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MAÇÔNICO
Ano II n.º 17 Julho/2002
EDITORIAL ÍNDICE
E sperança!
Pág. 2
O que a imprensa
Jamais prive uma pessoa de esperança... pode ser que ela só tenha noticiou
aquilo! Pág. 3
Como é importante ter esperança, sonhar, planejar, enfim... Curiosidades
acreditar que hoje será melhor do que ontem e que o amanhã poderá
Pág. 4
ser melhor do que hoje.
Para pensar
A morte é a única certeza que temos verdadeiramente. E a vida é
uma sucessão de dias vividos. Pág. 5
Como o dia de amanhã é incerto, precisamos viver cada dia o Frases que marcaram
melhor que pudermos. Pág. 6
Nunca desperdicemos uma oportunidade de dizer a uma pessoa Gr. Dic.Enciclopédico de
que a amamos. Maç. e Simbologia
(Nicola Aslan)
Aprendamos a prestar atenção. Às vezes, a oportunidade bate à Biblioteca
porta muito baixinho.
Pág. 7
Não usemos o nosso tempo e nossas palavras com descuido.
Saúde é coisa séria
Nenhuma das duas coisas pode ser recuperada. Pílulas Maçônicas
Atenção com grandes problemas, pois eles escondem normalmente
Pág. 8 à 13
grandes oportunidades.
Trabalhos Maçônicos
Tornemo-nos uma pessoa mais positiva e entusiástica.
Pág. 14
Sejamos fraternos... sejamos um irmão de verdade. Viagem ao nosso interior
Mas acima de tudo, tenhamos ... ESPERANÇA!
Pág. 15
História pura
Pág. 16
Carlos Alberto dos Santos/ M...M... Biografia do mês
Pág. 17
O nosso planeta
Pág. 18
• Depoimento
O Pesquisador Maçônico
Fundação: Janeiro/2001
Informativo Cultural da SOCIEDADE DE ESTUDOS ANTHERO
BARRADAS, e A... R...L...S... Renascimento n.º 08
Rua Nicola Aslan, 133
Braga – Cabo Frio (RJ) e-mail: carlosalberto@cabofrio.psi.br
1
O QUE A IMPRENSA NOTICIOU
BRIGA ENTRE MONGES FERE 11 NA IGREJA DO SANTO SEPULCRO
JERUSALÉM – O teto da Igreja do Santo Sepulcro ficou com a aparência de um campo de batalha na
segunda-feira de 29/07/2002, depois que monges das igrejas Egípcia Copta e Etíope brigaram por causa
da posição de uma cadeira. Segundo a tradição cristã, Jesus foi crucificado neste local.
Onze monges foram hospitalizados por causa da briga na igreja, que envolveu pedras, barras de
metal e móveis sendo lançados de um lado para outro.
Seis seitas cristãs guardam o templo, por uma decisão que remonta à época do Império Otomano
(1757). A guerra entre duas delas, ambas originárias do norte da África, começou há vários anos, mas
ganhou força há algumas semanas, quando um velho monge desrespeitou as “fronteiras” da igreja e
colocou uma cadeira no território dos etíopes, que estava à sombra.
“Estão tentando nos expulsar”, disse um monge etíope sobre os coptas. Os etíopes chamam esta
igreja bizantina, do século III, de Casa do Sultão Salomão, porque acreditam que o rei bíblico Salomão a
deu de presente à rainha de Sabá.
Os etíopes perderam a posse do telhado no fim do século XIX, quando os coptas se aproveitaram de
uma epidemia e tomaram conta do lugar. Mas em 1970 os coptas se descuidaram da vigilância e os etíopes
voltaram para ocupar uma capela do local, de onde não se retiraram mais.
Desde então, um monge etíope fica permanentemente em um canto da capela. O monge egípcio que
provocou o incidente vive no telhado desde 1970, para preservar os direitos de sua seita. Ele deslocou a
cadeira para a sombra, invadindo o território dos etíopes, num dia de muito calor.
“Eles provocaram”, acusa o padre copta Afrayim, que vive no monastério vizinho; “eles o
empurraram e chamaram umas mulheres para beliscá-lo”, afirmou.
