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O PESQUISADOR

MAÇÔNICO
Ano II n.º 18 Agosto/2002

EDITORIAL ÍNDICE

CE Pág. 2
omo já anunciávamos e prevíamos (na edição nº 16), o IV  O que a imprensa
FÓRUM MAÇÔNICO EM CABO FRIO E REGIÃO foi realmente um noticiou
sucesso!
Pág. 3
Dentro do novo esquema de rodízio, todos foram recepcionados, e
 Curiosidades
bem, pela A. R. L. S. PIONEIROS DO CABO. Sete Lojas Maçônicas
estiveram representadas, além de visitantes de outras Lojas que não Pág. 5
faziam parte das Lojas palestrantes.  Para pensar
O tema atualíssimo (A MAÇONARIA NO TERCEIRO MILÊNIO), Pág. 6
foi vibrantemente esmiuçado pelos apresentadores, despertando
 Frases que marcaram
grande interesse dos presentes, tendo sido o tempo dos debates e
perguntas insuficientes, a nosso ver, para satisfazer a todos os IIr.: e Pág. 7
cunhadas.  Gr. Dic.Enciclopédico de
Maç. e Simbologia
Os trabalhos apresentaram os seguintes sub-temas: “A Maçonaria e (Nicola Aslan)
a Mulher” (Loja Amizade Fraternal II), “A Maçonaria e a Religião”  Biblioteca
(Loja Nicola Aslan), “A Maçonaria e a Política” (Loja Pioneiros do
Cabo), “A Maçonaria e o Social” (Loja Alvorada de S.P. d’Aldeia), “A Pág. 8
Maçonaria e o Entendimento dos Landmarks” (Loja União de Cabo  Saúde é coisa séria
Frio), “A Maçonaria na Era da Internet” (Loja Jamil Kauss), e “A  Pílulas Maçônicas
Maçonaria e a Bioética” (Loja Renascimento). Pág. 9 à 15
O interesse pelo Fórum foi tanto que houve um consenso no  Trabalhos Maçônicos
sentido de fortalecê-lo, com a sugestão (logo aceita) de se fazer, à Pág. 16
parte, um novo tipo de fórum, que estivesse voltado a lançar-se à
 História pura
discussão, mas com conseqüente apresentação das conclusões a que se
tenha chegado, dos problemas mais graves da nossa sociedade, tais Pág. 17
como: segurança, saúde, educação etc.  Viagem ao nosso interior
Talvez, quem sabe, o lançamento de algum tipo de “manifesto à Pág. 18
sociedade”? Não importa... o importante é que temos que participar  Biografia do mês
mais ativamente. Isso é democracia, isto é Maçonaria!
Pág. 19
Carlos Alberto dos Santos/ M...M...  O nosso planeta
Pág. 20
• Depoimento
O Pesquisador Maçônico
Fundação: Janeiro/2001
Informativo Cultural da SOCIEDADE DE ESTUDOS ANTHERO
BARRADAS, e A... R...L...S... Renascimento n.º 08
Rua Nicola Aslan, 133
Braga – Cabo Frio (RJ) e-mail: carlosalberto@cabofrio.psi.br
1
O QUE A IMPRENSA NOTICIOU
ERAM OS PRIMEIROS HINDUS CARNÍVOROS?

“A Vaca Sagrada: o Bife na Tradição Alimentar Indiana” é uma obra seca de historiografia
engordada por uma bibliografia de 24 páginas. Em outras palavras, é o tipo de livro lido tipicamente por
um punhado de especialistas e que termina esquecido numa prateleira. Mas quando seu autor, o
historiador Dwijendra Narayan Jha, tentou publicá-lo na Índia no ano passado, desencadeou um
verdadeiro furor.
Dias depois que trechos do livro de Narayan Jha começaram a aparecer na internet e foram
transcritos pelos jornais, a editora cancelou a publicação da obra. Ativistas religiosos queimaram
exemplares na rua e, depois que uma outra editora tentou publicar o livro de novo, um tribunal o proibiu.
Um porta-voz do Conselho Mundial Hindu o chamou de “pura blasfêmia”. Um ex-membro do
Parlamento pediu ao governo a prisão de Narayan Jha, que começou a receber ameaças de morte por
telefone. E, durante meses, ele foi obrigado a ir de um campus para outro sob escolta da polícia.
Após meses de debates legais, os advogados do historiador conseguiram que a proibição do livro
fosse levantada recentemente. O crime? Dizer o que os pesquisadores há muito tempo sabem ser verdade:
que os primitivos hindus comiam carne de vaca.
- A proibição de comer carne de vaca se transformou numa marca da identidade hindu, mas
historicamente isto não é verdade – conta o autor.
Narayan Jha diz que seu livro se tornou uma vítima das guerras culturais que assolam a Índia desde
que o partido nacionalista hindu Bharatiya Janata (BJP) chegou ao poder há cinco anos. Sob este governo,
dizem pesquisadores e historiadores, livros de história têm sido reescritos e ocasionalmente censurados.
Qualquer um que tenha tentado andar pelas ruas entupidas de vacas da Índia conhece o status
especial conferido aos animais pelos hindus, que compõem mais de 80% da população.
Ghandi se referia à vaca como “nossa mãe”, considerando a proteção ao animal “o fato central do
hinduismo”. E em muitos estados indianos matar uma vaca é contra a lei.
Mas embora a veneração à vaca e ao vegetarianismo possam ser marcas da religião de hoje, Narayan
Jha juntou provas de que nem sempre foi assim. Citando fontes que vão desde textos sagrados antigos, os
Vedas (de 1000 a.C.), aos épicos sânscritos como o Ramayana e o Mahabharata (de 200 a.C.), assim como
dados de escavações arqueológicas, ele alega que a santidade da vaca é um mito e que a sua carne era
parte das tradições alimentares da antiga Índia.
Mesmo Buda, segundo a tradição um opositor da morte de animais para alimentação ou sacrifícios,
é citado em passagens dos primeiros textos budistas indicando não somente que ele comia carne como
também que comeu carne de porco contaminada, uma possível razão da sua morte.
Historiadores dizem que nada disso é novo Segundo Michael Witzel, professor de sânscrito na
Universidade de Harvard. Até a chegada do BJP ao poder, boa parte do que Narayan Jha disse era
ensinada nas escolas indianas.
Fonte: O GLOBO de 25/08/2002

Alfredo P. Cunha
Cirurgião Dentista – CRO 4679
Dr. Wagner Buono
Glaicy M. Cunha Ginecologista e Obstetra
CRM 52.27620-8
Periodontia e Endodotia –

 Acompanhamento Pré-Natal
Atendimento:  Tratamento de Doenças Sexualmente Transmissíveis
2ª, 3ª, 5ª e 6ª  8h às 11h – 14h às 17h  Prevenção do Câncer de Colo
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2 (tarde)
CURIOSIDADES

A Cidade dos Monges


Texto : Lucille Kanzawa

Nenhum outro lugar do mundo reúne tantos monges como Mandalay, em Mianmar. Sob a bênçao
de Buda

