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QUESTIONÁRIO

HISTÓRIA DA ÁFRICA PRÉ-COLONIZAÇÃO

1 - Um dos elementos religiosos que acabam por reforçar as rotas africanas de


comércio foi:
a) a Sharik que criou organização política em todas as regiões
b) a peregrinação a Meca, que criou entrepostos e trocas culturais
c) a Dhimi que fortaleceu numerários dos governos
d) a Jihad pois a guerra santa aia novos reinos
e) as Mesquitas que criaram espaços singulares de troca aos nómades

2 - Em relação ao momento em que homens e mulheres se colocaram como seres


históricos no mundo, é correto afirmar:
a) as pesquisas arqueológicas vêm apontando que a história humana teve início há um
milhão de anos, em várias regiões do globo terrestre, simultaneamente.
b) entre 4 e 6 milh3es de anos atrás, surgiram na África os primeiros antepassados
do ser humano com os quais teve início a história da humanidade
c) a história da humanidade teve início há um milhão de anos na região conhecida na
Antiguidade como Mesopotâmia, quando se inventou a escrita
d) o elemento preponderante no reconhecimento dos homens e mulheres como seres
históricos é invenção da linguagem, há cerca de 2 milli3es de anos, no continente
europeu,
e) a invenção da escrita, da roda e do fogo é o que caracteriza os povos consideradas
com história, que se estabeleceram "às margens do Nilo, há milhares de anos.

3 - A Rota Saariana pode ser definida como:


a) um trajeto militar gengi e nagô em busca de escravos
b) um trajeto em torno do Rio Nilo, única região em que era possível atravessar o Saara.
c) uma rota comercial dominada por judeus desde os tempos do velho testamento
d) um trajeto militar de expansão islâmica
e) um trajeto comercial que integrava norte e sul africano a Europa e Ásia

4 - O rei tinha uma função de destaque social no reino (..) as insígnias e os objetos
presentes no relato acima demonstram que a realeza do Kongo detinha riqueza e
prestígio. A figura do rei representava, além do poder político, uma relação com as
questões míticas, que explicavam a origem e organização da sociedade bantu. Suas
vestimentas e os adornos eram uma constante representação de sua cosmovisão".
Como pontuado pelo viajante português, Luca Caregnato, orei do Congo era uma
figura central para o funcionamento da sociedade. Assinale a alternativa que
melhor explique essa importância.
a) Todas as alternativas anteriores.
b) O rei do Congo representava a figura do herói presente no mito fundador do reino.
c) O rei do Congo era detentor da cariapemba.
d) O rei do Congo tinha atributos divinizados e era conhecedor da técnica de metalurgia.
e) O rei do Congo era escolhido dentro uma das candas. simbolizando o rodízio de
poder entre a nobreza do reino.
5 - O rio São Francisco, no Brasil, e o Nilo, na África, apesar de suas diferenças de
extensão, traçado e paisagens percorridas, oferecem algumas sugestivas analogias
geográficas. Isto ocorre porque apresentam:
a) cursos típicos de planaltos com climas tropicais de estações alternadas, só atingindo
cotas abaixo de200m em trechos bem próximos da foz.
b) longos cursos permanentes de direção Sul-Norte, cortando zonas de climas
quentes muito contratantes, inclusive secos, alimentados por cabeceiras situadas
em áreas úmidas.
c) trechos terminais fertilíssimos, em forma de grandes deltas intensivamente
cultivados, situados em oceanos abertos.
d) médios e baixos cursos em zonas desérticas que se beneficiam com a regularidade de
suas cheias, obtidas graças aos grandes represamentos realizados nos altos cursos.
e) trechos terminais em forma de estuários, situados em regiões intertropicais secas, e
nascentes em áreas equatoriais úmidas.

6 - O termo África Branca pode ser considerado:


a) equivocado, pois dá uma noção de unidades que não existem
b) um dado aceito pela historiografia pois isola a África em duas partes
c) como uma boa forma de diferenciar a África negra e islâmica
d) equivocada pois o norte da África é negro e o Sul é branco
e) equivocada pois apesar de islâmicas os grupos eram morenos, não brancos.

7 - A dificuldade do entendimento da expansão banta está relacionada em primeiro


lugar aos motivos que geraram seus movimentos. Entre as principais linhas são:
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a) É complexo definir o grupo formador e sua origem, no entanto, eram grupos de
caçadores e coletores que conseguem uma expansão graças aos desenvolvimentos
tecnológicos do grupo.
b) Não pode se afirmar que exista uma expansão banta, é um termo inventado
pela historiografia para grupos que a linguística identifica como próximos, em especial
pela linha religiosa hebraica.
c) Grupos que saem do Saara durante o período de seca e partem para as savanas
para ocupar a região.
d) É difícil definir quem são os grupos bantos, mas são claramente ceramistas e tem
a origem na África do Sul.
e) Os grupos bantos partiram do Norte em direção ao sul em uma violenta expansão
militar.

8 - Napata foi uma cidade, na margem oeste do rio Nilo, cerca de 400 km ao norte
de Cartum, capital do atual Sudão. Sobre a civilização Núbia, marque a resposta
INCORRETA:
a) Em 1075 a.C, o Sumo Sacerdote de Amon em Tebas, capital do antigo Egito, tornou-
se poderoso o suficiente para limitar o poder do faraó somente sobre o Alto Egito. Este
foi o início do Terceiro Período Intermediário (1075 a.C-664 a.C). A fragmentação do
poder no Egito permitiu que os núbios recuperassem a autonomia. Eles fundaram um
novo reino, Kush, centrado em Nepata) Napata começou atingindo seu auge após
Tantamani ter voltado da guerra contra os assírios. Sua economia era essencialmente
baseada no ouro. O Egito era um aliado econômico importante. Em 660aC, os Núbios
começaram a explorar ouro, inaugurando o a Idade do Ferro Africana;
c) Os núbios nunca se relacionaram com a civilização egípcia, preferindo negociar
com os hebreus e assírios.
d) Desde época das dinastias, os egípcios tinham sido interessados na Núbia, uma região
muito rica emouro. Os egípcios logo controlaram o comércio, de modo que o Egito se
tornou uma potência imperialista na Núbia;
e) Em 750 a.C, Napata foi uma cidade desenvolvida, enquanto o Egito ainda estava
sofrendo de instabilidade política. O Rei Kashta atacou o Alto Egito. Sua política foi
seguida por seus sucessores Piyee Shabaka (721-707 a.C), que finalmente trouxe todo o
Vale do Nilo para o controle cuxita no segundo ano do seu reinado. Shabaka também
lançou uma política de construção de monumentos, no Egito e Núbia. Em geral, os reis
de Kush governaram o Alto Egito durante cerca de um século e todo o Egito por cerca
de 57 anos;

9 - Quando tratamos de rota saariana precisamos entender que é:


a) é necessário entender que é conjugação das práticas sociais africanas, seu
comércio e trocas, com as trocas de mercadores
nômades e a inserção dos centros islâmicos
b) É o domínio europeu criando um importante rota de escravos mais rápida e eficiente
no Norte na África
c) é necessário entender que é uma rota comercial poderosa e que estão inseridos
Europa, África, Oriente Américas.
d) é o domínio do islão levando bens para todo o mundo, apesar que naquele momento o
Saara era na verdade uma grande floresta, passando pela desertificação só muito
posteriormente.
e) o domínio pleno do Islão não África

10 - Sobre o reino de Axum, marque a alternativa INCORRETA:


a) este reino começou a estabelecer-se nesta região no século V a.C., uma vez
que muitos dos monumentos de Aksum são dessa altura. No entanto, não há muita
informação sobre esses tempos antigos, até Axum atingir o seu apogeu;
b) Os axumitas controlavam uma das mais importantes rotas comerciais do mundo
e ocupavam uma das mais férteis regiões no Mundo. Aksum encontrava-se diretamente
no caminho das crescentes rotas comerciais entre a África, a Arábia e a Índia e, como
resultado, tornou-se fabulosamente rica e as suas maiores cidades tornaram-se centros
cosmopolitas, com populações de judeus, núbios, cristãos e até budistas.
c) foi um reino africano que se tornou conhecido pelos povos da região, incluindo o
Mediterrâneo, por voltado século I;
d) Tinha a sua capital na cidade de Aksum, na atual Etiópia, embora as cidades mais
prósperas fossem os portos do Mar Vermelho de Adulis e Matara, na atual Eritréia;
e) manteve uma postura isolacionista, tendo sido descoberto somente com a
chegada dos europeus, no século XIII

11 - O deserto do Saara atua como barreira natural do continente africano, o que é


possível distinguir duas "Áfricas”, ao mesmo tempo, distintas e interligadas. Sobre
a existência dessas duas Áfricas marque a alternativa correta:
a) Uma é conhecida como África Branca ou saariana, por abranger o deserto do Saara e
povoado por pessoas de relembrança; a outra é conhecida como África Negra ou
subsaariana, por abranger toda região abaixo do Saara e povoado por pessoas de pele
negra.
b) Não devemos dividir a África desta forma sob o risco de criar um modelo
ilusório de duas divisões diversas, separadas, criando modelos que só enfraquecem
o entendimento de África sem traçar uma centralidade, mas entendendo
as especificidades.
c) Uma é conhecida como África Oriental, por abranger a costa leste do continente; a
outra é conhecida como África Ocidental, por estar a oeste.
d) Uma é conhecida como África Mediterrânea, por seu litoral ser banhado por esse
mar; a outra é conhecida como África Setentrional, por compor a região norte.
e) Uma é conhecida como África Muçulmana, pela predominância da religião islâmica;
a outra é conhecida como África Cristã, pela importância da religião cristã.

