Você está na página 1de 23

O PESQUISADOR

MAÇÔNICO
Ano II n.º 20 Outubro/2002

EDITORIAL ÍNDICE

O nosso informativo mensal tem sido enviado, cada vez


Pág. 2 e 3
 O que a imprensa

E
mais, para um maior número de IIr.:, seja eletronicamente, seja de noticiou
forma impressa, que o tem divulgado, não necessitando de quaisquer
tipos de promoções que não seja esta divulgação direta. E aí reside o Pág. 4 e 5
seu mérito, uma vez que vem ao encontro dos objetivos de quando da  Curiosidades
sua criação: divulgar gratuitamente entre os IIr.: , e os simpatizantes Pág. 6
da Ordem (por que não?) gotas de sabedoria maçônica (e
 Para pensar
cultural/informativa em geral) ao maior número possível.
Fato mais auspicioso é que tem havido colaboração com artigos (de Pág. 7
própria lavra, ou não), o que tem nos ajudado a editá-lo mensalmente.  Frases que marcaram
Como as colaborações vêm de IIr. de diversas Potências (aí reside Pág. 8
outro dos objetivos do informativo), o que o torna bem democrático e
 Gr. Dic.Enciclopédico de
fraternal, pois temos defendido o acatamento das decisões vindas do
Maç. e Simbologia
Grão-Mestrado (como não podia deixar de ser), mas, principalmente, a (Nicola Aslan)
máxima do Maçom livre numa Loja livre. Nós somos e devemos ser  Biblioteca
sempre, meus IIr.:, livres pensadores, dentro desta escola iniciática
que é a nossa Ordem. Pág. 9
 Saúde é coisa séria
Finalmente, queremos poder contar com a compreensão de todos
 Pílulas Maçônicas
para o fato de termos, muitas das vezes, atrasado a edição dos
informativos. Tal fato decorre do acúmulo de serviços profanos, uma Pág. 10 à 13
vez que, como é de conhecimento da maioria de todos, dividimos  Trabalhos Maçônicos
nossos afazeres profissionais com o prazer de editar o nosso
informativo. Num futuro próximo, talvez possamos ter uma equipe de Pág. 14 e 15
apoio e não atrasarmos o envio deste que, a cada dia, ganha mais  História pura
leitores. Pág. 16
 Viagem ao nosso interior

Carlos Alberto dos Santos/ M...M... Pág. 17


 Biografia do mês

Pág. 18 e 19
 O nosso planeta
Pág. 20
O Pesquisador Maçônico • Depoimento
Fundação: Janeiro/2001
Informativo Cultural da SOCIEDADE DE ESTUDOS ANTHERO
BARRADAS, e A... R...L...S... Renascimento n.º 08
Rua Nicola Aslan, 133
Braga – Cabo Frio (RJ) e-mail: carlosalberto@cabofrio.psi.br
1
O QUE A IMPRENSA NOTICIOU
Pesquisadores afirmam ter encontrado ossário do irmão de Jesus

Uma inscrição em pedra, encontrada perto de Jerusalém em uma língua e escrita de 2 mil anos atrás,
traz a frase "Tiago, filho de José, irmão de Jesus" .Este pode ser o artefato mais antigo já encontrado
relacionado à existência de Jesus, concluiu um estudioso francês em uma análise da inscrição que será
publicada nesta semana na revista Biblical Archaeology Review. Seja inscrição for autêntica e se referir a
Jesus de Nazaré, ela será a documentação mais antiga conhecida de Jesus fora da Bíblia. A revista, que
anunciou a descoberta na segunda-feira, a está promovendo como a "descoberta arqueológica mais antiga
para corroborar as referências bíblicas a Jesus".
Outros estudiosos estão reagindo com cautela, considerando o achado importante e instigante, mas
dizendo que provavelmente será impossível confirmar um elo definitivo entre a inscrição e qualquer uma
das figuras centrais da fundação do cristianismo. Fraude não pode ser descartada, eles disseram, apesar
do estilo cursivo da escrita e um exame microscópico da superfície gravada parecer diminuir as suspeitas.
Uma investigação da Pesquisa Geológica de Israel não encontrou nenhuma evidência de pigmentos
modernos, marcas de instrumentos de corte modernos ou outros sinais de falsificação.Estudiosos bíblicos
disseram em entrevistas que a evidência circunstancial apoiando uma ligação com Jesus é possivelmente
forte, mas ainda assim circunstancial.
Apesar de Tiago (Jacó ou Ya'akov), José (Yosef) e Jesus (Yeshua) serem nomes comuns daquela
época e local, notaram vários estudiosos, seria altamente improvável eles aparecerem na combinação e
ordem de parentesco encontrada na inscrição.As palavras, em aramaico, "Ya'akov bar Yosef akhui
diYeshua", foram gravadas em uma caixa fúnebre de calcário de 51 centímetros de comprimento,
conhecida como ossário, que presumivelmente já conteve os ossos de um homem chamado Jacó, que
morreu no primeiro século d.C.
Várias vezes o Novo Testamento menciona que Jesus tinha um irmão chamado Tiago, que se tornou
líder da nascente comunidade cristã em Jerusalém após a crucificação. Esse Tiago foi o primeiro dos
apóstolos ao qual Jesus ressuscitado supostamente apareceu. O historiador judeu do primeiro século,
Josephus, registrou que Tiago foi executado por apedrejamento por volta de 63d.C. Este Tiago poderia ser
um dos muitos Tiagos. Mas o restante da inscrição estreita significativamente as possibilidades. Primeiro,
de acordo com a prática comum, seu pai foi identificado,neste caso um José.Mas raramente o irmão do
morto seria acrescentado na inscrição, a menos que o irmão fosse proeminente. Tiago, o apóstolo, poderia
querer proclamar uma última vez sua ligação com Jesus.
André Lemaire, um pesquisador da Sorbonne em Paris e um respeitado especialista em inscrições
do período bíblico, calculou a probabilidade estatística dos três nomes ocorrerem em tal combinação como
extremamente pequena. Provavelmente ao longo de duas gerações na Jerusalém do primeiro século, não
mais do que 20 pessoas poderiam se chamar "Tiago, filho de José, irmão de Jesus", e poucas delas
poderiam ter sido enterradas em ossários com inscrição. Outros cálculos reduzem ainda mais a
probabilidade.
"Parece muito provável que este seja o ossário de Tiago do Novo Testamento", escreveu Lemaire no
artigo da revista. "Se for, isto também significaria que temos aqui a primeira menção epigráfica --de cerca
de 63 d.C.-- de Jesus de Nazaré".Em outro trecho de seu artigo ele reconheceu que "nada nesta inscrição de
ossário confirma claramente a identidade "deste Tiago como o conhecido na tradição cristã.Antes disso,
informou a Biblical Archaeology Review, a menção mais antiga de Jesus se encontrava em um pedaço de
papiro contendo um fragmento do Evangelho de João, escrito em grego por volta de 125 d.C. A maioria
dos textos mais antigos existentes do Novo Testamento datam de 300 anos ou mais depois da época de
Jesus. Acredita-se que o primeiro Evangelho, de Marcos, foi escrito por volta do ano 70.Apenas poucos
outros artefatos antigos mencionam figuras do Novo Testamento. Em 1990, o ossário de Caifás, o sumo
sacerdote que entregou Jesus aos romanos, foi encontrado. Antes, os arqueólogos descobriram uma
inscrição em um monumento que apresentava o nome de Pôncio Pilatos. Como outros estudiosos bíblicos,
o dr. James C. VanderKam da Universidade de Notre Dame elogiou Lemaire como um renomado
epigrafista, ou especialista em inscrições antigas, cuja pesquisa é meticulosa e as avaliações criteriosas.
"Como a pesquisa vem de André Lemaire, eu a levo muito a sério" disse VanderKam. "Se for autêntica, e
parece que é, esta é uma confirmação não-bíblica de muita ajuda da existência de Tiago".
2
Eric M. Meyers, um arqueólogo e diretor do programa de doutorado em religião da Universidade
Duke, disse que a raridade da ocorrência desta configuração de nomes, especialmente a inclusão do nome
do irmão, "leva a um senso de credibilidade ".Mas Meyers questionou se a descoberta, caso se refira a
Jesus, "nos dirá algo que já não sabíamos". Ele e outros estudiosos concordam que Jesus, como figura
histórica, já foi bem estabelecido há muito tempo.Joseph Fitzmyer, professor emérito de estudos do Novo
Testamento da Universidade Católica em Washington, a saudou como uma descoberta significativa caso
se refira a Jesus de Nazaré. "Esta seria uma nova atestação extrabíblica de sua existência, e há muito
poucas coisas extrabíblicas que o fazem" ,disse ele.Ainda assim, Fitzmyer disse que tem sérias dúvidas de
que o terceiro nome na inscrição realmente se refira a Jesus de Nazaré."É possível, mas eu hesitaria em
dizer provável", disse ele. "Eu não sei como alguém poderia dizer mais que isto" .A forma como o ossário
foi descoberto é parte do problema, disseram os estudiosos. Ele de alguma forma caiu nas mãos de
saqueadores, que então lucraram o vendendo no mercado de antigüidades. Hershel Shanks, editor da
Biblical Archaeology Review, disse que o ossário atualmente é de propriedade de um colecionador cujo nome
não foi divulgado.Como o ossário não veio de uma escavação controlada, onde os arqueólogos traçam
cada detalhe e possível pista sobre o contexto da descoberta, os estudiosos disseram que temem que nunca
saberão com certeza o significado da inscrição.
"Isto poderia ser algo genuinamente importante, mas nunca poderemos saber ao certo", disse o dr. P.
Kyle McCarter Jr., professor de estudos bíblicos e do Oriente Próximo da Universidade Johns Hopkins.
"Não saber o contexto de onde o ossário foi encontrado compromete qualquer coisa que possamos dizer, e
assim as dúvidas persistirão".
Alguns poucos estudiosos criticaram a revista por publicar um artigo baseado em pesquisa
envolvendo peças saqueadas, argumentando que isto encoraja práticas não éticas no mercado de
antigüidades. O Discovery Channel anunciou que planeja realizar um documentário para televisão no
próximo ano sobre os testes científicos dos suposto ossário de Tiago.Ossários eram usados na prática de
enterro em duas etapas que era comum entre os judeus no primeiro século. Quando uma pessoa morria, o
cadáver era primeiro colocado em um sepulcro por cerca de um ano. Após a decomposição da carne, os
ossos eram recolhidos e então colocados em uma caixa de calcário, um ossário. O ossário em questão não é
adornado, com exceção da inscrição com 20 letras aramaicas e num de seus lados.No artigo, Lemaire
reconhece que ninguém sabe se os cristãos da época mantiveram o hábito judaico do enterro em duas
etapas.

