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O PESQUISADOR

MAÇÔNICO
Ano II n.º 15 Maio/2002

EDITORIAL ÍNDICE

U nião, Fé e Esperança... Unificação!


Pág. 2
 O que a imprensa
São palavras mágicas que precisamos realçar, nestes momentos noticiou
críticos. Afinal que país é esse? Por que tanta violência?
Pág. 3
A violência não é isolada, nem mesmo característica específica de  Curiosidades
países pobres ou em desenvolvimento. Ela nem mesmo é somente física
ou psicológica, ela é também, e principalmente, econômica. E esta Pág. 4
violência toda desagrega qualquer núcleo, até mesmo o familiar.  Para pensar
A Maçonaria sempre teve (basta conhecer sua história) grande Pág. 5
influência – benéfica – na história das nações; sempre do lado das
 Frases que marcaram
minorias, dos oprimidos, dos subjugados, qualquer que fosse o tipo de
escravização. Pág. 6
A situação atual tomou proporções gigantescas, particularmente no  Gr. Dic.Enciclopédico de
nosso país. A Maçonaria, como instituição, sozinha nada poderá fazer. Maç. e Simbologia
(Nicola Aslan)
Nem mesmo nós maçons – isoladamente – teremos forças para tal. Mas
 Biblioteca
não basta darmos o exemplo com nossas atitudes. Precisamos ir mais
além! Pág. 7
Há que se unir forças, sugerir ações a serem tomadas. Mas para isso,  Saúde é coisa séria
primeiramente, precisamos estar unidos e irmanados. Mas ainda não  Pílulas Maçônicas
estamos, como todos sabemos.
Pág. 8 à 14
Muito tem sido tentado e devemos louvar todas as atitudes neste  Trabalhos Maçônicos
sentido.
Pág. 15
Temos que ter fé que o objetivo será alcançado.
 Viagem ao nosso interior
Temos que ter esperança em nossos dirigentes e em nós mesmos.
Pág. 16
Os objetivos de uma unificação são grandiloqüentes e esperamos que  História pura
o sejam efetivamente.
Pág. 17
 Biografia do mês
“Oh, quão bom e suave é viverem unidos os irmãos... (salmo 133)”
Pág. 18
Carlos Alberto dos Santos/ M...M...  O nosso planeta
Pág. 19
• Depoimento
O Pesquisador Maçônico
Fundação: Janeiro/2001
Informativo Cultural da SOCIEDADE DE ESTUDOS ANTHERO
BARRADAS, e A... R...L...S... Renascimento n.º 08
Rua Nicola Aslan, 133 1
Braga – Cabo Frio (RJ) e-mail: carlosalberto@alohanet.com.br
O QUE A IMPRENSA NOTICIOU
VATICANO ACEITA TRANSPLANTE DE ÓRGÃOS DE ANIMAIS PARA O HOMEM

O Vaticano anunciou formalmente, no dia 26/09/2001, que aceitará o transplante de órgãos, tecidos
e células de animais para o homem e informou, através de um comunicado, as razões éticas dessa decisão.
A posição do Vaticano foi anunciada atendendo a um pedido do Conselho da Europa, que solicitou
a opinião de todas as religiões sobre o assunto.
O vice-presidente da Pontifícia Academia para a Vida, monsenhor Elio Sgreccia resumiu a posição
da Igreja Católica em relação aos polêmicos temas da bioética e do uso de animais em uma entrevista
coletiva, da qual também participaram vários especialistas, entre eles Emanuel Cozzi, do Departamento de
Cirurgia da Universidade de Cambridge, na Inglaterra, e Maria Luisa Lavitrano, coordenadora dos
projetos de transplantes com animais na Itália. Sgreccia diz:
“É importante sublinhar que se trata de um tema que tem que ser abordado com a máxima cautela”,
explicou o monsenhor. “Deus colocou os animais e outras criaturas a serviço do homem, para que ele
possa, também através deles, conseguir um desenvolvimento total”, considerou.
Os cientistas do Vaticano aproveitaram para advertir sobre as implicações desse tipo de intervenção,
pouco conhecida até agora.
“Ainda estamos em uma fase preliminar e deveremos realizar pesquisas clínicas a respeito”, disse
Sgreccia, sobre o uso de animais em benefício do homem.
O número de transplantes de órgãos, tecidos e células de animais, principalmente porcos, para
homens está crescendo, mesmo ainda em fase experimental, principalmente pela insuficiência de doadores
humanos.
No entanto, o Vaticano se opõe à realização desse tipo de transplante em crianças, “que não podem
dar autorização com conhecimento de causa”. Mas, no caso de menores, a cirurgia seria permitida diante
de risco de vida.

(*) Artigo publicado pela FRANCE PRESS.


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ALGAS TERIAM SIDO PRIMEIROS SERES VIVOS A COLONIZAR A TERRA FIRME.

As primeiras tentativas de seres vivos multicelulares deixarem o mar, há centenas de milhões de


anos, e começarem a conquista da terra, ao que tudo indica, foram feitas por primitivas algas verdes. E,
segundo cientistas, foi uma colonização muito difícil.
Um estudo do paleobotânico Russel Chapmam, da Universidade Estadual de Louisiana, sugere que
as primeiras algas que tentaram se estabelecer em terra firme – dando início à evolução das plantas
terrestres – vieram da água doce. Chapman acredita que dessas algas pioneiras evoluíram todos os tipos
de plantas, de árvores tropicais à samambaia, flores e plantas comestíveis. Ele observou ainda que
descendentes das espécies primitivas ainda podem ser encontradas atualmente.
As descobertas sobre as algas estão sendo realizadas a partir de análises genéticas de plantas vivas, e
não de fósseis, como seria esperado. Agora já é possível analisar genes de algas e de plantas superiores e
calcular sua similaridade.
- A história evolutiva da maioria dos genes das plantas pode ser traçada a partir do estudo das algas
verdes. Por conta disso, podemos inferir que elas foram pioneiras na colonização da terra firme, dando
origem à imensa variedade de plantas do planeta – disse Chapman, que apresentou seus estudos na
reunião anual da Associação Americana para o Progresso da Ciência, em São Francisco.