12 - " Os barcos iam e voltavam de acordo com as monções: de dezembro a fins de


fevereiro, no inverno, elas sopravam em direção norte-nordeste; e de abril a
setembro, deslocam-se no rumo inverso, partindo do sul-sudoeste. Mais para
baixo, as viagens ao Extremo Oriente e a África eram ajudadas pela corrente sul-
equatorial, que percorre uma grande elipse no centro do Índico. “COSTA e
SILVA, A. A Enxada e a Lança, p.307. Sobre a economia desenvolvida pelas
cidades do litoral Índico até meados do século XVI, é correto afirmar que:
a) Embora estrategicamente localizadas, a principal atividade econômica dessas cidades
era a agricultura de subsistência
b) Tais cidades eram verdadeiros entrepostos na venda de africanos escravizados para
o mundo Asiático.
c) Tais cidades eram verdadeiros entrepostos comerciais do comércio realizado no
Oceano Índico.
d) Tais cidades eram a porta de entrada do Império Monomotapa para o comércio feito
com o Oceano Índico.
e) Tais cidades eram dependentes do comércio feito entre o lado ocidental do continente
a outras regiões banhadas pelo Oceano Índico.

13 - Um dos elementos religiosos que acabam por reforçar as rotas africanas de


comércio foi:
a) o Dhimi que fortaleceu numerários dos governos
b) a Sharia, que criou organização política em todas as regiões
c) a peregrinação a Meca, que criou entrepostos e trocas culturais
d) a Jihad pois a guerra santa cria novos reinos
e) as Mesquitas que criaram espaços singulares de troca aos nômades

14 - Alberto da Costa e Silva ao discutir a expansão dos bantos, sinaliza que um


dos grandes motivos de sua vitória foi o desenvolvimento tecnológico. As duas
leituras principais neste sentido falam na:
a) A enxada, principal forma de agricultura e a picareta que permitiu grandes
extrações de ouro.
b) as armas de fogo, desenvolvidas primeiro na África e o uso de fogo como
arma desenvolvido no sul da África
c) o desenvolvimento da metalurgia e da alvenaria, construindo reinos sólidos.
d) força da organização das armas alcançado pelos bantos e as ferramentas destes
grupos que permitiu o desenvolvimento agrícola.
e) força das armas e o desenvolvimento da escrita em tabletes de argila.
15 - " No interior da Rodeia atual, na savana escalvada da Maxonalândia, semeada
de afloramentos de granito pene planados, perto de Forte Vitória, levanta-se um
conjunto de ruínas monumentais: é o grande Zimbábue. Como efeito, a palavra
Zimbabwe significa " a grande casa de pedra" (...) e a região pulula de ruínas
deste gênero." KI-ZERBO. História da África Negra, p. 239.Sobre os Zimbábues é
correto afirmar que:
a) Os Zimbábues serviam para separar a área rural e a área urbana do Império
Monomotapa
b) Os Zimbábues eram os palácios dos imperadores xonas.
c) Até hoje não há indícios que comprovem o real sentido dos Zimbábues.
d) Os Zimbábues serviam para separar e proteger as aldeias xonas.
e) Os Zimbábues eram templos religiosos, utilizados para os sacrifícios cometidos
pelas xonas.

16 - Por que podemos considerar o termo África Branca como equivocado?


a) Pois o norte da África é majoritariamente católico
b) Pois dá uma noção de unidade que não existe
c) Pois na África não existe Estados no qual a maior parte da população seja branca.
d) Pois é uma unidade constituída por apenas uma etnia
e) Pois o sul da África é formado por Estados com populações de mesma etnia

17.Audaghost A conquista da cidade de Audaghost representa o máximo esplendor


doReino de Gana. Observe adescrição dessa importante cidade africana, situada
num oásis e importante entroncamento de rotas comerciais pelo Deserto do Saara:
"O rei de Audaghost é o soberano dos berberes do Saara Ocidental e de vinte e
três reis negros que lhe pagam tributo; seu império se estende sobre o equivalente
a dois meses de viagem de norte a sul e de leste a oeste. Conta com um exército de
cem mil guerreiros montados sobre camelos de raça. Possui muita importância
como centro islâmico, pois é dotada de uma mesquita-catedral e de numerosas
mesquitas menores. O bem estar desta povoação, a formigar de transações,
rodeada de hortas, em que abundam os pepinos, as palmeiras e também uma
grande quantidade de figueiras, estabelece uma cortina de proteção contra o calor
do deserto A criação de carneiros e de bois é aí particularmente próspera. Por um
simples mitkal (ouro em pó) podem-se comprar pelo menos dez carneiros.
Encontra se muito mel que vem do país dos negros. As gentes vivem
desafogadamente e possuem muitos bens. O seu mercado é sempre muito animado.
A multidão é tão densa, o calor tão forte, que mal se ouve o que o vizinho diz. As
compras são pagas em ouro em pó, pois não existe moeda de prata. Encontram-se
belas construções e casas muito elegantes. A população é na maioria berbere. A
comida preparada pelas mulheres é deliciosa, e as moças da terra têm uma beleza
proverbial. " O reino africano de Gana era conhecido na língua soninque, povo
dominante do país, como Uagadu, que significa "O País dos Rebanhos." Marque a
alternativa abaixo, retirada do texto acima, que justifica o nome Uagadu:
a) Conta com um exército de cem mil guerreiros montados sobre camelos de raça.
b) Nenhuma das frases justifica claramente o nome do reino, uma vez que o conteúdo é
político não econômico.
c) O rei de Audaghost é o soberano dos berberes do Saara Ocidental e de vinte e
três reis negros que lhe pagam tributo.
d) A criação de carneiros e de bois é aí particularmente próspera. Por um simples
mitkal (ouro em pó) podem-se comprar pelo menos dez carneiros.
e) A comida preparada pelas mulheres é deliciosa, e as moças da terra têm uma
beleza proverbial.

18 - Sobre a África subsaariana, antes do século XV, podemos afirmar:


I. Era composta de sociedades sem escrita e, portanto, sem história;
II. Era composta de diversas sociedades com organizações diferentes, indo desde
aldeias de agricultores e criadores até verdadeiros impérios bem estruturados;
III. A escravidão só passou a existir a partir da expansão marítima europeia do século XV;
IV. Houve um processo de islamização de vários reinos do Sudão, a partir do
século VII, embora a maioria de suas populações permanecesse com suas
religiões tradicionais.
São corretas as opções:
a) I e III
b) I e IV
c) III e IV
d) II e IV
e) I e II

19 - A lei que obriga o início de África nas escolas é ainda parcial pois os
professores não tem a necessária formação caindo em generalidades como:
a) dão noções gerais, geográficas e curiosidades sem aprofundamento.
b) na verdade as escolas não dão África para não correr o risco de se confundir.
c) Ensinar sobre a linguística dos grupos africanos
d) discutir elementos genéricos, que falam de como o Europeu falou sobre a África
e) reduzir conteúdos a mostrar que existia escravidão na África, logo eles foram
os culpados da sua mazela.

20 - Desde o tempo das Cruzadas, no século XII, circulavam histórias na Europa


sobre um reino fabuloso, para além do Egito, cujo monarca era cristão. Por meio
de uma carta dirigida ao imperador de Bizâncio, Manuel I, e depois ao imperador
Frederico, o Barba Ruiva, Preste João descrevia seu maravilhoso reino. Mel e leite
fluíam por paragens lindíssimas, o rei concedia proteção aos cristãos; a
comunidade era rica, aberta e generosa, as refeições palacianas eram servidas por
reis, duques, condes e marqueses, que reuniam e divertiam diariamente 30 mil
comensais. A descrição começa enumerando a diversidade de pedras preciosas e
medicinais que cativavam a imaginação do europeu: esmeraldas, carbúnculo,
safiras, topázios, crisólitos, ônix ¿riquezas a disposição de um rei dadivoso. Não
existiria império mais justo sob o céu, mais perfeito organizado, com mais ouro,
prata e ametistas. Até os utensílios onde se consumiam as iguarias eram de ouro. A
autoridade do ei expressava-se por toda parte: na beleza beatifica da natureza; na
capacidade de o soberano proteger ou castigar; na posse de riquezas sem igual; na
harmonia da comunidade; na estabilidade da hierarquia. Prestes João era como a
vitória do cristianismo sobreo paganismo. Ainda segundo a lenda, Preste João
dominava 72 reis, vestia-se com a pele de um réptil que vivia no fogo e guerreava
precedido por treze cruzes de ouro. É que o seu intuito era atacar Jerusalém e
eliminar os infiéis. Para os portugueses, a procura do rei cristão tornou-
se, juntamente com a ideia missionária e o ideal das Cruzadas, a justificativa
religiosa para as viagens dos descobrimentos. Ainda que não haja prova sobre
Preste João, existiram reis importantes na África, que inclusive resistiram ao
domínio islâmico como:
a) Zimbábue
b) Magrebe
c) Etiópia
d) Gana
e) Kongo

21 - A conversão do reino do Gana ao islamismo teve impactos importantes na


organização do comércio islâmico:
a) já que o ouro do Gana transforma os valores e a monetarização do mundo
islâmico
b) já que como eram comunidades primitivas, cresceram e se organizaram pela
civilização árabe
c) já que o litoral atlântico passa a fazer parte importante deste espaço
d) já que o Gana ao se converter cria um novo formato de islamismo
e) já que se tornou o grande centro da religião islâmica na África.