Fonte: O GLOBO

Alfredo P. Cunha
Cirurgião Dentista – CRO 4679
Dr. Wagner Buono
Glaicy M. Cunha Ginecologista e Obstetra
CRM 52.27620-8
Periodontia e Endodotia –

 Acompanhamento Pré-Natal
Atendimento:  Tratamento de Doenças Sexualmente Transmissíveis
2ª, 3ª, 5ª e 6ª  8h às 11h – 14h às 17h  Prevenção do Câncer de Colo
 Prevenção do Câncer de Mama
 Avaliação Hormonal na Peri-Menopausa e Menopausa

Rua Prof. Miguel Couto, 257 Centro - Cabo Frio - RJ


Consultório:
Tel: (22) 2643.1786
Tel: (22) 2647.2164
(manhã)Clínica Santa Helena:
Tel: (22) 2643.3504
(tarde)

3
CURIOSIDADES


A RELIGIÃO DE ALÁ

Por: Ir:. Ageu (*)


O islamismo foi fundado pelo profeta Maomé, no ano de 622 d.C. Se a situação financeira permitir,
pelo menos uma vez na vida todo o muçulmano deve ir até Meca, na Arábia Saudita. O ponto máximo da
peregrinação é chegar até a Mesquita Sagrada de Meca e dar sete voltas em torno de uma grande
edificação negra, a Caaba. Esse templo, segundo a tradição islâmica, foi construído por ordem de Abraão e
representa o ponto em que os poderes divinos tocam a terra. Dentro do templo está uma pedra negra, que
os muçulmanos devem beijar ou tocar.
Em seguida, os peregrinos vão para Mina, para participar das solenidades no Monte Arafat, onde o
profeta Maomé fez seu último sermão. Embora as voltas em torno da Caaba sejam um momento muito
emotivo para os peregrinos, as solenidades no Monte Arafat representam o clímax da Hajj - como é
chamada a peregrinação pelos muçulmanos.
Os peregrinos também precisam ir até um lugar onde há três monumentos representando o
demônio. Os fiéis apedrejam esses monumentos, para marcar sua fé. O final da peregrinação é num local
perto de Meca, onde são oferecidos sacrifícios de animais. Em todo o mundo, nesta época, os muçulmanos
sacrificam 500 mil ovelhas e 15 mil bois e camelos. A data da Hajj é determinada pelo calendário lunar.
Mulheres são aceitas apenas se acompanhadas de um parente homem. O território sagrado de Meca e
Medina é vedado aos não muçulmanos. A Hajj é um dos "cinco pilares" do islamismo. Os outros quatro
preceitos são: a profissão de fé, as orações diárias, a contribuição para o Estado e o jejum do Ramadã.
A profissão de fé significa seguir os mandamentos da fé muçulmana. As orações diárias mandam
que todo o fiel deve rezar, virado para Meca, cinco vezes por dia - de manhã, ao meio-dia, na primeira
hora da tarde, ao pôr-do-sol e à noite. O jejum do Ramadã significa abster-se, durante o dia, de comida,
bebida, fumo e sexo no nono mês do calendário lunar. Posto o sol, tudo o que é legal é permitido. A
contribuição ao Estado é, como o próprio nome já diz, um pagamento que todo o muçulmano faz ao
Estado de acordo com sua renda.
O islamismo foi fundado pelo profeta Maomé (578-632 d.C.), em Meca, no ano de 622 d.C.. Toda a
base da religião islâmica está no livro chamado de Corão ou Alcorão. De acordo com a doutrina islâmica, o
conteúdo da obra foi revelado por Deus (Alá) a Maomé. Toda a vida religiosa, moral e política da
comunidade gira em torno do Corão. Para o muçulmano, o Corão é a palavra ditada por Deus a Maomé e
ninguém poderá acrescentar algo. O islamismo prega a fé num Deus único e a obediência irrestrita a suas
ordens. O muçulmano é, antes de tudo, um submetido a Deus (muslim): "Aos olhos de Deus, a religião é a
submissão" (Corão,3,19). O conteúdo do Corão é repleto de metáforas que podem ser interpretadas de
várias maneiras. É por essa razão que grupos como o Taleban, no Afeganistão, cometem atos violentos em
nome de Alá.
A religião de Alá é singular em vários aspectos. No culto islâmico não há lugar para música, nem
para imagens. Nas relações sociais a poligamia é permitida aos muçulmanos: "Casai com quantas
mulheres quiserdes, duas, três ou quatro: mas se temeis não poder tratá-las com eqüidade, então tende
uma só" (Maomé). Segundo Maomé, os povos que não têm religião superior (caracterizada por livros
sagrados) devem ser submetidos ao Islã.
Atualmente, o islamismo é a religião que mais cresce no mundo. São 16% a mais de fiéis a cada ano.
O número de seguidores já é maior que o do cristianismo e já passou da casa de 1,1 bilhão - 20% do total
de habitantes do planeta. Mais da metade desse número está na Ásia. Os Estados Unidos são, hoje, o lar de
quase 4 milhões de muçulmanos, cinco vezes mais do que em 1970. Quase metade deles são negros. Há
trinta anos, a França tinha onze mesquitas e hoje já são mais de 1.000. No início da década de 70, a
Inglaterra possuía 3.000 muçulmanos. Agora, eles são 1 milhão. No Brasil, o número de seguidores de
Maomé também cresce com rapidez. Há quarenta anos, o país abrigava uma única mesquita. Hoje são 52,
freqüentadas por cerca de 2 milhões de fiéis. Dez anos atrás os seguidores de Alá no país eram todos

4
descendentes de imigrantes árabes. Atualmente, milhares de brasileiros da gema já rezam virados para
Meca.
Segundo pesquisadores que analisam o crescimento islâmico, o grande diferencial da religião e
motivo principal da sua expansão é o contato direto com Alá, sem intermediários. Isso faz do Islã uma
religião extremamente acessível. Já que não existe hierarquia e a fé pode ser praticada em qualquer lugar.

A guerra santa

A idéia da "guerra santa" surgiu quando Maomé se encontrava em Medina, depois da fuga de Meca
(Maomé, no início de sua pregações, em Meca, foi perseguido e obrigado a fugir para Medina). Ele
precisava defender-se dos habitantes de Meca e para isso necessitava organizar um exército, algo que
exigia dinheiro. Segundo a tradição, então lhe apareceu o anjo Gabriel, que sugeriu que assaltasse
caravanas. Sendo bem sucedido, viu nisso uma aprovação divina. Conseguiu levantar dinheiro e montar
seu exército. Depois combateu e venceu os habitantes de Meca, impondo-lhes sua religião. Maomé viu
nisso a aprovação de Alá e formulou a promessa: quem morre nessa guerra santa vai direto para o céu. Os
outros deverão esperar até o fim dos tempos.

Você sabia que...

... os ensinamentos contidos no Alcorão têm força de lei?


... os muçulmanos acreditam na ressurreição dos mortos, no inferno e no paraíso?
... o Deus do Islã pode ser identificado por 99 adjetivos expressos no Alcorão, entre eles, pacificador,
misericordioso, clemente?
... um ditado conhecido entre os muçulmanos fala que "Deus está mais perto de nós do que nossa veia
jugular"?
... a mesquita é lugar sagrado de oração. Nela não há imagens nem cadeiras para sentar, apenas tapetes?
... os muçulmanos têm em comum com os cristãos não apenas o monoteísmo. No Corão Jesus é citado 25
vezes, seja como filho de Maria, ou o messias Jesus, filho de Maria. Mas "o Messias, filho de Maria, é apenas
um profeta" (Corão 5, 75) entre os demais, um enviado de Deus aos filhos de Israel (3,49). É um servo de
Deus.
... Maria, mãe de Jesus, é a única mulher que o Corão chama pelo nome?

