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ÍNDICE

INTRODUÇÃO.................................................................................................................2
PROBLEMÁTICA………………………………………………………..……………..2
OBJECTIVO GERAL.......................................................................................................2
OBJECTIVO ESPECÍFICO..............................................................................................2
METODOLOGIA DO ESTUDO......................................................................................3
Tipo de pesquisa............................................................................................................3
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA....................................................................................4
LOCALIZAÇÃO GEOGRÁFICA....................................................................................5
ORGANIZAÇÃO SOCIAL..............................................................................................5
COMÉRCIO TRANSAARIANO.....................................................................................6
O DECLÍNEO DO IMPÉRIO DO GANA........................................................................7
Características do Reino de Gana......................................................................................7
RESUMO E CLASSIFICAÇÃO.......................................................................................8
CONCLUSÃO...................................................................................................................9
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................................................10

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INTRODUÇÃO

Começamos assim a instaurar o nosso trabalho, salientando que o Império de


Gana, também conhecido como Império Uagadu, foi o nome dado a um antigo estado
localizado na África Ocidental, onde hoje temos o sudeste da Mauritânia e o oeste do
Mali, e que teve seu apogeu entre os anos de 700 e 1200 da Era Cristã.

A capital do estado localizava-se na cidade de Kumbi Saleh, hoje um sítio


arqueológico na fronteira entre Mauritânia e Mali, que de acordo com as pesquisas, já
era habitado desde o século III, por povos mandês, destacando-se os do grupo soninquê,
predominante durante maior parte da existência do antigo estado.

PROBLEMÁTICA

O Império de Gana entrou em franco colapso durante o século XII EC. O


declínio ocorre quando novas rotas de comércio são abertas mais a leste, e quando o
clima seca de maneira incomum por um período prolongado, afetando a produção
agrícola.

Porque então é importante que se estude o período e trajetória do Império do


Gana?

OBJECTIVO GERAL
Conhecer as a história do Reino do Gana e o principal motivo do seu declíneo, sendo
um império existente a sentenas de anos em África.

OBJECTIVO ESPECÍFICO
Explicar , Definir e Citar detalhadamente para uma simples compreensão o tema em
causa.

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METODOLOGIA DO ESTUDO

Tipo de pesquisa

O trabalho é de carácter metodológico, onde previamente delimitamos os nossos


objetivos, e de formas a atingi-los propusemos a metodologia qualitativa, que segundo
Martins (2009:141) “tem como preocupação central descrições, compreensões e
interpretações dos fatos ao invés de medições”.

Pois, a pesquisa qualitativa pressupõe a não utilização de qualquer amostra


representativa.

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FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

O nome Gana deriva do título atribuído aos seus soberanos, sendo o termo
Uagadu utilizado para o mesmo país, mas pelos habitantes locais, significando "país
dos rebanhos".

A mais importante descrição do Império de Gana e comumente citada como


fonte testemunhal é o relato do espanhol al-Bakri contida em seu "Kitāb al-Masālik wa-
al-Mamālik" (livro das estradas e reinos), escrito por volta de 1068 em Córdoba, e que
relatava a grande opulência do monarca local, que controlava uma economia bastante
diversa a partir de uma capital rodeada por muros de pedra e que incluía entre as suas
riquezas, diversas minas de ouro sob monopólio real.

Al-Bakri destaca ainda a produção agrícola desenvolvida, a tecelagem, além do


domínio da metalurgia, com a qual se manufaturavam muitos equipamentos, armas e
ferramentas. A ideia obtida da leitura da descrição de Al-Bakri permite fazer a imagem
do Império de Gana como um imenso oásis protetor na fronteira sul do deserto do
Saara, onde sua população rodeava-se de hortas, palmeirais, pepinos e figueiras numa
imagem luxuriante.

Destacava-se este império negro ainda pelo comércio trans-saariano intenso,


onde se utilizou bastante a figura do camelo como meio eficaz de transporte ante o
clima rigoroso do deserto, permitindo um comércio até com a Europa e a Ásia. Vários
eram os gêneros deste comércio global, entre eles o de escravos, bastante lucrativo.

