o acesso ao oriente é feito por quatro degraus; o
piso do oriente é totalmente branco e a parede do oriente, atrás do altar do Venerável, é um
segmento de circunferência, para permitir a circulação por trás do altar; no oriente, além do altar do
Venerável, existem o altar do Orador (à direita de quem entra), do Secretário (à esquerda de quem
entra), o altar dos Juramentos (onde está o Livro da Lei), o altar dos Perfumes, que fica do lado do
altar do Orador e o altar da Chama Sagrada, do lado do Secretário. A parede mais oriental, cônica, é
revestida com o RETÁBULO – símbolo do rito – entre duas meias colunas. No retábulo vê-se o sol
com 32 raios, a lua, 7 estrelas e acima de todas as figuras citadas, “O OLHO QUE TUDO VÊ”,
contornado por 36 raios. Sobre o assento do Venerável e sob o dossel, o DELTA SAGRADO.
• A Iniciação:
O ritual de iniciação do Rito Adonhiramita possui dois momentos inexistentes em outros ritos, quais
sejam: A TRAIÇÃO e a TENTAÇÃO, e a cerimônia final da CÂMARA ARDENTE. Tais cerimônias,
de grande beleza cênica e elevado valor moral, encontram-se descritas no ritual de Aprendiz do
Rito Adonhiramita.
• Os Trajes:
O traje adonhiramita é obrigatoriamente preto, com camisa social branca, gravata branca e chapéu
preto de abas abatidas; nas sessões magnas, a gravata branca é do tipo “borboleta”; nas sessões de
graus filosóficos o chapéu é substituído por um solidéu. Não é permitido o uso de balandrau ou
vestimentas de outra cor. Em Loja, os mestres sempre portam espadas e todos usam luvas brancas
em qualquer sessão.
• A Reanimação da Chama Sagrada:
A chama, acesa em seu altar próprio, representa o Criador em seu Templo, que é o homem, sua
imagem e sua criatura. Antes do início dos trabalhos, o Mestre de Cerimônias, acompanhado pelo
Arquiteto, pelo Segundo Experto, pelo Mestre de Harmonia e pelo Cobridor Interno, adentram à
Loja e dirigem-se ao oriente. O Mestre de Harmonia e o Cobridor Interno postam-se em seus lugares
de trabalho e os três primeiros formam um pálio em triângulo, frente ao altar da Chama Sagrada,
que é acesa com acendedor próprio. A partir desse momento, o templo torna-se a morada do GADU,
e, por isso, um local sagrado.
• A Procissão de Entrada:
Avivada a Chama Sagrada, o Mestre de Cerimônias deposita o acendedor no altar e retira-se com
outros dois que formam o pálio, permanecendo no templo, em trabalho, o Mestre de Harmonia e o
Cobridor Interno. O Mestre de Cerimônias organiza então três filas de IIr.: (uma para a coluna do
norte, outra para a coluna do sul e uma terceira, ao final das outras duas, para os IIr.: que vão
ocupar o oriente). Em qualquer grau, a marcha é aberta com o pé direito e a posição das colunas é
inversa ao REAA. O giro é no sentido dos ponteiros do relógio, a partir da entrada, porém o trânsito
em Loja segue normas específicas do rito. As posições do Orador e do Secretário são invertidas, com
relação ao disposto no REAA;os cumprimentos em direção ao oriente são sempre pelo sinal do grau
ou pela vênia, caso o Ir.: porte algum instrumento de trabalho.
• O Giro em Loja:
O trânsito dentro do templo representa o movimento aparente do sol em relação à Terra, no decorrer
de um ano terrestre; dessa forma, inicia-se com o pé direito, em direção ao lado esquerdo de quem