Um lado acusa o outro de ter atirado a primeira pedra – ou dado o primeiro soco. A polícia precisou
intervir para acabar com a confusão.
Pelo menos sete monges etíopes e quatro egípcios ficaram feridos. Segundo os etíopes, um de seus
monges permanece inconsciente. Os coptas afirmam que um dos seus teve um braço quebrado.
Mesmo depois da briga, os nervos continuam à flor da pele. Na segunda-feira, um monge egípcio
vaiava os adversários e passava a mão pela garganta, indicando um degolamento.
“Querem nos matar. Não querem que a gente viva aqui”, disse um monge etíope, com a voz
distorcida pela histeria. “O que fizemos para que Deus nos esteja punindo deste jeito?”
Alguns monges etíopes se sentaram em uma fileira de cadeiras, provocativamente, ao lado do
guardião egípcio. Dentro dos barracões de concreto construídos na laje, monges etíopes tratavam das
próprias feridas, perguntando-se como uma comunidade tão pobre poderia pagar uma ambulância.
O Ministério de Assuntos Religiosos de Israel disse que vai tentar mediar um acordo entre as duas
partes.
Alfredo P. Cunha
Cirurgião Dentista – CRO 4679
Dr. Wagner Buono
Glaicy M. Cunha Ginecologista e Obstetra
CRM 52.27620-8
Periodontia e Endodotia –
Acompanhamento Pré-Natal
Atendimento: Tratamento de Doenças Sexualmente Transmissíveis
2ª, 3ª, 5ª e 6ª 8h às 11h – 14h às 17h Prevenção do Câncer de Colo
Prevenção do Câncer de Mama
Avaliação Hormonal na Peri-Menopausa e Menopausa
3
Fonte: o LIVRO DOS DIAS (1998)
4
PARA PENSAR
COMPAIXÃO
Era uma vez um velho muito velho, quase cego e surdo, com os joelhos tremendo.
Quando se sentava à mesa para comer, mal conseguia segurar a colher.
Derramava a sopa na toalha e, quando afinal, acertava a boca, deixava sempre cair um bocado
pelos cantos.
O filho e a nora dele achavam que era uma porcaria e ficavam com nojo.
Finalmente, acabaram fazendo o velho se sentar num canto atrás do fogão.
Levavam a comida para ele numa tigela de barro e o que era pior nem lhe davam o bastante.
O velho olhava para a mesa com os olhos compridos, muitas vezes cheios de lágrimas.
Um dia, suas mãos tremeram tanto que ele deixou a tigela cair no chão e ela se quebrou.
A mulher ralhou com ele, que não disse nada, só suspirou.
Depois ela comprou uma gamela de madeira bem baratinha e era ali que ele tinha de comer.
Um dia, quando estavam todos sentados na cozinha, o neto do velho, que era um menino de
quatro anos, estava brincando com uns pedaços de pau.
O que você está fazendo ? – perguntou o pai.
Estou fazendo um cocho, para papai e mamãe poderem comer quando eu crescer. – o menino
respondeu.
O marido e a mulher se olharam durante algum tempo e caíram no choro.
Depois disso, trouxeram o avô de volta para a mesa.
Desde então passaram a comer todos juntos e, mesmo quando o velho derramava alguma
coisa, ninguém dizia nada.
Praça Tiradentes 115, São Bento, Cabo Frio, RJ CEP. 28.906-290 Praça Porto Rocha, 37 - sala 109 – Centro – Cabo Frio - RJ
Cep: 28.905-250 - Tel/fax: (22) 2643.4878
(22) 2647.2931 Fax: (22) 2647.4285
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e-mail: javs@levendula.com.br
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FRASES QUE MARCARAM
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“A beleza das coisas está na alma de quem as contempla”.
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“Nosso mundo é de pessoas que não sabem o que querem, mas que estão dispostas a ir ao inferno
para consegui-lo”.
“Uma besteira dita por cinqüenta milhões de pessoas continua uma besteira”.
“Tudo o que se necessita para o triunfo do mal é que os homens de bem não façam nada”.
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“Se você estiver ocioso, não fique solitário; se estiver solitário, não fique ocioso”.