Numa de suas visitas a Mianmar, Buda subiu a Colina de Mandalay acompanhado de 500
discípulos. Sanda Mukki, uma ogra, habitante da colina, venerava tanto o mestre que decepou seus
seios e os ofereceu a ele - o maior sacrifício que uma mulher pode fazer. Buda sorriu e disse: "Por este
grande ato, esta ogra renascerá como um poderoso rei e construirá a nova capital aos pés desta colina
no ano 2400 de minha era. Minha religião brilhará como o sol nesta cidade". E essa profecia lendária
se concretizou no ano de 1857 de nosso calendário, quando o rei Mindon Min decretou Mandalay a
nova capital do Reino da Birmânia. Mandalay, infelizmente, viveu apenas três décadas de glória.
Logo vieram os ingleses e, com o exílio imposto ao rei Thibaw Min, a cidade então conhecida como "o
centro do universo" e "cidade dourada" foi aos poucos perdendo o brilho. Hoje, o lugar já não é mais
capital, mas continua sendo o centro cultural e religioso de Mianmar (ex-Birmânia), país no qual 90%
da população é budista. A grande quantidade de monastérios - que estão entre as melhores escolas
religiosas do país - explica os milhares de monges que circulam por todos os cantos da cidade. Não é
à toa que Mandalay e seus arredores abrigam 60% dos 250 mil monges de Mianmar - a maior
concentração em um só lugar do mundo
E eles estão mesmo por toda parte. Desde bem cedo, quando as ruas ainda estão quase
desertas, lá vêm eles em procissões, soberanos em seus mantos vermelhos e ao mesmo tempo
humildes com uma cuia nas mãos, em busca de alimentos e doações. É quando a cidade realmente
acorda e os moradores alimentam as próprias almas, acreditando que ao ajudar os monges serão bem
recompensados - nesta vida ou em outra. Vivendo apenas da caridade, os monges ganham tudo de
que precisam: comida, um manto, um barbeador, um copo, um guarda-chuva e uma cuia. Despidos
de qualquer tipo de vaidade, acabam se transformando, involuntariamente, num verdadeiro
espetáculo. Nem os grandes artesãos, músicos e dançarinos de Mandalay conseguem chamar tanta
atenção.
A herança da glória imperial atravessa os limites da própria cidade. Mandalay está rodeada de
antigas cidades que exibem monastérios grandiosos e templos reluzentes, como Innwa, Sagaing e
Amarapura. E, claro, monges. Uma cena digna de platéia acontece no Monastério de
Mahagandhayon, que fica em Amarapura, a 11 quilômetros de Mandalay, e onde vivem 1300
monges. Quando soa o sino das 10:15 da manhã, longas filas vermelhas se formam para receber a
segunda e última refeição do dia (a primeira foi às 5 da manhã). No refeitório, a hierarquia é
respeitada. Os noviços sentam-se do lado de fora. O interior é reservado aos monges. A comida farta
é saboreada em absoluto silêncio - reverência ao momento da refeição e ao próprio alimento. Depois
de uma hora de descanso, dedicam o resto do dia aos estudos budistas. Fora dos monastérios, os
monges transitam por todos os espaços como se fossem guardiões da cidade. Quase sempre aos pares
ou em grupos, andam com passos firmes, um olhar sereno e falando muito baixo. Entre as roupas
discretas dos birmaneses, desfilam com exuberância seus mantos sagrados. Noviços de vermelho
vivo, monges de vermelho escuro. Nos trens e ônibus lotados, entram sem ter de pedir licença. E, nas
ruas e calçadas, simplesmente passam - nada para ver, nem para comprar. Mas, quando chegam aos
templos, contemplam tudo como se fosse a primeira vez. Veneram as imagens, examinam cada
detalhe e até tiram fotos. No Pagode de Kuthodaw, em Mandalay, deslumbram-se com o que dizem
ser o maior livro do mundo: são 729 grandes placas de mármore nas quais foram gravados os "Três
Pitakas" - os ensinamentos completos do Buda. Espera-se que todo homem birmanês budista se
dedique à vida monástica por pelo menos uma semana dos 5 aos 15 anos de idade, quando se tornam
3
noviços, e também depois dos 20 anos, quando são ordenados monges temporariamente ou para a
vida inteira. Ainda hoje, o ingresso no noviciado é motivo de muito orgulho para a família e é
celebrado com uma grande festa: o Shinbyu. Nessa festa, que acontece principalmente nos dias que
antecedem o Ano Novo birmanês, os meninos e meninas vestem-se com muita pompa e desfilam
pelas ruas protegidos por sombrinhas douradas até chegar a um grande pagode, onde terão a cabeça
raspada. Um princípio básico da fé budista é a impermanência das coisas no universo. Ironicamente,
quando se chega em Mandalay, a primeira impressão é de que o tempo parou. A cidade, assim como
o resto do país, ainda sofre os reflexos dos 26 anos de estagnação (de 1962 a 1988) pela qual passou
sob a liderança do general U Ne Win, que adotou um modelo econômico isolacionista e auto-
suficiente, a "Via Birmanesa para o Socialismo". O povo ainda fala, sem medo, da revolução de 1988,
que conduziu o país a um novo sistema político e rebatizou-o como Mianmar. Porém, quando o
assunto é a ferrenha ditadura do atual dirigente Than Shwe, a resposta vem por meio de uma caneta e
um papel: "As paredes têm ouvidos".
Embora Mianmar sofra sanções econômicas de muitos países por violar os direitos humanos, a
revolução abriu as portas para os investimentos externos. Aos poucos, foram entrando da Coca-Cola
ao tão cobiçado carro japonês. Apesar do desenvolvimento econômico, os sinais de "modernidade"
são exíguos e a maioria das pessoas vive em condições precárias. Além do regime repressivo, elas
ainda têm de enfrentar a escuridão da noite. Quem não se pode dar ao luxo de ter um gerador em
casa usa luz de vela ou lampião, porque energia elétrica tem hora para acabar. O fornecimento dura
dezesseis horas ou oito horas, entremeadas por cortes de 24 horas. Por causa desse racionamento, a
geladeira é, para muitos, uma inutilidade doméstica. Um dos raros momentos em que os birmaneses
esquecem a repressão em que vivem é no Festival da Água, um acontecimento no qual a maior
diversão é jogar água uns nos outros. O de Mandalay é o maior e mais alegre do país, nem sequer
superado pelo da capital, Yangun. Depois de quatro dias de água e festa, chega o Ano Novo
birmanês, e tudo se transforma na mais absoluta calma. As pessoas acendem velas em casa, lavam
seus cabelos com um xampu especial, vestem as melhores roupas, preparam comidas especiais para
os monges e vão aos pagodes rezar e lavar as imagens de Buda. Mandalay e as cidades vizinhas
voltam a ter o ar meio adormecido e tudo parece velho novamente. Em Amarapura, a ponte de
madeira de U Bein, a mais comprida desse tipo no mundo, dá a impressão de que aqui a vida é
mesmo um longo rio tranqüilo. Mas, eis que surge uma garota com flores na cabeça e uma gaiola
cheia de pássaros. "Custa um dólar cada um." E logo completa: "para libertá-lo". A liberdade tem
preço, e aqui ele é muito alto...

Laboratório Indústria e Comércio Ltda.

JAVS – Assessoria Contábil Análise de água, produtos


químicos de processos e para
tratamento de águas industriais
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PARA PENSAR
UMA NOVA CHANCE

Havia um homem muito rico, que possuía muitos bens, uma grande fazenda, muito gado e
vários empregados a seu serviço.
Tinha ele um único filho, um único herdeiro que, ao contrário do pai, não gostava de trabalho
nem de compromissos. O que ele mais gostava era fazer festas e estar com seus amigos e de ser
bajulado por eles.
Seu pai sempre o advertia que seus amigos só estavam ao seu lado enquanto ele tivesse o que
lhes oferecer, depois o abandonariam.
Os insistentes conselhos do pai lhe retiniam os ouvidos e logo se ausentava sem dar o mínimo
de atenção.
Um dia o velho pai, já avançado na idade, disse aos seus empregados para construírem um
pequeno celeiro e dentro dele, ele mesmo fez uma forca, e junto a ela uma placa com os dizeres: “Para
você nunca mais desprezar as palavras de seu pai”.
Mais tarde chamou o filho e o levou até o celeiro e disse: - “Meu filho, eu já estou velho e
quando eu partir você tomará conta de tudo o que é meu, e sei qual será o seu futuro. Você vai deixar
a fazenda nas mãos dos empregados e irá gastar todo dinheiro com seus amigos, irá vender os
animais e os bens, para se sustentar, e quando não tiver mais dinheiro, seus amigos vão se afastar de
você. E quando você não tiver mais nada, vai se arrepender, vai se arrepender amargamente de não
me ter dado ouvidos. É por isso que eu construí esta forca, sim, ela é para você, quero que você me
prometa que se acontecer o que eu disse, você se enforcará nela.
O jovem riu, achou absurdo, mas para não contrariar o pai, prometeu; pensou que jamais isso
pudesse acontecer.
O tempo passou, o pai morreu e seu filho tomou conta de tudo, mas assim como se havia
previsto, o jovem gastou tudo, vendeu os bens, perdeu os amigos e a própria dignidade. Desesperado
e aflito, começou a refletir sobre a sua vida e viu que havia sido um tolo, lembrou-se do pai e
começou a chorar e dizer:
- Ah, meu pai, se eu tivesse ouvido os teus conselhos, mas agora é tarde, é tarde demais!!!
Pesaroso, o jovem levantou os olhos e longe avistou o pequeno celeiro. Era a única coisa que
lhe restara. A passos lentos se dirigiu até lá e entrando viu a forca e a placa empoeirada e
disse:
-Eu nunca segui as palavras do meu pai; não pude alegrá-lo quando estava vivo, mas pelo
menos desta vez vou fazer a vontade dele, vou cumprir minha promessa, não me resta mais
nada. Então subiu nos degraus e colocou a corda no pescoço, e disse:
-Ah, se eu tivesse uma nova chance – então pulou, sentiu por um instante a corda apertar-lhe a
garganta. Mas o braço da forca era oco e quebrou-se facilmente; o rapaz caiu no chão e sobre
ele caíram jóias, esmeraldas, pérolas, diamantes... a forca estava cheia de pedras preciosas, e
um bilhete que dizia:
“Essa é a sua nova chance, EU TE AMO MUITO” – seu pai

.
Autor desconhecido.