22 - O termo África Branca pode ser considerado:


a) um dado aceito pela historiografia pois isola a África em duas partes
b) equivocada pois o norte da África é negro e o Sul é branco
c) como uma boa forma de diferenciar a África negra e islâmica
d) equivocado, pois dá uma noção de unidades que não existem
e) equivocada pois apesar de islâmicas os grupos eram morenos, não brancos.

23- Considere as afirmativas abaixo:


I - A base econômica do Império Mali era a agricultura de subsistência.
II- A base econômica do Império do Mali era a extração de ouro.
III - A grandeza econômica do Mali era a extração de ouro e a inserção no
comércio Transaariano.
IV - A base econômica do Império do Mali era decorrente da sua inserção no comércio Transaariano.
Sobre as dinâmicas econômicas do Império do Mali, aponte quais alternativas estão
corretas:
a) I e II
b) Apenas a III
c) Apenas a I
d) I e III
e) Apenas a IV

24 - O rio São Francisco, no Brasil, e o Nilo, na África, apesar de suas diferenças


de extensão, traçado e paisagens percorridas, oferecem algumas sugestivas
analogias geográficas. Isto ocorre porque apresentam:
a) trechos terminais em forma de estuários, situados em regiões intertropicais secas, e
nascentes em áreas equatoriais úmidas.
b) médios e baixos cursos em zonas desérticas que se beneficiam com a regularidade de
suas cheias, obtidas graças aos grandes represamentos realizados nos altos cursos.
c) trechos terminais fertilíssimos, em forma de grandes deltas
intensivamente cultivados, situados em oceanos abertos.
d) cursos típicos de planaltos com climas tropicais de estações alternadas, só atingindo
cotas abaixo de 200m em trechos em próximos da foz.
e) longos cursos permanentes de direção Sul-Norte, cortando zonas de climas
quentes muito contratantes, inclusive secos, alimentados por cabeceiras situadas
em áreas úmidas.

25 - Desde o tempo das Cruzadas, no século XII, circulavam histórias na Europa sobre
um reino fabuloso, para além do Egito, cujo monarca era cristão. Por meio de uma carta
dirigida ao imperador de Bizâncio, Manuel I, e depois ao imperador Frederico, o Barba
Ruiva, Preste João descrevia seu maravilhoso reino. Mel e leite fluíam por paragens
lindíssimas, o rei concedia proteção aos cristãos; a comunidade era rica, aberta e
generosa, as refeições palacianas eram servidas por reis, duques, condes e marqueses,
que reuniam e divertiam diariamente 30 mil comensais. A descrição começa
enumerando a diversidade de pedras preciosas e medicinais que cativavam a imaginação
europeu: esmeraldas, carbúnculo, safiras, topázios, crisólitos, ônix ¿ riquezas a
disposição de um rei dadivoso. Não existiria império mais justo sob céu, mais perfeito e
organizado, com mais ouro, prata e ametistas. Até os utensílios onde se consumiam as
iguarias eram de ouro. A autoridade do rei expressava-se por toda parte: na beleza
beatifica da natureza; na capacidade de o soberano proteger ou castigar; na posse de
riquezas sem igual; na harmonia da comunidade; na estabilidade da hierarquia. Prestes
João era como a vitória do cristianismo sobre o paganismo. Ainda segundo a lenda,
Preste João dominava 72 reis, vestia-se com a pele de um réptil que vivia no fogo e
guerreava precedido por treze cruzes de ouro. É que o seu intuito era atacar Jerusalém e
eliminar os infiéis. Para os portugueses, a procura do rei cristão tornou-se, juntamente
com a ideia missionária e o ideal das Cruzadas, a justificativa religiosa para as viagens
dos descobrimentos. Ainda que não haja prova sobre Preste João, existiram reis
importantes na África, que inclusive resistiram ao domínio islâmico como:
a) Etiópia
b) Gana
c) Kongo
d) Zimbábue
e) Magreb

26 - "Na África, antes da chegada dos Europeus], o escravo já existia como


elemento de troca. Mas o escravo doméstico africano não tinha nada a ver com o
que o
Que era exportado para o Atlântico. Nas aldeias africanas não se vendiam os
próprios cidadãos, membros da comunidade. No Congo, por exemplo, até o século
XVII, todos os escravos que saíam eram de outras regiões. Existia, portanto, um
processo de escravidão doméstica, em que
nasegunda,terceirageração,oescravoeraassimiladoàfamília.Quandoveioomercadom
undialeademandanegreira, o processo se degradou de tal forma que se vendiam até
os próprios filhos."(Entrevista com Luiz Felipe de Alencastro, Revista Teoria e
Debate, nº 32, julho, agosto e setembro de 1996)A leitura do texto
permite compreender que:
a) a escravidão sempre era feita dentro das próprias sociedades, com pessoas
escravizando membros da própria família como forma de enriquecimento.
b) a prática da escravidão foi iniciada somente com a chegada dos europeus no
continente africano, que utilizavam os africanos como mão-de-obra barata.
c) A escravidão nunca foi um fator socioeconômico preponderante nas sociedades
africanas, que praticamente não utilizavam esse sistema de trabalho.
d) embora a escravidão já existisse, a chegada dos europeus fez com que
aumentasse o número de escravos na África, principalmente com a expansão do
tráfico negreiro para as colônias europeias na América.
e) com a chegada dos europeus ao continente africano, a demanda por
escravos decresceu devido aos argumentos religiosos utilizados pelos invasores contra a
escravidão.

27 - Alberto da Costa e Silva ao discutir a expansão dos bantos, sinaliza que um


dos grandes motivos de sua vitória foi o desenvolvimento tecnológico. As duas
leituras principais neste sentido falam-na:
a) A enxada, principal forma de agricultura e a picareta que permitiu grandes
extrações de ouro.
b) força das armas e o desenvolvimento da escrita em tabletes de argila.
c) as armas de fogo, desenvolvidas primeiro na África e o uso de fogo como arma
desenvolvido no sul da África
d) o desenvolvimento da metalurgia e da alvenaria, construindo reinos sólidos.
e) força da organização das armas alcançado pelos bantos e as ferramentas destes
grupos que permitiu o desenvolvimento agrícola.

28 - Um dos elementos religiosos que acabam por reforçar as rotas africanas de


comércio foi:
a) as Mesquitas que criaram espaços singulares de troca aos nômades
b) a Jihad pois a guerra santa cria novos reinos
c) o Dhimi que fortaleceu numerários dos governos
d) a peregrinação a Meca, que criou entrepostos e trocas culturais
e) a Sharia, que criou organização política em todas as regiões

29 - Alberto da Costa e Silva ao discutir a expansão dos bantos, sinaliza que um


dos grandes motivos de sua vitória foi o desenvolvimento tecnológico. As duas
leituras principais neste sentido falam na:
a) as armas de fogo, desenvolvidas primeiro na África e o uso de fogo como arma
desenvolvido no sul da África
b) força das armas e o desenvolvimento da escrita em tabletes de argila.
c) força da organização das armas alcançado pelos bantos e as ferramentas
destes grupos que permitiu o desenvolvimento agrícola.
d) A enxada, principal forma de agricultura e a picareta que permitiu grandes
extrações de ouro.
e) o desenvolvimento da metalurgia e da alvenaria, construindo reinos sólidos.

