Você está na página 1de 64

Leandro Henrique dos Santos

Está é uma reportagem especial da ACAM publicada em forma


de livro com apoio do jornal O ESPETO. Associação de Caçadores de
Assombração de Mariana que tem a missão de promover a cultura.
www.acammg.com.br

Autor: Leandro Henrique dos Santos


Diagramação, pesquisa de imagens e arte : Rozembergue Alex Teixeira
Capa: Rozembergue Alex Teixeira
Imagens : Acervo banco de imagens ACAM, Jornal O Espeto e
Passagem como você nunca viu Página no Face Book

Dezembro de 2018 : 1ª Edição.


Todos os direitos desta edição reservados à
ACAM
Associação dos caçadores de assombração de Mariana Minas Gerais
Apoio: Jornal O ESPETO
Redação : Rua Olimpío Diniz nº269. Passagem de Mariana.
CEP: 35421-000 Mariana MG.
www.jornaloespeto.com.br
Email: oespeto@gmail.com
Tel: 031-3558-4660
Acam
Diretoria 2017 - 2018 : Leandro Henrique dos Santos, Isaac Rangel, Carol
Rooke, Gerson Carneiro, Ricardo Borges, Lauro Rooke, Greice Stephane,
Rogério Duarte, Eduardo Campos, Estefano Azevedo,
Rozembergue Teixeira, Rogério Das Dores, Livia Vieira , GabrielCunha.

2017 - 2018
Face: facebook.com/acammg
Site: www.acammg.com.br
Email:acammariana @gmail.com

AO LEITOR :

As lendas e causos fazem parte de nossa identidade cultural, e todas


são baseadas em fatos e circunstâncias determinantes para sua impor-
tância na comunidade.

Para entender todas histórias, lendas e causos é necessário mergulhar


no contexto cultural e da realidade de cada comunidade. Sem esse mer-
gulho não podemos identificar as riquezas e os motivos causadores do
considerado sobrenatural e sagrado.

È necessário tecer algumas considerações para levar você leitor a aden-


trar neste universo, onde não existe fronteira definida entre o mundo
natural e o sobrenatural, onde as pessoas vivenciam suas lendas, cultu-
ras, onde a realidade é construída pela herança cultural. Onde muitas
coisas que não tem razão desempenham importante função na vida.
Onde percebemos que a superstição não é desprovida de sentido.

E onde os medos são reais.


MARIANA
história e cultura de Minas
começaram aqui.

Foto: Festa coroação Igreja Bom Jesus do Monte Furquim.


(Anjos de madeira mecanizados encenando a coroação )
Mariana é a primeira cidade de Minas Gerais, primeira capital, primeiro
bispado, primeira escola, sendo Passagem a primeira cidade com luz elé-
trica e a ter aparelho de raio-X da América Latina ( no Hospital de Passa-
gem), primeira Câmara, primeira cadeia, primeiro pelourinho, primeira
forca ( no bairro São Pedro) . Por essas e outras é conhecida como primaz
de Minas Gerais.
Quando os bandeirantes paulistas de Taubaté descobriram ouro abun-
dante em Marina e região no ano 1696 aconteceu uma corrida para explo-
rar os rios e morros como nunca se viu no Brasil! De repente chegaram
mais de cem mil pessoas sem qualquer planejamento, levando Dom João
V a proibir proibir a vinda de portugueses para o Brasil com medo do
esvaziamento de Portugal. Deram o nome de Vila do Carmo, de devoção
do rei Dom João V, sendo oficialmente comunicado a Coroa no dia de 16
de julho de 1696, dia de Nossa Senhora do Carmo.
Porém os pioneiros que aqui chegaram enfrentaram obstáculos em bus-
ca do sonho dourado. Sem plantações, ou cidades vizinhas, logo uma ga-
linha passou a valer seu peso em ouro !
Foram construindo aglomerados que deram origem aos povoados diver-
sos da região.
Batizando-os com nomes dos bandeirantes como Bento Rodrigues,
Furquim, Mainart, Lopes de Camargos, Miguel Rodrigues, Antônio Pe-
reira, ou de santos de devoção destes como São Caetano
( atual Monsenhor Horta), São Domingos ( Diogo de Vasconcelos), Vila
de Nossa Senhora do Carmo ( Mariana), Morro Santo Antônio, Morro
Santana em Mariana, ou nomes de tribos indígenas como Acaiaca, Itabi-
rocó, Vargem do Itacolomi, entre outras.
A cidade mais próxima era o Rio de Janeiro, e seguia-se por dois cami-
nhos. Pela Estrada Real, para Rio ou Parati.
O outro caminho levava sentido Vargem, Pinheiros Altos, Bacalhau,
Viçosa, de lá sentido Juiz de Fora para o Rio de Janeiro.
Os portugueses contrataram profissionais que já mineravam ouro na
Costa da Mina, e também compravam outras pessoas que eram vendidas
pelos reis africanos por motivos de conflitos políticos ou guerras.
Uma grande necessidade de mão de obra surgia, atraindo gente de toda
parte do reino português.
Mas só com auxílio dos índios conseguiram vencer os sertões e outros
índios, lutaram contra a falta de estrutura básica.
Por duas vezes 1702 e 1706 os portugueses foram obrigados a abandonar
as minas de ouro e fugir da fome.
Com muitos carregando ouro mas morrendo de fome pelas trilhas, sen-
do vítima fácil de bandidos.
Testemunha disso é a ponte da Caveira, na estrada real, na saída de
Ouro Preto para Lavras Novas, que recebeu esse nome devido aos esque-
letos ali deixados das pessoas que eram roubadas.
Logo uma guerra pela posse das minas foi defragada, entre os desco-
bridores paulistas e os portugueses, chamada de guerra dos emboabas (
galinha de botas, apelido dos portugueses, pois alguns usavam botas lon-
gas para proteger contra cobras, diferentes dos bandeirantes paulistas que
como os índios grande parte andava descalço).
Em Bacalhau ( Piranga), bairro Liberdade ( Passagem de Mariana) e Var-
gem - Palmital ( Mariana ) aconteceram as batalhas com maior numero
de mortos. Na Vargem os portugueses cercaram e fizeram acordo para
que os paulistas e apoiadores entregassem as armas e seriam poupados.
Porém depois de entregar as armas foram todos mortos. O local ficou
conhecido como Capão da Traição. Outros dizem que esse local fica em
Cachoeira do Campo, não se chegando a um consenso.