2
Publicado no jornal O GLOBO.

CURIOSIDADES
A MALDIÇÃO DE TUTANCÂMON

A rica tumba de Tutancâmon foi encontrada intacta em novembro de 1922, pelo arqueólogo americano
Howard Carter e muitos atribuíram a uma antiga maldição as mortes “misteriosas” que ocorreram com
algumas pessoas ligadas a escavação.
A história da suposta praga do faraó começou com a morte prematura de Lorde Carnavon, o financiador
da expedição de Carter, que faleceu em 6 de Abril de 1926 picado por um mosquito enquanto visitava o túmulo.
Morreu em delírio, gritando o nome de Tutancâmon, num hospital do Cairo, no momento exato que um “black-
out” inexplicável atingiu a cidade.
Pouco tempo depois morre também a enfermeira que cuidava de Lorde Carnavon. Começava aí, um
rastro de morte e terror que se estendia para muito além das areias do Egito.
George Gould, um amigo íntimo de Lorde Carnavon, correu ao Egito assim que soube de sua morte.
Gould visitou a tumba do faraó. No dia seguinte ele teve febre alta e morreu em doze horas.
Após ele, mais de quarenta pessoas, ligadas diretamente ou indiretamente ao faraó, teriam morrido de
morte misteriosa ou não natural.
Richard Bedell, filho de Lorde Westbury (que se suicidou gritando que Tutancâmon viera buscá-lo) foi
encontrado morto, em sua residência em Londres. Os laudos apontaram para uma morte instantânea. Ele
também havia entrado na tumba.
Mais tarde morria Aubrey Herbert, meio-irmão de Lorde de Carnavon que cometeu o suicídio para se ver
livre de visões que o atormentavam dia e noite. Em fevereiro de 1929, faleceu Lady Elizabeth Carnavon, de uma
picada de mosquito.
Depois, os jornalistas noticiaram a morte de Archibald Douglas Reid quando tentava fazer a radiografia
da múmia. A seguir, era a vez do egiptólogo Arthur Weigall, morto por uma “febre desconhecida”. Seria,
então, a 21ª vítima da maldição.
Logo falecia A. C. Mace que, junto com Carter, era o único sobrevivente da equipe que desenterrou
Tutancâmon.
Em 1970, o único sobrevivente da expedição , Richard Adamson, de 70 anos, deu uma entrevista à TV
onde declarou aos espectadores que não acreditava na maldição. Após a entrevista, quando ele estava saindo
dos estúdios, seu táxi se envolveu num acidente. Adamson foi jogado para fora do carro onde, quase morreu
atropelado por um ônibus que passava. Essa havia sido a terceira vez que Adamson dizia publicamente que não
acreditava na maldição de Tutancâmon. Na primeira vez que disse isso, sua esposa morreu em 48 horas. Na
segunda, seu filho quebrou a coluna num acidente de avião. Após a terceira ocasião, Adamson disse: “Até
agora, eu recusava-me a acreditar que houvesse alguma ligação entre a maldição e o que aconteceu à minha
família. Mas agora eu estou tendo minhas dúvidas.
Mohamed Ibrahim, diretor arqueológico do Museu do Cairo, autorizou em 1966 o embarque de algumas
peças do tesouro do faraó para exposições na Europa. Foi atropelado e morto ao sair do museu. Seu sucessor, o
Dr. Gamal Methrez, homem que providenciara o embarque da peça morria dias depois de hemorragia cerebral.
Durante o vôo, que levava as peças para a Europa, o oficial chefe-técnico Ian Landsowne, por brincadeira
chutou a caixa que continha a máscara mortuária de Tutancâmon. Mais tarde, essa perna foi engessada por
cinco meses, totalmente quebrada por um acidente. O navegador da aeronave, tenente Jim Webb, perdeu todas
as suas posses após sua casa ter sido destruída pelo fogo. O tenente Rick Lawrie e o engenheiro Ken Parkinson
morreram ambos de ataque do coração.Incrivelmente, Carter, que seria o principal responsável pela descoberta
da tumba, foi poupado da maldiçaão e morreu aos 66 anos de idade de causas naturais.
Só para terminar: em 1912, um navio de passageiros inglês estava atravessando o Atlântico. A bordo
estava uma carga valiosa: uma múmia egípcia (o corpo do padrasto de Tutancâmon- Akenathon). Por um erro
do capitão, houve um naufrágio que ocasionou a morte de 1513 pessoas. O nome do navio era Titanic.
3
Artigo escrito para o JORNAL DE SÁBADO, pelo jornalista JOÃO OLIVEIRA.

PARA PENSAR

AMOXACILINA 500MG 3X/DIA

O nome dele era Fleming e era um pobre fazendeiro escocês. Um dia, enquanto trabalhava para
ganhar a vida e o sustento de sua família, ele ouviu um pedido desesperado de socorro vindo de um
pântano nas proximidades. Largou suas ferramentas e correu para lá. Lá chegando, enlameado até a
cintura de uma lama negra, encontrou um menino gritando e tentando se safar da morte. O
fazendeiro Fleming salvou o rapaz de uma morte lenta e terrível.
No dia seguinte, uma carruagem riquíssima chega à humilde casa do escocês. Um nobre
elegantemente vestido sai e se apresenta como o pai do menino que o fazendeiro Fleming tinha
salvado.
-“Eu quero recompensá-lo”, disse o nobre. “Você salvou a vida do meu filho”.
-“Não, eu não posso aceitar pagamento para o que eu fiz”, responde o fazendeiro escocês,
recusando a oferta. Naquele momento, o filho do fazendeiro veio à porta do casebre.
-“É seu filho?” perguntou o nobre. “Sim”, o fazendeiro respondeu orgulhosamente.
-“Eu lhe farei uma proposta. Deixe-me levá-lo e dar-lhe uma boa educação. Se o rapaz for como
seu pai, ele crescerá e será um homem do qual você terá muito orgulho”.
E foi o que ele fez. Tempos depois, o filho do fazendeiro Fleming se formou no St. Mary’s
Hospital Medical School of London, ficou conhecido no mundo como o notável Senhor
Alexander Fleming, o descobridor da Penicilina.
Anos depois, o filho do nobre estava doente com pneumonia. O que o salvou? Penicilina. O
nome do nobre? Senhor Randolph Churchill. O nome do filho dele? Senhor Winston Churchill.
Alguém disse uma vez que a gente colhe o que a gente planta...
.
Autor desconhecido.

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GANDHI

A mãe trouxe o filho ao Mahatma Ganhi. Ela implorou:


- Por favor, Mahatma Gandhi, diga ao meu filho que ele pare de comer açúcar.
Gandhi fez uma pausa e disse:
- Traga seu filho de volta em duas semanas.

Confusa, a mulher agradeceu e disse que faria o que o Mahatma pediu.


Duas semanas mais tarde, ela retornou com seu filho.
Gandhi olhou o jovem nos olhos e disse:
- Pare de comer açúcar!

Agradecida, mas inconformada, a mulher perguntou:


- Mahatma, por que o senhor me pediu para trazê-lo em duas semanas? O senhor poderia ter
dito a ele, como fez agora, há duas semanas atrás.

Gandhi respondeu:
- Há duas semanas atrás, eu estava comendo açúcar!
4
Autor desconhecido

FRASES QUE MARCARAM

“A bajulação é uma moeda falsa, que só está em circulação por causa da nossa vaidade”

Duque de La Rouchefoucald 91613-1680)

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“Só o medíocre é constante”.

W. Sommerset Maugham (1874-1965)

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“Para quem nasce, a morte é certa; para os mortos, nascer é certo. Assim sendo, não lamente o
inevitável”.

Bhagavad-Gita
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“Pode-se resistir à invasão dos exércitos, não à invasão das idéias”.

Victor Hugo (1802-1885)


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“Ama-se mais o que se conquista com esforço”.

Aristóteles (384-322 a.C.)

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“Quando você reza, está falando com Deus; quando você medita, está escutando a voz de Deus”.

Padre Mustafá.
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2645.2700 2645.1953

5
Av. Teixeira e Souza, 383 - Centro - Cabo Frio - RJ
GRANDE DICIONÁRIO ENC. BIBLIOTECA
DE MAÇONARIA E
FUNDAMENTOS DA MAÇONARIA
SIMBOLOGIA
Joaquim Roberto Pinto Cortez