olha do lado de fora da entrada do templo, segue até o limite entre o ocidente e o oriente, sobe pela
direita no oriente, passa por trás do assento do Venerável, de frente para o Retábulo e de costas para
as costas do Venerável, retorna pelo lado esquerdo no oriente e desce novamente ao ocidente pela
20
direita, em direção ao alinhamento entre as colunas J e B. Dessa forma o deslocamento é no sentido
horário, quando se está no ocidente e anti-horário quando se está no oriente.
• A Incensação do Templo:
Estando os IIr.: posicionados em seus lugares e, após os anúncios ritualísticos iniciais, o Mestre de
Cerimônias procede à incensação do templo. Para tanto, dirige-se ele ao altar dos Perfumes e toma o
turíbulo, já devidamente abastecido com brasas vivas e inicia a cerimônia pelo Venerável que, ao se
lhe apresentar o turíbulo, nele coloca três pitadas de incenso. A cerimônia é longa e minuciosa,
comportando 21 balançadas do turíbulo, com dizeres específicos a cada ato. Terminada a cerimônia
de incensação, o Mestre de Cer.: procede ao acendimento das velas dos altares das Três Luzes da
Loja, entregando-lhes o acendedor, a cada um por sua vez e na ordem hierárquica. Finalmente o
Mestre de Cer.: deposita novamente o acendedor no altar da Chama Sagrada. A iluminação da Loja
com suas lâmpadas elétricas rotineiras é feita em sincronia com o acender das velas.
• As Batidas Argentinas:
Estando finalmente a Loja preparada para o início da sessão, o Venerável pergunta que horas são e,
nesse momento então, o Cobr.: Interno faz soar 12 badaladas lentas, de modo que a seguinte só soe
ao findar a reverberação da antecedente. Após, os ttr.: são iniciados, segundo o ritual de cada grau.
No fechamento da Loja o processo é idêntico ao de abertura, porém no sentido inverso; só não há
incensação novamente.
• O Codinome Adonhiramita (nome histórico):
É tradição do Rito Adonhiramita fornecer ao iniciando um codinome, pelo qual passa a ser nomeado
entre os IIr.; em Loja. Tal prática perde-se na noite dos tempos e, além de representar um método
seguro de incognicidade no mundo profano, em épocas de perigo para a Ordem, também objetiva
mostrar admiração por algum personagem da história maçônica ou profana; por exemplo, o Ir.:
Joaquim Gonçalves Ledo, Prim.: Vig.: do GOB, quando de sua fundação em 1822, tinha por
codinome Diderot (Denis Diderot, escritor e filósofo francês, morte em 1784). Já o Príncipe Regente
do Brasil, Pedro de Orleans e Bragança, ao se iniciar, escolheu como codinome Guatimozin,
penúltimo imperador do império Inca, pai de Atauhalpa, que foi assassinado pelos espanhóis logo
após a conquista do Peru.
Por último, urge assinalar que a acl.: dos adonhiramitas, não é “UZÉ”, mas “VIVAT”.
• Conclusão:
Sem dúvida, o Rito Adonhiramita mantém, hoje como outrora, uma ritualística de rara beleza e
profundidade; é um rito pleno de misticismo e eivado de conhecimentos esotéricos. Seu ritual, algo
espúrio e aparentemente pouco compatível com o azáfama do mundo moderno, nos conduz a outras
épocas, quando o tempo de cada um era mais lento e se podia,tranqüilamente, filisofar de tempos
em tempos.Mais admirável ainda é a dedicação com que nossos IIr.: adonhiramitas preservam o
passado, sem descuidar do presente, preparando um futuro melhor para a Humanidade.