2645.2700 2645.1953
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GRANDE DICIONÁRIO ENC. BIBLIOTECA
DE MAÇONARIA E
MAÇONARIA – Lendas, Mistérios e Filosofia
SIMBOLOGIA Iniciática
João Antônio Ardito
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SAÚDE É COISA SÉRIA
VÍRUS PODE SER A CAUSA DA DIABETES, APONTA ESTUDOS
A diabetes pode ser causada por um vírus. As evidências foram encontradas por pesquisadores
ingleses, que perceberam diferenças na maneira como o organismo de pessoas saudáveis e diabéticas
reage a um vírus chamado Coxsackie B4 (CVB4). Os pesquisadores descobriram que o vírus CVB4
estimula o sistema imunológico facilmente, mas que essa resposta era diferente entre indivíduos
saudáveis e diabéticos. Eles explicam que o CVB4 é uma espécie de inimigo que o organismo tem que
combater usando células anti-virais que os contenha. Ao mesmo tempo, o corpo guarda uma parte
dessas células para o caso de um novo ataque. O estudo mostrou que os indivíduos diabéticos
apresentaram maior quantidade dessas células, sugerindo que eles tiveram contato recente com o
vírus. O estudo, patrocinado pela entidade de pesquisas inglesa Action Research, e publicado pela
revista especializada “American Journal of Diabetes”, durou três anos e é considerado um passo
importante no esclarecimento das causas que levam à doença.
*Fonte: GALILEU.
PÍLULAS MAÇÔNICAS
A PRIMEIRA INICIAÇÃO
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TRABALHOS MAÇÔNICOS
CATECISMO(Permanente Reflexão sobre a Maçonaria)
Ir Renato Figueiredo (*)
1. O que é Maçonaria?
R.: É a Arte de construir.
6. O que é o silêncio?
R.: É o estado de alma que permite relações com a verdade do mundo que é perseguida por todo aquele que
busca o entendimento.
7. O que é um Ritual?
R.: É a maneira simbólica, repetitiva, convencional, de me relacionar com outras pessoas do mesmo desiderato.
8. O que é um Rito?
R.: É a maneira simbólica de expressar os grandes acontecimentos vivenciais da alma humana.
14. Porque a Maçonaria não usa apenas o discurso, a palavra, para revelar as verdades condizentes com o
nosso mundo?
R.: A palavra prepara o caminho para a manifestação do símbolo, mas a linguagem a que nos devemos ater e
penetrar o seu significado é a linguagem dita “perdida”, a linguagem própria dos símbolos. O símbolo tem
dupla mão: é linguagem do desconhecido, e dessa forma, não sei o que seja;ou é a forma críptica, ou não, de
expressar o que experenciei.
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15. O que é a Estrela Flamígera?
R.: É o símbolo-receita, que especificamente se refere ao homem esclarecido, ao adepto.
R.: Movimento da burguesia francesa contra os privilégios da aristocrata nobreza que culminou com a
decapitação de Luís XV e Maria Antonieta, pondo fim ao antigo regime. Suas divisas eram: “ Liberdade,
Igualdade ou Morte”, sendo, posteriormente, substituída a palavra “morte” por “Fraternidade”; Abolição das
castas privilegiadas em favor do cidadão.
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31. O que foram os Templários?
R.: Foram uma ordem religiosa cavaleiresca, assentada por Balduíno nas cercanias das ruínas do templo de
Salomão, que tinham por finalidade proteger os peregrinos cristãos do ataque dos Sarracenos. Amealharam
imensas riquezas materiais e conseqüente poder temporal e por isso foram dizimados pelo mundo de
contendas.
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TRIÂNGULO MAÇÔNICO
Ir.: ANTHERO BARRADAS/ M.: I.: (*)
Uma Loja para ser fundada necessita de sete (7) ou mais Mestres Maçons; entretanto, em caráter
provisório, em local em que não existam Lojas e não haja número suficiente de mestres, pode ser
formado um TRIÂNGULO, para funcionar até que o número mínimo de sete (7) mestres seja alcançado.
O prazo para esse funcionamento interino do TRIÂNGULO fica a critério da Obediência a que pertence,
em geral, até um máximo de três anos, findo o qual, se o número não for atingido, será dissolvido.