30 - Em meados do século XVIII a região do Golfo da Guiné, na África Ocidental,


estava sendo sacudida pelo intenso movimento expansionista do Reino do Daomé. As
cidades costeiras, como 'Jidá, e do interior, como Abeokuta, caíam uma após a outra nas
mãos dos governantes dão menos. Motivados pelo aumento do comércio negreiro com o
Atlântico e pelo enfraquecimento de outros reinos da região, como Oyo, a expansão
militar-comercial do Daomé mudaria a configuração étnica do tráfico e, de certa forma,
permitiria, conjugada a outros elementos, a redefinição dos critérios identitários de
alguns grupos da própria região. De acordo com parte da historiografia especializada1
na história da região seria neste momento que apareceriam os primeiros indícios da
construção de uma identidade em comum entre os iorubás. Ë evidente que muitas das
características comuns às populações da área florestal do Golfo da
Guiné, que se estende da margem leste do rio Ogum até a margem oeste do rio Níger,
como as práticas materiais ligadas à agricultura e ao comércio, às formas de organização
política, social e linguística, à legitimação de dinastias, às tradições históricas ou
cosmológicas, eram compartilhadas há muito tempo por vários grupos ou reinos da área.
Porém, o ato de se reconhecer e serem reconhecidos como iorubás, passou a ser uma
ação percebida somente a partir do final do século XVIII. Ao longo do século XIX, a
presença britânica - comercial, missionária e política - na região acabou por
potencializar tal referência. Para outros historiadores (Matory, 1994a e Verger, 1997a e
b) a relação com as sociedades islamizadas da região das savanas como os haússas ou as
de Kanem-Bornur poderia também ter reforçado tal diferenciação indenitária. (A
invenção dos Iorubás - Anderson Oliva) Podemos afirmar que:
a) As identidades africanas foram transformadas pela presença dos europeus, em que
grupos diversos buscavam em sua tradição ancestral formas de se integrar aos novos
colonizadores, buscando melhores posições sociais.
b) As identidades africanas foram transformadas pela presença dos europeus, em
que grupos diversos buscavam em sua tradição ancestral formas de resistir a
senhores aliados a europeus e aos mercadores da costa.
c) As identidades africanas foram transformadas pela presença dos árabes, em que
grupos diversos buscavam em sua tradição ancestral formas de resistir a senhores
aliados aos califas do norte e seu sistema escravista.
d) As identidades africanas foram pouco afetadas pela presença dos europeus, em que
grupos diversos buscavam em sua tradição ancestral formas de resistir a senhores
aliados a europeus e aos mercadores da costa.
e) As identidades africanas ficaram inalteradas pela presença dos europeus, em que
grupos diversos e espalhados em suas tribos eram pouco impactados pela presença
europeia.

31 - De acordo com o mito de origem, a cidade-estado de Ifé era sagrada para os


povos iorubás porque:
a) Aquela localização demarcava uma área muito irrigada por diversos rios, o que
facilitaria a vida humana,
b) Aquela localização havia sido escolhida por Ododua para o início do mundo.
c) Aquela localização marcava a vitória dos iorubás sobre os povos circunvizinhos.
d) Aquela localização havia sido o local de nascimento do mais importante rei iorubá.
e) Aquela localização demarcava o local inicial da islamização dos iorubás.

32- Quando tratamos de rota saariana precisamos entender que é:


a) E o domínio europeu criando um importante rota de escravos mais rápida e
eficiente no Norte na África.
b) o domínio pleno do Islão não África
c) é necessário entender que é conjugação das práticas sociais africanas, seu
comércio e trocas, com as trocas de mercadores nômades e a inserção dos centros
islâmicos.
d) é necessário entender que é uma rota comercial poderosa e que estão inseridos
Europa, África, Oriente e Américas.
e) é o domínio do islão levando bens para todo o mundo, apesar que naquele momento o
Saara era na verdade uma grande floresta, passando pela desertificação só muito
posteriormente.
33 - Em relação ao momento em que homens e mulheres se colocaram como seres
históricos no mundo, é correto afirmar:
a) as pesquisas arqueológicas vêm apontando que a história humana teve início há um
milhão de anos, em várias regiões do globo terrestre, simultaneamente.
b) o elemento preponderante no reconhecimento dos homens e mulheres como seres
históricos é invenção da linguagem, há cerca de 2 milhões de anos, no continente
europeu.
c) a invenção da escrita, da roda e do fogo é o que caracteriza os povos considerados
com história, que se estabeleceram às margens do Nilo, há milhares de anos.
d) entre 4 e 6 milhões de anos atrás, surgiram na África os primeiros antepassados
do ser humano com os quais teve início a história da humanidade
e) a história da humanidade teve início há um milhão de anos na região conhecida na
Antiguidade como Mesopotâmia, quando se inventou a escrita

34 - O diálogo da História com outras disciplinas, especialmente ao longo do século


XX, foi fundamental para ampliar o conhecimento sobre a história e a cultura do
continente africano. Sobre esse aspecto, podemos considerar:
I. As relações entre a História e a Antropologia são de grande valia para a
interpretação das diferentes culturas africanas;
II. O uso dos métodos arqueológicos é importante para análise da cultura material
das diferentes sociedades;
III. O diálogo da História com a Sociologia se mostra eficaz na identificação dos grupos
sociais que se encontram num nível de desenvolvimento mais avançado e aqueles que ainda estão
em estágio mais primitivo.
a) Apenas a afirmativa II está correta.
b) Apenas as afirmativas I e II estão corretas
c) Apenas a afirmativa III está correta
d) Apenas as afirmativas I e III estão corretas
e) Apenas a afirmativa I está correta.

35 - Por que sabemos tão pouco sobre a história da África? Segundo o antropólogo
Kabengele Munanga, as razões são:
a) Falta efetiva de história e cultura no continente africano
b) Ausência de interesse por parte dos africanos em divulgar sua história
c) Falta de fontes para se estudar a história da África
d) Inexistência de historiadores na África interessados em produzir e divulgar a
história africana
e) Preconceitos, ignorância e uma questão ideológica ligada ao interesse
colonizador.

36 - O filme "Tarzan", baseado no livro de mesmo nome escrito por Edgar Rice
Burroughs, em 1912, contribui para a construção e difusão de uma imagem sobre o
continente africano. Qual?
a) A África Negra
b) A África Selvagem
c) A África decadente
d) A África das guerras
e) A África dos contrastes sociais.
37 - A imagem difundida da África é a de uma região homogênea, de florestas densas,
habitada por animais selvagens e tribos formadas por homens e mulheres negros que
viviam muito distantes do denominado ¿mundo civilizado¿. Uma das maneiras de
começarmos a desconstruir essa imagem é conhecendo a geografia do continente, sua
diversidade climática e vegetativa. Assim, entre, os tipos de vegetação que NÃO se
encontra na África são possíveis destacar:
a) Tundra
b) Oásis
c) Savanas
d) Desértica
e) Mediterrânea

38 - Napata foi uma cidade, na margem oeste do rio Nilo, cerca de 400 km ao norte de
Cartum, capital do atual Sudão. Sobre a civilização Núbia, marque a resposta
INCORRETA
:
a) Em 1075 a.C, o Sumo Sacerdote de Amon em Tebas, capital do antigo Egito, tornou-
se poderoso o suficiente para limitar o poder do faraó somente sobre o Alto Egito. Este
foi o início do Terceiro Período Intermediário (1075 a.C-664 a.C). A fragmentação do
poder no Egito permitiu que os núbios recuperassem a autonomia. Eles fundaram um
novo reino, Kush, centrado em Napata
b) Desde época das dinastias, os egípcios tinham sido interessados na Núbia, uma
região muito rica em ouro. Os egípcios logo controlaram o comércio, de modo que o
Egito se tornou uma potência imperialista na Núbia;
c) Em 750 a.C, Napata foi uma cidade desenvolvida, enquanto o Egito ainda estava
sofrendo de instabilidade política. O Rei Kashta atacou o Alto Egito. Sua política foi
seguida por seus sucessores Piyee e Shabaka (721-707 a.C), que finalmente trouxe todo
o Vale do Nilo para o controle cuxitas no segundo ano do seu reinado. Shabaka também
lançou uma política de construção de monumentos, no Egito e Núbia. Em geral, os reis
de Kush governaram o Alto Egito durante cerca de um século e todo o Egito por cerca
de 57 anos;
d) Napata começou atingindo seu auge após Tantamani ter voltado da guerra contra
os assírios. Sua economia era essencialmente baseada no ouro. O Egito era um aliado
econômico importante. Em 660 a.C, os Núbios começaram a explorar ouro,
inaugurando o a Idade do Ferro Africana;
e) Os núbios nunca se relacionaram com a civilização egípcia, preferindo
negociar com os hebreus e assírios.

39 - O Reino de Kush foi um dos mais promissores da África Antiga, tendo


dominado o Egito em períodos importantes além de ser uma saída estratégica para
o Oceano índico, ainda que com grandes disputas. Estamos nos referindo aos:
a) Songai
b) Núbios
c) Nagôs
d) Ganeses
e) Zimbábue

40 - A principal atividade econômica do reino Kush era:


a) Agricultura
b) Artesanato
c) Criação de animais
d) Comércio
e) Mineração

41 - Sobre a sociedade egípcia antiga, é possível afirmar:


I. O soberano do Egito era o faraó, uma espécie de Deus na terra.
II. Os nobres cuidavam de assuntos administrativos, tributários e religiosos menores.
III. Os soldados eram figuras importantes na história do Egito graças à interferência nos
assuntos políticos e religiosos.
IV. A principal força do Egito eram seus trabalhadores, escribas, artesãos,
comerciantes agricultores.
a) As afirmativas I e IV estão corretas.
b) AS afirmativas III e IV estão corretas
c) AS afirmativas II e III estão corretas.
d) As afirmativas I e II estão corretas
e) As afirmativas I e III estão corretas.