(*) Ir.: pertencente à ARLS ORVALHO DE HERMON

Laboratório Indústria e Comércio Ltda.

JAVS – Assessoria Contábil Análise de água, produtos


químicos de processos e para
tratamento de águas industriais
Escritório Contábil
(Biocidas, dispersantes, anti-
incrustantes, inibidores de
corrosão, alcalinizantes,
José Augusto Vieira dos Santos floculantes, etc.)
TC – CRCRJ 28.476-2
Ildo Aranha de Souza
Diretor

Praça Tiradentes 115, São Bento, Cabo Frio, RJ CEP. 28.906-290 Praça Porto Rocha, 37 - sala 109 – Centro – Cabo Frio - RJ
Cep: 28.905-250 - Tel/fax: (22) 2643.4878
(22) 2647.2931 Fax: (22) 2647.4285
5 e-mail: labolagos@uol.com.br
e-mail: javs@levendula.com.br
PARA PENSAR
DEFEITOS QUE SE TORNAM VIRTUDES

Colaboração : Ir.: Matusalém (*)

Um carregador de água na Índia levava dois potes grandes, ambos pendurados em cada ponta
de uma vara que carregava atravessada em seu pescoço.
Um dos potes tinha uma rachadura, enquanto o outro era perfeito e sempre chegava cheio de
água no fim da longa jornada entre o poço e a casa do chefe; o pote rachado chegava apenas pela
metade.
Foi assim por dois anos. Diariamente, o carregador entregando um pote e meio de água na casa
de seu chefe. Claro, o pote perfeito estava orgulhoso de suas realizações. Porém, o pote rachado
estava envergonhado de sua imperfeição, e sentindo-se miserável por ser capaz de realizar apenas a
metade do que ele havia sido designado a fazer.
Após perceber que por dois anos havia sido uma falha amarga, o pote falou para o homem um
dia à beira do poço:
- Estou envergonhado, e quero pedir-lhe desculpas.
- Por quê? Perguntou o homem.
- De que você está envergonhado?
- Nesses dois anos eu fui capaz de entregar apenas a metade da minha carga, porque essa
rachadura no meu lado faz com que a água vaze por todo o caminho da casa de seu
senhor. Por causa do meu defeito, você tem de fazer todo esse trabalho, e não ganha o
salário completo dos seus esforços, disse o pote.
O homem ficou triste pela situação do velho pote, e com compaixão falou:
- Quando retornarmos para casa de meu senhor, quero que percebas as flores ao longo do
caminho.
De fato, à medida que eles subiam a montanha, o velho pote rachado notou flores selvagens ao
lado do caminho, e isto lhe deu um certo ânimo. Mas ao fim da estrada, o pote ainda se sentia mal
porque tinha vazado a metade, e de novo pediu desculpas ao homem por sua falha. Disse o homem
ao pote:
- Você notou que pelo caminho só havia flores do teu lado. Eu, ao conhecer o seu defeito,
tirei vantagem dele. E lancei sementes de flores no seu lado do caminho, e cada dia,
enquanto voltávamos do poço, você as regava. Por dois anos eu pude colher flores para
ornamentar a mesa do meu senhor. Sem você ser do jeito que é, ele não poderia ter a
beleza para dar graça a sua casa.
Cada um de nós temos nossos próprios e únicos defeitos. Todos nós somos potes rachados.
Nunca deveríamos ter medo dos nossos defeitos. Se os reconhecermos, eles poderão causar beleza.
Das nossas fraquezas, podemos tirar forças.

Autor desconhecido (Artigo extraído do nº 143 da revista “O PRUMO”).


(*) Ir.: pertencente à Loja de Est. E Pesq. MONTES DE SIÃO.

.
6
FRASES QUE MARCARAM

“A verdadeira felicidade está no próprio lar, entre as alegrias puras da família ”

Alexis Tolstoi

*******************************************************************
“é bem mais fácil recebermos um sorriso, quando sorrimos para alguém”.

Anôniomo

*********************************************************************
“Não basta fazer o bem. É preciso fazê-lo com prudência

Zoroastro
*******************************************************************

“Digo-vos: as preces não chegam a Deus senão quando passam pela porta do coração”.

Allan Kardeck

*************************************************************************

“Quem não sabe escutar, não sabe falar”.

Heráclito (Século V a. C.)

****************************************************************************************

“Precisamos de mais virtudes para suportar a boa fortuna que a má”.

Duque de la Rouchefoucald (1613-1680)

****************************************************************************************

2645.2700 2645.1953

Av. Teixeira e Souza, 383 - Centro - Cabo Frio - RJ

7
GRANDE DICIONÁRIO ENC. BIBLIOTECA
DE MAÇONARIA E
SIMBOLOGIA
NICOLA ASLAN
ENTRE COLUNAS
José Anízio de Araújo

EPOPTA– Nome dado aos iniciados dos


Primeira Parte:
Grandes Mistérios de Ceres, em Elêusis e aos
quais era permitido ver o que era oculto aos
Prosa: Colunas; Escrutínio Secreto; Iniciação;
mistes, os iniciados dos Pequenos Mistérios.
Os Três Passos;O Painel; O Livro da Lei; A
Segundo vários autores, epopta vem do
Escada de Jacó; O Número 3; O Templo; O
grego ephoeao, isto é, “ver além, olhar”, com
Avental; A Corda de 81 Nós; Submeter a
o sentido de “testemunha ocular”, ou epi,
Vontade; Ser Venerável; Os Ritos; O Galo e a
sobre, e optomal, vejo, comtemplo, dando a
Ampulheta;Cargos em Lojas; Ser Maçom;
entender “vidente”.
Nem 8 nem 80; A Destruição do Templo; A
Os epoptas repetiam o juramento do Segredo
Reconstrução do Templo; Exaltação;
que faziam ao serem iniciados nos Pequenos
Saudação ao Pavilhão Nacional; Minha Loja
Mistérios, sendo então conduzidos no
Evolução e Trabalho nº 80;
interior iluminado do santuário, onde lhes
Jerusalém; A Mulher e a Maçonaria;
permitiam ver o que os gregos
Equinócios e Solstícios; Loja de São João;
denominavam, enfaticamente, “a visão”,
Liberté-Egalité-Fraternité; Lojas e Veneráveis;
autopsia. Somente os epoptas eram
Landmarks.
admitidos no santuário, os mistes
permaneciam no vestíbulo do Templo.
Segundo diz Mackey, “os epoptas eram, de fato,
Segunda Parte:
os Mestres Maçons dos Mistérios, enquanto os
mistes eram os Aprendizes e os Companheiros;
estas palavras são usadas, naturalmente, apenas
num sentido comparativo”. Versos: À Minha Mãe; Triângulos Maçônicos;
O Aprendiz; O Filho; o Grande Construtor; O
Jarro de Flor; Ele e Ela; Trovas aos Grandes
EON ou AEON – Palavra grega significando Mestres; Academia Maçônica de Letras;
Ser, criatura. Entre os gnósticos, era a A Escolha Mulata; A Mulher e a Vida;
emanação da Divindade suprema (ou Testamento.
Pleroma) e personificação das idéias ou
essências, tais como a Sofia (sabedoria),
Nous (inteligência), Sigé (Silêncio),
Achamoth (Prudência) etc.
Livraria Maçônica Paulo Fuchs

EQÜIDADE – Virtude daquele que nas suas


ações e julgamentos se dirige segundo a
justiça natural, reconhecendo imparcialmente
o direito de cada um, mesmo sem levar em
conta as exigências estritas da lei escrita.
A eqüidade constitui uma das bases da
Maçonaria, ao mesmo tempo que a justiça, a
Sabedoria e a Força. O seu símbolo é uma
balança equilibrada.
8
SAÚDE É COISA SÉRIA

Envenenamento por arsênico ameaça Bangladesh

Os lençóis freáticos estão gravemente poluídos por esse elemento químico oriundo da erosão da cadeia de montanhas do
Himalaia. Mais de 30 milhões de pessoas vêm sendo vítimas dessa contaminação, que também atinge o Estado indiano
de Bengala Ocidental.

Christiane Galus
Le Monde

"Bangladesh está enfrentando uma das maiores e mais graves intoxicações coletivas da história", estima
Allan Smith, um professor de epidemiologia na Universidade da Califórnia, em Berkeley, e consultor da
Organização Mundial da Saúde (OMS) para esse problema. Com efeito, desde 1992, vários pesquisadores
vêm constatando que certos lençóis freáticos no território de Bangladesh estariam apresentando um teor em
arsênico superior a 0,05 mg/l, um valor amplamente superior à norma admitida pela OMS, de 0,01 mg/l.