NICOLA ASLAN

EQUINÓCIO– Do latim “oequus”, igual, e


“nox”, “noctis”, noite, “oequinoctium”. É a
época em que o sol ao descrever a eclíptica,
passa pelo equador, tornando por este fato os
dias iguais às noites em todos os países do Introdução à Maçonaria; Segredo e Silêncio;
mundo. Símbolos e Alegorias; Os Fundamentos Legais da
A eclíptica, isto é , o círculo máximo contendo Maçonaria; A Iniciação (Definições; Origens;
os pontos que o sol, ao meio-dia, ocupa na Finalidades); Três Questões Controversas (A
esfera celeste, no decurso do seu movimento Abertura do Livro da Lei; O Posicionamento do
anual aparente, inclina-se cerca de 23 ½ graus Altar dos Juramentos; A Aclamação); Ritos em
sobre o equador e intercepta-o em dois pontos Maçonaria; Outra Controvérsia: a Mulher; Mais
situados no extremo de um diâmetro. Esses dois uma Reflexão sobre a Iniciação; A Maçonaria
pontos têm o nome de “equinócios”; e uma tal Brasileira até 1832; A Maçonaria e o 20 de Agosto
denominação provém de no dia em que o sol (Críticas às Fontes; Primórdios da Maçonaria na
parece descrever o equador, passando portanto América do Sul; Primórdios da Maçonaria no
por ele, a noite ser igual ao dia para todos os Brasil; Percalços da Maçonaria no Brasil; O
habitantes da Terra. Movimento da Independência e o 20 de Agosto);
Dos dois equinócios, um chamado “equinócio O Sol (Prólogo; Características Técnicas;
de primavera”, é aquele a que o sol parece Simbologia); A Lua (Prólogo; Características
chegar em 20 de março, quando passa do Técnicas; Simbologia); O Uso da Palavra;
hemisfério austral para o boreal, e o outro, Comentando os Ritos Maçônicos; Breve História
chamado “equinócio de outono”, é aquele a que do Calendário (Alvorecer do Tempo; Os
o sol parece chegar em 22 de setembro, quando Marcadores do Tempo; Os Calendários);
passa do hemisfério boreal para o austral. São Antecedentes da Independência do Brasil; A
eles que marcam o começo das duas estações de Participação das Sociedades Secretas; A Propósito
idênticas denominações. Ao “equinócio da da Independência do Brasil; A Atuação do
primavera”, dá-se o também o nome de “ponto Príncipe Regente; Os Manifestos de Agosto (A
vernal”, e é tomado como origem para a Verdadeira Proclamação da Independência do
determinação da ascenção reta das estrelas. Brasil); Barão do Rio Branco - Ilustre Maçom
Como o equador e a eclíptica não são planos (Bandeirante do Brasil Moderno); A Abolição dos
invariáveis, a linha dos equinócios não tem Escravos (Tributo ao Nosso Poeta Maior: Castro
também uma posição invariável, mas sofre em Alves); A Maçonaria no Brasil de 1832 até 1889
cada ano um pequeno movimento de (Introdução; O Momento Histórico; A Evolução
retrogradação, conhecido pelo nome de da Maçonaria); Ritos e Rituais - Origens e
“retrogradação dos equinócios”. Desenvolvimento (As Origens; As Crenças
Deste movimento de retrogradação ou Egípcias; As Crenças na Mesopotâmia; As
retrocesso, proveniente do eixo da Terra, não Crenças Persas; As Crenças Gregas); A Maçonaria
manter o seu paralelismo no espaço, resulta que no Brasil de 1889 em diante (Introdução; A Crise
doze signos do Zodíaco (faixa da esfera celeste de 1927 e a Fundação das Grandes Lojas; São
que se estende para os lados da eclíptica), os Paulo, 1921; 1973 - A Última Grande Crise
quais no tempo do astrônomo grego Hiparco
correspondia, às doze constelações zodiacais de Livraria Maçônica Paulo Fuchs.
idêntica denominação, deixam agora de estar
em correspondência, havendo já um atraso de
6
SAÚDE É COISA SÉRIA
CIENTISTAS REVÊEM EXAMES PARA CÂNCER DE PRÓSTATA

Uma equipe de pesquisadores do Instituto de Pesquisas para o câncer da Grã-Bretanha começou


a desenvolver um teste para identificar que tipo de câncer da próstata precisa ser tratado. De acordo
com um estudo do instituto, pelo menos 70% dos homens com a doença não precisam passar por
tratamento. No entanto, até agora, é impossível dizer quem precisa ou não tratar o câncer.
Atualmente, a maioria dos pacientes opta pelo tratamento – que pode ter efeitos colaterais, como
impotência e incontinência urinária – para afastar o risco de que o câncer se torne perigoso.
Com a tendência de queda nos índices de câncer do pulmão e com o envelhecimento da
população mundial, o câncer da próstata deve se tornar o câncer mais comum entre os homens até
2006. Muitos médicos consideram grande a margem de erro dos testes que existem atualmente. Um dos
exames mais conhecidos, o teste do Antígeno Prostático Específico (PSA, em inglês), por exemplo, não
é capaz de determinar se uma mutação nas células foi causada por um câncer ou por mudanças
benignas na próstata.

*Fonte: CNN

Colaboração do Ir.: Wagner Buono/M.: M.: (*)


(*) Membro da ARLS RENASCIMENTO Nº 08

PÍLULAS MAÇÔNICAS

LOJA JUSTA, PERFEITA E REGULAR

Uma Loja Maçônica tem que ser JUSTA, PERFEITA e REGULAR para funcionar.
Justa, quando tem a presença mínima de sete obreiros.
Perfeita , quando estão presentes as Três Grandes Luzes Emblemáticas da Maçonaria (Livro da
Lei, Esquadro e o Compasso).
Regular, quando subordinada a uma obediência reconhecida e regularmente constituída.

Colaboração do Ir.: ANTHERO BARRADAS/ M.:M.(*)


(*) Membro da ARLS RENASCIMENTO N º 08

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TRABALHOS MAÇÔNICOS

ALGUNS ASPECTOS SIMBÓLICOS E ESOTÉRICOS DO TEMPLO NA MAÇONARIA


Ir.: Robson Rodrigues da Silva (*)

Diferentes são os conceitos que a palavra templo evoca àqueles que com ela inicialmente se
deparam. Para a maioria, ela está exclusivamente associada ao elemento religioso. Nesse sentido, o
templo é visto, não raras vezes, como o espaço físico-sagrado, destinado ao culto de uma divindade.
Mas nem sempre o termo teve este significado reduzido, passando, com o decorrer do tempo, a
adquirir uma abrangência maior, particularmente com o aparecimento das escolas de mistérios da
antiguidade, que, à luz de uma reflexão mística mais profunda, amplia o seu conceito e, simultânea e
despretensiosamente, acaba por ocultar do profano seu real significado. Todavia, o conceito de
templo, com a sacralização de um espaço físico para comunhão e expressão cúltica à divindade está
até hoje fortemente enraizado nos mais variados povos e culturas em todo o mundo. Um retorno às
suas origens históricas talvez explique melhor este enraizamento e como somente ao iniciado é dado
conhecer os mistérios embricados no termo e seus aspectos simbólicos e esotéricos.
Assim, temos que, no passado, nossos ancestrais, recolhidos obrigatoriamente ao vasto silêncio
de seu habitat natural, aos poucos, começaram a aprender o valor e a importância do ato de refletir.
Reunidos em pequenos grupos, se aglutinavam em torno de certos lugares, os quais não eram
arbitrariamente escolhidos, mas indicados ou doados pela própria divindade. Nascia aí a repartição
do espaço em sagrado e profano e, com o decorrer do tempo, o homem passou a sentir a necessidade
de erguer os primeiros santuários ou templos, onde poderia cultuar o seu deus em sua própria
“casa”. Logo, cada cidade passou a ter um templo dedicado à sua divindade.
Historicamente, assim, o soerguimento de templos passou a constituir uma necessidade para
todos os povos darem vazão mais expressiva à religiosidade emergente, o que ocorre até nos dias. No
entanto, em que pese a conotação sempre religiosa que vem empregnado o vocábulo – geralmente
associado a uma religião ou igreja – outros grupos ou sociedades passaram a utilizá-lo, desta feita
com um significado mais abrangente. Já aí, o templo passa a constituir a própria representação do
universo, sem contudo perder sua natureza sacral. Continua como local devotado à adoração de
Deus, mas onde existem câmaras especialmente destinadas ao estudo de Suas leis, ao trabalho e
reflexão. Esta apreensão do significado de templo com a imagem e representação do universo é
estabelecida concomitantemente a uma outra, que vê no universo inteiro o próprio Templo de Deus.
Na Maçonaria este significado simbólico está expressivamente retratado na construção e
ornamentação dos seus templos. No interior de um Sagrado Templo Maçônico há sempre uma
câmara especialmente destinada à reunião geral para o estudo de Deus e Suas leis, o trabalho e a
reflexão: a Loja. Esta simboliza o mundo ou o universo. A superfície da terra está respresentada pelos
pontos cardeais. Do Leste – o Oriente – vem a vida e a sabedoria e está representado na Loja pela
figura do Venerável Mestre. No Oeste, o sol da vida descansa e, na Loja, está o Ocidente, de onde
todos os buscadores, indistintamente, rumam em direção ao Oriente, em busca da Luz Maior. No Sul,
Alegoricamente há maior iluminação. E no Norte, onde o sol não derrama a sua luz, está o lugar das
trevas, da ignorância e é onde, na Loja, os aprendizes tomam acento. O céu estrelado, por sua vez,
representa um mundo imaterial, infinito.
Todavia, o vocábulo ganha maior abrangência, ainda, quando, não só no seio da Maçonaria,
mas também das várias sociedades iniciáticas e esotéricas em geral, passa a representar o próprio
corpo do homem. Daí as palavras de HERMES: “Assim como é em cima, é embaixo”. Ou,
parafraseando-o: assim como Deus está no Macrocosmo, igualmente está no microcosmo. Ou, ainda:
assim como está onipresente em todo o universo (macrocosmo), está da mesma forma no interior do
corpo do homem (microcosmo).. Nesta concepção, Deus já não está simplesmente confinado a um
espaço quadrilátero, como queriam nossos antepassados, mas habita também e principalmente o
corpo do homem. Talvez, aqui, possamos entender melhor as palavras do Mestre Iniciado, Jesus: “Na