A CURA PELOS CHÁS, HERVAS E BENZIÇÕES

Nessa época, sem recursos, atendimento médico, utilizava-se rezas, chás


e benzições. Muitos preferiam procurar um pajé, benzedeira, bruxa, do
que um “físico” como eram chamados os médicos. Fazia parte da reali-
dade do povo várias superstições para cuidar da saúde, tanto para curar
como para evitar doenças.
Ainda considera-se atribuição a determinados santos certas especia-
lidades médicas, por exemplo, Santa Luzia cuida dos olhos, São Brás da
garganta, São Longuinho da memória, etc.
Como também tem o santo certo para cada pedido, Santo Antônio para
casar, São Pedro para entrar no céu, Santa Bárbara para chuva e raios, a
lista é longa. Os nomes muitas vezes são escolhidos olhando o santo do
dia. Por exemplo, consulte a Folhinha de Mariana pra ver qual é o santo
do dia que você nasceu, e assim eram escolhidos muitos nomes. Ainda
temos as ervas, chás e unguentos para cada coisa, por exemplo a arruda
serve para espantar mau olhado ou olho gordo, mas serve também para
espantar ratos e insetos.
Além disso existiam o costume do sétimo filho ser enviado para o se-
minário estudar para ser padre, senão ia virar lobisomem. E se alguma
mulher se envolvesse com um padre iria virar mula-sem-cabeça.
Somos herdeiros desse amalgama cultural e com as superstições vieram
os medos para botar ordem na casa.
Mas até que ponto eram superstições as manifestações consideradas
sobrenaturais?
As assombrações povoam os medos das pessoas e muitos as veem atra-
vessando paredes, fazendo barulhos, iluminando a noite.
ACAM
Quem somos

Por: Isaac Rangel


Criada no ano de 2008 (dois mil e oito) por alguns amigos para
estudar o temido caso do Caboclo D’água, após receber diver-
sos relatos de moradores das cidades mineiras de Barra Longa e
Mariana. Hoje, 10 (dez) anos após a criação da Associação de Caça-
dores de Assombração foram estudados mais de 40 (quarenta) ca-
sos, dentre eles relatos de assombrações, fantasmas e monstrologia.
Além das atividades acima a ACAM realiza um trabalho social e cultu-
ral com a comunidade de Mariana, um exemplo é o programa de Edu-
cação Patrimonial que tem como objetivo levar os jovens para conhe-
cer o nosso patrimônio mineiro (material e imaterial). Existe também
na ACAM o programa de Educação Ambiental e a equipe de Ufologia.
A Associação de Caçadores de Assombração de Mariana almeja nos pró-
ximos anos contribuir com a sociedade marianense fomentando o turis-
mo, divulgando cada vez mais nossa riqueza material, imaterial (causos e
lendas) e ambiental, envolvendo os moradores de Mariana e região.
1-..........Igreja e cemitério dos Ingleses
2-..........Mina da Passagem
3-..........Morro Santo Antônio
4-..........Cemitério da Igreja Santana do Gogo
5-..........Fonte da Glória
6-..........Praça da Forca, em frente a Igreja de São Pedro
7-..........Rua do Buqueirão em Passagem
8-..........Câmara de Mariana e Praça do Pelourinho
9-..........ICHS – Antigo Seminário
10-........Casa do exorcismo na Praça da Sé
11-........Ponte de Tábuas
12-........Museu da Música – antigo Palácio dos Bispos
13-........Fazenda da Palha em Camargos
14-........ Cruz das Almas em Bandeirantes
15-........A Noiva de Furquim
16-........Luzes no Itacolomi
17-........Assombração casa do Jardin Mariana
18-........Mina da Mata do seminário e caminho do Dom Viçoso
19-........Mãe do Ouro Região Distritais de Mariana
20-........Estação de Passagem
21-........Fazenda da Gameleira
08
Introdução
VOCÊ ACREDITA EM ASSOMBRAÇÃO?
Segundo pesquisa da Acam, idealizada por Isaac Rangel, 72,9%
dos marianenses acreditam em assombração.

Em pesquisa realizada pela ACAM, em julho de 2018 Associação de


Caçadores de Assombração e Monstros de Mariana, com 420 pessoas de
diversas idades nos bairros e distritos de Mariana, 72,9 % da população
acredita na existência de assombrações, e 65,3% já presenciou algo que
classifica como sobrenatural. 86% conhece alguém que afirma ter visto
uma assombração, por uma vez ou várias.

Das pessoas que responderam que presenciaram eventos sobrenaturais


citaram: correntes arrastando, gemidos, batidas na porta, passos dentro
de casa, barulho de queda de vasilhas na cozinha quando veem não caiu
nada, luzes pelas montanhas, sons de tambores.

Um caso do Sr. Tininho Silva morador de Bandeirantes, que chamou a


polícia para o batuque no local conhecido como Cruz das Almas, pois
já era meia noite e incomodava o sono dele. Policiais vieram, escutaram
o barulho, seguiram para o local e não mais voltaram para relatar. Está
incluído nos 22 lugares mais assombrados de Mariana.

09
Também algumas pessoas afirmaram terem recebidos tapas, chico-
tadas, pedradas e até pauladas. Sr. Lauro Rooke recebeu uma chicotada
dentro de uma mina no Morro Santana. Sr. Célinho Santos recebeu uma
paulada em frente a Mina de Maria Sabão na rua do Buqueirão, em
Passagem, e registrou B.O. Dona Efigênia R. relatou que quando catava
lenha na região do antigo Hospital de Passagem levou várias pedradas ,
junto com amigas, porém não viram ninguém no local. Uma senhora de
apelido Beleza, relatou que num baile da quaresma no antigo Casarão na
Praça Gomes Freire, foi dançar com um rapaz que queimou suas costas
onde ficou a marca da mão dele! Os vigias é a profissão que mais relatam
casos por ficarem acordados nas horas consideradas assombradas: seis
da manhã, três da tarde, seis da tarde, meia noite, três da manhã.

10
1 - Igreja e cemitério dos Ingleses
Os ingleses tiveram supremacia internacional de 1800 a 1900, conhe-
cido como o século inglês. Depois de vencer a guerra contra a França de
Napoleão Bonaparte os ingleses solidificaram seu influência econômica e
cultural, sendo até hoje a língua da globalização.
Na fuga de Napoleão Dom João VI veio escoltado pelos ingleses para
o Brasil, que passaram a tratar como uma de suas colônias, ainda que
informalmente. E os ingleses se atiraram no famoso ouro de Minas, logo
comprando minas em Mariana, Nova Lima, Catas Altas, etc.

Em Passagem permaneceram de 1812 a 1927, e nesse tempo constru-


íram o primeiro campo de futebol de Minas, campo do Esporte Clube,
primeira quadra de tênis, introduziram o bilhar e boliche. Além disso
fizeram de Passagem a primeira localidade a ter energia elétrica e apare-
lho de raio X, ainda construíram um hospital, uma Igreja Anglicana e um
cemitério. Foi a primeira Igreja protestante de Minas Gerais! Porém hoje
se acha, junto com o cemitério, em ruínas, tomada pelo mato e descaso.
11
Em meio as lápides de mármore,
com mensagens em inglês, declara-
ções de amor, até versos de Skakes-
peare encontramos. Porém o local é
famoso por outra característica: as-
sombrações!

Muitos relatos de barulhos estranhos


e pessoas esfarrapadas, feridas na área.
Algumas vezes em visita ao local equipe da ACAM sentiu forte cheiro de
putrefação, porém o cemitério foi usado pela última vez em 1918. Saque-
ado a partir da década de 1980, as sepulturas foram abertas, por pessoas
a procura de brincos, anéis, cintos, correntes. Porém muitos que foram
saíram apavorados por gritos medonhos e alguns ganharam até tapas.
As fotos tiradas no local pela ACAM sempre contem algum elementos
fora do lugar, como marcas como se fossem labaredas de fogo ou casas em
local que nada existe. As baterias de máquinas fotográficas e filmadoras
por alguma razão descarregam muito rápido, como puderam testemu-
nhar a equipe de produção do Programa da Xuxa que visitou o local.
È um dos locais mais fantasmagóricos da região.
Moradores do entorno da escola Benjamim Guimarães relatam pessoas
andando pela área do cemitério e da Igreja todas sujas, meio deformadas
por algum acidentes. Muitos que foram enterrados morreram em aciden-
tes na mina. Uma equipe de ciclistas ingleses que percorriam a estrada
real foram e visitaram o cemitério deixando lindas flores, em meio às lá-
pides.