Segundo fontes oficiais, já passa de 7 mil o número de pessoas acometidas de graves doenças e que já
manifestaram os sintomas de uma intoxicação crônica por ingestão de arsênico. Mas esse número deve
aumentar rapidamente, uma vez que os especialistas estimam que até 35 milhões de pessoas estão expostas
a essa poluição (para uma população total de 129 milhões). Um problema similar atinge o Estado indiano
limítrofe de Bengala Ocidental.

Colaboração do Ir.: Wagner Buono/M.: M.: (*)


(*) Membro da ARLS RENASCIMENTO Nº 08

PÍLULAS MAÇÔNICAS

A MULHER NA MAÇONARIA

A entrada da mulher na Maçonaria aconteceu com a Iniciação, em 14/01/1882, de MARIA


DESRAIMES, na Loja “Livre Pensadores”, localizada em Pecq, cidade da Normandia, norte da França,
dando origem a “Le Droit Humain”, ou seja, a “Ordem Maçônica Mista Internacional”. Monsieur Houbron foi o
Venerável que teve a coragem e a ousadia de, contrapondo-se à Maçonaria Francesa, derrubar um arraigado
preconceito contra a mulher, dando posse a Madame Desraimes.
Em 14/03/1893, foi criada a 1ª Loja Mista composta por 12 senhoras.

Colaboração do Ir.: ANTHERO BARRADAS/ M.:M.(*)


(*) Membro da ARLS RENASCIMENTO N º 08

9
TRABALHOS MAÇÔNICOS
LIBERDADE, IGUALDADE E FRATERNIDADE

Irm. Ivo Reinaldo Christ (*)


Artigo publicado no Informativo “O ESPIRRO DO BODE”, Nº 129 (setembro/2002), da R C B LM THEODÓRICA Nº 154

Liberdade, é a condição de nós, pessoas, podermos dispor de nós mesmos. É a faculdade de


praticarmos o que não é proibido por lei. É a nossa condição de fazer ou deixar de fazer alguma coisa.
Igualdade, é a qualidade daquilo que é igual, idêntico, que tem a mesma forma ou dimensão ou
nível. Igualdade lembra uniformidade, mesmo valor, pessoas da mesma condição social, cultural, da
mesma instrução, educação, erudição.
Fraternidade, nos recorda parentesco entre irmãos, união fraternal, isto é, convivência como irmãos.
Esta palavra nos leva mais longe fazendo-nos recordar o amor ao próximo, a harmonia que deve reinar
entre pessoas que vivem juntas, entes que procuram fazer causa comum, que comungam nas mesmas
idéias, trabalham para alcançar idênticos objetivos e conseguem associar-se intimamente.
O que a Maçonaria pensa e ensina sobre liberdade, igualdade e fraternidade?
Para a Maçonaria, liberdade, igualdade e fraternidade é a tríade sagrada, a tríade básica do direito
maçônico.
Para a Maçonaria, todo maçom deve ser um homem livre de preconceitos; livre de vícios; livre de
servidões; livre de superstições; livre de formalismo. Para a Maçonaria, todo maçom reconhece e é
reconhecido pelos demais com os mesmos direitos e deveres. Para a Maçonaria, os maçons devem
relacionar-se como irmãos que são, filhos do mesmo Pai Celeste, o G.: A.: D.: U.:
Liberdade, igualdade e fraternidade são os princípios básicos pelos quais a Maçonaria se coloca
ante o mundo, ante os demais homens, como paladina da defesa dos direitos humanos, como instituição
formada por homens corajosos, sempre na vanguarda da eterna luta contra os inimigos da humanidade:
“os pérfidos que a enganam; os fanáticos que a oprimem; os ambiciosos que a usurpam e os corruptos e sem princípios
que abusam da confiança de seus pares”.
São três princípios básicos pregados pela Maçonaria a nós seus filiados, a nós membros da Sublime
Ordem. Até onde nós maçons conseguimos assimilar e incorporar em nós a sublimidade de cada um
destes conceitos? Será que eles fazem parte de nossa estrutura interior? Ou eles estão implantados em
nossos corações ou eles estão ausentes nas nossas relações com nossos irmãos.
Nós achamos que destes três conceitos básicos da nossa Ordem Maçônica, os dois primeiros
liberdade e igualdade, são os mais praticados, os mais presentes no dia a dia e dão o maior colorido às
nossas ações e trabalhos. Isto talvez deva-se, em parte, que outras entidades e instituições também
pregam, intensivamente, liberdade e igualdade, na eterna luta de cada homem para conquistar o seu
espaço na sociedade humana. Os dois primeiros princípios se coadunam mais com o nosso modo de ver o
mundo onde a liberdade foi tantas vezes esmagada pelos poderosos e a igualdade é o fenômeno raro de
se encontrar diante das numerosas discriminações políticas, religiosas, racistas, fascistas e, principalmente,
de condição social. Não podemos esquecer que a liberdade e igualdade são dados valiosos aos olhos de
todos os homens dos quais ninguém abre mão.
A Maçonaria nos mostra que enquanto não alcançarmos a fraternidade, estamos na escuridão, no
silêncio de um subterrâneo, como um encarcerado numa masmorra, cercados de emblemas e frases
alusivas a sublime virtude mas que não conseguem impelir-nos a uma séria e solene reflexão sobre o pilar
principal da Sublime Ordem.
Infelizmente, nós maçons, colocamos o terceiro princípio básico da tríade maçônica longe de nossa
vivência, emprestando-lhe pouca importância, vivendo desligados dele e muitas vezes transgredindo-o
afoita e vergonhosamente. Quantas e quantas vezes nós maçons jogamos ao espaço a fraternidade. Tal fato
acontece toda vez que incensamos o nosso orgulho, colocamos no pedestal a nossa vaidade, enfeitiçamos o
nosso modo de pensar e agir no relacionamento com os irmãos por críticas destrutivas, por palavras
maldosas e desestimuladoras, e por atitudes agressivas e provocadoras.
A fraternidade, uma das bases do direito maçônico e uma das colunas mestras de uma Loja é a mais
transgredida e estas violações denigrem a imagem e o visual de nós todos, como membros pertencentes a
uma instituição que tem como objetivo principal o bom relacionamento fraterno de homens livres e de
bons costumes.

10
(*) Colaboração do Ir.: ROBERTO GOMES
O SALMO 133
Ir.: ANTHERO BARRADAS/ M.: I.: (*)

O texto do Salmo 133 foi adotado pela Maçononaria como invocação ao GADU, na abertura dos
trabalhos da Loja, no Grau de Aprendiz.
Acontece que levamos, muitas vezes, uma vida maçônica inteira ouvindo a repetição do conjunto
de versículos, sem entretanto preocupar-nos em conhecer o real significado dos mesmos, apesar de
sabermos recitá-los de cor e salteado. Com auxílio de autores consultados, vamos, a seguir, tentar
interpretá-los:
O Salmo 133 é um dos tantos que fazem parte do “Livro dos Salmos”, ou “Saltérios”, que é uma
compilação de poemas sagrados, compostos por vários autores, dos quais o mais importante e
conhecido foi o Rei Davi, pai do grande rei Salomão. Por isso, é comum dar-se à coleção dos salmos de
Davi a denominação “Saltério Davídico”.
O Salmo 133 é conhecido também como “A alegria da Concórdia Fraterna”;
“Oh como é bom e agradável
aos Irmãos viverem juntos.”
Interpretação: a idéia aqui contida significa o extravasamento do sentimento de satisfação que
assoma aos corações dos Irmãos unidos. A seguir, o 2º versículo diz:
“É como o óleo perfumado na cabeça
que desce para a barba, a barba de Aarão;
que desce para a orla de suas vestes”.
Interpretação: aqui, o (salmista estabelece uma comparação) óleo perfumado refere-se ao óleo
sagrado citado na Bíblia, no livro do Êxodo, cap. 30, versículo 22, com a denominação de “óleo da unção
ou perfume aromático”. Lenda que deu origem: em sua fuga do Egito, os judeus erraram pelo deserto,
durante muitos anos, guiados por Deus, através de seus ensinamentos, transmitidos a Moisés. Uma das
indicações do Senhor foi a feitura do “óleo perfumado”, com o qual seriam ungidos lugares e pessoas,
dizendo Deus a Moisés: “Com este óleo ungirás a Aarão e a seus filhos, e os santificarás para
exercitarem as funções do meu sacerdócio”. Aarão era irmão de Moisés. A sagração de Aarão e seus
filhos está mencionada no Livro Levitício (Cap. 8, vers. 6), no qual são descritos todos os procedimentos
conforme determina o Senhor. Após tomar o óleo da unção, com o qual ungiu o tabernáculo e todas as
suas alfaias, e feito sete aspersões sobre o altar para o santificar; Moisés finalmente derrama sobre a
cabeça de Aarão o óleo com que o ungiu e sagrou em obediência às ordens do Senhor.É preciso chamar
a atenção para o fato de que Moisés ao consagrar Aarão não usou o óleo apenas para ungi-lo, mas o
derramou sobre a cabeça, de tal maneira que o mesmo deve ter descido para a barba e a orla de suas
vestes.
Naqueles tempos os israelitas eram proibidos de cortar a barba que, por sua vez, eram objeto de
respeito e honra. Cumprimentavam-se tocando as barbas mutuamente. Um fio de barba era garantia,
reconhecida por todos, em qualquer documento. Neste versículo, a simbologia tem muita importância
(o óleo derramado sobre a cabeça desce até a barba e as vestes).
A cabeça representa o centro vital da existência do homem; a barba é o símbolo da honra e as
vestes o emblema da honestidade e do pudor.
Passemos ao versículo 3º. Aqui, no versículo 3º do Salmo, o salmista estabelece outra comparação,
ou seja, dizendo que o óleo que desce sobre a cabeça, a barba e as vestes, assemelha-se ao orvalho de
Hermon. Que desce a montanha de Sião. Ali derrama o Senhor a sua benção. E a vida para todo o
sempre.
Interpretação: naquelas regiões de deserto a umidade do ar era pouca, no calor do dia ela
evaporava e à noite transformava-se em orvalho abundante que corria sobre o monte de Hermon
fertilizando a montanha de Sião , fazendo com que a terra fertilizada produzisse bons frutos
(garantindo a vida para sempre).