5
6
FRASES QUE MARCARAM

“O poder tende a corromper, e o poder absoluto corrompe de forma absoluta”

Lord Acton (1834-1902)

*******************************************************************
“Nada é bastante para quem bastante é muito pouco”.

Epicuro (341 – 271 a. C.)

*********************************************************************
“Melhor pouco com contentamento do que muito com restrições”

Benjamim Franklin (1706-1790)

*******************************************************************

“Por uma pequena amostra pode-se julgar o todo”.

Miguel de Cervantes (1547-1616)

*************************************************************************

“Definições seriam coisas muito boas, se não tivéssemos que usar palavras para fazê-las”.

Jean-Jaques Rousseau (1712-1778)

****************************************************************************************

“O Senhor deve preferir os homens comuns. Essa é a razão pela qual Ele fez tantos deles.”.

Abraham Lincln (1809-1865)

****************************************************************************************

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7
GRANDE DICIONÁRIO ENC. BIBLIOTECA
DE MAÇONARIA E COMENTÁRIOS AO RITUAL DE APRENDIZ - 3
VOLS. -
Nicola.Aslan
SIMBOLOGIA Primeiro Volume: Interpretação Esotérica da
Iniciação Maçônica: Influência do Ocultismo no
NICOLA ASLAN Esoterismo Maçônico; A Doutrina Interior ou
Secreta; O Ensino Iniciático; O Recrutamento dos
Candidatos; A Primeira Prova - Terra; Câmara das
Reflexões, seu Simbolismo, sua Descrição e seu
Aspecto, a Luz da Vela, as Inscrições; V.I.T.R.I.O.L;
TORÁ– Palavra hebraica, impropriamente
Os três Princípios Herméticos; O Galo; A
traduzida por lei, e que significa Bandeirola; Os Emblemas Fúnebres da Câmara das
ensinamento, direção. São os princípios Reflexões; O Crânio; A Ampulheta; A Foice; O Pão
promulgados por Moisés para servirem de e a Bilha d'Água; O Sal; O Testamento; Deveres para
regra ao povo judaico em seu com Deus;A Preparação do Candidato; Os Metais;
desenvolvimento religioso e nacional. Estes As Vestes; A Corda; A Venda; Diante do Templo
princípios, abreviados sob a forma de Maçônico;Livre e de Bons Costumes; A Porta do
sentenças lapidares, constituem os Dez Templo; A Porta Estreita e Baixa; No Templo; A
Mandamentos ou o Decálogo, mas a torá está Espada Sobre o Peito; O Exame Filosófico do
contida no Pentateuco . A leitura do Candidato; A Taça Sagrada; O Banco das Reflexões;
A Proclamação do Neófito; O Ângulo Nordeste etc.;
Pentateuco para o povo foi introduzida por
Segundo Volume: A Loja e sua Organização: Usos e
Esdras. A torá passou assim a ser Costumes; A Loja; Arte Sagrada; O que é uma Loja
interpretada e posteriormente pela grande Maçônica; Aspecto de uma Loja; Organização de
sinagoga que se diz fundada por Esdras. uma Loja; Loja Justa e Perfeita; Os Oficiais de
Segundo a tradição, Moisés recebeu a torá no uma Loja Maçônica; Do Venerável ao Chanceler;
Sinai, transmitindo-a a Josué, este aos Outros Cargos; Objetos da Loja; O Altar dos
antigos, que a comunicaram aos profetas, Juramentos; As Três Grandes Luzes; O livro da Lei;
transferindo-a estes aos homens da grande O Esquadro; O Compasso; O Pavimento Mosaico;
sinagoga. As Três Pequenas Luzes; A Vela; As Colunas da
À palavra escrita foram, posteriormente, Entrada; A Coluna "B"; Adornos das Colunas "B" e
"J";As Romãs; Os Lírios; Rede de Cadeias; O
acrescentadas regras instituídas pelo
Número 3; A Corda de 81 Nós; O Delta Luminoso;
desenvolvimento do povo hebraico e não O Olho Luminoso; o Tetragramaton; A Pedra
constantes da lei de Moisés. Com o decorrer Bruta; As Janelas; O Sol e a Lua; As Ferramentas do
dos anos, uma divisão estabeleceu-se no Grau de Aprendiz; O Maço ou o Malho; O Cinzel;
sanhedrim, corpo composto de padres e de O Malho e o Cinzel; A Régua de 24"; O Malhete; A
legistas sob presidência do Sumo Sacerdote, Espada Flamígera; O Nível; O Prumo e a
daí resultando dois partidos distintos, que Perpendicular; Abertura dos Trabalhos; Verificação
pelo alargamento da cisão chegaram a formar da Qualidade de Maçom;
duas seitas chamadas Saduceus e Fariseus. Terceiro Volume: Primeiras Instruções - Aos
A. Cohen (Le Talmud Aprendizes Maçons; O Grau do Aprendiz Maçom;
Palavras aos Aprendizes; Discurso aos Novos
Entre as suas divergências, existe uma cuja
Iniciados; O Trabalho do Aprendiz; Deveres do
importância foi capital para a evolução do
Aprendiz;Discrição Maçônica; A Instrução do Grau
judaísmo. Eis como a ela se refere Josefo: ‘ os de Aprendiz; Os Meios de reconhecimento; O Sinal
fariseus apresentavam ao povo uma multidão de de Ordem;O Toque; A Marcha do Aprendiz; A
observâncias herdadas de seus pais e não inscritas Palavra Sagrada; Idade do Aprendiz; As Horas de
na lei de Moisés. Por esta razão os Saduceus as Trabalho do Aprendiz; A Abóbada de Aço; O Grão-
rejeitam – declaram que devemos considerar como Mestre; Caráter e Objetivos da Maçonaria; A
obrigatórias as prescrições contidas na palavra Iniciação Maçônica e seus Objetivos; Maçonaria,
escrita, mas que não há como observar o que Sistema de Moralidade; O Espírito Maçônico; A
emana da tradição dos nossos pais. Tais são as Maçonaria Democrática etc.
causas de graves conflitos e discórdias que
surgiram entre eles”. .Livraria Maçônica Paulo Fuchs.

8
SAÚDE É COISA SÉRIA
MICOSES

O verão está chegando e com ele vem a vontade de praticar esportes, de sair, ir à piscina, ir à
praia. É nessa época também, que os problemas como micoses de pele aumentam, pois seus causadores
– os fungos – se proliferam com a umidade e o calor, embora possam se instalar no corpo durante todo
o ano. Outros fatores influenciam no surgimento das micoses neste período, como a maior exposição ao
calor; andar descalço e mantendo contato com locais onde a contaminação é mais freqüente, como:
areia, água de piscina, local úmido e o próprio chão; oclusão dos poros devido ao uso de bronzeadores
e hidratantes, aumentando calor e umidade na pele. Para evitar o surgimento destas micoses, após o
banho, enxugue-se bem, principalmente nas áreas de dobras, como o espaço entre os dedos dos pés e a
virilha; não use, por períodos prolongados, calçados que abafem muito os pés, como: tênis, sapatos de
borracha etc. e, antes de freqüentar a praia ou a piscina, faça um exame médico. Procure não ficar
muito tempo com as vestes de banho molhadas, escolha sempre roupas íntimas de fibras naturais,
como o algodão. As fibras sintéticas prejudicam a transpiração; ao freqüentar banheiros públicos evite
estar descalço. Use sandálias durante o banho, para evitar contato com o piso; se o seu trabalho exige o
uso de luvas de proteção, escolha as que vêm com forração de algodão. Quando você notar problemas
como coceira, pequenas vesículas nas bordas dos pés ou nos espaços entre os dedos, descamação da
pele, ou quaisquer outras reações, procure orientação médica. Uma vez que o seu médico faça o
diagnóstico da micose de pele, o tratamento é fácil. Os medicamentos antimicóticos são bem tolerados
e quase sempre eficazes.

Colaboração do Ir.: Wagner Buono/M.: M.: (*)


(*) Membro da ARLS RENASCIMENTO Nº 08

PÍLULAS MAÇÔNICAS

SINAL DE ORDEM

O sinal de ordem é universal, isto é, é o mesmo para todos os Ritos, em todo o mundo.