12
13
2 - Mina da Passagem
A mina da Passagem foi uma das primeiras Minas de nosso Estado
e uma das mais ricas. O padre Bezerra de Melo, português, já em 1712
explorava essa mina, porém a área tinha diversas frentes de trabalhos ba-
seados nas técnicas ensinadas pelos africanos aos portugueses. Sim, os
portugueses contratavam profissionais experientes na região da Costa da
Mina, onde já se minerava ouro. Porém foi só com os ingleses que moder-
nos métodos foram usados abrindo na mina grandes salões do tamanho
de um ginásio esportivo de grande porte, com colunas sustentando o teto,
entre Passagem e Mariana. Muitos trabalhadores entravam nas minas
na região do bairro Santo Antônio e vinham trabalhar em Passagem. Os
ingleses introduziram trilhos, os trollers, vagão de transporte de pedras
e outros de pessoas. A Mina também passou por mãos francesas, numa
sociedade mista com ingleses, mas por pouco tempo. Logo mão de obra
de toda Europa vinha para Passagem, franceses, espanhóis, portugueses,
italianos, russos, suíços, etc.

14
Passagem passou a ter uma Vila Alemã ( atual Vila São Vicente), Vila
Espanhola, Vila Portuguesa e o Fundão onde moravam parte dos italianos
Porém as condições de trabalho que estavam submetidas eram muito
insalubres, expondo a riscos de desabamentos e a doenças como a silicose
que matava muitos todos os anos.
A vida útil de um mineiro era em média de 15 a 20 anos de trabalho.
Os acidentes com explosivos eram frequentes, e pessoas despedaçadas era
parte do cotidiano do trabalho, tanto que já havia profissionais para isso,
chamados de “papai bunda”, eles retiravam os escombros, recolhiam os
corpos e também outras sujeiras, como necessidades físicas de quem não
podia esperar.
Outra crença era de que quando havia acidente apurava-se mais ouro,
o que realmente acontecia, gerando o ditado que “ouro gosta de sangue”,
que virou até título do livro de nosso amigo historiador Rafael Souza so-
bre a mina da Passagem.

15
Nesse ambiente eram comum escutar vozes, e até dar sinal para o troller
subir mas sem ninguém na mina.
Coisa que acontece ainda hoje segundo verificado pela ACAM, que já
realizou diversar visitas a mina da Passagem. Também muitos já encon-
traram com um homem a cavalo, de chapéu, todo de branco, que diz em
inglês : “I am captain Jack.” Houve até um diretor da Mina que pediu de-
missão após um encontro com ele. Também no laboratório de química,
onde apurava-se o ouro, separando -o das impurezas, escuta-se passos
lentos do Sr. Koff, um russo, químico, e as balanças mechem sozinhas.
Além disso ainda existe um italiano que era músico e sindicalista na Itá-
lia, atuante na região de Emilia Romagna, ao chegar em Passagem ajudou
a criar o primeiro sindicato de Minas e que pode ser também o primeiro
do Brasil. Sindicato naquele tempo era uma novidade.
O sindicato que era no início só de italianos, exigia revisão do preço do
metro quadrado avançado na rocha pois era desta forma que os mineiros
recebiam.
Os ingleses não aceitaram o acordo e para vingar-se alguns italianos
colocaram dinamite debaixo da Casa Grande, sede da Mina, porém o
plano foi descoberto por um jardineiro que desconfiou do jardim que foi
estradado. Porém antes de ser preso e para não entregar os colegas ele foi
próximo a fábrica de arsênico, e lá tirou a própria vida com um revólver.
Dizem que a fábrica de arsênico e região escutam-se vozes em italiano
cantando ao som de um violão.

16
Equipe da ACAM foi próximo a fábrica de arsênico, cuja chaminé se
destaca na paisagem do belo vale que descortina na paisagem junto com
o Ribeirão do Carmo, porém é um local muito acidentado. O arsênico
era usado para fazer veneno de nome “formiga branca” e era tirado do
rejeito da apuração do ouro.

17
3 - Morro Santo Antônio
È um dos locais mais antigos e com mais ruínas de Minas Gerais,
sendo comparado a Machu Picchu no Peru por vários historiadores.
Na cúria de Mariana existem registros de mais de 20 mil escravos tra-
balhando nas minas. No Morro Santo Antônio existem dois cemitérios,
dos brancos, dentro das ruínas da antiga Igreja de Santo Antônio, e dos
negros, um pouco mais afastado. Muitos casos de assombração são ali
são narrados, como portão com grades de ferro que aparece e desapa-
rece, sendo que até um morador de Passagem, meu parente, viu esse
portão, entrou e viu um baú muito pesado, não conseguindo carrega-lo
buscou familiares para ajuda-lo. Mas quando voltou não encontrou o
portão, mesmo tendo marcado com gravetos o local. Existem também
uma mina toda de quartizito, teto, paredes, chão, onde eram presos os
escravos para não fugir ou para serem castigados. Essa mina foi encon-
trada por Elinésio, Rogério das Dores e Carol membros da ACAM.

18
19
(Ruinas no morro Santo Antônio)

20
4 - Igreja do Santana e cemitério do Gogo
A região do Gogo, onde ficam a Igreja Santana do Gogo, seu cemitério,
várias minas, tanques, é um local muito assombrado, diversos relatos de
barulhos, correntes, porém muitos relatam ter visto a procissão das al-
mas, que a noite pode ser vista de longe por suas velas.
Mas ninguém vai lá a noite devido o perigo dos buracos de sari, que
serviam de acesso as minas e retirada de pedras

(Ruinas da Igreja do Santana Gogo )

Também lá foi construído o primeiro hospital de Minas, hoje só ruínas.


E muitos gemidos ouve-se pelo local. Hoje aguarda-se que o local vire
um parque arqueológico protegido e preservado.

21
(Igreja Morro Santana Gogo Vista de Frente década de 20 )

22
(Igreja Morro Santana Gogo Vista lateral década de 40 )

23
Caminhadas educativas no Parque do Gogo

24
25
5 - Fonte da Glória

A Fonte da Glória é muito procurado pela qualidade de sua água,


porém foi construída para ser usada como bica e como local de lavagem
de roupa. Muitos afirmam que ouve-se de noite conversas e batidos
de roupas na pedra de lavar. Um mulher vestida de branco também sai
do local e segue para rua Dom Veloso, porém é muito alta, como relata
Vagner Gallo, membro da ACAM que já viu essa mulher.

Praça nossa senhora da glória ,nota se que ao fundo esta a bica da fonte
ainda sem cobertura e mais acima o casarão do antigo cartório .a baixo a
direita o zé gallo hoje Padaria.

26
27
6 - Praça da Forca, em frente
a Igreja de São Pedro
A Igreja de São Pedro é envolta em mistérios. Foi construída no antigo
local onde escravos faziam festas segundo costumes das religiões africa-
nas. Ficou durante muitos anos inacabada, com uma torre incompleta. E
até hoje a parte de dentro não foi finalizada. Na praça em frente a Igreja
de São Pedro ficava a forca usada para condenados a morte pela Câ-
mara. Os corpos não podiam ser sepultados e ficavam expostos muitas
vezes para servir de exemplo. Muitos barulhos escuta-se no local. Ainda
somando-se a isso temos o caso de um padre que foi encontrado mor-
to na escadaria da Igreja. Alguns disseram que foi um gato que pulou
e arranhou pescoço do padre. Outros já dizem foi obra de um marido
ciumento.