Na época de seu maior desenvolvimento, o monarca e os seus súditos praticavam


uma religião baseada no culto aos ancestrais e manifestações da natureza, algo parecido
com as religiões animistas atuais praticadas na África Ocidental. Por outro lado, o
islamismo fazia-se presente, especialmente entre os habitantes dos subúrbios das
grandes cidades. Aliás, Al-Bakri dá ênfase à influência muçulmana neste estado
animista, provavelmente pelo fato de ser ele também muçulmano.

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LOCALIZAÇÃO GEOGRÁFICA

Apesar do nome, o antigo Império do Gana não é geograficamente relacionado


com o moderno Gana. Ficava a cerca de 400 milhas ao noroeste da atual Gana. Gana
antiga englobava o que é, hoje, o Mali e o sul da Mauritânia.

O Reino de Gana ocupou parte significativa do continente africano. Fazia


divisa, ao norte, com o deserto do Saara e, ao sul, com florestas. Não tinha saída para o
mar, porém estava próximo dos rios Níger e Senegal.

ORGANIZAÇÃO SOCIAL

No Reino de Gana, as relações sociais eram de parentesco ou


consanguinidade entre reis e rainhas. Havia estratificação social, portanto. Antes da
conquista islâmica nesses territórios, a sociedade era do tipo matriarcal, principalmente,
seguindo as tradições ancestrais. Todavia, no ápice do império, quando a capital chegou
a ter 20 mil pessoas, além da cultura tradicional matriarcal, foram incorporadas as
formas urbanas de uma vida em sociedade.

A maior parte da população era rural, visto que tinham agricultura avançada
e iniciaram sua organização e unificação por meio das comunidades agricultoras
estáveis/sedentárias ainda no século IV.

Assim, a sociedade do reino de Gana começou a ser formada no século IV,


com as pequenas aldeias (comunidades) que se unificaram para se defender dos
nômades. O reino em si surgiu por meio do comércio do ouro e do cultivo de lavouras.
Conta-se que o Reino de Gana era como um oásis, literalmente, já que era cercado por
frutíferas produções agrícolas.

Além disso, para proteger e garantir o monopólio do ouro, existiam soldados


que circundavam e defendiam toda a região. Apesar de haver muitos soldados, eles
eram responsáveis apenas pela proteção, especialmente do ouro, para garantir que o
monopólio fosse só do rei. O Reino de Gana, ao contrário de outros impérios, não tinha
caráter militarista nem expansionista.

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Com a formação do Império do Gana a estrutura social passa a ser mista, coabitando o
modelo tradicional e a organização "urbana" do Império. No cenário político, o Imperador
constitui-se na figura central do poder administrativo e religioso. Além do mais era ele quem
controlava a produção e a comercialização do ouro.

COMÉRCIO TRANSAARIANO

O império enriqueceu com o comércio transaariano em ouro e sal. Este comércio


produziu um superávite crescente, permitindo maiores centros urbanos. Também
incentivou a expansão territorial para ganhar controle sobre as rotas de comércio.

A primeira menção escrita sobre o reino vem na língua árabe, em fontes de


algum tempo após a conquista do norte da África pelos muçulmanos, quando geógrafos
começaram a compilar notas do mundo conhecido em torno de 800. As fontes para os
períodos anteriores são reticentes quanto ao seu governo, sociedade ou cultura, embora
elas descrevam a sua localização e as suas relações comerciais.

O estudioso de cordovês Albacri coletou histórias de viajantes da região e deu


uma descrição detalhada do reino em 1067/1068. Ele alegou que o Gana poderia
"colocar 200 000 homens para o campo, mais de 40 000 deles arqueiros" e notou que
também tinham forças de cavalaria.

A maioria das nossas informações sobre a economia do império do Gana vem de


comerciantes e, portanto, sabemos mais sobre os aspectos comerciais da sua economia e
menos sobre a maneira como os governantes e nobres tributavam. Albacri observou que
os comerciantes tinham de pagar um imposto em dinar de ouro sobre as importações de
sal, e dois sobre as exportações de sal. Outros produtos de impostos fixos eram o cobre
e outros bens. Importações provavelmente incluíam produtos como os têxteis,
ornamentos e outros materiais. Muitos dos antigos produtos artesanais
de couro encontrados em Marrocos podem ter suas origens no Império do Gana.