Esse funcionamento interino deve obedecer a algumas regras, conforme segue:
Um TRIÂNGULO deve funcionar sempre sem a presença de visitantes;
Para proceder a Iniciações, Elevações, Filiações e Exaltações deverá ser usado o
Templo da Loja mais próxima e com os membros desta;
Como um TRIÂNGULO é formado por 3 a 6 MM.: MM.:, a ocupação dos cargos obedecerá a
seguinte distribuição:
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Triângulo com 3 MM.: MM.:
1 Venerável/Orador, 1 Secretário/Tesoureiro e 1 M.: de Cer.:/Cobridor;
Triângulo com 4 MM.: MM.:
1 Venerável/Orador, 1 Secretário/Tes.:, 1 M.: de Cer.: e 1 Cobridor;
Triângulo com 5 MM.: MM.:
1 Ven.:/Or..:, 1 Secr.:/Tes.:, 1 Vig.:/Chanceler, 1 M.: Cer.: e 1 Cobr.:;
Triângulo com 6 M.: M.:
A mesma distribuição acima, acrescentada de 1 Vig.:/ Hosp.
Evidentemente no que diz respeito ao REAA, pois que existem Ritos que não têm Mestre de
Cerimônias, nem Chanceler, sendo que o Rito Schroeder não tem Orador.
Visto tratar-se de um funcionamento temporário e anormal, não há como seguir-se fielmente a
ritualística. A sessão é aberta e encerrada por um golpe de malhete e não há transmissão da palavra.
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LIBERDADE E TOLERÂNCIA
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O BALANDRAU
Colaboração do Ir.: Humberto Bertola (*)
Na mitologia grega, as Parcas eram divindades donas da sorte dos homens, tudo indicando que
elas exerceram suas fatais funções desde a origem dos seres e das coisas. Chamavam-se Cloto,
Laquésis e Átropos.
Imutáveis em seus desígnios, elas possuíam o fio misterioso, símbolo do curso da vida, e nada
conseguia aplacá-las nem impedi-las de lhe cortarem a trama.
Cloto, assim chamada de uma palavra grega que significa “fias”, parece ser a mais moça das
Parcas. É ela que tem o fio dos destinos humanos, sendo vestida por uma longa roupa em que
predominava o azul-claro.
Laquesís, do grego “sorte”, é a Parca que coloca os fios no fuso, sendo o rosa a cor
predominante de suas vestes.
Átropos, do grego “inflexível”, corta impiedosamente o fio que mede a vida de cada mortal. É
representada como a mais idosa das três irmãs, com vestidos negros e lúgubres; vêem-se perto dela
muitos novelos de fio mais ou menos volumosos conforme a extensão, longa ou breve, da vida que
eles medem.
Em sua romântica simplicidade, os gregos não só procuraram conviver com naturalidade com a
idéia da morte, como assinalam sutilmente a sua inflexibilidade, inevitabilidade e pré-determinismo.
À roupa de Átropos, de cor negra, atribui-se a inspiração das batinas, túnicas e demais vestes
sacerdotais de inúmeras religiões e organizações esotéricas.
Haveria a intenção de fixar, com amparo na concepção helênica, a idéia, não só da
inexorabilidade da morte, como da necessidade de se viver uma vida espiritualmente proveitosa, que
nos preparasse para o nosso instante derradeiro?
Alguns analistas do filosofismo básico que rege as grandes corporações místicas –
principalmente as orientais – assinalam como uma idéia comum a todas elas, a de que as criaturas
humanas reencarnar-se-iam tantas vezes quantas fossem necessárias à evolução de suas almas, após o
que as mesmas, ou obteriam o descanso eterno, ou subiriam para um plano de existência mais
sublime.
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Pretendiam tais corporações, através de um esforço consciente, dirigido e concentrado, fazer
com que as almas de seus filiados evoluíssem em tal grau numa única encarnação, que diminuiriam
sensivelmente a quantidade de novas voltas a este planeta, indiscutivelmente, palco de uma forma de
vida dolorosa, agressiva e ingrata.
As vestes negras, mantendo viva na mente dos adeptos a lembrança da morte e a advertência
da necessidade de se ganhar tempo, prestava-se extraordinariamente a tal idéia basilar.