42 - Sobre o papel dos escribas no Egito Antigo, é possível afirmar:


a) Graças ao seu trabalho, hoje conhecemos um pouco da História do Egito.
b) Eram os responsáveis pelos cultos religiosos do Reino
c) Por saberem ler e escrever, detinham o poder político nas cidades do Reino.
d) Os escribas dominavam o alfabeto persa.
e) Para se tornar um escriba, bastava nascer em uma família nobre.

43 - Qual fator geográfico possibilitou o desenvolvimento da civilização egípcia na


antiguidade?
a) o clima subtropical e o alto índice pluviométrico (índice de chuvas) o território
egípcio, favorecendo a agricultura na região.
b) a existência de cidades que já apresentavam um certo desenvolvimento econômico,
facilitando o controle de determinados fenômenos da natureza.
c) a presença do deserto do Saara que favoreceu o estabelecimento de aldeias na região.
d) a existência do rio Nilo que possibilitou a prática da agricultura em suas
margens, a pesca e o uso de suas águas para diversas finalidades.
e) a existência de uma densa floresta tropical no nordeste do continente africano.

44 - A dificuldade do entendimento da expansão banta está relacionada em


primeiro lugar aos motivos que geraram seus movimentos. Entre as principais
linhas são:
a) Os grupos bantos partiram do Norte em direção ao sul em uma violenta expansão
militar.
b) Grupos que saem do Saara durante o período de seca e partem para as savanas
para ocupar a região.
c) Não pode se afirmar que exista uma expansão banta, é um termo inventado pela
historiografia para grupos que linguística identifica como próximos, em especial pela
linha religiosa hebraica.
d) É difícil definir quem são os grupos bantos, mas são claramente ceramistas e tem
a origem na África do sul.
e) É complexo definir o grupo formador e sua origem, no entanto, eram grupos de
caçadores e coletores que conseguem uma expansão graças aos desenvolvimentos
tecnológicos do grupo.
45 - Sobre a África subsaariana, antes do século XV, podemos afirmar:
I. Era composta de sociedades sem escrita e, portanto, sem história;
II. Era composta de diversas sociedades com organizações diferentes, indo desde aldeias
de agricultores e criadores até verdadeiros impérios bem estruturados;
III. A escravidão só passou a existir a partir da expansão marítima europeia do século
XV;
IV. Houve um processo de islamização de vários reinos do Sudão, a partir do século
VII, embora a maioria de suas populações permanecesse com suas religiões tradicionais.
São corretas as opções:
a) I e II
b) I e IV
c) II e IV
d) III e IV
e) I e III

46 - Podemos afirmar a respeito da Expansão Bantu que:


I Ocorreu graças ao aumento populacional e ao desmatamento decorrentes da
pesca farta e do cultivo de gêneros alimentícios.
II Consistiu em dois grandes processos migratórios em busca de novas terras na
região centro-sul do continente africano.
III Foi um movimento migratório provocado por conflitos étnicos na região localizada
ao norte do continente africano.
IV Ocorreu em função da epidemia de doenças tropicais que assolou o território centro-
oeste da África.
a) Apenas a afirmativa IV está correta
b) Apenas a afirmativa III está correta
c) As afirmativas I e II estão corretas
d) Apenas a afirmativa I está correta
e) Apenas a afirmativa II está correta

47 - "A fala é considerada como a materialização ou exteriorização das vibrações


das forças... Lá onde não existe a escrita ..., o homem está ligado à palavra que
profere. Está comprometido por ela. Ele é a palavra, e a palavra encerra um
testamento daquilo que ele é. A própria coesão da sociedade repousa no valor e no
respeito pela palavra."
(In: Hampaté Ba, A. História Geral da África, vol. I, capítulo 8)
Em sociedades tradicionais africanas:
a) O ancestral é uma referência grupal isolada e a tradição perde-se no tempo a cada
nova geração.
b) A palavra atribuída ao ancestral comum, ao mais velho, é sempre desconsiderada e
sem valor nas relações sociais.
c) O conhecimento é a própria palavra, é ela que transmite os conhecimentos de
uma geração para outra.
d) Os mais novos detêm a liderança comunitária, onde as novas tecnologias exercem um
papel preponderante.
e) A palavra só tem algum significado quando atrelada a relações sociais contratuais.
48 - Alberto da Costa e Silva ao discutir a expansão dos bantos, sinaliza que um
dos grandes motivos de sua vitória foi o desenvolvimento tecnológico. As duas
leituras principais neste sentido falam na:
a) o desenvolvimento da metalurgia e da alvenaria, construindo reinos sólidos.
b) força das armas e o desenvolvimento da escrita em tabletes de argila.
c) A enxada, principal forma de agricultura e a picareta que permitiu grandes
extrações de ouro.
d) força da organização das armas alcançado pelos bantos e as ferramentas destes
grupos que permitiu o desenvolvimento agrícola.
e) as armas de fogo, desenvolvidas primeiro na África e o uso de fogo como arma
desenvolvido no sul da África
49 - "As caravanas do Sudão ou do Níger trazem regularmente a Marrocos, a
Túnis, sobretudo aos Montes da Barca ou ao Cairo, milhares de escravos negros
arrancados aos países da África tropical; os mercadores negros organizam
terríveis razias, que despovoaram regiões inteiras do interior. Este tráfico
muçulmano dos negros de África, prosseguindo durante séculos e, em certos casos
até os mais recentes, desempenhou sem dúvida um papel primordial no
despovoamento antigo da África."(In: HEERS, Jacques. O trabalho na Idade
Média.) O texto descreve um episódio da história do Islã na Idade Média, quando:
a) a expansão árabe foi propiciada pelos lucros do comércio de escravos, que visava
abastecer com mão-de-obra árabe as regiões da península Ibérica
b) os árabes ultrapassaram os Pirineus e mantiveram o domínio sobre o reino Franco,
até o final da Idade Média ocidental.
c) os reinos árabes floresceram no centro/sul do continente africano, nas regiões de
florestas tropicais, berço do monoteísmo islâmico;
d) Maomé começou a pregar a Guerra Santa no Cairo, como condição para a expansão
da religião de Alá, que garantia aos guerreiros uma vida celestial de pura espiritualidade
e) atuaram no tráfico de escravos negros, dominaram a África do norte,
atravessaram de Gibraltar e invadiram a península Ibérica;

50 - A organização islâmica na África foi:


a) difícil pois eram áreas de floresta e os árabes não estavam acostumados
b) rápida pelo atraso local
c) fácil pois a religião islâmica foi facilmente aceita
d) cheia de idas e vindas, uma vez que as expedições não foram contínuas e os
berberes reagiam constantemente
e) difícil pois Roma, que era a senhora do norte da África criou grande resistência

51 - A discussão que é empreendida sobre o islamismo na África deve ser


relacionada à conversão de alguns grupos e a resistência de outros. Como um
grupo que resistiu a religião islâmica, podemos destacar:
a) Ifryqui
b) O Magreb
c) Chifre da África
d) Egípcios
e) Sudão

52- A conquista da cidade de Audaghost representa o máximo esplendor do


Reino de Gana. Observe a descrição dessa importante cidade africana, situada
num oásis e importante entroncamento de rotas comerciais pelo Deserto do Saara:
"O rei de Audaghost é o soberano dos berberes do Saara Ocidental e de vinte e
três reis negros que lhe pagam tributo; seu império se estende sobre o equivalente
a dois meses de viagem de norte a sul e de leste a oeste. Conta com um exército de
cem mil guerreiros montados sobre camelos de raça. Possui muita importância
como centro islâmico, pois é dotada de uma mesquita-catedral e de numerosas
mesquitas menores. O bem-estar desta povoação, a formigar de transações,
rodeada de hortas, em que abundam os pepinos, as palmeiras e também uma
grande quantidade de figueiras, estabelece uma cortina de proteção contra o calor
do deserto A criação de carneiros e de bois é aí particularmente próspera. Por um
simples mitkal (ouro em pó) podem-se comprar pelo menos dez carneiros.
Encontra se muito mel que vem do país dos negros. As gentes vivem
desafogadamente e possuem muitos bens. O seu mercado é sempre muito animado.
A multidão é tão densa, o calor tão forte, que mal se ouve o que vizinho diz. As
compras são pagas em ouro em pó, pois não existe moeda de prata. Encontram-se
belas construções e casas muito elegantes. A população é na maioria berbere. A
comida preparada pelas mulheres é deliciosa, e as moças da terra têm uma beleza
proverbial. " O reino africano de Gana era conhecido na língua soninque, povo
dominante do país, como Uagadu, que significa "O País dos Rebanhos." Marque a
alternativa abaixo, retirada do texto acima, que justifica o nome Uagadu:
a) Conta com um exército de cem mil guerreiros montados sobre camelos de raça.
b) O rei de Audaghost é o soberano dos berberes do Saara Ocidental e de vinte e
três reis negros que lhe pagam tributo.
c) Nenhuma das frases justifica claramente o nome do reino, uma vez que o conteúdo é
político não econômico.
d) A criação de carneiros e de bois é aí particularmente próspera. Por um simples
mitkal (ouro em pó) podem-se comprar pelo menos dez carneiros.
e) A comida preparada pelas mulheres é deliciosa, e as moças da terra têm uma
beleza proverbial.