OS GRAUS
Os graus da Maçonaria são de conteúdo universal.
No Grau de Apr.: exalta-se a Fraternidade humana; No Grau de Comp.: proclama-se o mérito e
o valor do trabalho; E no Grau de Mestre afirma-se que a vida nasce da morte.

Colaboração do Ir.: ANTHERO BARRADAS/ M.:M.(*)


(*) Membro da ARLS RENASCIMENTO N º 08

9
TRABALHOS MAÇÔNICOS
TALCOTT PARSONS E O FUNCIONALISMO ESTRUTURAL
Roberto da Costa Gomes/M.: I. (*)

Talcott Parsons (1902-1979) foi seguramente o sociólogo norte-americano mais conhecido em todo o
mundo. Em geral, seus críticos entenderam-no como um pensador conservador, preocupado basicamente com o
bom ordenamento da sociedade, sem ter muita tolerância para com a desconformidade ou a dissidência dos que
podiam manifestar-se contra ela. Sua obsessão era determinar a função que os indivíduos desempenhavam na
estrutura social visando a excelência das coisas. Era um estudioso da Estratificação Social
não da mudança ou da transformação. Considera-se que a concepção social dele tenha T. Parsons
sido influenciada diretamente pelo antropólogo Bronislaw Malinowski, um funcionalista (*), fortemente
marcado pela biologia, daí verem em Parsons um admirador da organização de um formigueiro, no qual o
papel dos indivíduos (das operárias à rainha-mãe) esta devidamente pré-determinado e ordenado em função da
manutenção e aperfeiçoamento de um sistema maior.

(*) O Dicionário de Ciências Sociais define o funcionalismo como:a perspectiva utilizada para analisar a
sociedade e seus componentes característicos enfocando a mútua integração e interconexão deles. O
funcionalismo analisa o caminho que o processo social e os arranjos institucionais contribuem para a efetiva
manutenção da estabilidade da sociedade. A perspectiva fundamental é oposta às maiores mudanças sociais.
Intelectual do fordismo
Ocorre que Parsons, que também foi tradutor da obra de Max Weber e seu difusor nos Estados Unidos,
foi contemporâneo das linhas de montagem, a Scientific Management, o chamado Gerenciamento Científico,
introduzidas por F.Taylor (1856-1915) e por Henry Ford (1863-1947), cujas espantosas modificações no processo
produtivo, verdadeiramente revolucionárias, foram necessárias à produção em massa. A nova maneira de
produzir os manufaturados começou a ser adotada em larga escala a partir da Primeira Guerra Mundial,
difundindo-se de modo impressionante nos anos de 1920 por boa parte do mundo. Pode-se então dizer que
Talcott Parsons foi, antes de tudo, o intelectual orgânico das novas técnicas produtivas adotadas pelas
industrias: o taylorismo e o fordismo.
Agindo então tal como se fora um capataz de fábrica ou um engenheiro de produção, ele naturalmente
via qualquer dissonância, crítica, protesto ou greve, como algo perturbador, como um “desvio”, quando não
uma expressão da patologia, que atrapalhava o todo. Para ele o sistema, como qualquer outro corpo biológico,
não só era estável como buscava ser harmonioso, equânime e consensual, tendo manifestado hostilidade à
perturbações desencadeadas por ataques de “bacilos”. Desinteressando-se dos aspectos da transformação social
sua inclinação deu-se em favor do equilíbrio e do consenso. Naturalmente que isso o posicionou a entender o
indivíduo como expressão das estruturas, as quais ele devia manter e preservar. Caso isso não ocorresse
entravam em ação os mecanismos do Controle Social (moral, ética, sistema jurídico e penal, etc.), como um
instrumento preventivo ou corretivo.

Em busca da estabilidade ótima


O objetivo de qualquer sociedade, pois, como ele defendeu no seu mais conhecido livro The Social
System (O Sistema Social, 1952) era alcançar a homeostasis, a manutenção da
estabilidade, do equilíbrio permanente, fazendo com que só pudéssemos
entender uma parte qualquer a ser estudada em função do todo. Se bem que a
organização de formigueiro pudesse atraí-lo, seguramente foi a racionalidade da
produção fabril quem determinou a concepção da Teoria Social dele. Expressões
como “adaptação”, “integração”, “ manutenção”, largamente utilizadas por
Talcott Parsons, colocam-no claramente no campo conservador do pensamento
sociológico, alguém que via a política apenas como um instrumento de garantia
do bom andar do todo, jamais como instrumento da transformação. O
pensamento parsoniano foi visto também como expressão da sua época, Linha de montagem da Ford
especialmente os Estados Unidos dos anos de 1950-60. Além de ter sido
testemunha da revolução gerencial dos anos 20, ele, atingindo a maturidade intelectual no período do após-
guerra, momento em que os Estados Unidos viviam uma situação de estabilidade e cooperação (resultado do
clima patriótico e das necessidades ideológicas da Guerra Fria), fez por tornar inevitável que sua teoria
privilegiasse a coesão, a adaptação e a estabilidade familiar.
Esquema da visão funcionalista da sociedade

10
Adaptação (base material) Objetivos a alcançar (sistema político)
Integração (sistema Manutenção pela educação dos modelos culturais (na família/pela elite do
educacional) poder)

Talcott Parsons e o funcionalismo estrutural - As partes e o todo


As raízes mais remotas do funcionalismo nos remetem aos trabalhos do sociólogo inglês Herbert Spencer
(1882-1903) e a do francês Emile Durkheim (1855-1917). Spencer, fortemente influenciado pela notável
emergência das ciências naturais, comparou as sociedades aos organismos vivos,
tal como ocorre num organismo biológico qualquer, a ação de uma só parte do Cidade industrial (L. Lowry, 1955)
sistema social termina por alterar as outras partes do organismo social na sua totalidade. Para os funcionalistas,
a sociedade está constituída por subsistemas (estruturas) que operam (funcionam) de modo interdependente
Cada um dos componentes do sistema, suas partes, tal como uma peça qualquer em relação a uma
máquina, desempenham papéis que visam contribuir para estabilidade e ordem social, por isso tal abordagem
ou teoria é chamada de funcionalismo-estrutural. A partir dessa visão totalizadora da sociedade, o passo
seguinte é determinar os seus componentes básicos formados pela economia, o sistema político, a família e o
sistema educativo em geral, com seus valores e crenças bem definidos. Elas todas são interdependentes e agem
no sentido de preservar a sobrevivência do todo, não havendo necessariamente uma hierarquia entre elas (para
os marxistas por exemplo, o fator econômico é predominante)
Para os funcionalistas estes componentes atuam por interação, tendo capacidade de adaptação para
enfrentar os imprevistos e as exigências de mudanças que surgem aqui e acolá. Se por uma razão qualquer o
sistema não apresentar a elasticidade necessária, a qualidade de adaptar-se ao movimento, o sistema tornar-se-
ia disfuncional (expressão criada por Robert Merton), do mesmo modo que uma peça desgastada ou defeituosa
põe em perigo o desempenho de um motor.

Síntese do Funcionalismo
O Sistema Social:

1. As peças que o compõem são mutuamente dependentes

2. elas contribuem para o bom funcionamento do sistema

3. equilíbrio, ainda que sempre em movimento; o distúrbio induz a uma contra-reação para manter o equilíbrio.

Propriedades do sistema a que as peças contribuem:

1. Adaptação (economia)

2. Integração (cortes de justiça; polícias; lei)

3. Manutenção do teste padrão e gerência da tensão (família; instrução; a cultura contribui para o compromisso
do papel da socialização)

4. Realização de objetivo (política)


A estratificação social é definida como:

"classificação diferenciada dos indivíduos humanos que compõem um sistema social dado e seu tratamento como superior
ou inferior relativo a um outro em determinadas situações sociais importantes"
(Parsons, Aproximação Analítica ao Estrato Social, p. 69)

Linha central fundamental da estratificação: atribuições versus realização:

1. O status atribuído: resultados do nascimento ou das qualidades biológicas hereditárias (por exemplo idade,
sexo)

2. O status alcançado: resultado das ações pessoais (esforço, trabalho duro, talento)
11
Avaliação Moral

Expectativa feita na base da avaliação moral, tendo por resultado graus de respeito ou de desaprovação (status)

Seis bases da avaliação moral diferencial:

1. Sociedade na unidade do parentesco (pelo nascimento, pela união)

2. Qualidades pessoais (sexo, idade, beleza pessoal, valor e força da inteligência)

3. Realizações (resultado de ações do indivíduo)

4. Possessões (coisas materiais e não-materiais que pertencem a um individual e pode ser transferida)

5. Autoridade (reconhecimento institucional, direito legítimo para poder influenciar as ações de outras)

6. Poder (habilidade de influenciar outros e fixar possessões que não sancionadas institucionalmente)

Grupos de parentesco como unidades de estratificação

"o status da classe de um indivíduo é a sua classificação no sistema de estratificação. O que pode lhe ser atribuído em
virtude daqueles de seus laços de parentesco que o ligam a uma unidade na estrutura da classe" (77-8)

Dois aspectos dominantes da estratificação americana:

1. Ocupação: critérios universais; status conseguido; não determinado pelo nascimento; igualdade de
oportunidade

2. Parentesco: status atribuído a alguém determinado pelo nascimento

Contradição entre a ocupação e o parentesco:

Parsons: "No sistema americano de estratificação, não se permitia às mulheres competirem nos mesmos fundamentos de
igualdade para trabalhar como o que rege o dos homens; se não, isto ameaçaria a estabilidade da família e da própria
sociedade" (esta observação de Talcott Parsons entende-se como feita antes do movimento feminista dos anos 60
iniciar a sua luta pela aprovação da Emenda da Igualdade).