É extraordinária a diferença de atitude entre orientais e ocidentais diante da idéia da morte, e
esta diferença deve ser creditada, decididamente, à presença da doutrina reencarnacionista nos textos
religiosos dos primeiros. Os orientais consideram a morte uma libertação dos pesados encargos de
sustentar um corpo físico cheio de falhas, apetites, temores, fraquezas etc...
Observa-se, hoje, no mundo ocidental, que a própria Igreja Católica já começa a dar uma
conotação menos trágica à morte, celebrando-a com vestes sacerdotais brancas (como a advertir que o
finado libertou-se dos pesados encargos do corpo físico e voltou a ser luz).
Paul Bruton em “Busca do Eu Superior”, afirma: Quando o homem compreender normalmente
que sua vida prossegue mesmo depois que a sepultura lhe reclame o corpo, ele poderá deter sua
existência apressada e adquirir um sentido mais nobre de responsabilidade. Ainda então, porém, será
preciso relembrar que a mera sobrevivência não é o mesmo que uma duradoura imortalidade”.
Tal ponto de vista, basicamente orientalista, se ajusta à indiscutível realidade de que a morte do
corpo físico é fim inevitável e que como tal, deveria ser uma ocorrência natural e nunca uma tragédia.
Ajustar-se à flagrante verdade de que o corpo físico é um fardo difícil, complexo, cheio de exigências
e foco de milhares de sofrimentos, depressões e temores.
Na Bíblia Cristã, em Gênesis (2:7), está expresso: “E formou o Senhor Deus o homem do pó da
terra, e soprou em seus narizes o fôlego da vida: e o homem foi feito ALMA VIVENTE. Ainda em
Gênesis (3: 19): “do pó de onde veio tornará”. Em Eclesiates (12:7) temos: “E o pó volte à terra, como o
era, e o ESPÍRITO volte a Deus, que o deu”.
Estranhável, ainda em se considerando os textos bíblicos citados. A falta de resignação das
comunidades que adotam o Velho e o Novo Testamentos, diante da inexorabilidade da morte,
cultuada como um dos mais importantes exercícios espirituais pela Companhia de Jesus (JESUÍTAS).
O balandrau, negro, usado em algumas cerimônias maçônicas, está, portanto, ligado a toda essa
concepção de aceitação e compreensão da morte como forma de valorização da vida.
CLÍNICO E CARDIOLOGISTA
Consultório:
Rua Silva Jardim, 78 Centro - Cabo Frio - RJ
14
Viagem ao nosso interior
CASAMENTO
D. Villela
O casamento – a união permanente de um casal – está nas Leis de Deus. Com ele tem início a
família, normalmente ampliada com a presença dos descendentes. O amor deve presidir sua
formação estendendo-se depois aos filhos a fim de que ela possa desempenhar suas elevadas funções.
Compreensivelmente essa união tem sofrido as injunções decorrentes de nossa inferioridade.
Deformações como a poligamia generalizada no passado ou a subalternidade da mulher em
determinadas sociedades ainda em nossa época, bem como a fragilidade muitas vezes observada nos
compromissos matrimoniais são evidências disso.
Quando um homem e uma mulher se decidem por uma vida em comum, compartilhando
objetivos, alegrias e lutas, estão, independentemente de qualquer ato formal ou religioso, criando um
vínculo moral de responsabilidade pelo parceiro e pela própria união, que devem proteger e
valorizar. Sempre houve – e há - numerosas famílias bem ajustadas nas quais também ocorrem
problemas que o amor suplanta, garantindo a estabilidade do grupo doméstico.
Por outro lado, os insucessos também numerosos da organização familiar levaram
observadores superficiais, sobretudo materialistas, a considerá-la fracassada ou superada
profetizando mesmo sua substituição por uniões sucessivas de duração mais ou menos longa ou a
chamada família monoparental, isto é, os filhos com um dos cônjuges sem a co-habitação do casal.
Segundo ainda outros, as obrigações matrimoniais constituiriam uma limitação ou obstáculo à plena
realização das aspirações e capacidades individuais.
A Doutrina Espírita amplia extraordinariamente a compreensão acerca da problemática
familiar, destacando sua importância e esclarecendo-nos que aproximação e descendência na Terra
resultam, normalmente, de compromissos firmados na Espiritualidade, antes de nosso nascimento,
alertando, ao mesmo tempo, quanto à ilusão de uma convivência idílica entre individualidades
imperfeitas quais as que compõem a nossa humanidade.