(*) Ir.: pertencente ao quadro da ARLS RENASCIMENTO Nº 08,


11
do Oriente de Cabo Frio
A ETERNA BUSCA DA FELICIDADE
Por: Ir Mauro Perassoli, MM (*)

Desde os primórdios da existência do ser humano temos esta constante preocupação.


Buscamos algo que nem ao menos sabemos corretamente o que é.
O homem macaco ao levantar a cabeça, e, pela primeira vez, perceber a existência das estrelas no
firmamento percebeu que algo estava faltando, e passou a procurá-lo em todas as coisas, em todos os
momentos, sem ao menos saber o que.
Buscou prazeres passionais, ganhou dinheiro, conseguiu poder, a fama, inventou satisfações
artificiais através de drogas que o levaram a ter sensações de euforia e momentâneos entorpecimentos,
mas nada, nada lhe preenchia a sensação de vazio sentida desde o primeiro homem macaco observador
das estrelas, até o homem astronauta navegador do infinito.
Todos na mesma busca, todos os que algum dia pararam de agir para pensar, para observar um
pouco, tem esta sensação de vazio. E esta sensação só vai diminuir quando descobrirmos o que procurar,
descobrirmos onde este instintivo apelo nos quer levar.
O chamamento do Universo, o apelo da Vida, nos levam ao nosso objetivo, de encontro ao Criador,
da nossa caminhada evolutiva para o retorno daquela pequena gonôda àquele que a criou, não mais como
uma pequena célula, mas como criatura evoluída pelas sucessivas vivências e experiências que a levaram a
aprender, a dominar as paixões animais, a vencer as vontades egoístas, a vivenciar sentimentos mais
nobres, a obedecer à razão, a perceber a presença constante do Criador do Universo em sua Vida, a notar
que tudo que o cerca faz parte de um movimento maior, e da sua importância em todo este contexto.
Daí, sua busca se torna menos penosa, já saberá o que buscar, já saberá onde não procurar mais,
descobrirá então que precisará se livrar dos aguilhões que o prendem, para se lançar a este vôo para o qual
foi programado no mais profundo do seu ser.

(*) Ir.: Diretor do “Jornal Informe Maçônico”, do Oriente Do Rio de Janeiro

********************************************************************************

A CADEIA DE UNIÃO
Colaboração do Ir.: Humberto Bertola (*)

A Cadeia de União é realizada, geralmente, quando houver necessidade de se transmitir a Palavra


Semestral. Também pode ser feita em outras ocasiões, como, por exemplo, o falecimento de um Irmão do
Quadro; quando o V.: M.: verificar que os laços de fraternidade entre os IIr.: da Loja vão se afrouxando etc.
Nestes casos, o V.: M.: escolhe uma palavra diferente da Semestral, mas alusiva ao motivo da realização da
Cadeia de União.
A Cadeia de União deve ser realizada, obrigatoriamente, no final da sessão que segue a da Iniciação,
para transmitir aos Aprendizes recentes a Palavra Semestral, remetida pelo Grão-Mestre às Lojas da
circunscrição. Nesta ocasião, os IIr.: Visitantes não podem tomar parte, tendo em vista que a Palavra
Semestral dá a regularidade aos Obreiros da Loja que a possui. Só o V.: M.: de uma Loja pode transmiti-la,
provando assim que a Oficina está quites com os cofres da Obediência, sendo transmitida, por sua vez, aos
Obreiros assíduos aos trabalhos e quites com a tesouraria da Loja.É a razão porque nela não são
admitidos os IIr.: Visitantes, que deverão recebê-la na sua própria Loja, com o consentimento do V.: M.: .
Quando se encontrarem em outra Loja, onde for formada a Cadeia de União para a comunicação da
Palavra Semestral, os IIr.: Visitantes devem retirar-se, “sponte sua”, para a Sala dos Passos Perdidos, após
solicitarem a devida permissão ao V.: M.: .
Nas Lloj.: em que as luvas são de uso obrigatório regimental, a Cadeia de União deverá formar-se
com as mãos nuas. É realizada em volta do Altar dos Juramentos, quando colocado no centro do Templo,
de acordo com o que prescreve o Ritual de cada Potência.
Há autores que acham que um comentário deve sempre acompanhar a Cadeia de União e,
quando feita para a transmissão da Palavra Semestral, poder ter por tema a própria palavra comunicada,
ou aquela que for transmitida pelo V.: M.: quando é feita por outro motivo.

12
Bem longe das preocupações da vida material, abre-se para o Maçom, o vasto domínio do
pensamento e da ação. Antes de nos separarmos, elevemo-nos em conjunto para o nosso ideal; que ele
sempre inspire a nossa conduta no mundo profano, que guie a nossa vida, que seja a Luz do nosso caminho.
Se os adeptos, elos vivos, vibram no mesmo ritmo da Cadeia de União, se eles se tornam Irmãos pelo
pensamento, quer dizer homens nos quais passará a mesma corrente e a mesma forma de espírito, se eles se
encontram, então a ação psíquica da assembléia será benéfica. Mas é preciso vibrar dentro do mesmo ideal, é
preciso dar-se e crer intensamente. O Ritual tem por meta harmonizar estas, de permitir uma concentração
em direção a um mesmo objetivo, de encher o fosso que poderia existir entre o interior e o exterior.
A Cadeia de União forma-se cruzando os braços, o direito sobre o esquerdo. Pode-se ainda pensar na
lei física: é o acoplamento das pilhas onde são reunidos o eletrodo positivo ao eletrodo negativo; a força
eletromagnética é assim n vezes a de um único elemento. A mão direita que emite, transmite o fluido
percebido pela mão esquerda passiva. É, portanto, necessário que pelo braço direito se comunique esta força
ao companheiro situado à sua esquerda, daí esta posição muito particular imposta a cada participante...
Assim, para que a Cadeia de União permita que este fluido passe facilmente de membro a outro,
para que haja aproximação de todos os corações e que o sentimento de solidariedade uma e ligue todas as
consciências, não deve haver nenhum isolamento. Os IIr.: devem dar-se as mãos nuas, para que o amor
inunde o coração.
Esta tomada de consciência de nossa humanidade no que ela tem de imperecível e de eternamente
transmissível, pelo seu circuito ininterrupto torna-se uma força, e um verdadeiro campo magnético dela se
desprende; esta concentração de pensamento coletivo é geradora de uma força que deve ser empregada;
pensa-se na energia da prece coletiva. Quando alguém reza sozinho, junta as mãos, fecha seu próprio
circuito e limita a si mesmo o escoamento do seu fluido. Mas, depois desta concentração pessoal, ligando-se
a outras individualidades, a outras energias, participa-se da força cósmica. Por este ato mágico liga-se o
visível ao invisível e, muitas vezes, na Cadeia de União, são evocados os que não estão mais aqui, os que nos
deixaram.
A Cadeia de União é, assim, um laço fluídico que une os participantes do espírito maçônico. Mas
para que a cadeia seja válida é preciso que cada membro, cada elo, se concentre, dê toda a sua potência; o
mais forte dos membros pode, assim, comunicar uma pulsação nova e é por isso que o Venerável começa
e fecha a Cadeia.
Nota : trabalho apresentado em Loja pelo Ir.: Ronaldo Lima Leite

Colaboração:
(*) Pertencente à ARLS PIONEIROS DO CABO do Oriente de Arraial do Cabo.