Instrumental contra papéis expressivos:

para Parsons tudo iria pelo melhor dos mundos se os papéis desempenhados pelo marido e pela mulher fossem
adequados, respeitando cada um sua esfera de atuação.

Assim:

1. Papéis instrumentais = homens = atuam pela família na parte externa; mundo ocupacional (trabalho,
profissão); adaptação da sociedade

2. Papéis expressivos = mulheres = atuam no interior da família: gerência da tensão na família; socialização das
crianças.

(*) Loja LEONARDO DA VINCI, Oriente do Rio de Janeiro

O SALMO 133

12
Ir.: ANTHERO BARRADAS/ M.: I.: (*)

O texto do Salmo 133 foi adotado pela Maçononaria como invocação ao GADU, na abertura dos
trabalhos da Loja, no Grau de Aprendiz.
Acontece que levamos, muitas vezes, uma vida maçônica inteira ouvindo a repetição do
conjunto de versículos, sem entretanto preocupar-nos em conhecer o real significado dos mesmos,
apesar de sabermos recitá-los de cor e salteado. Com auxílio de autores consultados, vamos, a seguir,
tentar interpretá-los:
O Salmo 133 é um dos tantos que fazem parte do “Livro dos Salmos”, ou “Saltérios”, que é uma
compilação de poemas sagrados, compostos por vários autores, dos quais o mais importante e
conhecido foi o Rei Davi, pai do grande rei Salomão. Por isso, é comum dar-se à coleção dos salmos de
Davi a denominação “Saltério Davídico”.
O Salmo 133 é conhecido também como “A alegria da Concórdia Fraterna”;
“Oh como é bom e agradável
aos Irmãos viverem juntos.”
Interpretação: a idéia aqui contida significa o extravasamento do sentimento de satisfação que
assoma aos corações dos Irmãos unidos. A seguir, o 2º versículo diz:
“É como o óleo perfumado na cabeça
que desce para a barba, a barba de Aarão;
que desce para a orla de suas vestes”.
Interpretação: aqui, o (salmista estabelece uma comparação) óleo perfumado refere-se ao óleo
sagrado citado na Bíblia, no livro do Êxodo, cap. 30, versículo 22, com a denominação de “óleo da unção
ou perfume aromático”. Lenda que deu origem: em sua fuga do Egito, os judeus erraram pelo deserto,
durante muitos anos, guiados por Deus, através de seus ensinamentos transmitidos a Moisés. Uma das
indicações do Senhor foi a feitura do “óleo perfumado”, com o qual seriam ungidos lugares e pessoas,
dizendo Deus a Moisés: “Com este óleo ungirás a Aarão e a seus filhos e os santificarás para
exercitarem as funções do meu sacerdócio”. Aarão era irmão de Moisés. A sagração de Aarão e seus
filhos está mencionada no Livro Levitício (Cap. 8, vers. 6), no qual são descritos todos os procedimentos
conforme determina o Senhor. Após tomar o óleo da unção, com o qual ungiu o tabernáculo e todas as
suas alfaias, e feito sete aspersões sobre o altar para o santificar, Moisés finalmente derrama sobre a
cabeça de Aarão o óleo com que o ungiu e sagrou em obediência às ordens do Senhor.É preciso chamar
a atenção para o fato de que Moisés ao consagrar Aarão não usou o óleo apenas para ungi-lo, mas o
derramou sobre a cabeça, de tal maneira que o mesmo deve ter descido para a barba e a orla de suas
vestes.
Naqueles tempos os israelitas eram proibidos de cortar a barba que, por sua vez, eram objeto de
respeito e honra. Cumprimentavam-se tocando as barbas mutuamente. Um fio de barba era garantia,
reconhecida por todos, em qualquer documento. Neste versículo, a simbologia tem muita importância
(o óleo derramado sobre a cabeça desce até a barba e as vestes).
A cabeça representa o centro vital da existência do homem; a barba é o símbolo da honra e as
vestes o emblema da honestidade e do pudor.
Passemos ao versículo 3º. Aqui, no versículo 3º do Salmo, o salmista estabelece outra
comparação, ou seja, dizendo que o óleo que desce sobre a cabeça, a barba e as vestes, assemelha-se ao
orvalho de Hermon, que desce a montanha de Sião. Ali derrama o Senhor a sua benção, e a vida para
todo o sempre.
Interpretação: naquelas regiões de deserto a umidade do ar era pouca, no calor do dia ela
evaporava e à noite transformava-se em orvalho abundante que corria sobre o monte de Hermon
fertilizando a montanha de Sião , fazendo com que a terra fertilizada produzisse bons frutos
(garantindo a vida para sempre).

(*) Ir.: pertencente ao quadro da ARLS RENASCIMENTO Nº 08,


do Oriente de Cabo Frio
A ETERNA BUSCA DA FELICIDADE

13
Por: Ir Mauro Perassoli, MM (*)

Desde os primórdios da existência do ser humano temos esta constante preocupação.


Buscamos algo que nem ao menos sabemos corretamente o que é.
O homem macaco ao levantar a cabeça, e, pela primeira vez, perceber a existência das estrelas
no firmamento percebeu que algo estava faltando, e passou a procurá-lo em todas as coisas, em todos
os momentos, sem ao menos saber o que.
Buscou prazeres passionais, ganhou dinheiro, conseguiu poder, a fama, inventou satisfações
artificiais através de drogas que o levaram a ter sensações de euforia e momentâneos
entorpecimentos, mas nada, nada lhe preenchia a sensação de vazio sentida desde o primeiro homem
macaco observador das estrelas, até o homem astronauta navegador do infinito.
Todos na mesma busca, todos os que algum dia pararam de agir para pensar, para observar um
pouco, têm esta sensação de vazio. E esta sensação só vai diminuir quando descobrirmos o que
procurar, descobrirmos onde este instintivo apelo nos que levar.
O chamamento do Universo, o apelo da Vida, nos levam ao nosso objetivo, de encontro ao
Criador, da nossa caminhada evolutiva para o retorno daquela pequena gônada àquele que a criou,
não mais como uma pequena célula, mas como criatura evoluída pelas sucessivas vivências e
experiências que a levaram a aprender, a dominar as paixões animais, a vencer as vontades egoístas, a
vivenciar sentimentos mais nobres, a obedecer à razão, a perceber a presença constante do Criador do
Universo em sua Vida, a notar que tudo que o cerca faz parte de um movimento maior, e da sua
importância em todo este contexto.
Daí, sua busca se torna menos penosa, já saberá o que buscar, já saberá onde não procurar mais,
descobrirá então que precisará se livrar dos aguilhões que o prendem, para se lançar a este vôo para o
qual foi programado no mais profundo do seu ser.