Casamento e família mais ou menos harmoniosos ou conflitados constituem sempre valiosa
concessão da bondade divina para a superação de deficiências e a realização de valiosas conquistas na
extensão do bem e da paz.
Na verdade, ao invés de “limitação” ou “obstáculo” enxergados pela miopia espiritual,
constituem os laços de família uma disposição divina em cuja vivência deveremos encontrar
felicidade – o que ainda não ocorre em escala mais ampla na Terra – situação a que, futuramente, o
progresso nos conduzirá.
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HISTÓRIA PURA
A GUERRA DOS FARRAPOS
Todos têm conhecimento da “Guerra dos Farrapos” ou “Revolução Farroupilha”, uma das
páginas mais importantes da história do nosso País, ocorrida no Rio Grande do Sul.
O que poucos sabem é que também este, como tantos outros episódios da nossa história, teve a
participação marcante da Maçonaria. Por isso que vale transcrever parte da ata da sessão da Loja
gaúcha em que o movimento foi planejado: “Aos dezoito dias do mês de setembro, do ano de 1835 da E.: V.:
e 5835 da V.: L.:, reunidos em sua sede, sito à Rua da Igreja nº 67, em um lugar Claríssimo, Forte e Terrível aos
tiranos, situado debaixo da abóbada Celeste do Zenith nos 30º e 5’ da latitude da América Brasileira, ao Vale de
Porto Alegre, Provìncia de São Pedro do Rio Grande do Sul, nas dependências do Gabinete de Leitura onde
funcionava a Loja Maçônica Philantropia e Liberdade, com o fim de, especificamente, traçarem as metas finais
para o início do movimento neorevolucionário com que seus integrantes pretendem resgatar os brios, os direitos
e a dignidade do povo Riograndense. A sessão foi aberta pelo Ven.: M.: Ir.: Bento Gonçalves da Silva. Registre-
se as presenças dos IIr.: (...). Logo de início, o Ven.: M.:, depois de breves considerações sobre os motivos da
presente reunião,de caráter extraordinário, informou a seus pares que o movimento estava prestes a ser
desencadeado. A data escolhida é o dia 20 do corrente, isto é, depois de amanhã. Nesta data, todos nós, em nome
do Rio Grande do Sul, nos levantaremos em luta contra o imperialismo que reina no país.
Na ocasião, ficou acertada a tomada da capital da Provìncia pelas tropas dos IIr.: Vasconcellos Jardim e
Onofre Pires, que deverão permanecer, com seus homens, nas imediações da Ponte da Azenha, aguardando o
contingente que deverá se deslocar desde a localidade de Pedras Brancas, quando avisados. Seguem-se
considerações gerais. O T.: de B.: circulou e colheu 421$000, que, por proposição do Tes.: (...), aprovada por
unanimidade, foi destinada à compra de uma Carta de Alforria de um escravo. Foi realizada uma Poderosa
Cadeia de União, que , pela justiça e grandeza da causa, pois, em nome de povo riograndense, lutariam pela
Liberdade, Igualdade e Humanidade, pediam a força e a proteção do G.: A.: D.: U.: para todos os IIr.: e seus
companheiros que iriam participar das contendas.
Nada mais havendo a tratar foram encerrados os trabalhos, do que eu Domingos José de Almeida Sec.:
tracei o presente balaústre, a fim de que a história, através dos tempos, possa registrar que um grupo de maçons,
“Homens Livres e de Bom Costumes”, empenhou-se com risco da própria vida, em estabelecer a reconhecimento
dos direitos, localizada no extremo sul de nossa querida Pátria. Oriente de Porto Alegre, etc.”
Realmente, como previra a ata da Loja Philantropia e Liberdade, a Revolução Farroupilha
eclodiu dois dias depois, em 20 de setembro de 1835, sob a liderança do Ir.: Bento Gonçalves e da qual
também participaram mais tarde outros IIr.; famosos como o Duque de Caxias e Giuseppe Garibaldi.
Administração de Condomínios
Venda e Aluguel
Nasce em Campinas, Província de São Paulo, em 13/02/1841, sendo filho de Francisco de Paula
Sales e D. Ana Cândida Ferraz.