28
O fato é que o padre foi encontrado morto. E muitos moradores do São
Pedro veem esse padre andando pela Igreja e pátio, de batina cumprida,
mas de repente ele atravessa paredes, para susto de quem está perto.
Temos vários moradores que relatam esse fato, e muitos nem ligam mais,
de tão acostumados que ficaram.

29
7- Rua do Buqueirão em Passagem
‘‘Maria Sabão’’
A rua do Buqueirão em Passagem, subindo o restaurante de Sinha
Olimpia, é famosa por aparições de Maria Sabão, que mora na mesma
rua, na sua mina. Vicente Bispo, Valtin Ribas, Salomão Ibrain, todos já
viram e morrem de medo.

30
Maria Sabão era uma escrava muito zelosa com seus afazeres, e fa-
zia sabão de abacate para lavar a roupa dos escravos e da casa, porém
quando faltava abacate diziam que ela pegava crianças mal criadas, que
falavam palavrão, desobedientes, quem não gostava de tomar banho ou
não comia verduras. Até hoje muitos afirmam ver uma fumaça saindo
do buraco da mina do Buqueirão, que seria do caldeirão dela cozinhan-
do uma criança para fazer sebo e fazer sabão.
Ou seja, se não for um menino ou menina bonzinho vai virar sabão.
Celin da Vila foi atacado com uma colherada de pau na cabeça, Vicente
Bispo quase foi capturado e Salomão Ibrain morre de medo porque já
viu sair fumaça e fogo na mina de Maria Sabão.
Nossa amiga Marilu construiu um lindíssimo espaço cultural na Rua do
Armazém, e batizou de Espaço Maria Sabão.

(Mina da Maria Sabão na rua do Buqueirão em Passagem)

31
8 - Câmara de Mariana, Pelourinho
e Casa do Conde de Assumar
Câmara de Mariana foi por muito tempo cadeia, até cerca de 50 anos
atrás. Muitos eram torturados para confessar crimes, e outros não aguen-
tavam as condições e acabavam morrendo.
Os vereadores, no ano de 1725 chegaram a querer aprovar o corte do
tendão dos pés dos escravos fugidos para que não pudessem correr. Po-
rém a Igreja comunicou o fato a corte em Lisboa e o rei de Portugal não
permitiu. E no Pelourinho os castigos eram aplicados, com o condenado
amarrado o carrasco apli-
cava os golpes de chicote.
Muitos iam assistir e le-
var tambores para encora-
jar o condenado. A praça
Minas Gerais sempre foi
palco de assuntos interes-
santes, como o turista que
ao tirar uma foto da Igreja
São Francisco notou uma
pessoa com vestes de es-
cravo na porta.
Os padres protegiam os escravos que fugiam dos seus donos devido aos
maus tratos e Dom Viçoso chegou a proibir quem tivesse escravo entrasse
no seminário ! Há mais de 70 anos antes da abolição da escravidão.
Logo atrás da Igreja de São Francisco está o Palácio do Conde de Assu-
mar, hoje quase caindo.
Ele muito rígido sempre favorecia os portugueses na disputa pelas áre-
as que seriam mineradas mandando prender os paulistas por acusações
diversas.
32
Foi lançada sobre ele muitas pra-
gas principalmente de um padre que
morava em Inficcionado, hoje Santa
Rita Durão.
Esse padre tinha uma mina de ouro
e como estava dando muito resulta-
do logo arrumaram um jeito de tirar
o padre de lá.
Inventaram com ajuda do Conde de
Assumar a acusação que o padre era
bruxo pois receitava chás de camo-
mila e outros remédios para as pes-
soas.
O Padre foi preso e levado para
Lisboa para ser ouvido no Tribunal
da Inquisição. Nesse meio tempo o
padre morreu devido ao inverno em
Portugal e a mina ficou’ para os portugueses. Antes de ir relatavam a se-
renidade do padre que disse a todos, aquele que faz o bem não tem medo
do julgamento de Deus, mas quem faz o mal nunca tem descanso. Devido
a isso escutam-se passos no Palácio do Conde de Assumar durante toda
noite. Carlos do restaurante Rancho é testemunha.

( Casa do Conde de Assumar)


33
9 - ICHS – Antigo Seminário
Vários vigias já pediram pra serem transferidos do ICHS.
Muitos já viram um padre passar pela parede, rodando rosário nos de-
dos. Muitos acreditam que seria o do Padre Cornaglioto, professor, que
descontente com o fechamento da Capela Nossa Senhora da Boa Morte
passou a rodar o ICHS.
Estava tão comum que uma missa pela alma dele
foi rezada no ICHS pelo bispo Dom Oscar.
Chicão morre de medo de ficar a noite, ele afirma
que as luzes apagam sozinhas e escuta-se gemidos
nos antigos jardins em volta. Conta-se ainda que
estudantes foram tomar banho nus no chafariz de
madrugada porém tiveram que sair correndo pois
a água começou a esquentar e queimar ! Aconte-
ceu também de um vigia ir verificar os gemidos e
barulhos no mato e acabou no hospital !

34
10 - Casa do exorcismo na Praça da Sé

Mariana tem muitos mistérios, e um deles é o exorcismo feito por um


dos mais famosos padres exorcistas de Mariana, Cônego Juca Cota.
São muitas testemunhas que viram o “circo pegar fogo” na praça da Sé.
Segundo Sr. Alípio Borges teve uma pessoa saiu dando cambalhota em
altos pulos da casa onde era feito o exorcismo até o Jardim onde foi alcan-
çada e exorcizada.

Uma testemunha ocular desses fatos é o Prof. Rafael Arcanjo dos San-
tos que concedeu a honra de falar conosco :
“As pessoas possuídas eram levadas para a casa onde Cônego Juca Cota
morava, lá eram exorcizadas, amansadas.
Essas pessoas eram trazidas pela Polícia, amarradas mesmo.

35
Prof. Rafael, ao fundo casa do exorcismo

E Mariana naquele tempo não tinha quase carro nenhum , e a menina-


da ficava pela praça brincando, e quando víamos chegando a polícia todo
mundo corria pra ver.
O Exorcismo era feito dentro da casa, mas acontecia de muitas vezes
as pessoas saírem pela praça enfurecidas e o Cônego Juca Cota ir atrás
jogando água benta e dizendo orações, era comum, todos nós ali víamos
e todo povo se juntava”.
Prof. Rafael afirma que não tinha medo pois estava acostumado , e tam-
bém sempre escutava casos de assombrações.

36
Senhor Alipio e ao fundo a casa onde era realizado os exorcismos,
veja o depoimento do Senhor alipio no nosso site www.acammg.com.br

“Todos os dias as 13 horas Juca Cota dava benção lá, ele foi o primeiro
prefeito de Mariana, antes chamava-se intendente, e no meio das bênçãos
chegavam pessoas possuídas e todo mundo via.