(*) Ir.: pertencente ao quadro da ARLS PIONEIROS DO CABO Nº 1821.

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HISTÓRIA PURA
A CARBONÁRIA

A Carbonária foi uma das mais poderosas e famosas sociedades secretas do século XIX. Tinha
uma organização excelente e o seu objetivo era a luta pela liberdade contra a opressão.Muitos foram
os seus componentes devotadamente sacrificados pela Liberdade, mas foram sementes benditas que
germinaram e frondeceram. Em muitos países, os direitos dignificadores do Homem, foram impostos
ou reconquistados graças à Carbonária, à abnegação de seus filiados.
Adelino de Figueiredo Lima, pertinaz estudioso das sociedades secretas, escreveu o seguinte
sobre a Carbonária, às págs. 11 e 12 do seu livro “Nos Bastidores do Mistério...
“Nenhuma sociedade secreta fascinou tanto as multidões sequiosas de sua liberdade, ou da
independência política conquistada à custa de sangue e lágrimas, quanto a Maçonaria Florestal, mais
conhecida em todo o mundo pelo nome de “Carbonária”, por ter sido fundada pelos carvoeiros do
Hanover como associação de defesa e de ação contra os agressores e assaltantes da sua classe.
Constituída no último quartel do século XV, ela só veio a entrar na História como organização
de caráter político após a Grande Revolução Francesa.
Na Itália, adquiriu fama de violenta e sanguinária; e é introduzida em França por ordem de
Napoleão mas não tardou em converter-se na mais poderosa força oposicionista aos expansionismos
do grande corso, lutando contra ele na França, na Áustria, na Espanha e em Portugal.
O nome de “Maçonaria Florestal” veio-lh depois que irrompeu na Itália e na França.
“Maçonaria”, porque os maçons a propagavam e protegiam; “florestal”, porque as iniciações dos
seus membros lembravam as dos antigos carvoeiros do Hanover, realizadas nas florestas mais densas,
a coberto das vistas estranhas.
Os carbonários, antes de serem investidos nos segredos da Ordem, passavam por duras provas
e prestavam os mais terríveis juramentos, como este, que eram assinados com o próprio sangue: “Juro
perante esta assembléia de homens livres que cumprirei as ordens que receber sem as discutir e sem
hesitar, oferecendo o meu sangue em holocausto à libertação da Pátria, à destruição do inimigo e à
felicidade do povo. Se faltar a este juramento ou trair os desígnios da Poderosa Maçonaria Florestal,
que a língua me seja arrancada e o meu corpo submetido ao fogo lento por não ter sabido honrar a
pátria que me foi berço”.
Só depois deste juramento é que o candidato recebia as insígnias de “Bom Primo”, e se tornava
carbonário ou executor das ordens da “Alta Venda”.
Em cada país a organização da Maçonaria Florestal obedecia ao esquema italiano: “Alta
Venda”, corpo deliberativo superior, composto de um delegado de cada “Cabana”, e as “cabanas”
compostas de um delegado de cada “Choça”. Acima da “Alta Venda”, estava porém o “Jovem Itália”,
composta de um triunvirato que, nas lutas pela unificação e pela queda do poder temporal dos papas,
era constituído por Mazzini, Cavour e Garibaldi”.
Havia grandes afinidades entre a Maçonaria e o Carbonarismo, no tocante aos objetivos. As
duas instituições lutavam pela Liberdade do Homem contra os agressores. Liberdade, Igualdade e
Fraternidade, lema da Maçonaria, foi adotado pelos carbonários. Aquelas três palavras sintetizavam
um programa de dignificação do Homem.
Distinguiam-se pelos processos seguidos, pelo sistema de ação. A Maçonaria preferia e prefere
persuadir mas sempre de acordo com o seu principal princípio de Tolerância. É bem verdade que
tem participado de todos os grandes movimentos revolucionários, de alguns foi mesmo a promotora,
mas somente em casos extremos, quando a tolerância excessiva servia de incentivo ao opressor,
favorecia-lhe a barbárie ou já o povo estava escravizado, os direitos sagrados do Homem
conculcados.

(*) Fonte: O livro “SOCIEDADES SECRETAS” (A. Tenório de Albuquerque) – Editora Aurora.