(*)Ir.: Diretor do “Jornal Informe Maçônico”, do Oriente Do Rio de Janeiro

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A CADEIA DE UNIÃO
Colaboração do Ir.: Humberto Bertola (*)

A Cadeia de União é realizada, geralmente, quando houver necessidade de se transmitir a


Palavra Semestral. Também pode ser feita em outras ocasiões, como, por exemplo, o falecimento de
um Irmão do Quadro; quando o V.: M.: verificar que os laços de fraternidade entre os IIr.: da Loja vão
se afrouxando etc. Nestes casos, o V.: M.: escolhe uma palavra diferente da Semestral, mas alusiva ao
motivo da realização da Cadeia de União.
A Cadeia de União deve ser realizada, obrigatoriamente, no final da sessão que segue a da
Iniciação, para transmitir aos Aprendizes recentes a Palavra Semestral, remetida pelo Grão-Mestre às
Lojas da circunscrição. Nesta ocasião, os IIr.: Visitantes não podem tomar parte, tendo em vista que a
Palavra Semestral dá a regularidade aos Obreiros da Loja que a possui. Só o V.: M.: de uma Loja pode
transmiti-la, provando assim que a Oficina está quites com os cofres da Obediência, sendo
transmitida, por sua vez, aos Obreiros assíduos aos trabalhos e quites com a tesourara da Loja.É a
razão porque nela não são admitidos os IIr.: Visitantes, que deverão recebê-la na sua própria Loja,
com o consentimento do V.: M.: .
Quando se encontrarem em outra Loja, onde for formada a Cadeia de União para a
comunicação da Palavra Semestral, os IIr.: Visitantes devem retirar-se, “sponte sua”, para a Sala dos
Passos Perdidos, após solicitarem a devida permissão ao V.: M.: .

14
Nas Lloj.: em que as luvas são de uso obrigatório regimental, a Cadeia de União deverá formar-
se com as mãos nuas. É realizada em volta do Altar dos Juramentos, quando colocado no centro do
Templo, de acordo com o que prescreve o Ritual de cada Potência.
Há autores que acham que um comentário deve sempre acompanhar a Cadeia de União e,
quando feita para a transmissão da Palavra Semestral, pode ter por tema a própria palavra
comunicada, ou aquela que for transmitida pelo V.: M.: quando é feita por outro motivo.
Bem longe das preocupações da vida material, abre-se para o Maçom, o vasto domínio do
pensamento e da ação. Antes de nos separarmos, elevemo-nos em conjunto para o nosso ideal; que ele
sempre inspire a nossa conduta no mundo profano, que guie a nossa vida, que seja a Luz do nosso
caminho.
Se os adeptos, elos vivos, vibram no mesmo ritmo da Cadeia de União, se eles se tornam Irmãos
pelo pensamento, quer dizer homens nos quais passará a mesma corrente e a mesma forma de
espírito, se eles se encontram, então a ação psíquica da assembléia será benéfica. Mas é preciso vibrar
dentro do mesmo ideal, é preciso dar-se e crer intensamente. O Ritual tem por meta harmonizar estas,
de permitir uma concentração em direção a um mesmo objetivo, de encher o fosso que poderia existir
entre o interior e o exterior.
A Cadeia de União forma-se cruzando os braços, o direito sobre o esquerdo. Pode-se ainda
pensar na lei física: é o acoplamento das pilhas onde são reunidos o eletrodo positivo ao eletrodo
negativo; a força eletromagnética é assim n vezes a de um único elemento. A mão direita que emite,
transmite o fluido percebido pela mão esquerda passiva. É, portanto, necessário que pelo braço
direito se comunique esta força ao companheiro situado à sua esquerda, daí esta posição muito
particular imposta a cada participante...
Assim, para que a Cadeia de União permita que este fluido passe facilmente de um membro a
outro, para que haja aproximação de todos os corações e que o sentimento de solidariedade una e
ligue todas as consciências, não deve haver nenhum isolamento. Os IIr.: devem dar-se a mão nua,
para que o amor inunde o coração.
Esta tomada de consciência de nossa humanidade no que ela tem de imperecível e de
eternamente transmissível, pelo seu circuito ininterrupto torna-se uma força, e um verdadeiro campo
magnético dela se desprende; esta concentração de pensamento coletivo é geradora de uma força que
deve ser empregada; pensa-se na energia da prece coletiva. Quando alguém reza sozinho, junta as
mãos, fecha seu próprio circuito e limita a si mesmo o escoamento do seu fluido. Mas, depois desta
concentração pessoal, ligando-se a outras individualidades, a outras energias, participa-se da força
cósmica. Por este ato mágico liga-se o visível ao invisível e, muitas vezes, na Cadeia de União, são
evocados os que não estão mais aqui, os que nos deixaram.
A Cadeia de União é, assim, um laço fluídico que une os participantes do espírito maçônico.
Mas para que a cadeia seja válida é preciso que cada membro, cada elo, se concentre, dê toda a sua
potência; o mais forte dos membros pode, assim, comunicar uma pulsação nova e é por isso que o
Venerável começa e fecha a Cadeia.
Nota : trabalho apresentado em Loja pelo Ir.: Ronaldo Lima Leite

Colaboração:

(*) Pertencente à ARLS PIONEIROS DO CABO


do Oriente de Arraial do Cabo.

15
A CIRCULAÇÃO EM LOJA

Ir.: Anthero Barradas/ M.: I.: (*)

A circulação do M.: de Cer.: e do Hospitaleiro pela Of.:, no desempenho do S.: P.: I.: e do T.:
B.:,, a rigor deveria ser feita começando no Venerável, passando por todos os maçons do Oriente, em
seguida pelos do Sul e, finalmente, pelos do Norte, ou seja, seguindo o rumo do Sol. Não seria levada
em consideração, nesse caso, a hierarquia dos cargos e dos graus simbólicos, por ser este
procedimento (circulação) destituído de qualquer significado esotérico.
No entanto, a maneira convencional, normalmente usada pela maioria das Lojas, leva em
conta esses aspectos, ao usarem o seguinte trajeto, pela ordem: Venerável, 1º Vig.:, 2º Vig.:,
Orador.Sec.:, Cobridor, os Mestres do Oriente, os da Coluna do Sul, os da Coluna do Norte, e,
finalmente, os Companheiros e Aprendizes, formando em sua primeira parte a estrela de seis pontas,
chamada de MAGDEN STAR (no judaísmo) e ESTRELA FLAMEJANTE (no Rito de York), sendo
constituída por dois triângulos eqüiláteros entrecruzados – um de ápice superior e outro de ápice
inferior, representando o Espírito e a Matéria.
Na administração da Loja, o Venerável e os Vvig.: representam o Triângulo de ápice superior,
o da espiritualidade, pois lhes competem a direção espiritual da mesma, enquanto que o Orador, o
Secretário e o Cobridor, simbolizam o Triângulo inferior, da materialidade, pois lhes cabem a
execução das atividades materiais.

(*) Membro da ARLS Renascimento nº 08, do Or. De Cabo Frio

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16
HISTÓRIA PURA
AS LIGAS DRIANT
(sociedade secreta anti-maçônica)

A. Tenório de Albuquerque

Para hostilizar a Maçonaria, tão forte, mundialmente aceita, a prestar benefícios a milhões de pessoas, não
basta uma organização, será inócua. Há muitas, mas ineficientes.
A Maçonaria, através de centênios, vem cumprindo devotadamente a sua missão de Fraternidade, de
amparo ao próximo, de defesa da Liberdade, dos direitos sagrados do homem. Tolerante, não investe senão
contra opressores. É hostilizada mas não hostiliza. Revida aos ataques, dedicando-se ainda mais a minorar os
sofrimentos da Humanidade. Não pretende impor dogmas nem criar questões religiosas. Tão pouco se julga
única detentora da Verdade. Procura, isto sim, a Verdade, dando ampla liberdade de pensamento aos seus
adeptos, não tentando, de modo algum, restringir-lhes a faculdade de raciocínio.
Combatida, cresce, agiganta-se, dissemina-se, consolidando-se cada vez mais.
O comandante Driant, figura das mais ilustres do Exército Francês, era inimigo da Maçonaria. Resolveu
investir contra ela e destruí-la A primeira parte conseguiu realizar, quanto à segunda, nada feito. Arremessou
balas de algodão contra fortificações. As muralhas não sofreram nem mossa.
O Capitão Driant fundou a Ligue Antimaçonnique, só de homens e a Ligue Jeanne d’Arc, para mulheres
também. Tinham sede comum, em Paris, na rua Victoire, 46. Depois fundiram-se com a Ligue de Défense
Nationale contre la Franc-Maçonnerie, criada por Copin-Albancelli e passaram a ter sede no Quai Voltaire, 33, de
onde tentaram demolir a Maçonaria.
Para julgar-se sobre o espírito agressivo das Ligas do Comandante Driant contra a Maçonaria, bastaria a
leitura dos seus estatutos. O artigo 3 dos seus estatutos declarava:
 “ Os membros ativos devem: 1º - prestar juramento sob a palavra de honra que não são nem jamais
foram filiados a uma seita maçônica; 2º - comprometer-se a nunca fazer parte da Maçonaria; a nunca salientar
os serviços de um maçon, qualquer que seja a sua profissão, liberal ou comercial; a não colocar um maçon a seu
serviço, como fornecedor, empregado, operário ou criado; a nunca favorecer com seu auxílio, conselhos ou
dinheiro, um empreendimento político, comercial, ou financeiro dirigido por um maçon; a não revelar nunca, a
quem quer que seja, salvo aos chefes hierárquicos e para necessidades da causa, o nome dos filiados, dos
projetos, dos trabalhos e negócios da Liga.”
Como se vê, a mais intransigente intolerância contra a Maçonaria, o anseio incontido a liquidar, de
exterminar os maçons, negando-lhes tudo. Programa desumano, atentando contra tudo que pregou Jesus
Cristo, resumido na frase sublime: “Amai-vos uns aos outros”.
O artigo 9 dos estatutos não era menos quixotesco. Dizia:
 “Cada membro efetivo compromete-se a arregimentar na Liga dois outros membros, pelos quais
será responsável. A maior prudência e a circunspecção são particularmente recomendados nesse modo de
recrutamento.Cumpre , antes de tudo, que nenhum maçon possa penetrar na Liga e que todos os membros que
a compõem sejam de uma honorabilidade perfeita. Não se deve, portanto, solicitar-se adesão senão de pessoas
que se conheçam há muito tempo e escolhê-las de preferência na sua própria família ou entre amigos íntimos.
Em todo caso, nada deve ser revelado dos estatutos e dos segredos da Liga a ninguém, a que se solicita que
entre para ela. Deve limitar-se a permitir-lhe a leitura do programa, que, além do mais, será publicado pela
imprensa, afirmando-lhe que em nenhum caso os nomes dos membros que compõem a Liga será desvendado.
Logo após a obtenção da aquiescência, deve-se fazer o postulante prestar o juramento do primeiro grau: ‘juro
sob palavra de honra, que não sou maçon e que não revelarei a quem quer que seja, até o dia da minha filiação na Liga, nada
do que me foi confiado. Comprometo-me, além disso, a prestar o juramento definitivo por ocasião da próxima reunião do
grupo a que deverei pertencer.’ “
O artigo declara que sinais especiais seriam ensinados aos filiados.

