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Aluno: Miguel Ângelo dos Santos Demétrio

Disciplina: História Medieval


FICHAMENTO

IDENTIFICAÇÃO DO TEXTO
SILVEIRA. Aline Dias da Silveira. Da Expansão Árabe à Era Dourada. In: SILVA, Paulo Duarte; NASCIMENTO, Renata Cristina de Sousa. Ensaios de
História Medieval: Temas que se renovam. Curitiba: CRV, 2019., pp. 141-162.
4º ARGUMENTO CENTRAL
Consiste no estudo, este descontruído da visão eurocêntrica, do que foi a Era Dourada: a expansão arábica e do Islã pelos três continentes: Europa, África e
Asia, durante a Idade Média.
Síntese da ideia desenvolvida pelo autor ou reprodução de
Página algum trecho Comentários, análises, reflexões, dúvidas

141 (...) ocorreu um debate público acirrado entre os anos de 2016 Esse é um avanço importante para os estudos da História, porém,
e 2017 em torno do tema do abandono de uma história infelizmente os estudantes que se formaram antes desse acontecimento
eurocêntrica e da superação de uma matriz única e hegemônica não terão o respaldo que seria útil para a formação de pensamento.
para História. (SILVEIRA)
Descolonizar a História não significa deixar de contar as
histórias do mundo, mas descontruir seu paradigma
hierárquico, centralista e colonizante, em outras palavras,
significa descentralizar a narrativa histórica e mostrar até
mesmo, a sincronicidade ente ela (...) (SILVEIRA)
Era Dourada – referindo a historiografia muçulmana.
142 Além da percepção não homogeneizadora, é preciso considerar É interessante ver como as histórias destes continentes estão bastantes
essas duas premissas da Era Dourada islâmica: conectadas em certos pontos, e como isso não era relacionado por causa
1- A história da África, Ásia e Europa estão conectadas por da visão eurocêntrica imposta pela historiografia anteriormente.
rotas de comércio, relações diplomáticas e guerras desde a
antiguidade (...) (SILVEIRA)
2- O primeiro milênio muçulmano é caracterizado técnica e
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cientificamente pela busca e impulsão de saberes (...) mesmo
que para a época essas divisões do saber não existissem.
(SILVEIRA)
143 O surgimento e desenvolvimento da religião muçulmana Por que nenhum dos dois impérios (Bizantino e Persa) anexou em seu
dependeram de condições internas e externas que os território a Península Arábica? Quais foram os motivos para eles só
favoreceram, ambas condições estavam imbricadas (...) exercerem influencias sobre essa península?
(SILVEIRA)
Essa disposição geográfica coloca a Arábia nas rotas
comerciais marítimas intercontinentais(...) os impérios
Bizantino e persa utilizavam a proximidade geográfica para
influenciarem na política dos clãs locais (...) (SILVEIRA)
(...)Essa situação trazia grande vantagem para as tribos e clãs
que situavam à beira das rotas terrestres arábicas (...)
(SILVEIRA)
Tribo Coraixita, pertencente ao clã Hachemita, da família de Sem comentários.
144 Maomé, o profeta da religião muçulmana.
(...) não eram só mercadorias que circulam nessas rotas
arábicas, mas textos e missionários religiosos, muitos
perseguidos por divergências religiosa, como os cristãos
monofisitas e nestorianos (...) também circulavam clãs de
judeus (...) (SILVEIRA)
As tribos árabes eram, em sua maioria, politeístas (...) algumas
tribos do norte (...) eram cristãs monofisitas (...) ao mesmo
tempo que, na região da costa do Golfo Persico, o Zoroastrismo
se disseminava (...) uma convivência ambígua e relativamente
pacifica entre religiosidades clãnicas e confluências religiosas
cristãs, judaicas e zoroastristas (...) (SILVEIRA)
A visita do Arcanjo Gabriel, com a revelação da palavra de
Deus para Maomé. Dessa forma, o judaísmo, o cristianismo e o
islã reivindicam o mesmo patriarca, Abraão (...) também
referidas como religiões abraãmicas (SILVEIRA)
145 No princípio, quando Maomé ainda fazia sua pregação em Meca, Sem comentários.
o deus do Alcorão se mostra como Senhor da justiça e várias
passagens do texto sagrado aproximam-se da doutrina cristã e
judaica (...) (SILVEIRA)
A expulsão do profeta e a migração para o oásis de Iatribe,
marcando início do calendário Muçulmano.
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146 (...) os discípulos de Maomé passam a chamar Iatribe de Medina Mesmo com sendo concedido a coesão às tribos árabes, algum desses grupos
al Nabi, a Cidade do Profeta (...) (SILVEIRA) chegou a fazer uma grande resistência?
A trégua entre os habitantes de Meca e o profeta Maomé.
expansão árabe muçulmana na Península Arábica (...) a vitória
dos bizantinos sobre os persas (...) favoráveis à expansão
muçulmana ao sul no Iêmen e em Oman, ao norte, próximo às
fronteiras com o Iraque (...) (SILVEIRA)
(...) A religião organizada e instituída por Maomé concedeu
coesão às tribos árabes, mas as conquistas, neste primeiro
momento, não foram seguidas, necessariamente, de conversões e
podemos mais falar de uma expansão árabe que de uma
expansão da fé muçulmana (SILVEIRA)
147 A rápida expansão árabe em seus dois primeiros séculos (...) as Existe alguma relação ou semelhanças das razias árabes com os tipos de
causas normalmente apontadas para tal sucessão são: as razias ataque típicos dos hunos e mongóis?
que se tornaram conquistas; as técnicas de avanço beduíno (...) a
unificação religiosa entre as tribos (...) os espólios de guerra (...)
o enfraquecimento dos bizantinos e persas (...) a indisposição
dos territórios bizantinos e persas com o governo central; a
tolerância muçulmana (...) (SILVEIRA)
148 e (...)a expansão árabe não é igual à conversão ao islã (...) mesmo Sem comentários.
149 a definição de cultura árabe poderia assumir aspectos e
elementos comuns às culturas persas, grega, berbere, romana,
indiana e ainda das diversidades mais locais, como
matrilinearidade de muitas tribos africanas (...) (SILVEIRA)
Com exceção do norte da África, a expansão muçulmana no
continente africano não pode ser vista como sinônimo de
conquista muçulmana, pois a expansão da fé muçulmana não se
deu da mesma forma em todo o território (...) (SILVEIRA)
150 e Desde a Antiguidade, as regiões do norte da África e das costas Saber mais sobre as resistências que os árabes encontraram durante a
151 ocidental e oriental possuíam um papel importante no comercio expansão.
que percorriam as rotas da China ao Atlântico. No entanto, foi o
islã que fortaleceu e, em muitos casos, estabeleceu a conexão
entre essas regiões (...) (SILVEIRA)
(...) devemos lembrar que nenhum processo de conquista deixa
de encontrar resistência e a região berbere do Magrebe (noroeste
da África) ofereceu muitas dificuldades aos árabes (...)
(SILVEIRA)
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Na costa oriental da África, no reino de Axum e na região do
chifre somaliano a atual Moçambique, a expansão muçulmana
foi por diferentes vias: comercial, política e religiosa.