Um caso que me marcou foi de uma senhora que rasgou a roupa no meio
da praça, aprontando, falando língua enrolada, como se fosse uma louca,
esse episódio lotou a praça para ver a atuação do Cônego Juca Cota que
conseguiu acalmar e depois levou-a para sua casa para vesti-la.”

Segundo Rafael Mariana tinha vários padres exorcistas e a demanda era


grande. Para ver a entrevista do Prof. Rafael na íntegra acesse o site : www.
jornaloespeto.com.br

37
11 - Ponte de Tábuas – Rosário

As muitas casas antigas do Rosário tem várias histórias para contar.


Muitos moradores até saem por causa de assombração. Na Ponte de Tá-
buas, mais antiga de Mariana, um encontro de um morador do Rosário
com uma criatura chamou atenção: o bicho parecia homem, fedia, tinha
o corpo cinza e vermelho, e pele escamosa.
Estava no meio da ponte e Roque do Leão artista plástico de Mariana
queria passar porém o bicho estava parado no meio da ponte, Roque foi
passar correndo e logo tomou um choque, caindo na ponte, quando o
trem veio pra cima dele foi só uma rasteira e sair correndo. Nunca mais
Roque duvidou que aquela ponte é mal assombrada.

38
12 - Museu da Música
Muito mistério, instrumentos que tocam
sozinhos, passos pelos corredores, e mais:
um monstro que mora nas proximidades,
sendo caçado por Silvio Cavalcanti, Gilber-
to, Bororó, Jair e outras pessoas da Chacára.

O Museu da Música ocupa o local do antigo


Palácio dos Bispos de Mariana, e onde exis-
tia um jardim muito bonito.

Silvio Cavalcanti por diversas vezes viu o


monstro do palácio dos Bispos, segundo ele
o monstro se esconde nos matos ao redor, e
sempre faz barulho de um urro ou gemidos. È todo verde, se camufla com
bambus, e costuma dar uma bambuzada nos desavisados que passam pela
mata entre o córrego do Palácio dos Bispos e o ICHS.

39
13 - Fazenda da Palha em Camargos
Os moradores da Fazenda da Palha relataram a equipe da ACAM As-
sociação de Caçadores de Assombração de Mariana que avistaram um
objeto misterioso no céu. Emitia uma forte luz, porém não gerava calor
ou barulho.

O OVNI tinha uma parte quadrada atrás, de onde desciam algo como
fios coloridos. Aparição durou em torno de três minutos.
Em toda região de Mariana Ouro Preto, Acaiaca, Diogo, Ponte Nova,
zona da Mata, é comum esse aparecimento dessa luz, porém nesse caso
os moradores ficaram a uma distância de metros do objeto luminoso
não identificado, podendo descreve-lo com minucias de detalhes .
A equipe de campo da ACAM foi até o local do avistamento e conver-
sou com as testemunhas. Interessado em mais detalhes da entrevista do
sr. Jorge acesse o site da ACAM: www.acammg.com.br.
40
Os membros da ACAM também estiveram em Camargos em 21/12/2017
durante a noite onde conversaram com moradores e muitos confirmaram
terem vistos essas luzes no céu realizando movimentos variados, inclusive
com registro de fotos, que foram passadas a ACAM para análise.

Os moradores da Fazenda da Palha, que também é um excelente restau-


rante, também avistaram essas luzes em mais de quatro vezes, sendo a úl-
tima a uma distância de apenas poucos metros, possibilitando descrever
com detalhes. “ Achei muito bonito, fiquei encantado”, afirma Jorge.
O Vice Presidente da ACAM, Sr. Isaac Rangel aconselha as pessoas a não
se aproximar destas luzes.

41
14 - Cruz das Almas em Bandeirantes
Bandeirantes está próximo a Camargos, passando por dentro, estrada de
terra difícil acesso. No caminho ainda tem um morro, apelidado de Cruz
das Almas. Nesse local já houve lutas por terras para garimpar, colocaram
uma cruz separando os mineradores de Camargos e os de Bandeirantes,
ou seja os de Camargos garimpavam no Gualaxo e os outros garimpavam
no Ribeirão do Carmo, e vem dái o nome popular do distrito Ribeirão do
Carmo.
Nesse local Cruz das Almas, como ninguém ousava ir, os escravos pas-
saram a reunir-se lá para tocar, dançar e comemorar sua religião. Até hoje
ouve-se forte som de tambores e batuques. Incomodou o sono de Sr. Ti-
nin Silva, que junto com seus dois filhos Lindouro ( Nem) e Rosalino (
Zaca) foram verificar mas nada viram, só ouviram o barulho.
A solução foi chamar a polícia que foi na Cruz das Almas e não mais
voltou. Porém Sr. Tinin já sabe, chegando a quaresma é hora da batucada.

42
15 - Anoiva de Furquim
A noiva de Furquim é dos casos com maior número de pessoas já do-
cumentados pela ACAM. O trocador de ônibus Vagner Gallo conta que o
ônibus parou para uma pessoa entrar no alto de Furquim. “ Uma pessoa
deu sinal, paramos, ela subiu, era uma mulher bonita, e eu levantei pra
cobrar, estava na frente pois vinha desde Realeza conversando com o mo-
torista, já era tarde da noite.Fui cobrar a passagem e não achei ninguém!
Falei com o motorista ele achou que ela tinha pulado a janela, viramos o
ônibus e voltamos, não vimos mais nada! Desde esse dia se vou passar por
lá levou um barbante bento vermelho trançado em cruz pra nada apare-
cer pra mim!” Afirma Vagner Gallo
Outro que disse que passou aperto foi Prof. Milton Brigoline, pois vinha
de caminhonete de Barra Longa e viu a noiva, acelerou mais ainda, porém
quando ele viu, ela estava do lado dele ! Começou a

43
Veja o relato de Vagner Gallo completo no Site da ACAM
www.acammg.com.br

44
16 - Luzes no Itacolomi
O Itacolomi é o lugar mais alto de Mariana, e por diversas vezes pes-
soas relatam ter vistos luzes caminhando pela área. Não pode ser carro
ou moto pois não tem estrada e é um local muito íngreme mesmo para
moto.
“Sim, fiz parte de uma equipe que pesquisou urânio no Itacolomi. Car-
regava os equipamentos e em diversos locais os aparelhos apitavam e
segundo escutei eram sinais que naquele local tinha urânio.” Afirma Zé
Gallo, morador de Passagem de Mariana.
Segundo ele foram realizadas pesquisas não só na região do Itacolomi
mas em vários outros locais.
“ Naquele tempo não tinha sido criado o parque. Eu era novo, adoles-
cente, e lembro das pesquisas que ajudamos a realizar. Também coleta-
vamos pedras coloridas, cachimbos, em troca de chumbinho para poder
dar tiro em espingardas que o pessoal da pesquisa nos emprestava. O
aparelho apitava e eles marcavam o lugar. ”
Será que existe no Itacolomi uma reserva de urânio? O que são as muitas
luzes vistas no Parque do Itacolomi?

45
17 - Assombração Casa do Jardin Mariana
Sr Alípio morador de Mariana nunca esqueceu de uma situação vivida
por ele muito estranha:
--- Estávamos todos divertindo no Senzala, local muito frequentado na
noite de Mariana nos anos 70, quando um rapaz bonito entrou pediu uma
porção de batatinha, logo ele estava trocando olhares com Iris, e a cha-
mou para dançar, quando ela foi dançar deu um grito pois as mãos dele
queimaram as costas dela, Iris usava um vestido frente única lindo.
Foi quando ela viu que ele tinha pés de pato, e começou a gritar e o ra-
paz começou a correr, logo os polícias, que estavam próximo foram atrás
dele, que saiu correndo, quando ele deu a volta no coreto do Jardim, desa-
pareceu! Eu vi isso acontecer e não esqueci! Disse Alipio.