Nota sobre a Ligue Française Antimaçonnique

Como vimos anteriormente, a Ligue Antimaçonnique e a Ligue Jeanne d’Arc, criadas pelo Comandante
Driant, fizeram fusão com a Ligue de Défense Nationale contre la Franc-Maçonnerie, criada por Copin- Albancelli(*).
Da fusão, resultou a Ligue Française Antimaçonnique, cuja sede era em Paris, no Qual Voltaire, 33.
Na guerra passada, o Comandante Driant morreu combatendo heroicamente no Bosque de Caures.
Copin-Albancelli esmoreceu porque os seus ataques à Maçonaria foram inócuos, poucos eram os que se
interessavam por eles. Resultado: a Ligue Française Antimaçonnique sucumbiu, e a Maçonaria desenvolveu-se; o
número de seus filiados foi aumentando de vários milhares e muitas Lojas foram instaladas no território francês.

17
(*) Copin-Albancelli publicou dois livros violentos contra a Maçonaria: Lê Pouvoir Occulte contre la France e
La Conjuration Juive contre lê Monde Chretien.

(*) Extraído do livro “SOCIEDADES SECRETAS.

18
Viagem ao nosso interior

PERFEIÇÃO MORAL
S. Xavier

Há pessoas que fazem o bem espontaneamente, sem que precisem vencer quaisquer sentimentos que
lhe sejam opostos. Lutaram outrora, e triunfaram, uma vez que não há, nas Leis de Deus, exceção para
nenhum de seus filhos. Os que hoje são exemplos do Bem e da Paz cresceram por esforço próprio, foram
perseverantes nas lutas internas. Por isto é que os bons sentimentos nenhum esforço lhes custaram e suas
ações lhes parecem simplíssimas. O bem se lhes tornou um hábito. Devidas lhes são as honras, que se
costuma tributar a velhos guerreiros que conquistaram seus altos postos.
As páginas da história estão marcadas por estes vultos que passaram, mas cujos exemplos
permanecem. Eles deixaram nosso convívio para continuar diariamente em nossos comentários, em nossas
citações, em nossas reflexões, quando desejamos mudar nossos comportamentos, comprometidos com o
mal e a ignorância.
Paulo de Tarso, após os testemunhos que lhe foram exigidos, nas diferentes comunidades religiosas,
viu-se constrangido a exercitar a caridade da resistência voluntária aos maus pendores no convívio com
seus companheiros de crença.Dentro da agremiação religiosa lhe foi pedido o perdão incondicional, a
indulgência sem limites e o servir sem perguntar até quando.
Aqueles que desejam ser lembrados pelo muito amar, não podem escolher a quem, nem em que
momento. A necessidade se faz, e ei-lo a exercitar o amor e a humildade, ensinados por Jesus.
Sem que a memória nos traia, nem que nos esqueçamos de muitos nomes, reservamo-nos o direito
de lembrar de um grande exemplo, que igualmente pertencerá à História dos Homens de Bem:
FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER.
Pelo muito que fez, pelo muito pouco que amou, pelo muito que se doou em benefício de seu
semelhante, é que lhe dispensamos nossos mais elevados sentimentos de fraternal homenagem e de
agradecimento, na certeza de que ele agora viverá eternamente na História de nossas vidas. O homem
chamado Amor e Caridade. Para nós, espíritas, um dos exemplos de perfeição moral que o Pai nos
concedeu, não apenas para venerarmos, mas acima de tudo para seguir-lhe as pegadas!

Publicado no boletim semanal “SEI”, nº 1789 (13/07/2002)

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19
BIOGRAFIA DO MÊS

CERQUEIRA LEITE (Senador Francisco Glicério de)

Nasce em Campinas, Província de São Paulo, em 15/08/1846, sendo filho de agricultores.


De 1863 a 1868 foi escrevente de cartório, professor primário e praticante de escritório de
advocacia. Compreendendo que a advocacia era mesmo a sua vocação, Glicério tira uma carta de
solicitador de causas, estabelecendo-se por conta própria. Em breve, o seu escritório era um dos mais
procurados.
Fundando a Gazeta de Campinas (1868), Francisco Glicério dá início à campanha republicana.
Em 1872, é proclamado chefe do Partido Republicano de Campinas. Tornou-se, posteriormente,
o líder inconteste do movimento republicano em toda a Província de São Paulo. Neste mesmo ano, foi
Iniciado na Loja “Independência”, de Campinas, nela ocupando os maiores cargos.
Quando, em 25/05/1890, Deodoro da Fonseca conferiu aos ministros civis do seu gabinete as
honras de General de Brigada do Exército Nacional, em atenção aos serviços prestados à Pátria,
Glicério ocupava a pasta da Agricultura, Comércio e Obras Públicas.
Foi eleito Deputado à Constituinte, em 15/09/1890.
Em 1893, fundou o Partido Republicano Federal, do qual se tornou o chefe, dirigindo a
campanha presidencial do Ir.: Prudente de Morais.
Continuou líder na Câmara até a revolta ocorrida em 05/11/1897 contra Prudente de Morais e o
atentado de que foi vítima, quando foi preso juntamente com outros oposicionistas.
Francisco Glicério voltou à política, em 1902, quase ao término do Governo de Campos Sales,
sendo eleito Senador pelo Estado de São Paulo.
Em dezembro de 1902, tendo sido criado o Supr.: Tribunal de Justiça Maçônica, no Grande
Oriente do Brasil, o Ir.: General Francisco Glicério é eleito seu presidente (foi reeleito , em
29/08/1903).
Em conseqüência do levante da Escola Militar, onde é ferido e preso o Dr. Lauro Sodré, Grão-
Mestre do GOB, tendo se considerado impedido de exercer a função o Grão-Mestre Adjunto,
Deputado Sá Peixoto, a Sob.: Assembléia Legislativa Maçônica concede-lhe poderes para nomear o
seu substituto. Neste dia, pelo Decreto nº 290, o Dr. Sá Peixoto nomeia então o general Glicério, grau
33, para exercer, extraordinariamente, o cargo de Grão-Mestre da Ordem. Em 01/02/1905, assumiu,
em caráter interino, o cargo de Grão-Mestre Sob.: Gr.: Com.: do Grande Oriente do Brasil.
O general Francisco Glicério morreu no Rio de Janeiro, em 12/04/1916.
O general Glicério era benemérito da Ordem, tendo sido membro da Assembléia Constituinte
Maçônica, quando foi votada a Constituição Maçônica de 1907, que afastava a Maçonaria da política.