53 - Sobre a islamização no continente africano, é possível afirmar:


I. Com os grandes reinos e cidades, as relações dos muçulmanos se iniciaram por meio do contato direto
com os chefes do poder.
II. o comércio foi a porta de entrada do islamismo nas cidades de Ifé e Benin.
III. A realeza do Império Mali se converteu ao islamismo e sob o governo de
Mansa Musa inúmeras mesquitas e escolas muçulmanas foram construídas em
todo o império.
a) As afirmativas II e III estão corretas.
b) Nenhuma das afirmativas estão corretas.
c) As afirmativas I e III estão corretas.
d) As afirmativas I e II estão corretas.
e) AS afirmativas I, II e III estão corretas.

54 - Graças à grande quantidade de ouro, Gana, também conhecido como o "país


do ouro" chegou ao conhecimento dos europeus graças aos relatos feitos pelos
muçulmanos árabes. Sobre a estrutura política do reino de Gana é correto afirmar
que:
a) Era a nobreza que, junto com os sacerdotes, governavam o reino. O rei só era
consultado em momentos de crise.
b) O rei era apenas um fantoche, comandado pelos sacerdotes.
c) O rei era apenas um fantoche, comandado pelas famílias extensas que compunham a
nobreza.
d) O rei era a figura central, auxiliado por sacerdotes que lhes garantia o poder sobre a
população graças aos poderes mágicos atribuídos a essas figuras,
e) O rei era a figura central, auxiliado por uma nobreza que o entendia como um
ser divinizado.

55 - A dignidade de Mansa Musa impressionou muito. Embora falasse bem o


árabe, só comunicava por intermédio de um intérprete. Mas esta dignidade foi
posta a dura prova quando lhe pediram que se prostrasse perante o sultão do
Cairo. Recusou energicamente: "Como poderia fazer uma coisa dessas?",
exclamou. KI-ZERBO, A História da África Negra, p. 171. Sobre a religiosidade
do Império do Mali à época de Mansa Musa é correto afirmar que:
a) Parte da nobreza converteu-se ao islamismo, mas, a maior parte da população
manteve sua crença no cristianismo ortodoxo.
b) Parte da nobreza converteu-se ao islamismo, mas, a maior parte da população
manteve suas práticas tradicionais.
c) Toda população havia se convertido ao islamismo.
d) Toda a população mantinha-se animista, daí a recusa do Imperador ao encontrar
o sultão do Cairo.
e) Somente o Mansa Musa converteu-se ao islamismo após o contato com o sultão
do Cairo.

56 - O Império Mali foi um estado da África Ocidental, perto do rio Níger, que
dominou esta região nos séculos XIII e XIV. Sobre tal reino, qual é a alternativa
INCORRETA:
a) dominou a região do Magreb, até serem derrotados pelos cruzados em 756, por
Pepino, o Breve.
b) o império alcançou o auge no início do século XIV, durante o governo de
Mansa Musa, que se converteu ao Islão. Em sua peregrinação a Meca, esse soberano
fez-se acompanhar de uma comitiva com 15 mil servos, cem camelos e expressiva
quantidade de ouro
c) o Império Mali sucumbiu finalmente ante o assalto combinado das tribos tuaregues
do Norte e dos Mossinos do Sul, durante os anos de 1400.
d) O império controlava as rotas comerciais transaarianas da costa sul ao norte. Os
principais produtos comercializados eram: ouro, sal, peixe, cobre, escravos, couro de
animais, noz de cola e cavalos
e) de três impérios consecutivos, este foi o mais extenso territorialmente, comparado
com o de Songai e do Gana

57 - "O chefe gozava do monopólio das pepitas de ouro. O quadro principal da


vida era, com efeito, a grande família que dispunha de um campo comunitário não
longe das ladeias, anunciadas a distância por imensos em bondeiros plantados no
dia da fundação." KI-ZERBO. História da África Negra, pp. 165-166. Sobre a
estrutura econômica do Império do Mali é correto afirmar que:
a) A estrutura econômica estava pautada na extração de ouro.
b) A estrutura econômica estava pautada na produção agrícola em larga escala.
c) A estrutura econômica estava pautada no comércio transaariano.
d) A estrutura econômica estava pautada na produção agrícola familiar, ainda que
a extração de ouro tivesse importância.
e) A estrutura econômica estava pautada na produção agrícola familiar, ainda que a
criação de gado tivesse importância.

58 - "A coisa mais importante é a família. Após a família é a linhagem ou grande


família. Após a linhagem é o clã ou grande conjunto de linhagens. E só depois vem
o Estado, seja a cidade-estado, seja o Império, seja o Reino. [...] curiosamente, elas
também tinham um deus. E o deus encarnava no chefe." [Alberto da Costa e Silva]
Alberto da Costa e Silva oferece uma explicação sem a qual não é possível
compreender a história do continente africano. Na passagem acima refere-se
especificamente a:
a) Estruturação econômica das diferentes sociedades africanas, antes da colonização
europeia, baseada nas atividades voltadas para subsistência distribuídas entre os
diferentes membros das famílias, a exemplo do Império Songai.
b) Sistematização cultural das sociedades africana, antes da colonização europeia,
fundamentada na transmissão oral dos saberes e fazeres entre os membros das famílias
de geração para geração.
c) Organização social e política das diferentes sociedades africanas, após a chegada dos
europeus ao continente, na qual o poder político tendia a ser mais forte nas estruturas
familiares, a exemplo das cidades-estados do Índico.
d) Estruturação socioeconômica dos diferentes grupos sociais espalhados pelo
continente africano, depois da chegada dos europeus fundamentada no poder dos líderes
políticos que também detinham o poder divino, como o Reino do Congo.
e) Organização social e política, extremamente hierárquica, dos diferentes povos
africanos, antes da colonização europeia, na qual o chefe político também exercia o
poder religioso, como o Império Monomotapa.

59 - O imperador do Mali, Mansa Musa, ficou mundialmente conhecido no século


XIV, pois:
a) Foi o primeiro imperador da África Subsaariana a se converter ao islamismo.
b) Foi o primeiro imperador da África Subsaariana a fazer a peregrinação à Meca.
c) Foi o imperador do Mali que fez a peregrinação à Meca de forma humilde, tendo,
inclusive, que fazer um empréstimo comum importante mercador de Alexandria (atual
Cairo).
d) Foi o imperador do Mali que fez a peregrinação à Meca de forma faustosa,
levando consigo milhares de escravos e toneladas de ouro.
e) Foi o único imperador do Mali a recusar a islamização.

60 - Sobre o Império Songai, é correto afirmar:


a) Localizava-se às margens de rio Nilo, no Nordeste africano.
b) Dividia-se em três grandes grupos sociais os agricultores, os militares e os
comerciantes.
c) O comércio e a vida na cidade foram uma das principais características do
Império Songai.
d) O rei da Dinastia Za Aliamen converteu-se ao cristianismo, entretanto, a maioria da
população continuou a praticar sua antiga religião, o islamismo.
e) Sua principal atividade econômica era a agricultura.

61 - André Gide, em seu livro Viagem ao Congo, espantava-se com a grosseria com
que os coloniais se dirigiam aos colonizados: ela se explica pela solidariedade de
raça e pelo elevado conceito que eles têm de si mesmos, excluindo manter com o
outro qualquer relação que possa ser igualitária. O problema é que fincavam suas
bandeiras em nome dos direitos humanos, da igualdade, justamente, do habeas
corpus e da liberdade, sem enxergar que violavam seus princípios de ação. Nem
todos, porém, eram influenciados por essas ideias. (Marc Ferro. História das
colonizações. Das conquistas às independências.) Segundo o texto, pode-se inferir
que
a) os princípios da Revolução Francesa valiam na Europa, mas não se aplicavam
na prática, aos povos dominados em outros continentes.
b) os europeus justificaram a ação colonizadora pelos direitos humanos, mantendo
relações igualitárias com os colonizados, pouco alterando sua visão de mundo.
c) o desenvolvimento de teorias racistas no século XIX legitimou a ação colonizadora
na África, Ásia e América, difundindo a crença na superioridade ariana.
d) o eurocentrismo esteve presente nas relações entre europeus e povos subjugados até a
Revolução Francesa, quando os princípios liberais e igualitários triunfaram.
e) a expansão colonial europeia era feita sob a égide dos direitos humanos, garantindo a
concretização dos ideais igualitários nas áreas dominadas.