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casa de meu Pai há muitas moradas”. Da mesma forma, Paulo, o Apóstolo: “Não sabeis que vós sois o
templo de Deus, e que o Espírito de Deus mora em vós?”.
A concepção do corpo do homem, como templo erguido para a glória e habitat do G.: A.: D.:
U.:,embora anterior ao próprio Grande Mestre Iniciado, ao longo da história perdeu muito do
significado simbólico e esotérico, somente resgatado e conservado em sua profundidade e legado à
posteridade, pelas sociedades secretas, que caminhavam à margem da história. E é graças a este
resgate histórico que, hoje, o Iniciado pode melhor compreender que seu corpo é o Templo de um
Venerável Mestre (EU DIVINO), que a todo tempo está a lhe indicar o melhor caminho a ser seguido
e a melhor forma de edificar o Templo, não só o físico, como também o Moral, “levantando templos à
virtude e cavando masmorras ao vício”.
Como maçons, aprendemos a Arte de Construir. Participamos da construção não só de nosso
corpo-templo, como também do grande Templo-Universo. Ao adentrarmos em um Templo
Maçônico, ingressamos em nosso próprio interior e ali, longe da turbulência e do afã do dia-a-dia,
nossa consciência encontra repouso seguro e tranqüilo, num ambiente harmonioso por pensamentos,
palavras e condutas.
Por outro lado, embora nem sempre possamos estar na Loja e gozarmos dos seus infindáveis
benefícios,podemos, todavia, a qualquer tempo e em qualquer lugar, nos recolhermos no silêncio, em
nosso templo interior, no Santuário dos Santuários e ali estabelecer a necessária comunhão com a
Mente Universal, a Mente do G.: A.: D.: U.: para nosso próprio desenvolvimento e benefício da
humanidade. Desta forma, estaremos não só dando maiores passos na nossa senda, mas, sobretudo,
sendo sinceros e honestos com nossos próprios propósitos, como verdadeiros maçons que desejamos
ser, pois no recôndito do nosso ser não há lugar para subterfúgios. Ali, nos encontramos face a face
com nosso EU DIVINO. Tal é a fórmula ensinada pelo Grande Mestre Iniciado: “Quando orares,
entra no teu quarto e, fechada a porta, orarás a teu Pai que está em secreto; e teu Pai que vê em
secreto, te recompensará”. Ou, em outras palavras: quando orares, entra no teu Templo Interno e,
recolhido no teu silêncio, estabeleças um diálogo com teu Deus Interior e Ele, que vê em secreto, te
recompensará.
Estes são apenas alguns dos aspectos simbólicos e esotéricos que emergem do significado do
termo templo, vistos à luz da terminologia maçônica e de outras sociedades iniciáticas ou esotéricas e
que ficam, na maior parte das vezes , fora do alcance das vistas profanas. Muito da riqueza do seu
simbolismo vem à tona, à proporção que nos detemos na busca de maiores mistérios que ele encerra.
Isto, entretanto, é tema que deve ser desenvolvido em outra oportunidade.

(*) ARLS “Nova Estrela do Oriente”(GOB) , do Oriente de São Gonçalo(RJ)

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REVOLUÇÃO
Ir.: RENATO FIGUEIREDO/ M.: I.: (*)

Como a galinha que cisca o terreno;


Como os peixinhos que fuçam o fundo dos rios
Expondo seus veios nutritivos...

Quero conclamá-los à revolução!


Revolução do pensamento, da compreensão, AGORA.
Abaixo a história como principal fator conducente à compreensão do espírito!
Em recente reunião, assisti a vigoroso trabalho sobre origem da maçonaria. A maçonaria
primitiva.
Trilhou o autor, com muita propriedade, o caminho histórico percorrido pela Instituição
Maçônica. Bosquejou dados referentes aos “Collegia Fabrorum”, a Numa Pompilho, Roma antiga e
quejandos.
9
Haverá tantas verdades quantas sejam as cabeças humanas. Falou com muita propriedade sobre
sua maneira específica de ver a verdade. E essas múltiplas maneiras de contactar a verdade, a verdade
de cada um de nós tem que ser respeitada. Isso constitui verdadeiro landmark.
Aliou-se à coorte de autores que afirmam ter sido a lenda hirâmica forjada pelos jacobitas ,
portanto, de cunho meramente político.
Nesse vai-e-vem a minha mente bambeia.
Não me importa a concisão histórica. Importa que a essa lenda simbólica foi emprestado intenso
conteúdo simbólico favorável ao eclodir do homem novo. Creio nisso, ou largo disso.
A revolução para a qual os conclamo é a de cedermos um pouco ao nosso gosto puramente
racional de lidar com a realidade. AGORA.
Temos que dar guarida à vivência simbólica. Nosso modo de construir é simbólico. Nossa arte é
eminentemente simbólica, sem desprezar, contudo, a razão como fator fundamental e característico da
psique humana. A parte concernente ao simbolismo é constantemente por nós rejeitada, vilipendiada,
em favor da lógica que não admite nuances. A maçonaria se define, contudo, como simbólica.
Há uma estória da maçonaria que deve ser contada simbolicamente. Nos documentos antigos,
compilados por James Anderson, é referido que o início da maçonaria remonta a Adão, primeiro
homem. De repente, multidões se levantam e contestam a veracidade de tal afirmação, dizendo não ser
plausível conceber-se uma Loja montada no início do mundo (dão risinhos de entendidos), com
Venerável, Vigilantes, Diáconos e Adão entre eles. Logicamente, pelo raciocínio habitual, isso se
confunde com o absurdo, mas é plenamente claro se aceitarmos a linguagem simbólica. Construir,
alicerçar a alma, começou quando o primeiro homem questionou sobre a sua origem, sobre a
constituição do seu ser, sobre o seu destino, o seu fim último. Adão, proto-homem, portanto, foi o
primeiro maçom. O primeiro construtor do espírito. O ponto de partida do evoluir humano. Há quem
duvide disso?
A maçonaria é simbólica. O símbolo é atemporal. O símbolo é anistórico.
Toda organização, todo acontecimento, registrados, forjam história. Mas confundimos
constantemente ontologia, ciência do ser e especialmente do limitado “ser humano” com história que é
a cronologia dos fatos elaborados por esse mesmo homem. Cada setor do conhecimento humano tem o
seu devido e respeitável lugar.
A maçonaria é iniciaticamente superior, por ser simbólica e lendária, à história, ao tempo que
norteia a história. O próprio ritual, re-apresenta verdades tutelares, eu o creio, se não, não o respeitaria.
Traz para o presente, re-apresenta, verdades imanentes ao ser humano. Tudo, na comunicação
maçônica, é atual. Não há passado nem futuro no simbolismo: há apenas o eterno presente.
A maçonaria supera endereços e localizações. O homem maçom não tem uma religião, mas tem
todas as religiões; não tem uma pátria, mas tem todas as pátrias; não tem uma raça, mas todas as raças.
O tamanho da maçonaria é do tamanho do Universo.
A maçonaria, reafirmamos, ultrapassa organizações. O conteúdo não tem forma; o continente sim.
A forma palpável não pode ser confundida com o vitalizante conteúdo. O líquido tem que ser sorvido
para mitigar a nossa sede. O espírito, diz-nos sabiamente a razão, deve predominar sobre a matéria.
Continuamos envoltos nas armadilhas racionais, procurando debalde a origem histórica da maçonaria,
como se tal encontro tivesse o condão de nos abrir os olhos de ver. Esse caminho é um labiríntico
emaranhado, no qual freqüentemente, irremediavelmente, nos perdemos.
Portanto, enfim:
Que a razão seja montaria; o símbolo luminoso, o guia, o oásis de chegada, fanal do renascimento!