23
Viagem ao nosso interior
MUNDO ESPIRITUAL
D. Vilela

Retornando à matéria através da reencarnação, o indivíduo comumente perde a consciência de sua


dimensão espiritual. A vida é exclusivamente aquela que ele percebe através dos sentidos, começando no
berço e terminando no túmulo, à qual, por isso, ele atribui importância máxima, nele concentrando seu
interesse e seus objetivos.
A idéia da vida após a morte parece-lhe vaga e inconsistente por não existirem, em geral, dados
confiáveis a respeito dela mas apenas especulações, não raro absurdas.
A concepção cristã tradicional, por exemplo, apresenta o mundo espiritual como uma espécie de
conseqüência do mundo físico, pois as almas seriam criadas ao ensejo da concepção de novos corpos,
povoando-se a Espiritualidade à medida que as pessoas fossem morrendo, para encontrarem, então,
situações definitivas de felicidade ou desgraça conforme houvessem empregado sua existência – única –
sobre a Terra, não importando se longa ou muito breve.
A Doutrina Espírita veio esclarecer esse ponto mostrando que sucede exatamente o oposto, como se
observa nas respostas seguintes, dadas a Allan Kardec:
Pergunta: - qual dos dois, o mundo espiritual ou o mundo corpóreo, é o principal, na ordem das
coisas?
Resposta: - O mundo espiritual, que preexiste e sobrevive a tudo.
Pergunta: - O mundo corporal poderia deixar de existir, ou nunca ter existido, sem que isso alterasse a
essência do mundo espiritual?
Resposta: - Decerto. Eles são independentes; contudo, é incessante a correlação entre ambos,
porquanto um sobre o outro incessantemente reagem.
Com o espiritismo, sobrevivência e condições de vida na Espiritualidade tornam-se fatos que é
possível observar e descrever graças ao emprego da mediunidade.A ênfase quanto a importância da vida
espiritual não implica, por outro lado, em desapreço pela experiência na carne, também valiosa por ser
indispensável ao nosso progresso. A mensagem doutrinária nos convida à responsabilidade e ao equilíbrio
ante as pressões da vida social, colocadas, agora, numa perspectiva muito mais ampla.
Demonstrando – e não apenas afirmando – a nossa dimensão espiritual, bem como o funcionamento
das leis de progresso e causa e efeito, o Espiritismo oferece base sólida à moral, permitindo constatar que as
conseqüências do bem são sempre felizes ao passo que desilusão e sofrimento decorrem invariavelmente de
nosso afastamento das Leis Divinas.

Publicado no boletim semanal “SEI”, nº 1804 (26/10/2002)

AUGUSTA E RESPEITÁVEL LOJA SIMBÓLICA DE PESQUISAS MAÇÔNICAS DO


ESTADO DO RIO DE JANEIRO “NICOLA ASLAN”

(Fundada em 25/08/1995)
LOJA ITINERANTE
Reuniões trimestrais (meses de : Março, Junho, Setembro e Dezembro)

