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Entre os séculos VIII e XVII, a África ao sul do deserto do Saara era habitada por vários povos negro‐africanos, cada um com seu
jeito próprio de ser. Alguns desses povos construíram impérios e reinos prósperos e organizados, como o Império do Mali e o
Reino do Congo. Há poucos documentos escritos sobre o Mali; os vestígios arqueológicos (vasos, potes, panelas, restos de
alimentos e de fogueiras) também são reduzidos. Dentro do contexto da história africana e de alguns impérios como o Mali,
conferia‐se a importância notável aos griots, que:
A) Representavam o grupo majoritário na sociedade, pois, como guerreiros, cuidavam da segurança e das estratégias de guerra.
B) Eram os líderes religiosos, que baseados em conhecimentos ancestrais, ainda mantêm intacta a religião de seus antepassados.
C) Eram os indivíduos que tinham o compromisso de preservar e transmitir histórias, fatos históricos, os conhecimentos e as
canções de seu povo.
D) Detinham o poder entre as mais variadas tribos por serem os únicos proprietários de terras, responsáveis por distribuir o
trabalho e a produção.
(ENEM 2017) No império africano do Mali, no século XIV, Tombuctu foi centro de um Comércio internacional onde tudo era
negociado – Sal, escravos, marfim, etc. Havia também um grande comércio de livros de história, medicina, astronomia e
matemática, além de grande concentração de estudantes. A importância cultural de Tombuctu pode ser percebida por meio de um
velho provérbio: “O sal vem do norte, o ouro vem do Sul, mas as palavras de Deus e os tesouros da sabedoria Vêm de Ombuctu
Assumpção, J E. África: Uma história para ser escrita. Desvendando a história da África. Porto Alegre, UFRGS, 2008 (adaptado
Uma explicação para o dinamismo dessa cidade e sua importância histórica no período mencionado era o(a)
(FGV – 2016)“Em muitos reinos sudaneses, sobretudo entre os reis e as elites, o islamismo foi bem recebido e conseguiu vários
adeptos, tendo chegado à região da savana africana, provavelmente, antes do século XI, trazido pela família árabe-berbere dos
Kunta.
(…) O islamismo possuía alguns preceitos atraentes e aceitáveis pelas concepções religiosas africanas, (…) associava as histórias
sagradas às genealogias, acreditava na revelação divina, na existência de um criador e no destino. (…) O escritor árabe Ibn Batuta
relatou, no século XIV, que o rei do Mali, numa manhã, comemorou a data islâmica do fim do Ramadã e, à tarde, presenciou um
ritual da religião tradicional realizado por trovadores com máscaras de aves.”
A) a penetração do islamismo nas regiões subsaarianas mostrou-se superficial porque atingiu poucos setores sociais,
especialmente aqueles voltados aos negócios comerciais, além de sofrer forte concorrência do cristianismo.
B) a presença do islamismo no continente africano derivou da impossibilidade dos árabes em ocupar regiões na Península Ibérica,
o que os levou à invasão de territórios subsaarianos, onde ocorreu violenta imposição religiosa.
C) o desprezo das sociedades africanas pela tradição árabe gerou transações comerciais marcadas pela desconfiança recíproca,
desprezo mudado, posteriormente, com o abandono das religiões primitivas da África e com a hegemonia do islamismo.
D) o comércio transaariano foi uma das portas de entrada do islamismo na África, e essa religião, em algumas regiões do
continente, ou incorporou-se às religiões tradicionais ou facilitou uma convivência relativamente harmônica.
E) as correntes islâmicas mais moderadas, caso dos sunitas, influenciaram as principais lideranças da África ocidental,
possibilitando a formação de novas denominações religiosas, não islâmicas, desligadas das tradições tribais locais.
(PUC PR 2016) O islamismo, religião monoteísta fundada por Maomé (c. 570-632), mudou o cenário religioso e político do
Oriente Médio e de toda a bacia do Mediterrâneo. Os padrões islâmicos de moralidade e as normas que regulam a vida cotidiana
são fixados pelo Alcorão, que os muçulmanos acreditam conter a palavra de Alá, tal qual revelada a Maomé. Para os muçulmanos,
sua religião é a conclusão e o aperfeiçoamento do judaísmo e do cristianismo. Maomé conseguiu unificar as tribos árabes,
envolvidas em constantes disputas, numa força poderosa dedicada a Alá e à difusão da fé islâmica. Após a morte de Maomé, no
entanto, seus sucessores não conseguiram manter a unidade, por disputas sucessórias. Essas disputas dividiram o Islã em dois
grupos principais, que permanecem até os dias de hoje.
(FUVEST 2020) A imagem a seguir refere‐se às principais rotas de comércio da África do Norte e Ocidental, no século XV.
(Uespi 2012) As pregações de Maomé não agradaram a grupos importantes, politicamente, da sociedade árabe. Suas concepções e
crença
a) adotavam o monoteísmo e tinham relações com o cristianismo, conseguindo adesão de muitos que visitavam Meca.
b) eram elitistas, sem preocupação com a situação de miséria da época e a violência das guerras entre as tribos.
c) desconsideravam as questões sociais e visavam firmar um império poderoso para combater os cristãos no Ocidente.
d) defendiam a liberdade para todos os povos e prescindiam da adoção de um livro sagrado para orientar as orações.
e) tinham relações com a filosofia grega, desprezando o espiritualismo exagerado e organizando o poder dos sacerdotes.
Observe a imagem
“Quando vós encontrardes infiéis, matai-os a ponto de fazer uma grande carnificina e apertai as correntes
dos cativos. Quando cessar a guerra, vós os colocareis em liberdade ou os entregarei mediante um resgate.
Agi assim. Se Alá o desejar, ele mesmo triunfará sobre eles. Mas ele vos manda combater para vos pôr à
prova.”
(Corão)
Essa orientação de guerra santa levou os árabes a expandir seu Império para vastas áreas, chegando a
alcançar:
a) a Península Ibérica ainda durante a vida de Maomé.
b) toda a península Arábica com os quatro califas que sucederam Maomé.
c) toda a península Arábica durante o domínio dos califas omíadas.
d) a Península Ibérica durante o califado dos omíadas.