*****************************************************

A CIRCULAÇÃO EM LOJA
Ir.: Anthero Barradas/ M.: I.: (*)

A circulação do M.: de Cer.: e do Hospitaleiro pela Of.:, no desempenho do S.: P.: I.: e do T.: B.: , a
rigor deveria ser feita começando no Venerável, passando por todos os maçons do Oriente, em seguida
pelos do Sul e, finalmente, pelos do Norte, ou seja, seguindo o rumo do Sol. Não seria levada em
consideração, nesse caso, a hierarquia dos cargos e dos graus simbólicos, por ser este procedimento
(circulação) destituído de qualquer significado esotérico.
No entanto, a maneira convencional, normalmente usada pela maioria das Lojas, leva em conta
esses aspectos, ao usarem o seguinte trajeto, pela ordem: Venerável, 1º Vig.:, 2º Vig.:, Orador.Sec.:,
Cobridor, os Mestres do Oriente, os da Coluna do Sul, os da Coluna do Norte, e, finalmente, os
Companheiros e Aprendizes, formando em sua primeira parte a estrela de seis pontas, chamada de
MAGDEN STAR (no judaísmo) e ESTRELA FLAMEJANTE (no Rito de York), sendo constituída por dois
triângulos eqüiláteros entrecruzados – um de ápice superior e outro de ápice inferior, representando o
Espírito e a Matéria.
Na administração da Loja, o Venerável e os Vvig.: representam o Triângulo de ápice superior, o da
espiritualidade, pois lhes compete a direção espiritual da mesma, enquanto que o Orador, o Secretário e o
Cobridor, simbolizam o Triângulo inferior, da materialidade, pois lhes cabem a execução das atividades
materiais.

13
(*) Membro da ARLS Renascimento nº 08, do Or. De Cabo Frio

14
HISTÓRIA PURA
AS LIGAS DRIANT
(sociedade secreta anti-maçônica)

A. Tenório de Albuquerque

Para hostilizar a Maçonaria, tão forte, mundialmente aceita, a prestar benefícios a milhões de
pessoas, não basta uma organização, será inócua. Há muitas, mas ineficientes.
A Maçonaria, através de centênios, vem cumprindo devotadamente a sua missão de
Fraternidade, de amparo ao próximo, de defesa da Liberdade, dos direitos sagrados do homem.
Tolerante, não investe senão contra opressores. É hostilizada mas não hostiliza. Revida aos ataques,
dedicando-se ainda mais a minorar os sofrimentos da Humanidade. Não pretende impor dogmas
nem criar questões religiosas. Tão pouco se julga única detentora da Verdade. Procura, isto sim, a
Verdade, dando ampla liberdade de pensamento aos seus adeptos, não tentando, de modo algum,
restringir-lhes a faculdade de raciocínio.
Combatida, cresce, agiganta-se, dissemina-se, consolidando-se cada vez mais.
O comandante Driant, figura das mais ilustres do Exército Francês, era inimigo da Maçonaria.
Resolveu investir contra ela e destruí-la A primeira parte conseguiu realizar, quanto à segunda, nada
feito. Arremessou balas de algodão contra fortificações. As muralhas não sofreram nem mossa.
O Capitão Driant fundou a Ligue Antimaçonnique, só de homens e a Ligue Jeanne d’Arc, para
mulheres também. Tinham sede comum, em Paris, na rua Victoire, 46. Depois fundiram-se com a
Ligue de Défense Nationale contre la Franc-Maçonnerie, criada por Copin-Albancelli e passaram a ter sede
no Quai Voltaire, 33, de onde tentaram demolir a Maçonaria.
Para julgar-se sobre o espírito agressivo das Ligas do Comandante Driant contra a Maçonaria,
bastaria a leitura dos seus estatutos. O artigo 3 dos seus estatutos declarava:
 “ Os membros ativos devem: 1º - prestar juramento sob palavra de honra que não são nem
jamais foram filiados a uma seita maçônica; 2º - comprometer-se a nunca fazer parte da Maçonaria; a
nunca salientar os serviços de um maçon, qualquer que seja a sua profissão, liberal ou comercial; a
não colocar um maçon a seu serviço, como fornecedor, empregado, operário ou criado; a nunca
favorecer com seu auxílio, conselhos ou dinheiro, um empreendimento político, comercial, ou
financeiro dirigido por um maçon; a não revelar nunca, a quem quer que seja, salvo aos chefes
hierárquicos e para necessidades da causa, o nome dos filiados, dos projetos, dos trabalhos e negócios
da Liga.”
Como se vê, a mais intransigente intolerância contra a Maçonaria, o anseio incontido a
liquidar, de exterminar os maçons, negando-lhes tudo. Programa desumano, atentando contra tudo
que pregou Jesus Cristo, resumido na frase sublime: “Amai-vos uns aos outros”.
O artigo 9 dos estatutos não era menos quixotesco. Dizia:
 “Cada membro efetivo compromete-se a arregimentar na Liga dois outros membros, pelos
quais será responsável. A maior prudência e a circunspecção são particularmente recomendados
nesse modo de recrutamento.Cumpre , antes de tudo, que nenhum maçon possa penetrar na Liga e
que todos os membros que a compõem sejam de uma honorabilidade perfeita. Não se deve, portanto,
solicitar-se adesão senão de pessoas que se conheçam há muito tempo e escolhê-las de preferência na
sua própria família ou entre amigos íntimos. Em todo caso, nada deve ser revelado dos estatutos e
dos segredos da Liga a ninguém, a que se solicita que entre para ela. Deve limitar-se a permitir-lhe a
leitura do programa, que, além do mais, será publicado pela imprensa, afirmando-lhe que em
nenhum caso os nomes dos membros que compõem a Liga será desvendado. Logo após a obtenção
da aquiescência, deve-se fazer o postulante prestar o juramento do primeiro grau: ‘juro, sob palavra de
honra, que não sou maçon e que não revelarei a quem quer que seja, até o dia da minha filiação na Liga, nada do
que me foi confiado. Comprometo-me, além disso, a prestar o juramento definitivo por ocasião da próxima
reunião do grupo a que deverei pertencer.’ “

15
O artigo declara que sinais especiais seriam ensinados aos filiados.

Nota sobre a Ligue Française Antimaçonnique

Como vimos anteriormente, a Ligue Antimaçonnique e a Ligue Jeanne d’Arc, criadas pelo
Comandante Driant, fizeram fusão com a Ligue de Défense Nationale contre la Franc-Maçonnerie, criada
por Copin- Albancelli(*).
Da fusão, resultou a Ligue Française Antimaçonnique, cuja sede era em Paris, no Quai Voltaire, 33.
Na guerra passada, o Comandante Driant morreu combatendo heroicamente no Bosque de
Caures. Copin-Albancelli esmoreceu porque os seus ataques à Mçaonaria foram inócuos, poucos eram
os que se interessavam por eles. Resultado: a Ligue Française Antimaçonnique sucumbiu, e a Maçonaria
desenvolveu-se; o número de seus filiados foi aumentando de vários milhares e muitas Lojas foram
instaladas no território francês.
(*)Copin-Albacelli publicou dois livros violentos contra a Maçonaria: Le Pouvoir Occulte contre
la France e La Conjuration Juive contre le Monde Chretien.

(*) Extraído do livro “SOCIEDADES SECRETAS.

Quer comprar, vender ou alugar um imóvel ?


Nós temos as melhores opções, para que você só se preocupe com a praia, o mar, o sol...
Insatisfeito com a administração de seu condomínio ?
Procure-nos.

Administração de Condomínios
Venda e Aluguel

Belo Horizonte www.portorealimoveis.com.br


Av. Nossa Senhora do Carmo, Av. Assunção, 680 – Centro
1650 – Sl. 11/13 16 (22) 2643-3220
(31) 3286-3099
17
Viagem ao nosso interior
VOTOS
D. Vilela

Desde épocas recuadas e em diferentes contextos sociais observa-se a prática de votos, costume
religioso que consiste na obrigação, livremente assumida pelo indivíduo, de impor a si mesmo
determinadas restrições, a fim de reparar faltas cometidas ou combater inclinações inferiores. Os votos
de silêncio, castidade e pobreza, com renúncia absoluta ao uso da palavra, da sexualidade ou à posse de
bens materiais, foram largamente utilizados no passado e ainda sobrevivem na atualidade como forma
de vivência religiosa capaz de proporcionar aos que a adotam benefícios espirituais.
Vários fatores contribuíram para que surgissem tais idéias, entre os quais, provavelmente, os
abusos e ilusões tão comuns no comportamento humano, levando à suposição de que os aspectos
materiais da convivência – como o trato com a propriedade ou as funções genésicas – fossem
pecaminosos. Havia, por outro lado, a concepção humanizada da divindade a quem se ofereciam
dádivas materiais, que deveriam ser tanto mais expressivas quanto maiores as recompensas
pretendidas. Assim como chegou-se a homenagear Deus com o sacrifício de vidas humanas, não
surpreende que se imaginasse agradá-lo mediante privações pessoais como as acima referidas.
A Doutrina Espírita não reconhece qualquer valor em tais práticas, esclarecendo que os únicos
sacrifícios válidos perante às Leis Divinas são aqueles feitos com a finalidade de ajudar ao próximo.
Celibato ou escassez de recursos ocorrem naturalmente a inúmeras pessoas que, contudo, se
conduzem normalmente na sociedade, sem se atribuírem por isso méritos especiais.
A vida, em sua totalidade, é criação divina, cabendo-nos relacionar-nos com seus elementos
materiais e espirituais com discernimento e utilidade.
Silêncio e ausência de posses, castidade e distanciamento do mundo, conquanto bem
intencionados, não exprimem, em si mesmos, elevação espiritual, que somente pode ser conseguida no
relacionamento comum, com pessoas e situações as mais variadas, enfrentando desafios e dificuldades
em cuja superação dilatamos nosso entendimento e desenvolvemos nossa capacidade de servir,
incessantemente, na construção do bem.

