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1.

O processo de escravidão na África teve forte incremento a partir da presença


de árabes islâmicos e da gradativa conversão de reinos africanos ao islamismo.
Assim, houve no continente uma dinâmica do tráfico interno para que escoasse
um grande número de cativos para a Península Arábica. Pode-se explicar o
dinamismo do tráfico interno a partir

do desejo de homens da África subsaariana se alistarem nos exércitos de Meca ou Medina, o


que fazia com que capturassem mulheres e crianças como demonstração de sua fé e
submissão.
de uma perspectiva racista que foi desencadeada entre africanos, como os dos Reinos de Mali e
de Songhai, que viam nos negros subsaarianos pessoas inferiorizadas e animalescas.
do grande deslocamento de caravanas árabes pelo Saara até a região das florestas equatoriais,
região que os árabes tinham conhecimento de ser um complexo de tribos desorganizadas e sem
poder central, o que era mais fácil para o cativeiro.
de uma resposta à escravidão europeia que começava a se instalar no continente, a qual dava
menos mercadorias importantes para os reinos africanos do que os árabes.
do receio de comunidades mais centralizadas perderem seus habitantes, o que fez que
dominassem povos menos centralizados para que pagassem aos árabes como tributos ou como
moeda de troca por mercadorias.

Explicação:

Houve uma reação em cadeia por conta da presença árabe no continente. Como havia a troca de cativos
por mercadorias como o sal, os reinos mais centralizados faziam capturas em comunidades mais
descentralizadas para evitar que sua população fosse para o cativeiro.

2. Um dos elementos religiosos que acabam por reforçar as rotas africanas de


comérico foi:

o Dhimi que fortaleceu numerários dos governos

a peregrinação a Meca, que criou entrepostos e trocas culturais

a Sharia, que criou organização política em todas as regiões

a Jihad pois a guerra santa cria novos reinos

as Mesquitas que criaram espaços singulares de troca aos nômades

Gabarito
Comentado

3. "As primeiras informações a respeito do reino de Gana foram encontradas na


obra do escritor árabe Al-Fazari, no século VIII. Esse autor relata que, no
Marrocos, Gana já era conhecida como a terra do ouro desde o século VIII, por
conta da existência de reservas desse metal e do comércio estabelecido com o
Norte da África, que trocava, entre outros produtos, o ouro por sal." MATTOS,
Regiane Augusto de. História e cultura afro-brasileira. São Paulo: Contexto, 2008.
Com relação ao reino de Gana (séc VIII-XIII), assinale a alternativa INCORRETA:

A maioria das informações sobre o reino de Gana advém de narrativas feitas por comerciantes e
escritores árabes daquele período.
O reino de Gana entra em declínio no ano de 1240 e, em seguida, foi dominado e anexado pelo
Império do Mali.
O território do reino de Gana localizava-se na região ocidental do continente africano, entre o
deserto do Saara e os rios Níger e Senegal.
O reino de Gana beneficiou-se com o comércio transsaariano e a produção de ouro possibilitou,
durante muito tempo, a manutenção de uma relação comercial superavitária com outras
regiões.
O reino de Gana conseguiu desenvolver grande independência econômica com relação aos
outros territórios africanos, dada a sua enorme produção de ouro, possibilitando, inclusive, a
diminuição de importações de produtos de outras regiões.

Explicação: O reino de Gana, mesmo com seu desenvolvimento econômico, era dependente da
importação de escravos e de produtos manufaturados produzidos em outras regiões da África.

Gabarito
Comentado

4. As principais riquezas do reino africano de Gana são:

O óleo de palma, a noz de cola e o ébano.

O ouro, o sal e o controle do comércio transaariano (do Deserto do Saara).

Os escravos.

A prata, o mercúrio e a pimenta.

Ouro, prata e diamantes.

5. "As caravanas do Sudão ou do Níger trazem regularmente a Marrocos, a Túnis,


sobretudo aos Montes da Barca ou ao Cairo, milhares de escravos negros
arrancados aos países da África tropical ; os mercadores negros organizam
terríveis razias, que despovoaram regiões inteiras do interior. Este tráfico
muçulmano dos negros de África, prosseguindo durante séculos e, em certos
casos até os mais recentes, desempenhou sem dúvida um papel primordial no
despovoamento antigo da África."
(In: HEERS, Jacques. O trabalho na Idade Média.)