46
18 - Mina da Mata do Seminário
e Caminho de Dom Viçoso
Os padres exploravam ouro durante o início da mineração em toda re-
gião, uma prova é que o primeiro registro da Mina de Ouro de Passagem
foi de Padre Mello em 1712 .
Outras minas eram exploradas, e na mata do seminário, seguindo a
antiga trilha que levava para os distritos, na parte chamada Caminho de
Dom Viçoso para a Cartucha, existia uma mina com três bocas ( entra-
das) fundas. Não se sabe porque foram abandonadas. Muitas colunas de
pedra ficaram no local, pois as pedras de cantaria usadas nas Igrejas tam-
bém eram retiradas de lá. As minas tem um portão e quando vai chegan-
do perto algo estranho sempre acontece. Cheiro de café, cheiro de carne
frita, cheiro de doce, Lauro Rooke integrante da equipe de Campo da
ACAM tomou uma chicotada nas costas e sem saber quem bateu, além
disso estava de camisa, blusa e mochila, mesmo assim a marca ficou níti-
da. Rogério das Dores também participou das tentativas de chegar a essa
mina, viu que uma onça estava próximo ao local e teve que voltar. Sempre
acontece algo , como uma pedra que cai próximo as pessoas. Fato é que o
local é muito assombrado.

47
19 - Mãe do Ouro :Pessoas feridas,
animais mortos e relatos de objetos
luminosos causam medo na população
Os moradores do interior de Minas Gerais, de áreas rurais de Ouro
Preto e Mariana, Diogo de Vasconcelos, Piranga, e cercanias relatam avis-
tamento de luzes fortes, com brilho amarelo intenso, que cortam os céus.
Foram apelidadas de “mãe do ouro” pela população pois apareciam pró-
ximo a locais de garimpo de ouro.
O vereador José Quirino, ex-presidente da Câmara Municipal de Diogo
de Vasconcelos, disse em reunião da Câmara que raro uma pessoa que
mora na área rural e nunca viu essa bola de luz. Segundo ele as pessoas
não a temem pois não faz mal algum, porém não consegue-se ficar olhan-
do para ela, pois ele afirma que faz mal para a “vista”. Durante a reunião
da Câmara Municipal, em 2014, discutia-se o fato de uma vaca ser en-
contra morta apenas com um furo no pescoço, após proprietário relatar
ter visto luzes perto do seu sítio na noite anterior. Também um cabrito foi
morto da mesma forma. Uma equipe de vereadores se deslocou ao local
para averiguar os fatos.

48
A ex-prefeita de Mariana Sra. Terezinha Severiano Ramos disse que cui-
dou do seu irmão que teve os olhos queimados por ficar admirando por
muito tempo essa luz. Sra. Terezinha Ramos disse que os médicos o tra-
taram como queimadura feita por máquina de solda elétrica e o repreen-
deram por não usar óculos de proteção. “Meu irmão mora na roça, nunca
soldou”, disse ela.
Sr. Sérgio Neves, presidente do Sindicato dos Técnicos Administrati-
vos da Universidade Federal de Ouro Preto, afirma que também viu essa
luz forte, em formato de bola no Morro São João em Ouro Preto. “Achei
inicialmente que era uma moto com farol forte, mas no local não existia
estrada, e a luz subia e descia, oscilando a velocidade por duas ocasiões eu
pude observar esse fenômeno. ”
Inusitado aconteceu no início desse ano com Sr. Valdécio Ferreira, em-
presário, fazendeiro do distrito de Pinheiros Altos, próximo a cidade de
Piranga, 120 Km de Belo Horizonte. Ele disse que alguns animais desapa-
receram mortos sem causa após o aparecimento dessa luz.

Testemunhas

Sérgio Neves José Quirino

49
“Aquela bola de luz aparecia todo dia e o gado estava ficando agitado,
alguns pulavam a cerca, arrebentavam o arame. Resolvi com alguns em-
pregados que moram comigo na fazenda tentar laçar essa bola, e fomos
com uma rede que fizemos de corda para o pasto no local que ela sempre
aparecia. Quando a luz forte apareceu tentamos nos aproximar para jogar
a corda, ela não estava muito alta, mas a luz nos atrapalhava para enxer-
gar. Ao chegar perto ela subia e aparecia no outro lado. Tentamos várias
vezes, mas era mais esperta que a gente.” Disse Sr. Valdécio Ferreira, que
passou a recolher todas noites o gado no curral.
Claro que essa bola de luz causa reações diferentes nas pessoas, como
Sr. Welbert Pimenta, morador de Camargos, distrito a 16 Km de Maria-
na. Ele atirou na bola de fogo pois estava espantando os trabalhadores
de um garimpo na região em 2013.
“ Atirei nela, duas vezes, acertei. Ela parou o movimento, aumentou o
brilho e veio em minha direção. Tive que correr. Ninguém mais quis vol-
tar ao garimpo que acabou fechando por medo de sofrer queimaduras
devido aquela luz forte.” Disse.
Sr. Milton Souza, morador do distrito de Santa Rita de Ouro Preto, já
acha o que chama de “mãe do ouro” uma luz linda. “ È bonito demais.
Persegui ela pra ver onde ela ia parar, pois sempre escutei que ela para
perto de onde tem ouro. Já vi várias vezes. Não tenho medo dela não.”
Porém um acontecimento trágico foi o desaparecimento da filha de Sr.
Milton em 2008. Ela era estudante e tinha 14 anos.

50
Ele foi até a programas de televisão como o Ratinho para divulgar a foto
de sua filha porém mesmo com toda exposição na mídia a família não re-
cebeu nem uma notícia que pudesse indicar o paradeiro da menina. Sim-
plesmente desapareceu. Por apenas uma vez o aparecimento deste fenô-
meno da bola luminosa se deu durante o dia, em local público, dentro do
campus do Morro do Cruzeiro da Universidade Federal de Ouro Preto.