AUGUSTA E RESPEITÁVEL LOJA SIMBÓLICA DE PESQUISAS MAÇÔNICAS DO


ESTADO DO RIO DE JANEIRO “NICOLA ASLAN”

(Fundada em 25/08/1995)
LOJA ITINERANTE
Reuniões trimestrais (meses de : Março, Junho, Setembro e Dezembro)

20
O NOSSO PLANETA

NOSSO NOVO RECURSO EM CRISE


Por Peter Phillips (*)

Imagine que estamos sob uma crise energética na qual estamos acostumados a pagar preços
duas ou três vezes mais altos pelo que, no século passado, era uma pequena parte de nosso
orçamento familiar. Mas agora, estamos enfrentando uma nova escassez que toca outro recurso
precioso. Água apenas sai pela torneira por 4 horas ao dia e somos forçados a pagar dez a cem vezes
mais do que pagávamos nos anos 90. Bem vindo ao mundo da privatização da água, onde água doce
é tratada como uma commodity, comercializada e vendida no mercado internacional na mais alta
cotação.
Você não pode mais usar um direito dado por Deus e beber água de uma fonte da montanha,
mas, ao contrário, você terá de pagar um pedágio por beber das fontes de Enron, dos poços da
Monsanto ou receber água encanada da Bechtel Water Works. O consumo global de água está
dobrando a cada 20 anos, mais do que um bilhão de pessoas já não têm acesso à água fresca para
beber. Se as tendências atuais persistirem, por volta de 2025, prevê-se que a demanda por água doce
será de 56% mais alta do que a quantidade de água atualmente disponível. As corporações
multinacionais reconhecem essas tendências e estão tentando monopolizar os suprimentos de água ao
redor do mundo. Monsanto, Bechtel, Enron e outras multinacionais globais estão buscando o controle
dos sistemas e suprimentos de água do mundo.
O Banco Mundial recentemente adotou uma política de privatização e cobrança para
recuperação total do custo da água. Essa política está causando grande desconforto em muitos países
do Terceiro Mundo, que temem que seus cidadãos não sejam capazes de pagar por uma água que
visa lucro.
No ano passado, em um pequeno caso conhecido de mercado internacional de água de alta
escala, um navio supertanque foi denunciado por estar cheio com água do Lago Eire, depois de pagar
ao Governo Canadense, para ser levada ao sudeste asiático.
Maude Barlow, diretor do Council of Canadians, o maior grupo de defesa pública do Canadá,
afirma: “Os governos ao redor do mundo precisam agir agora para declarar a água um direito
fundamental humano e prevenir esforços de privatização, exportação e venda com lucro de uma
substância essencial à vida. Pesquisas têm mostrado que vender água num mercado aberto apenas
atenderá a cidades e indivíduos mais ricos. As finitas fontes de água fresca (menos do que a metade
de 1% do total do estoque de água do mundo) estão sendo divergidas, depredadas e poluídas tão
rapidamente que, até o ano 2025, dois terços da população do mundo estará vivendo em um estado
de séria privação de água”. Os governos estão liberando o controle de seus suprimentos de água
domésticos aos participarem de tratados de comércio tais como North American Free Trade
Agreement (NAFTA) e em instituições tais como a World Trade Organization (WTO). Esses acordos
dão a corporações transnacionais o direito sem precedente à água de companhias signatárias.
A título de exemplo, a Monsanto planeja ter um retorno de US$ 420 milhões e uma renda
líquida de US$ 63 milhões em 2008 do negócio de água na Índia e no México. A Monsanto estima que
a água se tornará um mercado multibilionário em dólar nas próximas décadas.

21
(*)Fonte: Revista Digital Água Online

22
DEPOIMENTO
DISCURSO DE NIZAN GUANAES NA FORMATURA DA FAAP

"Dizem que conselho só se dá a quem pede. E, se vocês me convidaram para paraninfo, sou tentado a
acreditar que tenho sua licença para dar alguns.Portanto, apesar da minha pouca autoridade para dar
conselhos a quem quer que seja, aqui vão alguns, que julgo valiosos.
Não paute sua vida, nem sua carreira, pelo dinheiro. Ame seu ofício com todo coração. Persiga fazer o
melhor. Seja fascinado pelo realizar, que o dinheiro virá como conseqüência. Quem pensa só em dinheiro
não consegue sequer ser nem um grande bandido, nem um grande canalha. Napoleão não invadiu a Europa
por dinheiro. Hitler não matou 6 milhões de judeus por dinheiro. Michelangelo não passou 16 anos pintando
a Capela Sistina por dinheiro. E, geralmente, os que só pensam nele não o ganham. Porque são incapazes de
sonhar. E tudo que fica pronto na vida foi construído antes, na alma.
A propósito disso, lembro-me uma passagem extraordinária, que descreve o diálogo entre uma freira
americana cuidando de leprosos no Pacífico e um milionário texano. O milionário, vendo-a tratar daqueles
leprosos, disse: -"Freira, eu não faria isso por dinheiro nenhum no mundo." E ela responde: -"Eu também
não, meu filho". Não estou fazendo com isso nenhuma apologia à pobreza, muito pelo contrário. Digo
apenas que pensar em realizar tem trazido mais fortuna do que pensar em fortuna.
Meu segundo conselho: pense no seu País. Porque, principalmente hoje, pensar em todos é a melhor
maneira de pensar em si. Afinal é difícil viver numa nação onde a maioria morre de fome e a minoria morre
de medo. O caos político gera uma queda de padrão de vida generalizada!. Os pobres vivem como bichos, e
uma elite brega, sem cultura e sem refinamento, não chega a viver como homens. Roubam, mas vivem uma
vida digna de Odorico Paraguassu. Que era ficção, mas hoje é realidade, na pessoa de Geraldo Bulhões,
Denilma e Rosângela, sua concubina. Meu terceiro conselho vem diretamente da Bíblia: seja quente ou seja
frio, não seja morno que eu te vomito. É exatamente isso que está escrito na carta de Laudiceia: seja quente
ou seja frio, não seja morno que eu te vomito. É preferível o erro à omissão. O fracasso, ao tédio. O escândalo,
ao vazio. Porque já vi grandes livros e filmes sobre a tristeza, a tragédia, o fracasso. Mas ninguém narra o
ócio, a acomodação, o não fazer, o remanso.
Colabore com seu biógrafo. Faça, erre, tente, falhe, lute. Mas, por favor, não jogue fora, se acomodando, a
extraordinária oportunidade de ter vivido. Tendo consciência de que, cada homem foi feito para fazer história.
Que todo o homem é um milagre e traz em si uma revolução. Que é mais do que sexo ou dinheiro. Você foi
criado, para construir pirâmides e versos, descobrir continentes e mundos, e caminhar sempre, com um saco de
interrogações na mão e uma caixa de possibilidades na outra.
Não use Rider, não dê férias a seus pés. Não sente-se e passe a ser analista da vida alheia, espectador
do mundo, comentarista do cotidiano, dessas pessoas que vivem a dizer: eu não disse!, eu sabia! Toda
família tem um tio batalhador e bem de vida. E, durante o almoço de domingo, tem que agüentar aquele
outro tio muito inteligente e fracassado contar tudo que ele faria, se fizesse alguma coisa. Chega dos
poetas não publicados. Empresários de mesa de bar. Pessoas que fazem coisas fantásticas toda sexta de
noite, todo sábado e domingo, mas que na segunda não sabem concretizar o que falam. Porque não sabem
ansiar, não sabem perder a pose, porque não sabem recomeçar. Porque não sabem trabalhar. Eu digo:
trabalhem, trabalhem, trabalhem. De 8 às 12, de 12 às 8 e mais se for preciso. Trabalho não mata. Ocupa
tempo. Evita o ócio, que é a morada do demônio, e constrói prodígios.
O Brasil, este país de malandros e espertos, da vantagem em tudo, tem muito que aprender com
aqueles trouxas dos japoneses. Porque aqueles trouxas japoneses que trabalham de sol a sol construíram,
em menos de 50 anos, a 2ª maior megapotência do planeta. Enquanto nós, os espertos, construímos uma
das maiores impotências do trabalho. Trabalhe! Muitos de seus colegas dirão que você está perdendo sua
vida, porque você vai trabalhar enquanto eles veraneiam. Porque você vai trabalhar, enquanto eles vão ao
mesmo bar da semana anterior, conversar as mesmas conversas, mas o tempo, que é mesmo o senhor da
razão, vai bendizer o fruto do seu esforço, e só o trabalho lhe leva a conhecer pessoas e mundos que os
acomodados não conhecerão. E isso se chama sucesso".

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