O texto descreve um episódio da história do Islã na Idade Média, quando:

atuaram no tráfico de escravos negros, dominaram a África do norte, atravessaram de Gi-


braltar e invadiram a península Ibérica;
os árabes ultrapassaram os Pirineus e mantiveram o domínio sobre o reino Franco, até o final
da Idade Média ocidental.
a expansão árabe foi propiciada pelos lucros do comércio de escravos, que visava abastecer
com mão-de-obra árabe as regiões da península Ibérica
Maomé começou a pregar a Guerra Santa no Cairo, como condição para a expansão da reli-gião
de Alá, que garantia aos guerreiros uma vida celestial de pura espiritualidade
os reinos árabes floresceram no centro/sul do continente africano, nas regiões de florestas
tropicais, berço do monoteísmo islâmico;

Gabarito
Comentado

6. A organização islâmica na África foi:

difícil pois roma, que era a senhora do norte da África criou grande resistência

rápida pelo atraso local

fácil pois a religião islâmcia foi facilmente aceita

difícil pois eram áreas de floresta e os árabes não estavam acostumados

cheia de idas e vindas, uma vez que as expedições não foram contínuas e os bérberes reagima
constantemente

7. O Reino de Gana entrou para o imaginário africano, asiático e europeu como o


"Reino do Ouro". Apesar de sua imensa produção aurífera, a formação desse reino
não se baseou inicialmente nas transações comerciais com esse metal. Identifique
a opção CORRETA acerca da origem do Reino de Gana.

O Reino de Gana foi originado pela ação dos tuaregues no deserto do Saara, local aonde faziam
saques às caravanas que por ali passavam e que lhes permitiu o acúmulo de riquezas e a
formação de um Estado unificado.
O Reino de Gana começou a fazer parte do comércio de escravos do Sudão para o Egito e para
a Península Árabe, o que lhe garantiu riquezas e destaque na Idade Média africana.
O Reino de Gana surgiu após a conquista sobre os reinos do Mali e do Songhais, rivais comerciais
no comércio entre a África e os califados árabes.
O Reino de Gana surgiu após a unificação de pequenas vilas que serviam de entrepostos
comerciais do comércio transaariano; aldeias que serviam para o carregar e descarregar de
mercadorias vindas do deserto para a savana e vice-versa.

O Reino de Gana se tornou imponente após se aliar aos hicsos para a conquista sobre o Egito.

Explicação:

Vindos do deserto, no Sahel o camelo não entrava. Assim, as


mercadorias tinham que ser tiradas de pontos fixos nos limites
do deserto com a savana e do camelo os homens passavam
para o lombo de bois e jumentos ou nas costas de escravos.
Dessa forma, os cameleiros não entravam nas principais
fontes de ouro. Era necessária uma intermediação nos pontos
de embarque e desembarque de mercadorias. Esses
entrepostos comerciais começam a se destacar com o ouro
que ali circula, assim como todas as mercadorias e o grande
volume de pessoas de diversas origens. Nessas cidades ¿ que
mais tarde serão incorporadas por reinos do ouro e do
comércio transaariano ¿ há pedágios para a circulação de
mercadorias, hospedagens, setor de serviços diversificados,
profissões surgem como os que são responsáveis pelo
conserto da sela dos camelos, os artesão que vendem
sandálias ou cabrestos; os aguadeiros que comercializam
água para as caravanas sedentas; as estrebarias para os
animais que vinham do deserto ou que dali partiriam para rotas
pela savana; alojamentos de escravos que seriam trocados por
sal. Eis a importância do camelo, do comércio transaariano e
sua relação com o desenvolvimento de cidades nas ¿franjas¿
do deserto. Gana era a aglomeração de várias vilas desse perfil acima cuja
presença dominante era do povo soninquês.

8. Quando tratamos de rota saariana precisamos entender que é:

é o domínio do islão levando bens para todo o mundo, apesar que naquele momento o saara
era na verdade uma grande floresta, passando pela desertificação só muito posteriormente.

o domínio pleno do Islão não África

é necessário entender que é conjugação das práticas sociais africanas, seu comércio e trocas,
com as trocas de mercadores nômades e a inserção dos centros islâmicos.
é necessário entender que é uma rota comercial poderosa e que estão inseridos Europa, África,
Oriente e Américas.
É o domínio europeu criando uma importante rota de escravos mais rápida e eficiente no norte
na África.

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