(*) Ir.: pertencente ao quadro da ARLS RENASCIMENTO Nº 08,


do Oriente de Cabo Frio

10
PENTALFA ? PENTAGRAMA
BREVE REFLEXÃO

Por: Ir Alexandre Magno Camargo, MM (*)

Como já foi dito em Câmara de Companheiro, Pentalfa é a estrela de cinco pontas que deve
estar sobre o Altar do 1º Vigilante e representa o homem em evolução. Pentagrama ou Estrela
Rutilante ou Estrela Flamejante ou Estrela Flamígera é a Estrela de cinco pontas, decorada em seu
centro pela letra G e por raios que parecem refulgir de seu centro no lado posterior, localizada sob o
dossel na parede do Oriente e representa o homem cuja espiritualidade foi plenamente desperta,
tendo encontrado o Caminho que o une novamente ao seu Criador.
A Pentalfa é a mesma estrela dos Pitagóricos da Escola de Cróton, na Magna Grécia (antigo
nome da atual Itália), escola esta que influenciou tremendamente a Maçonaria, tanto operativa
quanto especulativa, sendo dela os conceitos místicos, simbólicos e de arquitetura que ainda
mantemos, em sua maior parte. Certamente todos sabem que a Escola de Cróton foi fundada pelo
grande iniciado Pitágoras, a mais de 500 anos antes do advento do Cristianismo, o qual sorveu
seus conhecimentos basilares nas Escolas de Mistério da Grécia e do Egito, os quais desenvolveu
e difundiu entre iniciados do Ocidente. Assim, a Pentalfa deve ser vista como os Pitagóricos a
viam: uma estrela formada por cinco letras "A", inicial das palavras: Atreo, Aisto, Adalesques,
Agatopoeiro, Abaquidzi, que significam: ver, ouvir, meditar, bem agir e calar, base da doutrina e do
comportamento esperado de seus estudantes.
Quem não olha com atenção e não ouve com o desejo de saber não terá
conteúdo para meditar com a profundidade necessária para encontrar a Sabedoria que está em seu
interior, morada da Alma de Deus; quem não age corretamente, pautado pela ética superior que a
alma transmite intuitivamente à consciência do homem, não encontra o Caminho que o conduzirá
ao reencontro com seu Criador e que lhe dá a Força de enfrentar o caos em que se encontra; quem não
cala diante do profano conspurca a Sabedoria que deve ser revelada apenas aos indivíduos cuja
Beleza de Alma assegure frutos, resultados construtivos e equilibrados no mundo das ilusões, que é
o mundo material.
Para tanto, o companheiro deve ser amável sem ser hipócrita, severo sem ser um déspota,
benéfico sem ser perdulário, incorruptível a todo custo e casto em seus desejos (visto que o corpo
deve ser reproduzido, segundo as leis da sociedade, para que a espécie não desapareça). Estas
cinco palavras, por si só uma doutrina, são uma Tradição que a Maçonaria herdou dos Arquitetos
Dionisianos.
O Aprendiz que passa a Companheiro é um homem que despertou para a espiritualização
consciente, e como tal busca aperfeiçoar-se. Por isso o companheiro tem por símbolo uma estrela
singela, sem nenhuma decoração. Mas em sua elevação, lhe foi revelado o seu objetivo, símbolo do
Grau: a Estrela Flamejante, que representa o homem totalmente desperto para a espiritualidade, que
poliu suas virtudes e superou os aspectos negativos de sua personalidade em grau suficiente para
que lhe seja revelado o mistério seguinte, no grau de Mestre.

Fonte: Ritual de Companheiro Adonhiramita GOB


(*) Colaboração deste Ir.: pertencente à ARLS ORVALHO DO HERMON N º 2859
GOSC/GOB, DO Oriente de Brusque (SC)

11
A MAÇONARIA NAS TAVERNAS E CERVEJARIAS
Ir.: Anthero Barradas (*)

Na Constituição do reverendo Anderson está registrada: “ todo maçom que tem amor à Arte
Real, jamais será um estúpido ateu ou um libertino irreligioso”, ou seja, um maçom nunca deve
blasfemar contra Deus, como também não deve ser um libertino trambiqueiro ou beberrão. O que, no
tempo e no espaço, nem sempre foi assim. A partir de 1356 as reuniões operativas eram realizadas em
pequenas construções de uma só água construídas ao lado das grandes construções e chamadas de
avarandados. Ali, além das reuniões, era o espaço ocupado para guardar ferramentas, plantas e
materiais que não podiam ficar ao tempo. Alguns desses avarandados serviam também para guardar
mantimentos e víveres fornecidos aos operários como parte do pagamento diário ou mensal. A partir
de certa época, esses avarandados passaram a ser chamados de Lojas, onde, além de mantimentos,
vendiam-se também luvas, aventais, jalecos etc. Daí a origem da palavra Loja, que hoje identifica os
locais onde se reúnem os maçons.
A partir de 1600, começaram a se juntar aos Pedreiros de Ofício os “Aceitos”, que nada tinham
a ver com a arte de construir. Procedeu-se a uma certa elitização das Lojas e o luxo passou a
predominar. Com o crescente número dos “Aceitos” de pronto passaram estes a impor suas opiniões
e de imediato condenavam os acanhados e sujos varandões e convenceram os operativos a mudar os
locais de reuniões para as salas de cervejarias, tavernas e estalagens, lugares mais reservados onde
podiam comer, beber e conversar. É de se supor que muito provavelmente a religiosidade não se fazia
presente a essas reuniões, das quais muitos maçons de então, em muitas e muitas ocasiões, saiam
delas completamente embriagados, após suculentos jantares e muitas jarras de vinho.A respeito,
existe um famoso quadro denominado NOITE pintado pelo Ir.: William Hogart, que era membro das
Lojas londrinas “A Mão e a Macieira” e “Pedra de Canto”, mostrando uma cena passada na noite de
29/05/1738, em que seu Ven.: Sir Thomaz Veil, saía bêbado da reunião de sua Loja, amparado por
seu Ir.: Cobridor. A taverna em que se passa a cena chamava-se “ O Copo e as Uvas”.
Esta fase em que as tavernas e cervejarias serviam de locais onde praticamente se estruturou a
Maçonaria, desmistifica um pouco a idéia de antiguidade dos Templos Maçônicos. O primeiro
Templo na história da Maçonaria, construído exclusivamente para abrigar Lojas Maçônicas, somente
foi sagrado em 1776, em Londres, com o nome de FREEMASONS’ HALL.
Mesmo assim, abrigou poucas Lojas, pois a maioria preferiu continuar reunindo-se nas tavernas
por muitos anos ainda.

(*) Pertencente à ARLS RENASCIMENTO N 08


do Oriente de Cabo Frio

10 DICAS PARA ELEVAR A AUTO-ESTIMA

Ir.: Wilson Oliveira dos Santos (*)

1º Harmonize seu lar

Abra portas e janelas e comece uma limpeza. Inicie pelo guarda-roupa e armários, tire tudo e só
guarde o que está realmente precisando. O resto, elimine da melhor forma que encontrar
(doando, vendendo etc.). Faça isso em todas as dependências da casa ou escritório. Lembre-se,
só fica o necessário! Roupas e objetos que estão sem uso perdem a função vital, bloqueando o
fluxo de energia do meio ambiente. A falta dessa energia ou a energia parada adoece a casa,
você e sua família. Faça isso periodicamente e com a consciência de que também estará fazendo
uma faxina emocional.
12
2º Coma bem

Respeite os momentos das refeições. Preste atenção no que está fazendo. Não assista TV e nem
marque negócios para essa hora. Evite falar sobre problemas. Acalme-se, olhe para o seu prato e
lembre-se: o que está ingerindo irá para o interior das suas células e será parte de você, tanto
física como mentalmente. Seu corpo é 100% natural, uma alimentação artificial é incompatível
com a sua natureza. Evite também alimentos de base animal, pois eles levam uma vida inteira
sendo maltratados, principalmente no momento do abate. Todas essas emoções como o medo, o
desespero, a tristeza, ficam em forma de energia negativa impregnadas nas carnes que você está
ingerindo.