Sr. Denilson Pereira de Melo, funcionário da UFOP, junto com colegas


avistou e seguiu uma bola luminosa de cerca de dois metros de diâme-
tro. Eles a seguiram com uma caminhonete até ela sumir dentro do
campus da UFOP, subindo aos céus. Na época esse acontecimento foi
manchete do jornal O ESPETO edição 289, segunda semana de dezem-
bro de 2014, com a manchete: “Mãe do ouro ou disco voador na UFOP?
Também Sr. José Custódio Dueli, guarda parque no Parque Estadual do
Itacolomi, que abrange os municípios de Mariana e Ouro Preto; ele afir-
ma que viu não uma mas várias luzes em formatos circulares brilhando
. “ Como morava dentro do parque tinha a vista de toda região e achava
lindo o céu. A noite ficava admirando aquilo tudo. E vi essas luzes por
várias vezes, já cheguei a ver seis de uma vez. Nesse dia encontramos um
lobo guará morto. Elas chegavam até próximo a minha casa. Preferi vol-
tar a morar em Passagem de Mariana, distrito de Mariana por precau-
ção.” Disse Sr. Custódio. Sr. Isaac Rangel, empresário, projetista, mora no
bairro Liberdade, em Passagem de Mariana e tem uma vista privilegiada
do parque do Itacolomi, ele afirma que muitas vezes viu essas luzes pelo
parque. “ São redondas e brilham muito.
51
Pensei que fosse motoqueiros mas pela manha descobri que o local não
tem estrada ou trilhas, é um abismo. Também a forma de se movimentar,
ora devagar ora muito rápido me chamou a atenção, e a luz ora é muito
forte ora quase some. Cheguei a ligar para a polícia militar e para o Par-
que do Itacolomi informando sobre as luzes pois acreditava que poderia
ser alguém perdido, mas ninguém sabia informar nada.” Disse Isaac Ran-
gel que depois de presenciar esses fatos iniciou seus estudos em Ufologia.
Hoje ele é consultor da Revista OVNI PESQUISA publicação que se de-
dica a estudar esses fenômenos de forma científica.
Rogério Ferreira integrante da ACAM e estudioso desses fenômenos
afirma que se deve evitar se aproximar desses objetos e não olhar direta-
mente para ele.
Exemplo disso é o caso de Sr. Tininho Silva, do distrito de Bandeirantes
em Mariana ao ver esse objeto parar próximo ao rio do Carmo se aproxi-
mou, sinalizando com uma lanterna em direção ao objeto luminoso, que
subiu de forma rápida e Sr. Tininho Silva relatou ter sido lançado para
trás, tendo felizmente apenas escoriações.
Ainda há muito para se aprender para entender esses fenômenos porém
apenas com trabalho e estudo poderemos chegar a respostas.

52
20 - Estação de Passagem
A linha do ramal Ouro Preto – Mariana foi inaugurada em 1914. A esta-
ção de Passagem de Mariana já estava pronta, e é a única estação do Brasil
onde um quarto de aço foi construído, pois era usado para guardar o ouro
da Mina da Passagem.

Conta-se que durante a construção da estação aconteceram vários fatos


estranhos, como tentativa de fazer um buraco debaixo da estação, pois já
sabiam que os ingleses iriam utilizar para guardar ouro. Porém aconteceu
um desabamento e não se sabe o que aconteceu.

Fato é que escutam-se barulho de picaretas debaixo da estação ou pedidos


de socorro, relata Sr. Vagner Gallo, morador de Passagem que pesquisa
histórias de assombração do Morro Santo Antônio.

53
21 - Fazenda da Gameleira em Mariana
A Fazenda da Gameleira em Mariana é muito lembrada pelas histórias
de quem precisava passar por ali e ouvia do alto da gameleira risadas, e
até ganhava pedras. Até hoje o povo tem medo.

“ A gente morria de medo de passar ali, não existia ônibus para Mariana,
íamos todos a pé ou de caminhão, e pra voltar dos bailes, tarde da noite,
tínhamos que passar por ali a pé. Certa vez vi um vulto subindo e descen-
do, aproximávamos ele subia, ai corríamos, como tínhamos que passar,
eu e a turma, voltamos com muito medo, quando estávamos perto, aquilo
levantou de novo, e todos gritamos, e para nossa alegria era um jornal
com a pedra em cima, o vento batia ele subia, começamos a rir, e escuta-
mos uma risada alta e forte vindo do alto da gameleira, ai dessa vez come-
çamos a correr e só paramos no coreto em Passagem.” Disse José Gallo.

Risadas, pedradas, eram comuns escutar. Hoje da fazenda ainda resta


ruínas, mas a gameleira continua intacta. Eram duas, uma foi cortada
pela CEMIG para passar a estrada para a Sub-estação de energia

54
Encontro Nacional de Caçadores de
Assombração
A ACAM realizou dia 7 de novembro de 2018 Encontro Nacional de
Caçadores de Assombração em Mariana, com a ilustres presenças de
Roberto Beltrão do grupo Recife Assombrado, Paulo Werner ufólogo
editor da revista Ovni Pesquisa, de Contagem.

Amantes do tema compareceram no evento que foi recheado de atra-


ções e palestras entre elas a “Caçada ao Caboclo D’água” – Apresentação
teatral da Companhia Lamparina;
Palestra de Abertura: Apresentação e relatório das atividades da As-
sociação de Caçadores de Assombração de Mariana. Por Isaac Rangel,
ACAM - Mariana.

55
Contação de causos: Como se transformar em Lobisomem; com Stefano
Azevedo, jornalista, estudante de Computação da UFOP e pesquisador
Ataques da Mãe do Ouro no litoral. Por Herbert Yag – Linhares – ES.
O caso do livro da bruxa espanhola e aparelhos usados na pesquisa do
sobrenatural . Por Lauro Rooke – Juiz de Fora, MG. Participação de Isaac
Rangel, Mariana – ACAM - MG.

56
Origens
Caboclo Dágua e a criação da ACAM
A Associação de Caçadores de Assombração e Monstros de Mariana
( ACAM) foi criada em 2008 com o objetivo apenas de estudar os casos
de ataques do Caboclo Dágua, que sempre é visto na região de Acaiaca,
Barra Longa, subindo o Ribeirão do Carmo, sendo visto em Furquim,
Monsenhor Horta, e Bandeirantes.

São tantas pessoas relatando ver o tal


bicho, descrito como meio lagartixa,
meio galinha, meio macaco, que o
caso foi levado a sério e essa comissão
de estudiosos logo formou um grupo
para estudar também outros casos que
chegaram após o caboclo dágua sair
nos principais jornais e TVs do Brasil.

A ACAM hoje se divide em quatro


equipes: equipe de Monstrologia, equi-
pe de campo, equipe de educação pa-
trimonial, e equipe de ufologia. Todas
organizadas pela direção da ACAM,
que se reúnem quinzenalmente ou
quando há necessidade.
A equipe de Monstrologia realiza trabalho de análise literária sobre
o assunto dos monstros e sua criação, realizando pesquisas cientificas
comprovando teorias. Alguns conclusões já foram feitas, como por
exemplo a relação de doenças e os monstros, como a doença da raiva
sendo origem dos lobisomem e a doença da porfiria sendo origem dos
vampiros. Por meio do grupo de estudo, que se comunicam e comentam
casos via rede social, que integra pessoas de todo Brasil; Porto Alegre,
Belo Horizonte, São Paulo, Rio, Colatina (ES), Recife, Foz do Iguaçu, e
de nossa região.

57
A Equipe de Educação Patrimonial leva seus participantes a conhecer
museus e parques culturais, ambientais, arqueológicos e cidades históri-
cas.
Conta parceria com escolas onde leva o projeto de contação de causos
e lendas para crianças pequenas. Também realizada campanhas para pre-
servação e criação de locais chave para nossa história como Parque do
Gogo e Parque dos Ingleses em Mariana, Morro da Forca em Ouro Preto.

Por diversas ocasiões protagonizou realizações de audiências públicas


com este fim e também palestras sobre “Leis de Proteção do Patrimônio
Histórico não Oficial”, com a publicação de uma cartilha. Exigência para
participar: leitura de material publicado pela ACAM a respeito do tema e
participação das atividades.
Equipe de Ufologia: Grupo que estuda diversos relatos do fenômeno
OVNI e mapeia essas aparições, chamadas de Mães do Ouro.
Mais de doze relatos já foram gravados por testemunhas, disponibili-
zados no site da ACAM, que também realiza atividade de pesquisa nos
locais citados. Em parceria com o CIPFANI de Contagem participa da
revista OVNI PESQUISA ( www.ovnipesquisa.com.br), revista dedicada
ao ufologia com um olhar mais científico, de periodicidade trimestral.
Promove várias palestras com o tema ufologia. Exigência para partici-
par: estudo e participação dos cursos de capacitação.