O centro principal do comércio foi Cumbi-Salé. O rei firmou controle sobre


todas as pepitas de ouro e permitiu que outras pessoas tivessem posses apenas em ouro
em pó. Além da influência exercida pelo rei para regiões locais, o tributo também foi
recebido de vários estados tributários e chefias para as periferias do império. A

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introdução do camelo desempenhou um papel fundamental no sucesso dos soninquês,
permitindo que os produtos e bens fossem transportados de forma muito mais eficiente
em todo o Saara. Esses fatores ajudaram o império a continuar poderoso por muito
tempo, proporcionando uma economia rica e estável que duraria por vários séculos.

O DECLÍNEO DO IMPÉRIO DO GANA

O declínio do Império de Gana ainda não é totalmente conhecido, sendo que a


versão mais popular é a da invasão Almorávida (povos bérberes muçulmanos vindos do
atual Marrocos) em 1076. Atualmente, ainda acredita-se que os almorávidas tenham um
papel predominante na decadência de Gana, mas hoje também é reconhecido o fato da
desagregação deste grande império em vários outros reinos menores e as disputas
internas como fatores determinantes em sua extinção.

Boa parte das informações atuais sobre Gana são ainda provenientes dos relatos
de viajantes islâmicos como Al-Bakri e à influência muçulmana na região, com seu
grupo letrado, que revelou ao restante do mundo islâmico e mais tarde ao mundo inteiro
a existência deste império africano.

Características do Reino de Gana

A economia é o principal aspecto quando se trata do Reino de Gana. Porém,


além das rotas comerciais, muito ouro e controle rígido de impostos, havia também uma
cultura igualmente rica, com diversas tradições. Veja a seguir as principais
características do Reino de Gana.

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RESUMO E CLASSIFICAÇÃO

 O Reino de Gana foi um dos mais poderosos e longevos reinos da África e


começou a ser formado a partir do século IV.
 Foi também chamado de “Terra do Ouro”, devido à grande quantidade desse metal
que detinha.
 A economia era baseada, principalmente, no comércio.
 Além do ouro, também comercializavam-se tâmaras, cobre, tecidos, cavalos e
escravos.
 O Reino de Gana tinha duas religiões: animismo e o islamismo.
 A sociedade era estratificada, com a figura central do rei. Antes da ocupação árabe
na região, ela era uma sociedade primordialmente matriarcal.
 A política era centralizada nas mãos do rei.
 O Reino de Gana estava localizado onde hoje são os países Mali e Mauritânia.
Fazia fronteira com o deserto do Saara e ficava entre os rios Níger e Senegal.
 Pode-se considerar que o Reino de Gana teve duas capitais: Al-Ghana e Kumbi-
Saleh.
 Abriu novas rotas de comércio e ligou a África Oriental, do interior do continente,
ao mar Mediterrâneo.
 O fim do Reino de Gana aconteceu no século XII.

CONCLUSÃO

Contudo chegamos a concluir que maior característica desse reino era a forte
comercialização de ouro, por isso a região de Gana era conhecida como terra do ouro. O

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material era utilizado em algumas transações comerciais como dinheiro. Por ser a base
da pirâmide econômica, o comércio do ouro chegou ao fim por causa do esgotamento
das minas. 

O reino de Gana caiu ante as invasões dos muçulmanos almorávidas e logo foi


dominado pelo império mandinqué do Mali. Muito do que sabemos sobre o Reino de
Mali se deve aos griots, que eram os contadores de histórias. Eles percorriam as savanas
transmitindo ao povo os acontecimentos de sua história.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

9
   COSTA, Ricardo da.A expansão árabe na África e os Impérios negros de
Gana, Mali e Songai (sécs. VII-XVI) - Segunda Parte. Disponível
em: http://www.ricardocosta.com/pub/imperiosnegros2.htm Acesso em: 01
Fev. 2023.
 Reino de Gana». R7. História do Mundo. Consultado em 01 Fev. 2023.
 ↑ CláudiaLima.com.br texto produzido a partir do capítulo: A África antes do
Islã. In: Bantos, malês e identidade negra.Rio de Janeiro: Forense Universitária,
1988. p. 16-25.
 ↑ Ir        Emerson Santiago (12 de julho de 2011).  «Império de Gana».
para:a b c d

InfoEscola. Consultado em 01 Fev. 2023.

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