24
BIOGRAFIA DO MÊS
CAXIAS (Luís Alves de Lima e Silva, Barão,
Visconde, Conde, Marquês e Duque de)

Nascido na Fazenda de São Paulo, Arraial do Porto da Estrela, na Província do Rio de Janeiro,
em 25/08/1803, sendo filho de Francisco de Lima e Silva, que foi Regente do Império, e de D.
Mariana Cândida de Oliveira Belo.
Em 22/11/1808, de acordo com os usos e privilégios das famílias militares de alta linhagem,
Luís Alves assenta praça, como cadete, aos 5 anos de idade, no 1º Regimento de Infantaria de Linha
(Regimento de Bragança), que tinha o comando do Coronel José Joaquim de Lima e Silva, seu tio, e
em cujas fileiras seguiu todos os postos até alcançar o comando da unidade. A história de sua vida
militar, suas conquistas etc. dariam um livro a parte; em razão disto, além de alguns destaques nesta
área, nos concentraremos em relatar os principais fatos de sua vida maçônica.
Em 10/11/1823, Caxias recebe a primeira bandeira verde-amarela do Brasil independente.
Em 18/10/1829, recebeu o título de Cavaleiro da Rosa.
Casou-se com D. Ana Luísa Carneiro Viana em 2/2/1833.
Em 12/12/1839, nomeado Comandante em Chefe das forças incumbidas de dominar a rebelião
dos balaios (“A Balaiada”), Luís Alves, então Coronel, é, ao mesmo tempo, investido das funções de
Presidente do Maranhão.
Em 30/06/1841, Luís Alves regressa à Corte. É durante a sua estada no Rio de Janeiro, que se
prolongou por um ano, que se supõe ter sido Iniciado na Maçonaria, possivelmente numa das Lojas
do Supremo Conselho: 23 de Julho, São Pedro de Alcântara e Dois de Dezembro, do qual o seu chefe
e amigo, o Conde de Lages, era Sob.: Gr.: Com.:.
Também não está afastada a hipótese de sua Iniciação se ter verificado na sua permanência na
Corte, após o seu casamento, quando o seu tio e comandante no Batalhão do Imperador, José Joaquim
de Lima e Silva, futuro Visconde de Magé, exercia o cargo de Grande Chanceler Interino no Grande
Oriente Brasileiro, no Grão-Mestrado do Senador Vergueiro.
Na coroação do Imperador D. Pedro II (18/07/1841), foi promovido a Brigadeiro e, no mesmo
dia, o Governo lhe confere o título de Barão de Caxias. Tinha 38 anos incompletos.
Em 15/08/1843, Luís Alves é agraciado com o título de Visconde.

Além das promoções recebidas como prêmio da pacificação da Província do Rio Grande do Sul
(Guerra dos Farrapos), o Visconde de Caxias é agraciado com o título de Conde (02/3/1845).
Em 11/3/1846, o Conde de Caxias toma posse da cadeira de Senador pelo Rio Grande do Sul,
ao lado do seu pai, o Brigadeiro e ex-Regente Francisco de Lima e Silva, também eleito Senador, em
1837, pela Província do Rio de Janeiro.
Com as Lojas fiéis ao Supermo Conselho legítimo, o Conde de Caxias abandona a sede da rua
do Conde do Grande Oriente Brasileiro, declarando-se independente, sendo empossado no cargo de
Sob.: Gr.: Com.: do M.: P.: Supr.: Cons.: do REAA do Gr.: Oriente Brasileiro, título adquirido na
União de 1842 e que o Gr.: Or.: do Passeio, ao fundar o seu Supr.: Cons.: irregular, não declarara
extinto (N.R.: A prolongada doença do 4º Sob.: Gr.: Com.: do Supr.: Cons.: do Brasil de
Montezuma, Conde de Lages, tinha deixado aquele Alto Corpo em completa desordem e em mãos
do ambicioso Gr.: Sec.: Geral, que pretendia o cargo de Gr.: M.:, para o qual, no entanto, foi eleito o
Senador Manoel Alves Branco, futuro 2º Visconde de Caravelas.
Não conseguindo entender-se, porém, com o ambicioso Gr.: Sec.: Geral, e pressionado pelas
Lojas da Obediência, o Grão-Mestre Alves Branco resolveu então fundar um Supr.: Cons.: irregular.
Estando no fim da vida, e não tendo uma pessoa de confiança que lhe sucedesse e
restabelecesse a ordem, o Conde de Lages teria nomeado o Conde de Caxias na vaga de Lugar-
Tenente Sob.: Gr.: Com.:, deixada aberta com a demissão de Araújo Viana, futuro Marquês de
Sapucaí. Havia grande necessidade de uma direção equilibrada e forte no Supremo Conselho
durante este período difícil e não muito conhecido de sua história).
25
Em 22/2/1847, a fim de poder organizar o Grande Oriente que serviria de base ao Supr.:
Conselho, o Conde de Caxias pede licença do Comando das Armas da Corte, a ele só voltando em 11
de maio. Este Grande Oriente, denominado Grande Oriente Caxias, foi composto primeiro com as
Lojas 23 de Julho e 2 de Dezembro, às quais se juntaram, logo depois, a União Escocesa e a Triunfo
do Brasil.
Em 17/07/1849, o Conde de Caxias encarrega o Conselheiro João Fernandes Tavares, futuro
Visconde de Ponte Ferreira, ex-médico assistente de D. Pedro I, que acompanhara a Portugal, de
tratar com o Senador Araújo Viana, Presidente do Instituto Histórico e Geográfico, e futuro Marquês
de Sapucaí, da fusão do Supremo Conselho legítimo com o Grande Oriente do Brasil. O documento,
que se encontra na Biblioteca-Museu do Gr.: Or.: do Brasil, é assinado pelo Conde de Caxias e pelo
Secr.: do Sacro Império, Dr. Antônio José de Araújo.
Durante este ano, o Supremo Conselho dirigido pelo Conde de Caxias fornece várias Cartas
Constitutivas, assinadas pelo mesmo como G.: M.: G.: Com.: e pelo Secr.: do Sacro Império, Dr.
Antônio José de Araújo, que se acham conservadas no Grande Oriente do Brasil.
Em 03/03/1852, Caxias é elevado à dignidade de Marquês.
Em 02/12/1853, falece o Senador Francisco de Lima e Silva, pai de Caxias.
Em 18/06/1862, faleceu seu filho Luís.
Em 02/12/1862, Caxias é promovido a Marechal graduado do Exército.
Em 23/03/1870, Caxias recebe o título de Duque, único a ser concedido pelo Império.
Em 23/03/1874, faleceu a Duqueza de Caxias, sua companheira de 41 anos.
Apesar da intransigência de D. Pedro II, Caxias consegue (17/09/1875) a anistia dos dois bispos
responsáveis pela famosa “Questão Religiosa”, à qual é posto, assim, um fim: “Ou a anistia ou a
demissão do Gabinete”. Nesta data é assinado o decreto de anistia.
Em 07/05/1880, morre o Marechal Luís Alves de Lima e Silva, Duque de Caxias, na Fazenda
Santa Mônica, próximo a Vassouras. O seu corpo está enterrado no cemitério do Catumbi, no Rio de
Janeiro.