Publicado no boletim semanal “SEI”, nº 1799 (21/09/2002)

AUGUSTA E RESPEITÁVEL LOJA SIMBÓLICA DE PESQUISAS MAÇÔNICAS DO


ESTADO DO RIO DE JANEIRO “NICOLA ASLAN”

(Fundada em 25/08/1995)
LOJA ITINERANTE
Reuniões trimestrais (meses de : Março, Junho, Setembro e Dezembro)

18
BIOGRAFIA DO MÊS
ANDRADA E SILVA (Conselheiro José Bonifácio de )

Nasceu na Vila de Santos (Capitania de São Paulo), em 13/06/1763, era filho de Bonifácio José
Ribeiro de Andrada e D. Maria Bárbara da Silva.
Em 16/06/1787, foi diplomado pela Universidade de Coimbra Bacharel em Leis e Filosofia
Natural. Em 1790, a Academia Real de Ciências de Lisboa enviou José Bonifácio em longa viagem
científica através da Europa para o aperfeiçoamento dos seus conhecimentos como naturalista e
metalurgista. Retornando a Portugal, depois de anos de peregrinações, trouxe enorme bagagem
científica e numerosos diplomas de sócio das principais sociedades científicas do Universo.
Em junho de 1812, José Bonifácio é nomeado vice-secretário da Academia de Ciências para ajudar o
secretário perpétuo. Vagando este cargo e eleito por unanimidade, ocupou-o até 1819, quando voltou ao
Brasil.
Desembarcando no Rio de Janeiro (1819) e apresentado a D. João VI, este lhe concede o título de
Conselheiro. José Bonifácio recusa porém todos os oferecimentos do governo para empregos.
Em 23/06/1821, sob influência da Maçonaria, revoltam-se as tropas e o povo da capital de São
Paulo, depondo o governo do Capitão-General João Carlos de Oyenhausen, a fim de ser constituída
uma Junta Governativa. Convidado para presidir a eleição da mesma, José Bonifácio indica para
Presidente da Junta o próprio governador deposto, fazendo-o aclamar pelo povo, ficando com a vice-
presidência e indicando também os membros restantes da Junta, entre os quais o seu irmão Martim
Francisco.
Encarregado pela Loja Comércio e Artes (24/12/1821) das providências para a permanência do
Príncipe Regente D. Pedro no Brasil, José Joaquim da Rocha manda a José Bonifácio o emissário Pais
Leme a fim de conseguir a representação paulista que, com a mineira e a fluminense, conduziram o
Príncipe a dar este passo. De acordo com a Junta de São Paulo, José Bonifácio redige uma carta em que
se pedia a D. Pedro que não partisse, antes de receber uma comissão de São Paulo que iria levar a
representação paulista.
Em 31/12/1821 é redigida em São Paulo a representação paulista pedindo ao Príncipe para
ficar. Recebendo das mãos de José Clemente Pereira a representação fluminense com mais de 8.000
assinaturas e a adesão de Minas e São Paulo (09/01/1822), D. Pedro concorda em permanecer no
Brasil, dizendo Fico.
Em 16/01/1822, D. Pedro forma o primeiro Ministério do período da Independência,
nomeando José Bonifácio para chefiá-lo.
No desmembramento da Loja Comércio e Artes para a formação do Grande Oriente, José
Bonifácio é sorteado para fazer parte da Loja União e Tranqüilidade, adotando o nome simbólico de
Pitágoras. Em seguida (19/07), tomou posse no cargo de Grão-Mestre do Grande Oriente, prestando
seu juramento.
Em 20/10/1822, José Bonifácio, que tinha tendências absolutistas, toma providências contra os
liberais, em sua maioria Maçons, que desejavam uma Constituição, mesmo que fosse, provisoriamente,
a de Portugal. Conseqüência: por sua influência, D. Pedro I manda fechar o Grande Oriente, até
segunda ordem.
Após conturbados acontecimentos (incluindo o exílio), José Bonifácio retorna ao Brasil.
Em 07/04/1831, ao abdicar em favor de D. Pedro II (no futuro), D. Pedro I nomeia José
Bonifácio tutor de seus filhos, indo o mesmo residir na Quinta da Boa Vista.
Reinstalado o Grande Oriente do Brasil (23/11/1831)., com José Bonifácio como Grão-Mestre.
Ledo volta a ocupar o cargo de 1º Grande Vigilante.
Faleceu em 06/04/1838, em São Domingos (Niterói / RJ)

19
20
O NOSSO PLANETA

NOSSO NOVO RECURSO EM CRISE


Por Peter Phillips

ARSÊNIO CONTAMINA ÁGUA DE CIDADES HISTÓRICAS DE MINAS GERAIS

Pesquisa realizada pelo engenheiro geólogo Ricardo Perobelli Borba revelou sinais de contaminação
por arsênio no solo e na água utilizada por moradores do Quadrilátero Ferrífero, que abrange as cidades
de Ouro Preto, Santa Bárbara, Nova Lima e outras cidades históricas, em Minas Gerais.
O arsênio está entre os metais mais nocivos à saúde humana, como o mercúrio, o chumbo e o cádmio. Em
concentrações elevadas (acima de 10 microgramas por litro de água potável, segundo a Organização
Mundial de Saúde (OMS)), pode causar vários tipos de cânceres, como o de pele, pâncreas e pulmão, além
de abalos ao sistema nervoso, malformação neurológica e abortos.
O arsênio pode ser liberado na natureza por meio de causas naturais, como o contato da água de rios
e nascentes com rochas que apresentam elevada concentração do metal. No caso do Quadrilátero Ferrífero,
porém, a contaminação, segundo o estudo, estaria relacionada à intensa mineração de ouro, explorada nos
últimos 300 anos.
"A região já apresenta naturalmente uma alta concentração de arsênio, mas a mineração secular
contribuiu para que a poluição ambiental ficasse hoje muito grave", diz o professor Bernardino Ribeiro de
Figueiredo, que orientou a tese de doutorado do pesquisador, intitulada "Arsênio em ambiente superficial:
processos geoquímicos naturais e antropogênicos em uma área de mineração aurífera", defendida no
Instituto de Geociências (IG) da Unicamp.
A pesquisa se concentrou na análise de sedimentos e águas fluviais, solos e rochas nas bacias dos
rios das Velhas, da Conceição e do Carmo. Os resultados, segundo Figueiredo, reforçaram os dados
obtidos por pesquisadores alemães e brasileiros, em 1998, quando se constatou contaminação por arsênio
na urina de crianças entre sete e onze anos, matriculadas em duas escolas de Nova Lima. Na época, de
acordo com Figueiredo, 20% das crianças tinham concentrações de arsênio na urina acima de 40
microgramas por litro. Até aquele momento, elas não apresentavam sintomas de doenças provocadas pela
contaminação.
A tese defendida por Borba recomenda o monitoramento da saúde humana em todo Quadrilátero
Ferrífero, já que há outras áreas que ainda não foram estudadas.
Foram coletadas amostras de sedimentos de rios, águas de rio e subterrâneas, de solo e de rochas
que continham o arsênio. A equipe da Unicamp contou com colaboração dos órgãos ambientais de Minas
Gerais e de profissionais do Serviço Geológico Britânico. "Observamos que, próximo às áreas de
mineração, as concentrações de arsênio nas águas e sedimentos dos rios e nos solos das bacias de
inundação são mais elevadas. Na estiagem, por terem solos férteis, muitas dessas bacias são usadas para
cultivo de alimentos", explica Borba.
A tese é um dos trabalhos pioneiros sobre o arsênio no Brasil e, justamente com o monitoramento
humano realizado em crianças, ela chamou a atenção das autoridades para o problema do arsênio numa
região habitada por mais de 3 milhões de pessoas, apenas somando a população de Belo Horizonte e seus
arredores.
Em especial em Ouro Preto, várias minas abandonadas costumam drenar água de qualidade
relativamente boa, mas nela também foi constatada a presença de arsênio. Apesar disso, a prefeitura ainda
a utiliza para o abastecimento público, onde é encontrada concentração de arsênio em níveis que, segundo
Borba, devem ser monitorados. Em sua tese, ele recomenda o mapeamento das áreas contaminadas. "É
necessário o monitoramento constante para saber como estas águas são consumidas, pois alguns
problemas só aparecem muitos anos após sua ingestão", afirma.
Como a maioria dos rios está muito assoreada e também tem péssima qualidade, visto que recebem
diretamente os esgotos não-tratados, as prefeituras tendem, cada vez mais, a coletar águas subterrâneas
para abastecimento de populações. Caso a captação ocorra ao redor de locais usados para mineração do
ouro, pode haver uma contaminação natural da água presente em rochas ricas em arsênio. Este fato, para o
geólogo, reforça a proposição de um monitoramento da qualidade das águas.