3º Preste atenção em você

Perceba os seus pensamentos. Ao longo do dia você tem milhares de pensamentos negativos e
positivos. Você não é os seus pensamentos, mas eles têm uma enorme força sobre a sua vida. Se
você tem mais pensamentos negativos, isto demonstra que você é uma pessoa negativa, sua vida
vai mal e as pessoas e situações que você atrai também estão na mesma freqüência de
negatividade. Você pode mudar a sua vida, mudando a qualidade de seus pensamentos. Quanto
aos negativos, você não poderá eliminá-los, mas poderá tirar as suas forças, cultivando os
positivos e os elevados. Enquanto você presta atenção no que está pensando, já tem maior
autocontrole sobre a energia mental e consequentemente sobre sua vida. Procure ler frases de
afirmações positivas e biografias de pessoas bem sucedidas. Mas quando o pensamento
negativo lhe assaltar a mente, repita por sete vezes: "este pensamento não tem força sobre mim".
Com o tempo você perceberá que no jardim existem rosas e espinhos e que a felicidade é um
presente para quem observa as rosas e a tristeza os espinhos.

4º Tenha objetivos

Tenha objetivos materiais e espirituais. Busque sempre melhorar a sua condição financeira,
planeje comprar bens, faça investimentos, realize viagens e busque tudo que tiver vontade, mas
lembre-se: nunca dependa dessas conquistas para viver emocionalmente bem. Elas não podem
garantir isto! O verdadeiro Bem-Estar só é alcançado por meio dos objetivos espirituais. Vá à
conquista de se tornar uma pessoa mais paciente, bondosa, serena, confiável e amiga, além de
humilde, aberta, sincera e simples e, principalmente, uma pessoa que tenha fé e confiança na
vida. Esses objetivos, e só esses, podem garantir o equilíbrio, a satisfação e a razão de viver.

5º Faça exercícios

Escolha um exercício que lhe agrade, caminhar, dançar e nadar são os mais recomendados. Os
exercícios estimulam o fluxo de energia vital, gerando além de um melhor condicionamento
físico, uma ótima sensação de bem-estar. A prática de exercícios bioenergéticos como o yoga, o
tai ch’i chuan, a dança do ventre entre outros, é fundamental para o equilíbrio do corpo e da
mente. O mais difícil é tomar a decisão de começar. Mas depois de 21 dias de exercício, ou
prática, o cérebro registra como um hábito e tudo fica mais fácil.

6º Utilize seus talentos

Você tem dons e talentos. Descubra quais são eles e comece a colocar em prática. A saúde física e
emocional depende muito desses talentos. Pessoas que não utilizam essa energia criativa,
bloqueiam o seu fluxo energético e adoecem física e emocionalmente. Canalize seus talentos
com o propósito de melhorar a vida das pessoas. Este é um excelente caminho para encontrar
prazer, equilíbrio e crescimento em sua vida.

13
7º Medite, medite e medite
A meditação é a medicina do corpo e da mente mais poderosa do mundo. Além de terapêutica é
a melhor ferramenta para o crescimento pessoal e espiritual. Preste muita atenção: aprendendo a
meditar você descobre a diferença do que é ou não importante para sua vida, com isto se torna
uma pessoa mais segura e objetiva. Com a meditação você cura seu corpo, melhora a memória e
concentração, desperta a intuição e a percepção. Você se torna uma pessoa mais disposta e
produtiva, mais agradável e serena. A forma de meditar é muito particular de cada pessoa.
Existem muitas técnicas e rituais. Cada um deve praticar da maneira que se sentir melhor.
Procure um livro, um curso ou um mestre, mas procure, pois a meditação vai melhorar muito a
sua vida, pois vai fazer você encontrar a pessoa mais importante do mundo: você mesmo!
8º Aceite a vida
Pare já de reclamar. Volte sua mente para o que a vida oferece de bom. Aceite viver nesse
planeta azul, e curta a viagem da melhor maneira possível. Lembre-se que ela tem fim, então
faça bom proveito. Ajude ao próximo, seja uma pessoa sincera, alegre e procure trabalhar com
amor. Aceite sua casa e seus bens. Aceite as pessoas como elas são e, principalmente, se aceite
como você é, seu corpo, sua personalidade. Mas aceitar não significa se acomodar com os
problemas e dificuldades da vida. Devemos buscar a força para mudar o que podemos mudar, e
a aceitação para o que não se pode ser diferente.
9º Visite a natureza
Coloque essa meta em sua vida. Pelo menos uma vez por mês, faça uma visita à mãe natureza.
Ela tem o poder de purificar as células e acalmar o espírito. O mar neutraliza as energias
negativas e recarrega o campo eletromagnético (aura). As cachoeiras ativam a vida celular e
também energizam a aura, além de hidratar a pele e os cabelos. O verde ativa o processo interior
de autocura, tanto física como emocional. Pisar descalço na terra descarrega as energias
negativas. E não se esqueça, você é parte da natureza e deve estar em harmonia com ela se
quiser manter ou recuperar a qualidade de sua vida.
10º Converse com Deus
Os gregos espiritualistas evitavam dizer o nome de Deus, pois achavam seu vocabulário muito
limitado para expressar a grandeza Dele. Então todas as vezes que tinham que falar sobre Deus
usavam a expressão o TODO. Aprenda estar em sintonia com o TODO, que está ao redor e,
principalmente, dentro do seu coração. A melhor forma? Fica a seu critério, o importante é
desejar que isso aconteça.

(*) Pertencente à ARLS ADHONAI Nº 1377 (GOB),


do Oriente do Rio de Janeiro.

Água pura é mais saúde CLÍNICO E CARDIOLOGISTA

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14
Viagem ao nosso interior
APARECIMENTO DO HOMEM
D. Villela

O primeiro livro da Bíblia – “Gênesis”, de Moisés – informa no capítulo I que o Universo surgiu
em seis dias, afirmando a certa altura: “Deus disse: Que as águas que estão abaixo do céu se juntem
num mesmo lugar e apareça o elemento árido. E assim se fez. Deus chamou o elemento árido Terra e
ao ajuntamento das águas, Mar. E Deus viu que isso era bom” (Gen. I: 9 e 10). No sexto dia foram
criados, simultaneamente, o homem e a mulher.
Já o capítulo II do referido livro apresenta versão diferente para aqueles fatos, não mencionando
etapas sucessivas e colocando o aparecimento do homem (Adão) em primeiro lugar vindo em
seguida sua companheira (Eva). Tais imprecisões, na verdade, são comuns em obras que passaram
por uma fase de transmissão oral antes de ganharem forma escrita. Outro detalhe digno de nota é a
observação “E Deus viu que era bom” colocada após os “dias “ da primeira narrativa. Na realidade,
Deus não “viu”. Ele já sabia que era bom pois a Inteligência Suprema não faz tentativas, como nós,
agindo, sempre, com absoluta segurança.
Durante muito tempo, no entanto, aquelas explicações simples foram suficientes pois as
pessoas, com raríssimas exceções, não se interessavam por tais assuntos, nem tinham condições de
estudá-los.
A Geologia surgiu no século XVIII, beneficiando-se do progresso de outras ciências e
oferecendo-nos informações seguras acerca de nosso planeta. Escavações mostraram que o solo é
constituído de camadas superpostas, que possuem características diferentes devidas a alterações que
se processaram em períodos extremamente longos, por vezes, de centenas de milhões de anos. Por
outro lado, restos de animais e plantas atestavam a presença da vida em data muitíssimo anterior
àquela indicada nos textos mosaicos, pelos quais a Criação se dera Há cerca de seis mil anos.
Examinando-se a seqüência do que ocorreu na Terra, uma pergunta se apresenta naturalmente:
Quando se deu a aparição do ser humano nesse cenário? Apesar do trabalho de eminentes cientistas
ainda não foi possível estabelecer a época precisa em que, passando-se pelos primatas e hominídeos,
chega-se ao “homo sapiens”, com seu porte ereto e seu crânio mais desenvolvido. Estima-se ,
contudo, que isto tenha se dado Há cerca de 200 mil anos, fração de tempo extremamente pequena do
ponto de vista geológico. Caracterizando-se, sobretudo, pelo emprego da razão, o homem passou a
organizar-se em grupos progressivamente maiores onde, aos poucos, foram se elaborando as grandes
civilizações do passado.
A simplicidade ingênua da descrição bíblica e a complexa visão moderna correspondem a
estágios distintos de nosso desenvolvimento intelectual e conseqüente forma de perceber a obra
divina. Não mais o fato miraculoso (E Deus disse... faça-se...), mas leis perfeitas cujo funcionamento
tudo abrange, inclusive a nossa vida moral, com o uso de nossa liberdade, conduzindo-nos da
infância espiritual à condição de filhos esclarecidos e responsáveis da Paternidade Divina,
colaboradores dela em todo os recantos do Universo.