62 - Sobre a chegada do Islamismo na África Subsaariana, podemos considerar:


I -Não alterou o padrão de funcionamento de nenhuma sociedade africana conquistada,
uma vez que os muçulmanos conviviam bem com as demais religiões praticadas pela população
local.
II - Se deu de forma pacífica, em função das relações comerciais estabelecidas, por
meio das rotas que atravessavam o Saara.
III - Transformou radicalmente todas as sociedades africanas conquistadas, a exemplo
do fim do Reino de Gana.
IV - Se deu de forma violenta, por meio das incursões armadas dos almorávidas.
a) Apenas a afirmativa I está correta
b) Apenas as afirmativas I e II estão corretas
c) As alternativas II e IV estão corretas
d) Apenas a afirmativa II está correta
e) Apenas a alternativa III está correta

63 - "Para o povo Nuer, que vive na região centro-oeste da África, (...) o relógio
diário é o gado, o círculo das tarefas pastoris, fundamentalmente a sucessão de
tarefas e suas relações mútuas. Assim, se as atividades dependem dos corpos
celestes e das mudanças físicas, estas só são significativas em relação às atividades
sociais. (...) Tudo isso é corroborado pela falta de um termo ou de uma expressão
equivalente ao vocábulo "tempo", encontrado nos idiomas ocidentais. Desse modo,
não há como falar de tempo como algo concreto, que pode ser perdido,
economizado e assim por diante." (EVANS-PRITCHARD, E. E. In: SCHWARCZ,
Lília. Falando sobre o Tempo. Revista Sexta-Feira, nº 5, p. 17. São Paulo: Hedra,
2000) Sobre as noções de Tempo, é correto afirmar:
a) Culturas diferentes têm noções de temporalidade e de historicidade diferentes
b) A temporalidade é determinada por fatores naturais, daí sua similaridade
em diferentes sociedades.
c) As comunidades tribais desconsideram a passagem do Tempo, pois são
sociedades sem história.
d) Temporalidade é uma noção a-histórica, sendo, portanto, semelhante em
sociedades tradicionalistas.
e) Em sociedades tribais, a exemplo da africana, são desconhecidas noções de sucessão
do tempo.

64 - A passagem do modo de vida caçador-coletor para um modo de vida mais


sedentário aconteceu há cerca de 12 mil anos e foi causada pela domesticação de
animais e de plantas. Com base nessa informação, é correto afirmar que
a) a grande concentração de plantas cultivadas em um único lugar aumentou a
quantidade de alimentos, o que prejudicou o processo de sedentarização das populações.
b) a chamada Revolução Neolítica permitiu o desenvolvimento da agricultura e
do pastoreio, garantindo a eliminação progressiva de relações sociais escravistas.
c) no processo de domesticação, sementes com características desejáveis pelos seres
humanos foram escolhidas para serem plantadas, num processo de seleção
artificial.
d) a produção de excedentes agrícolas permitiu a paulatina regressão do trabalho, ou
seja, a diminuição das intervenções humanas no meio natural com fins produtivos.
e) no início da domesticação, a espécie humana descobriu como induzir mutações nas
plantas para obter sementes com características desejáveis.

65 - "AL FIL" (O ELEFANTE) Revelada em Meca; 5 versículos. 105ª SURATA


Em nome de Deus, o Clemente, o Misericordioso. 1 Não reparaste no que o teu
Senhor fez, com os possuidores dos elefantes? 2 Acaso, não desbaratou Ele as suas
conspirações, 3 Enviando contra eles um bando de criaturas aladas, 4 Que lhes
arrojaram pedras de argila endurecida 5 E os deixou como plantações devastadas
(pelo gado)? O texto acima corresponde a Surata 105 do Alcorão e é chamada Al
Fil. (O Elefante) e foi revelada em Meca pelo profeta Maomé. Maomé faz
referência a região da:
a) Magreb
b) Zimbábue
c) Kongo
d) Somália (Eritréia)
e) Gana

66 - O ensino de África deve partir de algumas bases importantes como:


a) que a África é um grande e poderoso continente maltratado pela história
b) que a África era um continente bucólico, em que o homem vivia em seu estado
natural até a chegada dos homens brancos
c) que precisamos devolver a África para história, começando por afirmar que não
existe uma África.
d) que os Africanos e todos os negros são iguais e precisam se unir.
e) demonstrar que somos todos africanos e lá é o berço da humanidade

67 - Avalia-se que Tombuctu foi um dos importantes centros de poder no reino do


Mali. Sendo considerado um dos últimos grandes reinos pré expansão europeia era
um reino:
a) reino sul africano, caracterizado por religião cristã e serem grandes navegadores.
b) do sul africano em que era dividido em tribos menores e viviam de correr e caçar
elefantes.
c) um reino saariano em que as rota comerciais eram seu maior legado, apesar de não
terem organizações sociais complexas.
d) considerado sucessor do reino do Gana, foi um importante reino islâmicos
ocidental.
e) reino do centro Africano, se notabilizou por manter a política de isolacionismo
em relação as demais tribos.

68 - "No interior da Rodéia atual, na savana escalvada da Maxonalândia, semeada


de afloramentos de granito pene planados, perto de Forte Vitória, levanta-se um
conjunto de ruínas monumentais: é o grande Zimbábue. Como efeito, a palavra
Zimbabwe significa " a grande casa de pedra" (...) e a região pulula de ruínas
deste gênero." KI-ZERBO. História da África Negra, p. 239.Sobre os Zimbábues é
correto afirmar que:
a) Os Zimbábues serviam para separar a área rural e a área urbana do Império
Monomotapa
b) Os Zimbábues eram os palácios dos imperadores xonas.
c) Os Zimbábues eram templos religiosos, utilizados para os sacrifícios cometidos pelas
xonas.
d) Os Zimbábues serviam para separar e proteger as aldeias xonas.
e) Até hoje não há indícios que comprovem o real sentido dos Zimbábues.

69 - Sobre a chegada dos portugueses ao continente africano, é correto afirmar:


a) Não teve nenhum impedimento, por parte dos africanos, para o acesso às minas
de ouro e outras riquezas cobiçadas.
b) Foi motivada, principalmente, pelo interesse no comércio de cativos para as
Américas.
c) Acabou por intensificar e ampliar o comércio de escravos já existente no
continente africano.
d) Foi marcada pela imediata submissão dos povos africanos que viviam na costa
do continente.
e) Foi pacífica, com o estabelecimento de relações comerciais e através da conversão
religiosa de líderes africanos.

70 - Sobre a estrutura econômica do reino do Congo até meados do século XV,


assinale a alternativa incorreta:
a) Era uma sociedade que detinha importantes mercados nas suas principais cidades.
b) Era uma sociedade dependente da escravização dos povos vizinhos.
c) Era uma sociedade na qual circulava mais de um tipo de moeda.
d) Era uma sociedade cuja parcela significativa da população era composta por
agricultores de pequeno porte.
e) Era uma sociedade que produzia artigos manufaturados, principalmente tecidos e
artigos feitos com ferro.

71 - "Em certo sentido, a especificidade da África Atlântica decorre de seu contato


tardio com os europeus. Tal regionalização originou-se da expansão ultramarina
europeia, em áreas compreendidas entre a Alta Guiné - ou mais precisamente,
Sene Gâmbia - e Angola." (Del Priore, M.e Venâncio, R. P. Ancestrais: uma
introdução à História da África Atlântica. R.J.: Elsevier, 2004)
No que se refere à expansão marítima e comercial portuguesa na África podemos
afirmar, COMEXCEÇÃO DE:
a) apesar da busca do ouro não ser a única razão para a expansão portuguesa em África,
os portugueses obtiveram vantagens comerciais ao desviar o comércio transaariano de
ouro através das feitorias de argui e da região da Sene Gâmbia;
b) a exploração do tráfico negreiro no litoral africano pelos portugueses foi
viabilizada graças ao envolvimento de chefes tribais que forneciam os cativos em troca
de mercadorias.
c) a expansão da cultura da cana-de-açúcar, sob regime de plantation no interior
das terras africanas, tornou possível o financiamento das expedições marítimas em
direção às Índias;
d) as bulas papais duns diversas (1452), Romanos Pontifex (1455), Inter caetera (1456)
apoiaram a exploração marítima portuguesa no litoral africano e conferiram
legitimidade religiosa ao domínio dos povos que viviam fora da cristandade;
e) as frequentes viagens das caravelas pelo litoral e a construção das feitorias
viabilizaram o comércio de escravos em costas africanas, o que tornou esta atividade
uma fonte de financiamento da expansão lusa em direção ao sul do continente.