Cursou a Faculdade de Direito de São Paulo, formando-se em Ciências Jurídicas s Sociais,
exercendo a advocacia em S. Paulo.
Por esta mesma época, é Iniciado na Maçonaria pela Loja Independência, de Campinas. Esta
Loja tinha sido fundada em 7 de julho de 1859 e tem o nº 131 do Cadastro Geral da Ordem.
Em 1868, é eleito Deputado pelo Partido Liberal a que pertencia, sendo francamente contrário
ao governo monárquico. O seu primeiro projeto foi o da reforma da instrução pública. Não
conseguindo o apoio desejado, Campos Sales desliga-se do Partido Liberal para filiar-se no Partido
Republicano que acabava de ser fundado.
Em 1872, é eleito Vereador pela cidade de Campinas, sua terra natal.
Com a Proclamação da República (15/11/1889), Campos Sales é convidado e aceita a Pasta da
Justiça do Governo Provisório, exercida, interinamente, por Rui Barbosa.
Foi eleito Senador da República , em 15/09/1890.
Foi eleito Presidente do Estado de São Paulo, em 01/05/1896.
Foi eleito Presidente da República do Brasil, em 01/03/1898. O governo de Campos Sales
dedicou-se quase que exclusivamente ao saneamento das finanças do país. A Pasta da Fazenda foi
entregue ao médico Joaquim Murtinho que recebeu o tesouro nacional completamente vazio, uma
dívida enorme legada pelo Império, fontes de receita deficientes, o melhor das rendas públicas dado
em garantia para pagamento de compromissos contraídos para saneamento das finanças, o déficit, a
desorganização da lavoura com a libertação de 700 mil escravos, etc. A crise era aguda.
No seu governo, em 01/12/1900, é resolvido o litígio da Guiana Francesa. Escolhido por árbitro,
o Presidente da Suíça pronunciou-se a favor do Brasil, cujos direitos foram advogados pelo Barão do
Rio Branco.
Após um governo fecundo, considerado como um dos melhores do Brasil, Campos Sales
entrega a presidência ao Dr. Francisco de Paula Rodrigues Alves.
Aos 72 Anos, falece em São Paulo, Campos Sales, em 28/01/1913.
Como Ministro da Justiça, Campos Sales estabeleceu o casamento civil, suprimiu o uso de
passaportes em tempo de paz, promulgou o Código Penal, o Código Comercial etc.
Campos Sales publicou o livro “Da Propaganda à República”, tendo sido nomeado embaixador
na República Argentina.
(Fundada em 25/08/1995)
LOJA ITINERANTE
Reuniões trimestrais (meses de : Março, Junho, Setembro e Dezembro)
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O NOSSO PLANETA
A humanidade está usando 20% a mais de recursos naturais do que o planeta pode repor. Com
isso, está avançando sobre os estoques naturais da Terra, comprometendo as gerações atuais e
futuras. Se não aumentar a eficiência na produção de alimentos e bens de consumo, o que reduziria a
demanda por recursos, poderá haver uma queda dramática na qualidade de vida e no produto da
economia mundial a partir de 2030, segundo o Relatório Planeta Vivo 2002, elaborado pelo WWF e
lançado em julho em Genebra.
De acordo com o relatório, o planeta tem 11,4 bilhões de hectares de terra e espaço marinho
produtivos – ou 1,9 bilhões de hectares de área produtiva per capita. Mas a humanidade está usando
o equivalente a 13,7 bilhões de hectares para produzir os grãos, peixes e crustáceos, carne e derivados,
água e energia que consome. Cada um dos 6 bilhões de habitantes da Terra, portanto, usa uma área
de 2,3 hectares. Essa área é a Pegada Ecológica de cada um.
A Pegada Ecológica de 2,3 hectares é uma média. Há grandes diferenças entre as nações mais e
menos desenvolvidas, como mostra o Relatório Planeta Vivo, que calcula a Pegada de 146 países com
população acima de 1 milhão de habitantes. Os dados mais recentes (de 1999) mostram que enquanto
a Pegada média do consumidor da África e da Ásia não chega a 1,4 hectares por pessoa, a do
consumidor da Europa Ocidental é de cerca de 5,0 hectares e a dos norte-americanos de 9,6 hectares.