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Causas cíveis, trabalhistas e vara de família

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26
O NOSSO PLANETA

MUDANÇAS CLIMÁTICAS TORNAM PLANETA MAIS VERDE, DIZ PESQUISA

Nem só catástrofes resultam das temidas mudanças climáticas por que o planeta vem passando.
Nas últimas duas décadas, a Terra tornou-se significativamente mais verde. O Brasil é um dos países
mais "beneficiados", e a transformação inclui também a Amazônia, apesar do desmatamento.
As descobertas são de um estudo americano publicado na edição desta sexta-feira da revista
"Science", que mediu o crescimento das plantas com base em imagens e dados de satélites, coletados
de 1980 a 2000.
"Nosso estudo propõe que as mudanças climáticas foram a causa principal do aumento na taxa
de crescimento das plantas nas últimas duas décadas", disse, em um comunicado divulgado pela
Nasa, a agência espacial dos EUA, o principal autor da pesquisa, Ramakrishna Nemani, da
Universidade de Montana. Em entrevista à CNN, Nemani disse que os "maiores ganhadores foram
Índia, Brasil e Canadá". A Amazônia respondeu por 42% do aumento no crescimento da vegetação.
Nas duas últimas décadas, o mundo passou por três temporadas intensas de El Niño (aquecimento
das águas do Oceano Pacífico que afeta o clima de todo o planeta), mudanças na concentração de
nuvens e no padrão das chuvas, especialmente as monções. A produção de gás carbônico - que as
plantas usam para transformar a luz em energia - cresceu 9,3%, em grande parte devido à
interferência humana.
Os pesquisadores descobriram que as mudanças climáticas amenizaram condições que
limitavam o crescimento das plantas. Na Amazônia, o crescimento das plantas era limitado pela
cobertura de nuvens. Nas últimas duas décadas, a cobertura diminuiu. Com isso, as plantas
receberam mais luz do sol e puderam crescer mais. Na Índia, as monções tornaram-se mais regulares.
Em áreas onde o problema era o frio, a ligeira elevação da temperatura foi suficiente para a vegetação
crescer mais.
O estudo foi financiado pela Nasa e o Departamento de Energia dos EUA. Os cientistas alertam
que esse é apenas um aspecto das mudanças climáticas e que o resultado da pesquisa não significa
que não seja preciso fazer o que for necessário para controlá-las.