21
O arsênio é um elemento químico que ocorre na natureza em diferentes estados de oxidação,
formando vários compostos. Na água, ele pode aparecer nas suas formas inorgânicas e orgânicas. A forma
mais nociva ao homem é a inorgânica, com valência +3 e +5, sendo a mais tóxica a +3. O metal aparece em
rochas e em minérios. Nas rochas do Quadrilátero, o arsênio ocorre principalmente em minerais como a
arsenopirita e pirita, que estão associados ao minério de ouro.
Na atividade de mineração, o ouro foi aproveitado e o rejeito, em que há concentração do arsênio,
foi desprezado nos rios até a década de 80, passando por muitas transformações químicas que resultaram
na liberação parcial do arsênio para os solos e para as águas dos rios.
No passado, o arsênio chegou a ser usado na composição de remédios, em pequenas concentrações,
em pesticidas e em outros materiais. "Na verdade, o arsênio torna-se nocivo dependendo do volume
empregado, podendo produzir intoxicação e efeitos colaterais", explica o professor Figueiredo do IG.
Ele acredita que as sociedades continuarão, por muito tempo, realizando a mineração do ouro,
extraindo-o das rochas para diferentes usos. "A mineração moderna tem os recursos e as tecnologias para
conciliar a produção do metal que a sociedade precisa e a proteção do meio ambiente", diz. "O que temos
no Quadrilátero é uma questão que não é produzida pela mineração atual, pois a nova indústria está
sujeita a leis ambientais e está sob os olhos de uma opinião pública vigilante", completa.
Segundo ele, a contaminação da região resulta de uma atividade de mineração de 300 anos em que
reinava o passivo ambiental, uma situação adversa herdada pela geração das práticas do passado, nas
quais não existiam leis, consciência, tecnologia e nem intenções. "A sociedade brasileira terá de saber o que
fazer com essa herança deixada pelos mineradores e pela atividade iniciada pelos bandeirantes", conclui.
O Quadrilátero Ferrífero é conhecido como a mais famosa província aurífera do país, abrigando
minas de ouro em funcionamento desde o século 17. Em decorrência de sua mineração, os resíduos,
lançados nas drenagens em muitos locais do Quadrilátero até 1980, contaminaram os sedimentos dos rios.
Além da mineração, no passado haviam fábricas de óxido de arsênio que, no julgamento do pesquisador,
devem ter contribuído, por meio do lançamento de metais e de arsênio na atmosfera, para a contaminação
dos solos nas áreas vizinhas às fábricas, onde residem muitas comunidades.
O pesquisador conta que os trabalhos sobre a exposição humana ao arsênio e os estudos ambientais
nessa área têm sido intensos em vários países. Verdadeiras catástrofes tornaram-se conhecidas no mundo,
como as de Bangladesh, Mongólia e Bengala Ocidental, a partir de exposição prolongada ao arsênio, por
consumo de água contaminada. Após algum tempo, nestes locais verificou-se que milhões de pessoas
apresentavam doenças causadas pela contaminação. (Junicamp)

CLÍNICO E CARDIOLOGISTA

Água pura é mais saúde

Estações de tratamento de água;


Bombas dosadoras; Filtros centrais;
Dessalinização; Limpeza de
Dr. Renato Figueiredo de Oliveira
CRM 52 / 02130-7
reservatórios
Visite nosso site: www.decol-lagos.com.br Horário de Atendimento – 15 horas
Marcar consulta a partir de 14 horas pelo telefone
Rua Itajurú, 267 / lojas 4 e 5 Centro - Cabo Frio (RJ)
(22) 2643.3741
Tel./Fax: (22) 2645-5059 / 2647-4895

Consultório:
Rua Silva Jardim, 78 Centro - Cabo Frio - RJ

22
DEPOIMENTO
DISCURSO DE NIZAN GUANAES NA FORMATURA DA FAAP

"Dizem que conselho só se dá a quem pede. E, se vocês me convidaram para paraninfo, sou tentado a
acreditar que tenho sua licença para dar alguns.Portanto, apesar da minha pouca autoridade para dar
conselhos a quem quer que seja, aqui vão alguns, que julgo valiosos.
Não paute sua vida, nem sua carreira, pelo dinheiro. Ame seu ofício com todo coração. Persiga fazer o
melhor. Seja fascinado pelo realizar, que o dinheiro virá como conseqüência. Quem pensa só em dinheiro
não consegue sequer ser nem um grande bandido, nem um grande canalha. Napoleão não invadiu a Europa
por dinheiro. Hitler não matou 6 milhões de judeus por dinheiro. Michelangelo não passou 16 anos pintando
a Capela Sistina por dinheiro. E, geralmente, os que só pensam nele não o ganham. Porque são incapazes de
sonhar. E tudo que fica pronto na vida foi construído antes, na alma.
A propósito disso, lembro-me uma passagem extraordinária, que descreve o diálogo entre uma freira
americana cuidando de leprosos no Pacífico e um milionário texano. O milionário, vendo-a tratar daqueles
leprosos, disse: -"Freira, eu não faria isso por dinheiro nenhum no mundo." E ela responde: -"Eu também
não, meu filho". Não estou fazendo com isso nenhuma apologia à pobreza, muito pelo contrário. Digo
apenas que pensar em realizar tem trazido mais fortuna do que pensar em fortuna.
Meu segundo conselho: pense no seu País. Porque, principalmente hoje, pensar em todos é a melhor
maneira de pensar em si. Afinal é difícil viver numa nação onde a maioria morre de fome e a minoria morre
de medo. O caos político gera uma queda de padrão de vida generalizada!. Os pobres vivem como bichos, e
uma elite brega, sem cultura e sem refinamento, não chega viver como homens. Roubam, mas vivem uma
vida digna de Odorico Paraguassu. Que era ficção, mas hoje é realidade, na pessoa de Geraldo Bulhões,
Denilma e Rosângela, sua concubina. Meu terceiro conselho vem diretamente da Bíblia: seja quente ou seja
frio, não seja morno que eu te vomito. É exatamente isso que está escrito na carta de Laudiceia: seja quente
ou seja frio, não seja morno que eu te vomito. É preferível o erro à omissão. O fracasso, ao tédio. O escândalo,
ao vazio. Porque já vi grandes livros e filmes sobre a tristeza, a tragédia, o fracasso. Mas ninguém narra o
ócio, a acomodação, o não fazer, o remanso.
Colabore com seu biógrafo. Faça, erre, tente, falhe, lute. Mas, por favor, não jogue fora, se acomodando, a
extraordinária oportunidade de ter vivido. Tendo consciência de que, cada homem foi feito para fazer história.
Que todo o homem é um milagre e traz em si uma revolução. Que é mais do que sexo ou dinheiro. Você foi
criado, para construir pirâmides e versos, descobrir continentes e mundos, e caminhar sempre, com um saco de
interrogações na mão e uma caixa de possibilidades na outra.
Não use Rider, não dê férias a seus pés. Não sente-se e passe a ser analista da vida alheia, espectador
do mundo, comentarista do cotidiano, dessas pessoas que vivem a dizer: “eu não disse?, eu sabia! “Toda
família tem um tio batalhador e bem de vida. E, durante o almoço de domingo, tem que agüentar aquele
outro tio muito inteligente e fracassado contar tudo que ele faria, se fizesse alguma coisa. Chega dos
poetas não publicados. Empresários de mesa de bar. Pessoas que fazem coisas fantásticas toda sexta de
noite, todo sábado e domingo, mas que na segunda não sabem concretizar o que falam. Porque não sabem
ansiar, não sabem perder a pose, porque não sabem recomeçar. Porque não sabem trabalhar. Eu digo:
trabalhem, trabalhem, trabalhem. De 8 as 12, de 12 às 8 e mais se for preciso. Trabalho não mata. Ocupam
tempo. Evita o ócio, que é a morada do demônio, e constrói prodígios.
O Brasil, este país de malandros e espertos, da vantagem em tudo, tem muito que aprender com
aqueles trouxas dos japoneses. Porque aqueles trouxas japoneses que trabalham de sol a sol construíram,
em menos de 50 anos, a 2ª maior megapotência do planeta. Enquanto nós, os espertos, construímos uma
das maiores impotências do trabalho. Trabalhe! Muitos de seus colegas dirão que você está perdendo sua
vida, porque você vai trabalhar enquanto eles veraneiam. Porque você vai trabalhar, enquanto eles vão ao
mesmo bar da semana anterior, conversar as mesmas conversas, mas o tempo, que é mesmo o senhor da
razão, vai bendizer o fruto do seu esforço, e só o trabalho lhe leva a conhecer pessoas e mundos que os
acomodados não conhecerão. E isso se chama sucesso".

O PESQUISADOR
MAÇÔNICO

O PESQUISADOR
23
MAÇÔNICO

Você também pode gostar