72 - A Rota Saariana pode ser definida como:


a) um trajeto em torno do Rio Nilo, única região em que era possível atravessar o Saara.
b) um trajeto militar gengi e nagô em busca de escravos
c) um trajeto comercial que integrava norte e sul africano a Europa e Ásia
d) uma rota comercial dominada por judeus desde os tempos do velho testamento
e) um trajeto militar de expansão islâmica

73 - A Igreja na África teve dois tipos de posturas na qual podemos destacar:


a) Franciscanos ocuparam vários lugares da África e lutaram contra a escravidão.
b) Organizações jesuíticas que buscavam a cristianização das populações
c) Aceitavam a escravidão, desde que pudessem converter as populações africanas em
cristãs
d) Condenavam a escravidão completamente
e) Buscavam não se envolver nestas questões, pois consideravam uma questão do século

74 - O ensino de África deve partir de algumas bases importantes como:


a) que os Africanos e todos os negros são iguais e precisam se unir.
b) que precisamos devolver a África para história, começando por afirmar que não
existe uma África.
c) demonstrar que somos todos africanos e lá é o berço da humanidade
d) que a África era um continente bucólico, em que o homem vivia em seu estado
natural até a chegada dos homens brancos
e) que a África é um grande e poderoso continente maltratado pela história

75- No dia 9 de janeiro de 2003, foi aprovada a Lei nº 10.639, tornando obrigatório
o ensino de história e cultura afro-brasileiras nos níveis fundamental e médio. Os
currículos deverão incluir o estudo da história da África assinale a alternativa que
melhor expressa as ideias contidas no texto acima:
a) ao romper com estereótipos sobre a história da África, é fundamental que os
historiadores aprofundem os estudos acerca da diversidade das sociedades
africanas e das complexas relações que, ao longo da história, foram estabelecidas
entre elas e os conquistadores europeus;
b) como o traço definidor das sociedades africanas foi o trabalho escravo, o estudo
destas sociedades deve ter como principal finalidade o exame da rede de relações
responsáveis pelo desenvolvimento do tráfico negreiro no continente africano e fora
dele;
c) uma vez que os povos africanos foram formados à feição dos valores e da cultura dos
colonizadores europeus, há de se estabelecer uma constante articulação entre a história
da África e a do Ocidente Europeu;
d) ao livrar-se de preconceitos etnocêntricos e de posturas evolucionistas, o pesquisador
deve chamar atenção para o alto nível de desenvolvimento da cultura africana, a qual, à
época dos descobrimentos se mostrava bem superior a europeia.
e) compreender os africanos como sujeitos históricos, significa, antes de tudo, denunciar
as diversas formas de exploração que os mesmos foram submetidos pelos
conquistadores europeus;

76 - A África possui uma característica natural que faz com que ela seja chamada
"continente espelho". Essa característica é:
a) Além das florestas características da zona equatorial, seus outros cinco tipos
de vegetação.
b) A aparência da água de seus rios e mares, muito cristalina.
c) A relação entre as diferentes vegetações com os diferentes climas, que cortam o
continente deforma horizontal, ordenados a partir da linha do Equador.
d) O formato do continente que se espelha ao formato da América do Sul
e) O tipo de solo, especialmente o do Deserto do Saara que reflete a luz solar
provocando uma claridade muito grande durante o dia.

77 - Vossas Altezas devem ficar satisfeitas, pois em breve terão feito deles cristãos e
lhes terão instruído nos bons costumes de seu reino. (Cristóvão Colombo, 1492.)
Porém o melhor fruto, que dela [da terra] se pode tirar, me parece que será salvar
esta gente. E esta deve ser a principal semente que Vossa Alteza nela deve lançar.
(Pero Vaz de Caminha, 1500.) Levar a luz e a civilização aos lugares escuros do
mundo. (Um inglês referindo-se à África, 1897.) Analisando-se os textos, é correto
afirmar que
a) enquanto no século XVI a catequese justificava a colonização da América, no
XIX, os europeus usavam a missão civilizadora, levando o ¿progresso¿, mas não
integrando os povos dominados.
b) a ideia de que os europeus tinham o dever de civilizar os povos africanos e asiáticos
implicou o abandono da postura eurocêntrica anteriormente adotada na conquista e
colonização da América.
c) a expansão colonial europeia na América, África e Ásia, respectivamente nos séculos
XVI e XIX, apoiava-se em teorias racistas, corroborando o evolucionismo e a
inferioridade do outro.
d) o fardo do homem branco serviu para legitimar a partilha da África na Conferência
de Berlim, como já servira na colonização da América no século XVI, desprezando-se
os povos autóctones em ambos os casos.
e) o traço fundamental do colonialismo do século XIX assemelhava-se ao ideal de
evangelização cristã presente no século XVI: africanos e indígenas deveriam ser
catequizados.

78 - Segundo Luca Caregnato, "O rei tinha uma função de destaque social no reino
[...]"A respeito do manicongo, pode-se afirmar que:
a) Detinha um poder apenas simbólico, uma vez que o poder político era exercido pelas
lideranças regionais.
b) Representava o poder divino dos deuses tradicionais africanos, sem ter nenhuma
ingerência nos assuntos políticos do reino.
c) Seu poder foi conquistado através de campanhas militares
d) Exercia forte poder político e religioso sobre o Reino.
e) Seu poder era restrito à riqueza e ao prestígio junto as sociedades.

79 - As principais riquezas do reino africano de Gana são:


a) Ouro, prata e diamantes.
b) O ouro, o sal e o controle do comércio transaariano (do Deserto do Saara).
c) A prata, o mercúrio e a pimenta.
d) O óleo de palma, a noz de cola e o ébano.
e) Os escravos.

80 - "Nós conquistamos a África pelas armas temos direito de nos glorificarmos,


pois após ter destruído a pirataria no Mediterrâneo, cuja existência no século XIX
é uma vergonha para a Europa inteira, agora temos outra missão não menos
meritória, de fazer penetrar a civilização num continente que ficou para trás."(Da
influência civilizadora das ciências aplicadas às artes e às indústrias. Revue
Scientifique,1889) A partir da citação acima e de seus conhecimentos acerca do
tema, examine as afirmativas abaixo.
I. A ideia de levar a civilização aos povos considerados bárbaros estava presente no
discurso dos que defendiam a política imperialista.
II. Aquela não era a primeira vez que o continente africano era alvo dos interesses
europeus.
III. Uma das preocupações dos países, como a França, que participavam da
expansão imperialista, era justificar a ocupação dos territórios apresentando os
melhoramentos materiais que beneficiariam as populações nativas.
IV. Para os editores da Revue Scientifique (Revista Científica), civilizar consistia
em retirar o continente africano da condição de atraso em relação à Europa.
a) Somente a afirmativa IV está correta.
b) Todas as afirmativas estão corretas.
c) Somente as afirmativas I, II e III estão corretas.
d) Somente as afirmativas II e IV estão corretas.
e) Somente as afirmativas I e III estão corretas.

81 - Sobre o tráfico de escravos é correto afirmar:


a) Embora não fosse muito lucrativo, foi uma forma de compensar a falta de acesso dos
europeus às minas de ouro e às riquezas naturais do continente.
b) Foi iniciado pelos europeus após chegada ao continente africano, no século XV.

c) Era praticado entre portugueses e muçulmanos apenas, ampliando-se


posteriormente para o Atlântico, Mediterrâneo e Índico.
d) Envolvia uma rede de agentes, entre os quais, mercadores e membros das elites
africanas que muito lucravam com o comércio de cativos.
e) Tinha, entre as suas condições, a guerra santa, ou seja, o africano que resistisse à
conversão ao catolicismo, tornava-se escravo e era comercializado.

82 - No século XVIII, o conhecimento sobre a África aumentava à medida que


aumentavam os contatos com o continente, e nisso as obras das etapas anteriores
muito ajudaram. Contudo, como advento do Iluminismo e do Renascimento os
povos não europeus não se tornavam dignos de serem estudados. Uma névoa
eurocêntrica encobre o restante do mundo, agora o outro não mais se qualificava
como objeto de estudo, teorias de superioridade racial, ou afirmações de que os
negros constituíam uma raça avessa à cultura e inteligência, ou afirmações de que
a África não tinha um passado a ser estudado antes da chegada dos europeus, ou
discussões sobre o tráfico negreiro, fizeram com que a imagem do continente se
negativasse, tais perspectivas elevavam barreiras dicotômicas irreparáveis. Para
tal imagem Hegel em muito contribuiu indiretamente, como nos mostra Fage: "A
África não é um continente histórico, ela não demonstra nem mudança nem
desenvolvimento”. A ideia proposta expõe uma linha que discute muito a relação
de África e História durante os séculos XVIII e XIX. Este movimento foi
conhecido como a criação de um modelo chamado:
a) África Eterna
b) África Subsaariana
c) África negra
d) África do atraso
e) África o continente perdido.

83 - A identidade negra não surge da tomada de consciência de uma diferença de


pigmentação ou de uma diferença biológica entre populações negras e brancas e/ou
negras e amarelas. Ela resulta de um longo processo histórico que começa com o
descobrimento, no século XV, do continente africano e de seus habitantes pelos
navegadores portugueses, descobrimento esse que abriu o caminho às relações
mercantilistas com a África, ao tráfico negreiro, à escravidão e, enfim, colonização
do continente africano e de seus povos.
K. Munanga Algumas considerações sobre a diversidade e a identidade negra no
Brasil. In:Diversidade na educação: reflexões e experiências. Brasília:
SEMTEC/MEC, 2003, p. 37.
Com relação ao assunto tratado no texto acima, é correto afirmar que
a) a colonização da África pelos europeus foi simultânea ao descobrimento desse
continente.
b) a existência de lucrativo comércio na África levou os portugueses a desenvolverem
esse continente.
c) o surgimento do tráfico negreiro foi posterior ao início da escravidão no Brasil.
d) a exploração da África decorreu do movimento de expansão europeia do início
da Idade Moderna.
e) a colonização da África antecedeu as relações comerciais entre esse continente e
a Europa.

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