Fonte: Agência AmbienteBrasil

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27
DEPOIMENTO
SER OU ESTAR MAÇOM
Ir.: João Lages Neto/ M.: M.: (*)

Atualmente podemos afirmar que “Ser ou Estar alguma coisa” está se tornando uma expressão
bastante difundida, que é utilizada para identificar se uma pessoa assumiu ou não seu
posicionamento correto com respeito a qualquer organização da qual participa, como por exemplo –
quando desempenha-se um cargo público ou legislativo, tal qual o de “Estar Ministro”, entre outros
exemplos, sendo inclusive utilizado com personagens em programas humorísticos.
Absorvendo este conceito e aplicando-o no seio de nossa Fraternidade percebemos que todos nós
“Estamos Maçons” ao procedermos nossa Iniciação.
Estamos Maçons ao freqüentarmos a Loja e pagarmos as suas mensalidades e taxas. Estamos
Maçons quando participamos de uma atividade organizada pela loja, uma atividade filantrópica, uma
palestra, uma visita a outra Loja. Ou até mesmo Estamos Maçons quando meditamos sobre o nosso
papel e partimos em busca da meditação interior em busca da verdade.
Mas o que é Ser Maçom ? O verbo SER não poderia ser considerado sinônimo do verbo ESTAR.
A caracterização mais expressiva é de que estar é um verbo que indica um certo estado, portanto, há
como que embutido em seu conteúdo uma certa passividade, enquanto que o verbo ser é ativo,
representa ativação. Ser Maçom é um estado de espírito que deve caracterizar o membro presente a
toda situação em que pode ajudar e cooperar para que o mundo torne-se de alguma forma melhor.
Ser Maçom é compreender que por mais poderosas que sejam as forças externas elas devem ser
dominadas pela energia que tem sede em sua própria personalidade.
Ser Maçom é ter consciência que sua presença discreta pode dar apoio a novos projetos úteis à
comunidade e constituir-se num valoroso pilar de sustentação de valores mais nobres do indivíduo.
Ser Maçom é ser o eterno estudante que busca o ensinamento diário, tirando de cada situação uma
lição, e aplica com êxito os princípios estudados. Desenvolve em toda oportunidade de sua intuição,
sua força de vontade, sua capacidade de ouvir e entender os outros.
Temos que considerar que o Ser Maçom deve, como livre pensador, questionar o porquê de
determinados acontecimentos entendendo e vivenciando nos nosso aprendizado que palmilhamos
lentamente, com passos firmes para não tropeçar nos erros e vícios do passado, mesmo que em
momentos saiamos da trajetória para poder compreender o mundo com uma visão holística de suas
nuances.
O Maçom que se limita a ler ou estudar as instruções dos graus ou a literatura disponível e não
procura aplicar em sua vida diária os conceitos que lhe são transmitidos, na busca do desbaste da
Pedra Bruta, e em erigir o Templo Interno, perde excelentes oportunidades de ampliar seus
conhecimentos e de verificar como o saber do aprendizado da Arte Real pode ser útil para o seu bem-
estar na busca de seu retorno ao Cósmico.
O Ser Maçom é aquele estado em que, sem abandonar os hábitos de disciplina racional, a mente
busca uma abrangência do universo, o conhecimento intrínseco dos fenômenos que estão ocorrendo,
procurando desenvolver a sensibilidade e a compreensão das razões de estudo. O Maçom que
desenvolveu sua mente para estar atenta e acompanhar a evolução dos fatos, sabe como conhecer as
sutilezas que envolvem sua origens, é como um oleiro que dá formas sutis ao barro bruto, enquanto
que o Maçom modela sua própria consciência num confronto com sua própria personalidade.
Vivemos juntos e cruzamos com diferentes seres humanos que pensam e agem de maneira
diversa da nossa. Isto nos propicia excelentes oportunidades de nos adaptarmos a estas
personalidades e, sobretudo, de aprimorarmos as formas de inter-relacionamento. A sabedoria do
bem viver é despertada quando nos conscientizamos dessas diferenças e procuramos compreender o