Publicado no boletim semanal “SEI”, nº 1775 (06/04/2002)

15
HISTÓRIA PURA
OS FRANCOS REGENERADOS
Ir.: A. TENÓRIO DE ALBUQUERQUE

Em 1815, surgiram na França, homens de espíritos retrógrados, que pretenderam reconstituir a


sociedade, sob as bases de outrora, já para sempre destruídas.
Eram fanáticos absolutistas, que não se conformavam com a mudança de situação, que não
aceitavam as novas diretrizes do mundo.
Eles resolveram fundar uma sociedade política secreta, na França, em 1815. Para maior
aceitação, copiaram muita coisa da Maçonaria, como a linguagem, símbolos, várias cerimônias etc. O
objetivo era provocar confusão e atrair para a nova sociedade, que recebeu o nome de Francos
Regenerados, pessoas cuja intenção era entrar realmente para a Maçonaria, e não para uma imitação.
Como muitos nobres, generais e outras figuras eminentes da França, inclusive elementos do
clero, faziam parte da Maçonaria e as suas atividades de modo nenhum atentavam contra as leis
vigentes, as autoridades não a hostilizavam. Os Francos Regenerados procuraram beneficiar-se com a
confusão para que fossem tolerados.
Graças a um trabalho pertinaz, conseguiram instalar várias Lojas no território francês e atrair
diversos homens submissos às leis, que recebiam o título de ... pecadores recalcitrantes.
A ORGANIZAÇÃO
Os Francos Regenerados constituíam clubes misteriosos, cujas sessões eram secretas, nas quais
tratavam do processo de fazer regredir a sociedade aos tempos de outrora, com classes privilegiadas.
As sessões eram dirigidas por um presidente, dois adjuntos e um secretário, sentados em torno de
uma mesa; dois vigilantes, encarregados da segurança e da ordem no interior. Os demais membros
sentavam-se em bancos dispostos à volta da sala. Dois comissários introdutores permaneciam no
Vestíbulo do Santuário, ou Sala dos Passos Perdidos, onde examinavam os componentes do clube,
faziam-lhes perguntas de reconhecimento, antes de permitir-lhes a entrada na sala de sessões.
As sessões eram abertas e encerradas de modo semelhante ao das sessões maçônicas.
AS INICIAÇÕES
Em torno dos candidatos, eram feitas sindicâncias para verificar quais as suas convicções
políticas, as suas opiniões acerca da reconstrução da sociedade. O próprio candidato era severamente
interrogado por uma comissão. Aprovada a sindicância, era marcada a data da iniciação. O candidato
era submetido a uma série de provas simbólicas e a outra de provas físicas, depois fazia um
juramento, comprometendo-se a não revelar jamais nenhum dos segredos e mistérios da ordem e dar
conhecimento à sociedade de todos os atos irregulares que presenciasse dos cidadãos, principalmente
dos funcionários públicos.
REAÇÃO DAS AUTORIDADES
A intenção da sociedade dos Francos Regenerados era assenhorear-se de reais ou falsas
irregularidades dos homens, principalmente dos funcionários para depois argumentar que tais
anormalidades eram uma conseqüência da transformação da sociedade e que, pra regenerá-la
cumpria voltar aos costumes antigos.
Preparavam-se os Francos Regenerados para provocar um escândalo de grandes proporções. As
autoridades tiveram conhecimento de tudo e adotaram medidas repressivas, em 1816. Houve
excesso. Todas as sociedades secretas tiveram o seu funcionamento proibido, inclusive a Maçonaria,
quando a finalidade era apenas exterminar uma que se tornara perniciosa.

Extraído Do livro “SOCIEDADES SECRETAS”

16
BIOGRAFIA DO MÊS

ALVES BRANCO (Marechal Domingos Alves Branco Muniz Barreto)

Nasce na Capitania da Bahia, em data incerta, sendo filho do Capitão Domingos Alves Branco
Muniz Barreto.
Alistando-se num dos corpos da mesma capitania, Alves Branco é promovido, em 1804, ao
posto de Sargento-Mor. E em 13/05/1808 é promovido a Tenente-Coronel.
Em 07/06/1810, Domingos Alves Branco é promovido ao posto de Coronel.
Foi nomeado Secretário do Governo da Capitania de Montevidéu, em 25/11/1816.
No mesmo ano (1818) em que é promovido ao posto de Brigadeiro graduado, Domingos Alves
é Iniciado na Loja “Comércio e Artes”, adotando o nome simbólico de Ir.: Sólon.
Em 21/06/1822, no desmembramento da Loja “Comércio e Artes” para a formação do Grande
Oriente, Domingos Alves Branco é sorteado para fazer parte da Loja “Comércio e Artes na Idade de
Ouro” e, no mesmo dia, foi eleito para o cargo de Secretário da mesma Oficina.
Em 04/10/1822, na 17ª sessão do Grande Oriente, em que D. Pedro, eleito Grão-Mestre,
assumiu o Supremo Malhete, e tendo Ledo proposto que fosse aclamado Rei do Brasil, o Brigadeiro
Alves Branco, tomando a palavra, propôs que a aclamação fosse de Imperador e não de Rei.
E sendo apoiado pela Assembléia, Alves Branco exclamou com voz forte: “Viva o Imperador do
Brasil o Sr. D. Pedro I, seu Defensor Perpétuo!”, o que foi repetido por toda a Assembléia com
indescritível entusiasmo.
Nesta mesma sessão, a seguir, Alves Branco pronunciou um discurso, em que prevenia D.
Pedro contra as intrigas, aconselhando-o a “apartar-se de homens coléricos e furiosos”. Prevenia-o,
com essas palavras contra a trama organizada pelos Andradas contra os Maçons.
Em seguida ao golpe desfechado por José Bonifácio, através da “Nobre ordem dos Cavaleiros
de Santa Cruz”, o Brigadeiro Alves Branco é preso e recolhido à fortaleza de Santa Cruz com outros
maçons (20/12/1822), que, posteriormente, foram removidos para as fortalezas da Ilha das Cobras e
da Conceição.
Em 05/07/1823, o Tribunal de Relação do Rio de Janeiro absolve, por falta de provas, muitos
dos que haviam sido processados na suposta conspiração de outubro. Entre eles estava o Brigadeiro
Alves Branco Muniz Barreto.
Em 10/12/1827, Alves Branco é promovido a Marechal de Campo graduado. Posteriormente
(25/08/1830), passou para a reserva com o posto de Tenente-General.
O marechal Domingos Alves Branco Muniz Barreto morre no Rio de Janeiro, em 19/06/1831.