58
Equipe de Campo: Membros da ACAM que disponibilizam a visitar
locais considerados como mal assombrados em horários descritos pelas
testemunhas, colher depoimentos, imagens, usando tecnologia para pes-
quisar fenômenos descritos pelas testemunhas. Exigência para participar:
noções de primeiros socorros, conhecer técnicas de entrevista, noções de
localização via GPS, participar de treinamentos para entrar em locais de
mata, em minas, ou locais com alta periculosidade ambiental, diurno e
noturno. Conhecer procedimentos em caso de
Diretoria: Equipe que conduz as atividades, determina ações, visitas, re-
presenta a ACAM, promove parcerias, eventos, palestras e meios para re-
aliza-los. Composta de presidente, vice-presidente, secretario, tesoureiro,
coordenador de políticas públicas, coordenador de segurança e equipa-
mentos, coordenador de logística, coordenador de imprensa. Exigência:
Ter participado das atividades da ACAM, cursos, treinamentos, palestras
e visitas a locais selecionados.

Contato com a diretoria: acammariana@gmail.com


ou www.acammg.com.br

59
Sr. Denilson Pereira de Melo, trabalhador da UFOP, não só viu a Mãe
do Ouro como a seguiu junto com amigos até sumir no campus Morro
do Cruzeiro.
Há aparições também em muitas outras cidades e países, porém não
são divulgadas. Recentemente cruzou os céus de vários Estados do Nor-
deste uma bola luminosa, sendo inclusive filmada.
Segundo o Prof. Milton Brigoline, ele tem cadastrado nomes e endere-
ços de 56 pessoas relatando que viram essa bola de fogo no céu aqui na
região.
O prof. Milton Brigoline afirma que a maioria das últimas aparições
aconteceram em Bento Rodrigues e Camargos, distritos de Mariana
também houve casos em Miguel Rodrigues subdistrito de Diogo de
Vasconcelos.
Não dá mais para ignorar o que tanta gente está vendo e tratar o caso
como lenda. È um fato, já foi até fotografado! E agora o que pode-se
dizer desse fenômeno? As autoridades não tem resposta e preferem ridi-
cularizar. Muitas pessoas, como Sr. J. Messias, radialista, acreditam que
essas bolas de fogo são sondas enviadas por naves espaciais pilotadas por
seres extra-terrestres para estudar as riquezas do nosso planeta.
Para Vicente Bispo, vice-presidente de honra da ACAM, Associação de
Caçadores de Assombração de Mariana, é importante não se aproximar
daquilo que não se conhece, pois não sabe o que vai acontecer. O melhor
segundo ele, é documentar de uma distância segura.
Segundo o Prof. da UFOP Milton Brigoline especialistas de todo Brasil
já estudam esse fenômeno porém de forma secreta.
“O importante é respeitar as pessoas e suas opiniões. Não se pode agir
de modo preconceituoso e negar uma ideia só porque outros te induzem
a isso. Temos que ter coragem para buscar conhecimento, coragem para
ousar ouvir os outros e quebrar tabus.” Afirma Isaac Rangel e J. Messias.

60
CORAGEM PARA BUSCAR CONHECIMENTO
“ Sempre existirão aqueles que terão coragem de se levantar e dizer:
“ Eu vi ! ”.
Professor Milton Brigoline, presidente de honra da ACAM.

Mesmo sabendo que muitos duvidarão de suas palavras eles dizem.


Mesmo sabendo que muitas pessoas vão caluniá-los e desmerecê-los, eles
continuarão a dizer. Porque acreditam no que dizem.
No caso da Mãe do Ouro, por exemplo, há relatos de pessoas de Bento
Rodrigues, onde um grupo de onze garimpeiros abandonaram o garim-
po depois de avistar a tal Mãe do Ouro. Em Camargos Sr. Djalma Pimenta
Melo foi seguido por uma. Em Diogo o Vereador José Quirino disse em
plenário que na zona rural é raro uma pessoa que nunca viu a mãe do
ouro. Até a Sra. Terezinha Ramos, ex-prefeita de Mariana disse que aju-
dou a cuidar de seu irmão que queimou seus olhos fugindo da Mãe do
Ouro.
Sr. José Custódio Dueli já viu a mãe do Ouro no Alto de Passagem, Sr.
Adilson Queiroga e seu filho Ramon já viram a Mãe do Ouro próximo
ao trevo de Passagem para Mariana, Sr.Ezequiel Dias já avistou a Mãe
do Ouro sobrevoando o Alto da Cruz em Ouro Preto e seguindo para
o Itacolomi, e logo depois a cidade de Ouro Preto sofreu uma queda de
energia elétrica.

61
DEZ ANOS DA ACAM
NUNCA MARIANA E REGIÃO FORAM
TÃO DIVULGADA NA MÍDIA
Jornal Nacional, Jô Soares, Domingo Espetacular, Ana Maria Braga,
Fátima Bernandes, Gilberto Barros, Programa da Xuxa, SBT, todos
divulgaram as lendas de nossa região.
Por: Eduardo Campos
A ACAM – ASSOCIAÇÃO DOS CAÇADORES DE ASSOMBRAÇÃO
DE MARIANA, completa dez anos e é sem dúvida uma das instituições
que nos últimos tempos vem divulgando Mariana para todo Brasil e para
o mundo, através de suas pesquisas sobre o tema, ganhou a mídia nacio-
nal e internacional, divulgando a região e assim despertando a curiosida-
de das pessoas a vir visitar as regiões onde as histórias sobre assombração
aconteceram.
Temas como Maria Sabão, a Noiva de Furquim ou da Ponte de Car-
margos, Caboclo D’água, Capitão Jack, Mãe do Ouro; tiveram ampla di-
vulgação e povoaram o imaginário das pessoas, fazendo com que elas
fantasiassem sobre estes temas e às vezes encarnassem esses personagens
folclóricos, contribuindo assim para que se criasse uma identidade para
as cidades onde os casos se manifestavam. Barra Longa é um exemplo dis-
so, pois após a divulgação da história do Caboclo D’água a cidade tornou
– se conhecida em todo Brasil, ocupando as manchetes dos principais
jornais e programas da televisão e das rádios brasileiras, mostrando assim
que estas lendas também fazem parte da cultura e merecem ter um lugar
de destaque em nosso patrimônio imaterial.
Assim a ACAM tem um grande papel no desenvolvimento do turismo
local uma vez que através de seus “causos de assombração” atrai pessoas
para região fazendo assim com que as pessoas conheçam nosso patrimô-
nio material e imaterial e consequentemente impulsionando a economia
de nosso município e cidades da região, um exemplo a ser seguido por
outras instituições e pelo governo municipal.
Parabéns a todos os membros da ACAM pelo empenho em manter vivo
o nosso folclore, que a ACAM possa cada vez mais fazer este belo trabalho
de resgate da nossa cultura.
62
Publicação Jornal O espeto

Apoio com imagens Passagem como você nunca viu

Realização ACAM

Você também pode gostar