A Pegada brasileira é de 2,3 hectares – na média mundial mas cerca de 20% acima da capacidade
biológica do planeta.
O fator de maior peso na composição da Pegada Ecológica hoje é a energia, sobretudo nos
países mais desenvolvidos. “O consumo de energia sozinho é responsável por mais da metade do
impacto. Não vamos conseguir reduzir a Pegada Ecológica se o uso da energia não se tornar mais
eficiente”, avalia o Dr. Garo Batmanian, secretário-geral da WWF-Brasil. “Os países ricos precisam
fazer a transição para sistemas de energia mais eficientes. Ao mesmo tempo, a geração e transferência
de tecnologia são fundamentais para que os países menos desenvolvidos cresçam já usando sistemas
de energia eficientes, sem aumentar o dano ambiental.”
“ O fato de vivermos em um planeta abundante, mas não sem limites, é um desafio claro para
os líderes mundiais que participarão da Cúpula Mundial de Desenvolvimento Sustentável”, diz o Dr.
Claude Martin, diretor-geral do WWF-Internacional. “Assegurar o acesso aos recursos básicos e
melhorar a saúde e a renda das populações mais pobres do mundo são questões que não podem ser
separadas da manutenção da integridade dos ecossistemas naturais. A menos que asseguremos a
saúde dos ecossistemas, nunca seremos capazes de garantir um padrão de vida aceitável para a maior
parte da população mundial.”
No ranking de Pegadas Ecológicas, os países que causam maior impacto estão no topo. O Brasil
aparece em 55º lugar, entre os 146 países comparados.
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DEPOIMENTO
BRIGA DE GRANDE LOJA X SUPREMO CONSELHO
Ir.: Mauro Perassoli M.: M.:(*)
Meus irmãos:
Nós devemos estar doidos, pois isto que os altos dirigentes de ambos os lados estão fazendo,
com apoio de parte da Mídia Maçônica, nada mais é que ir de encontro à prece de abertura e a de
fechamento dos trabalhos de aprendiz maçom.
Quanto trabalho há por fazer pela Maçonaria, quanto trabalho há por fazer pela humanidade,
quanto ainda temos que estudar para nos tornarmos melhores seres humanos, pois ser Maçom não
garante isto, garante apenas que temos a consciência de nossa pequenez, ante o que temos que
aprender e melhorar.
E estamos aí jogando fora nossas forças e nossas energias, numa luta na qual os contendores
não percebem que seu poder é temporal e não pararam para pensar onde vai dar tudo isto.
Será que achamos que vamos poder recolher cada pedra atirada?
Será que nós achamos que vamos poder recolher toda esta lama jogada uns contra os outros?
Será que vamos continuar negando na prática tudo o que juramos na teoria?
Será que não percebemos que a grande maioria dos irmãos está contra todo este
desentendimento?
Se nós esquecemos, segue abaixo um “trechinho” do que juramos fazer, apenas para avivar a
nossa fraca memória:
"Necessário é que, em nossas deliberações, subjuguemos paixões e intransigências à fiel
obediéncia dos sublimes princípios da Fraternidade, a fim de que nossa Loja possa ser o reflexo da
Ordem e da Beleza que resplandecem em Teu Trono."
"Que o mundo não julgue que viemos aqui trabalhar inutilmente, gastando em vão as
nossas forças."
Quem sou eu para julgar quem está certo ou errado. Não conheço a totalidade da história. Só
sei que ambas as partes devem ter erros e acertos. Cada um julga que tem razão, ambos se acham
certos. Então, entrem num entendimento pois o trabalho urge. A Maçonaria tem muita coisa por fazer
e não podemos nos dar ao direito de dispersar nossas energias e sim devemos aglutiná-las.
Acho que temos que parar de nos enlamearmos mutuamente e tentar resolver tudo isto logo,
antes que o estrago aumente, mais ainda do que onde já chegou.
**Não comendador, não delegado, não candidato, obreiro livre-pensador, que tenta (apenas
tenta) ser livre e e de bons costumes.
O PESQUISADOR
MAÇÔNICO
O PESQUISADOR
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MAÇÔNICO