151 e O rei Rodrigo (710-711), devido a invasão muçulmana norte Sem comentários.
152 africana no sul do território visigodo, é morto em 711. Ele foi
traído pelo conde Julião (Ceuta), por causa de uma vingança
contra o rei. Um dos fatores de conquista da Península Ibérica
pelos muçulmanos foram as disputas políticas no reino Visigodo.
"Dessa forma, o reino, que já estava em crise política, social e
econômica teve com essa disputa suas divergências
nobiliárquicas acirradas” (SILVEIRA)
153 e Seis anos após a entrada de Tarik pela porta Ceuta, a Hispania Sem comentários.
154 romana tornava Ishbaniya árabe, ou no Emirado de Córdoba (...)
(SILVEIRA).
Grande parte da conquista militar da Hispania ocorreu entre 711 e
715.
(...) a própria dinastia omíada sofria com crise econômica, social
e política, gerando revoltas de escravos e revoltas xiitas, a maior
autonomia de Ishbaniya tendia realmente a aumentar (...) assim, o
território omíada passa para o governo da Dinastia Abássida,
menos a Ishbaniya, que assume sua autonomia. (SILVEIRA)
O único sobrevivendo da dinastia Omíada, Abd al-Rahmar,
depois diversas fugas para a Palestina e a África, lutas e revoltas
apoiada pelas tribos Iemitas, em 756, ele institui o primeiro
governo do Emirado Omíada Independente de Córdoba (durou
até 929, surgindo depois o Califado de Córdoba).
155 No século XI a população cristã cai de 60 para 20 por cento com Sem comentários.
a chegada dos Almorávidas. Os judeus (...) sob o califado omíada
receberam liberdade de culto e cargos (...) (SILVEIRA)
Viajantes de quaisquer credos foram unanimes em falar do
esplender do Califado de Córdoba, frente a sua arquitetura e sua
cultura (...) as diversidades de estilos e etnias que constituíam
essa sociedade (...) A península Ibérica muçulmana construiu
legados que se fizeram sentir no conjunto da humanidade, no
entanto, infelizmente, é uma história pouco ensinada nas escolas
do Brasil (SILVEIRA)
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156 a (...) precisamos refletir como a definição de Oriente dependente Sem comentários.
158 do ponto referencial, que não necessariamente é geográfico, e
problematizar o significado deste movimento para a cultura
muçulmana ou as culturas muçulmanas dos primeiros mil anos de
seu surgimento (...) (SILVEIRA)
(...) a fusão cultural árabe-persa desenrolou a Era de Ouro ou a
Era dourada do Islã em Bagdá, a qual se tornou o centro cultural
e cientifico do mundo árabe (...) alavancou a ciência para o todo o
mundo árabe e cristão, na sequência, pois precisam pensar que
não havia muros (...) para o fluxo do conhecimento, assim, as
pessoas interessadas no saber, cristãos, muçulmanos ou judeus,
circulavam por essas escolas (...) (SILVEIRA)
O oriente é uma construção discursiva, que implica não apenas a
direção geográfica, mas o referencial de onde se fala, que
também não só é geográfico, as cultural e ideológico (...)
(SILVEIRA)
Ter consciência das inter-relações e interpendências históricas é
descolonizar a História, é desbaratar o filtro eurocêntrico de
nosso olhar e questiona-lo (...) e a partir daí descobrir nossa
condição humana a partir do fator multidimensional (SILVEIRA)
159 a Referências. Sem comentários.
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