AUGUSTA E RESPEITÁVEL LOJA SIMBÓLICA DE PESQUISAS MAÇÔNICAS DO


ESTADO DO RIO DE JANEIRO “NICOLA ASLAN”

(Fundada em 25/08/1995)
LOJA ITINERANTE
Reuniões trimestrais (meses de : Março, Junho, Setembro e Dezembro)

17
O NOSSO PLANETA

UM QUARTO DOS MAMÍFEROS EM RISCO DE EXTINÇÃO

Quase um quarto dos mamíferos do mundo estão em risco de extinção dentro de 30 anos,
anunciou no dia 22 de maio um estudo das Nações Unidas sobre o estado do ambiente global.
Pesquisadores que contribuíram para o relatório identificaram 11.046 espécies de plantas e animais
que estão ameaçados. Entre eles, 1.130 mamíferos – 24% do total – e 12% ou 1.183 espécies de
pássaros.
A lista dos ameaçados criticamente vai desde os mais bem divulgados, como o rinoceronte
negro e o tigre siberiano, aos menos conhecidos, como o leopardo Amur da Ásia, o “chinchilla”
(roedor) de rabo curto da América do Sul e a águia filipina.
Atividades humanas, notadamente a destruição dos habitats e a introdução de espécies exóticas
de uma parte em outra, são identificadas como as principais causas dessa perda de “biodiversidade”.
Os pesquisadores que ajudaram a preparar o Global Environmente Outlook – 3 (Geo – 3)
documento do United Nations Environment Programme (Unep) também identificaram 5.611 espécies
de plantas que estão em vias de extinção. Comentam que o número exato é bem mais alto, visto que
apenas 4% das espécies de plantas conhecidas foram propriamente avaliadas.
O documento, que revê os últimos 20 anos de degradação ambiental assim como considera uma
visão futura dos próximos 30 anos, pretende dizer que todos os fatores que levaram espécies à
extinção em décadas recentes continuam operando com “até crescente” intensidade.
Ameaças à vida na Terra incluem exploração de recursos naturais, poluição, destruição de
habitats, introdução de espécies exóticas e mudança climática global, alertam os cientistas
conselheiros da UNEP. Acreditam eles que a perda dos habitats por pressões antropogênicas é grande
responsável por problemas que enfrentam 89% das aves ameaçadas, 83% dos mamíferos ameaçados e
91% das plantas em extinção.
A UNEO identificou espécies invasoras exóticas como a segunda maior ameaça, afetando cerca
de 30% das aves ameaçadas e 15% das plantas ameaçadas. Geo-3 tem o objetivo de destacar os fatores
que contribuem para a degradação ambiental da Terra, afetem terra, ar ou água. Espera-se que se diga
que muitos problemas podem ser retificados se os governos implementarem os tratados e convenções
acordadas desde a cúpula da Terra Rio de 1992 – incluindo o protocolo de Kyoto sobre mudança
climática e a Convenção sobre Biodiversidade.
Mark Collins, o diretor do World Conservation Monitoring Centre da UNEP, em Cambridge,
disse: “Acho que se nós formos capazes de concordar em levar adiante as medidas que foram
propostas desde o Rio, há razão para otimismo.” Entretanto, o Geo-3 identifica vários problemas –
não menores do que o aquecimento global – que parecem estar crescendo. Além disso, a pobreza
humana está aumentando, o que está provocando enormes pedras na biodiversidade e “tem de ser
contemplada”, Dr. Collins diz.

Fonte: Revista Digital Água Online

18
DEPOIMENTO
CARTA DO ESCRITOR MÁRIO PRATA AO MINISTRO PAULO RENATO

Saber que uma crônica minha, publicada num jornal de grande circulação, foi tema da prova de
português num vestibular para medicina só me envaidece. O ego dá um pulo. Melhor até mesmo que
um elogio no The New York Times (sorry, mas eu tinha que contar).
A crônica imposta aos jovens se chama As Meninas-Moça. Publicaram a danada inteira e depois
fizeram oito perguntas em forma de múltipla escolha. E eu, que escrevi, que sou o autor, errei as oito.
Imagino os meninos e as meninas, que querem ser médicos, submetidos a tal dissecação.
Fico aqui me perguntando, ministro, pra que isso? Será que, para cuidar de uma dor de cabeça,
um jovem tem de saber se a minha expressão “esparramados em seios esplêndidos” é uma paráfrase,
uma metáfase, uma paródia, uma amplificação ou o resumo de um texto bem conhecido pelo cidadão
brasileiro? Com toda a sinceridade, ministro da Educação Paulo Renato, você sabe me responder isso?
Algum assessor seu sabe?
A gente educa os filhos direitinho, ensina o que achamos fundamental. Educação, honestidade,
indica bons livros, explica porque o Maluf é nefasto, pede para ele torcer pelo Coríntians, apresenta
gente decente,paga milhões de reais por bons colégios, ensina inglês e até paga o analista. Para que
ele tenha um bom futuro e seja feliz. Meus filhos sabem, por exemplo, o que é larica. Você também
sabe. Mas, para ser médico, a larica é outra. Veja um exemplo da prova: “Larica é larica. Vide
dicionário.” Aí, para ser médico, o jovem precisa saber se esta pequena frase é poética, fática,
metalingüística, emotiva-expressiva, referencial, conativa ou apelativa? O que você acha, Paulo
Renato? Eu, larica à parte (e bem-vinda), não faço a menor idéia.
Será que não teria sido melhor publicar a crônica (como foi feito) e pedir para a garotada
escrever o que quisesse, o que achasse, o que bem entendesse do que eu entendi? Deixar o jovem
manifestar sua opinião, fazer a garotada escrever no lugar de ficar ticando opções fáticas?
O título da vestibular crônica, já disse, era As Meninas-Moça e eu me referia ao time feminino de
vôlei da “Leites Nestlé” que ia acabar. Olha o que eles perguntaram aos alunos sobre o título:
a) Ao usar meninas-Moça, não flexionou no plural o segundo elemento porque criou um
neologismo, processo que não se submete a normas da língua;
b) Ao criar um novo vocábulo, não transgrediu as regras de flexão dos compostos;
c) Usou uma flexão admissível porque o segundo elemento é um nome próprio feminino;
d) Ao usar a expressão do composto, violentou a regra da língua que preconiza, para esse caso, a
variação no plural para os dois elementos;
e) Usou apropriadamente a forma meninas-Moça, visto que o segundo elemento tem função apositiva.
O que você acha ministro? Eu, fico entre a e b .Mesmo porque eu não tenho a menor idéia do que
seja uma função apositiva. E você, Paulo Renato, vota em quem? F, H, C? Ou A,C,M? Ou M,E, C?
E agora, meu querido ministro, só para terminar a aula, me diga, nas expressões abaixo, onde
você identifica um exemplo de intersexualidade:
a) “... principalmente o feminino balé de braços, de loiras e altitudes mim”;
b) “Não, leite Moça foi feito para flanar esparramando em seios esplêndidos, chacoalhando no ar,
jornadando até as estrelas”;
c) “Aquelas meninas-moças, todas voando pela quadra já fazem parte da latinha”;
d) “Embaixo, está escrito: indústria brasileira”;
e) “... que saem de dentro da lata como que convocadas pelos gênios das lâmpadas que iluminam”.
E agora, C,D ou F?
Já disse lá trás, ministro e organizadores da prova, que sinto-me sinceramente envaidecido com a
escolha de um texto meu. Mas jamais poderia imaginar que, ao escrever uma crônica pensando
naquelas coxas todas, naqueles seios esparramados pelas quadras, ao escrever um texto de olho na
Karin, ao digitar uma crônica preocupado com o desemprego da minha namorada (que fazia parte da
equipe) fosse dar tanta dor de cabeça para dezenas de milhares de jovens que querem apenas uma
profissão digna para enobrecer este nosso País tão mal-educado.
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Quanto às pernas da Karin, ministro, vá de a, b, c, d, e fim de papo. Sacou?

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