28
indivíduo através de suas particularidades. Ser Maçom é despertar este sentido de compreensão do
indivíduo e estar preparado para assisti-lo nos momentos de dificuldades.
O exemplo de uma atitude mental moderada, sincera e cooperativa caracteriza muito o Ser
Maçom. E todos notam, que sob muitos aspectos, o Ser Maçom diferencia-se como indivíduo entre
todos os outros. No aprendizado inicial aprendemos que além dos SS.’. TT.’. e PP.’. o Maçom deve ser
reconhecido pelos atos e posturas dentro da sociedade e no meio onde vive, traduzindo de maneira
diuturna os nosso aprendizado e a filosofia dos postulados da Arte Real. Sentimos que temos que
desempenhar um papel mais complexo na sociedade e dar uma contribuição positiva para que ela se
torne superior.
Ser Maçom implica em alguma renúncia,
Laboratório Indústria e Comércio Ltda.
mas a compensação que advém deste estado de
espírito especial é muito agradável. Sentimo-nos Análise de água, produtos
como se fôssemos os autores da novela e não químicos de processos e para
tratamento de águas industriais
apenas os personagens passivos, criados pelos (Biocidas, dispersantes, anti-
mesmos. Temos uma participação presente e incrustantes, inibidores de
atuante, embora que, aparentemente o Maçom corrosão, alcalinizantes,
floculantes, etc.)
apresente-se um tanto reservado. Já se disse que
nos colocamos muito mais em evidência, quando
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nos mantemos como observadores e damos a Diretor
colaboração somente quando é solicitada pelos
outros, do que aqueles que procuram apresentar-se Praça Porto Rocha, 37 - sala 109 – Centro – Cabo Frio - RJ
como os donos da festa. Cep: 28.905-250 - Tel/fax: (22) 2643.4878
Considerem sobretudo, que encontramos e-mail: labolagos@uol.com.br

muitas pessoas evoluídas e que podem ser


consideradas possuídas de elevado espírito
Maçom. Têm uma expressiva vivência das coisas
do mundo e utilizam grande sabedoria em suas
decisões, mesmo se nunca se tornaram Maçons.
JAVS – Assessoria Contábil
Escritório Contábil
Nós estamos Maçons ao entrarmos na Ordem e
Somos Maçom quando o espírito dela entrar em
nós. A diferença é muito grande,mas facilmente José Augusto Vieira dos Santos
perceptível. TC – CRCRJ 28.476-2
Irmãos unamo-nos na trilha que leva ao
Templo ideal e tomemos o cuidado para não
Estarmos Maçons,para não trilharmos a Maçonaria
simplesmente cumprindo rituais, envergando a Praça Tiradentes 115, São Bento, Cabo Frio, RJ CEP. 28.906-290

mera condição de um “Profano de Avental”.Desejo (22) 2647.2931 Fax: (22) 2647.4285

que todos avaliem como é bom SER MAÇOM! e-mail: javs@levendula.com.br

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MAÇÔNICO
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